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1. HISTÓRICO
Em épocas imemoriais, os homens acreditavam que os fenômenos eram
Deuses.
Os homens adoravam como Deuses o sol, a lua, a chuva, o fogo (...) Tanto
assim o é que se verificarmos os ameríndios primitivos (da época do
descobrimento), e o relato que temos deles, temos :
Sol
- Coaraci
Lua
- Jaci
...
- Tupã
...
- Monã
Isso ocorria porque os homens não compreendiam o significado de Deus, e,
então, dessa forma sobre tudo o que não compreendiam ou não possuíam o
controle, caia o pendão de ser um Deus.
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E, como não eram poucos os fenômenos, ocorreu diante da imensa
quantidade de Deuses, o politeísmo.
_____________
Poli - vários + Teos (Theos) - Deus = Politeísmo - Vários Deuses
_____________
Salvo apenas um, todos os povos da pré-história e da história antiga
(alguns povos da idade média também) foram politeístas. E, ainda, várias foram
as formas de expressão politeísta.
Alguns adoravam puramente os fenômenos como Deuses.
Uns adoravam objetos inanimados que acreditavam que os espíritos se
ligavam ou se submetessem a ele, é o fetichismo.
Outros, adoravam os antepassados e animais protetores. Exemplo : a
primeira época do povo romano (Os Lares - Deuses familiares - A importância
desse fator era tão grande que eram considerados como parentes (familiares) as
pessoas que cultivavam os mesmos antepassados (Lares). Irmãos não eram
aqueles que possuíam o mesmo sangue, mas os que tinham o mesmo
antepassado comum, no caso o pai. As mulheres quando casavam passavam a
adorar os antepassados do marido, e deixavam de pertencer a família de seus
pais. Era a época do Totemismo.
Cada povo possuía um panteão a seu modo, que variava de 2 a milhares de
Deuses. Exemplo : Romanos, Gregos, Egípcios (Isis, Osiris, etc...).
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Ainda outros acreditavam que Deus era composto por todas as
consciências do Universo, ou ainda, era formado pela somatória de tudo o que
existe. Era o Panteísmo.
Durante o decorrer dos tempos, a espiritualidade superior, percebendo que
a evolução dos seres humanos já possibilitava, deliberou preparar o caminho para
o monoteísmo (Mono - um + Teos (Theos) - Deus = Monoteísmo - Um Deus). Mais
para frente iremos explicar o porquê de ser Deus único.
O único povo que nesta época foi monoteísta, foi o povo hebreu, escolhido
pela espiritualidade para a implantação do Deus único.
O livro que conta a história desse povo - A Bíblia - narra uma série de
acontecimentos que demonstra um projeto : o Deus Único.
Abraão, Isaac, Jacó, José, Noé, Saul, Davi, Salomão e muitos outros
lideraram esse povo para a implantação da unidade divina.
Basta observar isso !
Apesar de ser monoteísta, o povo hebreu ainda não possuía condições para
definir Deus. O que faziam era lhe mostrar os atributos : Onisciência, Onipresença,
entre outros, muitos equivocados (tais com : ciumento, vingativo, impiedoso, etc...)
Moisés mostra um Deus vingativo, justo, forte, tanto assim que era
conhecido como : "O senhor dos Exércitos".
Ocorre que analisando profundamente com a razão pode se perceber que
os atributos equivocados dados a Deus não o foram dado pelos espírito, mas sim
pelos próprios Líderes do povo, com vistas a controlar a índole daquele povo. Uma
das manifestações do antigo testamento em que se verifica uma forma de
definição de Deus, está no livro do Êxodo, capítulo 3, versículos 13 e 14 : Deus é
aquilo que É, é EU SOU ...
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"Moisés disse a Deus : Quando eu for aos filhos de Israel e disser : O Deus
de vossos pais me enviou até vós; e me perguntarem : Qual é o seu nome ? Que
Direi ? Disse Deus a Moisés : Eu sou aquele que é. Disse mais : Assim dirás aos
filhos de Israel : Eu Sou me enviou até vós (...)
Mas como veremos não é bem assim !!!
2. DEFINIÇÃO
Os homens procuram definir Deus, enaltecendo os seus atributos, usam
qualificativos que o destaca dos seres, colocando-o como criador e arquiteto do
universo e da vida.
Deus não apenas planejou o universo, projetando-lhe as leis naturais e todo
o desenvolvimento da criação, como também executou o plano (criou-o).
Não temos conhecimento da forma - de como - Deus criou o universo, se foi
ou não segundo as teorias humanas que procuram explicá-la.
Entretanto, se tratarmos dos atributos, para definir Deus falhamos. E não
podemos esquecer de um aspecto importante : o conhecimento e a linguagem
humana ainda é pobre, incapaz de dar uma idéia precisa sobre determinados
temas. A terminologia claudicante do homem é insuficiente para fornecer uma idéia
clara e precisa sobre Deus. E muitas vezes ainda utilizamos termos incorretos para
passar determinadas informações.
Diante disso, a definição de Deus ainda é abstrata.
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Mas, mesmo abstrato, Deus não deixa de ser palpável, posto que pode-se
sentir Deus através da intuição e de outras sensações explicadas pelo espiritismo
como fenômenos mediúnicos.
O espiritismo procura aclarar a definição de Deus. No livro dos espíritos
está inserida a seguinte definição : DEUS é a inteligência suprema, causa primária
de todas as coisas" (vide quadro n.º 1 ao final).
INTELIGÊNCIA - o sentido de harmonia, conhecimento, precisão na
criação, sabedoria.
SUPREMA - É o atributo máximo que lhe pertence. Deus é, e deve ser
superior a tudo e a todos, posto que se algo ou alguém lhe fosse superior, não
poderia então ser Deus, pois que ficaria a mercê dos desígnios superiores.
CAUSA - pela lei de ação e reação, conhecida e divulgada não somente
pelo espiritismo, mas também pela ciência acadêmica - no caso da Física (uma
das Leis de Newton).
Se o universo existe, e eu também (Penso, logo existo ! - Aristóteles) houve
algo ou alguém que me criou. Podendo-se até dizer que Deus é o criador, não
importa o que ou quem seja.
PRIMÁRIA - porque é a origem de tudo é Deus. O universo é criação sua
diretamente, e algumas particularidades o é indiretamente.
O homem é co-criador quando auxilia a Deus na criação, como no exemplo
de uma plantação. Mas o homem não é Deus, posto que o homem apenas auxilia
mas não gera.
TODAS AS COISAS - tudo foi criado por Deus.
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DEUS NÃO FOI CRIADO, MAS É O CRIADOR !
Agora, como perguntariam alguns: O acaso não poderia ter criado o
universo ?
A razão mesmo nos diz que não poderia o acaso ter criado o universo.
O universo possui várias leis que o regem, uma harmonia sem igual, é uma
perfeição.
O acaso, como o conhecemos, não possui condições para uma criação de
tamanha magnitude. Ocorre que, se provado fosse que o acaso foi o criador do
universo, na forma que o conhecemos, tenho comigo que esse ser seria Deus.
Aliás mesmo, seja quem for que tenha realizado a criação, esse seria Deus.
Temos enfatizado que Deus foi quem criou o universo, mas quem seriam as
criaturas de Deus ?
3. CRIATURAS DE DEUS
Deus criou :
O PRINCÍPIO INTELIGENTE - é o agente, possuidor dos sentidos. Dele se
extrai o espírito (princípio inteligente individualizado do universo) evolução do
princípio inteligente.
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O PRINCÍPIO MATERIAL - também conhecido pelo nome de como Fluído
Cósmico Universal (F.C.U.). Dessa matéria se extrai todas as outras matérias que
compõe o universo.
O Fluído Cósmico Universal (FCU) dá origem a matéria do plano espiritual,
da qual uma das manifestações mais comentadas é o perispírito. Assim como dá
origem também a matéria do plano físico.
4. ORIGEM DA CONSCIÊNCIA DE DEUS
Pode-se afirmar sem medo de errar que no íntimo de cada ser existe a
consciência íntima de Deus.
Gravado (potencialmente) nos recôndidos do próprio espírito estão :
1. As Leis Divinas ou Naturais (tanto as materiais, quanto as morais);
2. Os instintos naturais;
3. A existência de Deus.
Como já vimos, desde o início dos tempos o homem demonstra a
consciência de Deus, contudo é o conhecimento que o faz tomar o fenômeno pelo
criador. Tomar a criatura pelo criador !
Os fenômenos naturais, então, não são Deus, posto que são
acontecimentos que ocorrem face a obediência a determinadas leis naturais. O
fenômeno é CRIADO por DEUS e não um DEUS !!!
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5. PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS
E, perguntaríamos mais : Apesar de termos consciência, temos como
provar a existência de Deus ?
Ele realmente existe e é novamente a razão nos socorre.
Partindo das seguintes leis naturais :
1. Toda ação possui uma reação.
2. Todo efeito possui uma causa.
E da seguinte afirmação :
3. Penso, logo existo (Aristóteles)
Associando-se a prova da existência do universo, pelos cientistas
acadêmicos, é necessário buscar aquele que criou a tudo que existe.
O acaso não cria nada, e muito menos poderia criar algo com tamanha
harmonia quanto o universo. Tanto assim o que os cientistas hoje se convencem
da existência de Deus, apesar de não o conseguirem definir (Deus seria apenas o
criador), com base em seus experimentos científicos. Exemplo disso é o cientista
que criou a teoria do BIG BANG, citando que lhe é possível compreender até o
momento da explosão, daí para trás, em termos de tempo, somente Deus o
compreenderia.
Tudo é por demais harmônico, perfeito, para se acreditar que não existe
algo ou alguém com uma inteligência superiora regendo a criação.
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Se há um efeito inteligente, evidente que a causa que lhe deu origem
deverá ser inteligente. Não se concebe que um cientista que não possui um
mínimo de conhecimento possa criar algo com uma complexidade incompatível
com sua capacidade.
Da Gênese de Allan Kardec extrai-se que "lançando o olhar em torno de si,
sobre as obras da natureza, observando a previdência, a sabedoria, a harmonia
que preside a todas as coisas, reconhecemos que nenhuma há que não ultrapasse
o mais alto alcance da inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode
produzir, é que elas são o produto de uma inteligência superior à humanidade, a
não ser que admitamos um efeito sem causa".
Prova-se que Deus existe pelo simples fato de não ser possível provar que
não exista!!!
6. DA NATUREZA DIVINA
Não é dado ao homem compreender a natureza íntima de Deus. Posto que,
para compreendê-la ainda nos falta sentidos, que somente se adquire com a
depuração do espírito.
Mas não porque não lhe possa sondar o íntimo, que não exista, ou que não
o possa sentir. Existem muitas coisas das quais não temos sequer o conhecimento
da existência, e outras das quais não nada compreendemos de sua natureza
íntima, mas nem por isso deixam de existir. Não porque o homem não as
compreendam que deixam de existir, posto que existir em nada se relaciona com o
desconhecimento. Com o tempo, com a evolução do conhecimento e o
depuramento moral, determinadas realidades passam a ser conhecidas.
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No momento podemos compreender os atributos divinos ...
7. ATRIBUTOS DA DIVINDADE
Não é necessário que se faça um estudo muito aprofundado para se saber
a respeito dos atributos de Deus.
Os espíritos dizem que Deus possui em grau máximo todas as qualidades.
Ora, daí decorre já dois dos atributos : o primeiro é a perfeição, Deus é perfeito
porque possui todos os atributos, e o segundo é a supremacia, que é a
superioridade absoluta sobre tudo e sobre todos. Isto porque se houvesse um ser
que possuísse algum dos atributos em quantidade maior que a do próprio Deus,
este possuiria uma ascensão sobre Deus. E essa ascensão faria com que Deus
deixasse de o ser em favor daquele que possuísse sobre ele a ascensão.
Deus também possui os seguintes atributos :
A-) Onipresença - Deus está em todos os locais, não em presença física,
posto que Deus é imaterial. Logo, Deus não está em tudo ! Senão, seria o caso
de se reconhecer o panteísmo. E, por estar em todos os locais tudo vê e tudo
sabe.
B-)Onisciência - Deus tudo sabe. Porque está em todos os locais. E, por
ser o criador detém em suas "mãos" o conhecimento da criação do universo
C-) Onipotência - Deus tudo pode. Mas não contraria as leis naturais,
mesmo porque por ser o criador, não gostaria de ver perecer o equilíbrio
derrogando as leis que ele mesmo instituiu para reger o universo quando da
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criação. Se Deus acreditasse que seria necessário derrogar ou alterar as leis que
instituiu, Agora após a criação, não seria perfeito, porque não haveria previsto isso.
E mais, para Deus o tempo é diferente que para nós encarnados. Os espíritos
mesmo afirmam isso dizendo que uma década para nós, encarnados é um
segundo se compararmos com a eternidade.
D-) Soberanamente justo e bom - Os espíritos, por diversas vezes,
costumam utilizar esse termo quando tratam de Deus, mas como compreender
dois conceitos (justiça e bondade) que parecem antagônicos a uma primeira
visão?!!
Para compreendermos nos deteremos um pouco mais.
Os dois atributos não se conflitam. O que é necessário é que deixemos os
conceitos que possuímos baseados no conhecimento corrente no ambiente
terrestre, para ampliarmos nossa compreensão.
A Justiça de Deus está relacionada com as seguintes frases :
I) "Dai a cada um o que é seu";
II) "Dai a César o que é de César, e a Deus o que lhe pertence";
III) "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória".
IV) "O que o homem plantar, isso mesmo colherá".
Deus oferece ao homem o livre-arbítrio, isto é a liberdade de pensar e agir.
O homem é, por natureza, dono de si mesmo, isto é, tem o direito de fazer
tudo quanto achar conveniente ou necessário à conservação e ao
desenvolvimento de sua vida (As Leis Morais - Rodolfo Calligaris - FEB).
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Contudo, diante desse livre-arbítrio, Deus também impõe a Lei de Ação e Reação :
"A cada qual será dado segundo as suas obras". Deus é justo porque não isenta
do homem as reações que lhe são conferidas face aos atos por si praticados.
E, onde está a bondade, então ?!!!
Deus é bom, posto que apesar de não isentar os espíritos dos reajustes
indispensáveis, lhe possibilita novas oportunidades ao reerguimento dos espíritos.
Deus sempre permite a reabilitação dos decaídos em possibilidades quase
infinitas. É bem verdade que Deus não se compraz da dor e do suor do espírito,
que advém de nossas imperfeições (e também do fato de que procuramos a
perfeição - Deus).
Se o espírito errou, destruiu (...) Deus oferece a reencarnação para
reajustamento dos erros, para que os espíritos procurem o acerto. Para que o
espírito corrija as suas falhas. Para que reconstrua aquilo que destruiu !!! Deus dá
um número infindável de reencarnações para nos reabilitarmos da nossas
incapacidades.
Se o espírito ainda é ignorante ou simples (sentido de falta de
conhecimento - não falta de possibilidade de adquiri-los), Deus também oferece a
reencarnação como meio de aprendizado, quantas necessário for.
Se Deus oferecesse apenas uma encarnação, o homem por um período de
60 ou 70 anos seria condenado a penas eternas ou a gozos eternos, por um
período ínfimo se comparado, por exemplo, com o período que até agora já se
passou da criação do universo (pela teoria do BIG BAND - 12 bilhões de anos).
Não, Deus é realmente bom. Permite com a reencarnação a evolução dos
espíritos.
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Sem dizer que todas as oportunidades da vida de um espírito, seja
enquanto encarnado ou de quando está desencarnado, é passível de aprendizado
e de evolução, mesmo quando não podemos disso vislumbrar a primeira vista.
E-) Imaterial - Deus não é composto de matéria. Senão teria de ser criado
por algo ou alguém. Senão estaria a mercê das voluptuosidades da matéria,
estaria a mercê das transformações que nela se operam. Deus criou a matéria,
logo não poderia dela ser composto.
F-) Eterno - O conceito de eterno é aquilo que não tem começo e não tem
fim. Realmente, o homem não tem, e sequer terá condições de saber se Deus teve
um início. A razão, comparando aos outros atributos, fazendo uma relação, nos diz
que não possuiu começo, posto que se teve um início, teve algo que o criar.
Também não se vislumbra fim.
Eterno, contudo é diverso de imortal (atributo do espírito). Enquanto eterno
não nos dá noção de início, imortal nos dá a noção de que o ser teve um início,
mas não morrerá, logo não terá fim. O imortal foi criado, teve um início, mas não
perecerá.
8. CONCLUSÃO
É a própria razão que nos leva ao monoteísmo (único Deus), posto que é
incompreensível a existência de vários Deuses, e em muitas filosofias antagônicos.
Inexistindo um supremo, haveria um caos incomensurável.
Sem a supremacia de um sobre outro, as vontades antagônicas
aniquilariam a harmonia da criação.
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Do descrito já se conclui que DEUS é um ente superior, nada havendo que
o sobrepuja.
Também não poderia ser composto pela criação, posto que a obra não é o
criador. Um quadro de Picasso, para exemplo, não é Picasso, mas obra dele. Ora,
em uma analogia, o universo é obra de Deus, logo não se confunde com ele.
E mais, DEUS é imaterial. Logo não poderia ser base para a criação de
objetos e coisas. Primeiro porque se fosse material, sofreria as voluptuosidades e
transformações naturais (decomposição) da matéria.
Não foi criado por nenhum ser anterior, contrário então não seria Deus, mas
sim quem o criou. Se não foi criado por ninguém não teve começo, daí porque
comumente se diz que Deus é eterno (eterno = aquele ou aquilo que não tem início
e não possui fim).
O espírito possui gravado em sua consciência a existência de Deus.
O espiritismo vem trazer não exatamente a religião. A fé cega. Mas vem
trazer o conhecimento sobre a criação com vistas a compreensão de Deus.
É através da ciência e da filosofia espírita que o homem encarnado pode se
religar racionalmente de Deus. Esse é o sentido da religião espírita.
E, é na prece que o homem se liga mais profundamente a Deus e aos
espíritos superiores.
Jesus resumiu a importância da busca de Deus na frase : "Buscai a Deus e
a sua Justiça e tudo mais lhe será dado em acréscimo".
E, associando a outra frase importante de Jesus :"Sejais perfeitos, como é
perfeito o vosso Pai que está nos céus (...)"
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Busquemos a perfeição, caminho do encontro do ser Divino, e tudo mais
nos será dado em complemento.
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Eis porque dizem os sábios que ao encontrar Deus, encontramos a
sabedoria. Deus é a própria sabedoria.
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COMPLEMENTO
Contudo, não é apenas com o conhecimento de DEUS que o achamos.
O homem poderá conhecer DEUS através da razão  base racional e
científica (como está começando a ocorrer ainda hoje), contudo, deverá o
conhecimento de DEUS gerar uma atitude do próprio ser.
Jesus demonstrou essa necessidade  que está aliada a lei natural da
evolução  quando, em diálogo com seus discípulos, comenta sobre a
necessidade de sermos perfeitos como o Pai dos Céus o é (Evangelho segundo
Mateus, capítulo V, versículo 48).
Se remontarmos mais alguns milhares de anos, descobriremos que no Livro
da Gênese, na Biblia, há uma passagem que menciona ser o homem feito a
imagem e semelhança de DEUS.
IMAGEM  Se refere, por exemplo, a reflexão do espelho. A imagem não
é o ser refletido, mas é capaz de projetar muitas informações, principalmente
visuais 9ocorre que no caso o texto é conotativo e não denotativo, e portanto, a
liguagem é figurada).
SEMELHANÇA  Tem relação com parecer com uma coisa que não se é.
O semelhante não é o objeto de referência, contudo possui muitos qualificativos
em comum.
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Para o caso, o homem e DEUS não se misturam , e nem se confundem.
DEUS colocou no homem certos atributos que o faz se assemelhar a ELE.
(inteligência, imperecibilidade, etc...), mas nem por isso o homem poderá ser
DEUS.
Retornando a questão, o homem poderá achar a DEUS pelo produto de
sua evolução espiritual, alcançada e almejada com os seus esforços morais.
Praticando a caridade, em sua totalidade, o homem se aproxima mais e
mais de DEUS.
Ocorre que mesmo assim não poderá considerar-se salvo ? Apenas
sabendo de sua existência ?
Bem, é um pouco temeroso dizer a palavra salvo. O homem se encontra
encarnado, na terra, para em primeiro lugar evoluir, sobrepujando-se as suas
imperfeições e manipulando suas ações no sentido de exaurir (esgotar) e seu
Karma (negativo).
O homem não nasce para ser salvo ! Foi a doutrina católica, que
equivocada, coloca o dogma da encarnação única do homem, para não ruir na
insipidez de sua doutrina, coloca que o homem deve buscar sua salvação, no céu.
O que o homem deve fazer é aprender, e isso o salvará de praticar atos que
o desfavorecem dentro da lei de ação e reação. Se assim observarmos o termo
“salvar-se”, aí sim, poderá ser salvo.
Contudo, o que ”salva” ou não o homem é a pratica da caridade, através
das virtudes e das boas ações, e não exatamente o conhecimento de DEUS.
Vincular a evolução espiritual, ao conhecimento de DEUS, é obrigar ao homem se
filiar a uma religião, uma filosofia ...
Sabemos que o concurso da espiritualidade disso independe.
Por fim, o conhecimento de DEUS, auxilia a evolução do homem ?
Sim, sem dúvida alguma !
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Compreendendo o criador e a criação, entenderemos os seus objetivos
principais, e se bem intencionados, buscaremos seguir a ordem divina
estabelecida em harmonia. E, quando há harmonia, não há dor.
Bibliografia
1.
Livro dos Espíritos
Allan Kardec
FEESP
2.
Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec
FEESP
3.
A gênese
Allan Kardec
LAKE
4.
Curso Básico de Espiritismo - 1º Ano
Área de Ensino
FEESP
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1. HISTÓRICO Em épocas imemoriais, os homens acreditavam que