POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Portaria GM/MS n. 687, 30/03/06 Ministério da Saúde Introdução Apresenta marco teórico e tecnologias 8ª Conferência Nac de Saúde / Carta de Ottawa Constituição Federal Participação social, redes, intersetorialidade, integralidade, equidade dentre outras Define que a política deve ser transversal, integrada e intersetorial favorecer o diálogo entre o setor sanitário, os outros setores do Governo e a sociedade articular de redes de compromisso e co-responsabilidade Objetivo Geral Promoção da qualidade de vida Redução da vulnerabilidade e dos riscos à saúde relativos aos seus determinantes e condicionantes Diretrizes 9 Reconhecer na Promoção da Saúde uma parte fundamental da busca da eqüidade, da melhoria da qualidade de vida e de saúde. 9 Estimular as ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das ações de Promoção da Saúde. 9 Fortalecer a participação social como fundamental na consecução de resultados de Promoção da Saúde, em especial a eqüidade e o empoderamento individual e comunitário. Diretrizes 9 Promover mudanças na cultura organizacional, com vistas à adoção de práticas horizontais de gestão e estabelecimento de redes de cooperação intersetoriais. 9 Incentivar a pesquisa em Promoção da Saúde, avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança das ações prestadas. 9 Divulgar e informar das iniciativas voltadas para a Promoção da Saúde para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS, considerando metodologias participativas e o saber popular e tradicional. Estratégias de Implementação 9 Estruturação e fortalecimento das ações de Promoção da Saúde no Sistema Único de Saúde, privilegiando as práticas de saúde sensíveis à realidade do Brasil. 9 Estímulo à inserção de ações de Promoção da Saúde em todos os níveis de atenção, com ênfase na atenção básica, voltadas às ações de cuidado com o corpo e a saúde; alimentação saudável e prevenção e controle ao tabagismo. 9 Desenvolvimento de estratégias de qualificação em ações de Promoção da Saúde para profissionais de saúde inseridos no Sistema Único de Saúde. 9 Apoio técnico e/ou financeiro a projetos de qualificação de profissionais para atuação na área de informação, comunicação e educação popular referentes à Promoção da Saúde que atuem na Estratégia Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde. Estratégias de Implementação 9 Apoio a Estados e Municípios que desenvolvam ações voltadas para a implementação da Estratégia Global, vigilância e prevenção de doenças e agravos não transmissíveis. 9 Apoio à criação de Observatórios de Experiências Locais referentes à Promoção da Saúde 9 Estímulo à criação de Rede Nacional de Experiências Exitosas na adesão e no desenvolvimento da estratégia de municípios saudáveis 9 Criação e divulgação da Rede de Cooperação Técnica para Promoção da Saúde 9Inclusão das ações de Promoção da Saúde na agenda de atividades da comunicação social do SUS. Estratégias de Implementação 9 Inclusão da saúde e de seus múltiplos determinantes e condicionantes na formulação dos instrumentos ordenadores do planejamento urbano e/ou agrário. 9 Estímulo à articulação entre Municípios, Estados e Governo Federal valorizando e potencializando o saber e as práticas existentes no âmbito da Promoção da Saúde. 9 Apoio ao desenvolvimento de estudos referentes ao impacto na situação de saúde considerando ações de Promoção da Saúde. 9 Estabelecimento de intercâmbio técnico-científico visando o conhecimento e a troca de informações decorrentes das experiências no campo da atenção à saúde, formação, educação permanente e pesquisa com unidades federativas e países onde as ações de Promoção da Saúde estejam integradas ao serviço público saúde. CENÁRIO BRASILEIRO: CONSTRUÇÃO DE PRIORIDADES Situação das DCNT´s no Brasil • Transição epidemiológica - redução das doenças infecciosas, aumento das doenças crônicas não transmissíveis e violências. Aumento da carga de doenças. • Transição demográfica – Redução das taxas de mortalidade, aumento da expectativa de vida e diminuição da taxa de fecundidade. Aumento da população idosa. • Transição nutricional – Redução da desnutrição e aumento da obesidade, prevalência de excesso de peso cerca de 40%. Principais fatores de risco Mortes atribuíveis: AMERICAS, 2000 tabagismo Hipertensão sobrepeso Colesterol Falta Consumo de frutas e legumes Alcool Sedentarismo Sexo não seguro Polução do ar Agua, Saneamento, e higiene baixo peso Deficiencia Ferro Drogas ilícitas Fonte: WHR 2002 Número de mortes (000s) 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 Cenário Brasileiro 100% Mortalidade Proporcional (%) nas capitais: 90% 80% 70% 60% 50% • D. Infecciosas e Parasitárias: 46% em 1930, 5% em 2003 • D. cardiovasculares: 12% em 1930, 31% em 2003 40% 30% 20% 10% 0% 1930 1940 1950 Infecciosas e parasitárias Aparelho circulatório 1960 1970 1980 1985 Neoplasias Outras doenças * Até 1970, os dados referem-se apenas às capitais Fonte Barbosa da Silva e cols. In: Rouquairol & Almeida Filho: Epidemiologia & Saúde, 2003 pp. 293. 1990 1995 2000 Causas externas 2003 Ações Específicas - 2006/2007 9 Divulgação e implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde 9 Alimentação Saudável 9 Prática Corporal/Atividade Física 9 Prevenção e Controle do Tabagismo 9 Redução da morbi-mortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas 9 Redução da morbi-mortalidade por acidentes de trânsito 9 Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz 9 Promoção do desenvolvimento sustentável PNPS E ESTRATÉGIA GLOBAL PARA ALIMENTAÇÃO, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE ESTRATÉGIA GLOBAL Objetivos 9 ↓ FR para DCNT associados a alimentação inadequada e à falta de atividade física → ações de saúde pública e promoção da saúde e prevenção da doença; 9 Promover a conscientização sobre o potencial positivo das intervenções preventivas na diminuição de gastos com saúde por parte dos governos; 9 Monitorar impactos sobre a alimentação e atividade física; apoiar investigações sobre temas relacionados e fortalecer os recursos humanos 9 Fomentar o fortalecimento e aplicação de políticas e planos de ação mundiais, nacionais e regionais do setor público → melhoria da alimentação e atividade física (sustentáveis e integrados: sociedade civil, do setor produtivo e dos meios de comunicação). ESTRATÉGIA GLOBAL Principais aspectos considerados 9 AS e AF Î indissociáveis, todas as fases do ciclo da vida como ações de promoção da saúde; 9 Desenvolver ações educativas e garantir o acesso a informação sobre a qualidade dos alimentos consumidos; 9 Incentivar e apoiar a produção e a comercialização de alimentos regionais saudáveis: (L,V&F) 9 ↓ consumo de alimentos industrializados energeticamente densos e pobres em micronutrientes 9 Limitar a exposição de crianças a práticas de marketing de produtos industrializados específicos para o público infantil. 9 Apoio e participação do nível municipal e estadual na perspectiva de integração (atenção e vigilância) ESTRATÉGIA GLOBAL 9 2004 – MS apoio à iniciativa da OMS da Estratégia Global 9 2004 – Criação do Comitê Intraministerial para implementação da EG 9 2005 - Brasil Saudável 9 2005 - Pratique Saúde - comunicação social - estímulo à atividade física, veiculação na grande mídia Ministério da Saúde - Incentivo à Atividade Física PORTARIA Nº 2.608/GM DE 28 DE DEZEMBRO DE 2005. Define recursos financeiros do Teto Financeiro de Vigilância em Saúde, para incentivar estruturação de ações de Vigilância e Prevenção de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis por parte das Secretarias Estaduais e Secretarias Municipais de Saúde das capitais. Recursos financeiros para as 27 capitais para estimular e orientar a prática de ações voltadas para a alimentação saudável e a prática de atividades físicas Porte populacional Repasse por capital (R$) Capitais Total do repasse por porte populacional de capital (R$) < 500 mil hab. Porto Velho; Palmas; Rio Branco; Boa Vista; Macapá; Aracaju; Vitória; Florianópolis 96.855,00 774.840,00 500 mil – 1 milhão hab. Teresina; São Luís; Natal; João Pessoa; Maceió; Campo Grande; Cuiabá 135.597,00 949.179,00 1 milhão –2 milhões hab Manaus; Belém; Recife; Goiânia; Curitiba; Porto Alegre 193.710,00 1.162.260,00 > 2 milhões hab Fortaleza; Salvador; Brasília; Belo Horizonte; Rio de Janeiro; São Paulo 290.565,00 1.743.390,00 TOTAL 27 capitais - 4.629.669,00 PENSE 9 Inquérito Fatores Comportamentais de risco e proteção a cada dois anos em escolas públicas e privadas das capitais / estados 9 Instrumento único padronizado para permitir comparabilidade entre as diversas cidades e ao longo do tempo População de estudo 9 Adolescentes matriculados na 7ª série ensino fundamental de escolas públicas e privadas das capitais e estados 9Idade estratégica: 13-15 anos 9Nível de escolaridade (leitura, compreensão) 9Abandono escolar ainda é pequeno Instrumento de coleta dos dados 1. Questionário estruturado auto-aplicável com módulos temáticos – – – – – – – – – 2. características sócio-demográficas, alimentação, atividade física, tabagismo, consumo de álcool e outras drogas, imagem corporal e saúde bucal rede de proteção social comportamento sexual violência e acidentes apreciação geral do questionário. Antropometria Ações Específicas O Espaço das Escolas PENSE – Parceria CGPAN/SAS, Sd Adolesc/SAS, UFMG, UFPEL, USP, UFRJ, INCA, PMRJ, PMBH, INEP/MEC Alimentação Saudável – Parceria CGPAN/SAS, ANVISA, FNDE/MEC SABER SAÚDE – Parceria INCA, MEC (Tv Escola) V Reunião da Rede Latino Americana de Escola Promotoras da Saúde – Parceria OPAS, SGEP/MS, Secretarias de Estado de Saúde e Educação de Tocantins. Projetos: “Escola que Protege” e “Escola Aberta” – Parceria SECAD/MEC Estudo Multicêntrico de Avaliação em Promoção da Saúde – Parceria SESAU-TO e UFT POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA Evolução da População Coberta por Equipes de Saúde da Família 1998 –2005 0% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 0 a 25% 25 a 50% 50 a 75% FONTE: SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica 75 a 100% Política Nacional de Atenção Básica A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo que abrangem a promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. É desenvolvida através do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Princípios da Atenção Básica 9Garantia de acesso universal e continuo 9Efetivação da integralidade: integração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação; trabalho de forma interdisciplinar e em equipe; e a coordenação do cuidado na rede serviços; 9Vinculo e responsabilização 9Valorização profissional 9Acompanhamento e avaliação 9Estimulo a participação popular e controle social Princípios da Atenção Básica/SF 9Territorialização e Cadastro de usuários 9Primeiro Contato e postura pro-ativa 9Humanização 9Trabalho em equipe e multi-profissional 9Planejamento e programação locais com base no diagnostico situacional e com foco na familia e comunidade 9 Intersetorialidade, pluriinstitucionalidade [email protected] Redução da morbimortalidade por ATT Promoção do debate intersetorial 9CONTRAN e Câmara Técnica de Saúde e Meio Ambiente 9Comitê Interministerial de Regulamentação da Propaganda de bebida alcoólica 9Planejamento urbano: Plano Diretor das Cidades /PDD e Agenda 21 Articulação de agendas e instrumentos de planejamento e avaliação 9Projeto Piloto de GEOTRANS 9Avaliação do Projeto de Redução da Morbimortalidade por ATT em 5 capitais (Claves/Fiocruz/MS) 9Avaliação de custos decorrentes de ATT em rodovias brasileiras (IPEA/DENATRAN/MS) Campanhas educativas – mortes e seqüelas provocadas por ATT Análise de situação de saúde sobre ATT e FR - ênfase na prevenção do uso abusivo de bebida alcoólica Projeto de Red. Morbimortalidade por ATT – expansão: +11 capitais Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz 9 Ampliação e fortalecimento da Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde 9 Sensibilização e capacitação dos gestores e profissionais de saúde na identificação e encaminhamento de situações de violência intrafamiliar 9Articulação intersetorial – redução e controle de situações de abuso, exploração e turismo sexual 9 Implantação de Serviços Sentinela responsáveis pela notificação de violências 9 Implementação da ficha de notificação de violências interpessoais Promoção do desenvolvimento sustentável 9 Apoio a iniciativas de desenvolvimento sustentável 9Fortalecimento de instâncias decisórias intersetoriais que formulem e implementem políticas públicas integradas 9Sensibilização e mobilização da esfera não governamental na produção de ambientes saudáveis 9Promoção do uso de metodologias de reconhecimento do território em todas as suas dimensões