A massa é uma aparição tão enigmática quanto universal, que, de repente, está lá onde antes nada havia. Algumas poucas pessoas podem ter estado reunidas, cinco ou dez ou doze, não mais. Nada foi anunciado, nada esperado. © Sérgio Caddah de repente fica tudo preto de gente Partindo do livro de Elias Canetti Massa e Poder (1960), DE REPENTE FICA TUDO PRETO DE GENTE investiga a massa enquanto multidão de singularidades. Uma massa que quer crescer e investe na descarga como modo temporário de indistinção, num corpo-‐a-‐corpo sem violência e sem trégua. O espectador divide o espaço com os intérpretes, um buraco negro, horizonte de eventos para a massa que busca o ponto mais negro, o pretume, lá onde se está tão próximo do outro quanto de si mesmo. MARCELO EVELIN é coreógrafo, pesquisador e intérprete. Vive e trabalha na Europa desde 1986, onde atua na área da dança e do teatro físico, tendo colaborado com profissionais de variadas linguagens, nacionalidades e experiências. Ensina improvisação e composição na Escola Superior de Mímica de Amesterdão, onde também cria projectos e orienta alunos em processos criativos. Orienta workshops e projetos colaborativos em vários países da Europa, Estados Unidos, África, América do Sul e Brasil, para onde voltou em 2006. Desde então vem actuando também como gestor e curador, além ter implantado e coordenar até 2013 em Teresina-‐Piauí, o Núcleo do Dirceu, um colectivo de artistas independentes e plataforma de pesquisa e desenvolvimento das Artes Performativas Contemporâneas, que por duas vezes foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Suas mais recentes criações, De repente tudo fica preto de gente e a trilogia baseada em Euclides da Silva (Sertão, Bull Dancing e Matadouro) têm sido apresentadas no Brasil e exterior. DE REPENTE FICA TUDO PRETO DE GENTE Marcelo Evelin/Demolition Inc. De e com Andrez Lean Ghizze, Daniel Barra, Elielson Pacheco, Hitomi Nagasu, Jell Carone, Loes Van der Pligt, Marcelo Evelin, Márcio Nonato, Regina Veloso, Rosângela Sulidade, Sérgio Caddah, Sho Takiguchi, Tamar Blom, Wilfred Loopstra. Coproduzido por Festival Panorama, Kyoto Experiment com apoio de Saison Foundation, Kunstenfestivaldesarts Com apoio de Theater Instituut Nederland (TIN), Performing Arts Fund NL Difusão internacional Materiais Diversos Agradecimentos Projeto LOTE 24h/Cristian Duarte, Theater Scholl Amsterdam, Núcleo do Dirceu. Contemplado pelo prémio Funarte de Dança Klauss Vianna 2011. CIRCULAÇÃO 2014 / Teatro Rivoli, Porto, Portugal, 26-‐27 Set / Teatro Maria Matos, Lisboa, Portugal, 23-‐24 Set / Festival Materiais Diversos, Minde, Portugal, 19 Set / Malta Festival, Poznan, Polonia, 20-‐21 Jun / Festival TransAmériques, Montréal, Canadá, 1-‐3 Jun / Spring, Utrecht, Países Baixos, 16-‐17 Maio / Bo:m Festival, Seul, Coréia, 1-‐3 Abr / LIG Arts Platform, Busan, Coréia, 29 Mar / Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, Brasil, 11-‐13 Mar 2013 / Dance Umbrella, Londres, UK, Out 11-‐12 / Kyoto Experiment, Japão, Set 28 – Out 1 / De International Keuze, Rotterdam, Países Baixos, Set 21-‐22 / SESC Belenzinho, São Paulo, Brazil, Set 14-‐15 / Bienal de Santos, São Paulo, Brasil, Set 11-‐12 / Galpão Galboa, Rio de Janeiro, Brasil, Set 7-‐ 9/ Kunstenfestivaldesarts, Bruxelas, Bélgica, Maio 19-‐25 2012 / Galpão do Núcleu do Dirceu, Teresina, Brasil, Nov 14-‐17 / Teatro Cacilda Becker, Rio de Janeiro, Brasil, Nov 8-‐11 / Panorama Festival, Teatro Sérgio Porto, Rio de Janeiro, Brasil, Nov 3-‐4 2 © Sérgio Caddah RIDER TÉCNICO ESPAÇO DE APRESENTAÇÃO ∗ Espaço com dimensões mínimas 14m x 14m para montar estrutura 11m x 11m (espaço livre de 3m de casa lado). ∗ 11m x 11m linóleo preto com fita de linóleo suficiente A estrutura metálica é pendurada a uma altura de 1,20m do chão. Deve ser seguramente fixado à teia ou outros ponto de apoio no tecto. A companhia providencia todas as peças de alumínio e juntas necessárias à montagem da estrutura. O teatro de acolhimento deve providenciar ∗ 24 x cordas pretas de algodão – diâmetro 0,5-‐0,8cm. O comprimento de cada corda corresponde à altura do chão ao ponto de fixação na teia menos 1,2m. LUZ A iluminação do espectáculo provem de lâmpadas fluorescentes afixadas à estrutura metálica. O teatro de acolhimento deve providenciar ∗ 26 lâmpadas fluorescentes e calhas Cumprimento 1,2m, cor fria, 40watt Calhas devem direcionar luz sem fechar por completo o tubo, ver imagem) É possível utilizar fluorescentes normais, um por canal de dimmer – a combinar. 3 ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ braçadeiras pretas para afixar fluorescentes/calhas à estrutura fita eléctrica preta para juntar cabos eléctricos às cordas e prender cabos soltos à estrutura Mesa de luz (32 canais) com cross fade Dimmer com mínimo 32 canais 25 extensões do cumprimento das cordas + distância para o dimmer N.B. 24 fluorescentes são posicionados na parte interior da estrutura. 1 fluorescente é posicionado do lado exterior da estrutura para iluminar o músico. 1 fluorescente é posicionado atrás do técnico de iluminação, idealmente posicionado num praticável de 2m x 2m (altura 60cm) fora da estrutura. Técnico iluminação: Márcio Nonato: [email protected] SOM O teatro de acolhimento deve providenciar ∗ Uma mesa de mistura com mínimo 4 outputs (jack ou XLR). O som é operado pelo músico Sho Takiguchi, posicionado fora da estrutura (no chão), a partir do seu computador e periféricos limitados. ∗ 4 colunas e subwoofers (PAs) dispostos nos cantos do quadrado de apresentação, em colunas com menos de 1,15m de altura. Todas as caixas de som devem ter o mesmo desenho e qualidade de som. ∗ 50m de cabo XLR (2x 15m, 2x 10m), fitado no limite do linóleo. Músico Sho Takiguchi: [email protected] LIMPEZA DO LINÓLEO Será necessário um sistema de limpeza para o linóleo diferente do habitual, por conta do óleo e carvão que os intérpretes usam no corpo. Será necessário o seguinte material: ∗ água quente ∗ sabão de (na nossa experiência, uma mistura de detergente da loiça líquido e detergente para a roupa em pó resulta bem) ∗ esfregona e/ou panos de limpeza Sugerimos o seguinte sistema: 1. Limpar chão com esfregona em seco 4 2. Passar esfregona com água quente 3. Passar esfregona com água quente e sabão 4. Passar com esfregona ou panos para secar 5. Repetir se necessário O linóleo deve ser limpo após cada ensaio e espectáculo e, se necessário, antes de cada apresentação. “FIGURINOS” E CAMARINS Os 5 bailarinos, o músico e o técnico de luz aplicam uma pasta de carvão moído e óleo sobre o corpo nu. Todo o processo de fazer e aplicar esta pasta cria sujidade. Todos os locais (e espaços de passagem para o palco) devem ser protegido (chão e paredes). Para fazer a pasta de carvão, precisamos de: ∗ 2kg de carvão moído para cada espectáculo ∗ um técnico ou voluntário disposto a ajudar a partir o carvão, triturar na liquificadora e passar por coador, acompanhado pelo técnico da companhia. A companhia providencia a liquificadora e coador. ∗ Um maço e um recipiente de plástico, grande e sólido ∗ 2 baldes para guardar carvão em pó ∗ 10 recipientes pequenos para guardar óleo e pasta de carvão ∗ um espaço de trabalho suficientemente grande para duas pessoas partir e triturar carvão, dimensões mínimas 3m x 3m ∗ Sugerimos proteger completamente as paredes e o chão deste espaço com plástico (cria muito pó e sujidade). ∗ 2L de óleo de cozinha sem cheiro por apresentação (providenciar alguns tipos diferentes para testar à chegada) Os intérpretes ajudam-‐se a aplicar a pasta de carvão no camarim. É necessário: ∗ um camarim suficientemente grande para 7 pessoas se moverem com facilidade (mínimo 5m x 5m). O chão e as paredes deste espaço devem ser tapados com plástico. ∗ Mínimo 3 duches com água quente e fria, cada um suficientemente grande para 2 pessoas. ∗ Mínimo 7 toalhas de banho, lavadas após cada 2 utilizações (ensaio/espectáculo) ∗ Mínimo 14 esponjas e sabão em quantidade suficiente (sabão de marselha funciona bem) ∗ Outro camarim para uso normal para 7 pessoas EQUIPA 9 TOTAL -‐ 6 intérpretes (5 bailarinos, 1 músico) + 1 director + 1 produtor + 1 técnico luz – 2 do Japão, 6 do Brasil, 1 da Holanda. PLANO DE TRABALHO E NECESSIDADES PESSOAL ∗ 2 dias (10h/dia) antes do dia da estreia e 6 horas no dia da estreia para montagem e ensaios o 1º dia: montagem e ensaio técnico o 2º dia: continuação da montagem e ensaio geral 5 2 carregadores nas primeiras 6 horas da montagem (estrutura metálica) e desmontagem 1 técnico som sempre 1 técnico luz sempre 1 técnico ou voluntário para partir e triturar carvão o Deve verificar regularmente a quantidade de carvão disponível o Deve usar óculos de segurança e máscara ∗ Após cada apresentação/ensaio, os intérpretes demoram 1h a retirar as pasta de carvão ∗ 2h para desmontar após o último ensaio ∗ ∗ ∗ ∗ CONTACTOS Carla Nobre Sousa | difusão [email protected] | +351 938 414 488 Materiais Diversos | Cç. Marquês de Abrantes, 99, 1200-‐718 Lisboa, Portugal 6