p. 1 1. HISTÓRICO Em épocas imemoriais, os homens acreditavam que os fenômenos eram Deuses. Os homens adoravam como Deuses o sol, a lua, a chuva, o fogo (...) Tanto assim o é que se verificarmos os ameríndios primitivos (da época do descobrimento), e o relato que temos deles, temos : Sol - Coaraci Lua - Jaci ... - Tupã ... - Monã Isso ocorria porque os homens não compreendiam o significado de Deus, e, então, dessa forma sobre tudo o que não compreendiam ou não possuíam o controle, caia o pendão de ser um Deus. ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 2 E, como não eram poucos os fenômenos, ocorreu diante da imensa quantidade de Deuses, o politeísmo. _____________ Poli - vários + Teos (Theos) - Deus = Politeísmo - Vários Deuses _____________ Salvo apenas um, todos os povos da pré-história e da história antiga (alguns povos da idade média também) foram politeístas. E, ainda, várias foram as formas de expressão politeísta. Alguns adoravam puramente os fenômenos como Deuses. Uns adoravam objetos inanimados que acreditavam que os espíritos se ligavam ou se submetessem a ele, é o fetichismo. Outros, adoravam os antepassados e animais protetores. Exemplo : a primeira época do povo romano (Os Lares - Deuses familiares - A importância desse fator era tão grande que eram considerados como parentes (familiares) as pessoas que cultivavam os mesmos antepassados (Lares). Irmãos não eram aqueles que possuíam o mesmo sangue, mas os que tinham o mesmo antepassado comum, no caso o pai. As mulheres quando casavam passavam a adorar os antepassados do marido, e deixavam de pertencer a família de seus pais. Era a época do Totemismo. Cada povo possuía um panteão a seu modo, que variava de 2 a milhares de Deuses. Exemplo : Romanos, Gregos, Egípcios (Isis, Osiris, etc...). ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 3 Ainda outros acreditavam que Deus era composto por todas as consciências do Universo, ou ainda, era formado pela somatória de tudo o que existe. Era o Panteísmo. Durante o decorrer dos tempos, a espiritualidade superior, percebendo que a evolução dos seres humanos já possibilitava, deliberou preparar o caminho para o monoteísmo (Mono - um + Teos (Theos) - Deus = Monoteísmo - Um Deus). Mais para frente iremos explicar o porquê de ser Deus único. O único povo que nesta época foi monoteísta, foi o povo hebreu, escolhido pela espiritualidade para a implantação do Deus único. O livro que conta a história desse povo - A Bíblia - narra uma série de acontecimentos que demonstra um projeto : o Deus Único. Abraão, Isaac, Jacó, José, Noé, Saul, Davi, Salomão e muitos outros lideraram esse povo para a implantação da unidade divina. Basta observar isso ! Apesar de ser monoteísta, o povo hebreu ainda não possuía condições para definir Deus. O que faziam era lhe mostrar os atributos : Onisciência, Onipresença, entre outros, muitos equivocados (tais com : ciumento, vingativo, impiedoso, etc...) Moisés mostra um Deus vingativo, justo, forte, tanto assim que era conhecido como : "O senhor dos Exércitos". Ocorre que analisando profundamente com a razão pode se perceber que os atributos equivocados dados a Deus não o foram dado pelos espírito, mas sim pelos próprios Líderes do povo, com vistas a controlar a índole daquele povo. Uma das manifestações do antigo testamento em que se verifica uma forma de definição de Deus, está no livro do Êxodo, capítulo 3, versículos 13 e 14 : Deus é aquilo que É, é EU SOU ... ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 4 "Moisés disse a Deus : Quando eu for aos filhos de Israel e disser : O Deus de vossos pais me enviou até vós; e me perguntarem : Qual é o seu nome ? Que Direi ? Disse Deus a Moisés : Eu sou aquele que é. Disse mais : Assim dirás aos filhos de Israel : Eu Sou me enviou até vós (...) Mas como veremos não é bem assim !!! 2. DEFINIÇÃO Os homens procuram definir Deus, enaltecendo os seus atributos, usam qualificativos que o destaca dos seres, colocando-o como criador e arquiteto do universo e da vida. Deus não apenas planejou o universo, projetando-lhe as leis naturais e todo o desenvolvimento da criação, como também executou o plano (criou-o). Não temos conhecimento da forma - de como - Deus criou o universo, se foi ou não segundo as teorias humanas que procuram explicá-la. Entretanto, se tratarmos dos atributos, para definir Deus falhamos. E não podemos esquecer de um aspecto importante : o conhecimento e a linguagem humana ainda é pobre, incapaz de dar uma idéia precisa sobre determinados temas. A terminologia claudicante do homem é insuficiente para fornecer uma idéia clara e precisa sobre Deus. E muitas vezes ainda utilizamos termos incorretos para passar determinadas informações. Diante disso, a definição de Deus ainda é abstrata. ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 5 Mas, mesmo abstrato, Deus não deixa de ser palpável, posto que pode-se sentir Deus através da intuição e de outras sensações explicadas pelo espiritismo como fenômenos mediúnicos. O espiritismo procura aclarar a definição de Deus. No livro dos espíritos está inserida a seguinte definição : DEUS é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas" (vide quadro n.º 1 ao final). INTELIGÊNCIA - o sentido de harmonia, conhecimento, precisão na criação, sabedoria. SUPREMA - É o atributo máximo que lhe pertence. Deus é, e deve ser superior a tudo e a todos, posto que se algo ou alguém lhe fosse superior, não poderia então ser Deus, pois que ficaria a mercê dos desígnios superiores. CAUSA - pela lei de ação e reação, conhecida e divulgada não somente pelo espiritismo, mas também pela ciência acadêmica - no caso da Física (uma das Leis de Newton). Se o universo existe, e eu também (Penso, logo existo ! - Aristóteles) houve algo ou alguém que me criou. Podendo-se até dizer que Deus é o criador, não importa o que ou quem seja. PRIMÁRIA - porque é a origem de tudo é Deus. O universo é criação sua diretamente, e algumas particularidades o é indiretamente. O homem é co-criador quando auxilia a Deus na criação, como no exemplo de uma plantação. Mas o homem não é Deus, posto que o homem apenas auxilia mas não gera. TODAS AS COISAS - tudo foi criado por Deus. ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 6 DEUS NÃO FOI CRIADO, MAS É O CRIADOR ! Agora, como perguntariam alguns: O acaso não poderia ter criado o universo ? A razão mesmo nos diz que não poderia o acaso ter criado o universo. O universo possui várias leis que o regem, uma harmonia sem igual, é uma perfeição. O acaso, como o conhecemos, não possui condições para uma criação de tamanha magnitude. Ocorre que, se provado fosse que o acaso foi o criador do universo, na forma que o conhecemos, tenho comigo que esse ser seria Deus. Aliás mesmo, seja quem for que tenha realizado a criação, esse seria Deus. Temos enfatizado que Deus foi quem criou o universo, mas quem seriam as criaturas de Deus ? 3. CRIATURAS DE DEUS Deus criou : O PRINCÍPIO INTELIGENTE - é o agente, possuidor dos sentidos. Dele se extrai o espírito (princípio inteligente individualizado do universo) evolução do princípio inteligente. ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 7 O PRINCÍPIO MATERIAL - também conhecido pelo nome de como Fluído Cósmico Universal (F.C.U.). Dessa matéria se extrai todas as outras matérias que compõe o universo. O Fluído Cósmico Universal (FCU) dá origem a matéria do plano espiritual, da qual uma das manifestações mais comentadas é o perispírito. Assim como dá origem também a matéria do plano físico. 4. ORIGEM DA CONSCIÊNCIA DE DEUS Pode-se afirmar sem medo de errar que no íntimo de cada ser existe a consciência íntima de Deus. Gravado (potencialmente) nos recôndidos do próprio espírito estão : 1. As Leis Divinas ou Naturais (tanto as materiais, quanto as morais); 2. Os instintos naturais; 3. A existência de Deus. Como já vimos, desde o início dos tempos o homem demonstra a consciência de Deus, contudo é o conhecimento que o faz tomar o fenômeno pelo criador. Tomar a criatura pelo criador ! Os fenômenos naturais, então, não são Deus, posto que são acontecimentos que ocorrem face a obediência a determinadas leis naturais. O fenômeno é CRIADO por DEUS e não um DEUS !!! ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 8 5. PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS E, perguntaríamos mais : Apesar de termos consciência, temos como provar a existência de Deus ? Ele realmente existe e é novamente a razão nos socorre. Partindo das seguintes leis naturais : 1. Toda ação possui uma reação. 2. Todo efeito possui uma causa. E da seguinte afirmação : 3. Penso, logo existo (Aristóteles) Associando-se a prova da existência do universo, pelos cientistas acadêmicos, é necessário buscar aquele que criou a tudo que existe. O acaso não cria nada, e muito menos poderia criar algo com tamanha harmonia quanto o universo. Tanto assim o que os cientistas hoje se convencem da existência de Deus, apesar de não o conseguirem definir (Deus seria apenas o criador), com base em seus experimentos científicos. Exemplo disso é o cientista que criou a teoria do BIG BANG, citando que lhe é possível compreender até o momento da explosão, daí para trás, em termos de tempo, somente Deus o compreenderia. Tudo é por demais harmônico, perfeito, para se acreditar que não existe algo ou alguém com uma inteligência superiora regendo a criação. ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 9 Se há um efeito inteligente, evidente que a causa que lhe deu origem deverá ser inteligente. Não se concebe que um cientista que não possui um mínimo de conhecimento possa criar algo com uma complexidade incompatível com sua capacidade. Da Gênese de Allan Kardec extrai-se que "lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da natureza, observando a previdência, a sabedoria, a harmonia que preside a todas as coisas, reconhecemos que nenhuma há que não ultrapasse o mais alto alcance da inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são o produto de uma inteligência superior à humanidade, a não ser que admitamos um efeito sem causa". Prova-se que Deus existe pelo simples fato de não ser possível provar que não exista!!! 6. DA NATUREZA DIVINA Não é dado ao homem compreender a natureza íntima de Deus. Posto que, para compreendê-la ainda nos falta sentidos, que somente se adquire com a depuração do espírito. Mas não porque não lhe possa sondar o íntimo, que não exista, ou que não o possa sentir. Existem muitas coisas das quais não temos sequer o conhecimento da existência, e outras das quais não nada compreendemos de sua natureza íntima, mas nem por isso deixam de existir. Não porque o homem não as compreendam que deixam de existir, posto que existir em nada se relaciona com o desconhecimento. Com o tempo, com a evolução do conhecimento e o depuramento moral, determinadas realidades passam a ser conhecidas. ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 10 No momento podemos compreender os atributos divinos ... 7. ATRIBUTOS DA DIVINDADE Não é necessário que se faça um estudo muito aprofundado para se saber a respeito dos atributos de Deus. Os espíritos dizem que Deus possui em grau máximo todas as qualidades. Ora, daí decorre já dois dos atributos : o primeiro é a perfeição, Deus é perfeito porque possui todos os atributos, e o segundo é a supremacia, que é a superioridade absoluta sobre tudo e sobre todos. Isto porque se houvesse um ser que possuísse algum dos atributos em quantidade maior que a do próprio Deus, este possuiria uma ascensão sobre Deus. E essa ascensão faria com que Deus deixasse de o ser em favor daquele que possuísse sobre ele a ascensão. Deus também possui os seguintes atributos : A-) Onipresença - Deus está em todos os locais, não em presença física, posto que Deus é imaterial. Logo, Deus não está em tudo ! Senão, seria o caso de se reconhecer o panteísmo. E, por estar em todos os locais tudo vê e tudo sabe. B-)Onisciência - Deus tudo sabe. Porque está em todos os locais. E, por ser o criador detém em suas "mãos" o conhecimento da criação do universo C-) Onipotência - Deus tudo pode. Mas não contraria as leis naturais, mesmo porque por ser o criador, não gostaria de ver perecer o equilíbrio derrogando as leis que ele mesmo instituiu para reger o universo quando da ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 11 criação. Se Deus acreditasse que seria necessário derrogar ou alterar as leis que instituiu, Agora após a criação, não seria perfeito, porque não haveria previsto isso. E mais, para Deus o tempo é diferente que para nós encarnados. Os espíritos mesmo afirmam isso dizendo que uma década para nós, encarnados é um segundo se compararmos com a eternidade. D-) Soberanamente justo e bom - Os espíritos, por diversas vezes, costumam utilizar esse termo quando tratam de Deus, mas como compreender dois conceitos (justiça e bondade) que parecem antagônicos a uma primeira visão?!! Para compreendermos nos deteremos um pouco mais. Os dois atributos não se conflitam. O que é necessário é que deixemos os conceitos que possuímos baseados no conhecimento corrente no ambiente terrestre, para ampliarmos nossa compreensão. A Justiça de Deus está relacionada com as seguintes frases : I) "Dai a cada um o que é seu"; II) "Dai a César o que é de César, e a Deus o que lhe pertence"; III) "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória". IV) "O que o homem plantar, isso mesmo colherá". Deus oferece ao homem o livre-arbítrio, isto é a liberdade de pensar e agir. O homem é, por natureza, dono de si mesmo, isto é, tem o direito de fazer tudo quanto achar conveniente ou necessário à conservação e ao desenvolvimento de sua vida (As Leis Morais - Rodolfo Calligaris - FEB). ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 12 Contudo, diante desse livre-arbítrio, Deus também impõe a Lei de Ação e Reação : "A cada qual será dado segundo as suas obras". Deus é justo porque não isenta do homem as reações que lhe são conferidas face aos atos por si praticados. E, onde está a bondade, então ?!!! Deus é bom, posto que apesar de não isentar os espíritos dos reajustes indispensáveis, lhe possibilita novas oportunidades ao reerguimento dos espíritos. Deus sempre permite a reabilitação dos decaídos em possibilidades quase infinitas. É bem verdade que Deus não se compraz da dor e do suor do espírito, que advém de nossas imperfeições (e também do fato de que procuramos a perfeição - Deus). Se o espírito errou, destruiu (...) Deus oferece a reencarnação para reajustamento dos erros, para que os espíritos procurem o acerto. Para que o espírito corrija as suas falhas. Para que reconstrua aquilo que destruiu !!! Deus dá um número infindável de reencarnações para nos reabilitarmos da nossas incapacidades. Se o espírito ainda é ignorante ou simples (sentido de falta de conhecimento - não falta de possibilidade de adquiri-los), Deus também oferece a reencarnação como meio de aprendizado, quantas necessário for. Se Deus oferecesse apenas uma encarnação, o homem por um período de 60 ou 70 anos seria condenado a penas eternas ou a gozos eternos, por um período ínfimo se comparado, por exemplo, com o período que até agora já se passou da criação do universo (pela teoria do BIG BAND - 12 bilhões de anos). Não, Deus é realmente bom. Permite com a reencarnação a evolução dos espíritos. ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 13 Sem dizer que todas as oportunidades da vida de um espírito, seja enquanto encarnado ou de quando está desencarnado, é passível de aprendizado e de evolução, mesmo quando não podemos disso vislumbrar a primeira vista. E-) Imaterial - Deus não é composto de matéria. Senão teria de ser criado por algo ou alguém. Senão estaria a mercê das voluptuosidades da matéria, estaria a mercê das transformações que nela se operam. Deus criou a matéria, logo não poderia dela ser composto. F-) Eterno - O conceito de eterno é aquilo que não tem começo e não tem fim. Realmente, o homem não tem, e sequer terá condições de saber se Deus teve um início. A razão, comparando aos outros atributos, fazendo uma relação, nos diz que não possuiu começo, posto que se teve um início, teve algo que o criar. Também não se vislumbra fim. Eterno, contudo é diverso de imortal (atributo do espírito). Enquanto eterno não nos dá noção de início, imortal nos dá a noção de que o ser teve um início, mas não morrerá, logo não terá fim. O imortal foi criado, teve um início, mas não perecerá. 8. CONCLUSÃO É a própria razão que nos leva ao monoteísmo (único Deus), posto que é incompreensível a existência de vários Deuses, e em muitas filosofias antagônicos. Inexistindo um supremo, haveria um caos incomensurável. Sem a supremacia de um sobre outro, as vontades antagônicas aniquilariam a harmonia da criação. ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 14 Do descrito já se conclui que DEUS é um ente superior, nada havendo que o sobrepuja. Também não poderia ser composto pela criação, posto que a obra não é o criador. Um quadro de Picasso, para exemplo, não é Picasso, mas obra dele. Ora, em uma analogia, o universo é obra de Deus, logo não se confunde com ele. E mais, DEUS é imaterial. Logo não poderia ser base para a criação de objetos e coisas. Primeiro porque se fosse material, sofreria as voluptuosidades e transformações naturais (decomposição) da matéria. Não foi criado por nenhum ser anterior, contrário então não seria Deus, mas sim quem o criou. Se não foi criado por ninguém não teve começo, daí porque comumente se diz que Deus é eterno (eterno = aquele ou aquilo que não tem início e não possui fim). O espírito possui gravado em sua consciência a existência de Deus. O espiritismo vem trazer não exatamente a religião. A fé cega. Mas vem trazer o conhecimento sobre a criação com vistas a compreensão de Deus. É através da ciência e da filosofia espírita que o homem encarnado pode se religar racionalmente de Deus. Esse é o sentido da religião espírita. E, é na prece que o homem se liga mais profundamente a Deus e aos espíritos superiores. Jesus resumiu a importância da busca de Deus na frase : "Buscai a Deus e a sua Justiça e tudo mais lhe será dado em acréscimo". E, associando a outra frase importante de Jesus :"Sejais perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus (...)" ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 15 Busquemos a perfeição, caminho do encontro do ser Divino, e tudo mais nos será dado em complemento. _________________ Eis porque dizem os sábios que ao encontrar Deus, encontramos a sabedoria. Deus é a própria sabedoria. _________________ ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 16 COMPLEMENTO Contudo, não é apenas com o conhecimento de DEUS que o achamos. O homem poderá conhecer DEUS através da razão base racional e científica (como está começando a ocorrer ainda hoje), contudo, deverá o conhecimento de DEUS gerar uma atitude do próprio ser. Jesus demonstrou essa necessidade que está aliada a lei natural da evolução quando, em diálogo com seus discípulos, comenta sobre a necessidade de sermos perfeitos como o Pai dos Céus o é (Evangelho segundo Mateus, capítulo V, versículo 48). Se remontarmos mais alguns milhares de anos, descobriremos que no Livro da Gênese, na Biblia, há uma passagem que menciona ser o homem feito a imagem e semelhança de DEUS. IMAGEM Se refere, por exemplo, a reflexão do espelho. A imagem não é o ser refletido, mas é capaz de projetar muitas informações, principalmente visuais 9ocorre que no caso o texto é conotativo e não denotativo, e portanto, a liguagem é figurada). SEMELHANÇA Tem relação com parecer com uma coisa que não se é. O semelhante não é o objeto de referência, contudo possui muitos qualificativos em comum. ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 17 Para o caso, o homem e DEUS não se misturam , e nem se confundem. DEUS colocou no homem certos atributos que o faz se assemelhar a ELE. (inteligência, imperecibilidade, etc...), mas nem por isso o homem poderá ser DEUS. Retornando a questão, o homem poderá achar a DEUS pelo produto de sua evolução espiritual, alcançada e almejada com os seus esforços morais. Praticando a caridade, em sua totalidade, o homem se aproxima mais e mais de DEUS. Ocorre que mesmo assim não poderá considerar-se salvo ? Apenas sabendo de sua existência ? Bem, é um pouco temeroso dizer a palavra salvo. O homem se encontra encarnado, na terra, para em primeiro lugar evoluir, sobrepujando-se as suas imperfeições e manipulando suas ações no sentido de exaurir (esgotar) e seu Karma (negativo). O homem não nasce para ser salvo ! Foi a doutrina católica, que equivocada, coloca o dogma da encarnação única do homem, para não ruir na insipidez de sua doutrina, coloca que o homem deve buscar sua salvação, no céu. O que o homem deve fazer é aprender, e isso o salvará de praticar atos que o desfavorecem dentro da lei de ação e reação. Se assim observarmos o termo “salvar-se”, aí sim, poderá ser salvo. Contudo, o que ”salva” ou não o homem é a pratica da caridade, através das virtudes e das boas ações, e não exatamente o conhecimento de DEUS. Vincular a evolução espiritual, ao conhecimento de DEUS, é obrigar ao homem se filiar a uma religião, uma filosofia ... Sabemos que o concurso da espiritualidade disso independe. Por fim, o conhecimento de DEUS, auxilia a evolução do homem ? Sim, sem dúvida alguma ! ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 18 Compreendendo o criador e a criação, entenderemos os seus objetivos principais, e se bem intencionados, buscaremos seguir a ordem divina estabelecida em harmonia. E, quando há harmonia, não há dor. Bibliografia 1. Livro dos Espíritos Allan Kardec FEESP 2. Evangelho Segundo o Espiritismo Allan Kardec FEESP 3. A gênese Allan Kardec LAKE 4. Curso Básico de Espiritismo - 1º Ano Área de Ensino FEESP ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br p. 19 ©Todos os direitos reservados. Marcelo Stanczyk http://www.stanczyk.net/br