Resumo sobre Solução Final, conferência dia d e Hiroshima e Nagasaki II ano Acesso Hitler estava obcecadamente focado em seu objetivo: a eliminação de todos os judeus do planeta. Até o início de 1942, os alemães tinham cerca de 9 milhões de judeus sob seu controle (de um total de 11 milhões de judeus que moravam na Europa e União Soviética). E, claramente, era seu plano assassiná-los a todos. Os esquadrões de extermínio Einsatzgruppen já haviam metralhado 1,5 milhão de judeus, mas este não era um jeito eficiente de matar muitos milhões de pessoas - era muito desorganizado, devagar e gastava muita munição. Então os alemães embarcaram numa política chamada de "Solução Final", que foi aprovada numa conferência em Wannsee, perto de Berlim, em 20 de Janeiro de 1942: "Ao invés da imigração, existe agora uma nova solução possível para a qual o Fuhrer já deu seu consentimento. Deportação para o Leste. Apesar de ser vista apenas como uma medida interina, esta decisão nos proverá com experiência prática que será de grande valor quando da implementação da solução final futura. Durante a implementação prática da solução final, a Europa será varrida do Oeste para o Leste." Campos de Extermínio A solução final - o envenenamento sistemático em câmaras de gás de milhões de judeus - foi posto em prática primeiramente pelos líderes da Gestapo, Adolph Eichmann e Reinhardt Heidrich. Dos 24 campos de concentração (além dos incontáveis campos de trabalho), seis campos específicos para extermínio foram preparados: - Auschwitz - onde 2 milhões foram assassinados - Chelmno - onde 360.000 foram assassinados - Treblinka - onde 840.000 foram assassinados - Sobibor - onde 250.000 foram assassinados - Maidenek - onde 200.000 foram assassinados - Belzec - onde 600.000 foram assassinados Auschwitz é o mais famoso pois foi onde a máquina mortífera foi a mais eficiente. Lá, entre 1941 e 1944, 12.000 judeus eram mortos por dia em câmaras de gás. Além dos judeus, centenas de milhares de outras pessoas consideradas ameaças ao regime nazista, racialmente inferiores ou desvios da sociedade foram também assassinados. Como se o simples assassinato de milhões judeus a sangue frio não fosse suficiente, ele foi feito com extrema e perversa crueldade. As vítimas eram amontoadas em trens de gado, sem comida ou água, sem aquecimento no inverno ou possibilidade de realizar suas necessidades fisiológicas mais básicas. Muitos nem chegavam aos campos vivos. Os que chegavam vivos ao seu destino tinham as cabeças raspadas, para que o cabelo fosse usado como estofamento. Despidos de qualquer vestimenta, a maior parte era levada nua, como rebanho, para as câmaras de gás. "Experimentos médicos" bizarros e sádicos foram feitos em muitas vítimas sem o uso de anestésicos. Algumas pessoas foram costuradas juntas para se fazer irmãos siameses artificiais. Outras foram submersas em água gelada para testar os limites da resistência humana. Os judeus eram humilhados até mesmo depois de mortos. Preenchimentos de ouro eram arrancados das bocas dos cadáveres. Em algumas ocasiões fazia-se sabão da gordura de seus corpos, e abat-jours com suas peles. Alguns ainda considerados fortes o bastante, eram usados como força de trabalho escravo para o esforço de guerra nazista. Com rações mínimas, eram levados até os limites físicos de seus corpos, e então mortos, ou mandados aos campos de extermínio. ESFORÇOS DE RESISTÊNCIA Qualquer tentativa de escape ou resistência deparava-se com represálias brutais. Por exemplo, em 14 Março de 1942 um número de judeus escapou de um campo de trabalho em Ilja, Ucrânia, e se juntou aos partisans. Em vingança, todos os judeus idosos ou doentes foram assassinados na rua, e novecentos levados para um prédio, onde foram queimados vivos. O sobrevivente Sam Halpern, do campo de trabalho de Kamionka, explicou: "Eu nunca considerei escapar. Não queria causar a morte de outras pessoas por causa de minha decisão." Apesar disso, em pelo menos cinco campos e vinte guetos houve levantes. A mais famosa tentativa foi o Levante do Gueto de Varsóvia. Em 19 de abril de 1943, os nazistas começaram a liquidação do gueto - isto é, o embarque de judeus para Auschwitz - e se defrontaram com resistência armada. Mordechai Anielewicz, o líder de 23 anos do Levante do Gueto de Varsóvia, escreveu em sua última carta (datada de 23 Abril de 1943): "O que aconteceu está além dos nossos sonhos mais selvagens. Duas vezes os alemães fugiram de nosso gueto. Uma de nossas companhias resistiu por quarenta minutos, e a outra, por mais de seis horas... Não tenho palavras para descrever-lhes as condições em que os judeus estão vivendo. Apenas alguns escolhidos vão resistir; mais cedo ou mais tarde, todo o resto perecerá. A morte esta lançada. Nos abrigos em que nossos camaradas estão se escondendo, nem mesmo uma vela pode ser acesa devido à falta de ar... O principal é: O sonho da minha vida se tornou realidade: Eu vivi para ver a resistência judaica no gueto, em toda sua grandeza e glória." Mas no fim, os judeus não foram páreos para a artilharia, metralhadoras e tropas alemãs. (Compare 1.358 rifles alemães contra 17 entre os judeus). O resultado final foi que o gueto foi inteiramente destruído, e os que estavam escondidos nos abrigos foram queimados vivos. SEM PRECEDENTES A tentativa nazista de deliberada e sistematicamente eliminar um povo inteiro do planeta foi sem precedentes na história da humanidade. Hitler visava os judeus por uma razão específica, que não era somente racial. A eliminação dos judeus tinha um 'status' único no plano mestre de Hitler. Enquanto ele certamente matou milhões de outros (ciganos, homossexuais, etc.), ele fazia exceções para todos esses grupos. O único grupo para o qual não houve exceções foi o dos judeus - todos devia morrer. Escreve Lucy Dawidowicz em "War Against the Jews": "A solução final transcendia os limites da experiência histórica moderna. Nunca antes na história moderna um povo tinha feito da morte de outro a realização de uma ideologia, cujos meios perseguição eram idênticos aos fins. A história tem, certamente, terríveis massacres e destruições que um povo perpetrou contra outro. Mas todos, embora cruéis e injustificáveis, foram intencionados para atingir fins instrumentais, sendo meios para fins, e não fins por si só." Em outras palavras, a eliminação dos judeus não era meio para um fim. Era o próprio fim. O que era este fim, o próprio Hitler explicou em seus escritos e discursos. Hitler entendia que antes da visão ética judaica, o mundo operava como uma selva. Hitler acreditava que antes do surgimento do monoteísmo e da visão ética judaica, o mundo operava de acordo com as leis da natureza e evolução: sobrevivência dos mais fortes. O fortes sobreviviam e os fracos pereciam. Mas num mundo operado de acordo com um sistema ético divinamente ditado - onde um padrão dado por D'us se aplicava os fracos não precisariam temer os fortes. Segundo a visão de Hitler, os fortes estavam castrados, e ele culpava os judeus por isso. Seu plano era conquistar o mundo e colonizá-lo com uma raça bárbara mestre - um plano que ele chegou muito perto de executar. Mas para fazê-lo, deveria se livrar dos judeus primeiro. Como ele disse: "Os 10 Mandamentos perderam sua validade... Consciência é uma invenção judaica. É tão abominável quanto a circuncisão... A batalha pelo domínio do mundo é lutada inteiramente entre nós: entre os alemães e os judeus". (Veja Hermann Rauschning, 'Hitler Speaks', págs. 220, 242) Tudo em sua máquina de guerra estava organizado para este objetivo. No fim, quando os aliados estavam destruindo o exército alemão, ele não estava mais tão incomodado pela derrota como estava pelo fato que de que ainda havia judeus vivos. Ele desviou trens que eram extremamente necessários para transportar mais soldados para o fronte russo, onde estava perdendo a guerra, apenas para enviar mais judeus a Auschwitz. Para ele, o maior inimigo era o judeu. A última coisa que disse, antes de cometer suicídio em seu bunker em 30 de Abril 30 de 1945 foi para lembrar que a luta continuaria contra o maior inimigo da humanidade - os judeus. Seu último despacho dizia: "Acima de tudo, eu imponho aos líderes da nação, e aos seus subordinados que sustentem as leis raciais para se opor impiedosamente ao envenenador universal de todos os povos, o Judaísmo Internacional". CONTEXTO HISTÓRICO É importante notar aqui que o anti-semitismo que guiou os nazistas a minimizar o mal que causaram não foi um fato isolado. Não era nem mesmo a filosofia pessoal de Hitler. Vale lembrar que foi um dos maiores pensadores alemães do século 19 - Wilhelm Marr - que cunhou o termo "anti-semitismo". Ao fazê-lo, ele queria distinguir o ódio aos judeus como membros de uma religião (anti-Judaísmo) do ódio aos judeus como membros de uma raça / nação (anti-semitismo). Em 1879, ele escreveu um livro chamado A Vitória do Judaísmo sobre o Germanismo, um grande best-seller; nele, Marr avisava: "Não há como pará-los [os judeus]. Não existem sinais claros de que o crepúsculo dos Judeus está se iniciando? Não. O controle judaico da sociedade e política, assim como seu domínio sobre o pensamento religioso e eclesiástico ainda está nos primórdios de seu desenvolvimento. Sim, através da nação judaica a Alemanha será uma potência mundial, uma nova Palestina ocidental. E isso não acontecerá através de uma violenta revolução, mas através da aceitação do povo. Não devemos repreender a nação judaica. Ela lutou contra o mundo ocidental por 1.800 anos e finalmente o conquistou. Fomos vencidos. Os judeus chegaram tarde em seu ataque à Alemanha, mas uma vez que começaram, não há como pará-los... Estou organizando minhas últimas forças para morrer em paz como alguém que não terá se rendido e não pedirá por misericórdia. O fato histórico de que Israel se tornou uma superpotência social e política no século 19 está perante nós. Temos entre nós uma tribo estrangeira flexível, obstinada e inteligente, que sabe como trazer a realidade abstrata à tona de muitas maneiras distintas. Não os judeus individuais, mas o espírito e a consciência judaicos superaram o mundo. Tudo isso é conseqüência de uma história cultural tão única em seus meios, tão grandiosa, que a polêmica do dia-a-dia nada pode contra ela. Com toda a força de seus exércitos o orgulhoso Império Romano não conseguiu o que o semitismo conquistou no Ocidente, e particularmente na Alemanha". Tenha em mente que, quando Marr escreveu essas palavras, o Estado de Israel não existia, e não havia nenhum indício na situação geopolítica da época de que passaria a existir em nenhum momento próximo daquele. Marr, ao falar da ameaça nacional judaica, estava falando da grande batalha ideológica da visão de mundo judaica contra o paganismo, que havia estado em jogo ao longo da história judaica. Vimos ela entre os gregos e os judeus, e entre os romanos e os judeus. Hitler via a continuação como uma batalha entre judeus e alemães. LUZ PARA AS NAÇÕES O entendimento de Hitler do papel dos judeus no mundo não era distorcido. Era, de fato, o tradicional entendimento judaico. Quando os judeus aceitaram a Torá no Monte Sinai, se tornaram o povo eleito, cujo papel e responsabilidade era trazer um código de moralidade divino para o mundo. Eles deveriam ser "a luz para as nações", nas palavras do Profeta Isaias. E é a isso que Hitler quer dar um fim, porque para ele, enquanto houvesse mesmo uns poucos judeus no planeta, eles continuariam a missão de D'us: "Se apenas um país, por qualquer motivo que fosse, tolerasse uma família judaica, esta família seria o centro germinador de um novo tumulto. Se um garoto judeu sobrevivesse, mesmo sem nenhuma educação judaica, sem sinagoga e nem escola judaica, o Judaísmo estaria ainda assim em sua alma. Mesmo se nunca tivesse existido uma sinagoga ou escola judaica ou o Antigo Testamento, o espírito judaico ainda existiria e exerceria sua influência. Sempre esteve desde o começo, e não há nem um único judeu que não o personifique." (Hitler's Apocalypse, por Robert Wistrich, pg. 122) Quando vemos isso por essa perspectiva, temos uma visão completamente diferente do Holocausto. O Judaísmo tradicional diz que é parte da última batalha entre o bem e o mal, que tem ocorrido desde o início dos tempos. LIBERTAÇÃO No fim, Hitler não foi bem sucedido no seu plano de eliminar completamente os judeus. Ele foi bem sucedido, entretanto, no assassinato de mais de um terço da população judaica mundial e em ensinar ao mundo o significado do mal. Quando os exércitos Aliados (Russos do Leste e Americanos e Ingleses do Oeste) liberaram os campos ao fim da guerra, eles depararam com cenas de inimaginável terror. Os filmes feitos pelas forças aliadas ao entrarem nos campos eram tão terríveis, que não foram divulgados publicamente por vários anos. A libertação não acabou com as mortes dos judeus. Apesar dos esforços aliados em salvá-los, muitas vítimas pereceram após a libertação, por fraquezas e doenças. No campo de Belsen, 13.000 morreram depois da chegada dos libertadores ingleses. Alguns dos que sobreviveram encontraram a morte nas mãos de partisans não-judeus ou camponeses, quando eles saíram dos campos. Alguns tentaram voltar a suas casas antigas, mas não encontravam nada, ou havia outros moradores que se opunham a volta dos proprietários originais. A morte total era inimaginável Intencionalmente usando números baixos, e provavelmente sobre estimando, Sir Martin Gilbert (em seu trabalho sobre o Holocausto) encontrou que pelo menos 5.950.000 judeus foram assassinados entre 1939 e 1945. Este número representa aproximadamente metade de toda a população judaica da Europa. Os judeus da Europa Ocidental haviam sido virtualmente eliminados. Mas enquanto o Holocausto trouxe um fim para a comunidade judaica da Europa Oriental, trouxe também - de forma indireta - o renascimento da Terra de Israel como Estado Judeu pela primeira vez em 2.000 anos, se tornando o maior refúgio para os judeus na modernidade. A Conferência de Potsdam A Conferência de Potsdam ocorreu logo após o término da guerra (agosto de 1945). O encontro aconteceu em Potsdam, na Alemanha, reunindo Clement Attlee (substituto de Churchill), Harry Truman (substituto de Roosevelt) e Stalin, para decidirem o destino da Alemanha. Os líderes aliados decidiram que a Alemanha seria dividida em quatro zonas sob a administração francesa, britânica, norte-americana e soviética. Decidiu-se também o fim do nazismo no país e, além disso, a Alemanha deveria pagar uma enorme indenização aos Aliados e devolver o porto de Dantzig a Polônia. A Batalha da Normandia foi a operação que ocasionou a invasão das tropas dos Aliados na França nazista a partir do dia 6 de junho de 1944. A investida fez cair o domínio alemão na França e permitiu o avanço até a derrota do exército nazista, marcando o fim da Segunda Guerra Mundial. A Segunda Guerra Mundial teve início no ano de 1939, foi o resultado de ações crescentes de governos autoritários que dominavam Alemanha, Itália e Japão. Estes três países uniram-se em um bloco de guerra que ficou conhecido comoEixo. O resultado da Primeira Guerra Mundial fez permanecer um clima de tensão na Europa durante as duas décadas seguintes, as fortes punições sofridas pelos derrotados, especialmente a Alemanha, fez crescer movimentos nacionalistas e autoritários que resultaram nos regimes nazista e fascista. Quando a guerra começou em 1939, os exércitos nazistas avançaram sobre o território de outros países, ocupando-os e submetendo-os ao regime do líder alemão Adolf Hitler. Em 1940, a França foi invadida e dominada pelos exércitos do Eixo, estabeleceram bases no território francês e por lá ficaram por muito tempo. A França representava uma estratégica facha territorial que barrava a investida de tropas adversárias ao nazismo e também dificultava a presença dos mesmos no território alemão. No ano de 1943, líderes dos países que formavam o bloco dos Aliados, guiados especialmente por Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética, se reuniram e discutiram a possibilidade de invasão do território francês. Naquela ocasião constataram que não seria possível, mas o militar inglês Frederick Morgam ficou responsável por arquitetar um ataque ao litoral francês. O líder soviético, Joseph Stalin, já estimulava os Aliados a um ataque que seguisse com a aniquilação total do exército alemão. No mesmo ano de 1943, Frederick Morgam apresentou um plano de ação com o codinome Operação Overlord. Segundo este, preparava-se uma invasão na Normandia para maio do ano seguinte. Enquanto isso, do lado nazista, Hitler e o comandante do exército alemão, Rommel, desconfiavam de um ataque no litoral francês, porém divergiam quanto ao local exato da investida. Tropas Americanas que desembarcaram no Dia D. O grande ataque enfim aconteceu no dia 6 de junho de 1944, mas ações começaram ainda no dia anterior. Na véspera do maciço ataque que ficou conhecido como Dia D, por causa da grande operação que teve função decisiva para o desenrolar da guerra, páraquedistas chegaram juntamente com bombardeios aéreos e navais. Na manhã do dia 6, um ataque anfíbio marcou o que ainda hoje é a maior invasão marítima da história, com um contingente de quase três milhões de soldados. Os alemães foram desfavorecidos no combate por não saberem com exatidão a data do ataque e pela divergência que se tinha quanto ao local do desembarque dos inimigos. Mesmo assim, o experiente militar Rommel preparou uma defesa chamada de Muralha do Atlântico, a qual dificultou muito a vida dos Aliados no ataque na Normandia. Os Aliados prepararam um grande ataque com 1240 navios de guerra contra as linhas de defesa e um imenso bombardeio com os dez mil aviões da operação. Foram divididas as ações, sendo que as praias que seriam atacadas por cada exército receberam codinomes. Os americanos atacaram Omaha e Utah, enquanto anglo-canadenses atacaram Juno, Gold e Sword. Na praia de Sword, a infantaria britânica ocupou a praia e conseguiu avançar 8 Km no final do dia. Em Juno, os canadenses encontraram forte resistência, mas dominaram a praia e avançaram no território. Em Gold, a 50º divisão do exército se aproximou muito do objetivo. Em Omaha aconteceu o desembarque mais sangrento, o abandono da operação chegou a ser considerado, mas conseguiram tomar a praia e pressionar para o interior. Já em Utah ocorreram as menores baixas da operação, 197 soldados morreram, a progressão das tropas foi então mais fácil. A Batalha da Normandia abriu caminho com o domínio do território francês para pressionar o exército alemão em seu país. Além disso, enquanto os alemães estavam preocupados especialmente com os ataques na Normandia, operação que durou quase dois meses, a defesa alemã contra a União Soviética ficou enfraquecida. Por fim, Berlim acabou pressionada pelo Ocidente e pelo Oriente, resultando na derrota do nazismo e no fim da Segunda Guerra Mundial. Bombas nucleares: Às 8h15 de uma bela manhã, 6 de agosto de 1945, o mundo testemunhou um dos momentos mais sombrios e decisivos do século 20: A explosão de uma bomba nuclear sobre Hiroshima, no Japão. Daquele dia em diante, nossas vidas nunca mais seriam as mesmas. Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia. Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo. Em 1939, Einstein convence o presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, a construir a bomba atômica antes que os alemães o façam. Em 14 de julho de 1945, após 3 anos de pesquisa, foi iniciada a montagem da bomba no Novo México. Dois dias depois a bomba era testada no deserto do Novo México. Sem possuírem noção completa da temperatura da bomba, colocaram-na em uma estrutura não resistente ao calor, que derretendo, chegando muito próximo da areia. E esta, exposta a uma temperatura tão alta, vitrificou o fundo do buraco formado pela explosão. Alemanha e Itália já haviam se rendido. O Japão estava para se render. Mas como mostra do poder dos Estados Unidos e na tentativa de descobrir o poder da bomba usando pessoas como cobaias, escolheram uma região populosa e sete cidades possíveis para o ataque. Entre elas, havia Kyoto, Nyagada, Yokohama, Kokura, Nagasaki e Hiroshima. Kyoto foi dispensada da lista, por possuir belos templos. As principais eram, primeiro Hiroshima, seguido por Kokura e Nagasaki. Paul Tibbets, como tradição de todo comandante e piloto, colocou no avião o nome escolhido por ele: Enola Gay, o nome de sua mãe. No dia do lançamento, para não correr o risco de caso o avião colidir e a bomba acabar explodindo, partiram com a bomba sem armá-la totalmente. Armariam na durante o vôo, no ar. Encontrariam-se com mais tarde, antes de lançá-la, com dois aviões, The Great Artiste, responsável pelas medições meteorológicas e, Necessary Evil, a equipe fotógrafa. Estavam só esperando as tempestades passarem e o céu abrir para o inesquecível lançamento da bomba. Claude R. Eatherley comandava o B-29 que controlava o tempo, e às 6h05 quando se iniciava a ascensão aos 25 mil pés, informou: “Céu coberto sobre Kokura, céu coberto em Yokohama, Nagasaki coberto..., Hiroshima sem névoa, tempo muito bom, visibilidade ótima.” Isso era o que Paul Tibbets esperava de seu avião. Tinham escolhido o lugar para jogar a bomba. Claude R, Eatherley viveu atrapalhado durante três décadas antes de sua morte, em 1978, sempre repetindo e falando sobre o estado do tempo, nos hospitais onde esteve internado por problemas mentais e conduta desajustada. A primeira bomba, lançada em Hiroshima foi chamada “Little Boy”, com 60 toneladas de urânio, a bomba que detonou a 576 m acima da cidade. Ao cair aos 43 segundos o gatilho barométrico e o de tempo acionaram o mecanismo detonador um projétil de urânio foi disparado contra um alvo de urânio iniciando uma reação em cadeia. E a matéria sólida começou a se desintegrar liberando uma tremenda quantidade de energia. Após um silencioso clarão, ergueu-se um cogumelo de devastação de 9.000 m de altura provocando ventos de 640 a 970 km/h, espalhando material radioativo numa espessa nuvem de poeira. A explosão provocou um calor de cerca de 5,5 milhões de graus Celsius, similar à temperatura do Sol. Prédios sumiram com a vegetação, transformando a cidade num deserto. Quase tudo fora desintegrado. Num raio de 2 km, a partir do centro da explosão, a destruição foi total. Hiroshima tinha na época cerca de 330 mil habitantes, e era uma das maiores cidades do Japão, o bombardeio matou imediatamente 50 mil pessoas e feriu outras 80 mil. Cerca de 130 mil pessoas, morreram depois, a bomba lançada é até hoje a arma que mais mortes provocou em pouco tempo, 221.893 mortos é o total das vítimas da bomba reconhecidas oficialmente até hoje. A bomba também afetou seriamente a saúde de milhares de sobreviventes. A grande maioria das vítimas era formada pela população civil, a maioria das pessoas eram mulheres e crianças já que grande parte dos homens se encontrava lutando na guerra que nada tinha a ver com a guerra. Milhares de pessoas foram desintegradas e, em função da falta de cadáver, as mortes jamais foram confirmadas. Sabe-se que muitas pessoas sobreviveram por estarem em prédios à prova de terremotos. Noventa por cento da cidade foi arrasada pela bomba. Há 8km do epicentro, pessoas morreram, há 10 km, sofreram cegueira temporária e há 12 km, sofreram um grande impacto sendo arremessadas no ar. Horas depois de explosão, uma chuva negra caiu sobre o céu de Hiroshima. A chuva estava coberta de radioatividade das cinzas da fumaças. Mas, por causa da falta de informação, desespero e da desidratação, os sobreviventes tentavam beber a água que caía. Quatro dias depois da desgraça em Hiroshima, começou a aparecer uma epidemia na cidade, o sangue das pessoas não coagulavam mais, sem glóbulos brancos ficavam propensos à várias infecções, manchas roxas apareciam nos corpos, tufos de cabelos caíam até a perda total, o último sinal que antecedia a morte era o vômito de um líquido marrom. Era um mal que surgia novo e incurável, a necrose. Por conseqüência da persistência dos japoneses de permanecerem na guerra, outra bomba foi lançada. No dia 9 de agosto de 1945, a segunda bomba, chamada “Fat Man” constituída de plutônio, era destinada à cidade de Kokura. Com a péssima visualização e o excesso de nuvens, houve uma mudança na trajetória do avião, a bomba agora iria para Nagasaki, a cidade que possuía melhores condições. Ao chegar na cidade, o estado climático também estava ruim, estavam se dirigindo ao local onde a bomba seria lançada, mas pela falta de combustível tiveram de lançá-la imediatamente, errando seu alvo e acertando um vale. Não houve tempestade de fogo, mas causou uma terrível destruição. Foi lançado pelo bombardeiro B-29, chamado “Bockscar”. Às 11:02 a "Fat Man" explodiu a 600m de altura para maximizar os danos causados. Edifícios foram destruídos, uma onda de calor incendiário, detritos e radiação varreu o solo a partir do ponto de detonação, causando a maior parte dos óbitos e destruição de 40% da cidade.