Estudo da Frente de Umedecimento de um Solo Residual da Cidade do Salvador-BA Alexandre Cerqueira de Jesus, Sergio Barreto de Miranda Graduandos em Engenharia Civil, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil Luís Edmundo Prado de Campos Universidade Federal da Bahia, DCTM, Laboratório de Geotecnia, Salvador, Brasil Paulo Cesar Burgos Universidade Federal da Bahia, DCTM, Laboratório de Geotecnia, Salvador, Brasil, Universidade do Estado da Bahia, DCET, Salvador, Bahia RESUMO: Analisando os diversos tipos de rupturas ocorridas na Cidade, avalia-se que a grande maioria dos deslizamentos estão relacionados com o processo de infiltração de água de chuvas ou esgotamento sanitário, uma vez que o nível de água no terreno, normalmente, se encontra superior a 10 metros de profundidade, quando os escorregamentos são da ordem de 4 a 5 metros de espessura. Compreender o processo de infiltração da água no solo torna-se de grande relevância para os estudos de processos de instabilização em ambientes urbanos. Este trabalho visa através de investigações de campo e de laboratório avaliar o avanço da frente de umedecimento associado ao comportamento da resistência do solo como fatores de instabilização do maciço associado a solos residuais. PALAVRAS-CHAVE: Frente de Umedecimento, Encostas, Solo não Saturado, Estabilidade e Infiltração. 1 INTRODUÇÃO Reconhece-se que o principal mecanismo de instabilização das encostas não saturadas é a ocorrência da infiltração da água no solo, a qual esta associada a precipitação pluviométrica, possibilitando a formação da frente de umedecimento, gerando a redução da coesão efetiva do solo e conseqüentemente a diminuição da resistência ao cisalhamento do solo. O mecanismo de infiltração de água da chuva nas encostas se caracteriza pelo processo de fluxo de água de um meio saturado para um não saturado. Santos (1992) reporta que o fluxo de água em dois pontos destinos de um solo, será governado pelo potencial total (gravitacional e matricial) de natureza diferente, uma vez que o movimento da água sempre ocorrerá do ponto de maior potencial para o de menor potencial. Este processo pode ser descrito através da expressão matemática proposta por Richards e apresentada por Vargas Jr et al.(1992): δ δ xi δψ δψ + k ij (ψ ) = C (ψ ) k ij (ψ ) δ xj δt (1) Como visto pela expressão 01 o fluxo da água no solo não saturado, dependerá da condutividade hidráulica, do solo [kij(Ψ)], bem como de sua capacidade de retenção específica do solo [C( Ψ)] e da carga hidráulica (sucção) [( Ψ)]. Valiosas contribuições sobre o estudo do processo de formação da frente de umedecimento e o seu desenvolvimento para os solos residuais tropicais, correlacionando a velocidade da frente de umedecimento, condutividade hidráulica, grau de saturação e perda da sucção, foram realizados por diversos autores, nota-se que o consenso existente nesses trabalhos é que a velocidade do avanço da frente de umedecimento é tanto maior quanto maior o valor da umidade inicial, pois a condutividade hidráulica é proporcional ao aumento do grau de saturação, que devido a infiltração da água no solo durante a ocorrência da precipitação, a mesma expulsa ou dissolve o ar contido dentro dos vazios do solo, formando microcanais preferenciais e dessa maneira aumentando a condutividade hidráulica. Portanto, em meses que sucedem as precipitações pluviométricas (estação chuvosa) à frente de umedecimento pode atingir espessuras maiores durante precipitações inferiores e de curta duração, o que poderá acarretar no processo de instabilização da encosta conforme comenta Pedrosa (1994). Elbachá et al (1992) avaliam que o histórico anterior de precipitações tem um papel importante para desencadear os processos de escorregamentos, uma vez que eles tendem a ocorrer quando o ciclo de chuva mostra altos valores acumulados, sendo que para a cidade de Salvador, verificou-se que a influência nos escorregamentos é de quatro dias acumulados de precipitações pluviométricas. Nas encostas de Salvador a maioria dos escorregamentos se sucedem com profundidades máximas de cinco metros, sem atingir o lençol freático, o que corrobora com a hipótese de que o mecanismo de instabilização das encostas da Cidade do Salvador é proveniente da infiltração de água. Logo, o estudo dessa zona de influência de escorregamento (profundidade de até cinco metros), aliado ao mecanismo de infiltração da água no solo torna-se de grande relevância para os estudos de processos de instabilização em ambientes urbanos, portanto foi escolhida uma área de estudo cuja encosta possui um tipo de perfil típico que ocorre na Cidade do Salvador. 2 ÁREA DE ESTUDO A área em estudo compreende uma encosta com declividade média de quarenta graus com um desnível de aproximadamente trinta metros, localizada no campo Experimental de Geotecnia da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia. A encosta foi esculpida no manto de alteração do embasamento cristalino, formando um solo residual de textura silto-argilosa com espessura em torno de trinta metros. 3. PROGRAMA GEOTÉCNICAS DE INVESTIGAÇÕES Avaliar a influência da frente de umedecimento perante a estabilidade da encosta depende dentre outras coisas do conhecimento do regime de fluxo de água durante e depois de um evento pluviométrico bem como das características geotécnicas da encosta. Logo, com o intuito de avaliar a influência da frente de umedecimento na instabilização da encosta, realizou-se um programa de investigações geotécnicas, através de ensaios de campo e de laboratório a fim de obter os parâmetros anteriormente citados. 3.1 Investigação de Campo Foram realizadas três sondagens de simples reconhecimento com a medida do N-SPT e torque (SPT-T). Nesses ensaios verificou-se uma fina camada inicial de aterro de textura silto-argilosa com espessura inferior a setenta centímetros e resistência a penetração final em torno de 5 golpes com SPT-T em torno de 4 kgf.m. Após essa camada de aterro encontra-se uma espessa camada constituída por silte arenoso com tonalidade marrom e compacidade variando de mediamente compacto a rijo com a profundidade. As sondagens foram interrompidas com cerca de dezesseis metros de profundidade, não havendo até aquela profundidade o registro de lençol freático. Através das amostras recuperadas das sondagens, foi possível determinar os teores de umidades naturais encontrados em campo, sendo apresentado o perfil típico da umidade do solo juntamente com os valores de medida de N-SPT na Figura 01: 0 10 20 30 40 50 Profundidade(m) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Condutividade Hidraulica (cm/s) Indice de Resistência a Penetração (N) e Teor de Umidade (w) versus Profundidade 1,000E+02 1,000E-04 1,000E-10 1,000E-16 1,000E-22 1,000E-28 1,000E-34 1,000E-40 1,000E-46 1,000E-52 1,000E-58 1,000E-64 1,000E-70 1,000E-76 1,000E-82 1,000E-88 1,000E-94 1,000E-100 Cota 3,50 1 18 10 -0,1748Ψ N_SPT_SP01 w_SP01 N_SPT_SP02 w_SP02 Figura 01 – Perfil de teor de umidade e N-SPT do solo Observa-se que o teor de umidade do solo está oscilando entre 18 e 46%. Esses valores de teor de umidade alta refletem o período em que retirou as amostras (após um período chuvoso) evidenciando, portanto o grau de retenção de água que esse solo possui durante o período de intensidade pluviométrica. Para a avaliação da condutividade hidráulica e sua relação com a condição não saturada do solo, utilizou-se do permeâmetro de Guelph. Os resultados da condutividade hidráulica saturada em campo (kfs) e o potencial mátrico (φm) foram obtidos a partir do método semianalítico de Laplace e Gardner (1958), sendo apresentados na Tabela 1. Os valores de condutividade hidráulica se situaram em uma faixa em torno de 10-5 cm/s, revelando uma homogeneidade do perfil em relação a essa propriedade. Tabela 1 – Coeficiente de Permeabilidade do Solo Prof: 1 2 3 4 5 kfs 3,7E-5 7,4E-5 2,9E-5 2,9E-5 1,4E-5 ¢m 8,5E-5 8,5E-5 4,2E-5 1,4E-4 8,5E-5 Nota:Unidade do Coeficiente de condutividade hidráulica(kfs) e potencial mátrico(¢m) em cm/s Gardner (1958) apresentou uma relação empírica entre condutividade hidráulica saturada (kfs) e a não saturada (kΨ), portanto para as características apresentadas pelo solo estudado, essa relação é representada na expressão 2 juntamente com a curva de condutividade hidráulica ilustrada na Figura 02. K (Ψ ) = 2,96E −05e −0 ,174ψ (2) Onde k(Ψ) é a condutividade hidráulica não saturada e Ψ é a sucção matricial do solo. Expon. (Cota 3,50) k = 3E-05e 100 1000 Sucção(cm) Figura 02 – Curva da condutividade hidráulica 3.2 Ensaios de Laboratório A fim de caracterizar a zona de relevância do maciço, no presente trabalho, foi implantado um poço de coleta de amostras indeformadas com cinco metros de profundidade retirando-se a cada metro de escavação uma amostra a fim de realizar os ensaios de laboratório. A caracterização do solo foi feita em cada amostra indeformada conforme as normas da ABNT. A Tabela 2 a seguir apresenta um resumo da caracterização das amostras retiradas em campo. Tabela 2 – Resumo dos resultados de caracterização dos solos e classificação USCS. Parâmetro Amostra Amostra Amostra 01 02 03 Pedregulho(%) 2 1 3 Areia(%) 36 26 37 Silte(%) 26 41 37 Argila(%) 27 27 23 #200(%) 53 68 60 wL(%) 65 66 55 wP(%) 35 42 35 IP(%) 30 24 20 γs (Kn/m³) 26,9 27,4 27,8 γn (Kn/m³) 16,0 16,7 17,3 E 1,15 0,97 0,97 Sr (%) 66,46 77,39 71,78 n (%) 53,00 49,20 49,20 AC 0,57 0,35 0,33 USCS MH MH MH Obs: A amostra 01, 02 e 03 foram retiradas respectivamente 2,3,e 5 metros de profundidade Observa-se pelos dados da Tabela 2 que o material se manifesta predominantemente fino com uma fração representativa de areia. Os valores encontrados para índice de vazios, porosidade e peso específico são típicos de solos residuais encontrados na região de Salvador. Os valores de grau de saturação refletem os teores de umidade encontrado em campo, tendo o seu valor médio em torno de 60%. Segundo a classificação unificada (USCS), as amostras se situam no grupo MH (silte de alta plasticidade) e em relação a proposta de atividade de Skempton (1953) foram classificados como inativos (AC<0,75). Avaliando os resultados obtidos na caracterização bem como os resultados das sondagens e os valores de condutividade saturada do solo, é possível considerar que o maciço em questão apresenta característica geotécnica homogênea, principalmente dentro da zona de relevância do presente trabalho. Na Figura 03 são apresentadas as curvas características dos solos da amostra 01 e 02 obtida através da análise dos dados dos ensaios realizados para cada solo, conforme sugere Gerscovich.(2001). Devido amostra 03 apresentar característica semelhante ao 02, a mesma ficou subtraída da figura 03. A modelagem foi obtida através da equação de Van Genuchten (1980), cujos parâmetros de ajuste são mostrados na Tabela 3. Tabela 4 – Parâmetros de resistência Solo Condição c (kPa) 01 Natural 27,5 Saturado 9,8 02 Natural 33,8 Saturado 12,4 03 Natural 24,3 Saturado 15,4 φ (º) 35,6 33,6 28,3 31,6 29 27,7 Ratifica-se que o parâmetro que indica a razão do aumento da resistência do solo não saturado em relação à sucção é o parâmetro Øb cuja determinação experimental é complexa, além de seu valor não ser constante depende do nível de sucção (De Campos,1992). Para o presente trabalho avaliou-se que tomando o parâmetro φb constante e igual a 20º não traria nenhum problema para o presente trabalho. 3.3 Dados Pluviométricos 0,55 Umidade Volumétrica(cm³/cm³) capacidade de retenção corroboram para a queda brusca da sucção devido à variação do teor de umidade. Através da talhagem de corpos de prova das amostras indeformadas coletadas metro a metro, foi possível realizar ensaio triaxial,sendo os parâmetros de resistência apresentados na Tabela 4: 0,5 0,45 0,4 0,35 0,3 1 10 100 1000 Sucção (Kpa) amostra 01 amostra 02 Figura – 03 Curva característica do solo Tabela 3 – Parâmetros hidráulicos dos solos Amostra a m n 01 30,19 0,88 5,91 02 31,17 0,79 4,90 C(Ψ) 0,60 0,63 Reconhece que o valor de capacidade de retenção é um parâmetro muito importante na estimativa da perda de sucção do solo não saturado durante o avanço da frente de umedecimento, onde os valores altos de Como mencionado anteriormente é comum o evento de deslizamentos estarem relacionados a precipitações pluviométricas. Elbachá et al (1992) afirmam que não é somente a intensidade pluviométrica do dia do escorregamento que irá deflagrar o processo de instabilização da encosta, é preciso considerar os dias anteriores de precipitação como influência efetiva no evento de escorregamento devido ao estado prévio de saturação que o mesmo se encontra provocado pelas chuvas anteriores ao evento. Com intuito de avaliar melhor a correlação entre deslizamento e precipitação pluviométrica o Laboratório de Geotecnia da UFBA implantou uma estação pluviométrica nas imediações do campo experimental. Na Figura 04 são apresentados os dados referentes a precipitação máxima diária ocorrida durante o ano de 2005. resultados mostrado na figura 05. 80 60 Sucção(Kpa) 50 -120,00 -100,00 -80,00 -60,00 -40,00 -20,00 0,00 20,00 0,00 40 2,00 30 4,00 Profundidade(m) Precipitação máxima diária(mm) 70 20 10 0 14/3 8/4 3/5 28/5 22/6 17/7 11/8 5/9 30/9 25/10 19/11 14/12 8/1 2/2 dia Figura 04- Precipitação diária da área 6,00 8,00 10,00 1º dia 12,00 2º dia 14,00 3º dia 16,00 4° dia Inicial 18,00 Figura 05 – Perfil de sucção versus profundidade 4. ANÁLISE E RESULTADOS 4.1 Metodologia Para o estudo da influência da frente de umedecimento na estabilidade da encosta foram estabelecidas algumas premissas: Nível de água profundo,regime de fluxo transiente,sucção matricial inicial igual a 100 kPa, não consideração do efeito Run Off . Inicialmente, as precipitações foram definidas de acordo com o modelo matemático proposto por Elbacha et al (1992) para a Cidade de Salvador que é apresentada a seguir: I = 18373,06( AC ) −1, 258 (3) Onde (AC) é a precipitação acumulada em dias anteriores ao evento estudado e I a intensidade horária (mm/h). Em seguida levou-se em conta a precipitação horária obtida para o quinto dia. A data de 21 de junho de 2005 foi a escolhida para o inicio da análise devido as investigações do solo ocorrerem neste dia.A demais os dias subseqüentes a retiradas das amostras apresentaram níveis pluviométricos próximo da média encontrada em Salvador o que validaria portanto as análises feitas. 4.2 Simulações e Resultados Partindo das premissas anteriores bem como dos resultados de intensidade acumulada obtida através da expressão 3 acompanhados dos dados obtidos da estação pluviométrica para o período de 21 a 25 de junho de 2005 apresentados na Figura 04, efetuou-se uma análise de simulação do fluxo sendo os Percebe-se inicialmente um nítido avanço da frente de umedecimento até a profundidade de quatro metros logo após as primeiras 24 horas de chuva tendo um decréscimo da sucção em torno de 15 por cento quando a profundidade é de dois metros. No segundo dia de precipitação ocorre uma variação da sucção mais acentuada nos primeiros oito metros de profundidade, enquanto, que a partir do terceiro dia apresentam-se sucções nulas e pressão neutra positiva na parte superior da encosta o que evidencia o inicio do processo deflagração da instabilização do talude. A saturação plena do talude atingiu pouco centímetros do perfil isso corrobora com o que Santos(1992) e Campos (1984) afirmavam da existência de diferentes zonas de umedecimento. O fator de segurança da encosta, inicialmente o se encontra em torno de 12. Com o início das precipitações pluviométricas, o mesmo se reduz cerca de dez por cento e ao chegar no quarto dia de precipitação atinge o valor de 11,05 condizente com o comportamento observado na Figura 05, onde o avanço da frente de umedecimento provocou uma redução da sucção matricial. Tabela – 05 Variação do Fator de Segurança FS 11,94 11,23 11,16 11,11 11,05 Data 21/06 22/06 23/06 24/06 25/06 5,25 26/06 Agora, levando em consideração a precipitação acumulada dos quatro dias proposta por Elbachá et al (1992) ocorre uma súbita minoração do fator de segurança atingindo valor igual 5,95 o que representa uma perda entorno de cinqüenta e três por cento do fator de segurança, enquanto que a sucção atingiu valores em média de trinta por cento mais baixo para o período avaliado. Partindo para análise do quinto dia e levando em consideração as precipitações obtidas pela estação pluviométrica para as vinte quatro horas desse dia, obtêm-se os seguintes valores de fator de segurança: Tabela – 06 Variação do Fator de Segurança FS 6,25 6,00 5,81 5,67 5,45 Tempo 2:00 12:00 18:00 20:00 22:00 5. CONSIDERAÇÖES FINAIS Os resultados das analise numéricas apresentadas neste trabalho, apesar de empregar algumas hipóteses simplificadoras revelou resultados condizentes aos encontrados na literatura, bem como o comportamento real dos taludes da Cidade do Salvador. Fica evidenciado que o processo de infiltração de água no solo tem se tornado o principal mecanismo de instabilização das encostas e que a velocidade do avanço da frente de umedecimento repercutir na deflagração do processo de escorregamento. Apesar da equação 4 apresentada por Elbachá et al (1992) levar somente em consideração a precipitação e eventos de escorregamentos sem tomar em conta as características geotécnicas, a mesma se mostrou relativamente compatível com as análises realizadas neste trabalho. Apesar dos resultados encontrados se mostrarem satisfatórios,salienta-se que é importante que outros trabalhos sejam feitos na tentativa de avaliar melhor a infiltração de água no solo, bem como instrumentar uma encosta a fim de poder validar as analises numéricas. AGRADECIMENTOS Os autores deste artigo expressam uma profunda gratidão ao professor Tácio Campos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO) bem como a mestranda Patrícia Santos Souza (MEAU/UFBA). REFERÊNCIAS Campos, L. E. P. (1984). Influência da Sucção na Estabilidade de Taludes Naturais em Solos Residuais. Dissertação de mestrado em engenharia civil - geotecnia. PUC. Rio de Janeiro. DeCampos. T.M.P(1992). Resistência ao cisalhamneto de solos não saturados. II Simpósio Brasileiro de solos não saturados.Vol 2 .Rio de Janeiro. Pag 399-417 Elbachá,A.T,Campos,L.E.P.&Bahia,R.F.C(1992). 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