Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuaria Embrapa Cocais Embrapa Hortali(fas Embrapa Mandioca e Fruticultura Embrapa Semiarido Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento AINFO Irriga~ao e fertirriga~ao em fruteiras e hortali~as Valdemicio Ferreira de Sousa Waldir Aparecido Marouelli Eugenio Ferreira Coelho Jose Maria Pinto Mauricio Antonio Coelho Filho Embrapa Informal;ao Tecno/ogica Brasilia, OF 2071 Coordena~ao editorial Fernando do Amaral Pereira Lucilene M. de Andrade Carlos Eduardo Felice Barbeiro Embrapa Informa~ao Tecnol6gica Parque Esta~ao Biol6gica (PqEB), Av. W3 Norte (final) CEP70770-901 Brasilia, DF Fone: (61) 3448-4236 Fax: (61) 3448-2494 [email protected] www.sct.embrapa.br/liv 5upervisao editorial Erika do Carmo Lima Ferreira Revisao de texto Jane Baptistone de Araujo Josmaria Madalena Lopes Rafael de So Cavalcanti Francisco de Assis David da Silva (Embrapa Meio-Norte) Embrapa Coca is Av. Santos Dumont, nO18, Bairro Anil Edificio Incra, Bloco 3 CEP65046-660 5ao Luis, MA Fone: (98) 3878-1353 Fax: (98) 3878-1360 [email protected] www.cpacp.emprapa.br Normaliza~ao bibliografica lara Del Fiaco Rocha Marcia Maria Pereira de Souza Projeto grafico, editora~ao eletr6nica Anapaula Rosario Lopes Embrapa Hortali~as Rodovia Brasilia-Anapolis, BR060, Km 9 Caixa Postal 218 CEP 70359-970 Brasilia, DF Fone: (61) 3385-9000 Fax: (61) 3556-5744 [email protected] www.cnph.emprapa.br Tratamento digital de imagens Anapaula Rosario Lopes Mario Cesar Moura de Aguiar Paula Cristina Rodrigues Franco Capa Luiz Elson Araujo Fontele (Embrapa Meio-Norte) Embrapa Mandioca e Fruticultura Rua Embrapa, sino CEP44380-000 Cruz das Almas, BA Fone: (75) 3312-8000 Fax: (75) 3312-8097 [email protected] www.cnpmf.emprapa.br Fotos da capa Manga: Jose Maria Pinto Maracuja: Valdemicio Ferreira de Souza Tomote e pivo central: Waldir Aparecido Marouelli Gotejamento sabre 0 5010:Luis Carlos Nogueira ,. edi~ao Embrapa Semiarido BR428, Km 152, Zona Rural Caixa Postal 23 CEP56302-970 Petrolina, PE Fone: (87) 3862-1711 Fax: (87) 3862-1744 [email protected] www.cpatsa.emprapa.br lodos A reprodu~ao os direitos reservados nao autorizada constitui viola~ao Informa~ao em fruteiras e hortali~as Sousa ... let al.l. - Brasilia, DF: Embrapa no todo autorais de (atalogao;ao Embrapa e fertirriga~ao desta publiea~ao, dos direitos Dados Internacionais Irriga~ao 1" impressao (2011): 1.000 exemplares ou em parte, (Lei nO 9.61 0) na Publicao;ao ((IPI Teenol6giea / editores Informa~ao teenieos, Teenol6giea, Valdemieio Ferreira de 201 1. 771 p.: il.; 18,5 em x 25,5 em. 1. Sistema de eultivo. 2. Cultura ~ao. 5. Evapotranspira~ao. III. Coelho, brapa Eugenio Ferreira. Coca is. Vll.Embrapa Semiarido. irrigada. I. Sousa, Valdemicio 3. Manejo Ferreira de agua. 4. Equipamento de. II. Marouelli, IV. Pinto, Jose Maria. V. Coelho Hortali~as. VIII. Embrapa Filho, Mauricio Mandioea Waldir de irrigaApareeido. Antonio. e Fruticultura. VI. Em- IX. Embrapa Metodos e equipamentos para fertirriga~ao Otavio Alvares de Almeida Valdemkio Ferreira de Sousa Braz Henrique Nunes Rodrigues Francisco Jose de Seixas Santos Introdu~ao o princfpio de aplica<;:ao da fertirriga<;:ao preconiza veis em agua e de equipamentos de irriga<;:ao. Essa caracterfstica fertilizantes bilita 0 especfficos permite 0 uso de fertilizantes para injetar solu- a solu<;:ao nas linhas uma aplica<;:ao adequada e uniforme de com a agua de irriga<;:ao (SOUSA; SOUSA, 1993). Alem disso, possi- acompanhamento efeitos na interface e 0 controle dos nutrientes no perfil do solo e seus solo, agua e planta. A incorpora<;:ao de adubo ao solo efetua-se am normal mente no cabe<;:al de controle, talados nas cabeceiras das unidades na mesma propriedade equipamentos tambem <;:aooutras substfmcias, dispositivos se bem que tambem operativas varios cultivos podem mediante como corretivos podem ser ins- de irriga<;:ao, quando ou estes se encontram ser utilizados que se situ- dispersos. a agua para incorporar qufmicos, existem nematicidas, Esses de irriga- pesticidas, Em todos os casos, deve-se instalar um filtro de tela ou de disco ap6s 0 etc. disposi- tivo de fertirriga<;:ao utilizado, para evitar que passem para a rede de irriga<;:ao as possfveis impurezas nos fertilizantes. Pode-se utilizar contidas qualquer metoda via, os sistemas pressurizados de irriga<;:ao para aplicar fertilizantes. saD os mais indicados cando-se a irriga<;:ao localizada, Toda- para fertirriga<;:ao, desta- especial mente por gotejamento (ABREU et aI., 1987; BRESLER, 1977; GOLDBERG; SHMUELI, 1970), dadas suas caracterfsticas forma de aplica<;:ao de agua pontual das plantas. eficiencia A utiliza<;:ao desse metodo do usa dos fertilizantes, via<;:ao, melhora 0 1977) e economiza tos favoraveis localizada, correta, junto a controle todavia, da zona de concentra<;:ao das rafzes de irriga<;:ao promove da concentra<;:ao mao de obra e energia. 0 mais importante a fim de evitar a melhoria reduz as perdas dos fertilizantes aplica<;:ao de fertilizantes de nutrientes reduzir da por lixi- no solo (BRESLER, Existem ainda varios outros aspecpor meio dos sistemas de irriga<;:ao e que a aplica<;:ao seja feita de forma obstru<;:6es na tubula<;:ao e nos emissores SOUSA, 1993), as quais podem e a uniformidade para valores abaixo de 80%, que e, segundo (SOUSA; de aplica<;:ao de agua Threadgill (1985), inaceitavel na pratica da fertirriga<;:ao. o metoda de irriga<;:ao, <;:aode fertilizante, dependentes de irriga<;:ao. 0 manejo da fertirriga<;:ao e 0 bem como as doses de fertilizantes da cultura trabalhada, das caracterfsticas equipamento de inje- mais adequadas, saD do solo e da agua Inje~ao de fertilizantes Qualquer sistema que se escolha para injetar ga<;:ao requer um reservat6rio de qualidade 0 fertilizante adequada micos e um sistema de agita<;:ao desses produtos. a corrosao causada pelos fertilizantes mfnimo do reservat6rio de, sem que se requeira 0 para conter produtos Esses devem resistir quf- a pressao e de 50 La 1.000 L. a volume e ter capacidade deve ser suficiente nas tubula<;:6es de irri- para a fertirriga<;:ao de uma subunida- a volume reabastecimento. do reservat6rio calcula-se da seguinte forma: v= nxQxA sol em que Ve 0 volume adequado entre recargas, Q a quantidade sol a solubilidade do reservat6rio de fertilizantes do fertilizante (kg (m3), n 0 numero de aplica<;:6es (kg ha-'), A a area a fertirrigar (ha) e m-3). Antes de iniciar a aplica<;:ao, deve-se agitar a solu<;:ao injetora para que se homo- genefze e evite que aspire as impurezas do fundo 0 equipamento do reservat6rio, de inje<;:ao de fertilizante permanecendo 0 processo de agita<;:ao durante toda a aplica<;:ao. Recomenda-se sistema que a aplica<;:ao de fertilizante de irriga<;:ao estiver estabilizada comece e que termine antes do fim da irriga<;:ao e nao menDs de 15 minutos xe de sair pelo emissor dimento tem a finalidade mais afastado do injetor de lavar os produtos quando a pressao do um quarto do tempo antes que a agua dei- de fertilizante. qufmicos Esse proce- da tubula<;:ao e de evitar sua precipita<;:ao. M todosd Inj - d frill n Existem diversos metodos de inje<;:aode fertilizantes podem ser agrupados em cinco categorias: via agua de irriga<;:ao, os quais a) diferencial de pressao; b) pressao negativa; c) transforma<;:ao de energia (venturi); d) pressao positiva (bombas volumetricas ou de deslocamento positivo); (COSTA et aI., 1986; COSTA; BRITO, 1994). e) metoda combinado ou composto Diferencial de pressao o metoda diferencial de pressao baseia-se na utilizac;ao da pressao negativa ocor- rida no corpo da bomba centrffuga e/ou no aproveitamento positiva gerada pelo sistema de bombeamento. zac;ao desse metoda da propria energia As duas formas c1assicas de utili- sao os tanques de derivac;ao de fluxo e os sistemas que inje- tam a soluc;ao fertilizante diretamente na succ;ao da bomba centrffuga do sistema de irrigac;ao. o tanque de derivac;ao de fluxo ou tanque fertilizante onde se coloca a soluc;ao que se pretende incorporar consiste em um deposito ao solo, 0 qual, uma vez fechado, alcanc;a em seu interior a mesma pressao da rede de irrigac;ao. Por isso, o tanque deve ser capaz de suportar a pressao estatica e dinamica da rede. 0 normal e que resista a cerca de 300 kPa, no minimo, ainda que se recomende suporte uma pressao de trabalho mente, e metalico e que de cerca de 600 kPa (LOPEZ et aI., 1997). Geral- embora existam modelos em plastico reforc;ado com fibra de vidro. Em quaisquer dos casos, deve ser capaz de suportar a ac;ao corrosiva das substancias utilizadas. Seu volume varia entre 20 L e 200 Leo dimensionamento pode ser calculado segundo Keller e Karmeli (1975): v = _C_x_A_s_ i Cr em que Ve 0 volume do tanque de fertilizante (L), C a quantidade ser aplicada por irrigac;ao (kg ha-'), As a area que a concentrac;ao do fertilizante Esses dispositivos 1 0 de nutrientes a sistema irriga por vez (ha) e C J (kg L-'). sao colocados em paralelo em relac;ao a tubulac;ao de irrigac;ao. A diferenc;a de pressao, da ordem de 10 kPa e 50 kPa, entre a entrada e a saida do tanque fertilizante, causadora do fluxo at raves do tanque, e conseguida medio da instalac;ao de um registro na Iinha principal de saida para Para 0 0 por inter- do sistema, entre os pontos tanque e de retorno do tanque (Figura 1). seu funcionamento, adiciona-se que. Em seguida, !Krescenta-se 0 adubo dissolvido tampa. Para a injec;ao do fertilizante da linha principal agua ate a metade da capacidade Quanto mais 0 ao contrario, fechando-se e fecha-se hermeticamente na tubulac;ao de irrigac;ao, fecha-se para que parte da agua destinada a irrigac;ao registro e fechado, maior sera a quantidade passara pouco a pouco muito sendo mais uniforme 0 a registro passe pelo tanque. de agua que deriva e, pouco, a derivac;ao sera menor e a tubulac;ao, do tan- 0 fertilizante a distribuic;ao. Valvula de drenagem Em alguns modelos, a agua entra pela parte inferior do tanque, gerando um redemoinho e misturando-se bem com 0 fertilizante, e sai pela parte superior (Figura 2). Como a vazao de agua que entra no tanque e igual que sai dele, e evidente que a soluc;ao fertilizante se com a rede 0 tempo de funcionamento tambem a vazao da soluc;ao fertilizante que fica no tanque vai diluindo- e a concentrac;ao da soluc;ao que se incorpora vai diminuindo. Esse e um inconveniente importante se 0 adubo contido no tanque esta progra- mado para ser utilizado em duas ou mais unidades operacionais cada uma receberia uma quantidade diferente de fertilizante. de irrigac;ao, pois Por isso, recomen- da-se utilizar uma recarga para cada unidade operacional mesmo que 0 volume do tanque permita uma quantidade por vez. A qua.ltidade transcorrido 0 (C) que permanece no interior do tanque, depois de um tempo (1), e dada pela equac;ao 3. ~ C-C - de fertilizante maior de fertilizantes x eV Valvula de estrangulamento Figura 2. Tanques de derivac;ao de fluxo para injec;ao de fertilizantes pel a parte inferior. em que Co e a quantidade 1 tanque (L h- ), V 0 q inicial de fertilizante, houver circulado de agua igual a sua capacidade (1 cicio, q x T te que permanecera do tanque = no interior 0,3679) da quantidade aproximadamente circularem = de aplica~ao (h). pelo tanque V), a quantidade um volume de fertilizan- (C) sera de aproximadamente inicial (Co), ou seja, havera side incorporado 63% do fertilizante contido inicialmente (e-2 = 0,1353); se forem tres, a incorpora~ao houverem circulado quatro ciclos, a quantidade fertilizante inicial (Figura 3). Na prMica, a concentra~ao de fertilizante incorporada 37% ao solo no tanque. Quando dois volumes do tanque (2 ciclos, q x T= 2 V), a quantidade da sera de 86% incorpora- sera de 95%; e quando sup6e-se de 98% do restante no tanque ao final da fertirriga- ~ao deve ser inferior a 2%.0 tempo transcorrido V fluxo que circula atraves do volume do tanque (L) e To tempo transcorrido De acordo com a equa~ao 3, quando (e-I 0 com entrada pode ser calculado pela equa~ao 4. C Co T= -- x In- q A vazao, q (L h-1), que deve passar atraves do tanque para aplicar todo te, ou seja, para quatro ciclos, pode ser obtida pela equa~ao 5. 4V q = tr x ta 0 fertilizan- 1,00 0,90 0,80 l/l lU "0 lU .!:! 0,70 lU 0,60 Q. l/l c:: Ql 0,50 Cl .lll c:: 0,40 .. Ql to) 0 0,30 Q. 0,20 C = Coxe .'f!v 0,10 0,00 2 0 3 4 Ciclos Figura 3. Porcentagem de fertilizante aplicado por cicio de agua que passa no interior de um tanque de fertirriga<;ao de deriva<;ao de fluxo (1 cicio volume do tanque). = em que 0 tr x ta e igual ao tempo util de aplicac;ao de fertilizante, produto tr a relac;ao entre 0 tempo de aplicac;ao de fertilizante e 0 sendo tempo de aplicac;ao da irrigac;ao, usual mente 0,8 (KELLER; KARMELI, 1964 citados por LOPEZ, 1998), para a lavagem da instalac;ao, e ta permitir Assim, 0 0 tempo de aplicac;ao da irrigac;ao (h). tempo mfnimo de aplicac;ao da irrigac;ao, quando se esta fazendo fertir- rigac;ao, pode ser determinado pela equac;ao 6. 5V q ta=- Existem algumas adaptac;6es a esse metodo, como a utilizac;ao de um latao de leite metalico para funcionar como tanque de derivac;ao de fluxo, com a vantagem de ser facilmente encontrado no comercio e apresentar baixo custo (ANDRADE; GORNAT, 1992; COSTA; BRITO, 1988). a tanque desenvolvido e calibrado por Andrade e Gor- nat (1992), Figura 4, apresenta vantagens em relac;ao ao proposto por Costa e Brito (1988), no que diz respeito a original, facilitando a confecc;ao de uma tampa mais larga em substituic;ao a operac;ao de preparo da soluc;ao e limpeza do tanque. Alem disso, apresenta um novo sistema de entrada e safda de agua, que proporciona melhor mistura, dissoluc;ao da soluc;ao fertilizante e expulsao do ar. Tambem existem no mercado tanques fertilizantes uma bolsa de borracha muito flexfvel, dentro uma providos, em seu interior, de da qual se coloca a soluc;ao ferti- Iizante (Figura 5). Dessa maneira, evita-se a mistura da agua de irrigac;ao com a Figura 4. Detalhe da instala<;ao do tanque de fertirriga<;ao de deriva<;ao de fluxo na linha de irriga<;ao. Medidor de vazao Bolsa de borracha Soluc;:ao' , fertilizanle· +- Valvula de drenagem Figura 5. Tanque de deriva<;ao de fluxo de concentra<;ao constante, com bolsa de borracha flexivel. solu<;:ao dentro do tanque. Portanto, a solu<;:ao fertilizante nao se dilui e e impul- sionada pela a<;:aoda agua de irriga<;:ao, que pressiona a parede externa da bolsa plastica, for<;:ando a introdu<;:ao da solu<;:ao no fluxo da linha de irriga<;:ao por meio de um bocal e mantendo Pressao constante a concentra<;:ao (COSTA; BRITO, 1994). negativa Nesse metodo, a inje<;:ao da solu<;:ao fertilizante utilizar a pressao negativa ou da unidade de bombeamento solu<;:ao fertilizante 0 vacuo criado no interior da tubula<;:ao de suc<;:ao (Figura 6). A calibra<;:ao e sac efetuados de maior ou menor quantidade cujo volume introduzido na linha de irriga<;:ao e feita ao se mediante 0 controle da entrada da um registro, que permite da solu<;:ao contida no reservat6rio e control ado por um hidr6metro a entrada de dissolu<;:ao, (COSTA; BRITO, 1994). Esse tipo de instala<;:ao, sempre que possivel, deve ser evitado uma vez que apresenta diversos inconvenientes simples e operacionalmente e Iimita<;:6es, alem das op<;:6es de metodos mais menos agressivos ao meio ambiente. No que se refere ao aspecto ambiental, ha Iimita<;:6esdo metoda em razao do risco elevado de contamina<;:aoda fonte de agua pela solu<;:aofertilizante, por causa do refluxo ocasionado por uma eventual parada do sistema de bombeamento. metoda e 0 desgaste que as solu<;:6esfertilizantes Outro ponto negativo do altamente corrosivas provocam nas partes internas da bomba centrifuga, que apresenta, em sua maioria, rotor metalico. Transforma~aode energia Esse metoda baseia-se no princfpio seja, a energia de velocidade da agua dentro energia de pressao, favorecendo Iica. A aplica<;ao desse metoda peciais acoplados da transforma<;ao de formas de energia, ou da tubula<;ao transforma-se a inje<;ao de Iiquido fertilizante em na rede hidrau- requer a utiliza<;ao de pe<;as ou equipamentos na tubula<;ao principal do sistema de irriga<;ao, sendo 0 es- venturi o mais comum e mais utilizado. Ao contrario do tanque diferencial de pressao, a concentra<;ao da solu<;ao ferti- Iizante que passa pelo injetor tipo venturi e constante aplica<;ao. Seu princfpio consiste no estrangulamento de funcionamento da agua de irriga<;ao, de modo a provocar um aumento cidade, criando-se tilizante do fluxo muito grande da sua velo- uma pressao negativa que provoca a aspira<;ao da solu<;ao fer- (existente em um deposito a pressao (ALMEIDA, 2002). Na Figura 7, apresentam-se um venturi, no decorrer do tempo de partindo do princfpio atmosferica) e sua inje<;ao na rede os detalhes do sistema hidraulico de que a vazao no ponto 1 e igual a vazao de no ponto 2, de acordo com a equa<;ao da continuidade: em que Q e a vazao da linha de irriga<;ao (m3 s·'), A a area da se<;ao transversal da tubula<;ao (mZ) e Va velocidade do fluxo da agua (m S·l). A area AI (tubula<;ao) e bastante superior da continuidade a seja observada, a area Az (venturi). Para que a equa<;ao e necessario que a velocidade do fluxo VI (tubula<;ao), ou seja, Vz »> essa transforma<;ao de energia cinetica que provoca 0 diferencial superior velocidade do fluxo Vz seja VI. E justamente de pressao entre os pontos 1 e 2, gerando encontra conectado a fluxo 0 de fertilizante uma pressao negativa deposito injetado na entrada do mecanisme, ou suc<;:ao no ponto 2, onde se com a solu<;:ao fertilizante. na rede tem rela<;:aodireta com a pressao da agua da ordem de 150 kPa (LOPEZ et aI., pressao minima 1997). A vazao varia, nos modelos mais usuais, entre 50 L h-1 e 2.000 L h-'. A vazao minima que deve passar atraves do venturi depende de sua capacidade e varia de 1 m3 h-1,para os modelos de 1 polegada, ate mais de 20 m3 h-1, para alguns de 2 polegadas, de alta capacidade de suc<;:ao. Com esse tipo de injetor, ou se disp6e de um bocal para inje<;:aoconstante do fertiIizante na rede ou, em caso contrario, a partir da pressao de entrada e da perda de carga produzida na tubula<;:ao principal, as quais sac indicadas pelo fabricante. suc<;:aodo venturi indicado sera reduzida a medida A maior vantagem obtem-se Salienta-se que pelo fabricante que a densidade desses injetores diferentes se refere comparado e a alta durabilidade. valor da capacidade a agua de fertilizantes a outros equipamentos, for aumentada. e a simplicidade 0 de pura. Essa capacidade da solu<;:ao fertilizante tivo, a nao necessidade de uma fonte de energia para reduzido 0 vaz6es de inje<;:ao, do disposi- funcionamento, a desnecessidade 0 pre<;:o de manuten<;:ao Como limita<;:ao, pode-se citar a grande perda de carga pro- vocada pelo estrangulamento da tubula<;:ao, que pode variar, dependendo do modelo, de 10% a 50% da pressao de entrada (PASCUAL, 1996; VALVERDE, 1996). Entretanto, do-se 0 existem solu<;:6es alternativas para contornar esquema de instala<;:ao mais adequado instala<;:ao do injetor diretamente uma deriva<;:ao tipo by essa limita<;:ao, escolhen- entre as tres formas de instala<;:ao: na linha de irriga<;:ao; instala<;:ao por meio de pass; instala<;:ao do injetor com uma bomba auxiliar. A instala<;:ao do injetor diretamente na linha de irriga<;:ao (Figura 8), dependendo das condi<;:6es hidraulicas existentes, pode ser inviavel em razao das elevadas perdas de carga. Normalmente, dificil regulagem quando instalado na linha principal, porque a taxa de inje<;:ao e muito sensivel A instala<;:ao do injetor venturi ga<;:ao,utilizando-se em um esquema by e de pass a partir da Iinha de irri- uma tubula<;:ao de menor diametro, de possibilitar venturi a varia<;:ao de pressao. reduz a perda de carga localizada e facilita a opera<;:ao de inje<;:ao. Esse esquema permite ficio adicional 0 ainda 0 bene- a instala<;:ao de um venturi de baixa capacidade de injec;:ao (pequeno Contudo, ainda diametro) e necessaria em uma tubulac;:ao de irrigac;:ao de elevado diametro. uma pequena perda de carga por meio da instalac;:ao de um registro na linha de irrigac;:ao para desviar parte do fluxo de agua para 0 venturi (Figuras 9 e 10). injetor venturi Figura 9. Cabedal de contrale de um sistema de irrigac;ao com injetor venturi (A) e detalhe do injetor venturi (B). .-c ---.,,--_ .. :- .. ~.r- ....: ~r---_ ./' Regulador de pressao ' Fluxo secundario Figura 10. Instalayao para fertirrigayao. na linha de irrigayao . I II , de um injetor venturi em by pass Esse esquema da-se com a instala<;:ao de uma bomba auxiliar para proporcionar o diferencial de pressao necessario (Figura 11), a desvantagem muitos casos, quando queno equipamento deve fornecer 0 e 0 a inje<;:ao do fertilizante atraves do venturi custo mais elevado de instala<;:ao do sistema. Em se quer evitar grandes perdas de carga, instala-se um pede bombeamento equipamento antes do venturi. 0 calculo da pressao que de bombeamento em que f.."p e a perda de carga do venturi pressao a fornecer pelo equipamento e feito por meio da equa<;:ao 8. (decimal), H a pressao da rede e H' a de bombeamento. Fluxo principal ••• ~aauxiliar Injetor /venturi o tubo de pitot e um dispositivo meiro esta voltado sicionamento contra 0 composto fluxo da agua e cria um diferencial Ifquido pelo tanque de dois tubos de pitot, em que 0 pri- outro na direc;:ao do fluxo. Esse po- de pressao que forc;:a a passagem de parte do de abastecimento, que, uma vez hermeticamente apresenta a mesma pressao da linha de irrigac;:ao (Figura 12).0 cionamento 0 fechado, principio de fun- em que se baseia eo de transformac;:ao de energia, em que os com- ponentes de pressao e velocidade Esse injetor pode ser fabricado va caracteristica pelo produtor, do equipamento rio de fertilizantes. estao envolvidos (COSTA; BRITO, 1988). sendo necessario determinar a cur- para definic;:ao da vazao derivada ao reservat6- 0 volume de agua que deve passar pelo tanque deve ser igual a quatro vezes a sua capacidade para garantir no interior do tanque e uma aplicac;:ao uniforme boa solubilizac;:ao do fertilizante nas tubulac;:6es de irrigac;:ao. Por exemplo, para garantir a aplicac;:ao quase integral do fertilizante colocado em um reservat6rio de 20 L, e necessario que circulem por esse reservat6rio A vantagem da utilizac;:ao desse injetor nao e a precisao de aplicac;:ao de produtos quimicos, mas a facilidade mais adaptado de 100 kPa). a pequenos 80 L de agua. de construc;:ao e/ou prec;:o. Esse sistema de injec;:ao e produtores, pois trabalha com baixa pressao (menos Pressao positiva Como ocorre nos injetores venturi, rio aberto e introduzida a solU<;ao fertilizante contida num reservat6- no sistema de irrigac;:ao com uma pressao superior agua de irrigac;:ao, em concentrac;:ao constante, a da por meio de uma bomba eletrica ou hidraulica. Bombas injetoras com motor eletrico As bombas injetoras com motor eletrico estao muito desenvolvidas utilizadas nao somente para a injec;:ao de fertilizantes, tos de agua, nas industrias petroqufmicas, em bombas de deslocamento (0,25 kWa 1 kW), fabricadas (Figura 13). Nos modelos entre 4 e 12 atmosferas organica e inorganica, positivo, de pistao ou membrana, um motor eletrico de baixa potencia nao corrosivos mas tambem e os volumes porque sac nos tratamen- etc. Consistem acionadas por com materiais mais usados, a pressao de injec;:ao varia injetados variam entre 1 L h-1 e 1.500 L h-1 (LOPEZ et aI., 1997; PASCUAL, 1996; PIZARRO, 1996; VALVERDE, 1996). A vazao te6rica injetada por uma bomba injetora eletrica de pistao e dada pela equac;:ao 9: Figura 13. Bomba injetora de pressao positiva com motor eletrico e regulador de vazao. em que Q e a vazao da bomba (L h-1), No numero de cidos aspira<;:ao-impulsao em 1 hora, R 0 raio do pistao (dm) e C a velocidade do pistao ou deslocamento do pistao (dm h-1). A vazao real e praticamente igual a te6rica, ja que muito pr6ximo de 100%. Para modificar a vazao, pode-se variar a velocidade de cidos por hora. 0 usual e 0 primeiro: rendimento 0 C do pistao ou a velocidade centagem do pistao, 0 e sistema mais exato de inje<;:ao e a vantagem de sua facil automa<;:ao, podendo parada desde um programa Entre a safda do tanque e As bombas injetoras estabelece-se como uma por- entre 10% e 100%. Atualmente, 0 a ex- qual regula a vazao. A regulagem por sua vazao nominal e a regulagem dela, geralmente numero N que atua deslocando pode ser feita com a bomba parada ou em funcionamento. sao definidas 0 esta as bombas injetoras tem um comando exterior para regular a vazao (parafuso micrometricoL centrica, modificando volumetrico 0 mais desenvolvido. Apresenta serem reguladas sua partida e sua de irriga<;:ao. 0 injetor, e conveniente filtro de malha (3/4 ou 1 polegada) estranhos que possam afetar 0 a coloca<;:ao de um pequeno para impedir que no injetor entrem elementos seu funcionamento. Ve-se na Figura 14 um esque- ma de instala<;:ao de uma bomba injetora eletrica. Figura 14. Esquema da instala<;ao de uma bomba injetora eletrica: valvula de esfera (1); eletroagitador (2); tubo de comando hidraulico da eletrovalvula para produtos quimicos (3); eletrovalvula para produtos quimicos (4); filtro de malha (5); bomba injetora com motor eletrico (6); valvula de reten<;ao (7); deposito de fertilizante (8). Nas bombas de membrana, oscila por um dispositivo 0 elemento alternativo e um diafragma f1exivel que mecanico, como nas bombas de pistao, ou pelas pul- sa<;:6esde pressao iniciadas em uma camara de f1uidos. Esse tipo denomina-se acionamento hidraulico. Bombas injetoras de acionamento hidraulico Dosificador hidraulico alternativamente e uma bomba constituida se enche e se esvazia ao ser acionada irriga<;:ao. Quando a camara se enche, deposito, por uma pequena e quando se esvazia, injeta-o rede de irriga<;:ao, preferentemente pressao (regulador 0 dosificador na rede. pela pressao da rede de succiona E camara que instalado 0 fertilizante de um em paralelo com a entre dois pontos onde haja uma diferen<;:a de de pressao, filtro, etc.). A pressao minima de funcionamento varia de 50 kPa a 200 kPa (LOPEZ et aI., 1997; PASCUAL, 1996; PIZARRO, 1996), a pressao maxima oscila entre 600 kPa e 1.000 kPa e sua capacidade je<;:ao costuma estar entre os 20 L solu<;:ao injetado Ve em que 0 injetado do em bolo (L), n movimento 0 e 300 L h-\ segundo no tempo mediante t (L h-'), v numero de movimento tempo e to tempo de funcionamento Para controlar modelo. 0 volume de a dosifica<;:ao, varia-se 0 volume injetado em um do embolo por unidade de (h). n, ajustando a pressao de entrada na bomba uma valvula. Para cada modelo, 0 fabricante ou tabela que relacione a pressao de entrada com embolo 0 maxima de in- pela equa<;:ao 10. e determinado volume h-1 0 deve fornecer um grafico numero de movimentos do por unidade de tempo. As bombas de acionamento diafragma eo consumo a tres vezes 0 volume hidraulico (Figura 15) sao normal mente de pistao ou de agua para 0 seu funcionamento de Ifquido injetado. A principal costuma ser de duas vantagem desses disposi- tivos e que nao necessitam de aporte de energia exterior para a instala<;:ao e nao produzem perda de carga adicional. Na Figura 16, pode-se ver 0 esquema da ins- tala<;:ao de uma bomba injetora hidraulica. Como a bomba injetora de acionamento o dosificador hidraulico acionado hidraulico por diafragma por pistao tambem ou membrana, nao requer energia eletrica Tubula9ao de acionamento da bomba Valvula de acionamento da bomba ~ Valvula de recalque do fertilizante Valvula de suc9ao do fertilizante Tubula9ao de suc9ao do fertilizante Tubula9ao de solu9ao fertilizante Tubula9ao de descarga d'agua ~ II • Filtro de fertilizante ~ :t Registro de globo Figura 16. Esquema de instala<;80 e funcionamento hidraulica por diafragma. para 0 seu funcionamento. venturi, e e indicado de uma bomba injetora de a<;80 Sua instalac;:ao faz-se da mesma forma que 0 injetor em instalac;:6es comunitarias, de onde a agua e fornecida com pressao superior a necessaria, t6rio que se encontra em uma cot a muito elevada. Em razao da complexidade do equipamento, damental por ter muitas importancia, mento do injetor. ou mesmo quando se disp6e de um reserva- pec;:as m6veis, a qualidade ja que qualquer impureza da agua e de fun- pode afetar 0 bom funciona- Na Figura 17, apresenta-se um modele de bomba injetora de ac;ao hidraulica modes de instalac;ao do equipamento, fertilizantes uniformemente que tem a capacidade e os de injetar soluc;6es 1 na faixa de 0,02 L h- a 250 L h-', em uma razao de diluic;ao de 1:500 a 1:50, ou seja, de 0,2% a 2%. Com esse equipamento, 0 irrigac;ao ocorre em virtude soluc;ao no dosificador. no dosificador processo de injec;ao da soluc;ao fertilizante da obtenc;ao e regulagem na linha de da relac;ao de injec;ao da A relac;ao de injec;ao ou relac;ao de diluic;ao a ser utilizada e a consequente concentrac;ao da soluc;ao final a ser obtida sac calculadas por meio das equac;6es 11 e 12. q r=- Q em que rea razao de injec;ao, q a vazao da soluc;ao injetada (L h-1), Q a vazao da Iinha de irrigac;ao ou do sistema de irrigac;ao (L h-1), C a concentrac;ao da soluc;ao f final no emissor (g L-l) e C a concentrac;ao da soluc;ao inicial no reservat6rio I (g L-'). Figura 17. Bomba injetora de a<;ao hidraulica por pistao (A), instalada em by pass (B), em paralelo (C), em serie (D). Ap6s a instala<;:ao da bomba injetora de a<;:aohidraulica, e necessario ter os devidos cuidados para um adequado controle e manejo da fertirriga<;:ao. As opera<;:6es ne- cessarias consistem em: a) preparar e ajustar a solu<;:ao inicial; b) regular a rela<;:ao de inje<;:ao; c) determinar a vazao de inje<;:ao; d) calcular A bomba injetora dea<;:ao hidraulica podeserinstalada 0 tempo de fertirriga<;:ao. devarias maneiras:direto pr6pria lin ha de irriga<;:ao,em serie, em pa ralelo e em deriva<;:ao com bypass. Neste na u 1- timo esquema de instala<;:ao, parte da agua de irriga<;:ao passa pelo dosadorquando em funcionamento. Para estabelecer a concentra<;:ao da solu<;:aoinicial no reservat6rio (Clt e necessario I eleger a rela<;:aoou razao de inje<;:ao(r) e a concentra<;:ao final que deve sair do emissor (C) e aplicar a equa<;:ao 12. A regulagem da rela<;:aode inje<;:aoe feita por meio de ajuste previa na escala existente no pr6prio equipamento. A vazao de inje<;:aoda solu<;:aoinicial e fun<;:ao da regulagem de r e da vazao do sistema de irriga<;:ao (Q) e pode ser calculada pela equa<;:ao 12. tempo de inje<;:aoda solu<;:aoe extrema men- no manejo de fertirriga<;:ao e pode ser calculado pela equa<;:ao 13. te importante Tf-- Mf X ° 10-3 QxCr em que Tie tempo de fertirriga<;:ao (h), 0 M.ra quantidade ca<;:ao(kg), Q a vazao do sistema de irriga<;:ao (L h- 1 ) de fertilizante por apli- e C a concentra<;:ao da soluI 1 <;:aofinal (g L- ). Exemplo: Considerando-se um sistema de fertirriga<;:ao com uma bomba injetora em que a vazao do sistema (Q) e de 6.000 L h-\ a quantidade de a<;:aohidraulica, KN03 (M) e de 3 kg, a razao de inje<;:ao (r) e de 3% e a concentra<;:ao de fertilizante da solu<;:aofinal (C) e de 1,5 9 L-\ calcular os para metros para estabelecer jo e controle da fertirriga<;:ao . • Concentra<;:ao da solu<;:ao inicial no reservat6rio (C) I l C I 15 L g = 50 L-l 003 g , = ' • Tempo de fertirriga<;:ao (T) Tf 3 kg x 103 = -------- 6.000 L h-l x 1,5 g L"' = 0,333 h ou 20 min. 0 mane- Metodo combinado ou composto A base do seu funcionamento trabalho desenvolvido e a pressao pelo conjunto bomba auxiliar e pelo componente existente na linha de irriga~ao oriunda do motobomba do sistema de irriga~ao, por uma gravitacional em razao da posi~ao do injetor, localizado acima do ponto de inje~ao, conforme apresentado caso, a pressao no ponto de entrada do sistema (PA) ponto de inje~ao (PB). Se a pressao do componente na Figura 18. Nesse e menor gravitacional o balan~o de pressao no sistema de inje~ao pode ser representado em que pA e a pressao que a pressao no (pG) for positiva, pela equa~ao 14. de inje~ao da agua no sistema, pB a pressao no ponto de inje~ao da solu~ao na linha, pG a pressao gravitacional e h!r.AB) a perda de carga entre os pontos A e B. Na Figura 18, pode-se observar que a linha principal encontra-se numa cota inferior a cota + n) do da bomba auxiliar, numa distancia vertical (m), a uma distancia (m tanque (m + n + L) e igual a pG do sifao. A perda de carga entre A e B por h!r.AB). A bomba auxiliar funciona com a energia produzida e representada pelo conjunto moto- bomba principal. Sifao 0 L l t N pG Figura 18. Esquema da instala<;ao e condi<;oes necessarias para a operacionaliza<;ao do metodo combinado ou composto de inje<;ao de fertilizante. Criterios de escolha dos equipamentos de inje~aode fertilizantes Como se viu, existe grande variedade de procedimento de aplica<;:ao de fertilizan- tes na tubula<;:ao de irriga<;:ao. As condi<;:6es de cada caso devem ser consideradas minuciosamente para que a decisao tomada seja a correta. Podem ser utilizados equipamentos altamente sofisticados e automatizados ou um simples tanque de deriva<;:ao de fluxo. Todavia, alguns criterios devem ser levados em conta para a escolha do equipamento de do sistema, mobilidade injetor: fonte de energia disponivel, volume e capacida- do sistema e a possivel necessidade de automatiza<;:ao. Fonte de energia disponivel Os dosificadores eletricos s6 podem ser instalados quando se disp6e dessa fonte de energia. Quando nao se disp6e de eletricidade, deriva<;:ao ou de fertilizantes, que aproveitam dosificadores os injetores simplesmente hidraulicos venturi a pressao hidraulica as op<;:6es saD os tanques de e os dosificadores hidraulicos da rede de irriga<;:ao. Alguns necessitam de pressao de servi<;:oda ordem de 200 kPa. Volume e capacidade do sistema A quantidade de solu<;:ao que 0 reservat6rio z6es totais que se podem introduzir cia de irriga<;:ao, da necessidade de fertilizante pode conter e as va- na rede de irriga<;:ao saD fun<;:ao da frequen- total de fertilizante e da forma de aplica<;:ao dos fertilizantes. Quando as parcelas de irriga<;:ao saD numerosas ou afastadas do cabe<;:al de controle, deve-se pensar na utiliza<;:ao de sistemas de inje<;:ao de fertilizante portateis. Automatiza~ao do sistema A automatiza<;:ao dos dosificadores eletricos e muito facil desde que a programa- <;:aoseja feita por um determinado tempo, que nao se necessite da visita ao cam- po. Os demais sistemas tambem podem ser dosificados eletrovalvulas, a disponibilidade porem, requerem por tempo, utilizando-se de energia eletrica, cuja falta e a causa da escolha desses sistemas de fertirriga<;:ao. Se a automatiza<;:ao se faz sem a utiliza<;:ao de energia eletrica, recorre-se ao emprego ou fertirriga-se de valvulas volumetricas sempre que fizer uma nova irriga<;:ao. Tratamento das obstru~oes Ainda que se tenha um sistema de filtros adequado as caracterfsticas do emissor, ha risco de obstru<;:ao de origens qufmica, ffsica e biol6gica da forma<;:ao de precipitados, da presen<;:a de sedimentos da agua e por causa s6lidos e do desenvolvi- mento de col6nias bacterianas. Essas obstru<;:6es sac combatidas curativo. ° primeiro evita 0 com dois tipos de tratamento: fen6meno, 0 segundo elimina-o A elimina<;:ao das obstru<;:6es e diffcil, preferindo-se preventivo e quando e produzido. prevenir a curar. Tratamento preventivo contra precipita~oes Os precipitados sac fundamental ganes e enxofre, que se oxidam A precipita<;:ao de carbonatos provoca-se de cor branca, ou ferro, man- em seu estado reduzido e impedida <;:aoate 5,5 ou 6, e acidificando-se Para prevenir os precipitados mente carbonatos, diminuindo-se e dissolto 0 (Figura 19). pH da agua de irriga- com N03H. de ferro, manganes e enxofre no interior do sistema, essa precipita<;:ao antes do cabe<;:al de controle e retem-se os s61idos gerados no sistema de filtra<;:ao ou na aplica<;:ao contfnua de antioxidantes. Tratamento preventivo contra bacterias e algas As aguas superficiais e, em geral, as expostas para 0 desenvolvimento nuir,o maximo a luz solar sac um meio adequado das algas, que chegam a ser alimento de bacterias. Dimi- posslvel, a a<;:aoda luz solar reduz esse foco de obstru<;:ao (Figura 20), essa a<;:aopode ser complementada com a adi<;:aode produtos A a<;:aodireta contra as bacterias consegue-se ro e 0 mais utilizado, algicidas. com a aplica<;:ao de biocidas. 0 c10- em forma gasosa ou como hipoclorito s6dico, injetando-se antes dos filtros de areia. o Ion c1oro tem diversas propriedades centra<;:ao. As baixas concentra<;:6es cida ou como um agente a 1.000 ppm) atuam controle efetivo oxidante como agente (1 ppm dependendo a 5 ppm) agem do Ion Fe+++;ja, as muito oxidante de algas e bacterias, ca se deve misturar qUlmlcas da materia 0 pH da agua um acido com 0 hipoclorito de sua concomo bacteri- altas (100 ppm orgtmica. Para um deve ser 6,5 e nun- em virtude da gera<;:ao de gases t6xicos. Tratamento de limpeza Em qualquer proceder caso, sejam necessarios ou nao os tratamentos preventivos, a uma Iimpeza anual da instala<;:ao, num perfodo julgado niente pelo produtor, sedimentos com 0 objetivo de eliminar s61idos que atravessam os filtros. precipitados, deve-se mais conve- microrganismos e o tratamento consiste em encher, com a minima pressao possivel, toda a tubula- <;:aoe manter cheia durante normalmente 1 hora com agua a pH 2, mediante nitrico. Transcorrido esse tempo, submete-se sac possivel e sac abertos os extremos saia limpa. 0 mesmo procedimento rias e, finalizando, a inje<;:ao de acido, das tubula<;:6es primarias ate que a agua deve ser realizado nas tubula<;:6es secunda- da sua concentra<;:ao e das caracteristicas a sua avalia<;:ao. Essa avalia<;:ao consiste agua, sendo precise proceder nar a concentra<;:ao de acido necessaria para obter um determinado e se e utilizado p (g cm-3), maior pres- nas tubula<;:6es laterais. A vazao de acido a injetar depende Se a quantidade a a rede da em determipH. de acido na agua de irriga<;:ao para elevar seu pH a 2 e c (g L-l) um acido comercial de concentra<;:ao C (% em peso) e densidade a vazao q (L h-') com a qual se deve injetar 0 acido comercial na vazao Q (L h-') da rede e calculada pela equa<;:ao 15. Qxc q= IOC x P Automa~ao e medidas de seguran~ana fertirriga~ao Ano ap6s ana surgem equipamentos mais sofisticados com a finalidade de fazer da fertirriga<;:ao uma pratica mais eficiente e segura. Sistemas computadorizados operando com serie de produtos cado separadamente, isolados ja permitem de acordo com a necessidade temporaria culturas. A automa<;:ao, alem de minimizar de obra, evita 0 0 homem e ambiente, tao manuseando equipamentos, produtos 0 quimicos utilizados requerida e reduzir a mao e melhora a sua eficacia. sistema de inje<;:ao.Nos cultivos irrigados tecnificados, para evitar refluxo desses mecanico pode parar de funcionar de seguran<;:a sac imprescindiveis de contamina<;:ao do ambiente 0 existem de agua, as quais ja sac bastante utilizadas e re- Como todo equipamento dispositivos pelas na fertirriga<;:ao sac perigosos como registros e valvulas de controle quer momento, seja apli- sac necessarios cuidados especiais daqueles que es- para a fonte supridora comendadas. as perdas dos produtos contato do homem com os produtos Como a maioria dos produtos para que cada produto com os produtos utilizados. a qual- para evitar riscos Referencias ABREU, J. M. H.; LOPEZ, J. R.; REGALADA, A P.;HERNANDEZ, J. F. G. EI riego localizado. Madrid, ES: Instituto Nacional de Investigaciones ALMEIDA, O. A de. 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