GABARITO MA13 Geometria I - Avaliação 3 - 2013/2 Questão 1. (pontuação: 2) Os pentágonos regulares ABCDE e EF GHI da figura abaixo estão em posição tal que as retas CD e GH são perpendiculares. Calcule a medida do ângulo DEF . Uma solução: As retas perpendiculares CD e GH cortam-se em J. A reta BE encontra GH em L como mostra a figura abaixo. Como BE é paralela a CD então BE é perpendicular a GH. Na figura, os ângulos de vértices J e L são retos. Sejam: ∠DEF = θ, ∠LEF = α e ∠DEB = β. Cada ângulo interno de um pentágono regular mede 108o . Como BE é paralela a CD e ∠CDE = 108o então β = 180o − 108o = 72o . No quadrilátero ELGF temos α = 360o − 90o − 108o − 108o = 54o . Assim, θ = 180o − 72o − 54o = 54o . Outra solução: A soma dos ângulos internos do pentágono EDJGF é 540o e todos os seus ângulos são conhecidos, com exceção de θ. Somando todos eles, θ + (180o − 108o ) + 90o + (180o − 108o ) + (360o − 108o ) = 540o , donde θ = 54o . Questão 2. (pontuação: 2) Em uma circunferência de centro O e raio R as cordas AB e CD são perpendiculares em P , interior à circunferência. Seja CE um diâmetro da circunferência. (0,5) a) Mostre que os triângulos CP A e CBE são semelhantes. (0,5) b) Mostre que os arcos AD e EB são congruentes. (1,0) c) Mostre que P A2 + P B 2 + P C 2 + P D2 = 4R2 . Uma solução: a) Como CE é diâmetro, o ângulo CBE é reto. Os ângulos inscritos BEC e BAC são iguais pois subtendem o mesmo arco CB. Assim os triângulos CP A e CBE são retângulos e possuem um mesmo ângulo agudo. Logo, são semelhantes. b) Como os os triângulos CP A e CBE são semelhantes, então os ângulos ACP e ECB são iguais. Assim, são também iguais os arcos subtendidos AD e EB. c) Arcos iguais subtendem cordas iguais. Então, AD = BE. Assim, CB 2 + BE 2 = CE 2 CB 2 + AD2 = (2R)2 P B 2 + P C 2 + P A2 + P D2 = 4R2 Rearranjando os termos, P A2 + P B 2 + P C 2 + P D2 = 4R2 Questão 3. (pontuação: 2) O triângulo ABC tem área igual a 1. O ponto M é médio de AB e o ponto D é médio de CM . A reta AD intersecta o lado BC em E. (1,0 a) Calcule a área do quadrilátero M BED. (1,0) b) Considerando AB = 1 e CM perpendicular a AB, determine o cosseno do ângulo ACB. Uma solução: Usaremos o sı́mbolo (X) para denotar a área da figura X. Traçamos M F paralela a AE. Como M é médio de AB então F é médio de EB. Como D é médio de AM então E é médio de CF . Então, CE = EF = F B. Vamos calcular a área do triângulo CDE. CD CE 1 1 1 (CDE) = · = · = (CM B) CM CB 2 3 6 1 A mediana de um triângulo divide esse triângulo em dois outros de mesma área. Por isso (CM B) = e, portanto, 2 1 1 1 1 1 5 (CDE) = · = . Logo, (M BED) = − = . 6 2 12 2 12 12 b) Se ABC tem área igual a 1 e AB = 1, então a altura CM é igual a 2, CA2 = CB 2 = 22 + 2 2 2 1 2 2 = 17 4 . θ = ∠ACB. A lei dos cossenos no triângulo ABC relativa ao vértice C é AB = CA + CB − 2.CA.CB.cos θ. 15 Substituindo e fazendo as contas, temos: cos θ = . 17 Seja Questão 4. (pontuação: 2) O prisma triangular reto ABC DEF tem arestas laterais AD, BE e CF . Sabe-se que ∠BAC = 90o , AB = BE = 3 e AC = 4. (0,5) a) Calcule cosseno do ângulo entre as retas AF e BE. (0,5) b) Determine o comprimento da perpendicular comum entre as retas AF e BE. (0,5) c) Determine a posição do centro da esfera circunscrita ao prisma. (0,5) d) O ponto G é médio da aresta CF . O plano AEG dividiu o prisma em duas partes. Mostre que essas duas partes têm mesmo volume. Uma solução: a) Como AC = 4 e CF = 3 então AF = 5. O ângulo entre as retas AF e BE é o ângulo F AD = α. Como o prisma é reto, o ângulo ADF é reto e, portanto, cos α = AD 3 = AF 5 b) O ângulo ABE é reto porque o prisma é reto. Como os ângulos F CA e CAB são retos então, pelo teorema das três perpendiculares, o ângulo F AB é reto. Logo, AB é a perpendicular comum entre AF e BE. Então, AB = 3 unidades. c) Basta encontrar o ponto equidistante de todos os vértices do prisma. Sejam M e N os pontos médios de BC eEF , respectivamente. O ponto O, médio de M N é o centro da esfera circunscrita ao prisma. De fato, como o triângulo ABC é retângulo em A temos M A = M B = M C = N F = N E = N D. Assim, os triângulos OM A, OM B, OM C, ON D, ON E e ON F são todos congruentes. Logo, O é equidistante de todos os vértices do prisma. d) O volume do prisma é V = (ABC).BE = 3.4 .3 = 18 2 O sólido ABCGE é um tronco de prisma. Seu volume é V1 = (ABC). Como V1 = 3 +3 CG + BE = 6. 2 =9 3 3 V , o plano AEG dividiu o prisma em duas partes de mesmo volume. 2 Obs: Esse fato ocorre em qualquer prisma triangular. Se S é a área da base e h a altura, o volume da parte de baixo é V1 = S. h+ 3 h 2 = S. 3 h2 S.h V = = 3 2 2 Questão 5. (pontuação: 2) O trapézio ABCD de bases AB e CD, representado na figura abaixo, gira em torno do eixo e que passa por A e é perpendicular a AB gerando o sólido de revolução R. Dados AB = 4, CD = 2 e BC = AD = 3. (1,0) a) Calcule o volume de R. (1,0) b) Calcule a área total de R. Uma solução: Seja E a interseção da reta CD com o eixo. Como o trapézio é isósceles, a distância de D ao eixo é DE = 1. No √ triângulo retângulo AED, AE = h = 2 2. O sólido de revolução R é um tronco de cone de altura h com bases de raios AB e EC, subtraı́do de um cone de altura h e base de raio ED. a) O volume do sólido R é √ √ √ π·2 2 1 V = · (42 + 32 + 4 · 3) − π · 12 · 2 2 = 24π 2 3 3 b) Calcularemos a área gerada por cada segmento. Área gerada por AB (cı́rculo). S1 = π · 42 = 16π Área gerada por CD (coroa circular). S2 = π · 32 − π · 12 = 8π Área gerada por AD (superfı́cie lateral de um cone). S3 = π · 1 · 3 = 3π Área gerada por BC (superfı́cie lateral de um tronco de cone). S4 = π · (4 + 3) · 3 = 21π A área total de R é a soma das áreas geradas pelos lados do trapézio ABCD. Assim, S = S1 + S2 + S3 + S4 = (16 + 8 + 3 + 21)π = 48π