AJUSTE COMPLEMENTAR ENTRE O BRASIL E CEPAL/ILPES POLÍTICAS PARA GESTÃO DE INVESTIMENTOS PÚBLICOS CURSO DE AVALIAÇÃO SOCIOECONÔMICA DE PROJETOS APOSTILA VALORIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS Julio Ismodes BRASÍLIA, MAIO DE 2009 1 VALORIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS A. INTRODUÇÃO As relações entre a economia e o meio ambiente indicam que os atuais impactos ambientais, como o aquecimento global, decorrem do crescimento econômico nas últimas décadas, que foi realizado às custas da natureza e dos recursos naturais. A análise econômica fornece uma explicação sobre o tema e porque esses impactos aconteceram dessa forma. Assim, vivemos em uma sociedade onde o problema econômico de decidir o que se produz, como se faz e como se distribui os bens foi deixado nas mãos dos mecanismos de mercado. Nesse sentido, devemos analisar algumas das razões de como o mercado pode ter levado a isto e quais foram os seus resultados. Um dos principais problemas da economia é a alocação de recursos. A sociedade tem que tomar decisões adequadas sobre a forma de distribuir recursos escassos, como capital, trabalho e recursos naturais, para produzir as mercadorias, cuja demanda por elas ultrapassa a capacidade de oferta no curto prazo. Esta situação acontece porque o que caracteriza o efetivo funcionamento do sistema econômico não é exatamente a concorrência perfeita prevista nos livros–texto de economia, mas de formas alternativas de concorrência imperfeitas, tanto nos mercados de bens e serviços, como nos fatores de produção. Estas formas alternativas de concorrência são apresentadas sob a forma de monopólios, oligopólios e monopsônios, bem como pelas rigidezes nos mercados de trabalho e de capital. Além disso, há na economia real a existência de racionamentos ou dificuldade de acesso ao capital e a 2 intervenção do governo na economia por intermédio de impostos, subsídios, controle de preços, etc 1. Dada essas características do mercado, é que podemos perguntar: Como e porque valorizar o meio ambiente e os recursos naturais? A resposta não é tão simples. Há várias possibilidades como apresentamos abaixo: A) De um lado, encontramos respostas ou posições a partir da ética da terra de Aldo Leopold que afirma: a natureza não humana tem valor intrínseco, inerente e, conseqüentemente, possui direitos morais e naturais. B) Alternativamente, existem situações que dão valor às coisas, incluindo o meio ambiente e sua relação com os seres humanos. Neste contexto, as coisas têm valor na medida em que as pessoas os dão. O meio ambiente tem valor porque possui uma série de funções que afetam direta e positivamente o bem-estar das pessoas na sociedade. Neste contexto, a questão é: Quem dá valor ao meio ambiente? Os principais impactos dos projetos acontecem sobre os ecossistemas, definidos como sistemas constituídos por um conjunto de seres vivos, o ambiente em que se desenvolvem e estabelecem relações entre si e com os abióticos (sem vida) e que constituem seu meio. Os projetos podem afetar a totalidade dos seres vivos que habitam um sistema (Biocenosis), ou o lugar onde as pessoas vivem em um ecossistema (biótopo). Veja o diagrama abaixo: 1 Extraído de Azqueta O. Diego: Valorização Económica da Qualidade Ambiental. Espanha, 1994. 3 Neste contexto e com referência ao desenvolvimento econômico e investimentos, a implementação de projetos pode afetar a natureza em suas diversas fases, através dos aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos. O diagrama abaixo indica esses impactos: Os impactos ambientais de projetos Descrição dos principais impactos Ambiente Físico Ambiente Biológicos AmbienteSócioEconômico 4 Para este efeito, a avaliação de projetos forma parte do processo de préinvestimento e tem como finalidade determinar os indicadores necessários, que possam ajudar a tomada de decisão de executá-lo ou não um determinado projeto, em função do seu impacto sobre o meio ambiente. Podemos identificar duas maneiras para avaliar esses impactos, dadas as características particulares dos projetos, que podem ser resumidas como: A) Para bens com mercados concretos, onde os consumidores procuram adquirir esses produtos e produtores ou fornecedores estão dispostos a oferecê-los a determinados preços. É o encontro desses agentes, consumidores e produtores, em um determinado espaço e período de tempo, que irá determinar o preço e as quantidades comercializadas desse produto. B) Para os projetos cujo produto não tem mercado específico e que são chamados de bens ou mercadorias "não-comercializáveis”. Para esses produtos, não existem produtores que possam oferecer o produto e há limitações para determinar quem são os potenciais consumidores dessas mercadorias. Para o primeiro caso acima, a avaliação de projetos utiliza em geral o método de "Custo e Benefício", no qual são comparados os rendimentos monetários gerados por um determinado projeto, com os custos de investimento e de operação ao longo de da vida útil do projeto, para um determinado horizonte de planejamento que considera o tempo incorrido antes da operação do projeto. Porém, para os projetos do segundo caso, onde se classificam vários projetos relacionados à proteção e manejo de recursos ambientais, não há como identificar os fluxos monetários necessários para montar o método de custo e benefício. Para resolver esse desafio as seções seguintes irão apresentar possíveis métodos de avaliação de projeto de bens “não comercializáveis”. 5 B. Métodos de avaliação de bens não-comercializáveis O método dos custos evitados ou induzidos O fato de faltar mercado não impede que os bens ambientais sejam relacionados com bens que tem mercados. Assim, pode-se determinar a possibilidade de que um bem ambiental, objeto da análise, esteja relacionado com algum bem alternativo oferecido por agentes privados de uma forma bem concreta: entrando para formar parte com ele, como insumo substituto de uma determinada função de produção. Duas alternativas distintas são apresentadas neste contexto: a) Por um lado, o caso em que o bem ambiental é parte da função de produção comum de um bem ou serviço normal, como um insumo produtivo adicional. b) Alternativamente, o fato de quando o bem ambiental entra para formar parte juntamente com outros bens privados da utilidade de uma pessoa ou família. Cada um destes dois casos, separadamente, tem as seguintes características: Que um bem ambiental, tal como água, é um insumo produtivo básico na produção de um bem privado. Por outro lado, para outros projetos, a qualidade do ar, por exemplo, influi na produtividade da terra, tanto direta como indiretamente, por meio do seu efeito sobre a água de chuva. Um exemplo interessante é a aplicação desse tipo de análise para valorizar os benefícios de um possível programa de estabilização e de recuperação de terras agrícolas. Nesse sentido, há experiências do método proposto, ainda que no sentido inverso (custos evitados), para valorizar os benefícios relativos de distintas técnicas alternativas de fixação do solo, que reduzem a erosão e aumentam a permeabilidade dele. 6 Para esta alternativa, temos que quantificar os custos da reposição do solo, do transporte e da distribuição de terras danificadas; de reconstituir os nutrientes perdidos, da queda da produtividade, das terras levadas pelas enxurradas e do risco adicional que fosse necessário. Esses custos evitados, somados aos benefícios derivados de evitar a salinização da terra, da própria erosão, etc. constituem benefícios líquidos que permitem, uma vez computados, escolher entre uma ou outra medida. O método de custo de viagem O método de custo de viagem é eventualmente aplicado à valorização de áreas naturais, que provêem recreação na função de produção de utilidade familiar: que as pessoas visitam para o seu lazer. A iniciativa desse método surgiu de um pedido feito em 1949 para vários economistas pelo Serviço de Parques Nacionais dos Estados Unidos, sobre a forma de medir os benefícios econômicos da existência de tais parques. Harold Hotelling respondeu ao pedido com uma carta na qual ele apresentou os argumentos do método de custo de viagem, que, em seguida, foi refinado por Clawson e Knetsch (McConnell, 1985). A fundamentação teórica do método é muito simples: Em geral, e ainda que o prazer de estar nos parques é gratuito e, conseqüentemente, não se cobra ingresso de entrada neles e quando há se faz um preço mais simbólico, o visitante incorre em alguns gastos para desfrutar os parques, ou seja, seus custos de viagem. Trata-se, portanto, de estimar como varia a demanda pelo bem ambiental com relação ao número de visitas, por exemplo, frente a mudanças nos custo de desfrutá-los. É, portanto, uma tentativa de estimar a curva de demanda por um bem, na qual podem-se analisar mudanças no excedente do consumidor, por exemplo, produzidas pelo fechamento de um dos parques. 7 Valor econômico do tempo de trabalho Neste outro método, o tempo é um custo de oportunidade que se expressa em termos de produção. A utilização alternativa deste tempo, dentro da jornada de trabalho, gera uma cadeia de bens e serviços, de acordo com a produtividade do trabalhador. Portanto, a hipótese tradicionalmente usada para uma medida de valor é que o salário recebido é um bom reflexo da produtividade marginal do trabalhador, ou seja, a sua contribuição para a produção total. O valor econômico do tempo seria dado, portanto, pelo salário-hora. O método dos Preços Hedônicos. Os consumidores adquirem bens ou mercadorias em um mercado, porque eles têm um conjunto de atributos que lhes permitam ser útil e satisfazer alguma necessidade. Utilizando a terminologia da escola clássica da economia, é possível demonstrar que têm um valor de uso. Muitos desses bens não têm um único valor de uso, não satisfazem uma única necessidade humana, mas são bens com muitos atributos, tais como o fato de satisfazer várias necessidades ao mesmo tempo. Assim, quando uma pessoa adquire um carro, ela não está apenas comprando o serviço de um bem que o transporta de um local para outro, em determinadas condições. Compra muitas outras coisas, e isto os publicitários sabem muito bem. Neste sentido, são vários os atributos do carro que interessam o comprador, e pelos quais está disposto a pagar uma certa quantia de dinheiro. Os chamados "preços hedônicos" tem como finalidade descobrir todos os atributos do bem que explicam o seu preço e discriminar a importância quantitativa de cada um deles. Nesse sentido, cada característica do bem, tais como o seu preço; a disposição marginal de uma pessoa pagar por uma unidade adicional do bem ou produto. 8 O método tem muitas aplicações em diferentes áreas da economia e um dos casos mais utilizados na prática é na habitação. Então, quando você compra uma casa, não está comprando uma área em metros quadrados de uma determinada qualidade, mas também um ambiente acolhedor que tem uma série de características, tanto do bairro, como do ambiente em seu entorno em termos muito gerais. Muitas dessas características, para o caso dos bens ambientais, são as que mais interessam, pois são medidas de quanto as pessoas pagam ou desejam pagar por essas características. Em termos simplificados, se houver duas casas iguais em todas as características exceto uma, o nível de ruído, a diferença de preço entre elas irá refletir o valor deste atributo. Este último atributo, em princípio, carece de um preço explícito de mercado. C. O método de valorização contingente MVC Métodos diretos ou hipotéticos baseados em informações fornecidas pelas próprias pessoas, quando perguntadas sobre o valor dos bens ou serviços sendo analisado, tem um objetivo duplo: - Em primeiro lugar, porque muitas vezes são os únicos métodos utilizáveis quando não é possível estabelecer a ligação entre a qualidade do bem ambienta e do consumo de um bem privado. - Em segundo lugar, pelas dificuldades e limitações dos métodos indiretos, que não deixam de representar um mecanismo de valorização alternativo que pode ser extremamente útil para fins de comparação. Os métodos de valorização contingente – MVC- tentam pesquisar a valoração dada pelas a mudanças no seu bem-estar provocada por alterações nas condições de oferta de bem ambiental, por meio de uma pergunta direta. O valor obtido depende da opinião expressada pela pessoa, a partir da informação recebida e isso explica o nome dado a esse método. 9 A origem do MVC pode ser localizada em Robert Davis, que na década de sessenta a desenvolveu como parte da sua tese de doutorado. Davis entrevistou 121 caçadores e excursionistas do estado do Maine nos Estados Unidos, tentando descobrir o valor que eles davam às que as florestas daquele estado. Numa segunda etapa, comparou os valores obtidos com aqueles resultantes da aplicação do método custo de viagem. O alto grau de coincidência encontrado resultou em um grande estímulo para a continuação dos trabalhos usando essa linha de pesquisa. O procedimento mais simples para descobrir como uma pessoa valoriza a mudança no seu bem-estar é simplesmente perguntando-lhe. Assim, o meio normal em todos esses métodos é ouso de pesquisas, entrevistas, questionários, etc. Estes meios de recolher informações na área de influência do projeto está estruturado em três blocos: - O primeiro bloco contem as informações relevantes sobre o produto ou o problema objeto do estudo. Desta forma, o entrevistado tem informação suficientemente precisa para identificar corretamente o tema em questão. - Um segundo bloco descreve a alteração em estudo, ou seja: o ponto de partida quanto à qualidade do bem ambiental e a modificação proposta. - Finalmente, um terceiro bloco sobre algumas características socioeconômicas do entrevistado: renda, idade, estado civil, escolaridade, etc. 10 D. Workshop – Taller - Oficina sobre a aplicação do Método de Valoração Contingente MVC 2 Este é o método MVC para um projeto "Iluminação Pública" no município "Antioquia”, localizado na região de Lima, Peru. CASO: AVALIAÇÃO CONTINGENTE DO SERVIÇO PÚBLICO DE ILUMINAÇÃO ELÉTRICA. “Antioquia” é uma localidade rural, no interior região de Lima, e está prevista a implementação de um serviço de iluminação pública. A área de influência abrange uma população estimada de 840 habitantes, com 200 residências, cujas principais atividades econômicas são a agricultura, com um rendimento médio de S /. 570 (soles) por mês ou por domicílio familiar. Com base em um censo realizado na área para determinar a demanda de energia da população, identificou-se que cada família usa atualmente um conjunto de fontes alternativas de iluminação, como detalhado na tabela a seguir: Unidade Fonte de Medida Querosene Litros Velas Unidade Pilhas Unidade Outros (*) Totais (*) Não inclui lenha diretamente. Preço unitario Quantidade (S/.) 3.8 2.00 45.0 0.30 2.3 1.50 cortada ou Gasto mensal (S/.) 7.60 13.50 3.45 2.00 26.55 Gasto anual (S/.) 91.20 162.00 41.40 24.00 318.60 recolhida Para determinar a disposição da população de pagar pelo o serviço do projeto, realizou-se uma pesquisa socioeconômica que, entre outras variáveis (idade, sexo, familiares, dependentes, educação, renda, bens, serviços disponíveis, as 2 Este caso foi estudado em uma tese de mestrado para o grau de Mestre em Projetos da Universidade Nacional de Engenharia do Peru, pelos alunos Isaac Matos e Hernán Garrafa em 2006. 11 fontes energia, etc), três variáveis são fundamentais para o projeto: 1) A importância atribuída pelas famílias para ter iluminação elétrica de serviço público, em uma escala de 1 a 10, de menor a maior importância. 2) Propensão da disposição de pagar (PDAP), mostra se as famílias estão dispostas a pagar o serviço de iluminação elétrica pública, dando 0 se não está disposta e 1 se concorda. 3) Disposição para pagar (DAP), que corresponde ao valor mensal que as famílias dispostas pagariam pelo acesso ao serviço de iluminação elétrica pública, com as seguintes opções (para sinalizar) os valores de S /. 1,50, S /. 2,00, S /, 2,50, S /. 3,00 e S /. 3.50. O pesquisador também perguntou se ao valor especificado, as famílias estariam dispostas a adicionar S /. 0,40 ou S /. 0,20 por mês. O "estudo piloto" foi conduzido em amostra de 15 famílias, para validar o entendimento das perguntas e formulários, bem como os valores a serem considerados na análise do DAP. Após a validação e melhoria no formulário da pesquisa, pode-se determinar o tamanho da amostra representativa, utilizando o método mais comum considerando uma distribuição binomial de probabilidades. Considerando que a pesquisa foi executada: A) Analisar os resultados da pesquisa e determinar para cada item ou variável seus valores mínimo, máximo, média e mediana, e os percentuais de distribuição dos valores do DAP e seu valor médio ponderado, distribuição percentual média ponderada de nível de escolaridade, estado civil e faixas de valores de renda familiar. B) Análise econométrica baseada na pesquisa determinou que o DAP representativo e de melhor ajuste é S /. 2,804 por família por ano. C) Calcular as relações entre o DAP e a renda média familiar e o DAP e as despesas médias familiares com as fontes de energia existentes. 12 D) Se, em um horizonte de 20 anos, a população cresce junto com o DAP (total) a uma taxa de 2% ao ano, o custo de operação e manutenção do serviço seria S /. 1500 anual constante, a taxa de desconto é de 11% por ano e o investimento ascende a S /. 800000, determinar o pagamento equivalente ou a tarifa a ser paga pelo serviço e determinar a diferença entre essa taxa e o DAP e indicar quais recomendações surgem da análise. Variável Mínimo Máximo Importância 5 10 PDAP (*) 0 1 DAP 1.50 3.50 (*) 56,7% respondem "Sim" Cálculo de uma amostra representativa a ser pesquisada: Fórmula para a população infinita: Com distribuição binomial n = Z2*p*q S2 Fórmula para a população finita: Com distribuição binomial n= Z2*p*q*N Z *p*q + S2*(N-1) 2 Para um grau de confiança de 95% e uma margem de erro de 2%, Z = 1,96 Para um nível de confiança de 99,73% e uma margem de erro de 1%, Z = 3 Z= p= q= S= N= n= Mayor entero = 3 0.95 0.05 0.1 200 35.36711479 36 Si Z2*p*q = 1 13 n= n= Mayor entero = N 1 + S2*(N-1) 66.88963211 67 Cálculo dos Indicadores Mínimo Máximo Media Mediana Quantidade Porcentagem Ponderado 6 6 6 6 6 10 10 8 5 10 5 10 8.944444 10 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 3 2.052632 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 3 2 2 3 3 1 1 0 3 3 3 3 3 1 0 0 1 0.555556 1 20 55.6% 2.342 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 41 25 18 59 36.75 35.5 44 50 49 4 21.1% 3 15.8% 8 42.1% 3 15.8% 1 5.3% 14 0 1 1 1 0 0 1 0.527778 1 1 1 1 1 1 0 1 0.916667 1 1 2 2 2 2 26 72.2% 10 27.8% 0 0.0% 1 1 1 1 1 0 1 0.972222 1 35 97.2% 1 1 1 1 1 1 1 1 36 100.0% 41 25 44 50 49 10 59 36.52778 35.5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0.0% 4 4 5 4 5 2 7 4.138889 4 2 5.6% 11 30.6% 23 63.9% 0 0.0% 2 5.6% 10 27.8% 3 8.3% 2 5.6% 11 30.6% 4 11.1% 2 5.6% 2 5.6% 3 8.1% 26 70.3% 4 10.8% 1 2.7% 2 5.4% 1 2.7% 1 0 2 3 2 3 2 2 3 1 3 3 0 3 1.833333 2 0 0 #¡DIV/0! #¡NUM! 3 4 5 6 8 1100 600 390 700 490 190 1 2 3 6 2 2 1100 500.8333 570 15 E. Formulários de pesquisas para o levantamento das informações Anexo 1: Sondagem PESQUISA PARA CONHECER A DEMANDA ELÉTRICA Localidade: Família: Residência:: ------------------------------------------ N º Quartos: ----------------Entrevistador: -------------------------------------- Data:-------------------1. Familiares que residem no domicílio: Nº Familiares 1 2 3 4 Pai Mãe Filho Filho Idade Sexo Atividade econômica Renda Mensal – faixa: (S /. Atividade Econômica 1. Agricultura 2: Pecuária 3: Artesanato 4: Comércio 6: Nenhuma Especificar: 1: (0-300) 2. 2: <300-600) 3: <600-900) 4: <900 a más> Alternativas de energia para a iluminação interior / exterior: Velas consumidor ------- un. dias, meses Querosene consumidos no …… Dia, mes Litros Madeira consumida Não ……. Outro ………… Especifique Pilhas, Baterias 16 3. 4. Dispositivos utilizados atualmente com pilhas ou baterias: Radio (Não portátil) un Televisão un outros: ……………………. un Sistema de Refrigeração (geladeira) Tem alguns equipamentos de refrigeração Se a afirmativo, indicar qual --------------------------------Que tipo de energia utiliza Quanto de energia é consumido por mês Se a sua resposta for negativa poderia indicar se tem necessidade de algum equipamento Sim Não Se resposta for "sim" indicar qual-------------------------- 17 ANEXO 2: PESQUISA UTILIZADA Entrevistador: PESQUISA Nº. Entrevistador: Esta pesquisa visa recolher informações do grupo familiar entre os residentes das zonas de influência do projeto. A pesquisa deseja conhecer o valor que as pessoas dão para a iluminação pública gerada por um pequeno sistema elétrico e da vontade desses residentes em colaborar no processo de implementação da eletrificação rural projeto. Estas informações serão úteis para determinar a valorização econômica do serviço de iluminação pública. A entrevista é dividida em: I.. Local. II. Informações sobre o problema. III. Contexto situacional. IV. Informações socioeconômicas Introdução à entrevista: Queremos ouvir a sua opinião sobre a importância para você da energia elétrica que gera entre outros serviços a iluminação pública. Os resultados desta entrevista nos ajudarão a determinar o valoro econômico de ter os serviços acima referidos e nos indicar as melhores opções para a futura utilização deste serviço. I. Local. 1. Distrito: 1 Palma 2 Antapucro 3 Nieve 4 Chillaco 5 Sisicaya 6 Sta chontay 2. Residência: _________________________________________________________ 3. Data: Dia: Mês: Ano: 4.Hora de início: _______________________________________ . 18 II. Informações sobre o problema Um pequeno sistema de energia é um meio de distribuição de energia através de uma linha principal, da qual se distribui para as localidades iluminarem de forma adequada os parques, ruas e quadras esportivas, áreas de livre trânsito. 5. Você sabe muito bem a importância da iluminação adequada dos parques, ruas e quadras para as diferentes atividades esportivas e de trabalho. Como você classificaria a disponibilidade do serviço amanhã, com a faixa de 1 a 10, sendo 1 como pouco importante e 10 como muito valioso? Pouco importante 1 2 3 4 5 6 7 8 Muito 9 10 6. Na utilização deste serviço, existem muitas formas alternativas de seu uso, tanto em casa como no trabalho. Quais que você acha são os usos mais importantes? 1 como o mais importante e 3 não tão importantes Pontuação Máquinas agrícolas Rádio. Televisão. Ferro. Geladeira. Iluminação apenas 19 III. CONTEXTO SITUACIONAL Sabendo a importância que você identificou para a energia elétrica que gera a iluminação para casas, ruas e parques e sua utilização em máquinas e aparelhos elétricos, etc 7. Tendo em conta as despesas anuais para a utilização da eletricidade na sua casa, você estaria disposto a pagar anualmente à entidade (ADINELSA, município, etc) que administra o serviço da IP um valor para que éster projeto de eletrificação mantenha iluminação permanente nos locais nos locais, como ruas, parques, campos e quadras esportivas e lugares públicos da comunidade? Sim Não Se a resposta for "Sim" vá para a pergunta 8. Se a resposta for "Não" pule para a pergunta 12. 8. Antes de dar sua resposta sobre pagar o consumo de eletricidade da sua casa, considere isto como uma despesa adicional que pode reduzir o seu orçamento disponível para comprar outros bens e / ou serviços públicos, como saúde, educação e outros programas. Escolha entre os valores propostos, um valor que você considere adequado ou justificado pelo serviço que irá receber. Valor 1 S/. 1.5 Valor 2 S/. 2.0 Valor 3 S/. 2.5 Valor 4 S/. 3.0 Valor 5 S/. 3.5 Uma vez que o pesquisado tenha escolhido um determinado valor passar para a seguinte pergunta: 9. Você estaria disposto a pagar (Valor l + S /. 0,40 soles) por ano se o projeto de iluminação for implementado? SIM …….. NÃO …….. Ir para a pergunta 13 Ir para a pergunta 11 20 10. Você estaria disposto a pagar (Valor 1 + S /. 0,20 soles) para implementar a proposta de iluminação? por ano SI …….. Ir para a questão 13 NÃO …….. Ir para a questão 12 11. Porque não? _____________________________________________________ IV. Informações Socioeconômicas. 12. Idade _______________________ anos 0 13. 14. 15. Masculino 1 Feminino Você sabe ler e escrever?: SIM …….. Ir para a pergunta 15 NÂO …….. Ir para a pergunta 16 Qual é o seu nível educacional? 1 Primário 2 Secundário 3 Superior 21 16. 17. Você é a natural desta localidade? SIM …….. NÃO …….. A residência onde vive, SIM …….. NÃO …….. é própria? 18. Há quantos anos reside neste lugar?_______________ anos 19. Sua família recebe mensalmente remessas, numa base regular, dos Estados Unidos? 0 1 NÃO Sim 20. Quantas pessoas vivem com você________________________ 21. Qual é o seu estado civil? 1 Solteiro 3 Casado 2 Viúvo (a) 4 Outros 22 22. Quantas crianças vivem na residência? ----------------------------- 23. Você pode indicar neste quadro o nível que se situa a sua renda familiar 1 0.200 3 400-600 5 400-500 7 600-800 2 200-400 4 800-1000 6 500-600 8 800-mas Especificar _______________________________________________ 24. Qual é a principal atividade econômica do chefe da família ou domicílio? 1 Artesanato 4 2 Agricultura 5 3 Operário Empregado Profissional 6 Comerciante Obrigado pela informação dada, ela será muito útil para nossa pesquisa! Fim Hora -------------------- ----------------Comentários 23 CASO PRIMERO: MVC-DAP SANEAMIENTO AMBIENTAL El saneamiento ambiental de un río que atravieza un pueblo requiere una prequeña planta de tratamiento de aguas residuales. En época de estiaje el río presenta una calidad media del agua, expresada en DBO5,20 que supera los estándares de calidad expresados por Decreto y se viene observando cuadros de enfermedades por contacto, consumo o uso del agua para reigo de cultivos. El proyecto de saneamiento llevará la calidad del agua de 8 mg/l a 3 mg/l de DBO. Esto permitirá caminar a la orilla del río y actividades de recreación. El costo de dicha planta se debe cargar a las tarifas de los servicios de saneamiento básico y se requiere saber el DAP de los clientes según los estratos C1 (medio con ingreso familiar mensual promedio de S/. 875.00 a más), D1 (bajo con ingreso familiar mensual promedio menor de S/. 850.00 a S/. 700.00) y D2 (muy bajo con ingreso familiar mensual promedio menor a S/. 700.00). Determinar si es viable la propuesta considerando que la OMS/OPS recomienda que gastos en servicios de saneamiento no exceda el 5% de los ingresos familiares de las familias y que para la operatividad de la planta se requiere por lo menos un incremento en la pensión mensual de S/. 8.00. 26 27 28 p m O sv mp sv mp sv mp D2 5 1 5 4 1 4 2 1 2 500 1000 650 C2 ofic Sec. Completa SC Obrero Comerciante 1 10 4% Sec. Completa SC s 15 s 10 36% PrimariaAnalfab. Sec.Incompleta 0 12 0% 43% si s 20 3 11% carpintero ofic PrimariaSec.Incompleta PSI D1>=700 6 21% D2 confeccionista serenazgo ofic C2>=875 no 100% 0% 24 s 30 n s 30 n Red s 15 s 40 Red 0% 29% 71% Red 18 18 20 1 1 1 s 100% s 20 s 20 22 s s s 15 15 17 CASO SEGUNDO: En una localidad rural del interior del país se proyecta implementar un servicio de alumbrado público. La zona de influencia comprende una población estimada en 840 habitantes, con 200 viviendas, cuyas principales actividades económicas son agropecuarias, con un ingreso medio de S/. 570 al mes por vivienda o familia, En base a un censo realizado en la zona para deterrminar los requerimientos odemanda de energía de la población, actualmente cada familia recurre a un conjunto de fuentes alternativas de iluminación, con el detalle que se muestra en el siguiente cuadro: Unidad de Precio unitario Gasto mensual Gasto anual Fuente Cantidad Medida (S/.) (S/.) (S/.) Kerosene Litros 3.8 2.00 7.60 91.20 Velas Unidad 45.0 0.30 13.50 162.00 Pilas Unidad 2.3 1.50 3.45 41.40 Otros (*) 2.00 24.00 Totales 26.55 318.60 (*) No incluye leña talada o recolectada directamente, Para determinar la disposición de pago de la población por el servicio del proyecto, se realiza una encuesta socioeconómica piloto, que entre otras variables relevantes (edad, sexo, miembros de familia, dependientes, educación, ingresos, actividad, servicios que dispone, fuentes de energía, otros), se incluyen tres variables determimantes para el proyecto: 1) Importancia, atribuida por las familias de disponer de servicio de alumbrado eléctrico público, en una escala de 1 a 10 asignando 1 a menor importancia y 10 a mayor importancia. 25 2) Propensión de Disposición a Pagar (PDAP), que manifiestan las familias por disponer de servicio de alumbrado eléctrico público, asignando 0 al que no está dispuesto y 1 al que está dispuesto. 3) Disposición A Pagar (DAP), que corresponde al monto mensual que las familias dispuestas manifiestan que pagarían por disponer de servicio de alumbrado eléctrico público, figurando como opciones (para marcar) montos de S/. 1,50, S/. 2,00, S/, 2,50, S/. 3,00 y S/. 3,50. Asimismo, se pregunta si al monto indicado estarían dipuestos a agregar S/. 0,40 o S/. 0,20 mensuales. La encuenta piloto se realiza con una muestra de 15 hogares, con el fin de validar la comprensión de los formatos y preguntas planteadas, así como los valores a considerar en el análisis de DAP. Luego de validado y mejorado el formato de encuesta, se procede a determinar el tamaño de muestra representativa, siendo el método más común considerando distribución binomial de probabilidades. Considerando que la encuesta se encuentra realizada: A) Analizar los resultados de la encuesta y determinar para cada item o variable el valor mínimo, máximo, promedio y mediana, así como la distribución porcentual de montos de DAP y su valor promedio ponderado, distribución porcentual de nivel de educación, estado civil y rangos de valores de ingreso familiar. B) Análisis econométrico en base a la encuesta determina que el DAP representativo y de mejor ajuste es S/. 2,804 por familia al año. Calcular la proporción del DAP respecto a los ingresos medios familiares. C) Calcular la proporción del DAP respecto a los gastos promedio familiares en actuales fuentes de energía. D) Si en un horizonte de 20 años la población crece junto con su DAP (total) a una tasa de 2% anual, el costo de operación y mantenimiento del servicio sería de S/. 1500 anuales constantes, la tasa de descuento es de 11% a y la inversión asciende a S/. 800,000, determinar el pago equivalente o tarifa que se debe pagar por el servicio, determinar la brecha entre esta tarifa y el DAP e indicar qué recomendaciones se desprenden del análisis. CALCULO DEMUESTRA REPRESENTATIVA A ENCUESTAR Fórmula para población infinita: Con distribución binomial Fórmula para población finita: Con distribución binomial Para grado de confianza de 95% y margen de error de 2%, Z = 1.96 Para grado de confianza de 99.73% y margen de error de 1%, Z = 3 Z= p= q= S= 3 0.95 0.05 0.1 26 N= n= Mayor entero = 200 35.36711479 36 Si Z2*p*q = 1 n= Mayor entero = 66.88963211 67 Mínimo Máximo Media Mediana Cantidad 6 6 6 6 6 10 10 8 5 10 5 10 8.944444 10 1 1 2 3 1 1 1 2 2 2 1 1 2 2 3 2.052632 3 3 3 3 3 3 1 2 2 3 3 3 1 0.555556 1 2 3 3 1 2 2 3 3 3 1 0 0 3 3 1 1 0 Porcentaje Ponderado 20 55.6% 4 3 8 3 1 21.1% 15.8% 42.1% 15.8% 5.3% 26 10 0 35 36 72.2% 27.8% 0.0% 97.2% 100.0% 2.342 S/ 1 1 1 0 0 0 0 41 0 1 25 1 1 0 0 0 0 44 1 1 50 1 1 49 0 1 2 2 2 1 1 44 1 1 50 1 1 49 18 0 0 0 0 0 0 0 0 59 36.75 1 0.527778 1 0.916667 35.5 1 1 1 2 1 1 41 1 1 25 0 1 10 1 0.972222 1 1 59 36.52778 1 1 35.5 27 0 4 0 4 0 5 0 4 0 5 0 2 0 0 7 4.138889 0 4 2 3 2 2 3 3 3 2 1 3 0 0 3 1.833333 0 #¡DIV/0! 4 5 6 1 2 3 6 2 2 190 1100 500.8333 0.0% 2 11 23 0 5.6% 30.6% 63.9% 0.0% 2 10 3 2 11 4 2 2 5.6% 27.8% 8.3% 5.6% 30.6% 11.1% 5.6% 5.6% 3 26 4 1 2 1 8.1% 70.3% 10.8% 2.7% 5.4% 2.7% 2 #¡NUM! 3 8 1100 600 390 700 490 0 570 28