MÉDICOS ESTÉTICOS E O USO DO VISAGISMO NOS PROCEDIMENTOS INVASIVOS Denia Liz Kuhn1 Samira Bertuol2 Fabiana Thives3 Resumo: O mercado da beleza está em franca expansão, o que torna o setor cada vez mais promissor para investimentos profissionais. A medicina estética utiliza-se de diversos recursos para definir um procedimento a ser realizado em cada cliente e um desses artifícios é a linguagem visual do individuo sendo conhecido como Visagismo. A principal ferramenta do visagismo é realizar mudanças na imagem com base na personalidade e características pessoais do indivíduo. Para orientação teórica e prática destes profissionais, o presente estudo objetiva caracterizar o conhecimento que os médicos estéticos da região do Vale do Itajaí tem sobre o assunto, e se aplicam tais fundamentos em suas práticas. Baseado a luz da literatura, na área já são encontrados referências citando o visagismo como sendo o velho novo conceito que vai mudar a abordagem médica clássica de analisar o seu cliente, seja por uma ficha de anmenese diferenciada, ou por uma abordagem que normatiza as insatisfações das pessoas em relação a sua imagem externa. Para avaliar o conhecimento dos médicos entrevistados sobre o assunto elaborou-se treze questões pertinentes ao tema, sendo aplicados a quatro médicos de diferentes áreas estéticas, entre eles, três dermatologistas e um nutrólogo. Este artigo caracterizou-se por uma pesquisa tipo qualitativa descritiva, baseado em um referencial bibliográfico nas áreas da estética facial, visagismo, psicologia e na medicina estética. A análise dos dados obtidos com a pesquisa mostra que, mesmo os médicos estéticos tendo o conhecimento sobre visagismo não o utilizam na sua prática, demonstrando assim não valorizar este recurso para a estética. Palavras-chaves: Visagismo. Procedimentos Invasivos. Médicos Estéticos da Face. Auto Estima. 1 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Email: [email protected] 2 Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Email: [email protected] 3 Orientadora e Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Email: [email protected] 0 1 INTRODUÇÃO Os aspectos culturais de uma sociedade se refletem na imagem corporal de seus indivíduos, de forma que a interpretação desta imagem permite definir a classe social, a inclusão ou exclusão de determinado grupo, ou apenas em pról do embelezamento deste. Sendo o Brasil um país onde o culto a beleza estética é evidente, a procura pelos procedimentos estéticos invasivos na face tem aumentado consideravelmente. O mercado da beleza e estética vem sendo foco de alta lucratividade, tanto para profissionais especializados na área da estética médica como para médicos de outras áreas afins. Em função do ascendente redirecionamento de algumas especialidades médicas para a área da estética, surgiram algumas inquietações a respeito do conhecimento destes profissionais a respeito dos fundamentos da harmonia, estética e visagismo nos procedimentos invasivos da face. Conforme o médico e presidente da ABMEDE: Associação Brasileira dos Médicos Estéticos, Dr. Sergio Luiz Marcussi Vitor da Silva (2007), acredita que o visagismo é o “scanner do temperamento” e esse método, através das técnicas criadas pelo visagista Phillip Hallawell, revoluciona a semiologia médica aplicada na Bioplastia e nas Cirurgias Plásticas, pois este traduz a verdadeira expressão do temperamento que o paciente esta buscando e não simplesmente uma imagem facial. Dessa forma, a insatisfação dos clientes com os resultados obtidos tem aumentando consideravelmente podendo ser causada pela falta de conhecimentos específicos pelos profissionais na área da estética. Outro fator a ser considerado é a facilidade de adquirir os serviços estéticos por preços mais acessíveis a população geral. Tão verdadeiro este fato, que em 2008 foi aprovada uma nova lei de consórcio (nº 11.795) que permitiu o financiamento de cirurgias plásticas, porém esta lei não esta mais em vigor. (ÉPOCA NEGÓCIOS, 2009). Haja vista que mesmo com as insatisfações em alguns resultados dos procedimentos estéticos, a busca pela beleza e os cuidados com a auto estima são ascendentes. Médicos estéticos da face têm obtido maior procura para tornar, tanto mulheres quanto homens de diversas faixas etárias, satisfeitos com sua aparência. 1 Estes procedimentos variam de acordo com a necessidade do paciente, podendo ir desde uma aplicação de toxina botulínica para diminuir os sinais de envelhecimento até mesmo uma reestruturação angular total da face. Este público torna-se cada vez mais informado e exigente quanto a qualidade, segurança e ética dos profissionais devido a facilidade de informações via internet, TV, revistas e outros meios de comunicação. Dessa forma, é fundamental que os profissionais da área tenham mais consciência da responsabilidade na escolha dos procedimentos com seus clientes. Deveria fazer parte da formação deste profissional disciplinas que abordassem o estudo de uma imagem pessoal adequada á personalidade, biotipo, profissão, auto estima e saúde do indivíduo destacando seus pontos mais atrativos da face e minimizando as assimetrias indesejáveis. Diante do exposto, este estudo apresenta uma discussão com médicos estéticos da região do Vale do Itajaí sobre o conhecimento do visagismo na medicina estética e suas implicações na escolha do procedimento a ser indicado e no prognóstico do cliente. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Visagismo Relacionado à Estética Facial Conforme Hallawell (2009, p.16), “visagismo é um termo derivado da palavra visage, que significa “rosto” em francês”. Em 1936 este termo foi criado pelo cabelereiro e maquiador Fernand Aubry, onde dizia que o visagismo é uma arte e o visagista é um escultor do rosto humano e se refere à arte de embelezar ou transformar o rosto, utilizando cosméticos, tinturas, corte de cabelo, enxertos e cirurgias modificadoras. Apesar de o termo visagismo surgir apenas no século XX, há registros históricos de que foi através da linguagem visual que começou a ser desenvolvido na antiguidade, pelos gregos, o interesse em transformar o embelezamento da face. Trata-se de um conjunto de símbolos usados para se comunicar visualmente com harmonia, buscando o conhecimento na matemática e na ciência para criar imagens proporcionais com volume e movimento, descobrindo então a perspectiva, a 2 harmonia e a estética. Este processo foi muito importante para os gregos da época, pois perceberam que havia ligações entre a matemática e a arte, onde o que era perfeito geométricamente e matematicamente passou a ser notado como belo artisticamente. (HALLAWELL, 2009). Mais de mil anos depois, em 1509, estudado pelo matemático Luca Pacioli e Leonardo da Vinci na Italia, o homem Vitruvio serve como ponto de partida para os estudos relacionados às proporções do homem e a natureza, onde recebe o título de “Divina Proporção”, por acreditarem que Deus em sua imensa sabedoria havia usado um Número de Ouro para criar a vida. Essa razão numérica foi nomeada com a letra grega (Phi) que corresponde a razão númerica 1.618, pois este surgia em todas as formas naturais quando medidas. A partir disto, Leonardo da Vinci aplicou esta proporção em suas composições artísticas clássicas e contemporâneas. Nos dias de hoje a estética presume utilizar destes preceitos em seus procedimentos, apesar de ir contra o conceito do visagismo. (TABAJARA, 2008) O conhecimento do visagismo esta em personalizar a imagem pessoal do indivíduo, tendo como principal objetivo revelar, através da imagem pessoal, as qualidades de uma pessoa com harmonia e estética. Com este recurso, conseguimos analisar a imagem, características físicas, comportamentos e personalidades, identificando assim o que a imagem está expressando e como pode afetar a pessoa e seus relacionamentos. (HALLAWELL, 2010). O profissional da área estética, tendo o conhecimento do visagismo, saberá criar uma imagem pessoal do cliente, manifestando um conceito e uma intenção. Assim, antes de pensar na forma da imagem a ser construida, o profissional analisará a personalidade do cliente, e suas necessidades conforme seu estilo de vida, oferecendo assim um serviço personalizado, seguindo o princípio de que cada pessoa é única e tem sua própria beleza. (HALLAWELL, 2009). Para Hallawell (2009) o rosto é a identidade de uma pessoa, e qualquer alteração que possa ser feita à imagem pessoal, através do cabelo, da maquiagem ou, mais radicalmente, de cirurgias da face, muda o senso de identidade interior com a visão que se tem exteriormente da pessoa. Esse encontro entre a imagem física e a imagem interna, influencia drasticamente a saúde, tanto emocional como psíquica e física. A primeira impressão que temos de uma pessoa é tão forte e duradoura que pode afetar a auto estima, sendo possível tirar uma pessoa de um estado depressivo 3 quando o visagismo é bem aplicado e quando se adapta a imagem às necessidades, desejos e principalmente, à imagem interior. O rosto, o cabelo e a maquilagem estão constantemente comunicando algo e provocando reações emocionais em todos com quem a pessoa interage e nela mesma. Por isso é tão importante que o profissional de beleza conheça essa linguagem e saiba explicar ao seu cliente o que a imagem atual e as mudanças que pretende fazer expressam, e como podem afetar seu estado emocional e suas relações. (HALLAWELL, 2009, p. 16). Conforme o Silva (2007), os médicos interpretam os clientes conforme os conhecimentos científicos que lhes foram ensinados em suas formações médicas, mas estes simplesmente olham as pessoas e não as enxergam propriamente como únicas. Com uma abordagem médica diferenciada, utilizando de recursos como fichas de anamnese, exames físicos, exames complementares e complementando com a análise visagista, a prática médica evitará erros frequentes, pois o “visagismo aplicado à medicina enxerga o que o mais sofisticado aparelho de imagem jamais enxergará” (SILVA, 2007, p.01). O visagismo aplica várias técnicas e, como aliado, esta a fisiognomonia, que é a interpretação da personalidade através da face. “As pessoas sempre foram fascinadas por rostos e pelas suas manifestações expressivas. Não é de admirar, portanto, que tenha surgido a fisiognomonia, a arte milenar de conhecer o caráter das pessoas pelos traços fisionômicos.” (LIN, 2006, p.9). Esta técnica diferencia o indivíduo por sua personalidade e biótipo, dividindo este grupo em quatro tipos básicos: o Colérico, o Fleumático, o Sanguíneo e o Melancólico. A fisiognomonia divide o rosto em três partes horizontais, podendo assim analisar as características da personalidade do indivíduo. A área da testa representa a Região Mental, dos olhos ao nariz condiz com a Região Afetiva e a região da boca e queixo indica a Regiao Intuitiva. Feito essa divisão, diferencia-se os contornos e linhas dos olhos, nariz, boca e o formato de rosto. Cada um destes implica-se em temperamentos diferentes e é onde acaba ocorrendo alguns dos erros estéticos, pois os clientes buscam a sua verdadeira expressão do seu temperamento interno, expressando externamente com a Biomodelação Facial. (HALLAWELL, 2010). 4 Sergio Luiz Marcusi Vitor da Silva relata que, clientes procuram os cirurgiões plásticos e relatam suas insatisfações, como por exemplo, um queixo retraído, um nariz largo e aparência de olhar triste. O médico, com todo seu conhecimento técnico, recomendará uma prótese de queixo e um lift de supercílio. Após a cirurgia feita com êxito, o cliente, sem saber o porquê, passa por um período de conflito e depressão, pois não aceita sua nova imagem e volta ao consultório declarando sua insatisfação com o resultado da cirurgia. Na verdade a insatisfação neste caso ocorreu devido à transformação da face, que era inicialmente de características fleumáticas e transformou-se em uma face com caracteristicas coléricas, sendo que estas são características totalmente opostas causando um conflito de imagem externa com a sua auto-imagem. ( SILVA, 2007). Todo esse transtorno poderia ter sido evitado com uma análise visagista já na primeira consulta, quando o profissional treinado teria diagnosticado o temperamento do cliente e jamais teria optado por estruturas do tipo colérico, sendo que o cliente não suportaria as características deste temperamento oposto ao seu eu interno. (SILVA, 2007). Assim, a aplicação correta das técnicas dará ao profissional e ao indivíduo um resultado satisfatório, pois ele trabalhará de acordo com o que a pessoa é, e não com o que os padrões ditam que ela seja. 2.2 Médicos estéticos e aplicação invasiva nos procedimentos Por algumas pessoas não se sentirem bem com algumas assimetrias visíveis na sua face, procuram a medicina estética como uma opção para melhorar sua imagem. (DOMINGUES, 2011). Sendo assim, a face é o foco principal da expressão. Varias intervenções podem ser feitas na face, desde modificações dos traços á cirurgia de rejuvenescimento. Nesse novo milênio, o importante é realizar intervenções sem modificações que façam com que os pacientes não se reconheçam mais. Essa busca da identidade ou de reencontrar sua identidade anterior é essencial. Assim, as técnicas cirúrgicas são bem adaptadas a esta demanda, visando dar aos pacientes a melhor aparência possível, sem nenhuma modificação, deformação ou caricatura. (MITZ, 2006). 5 Até algum tempo, a procura do corpo perfeito limitava-se a dietas da moda, cremes com promessas e resultados duvidosos e aparelhos sem eficácia determinada. Gastava-se muito dinheiro e o retorno não eram como esperados. Decorrente ao grande investimento por parte das grandes indústrias da beleza, as técnicas vêem sendo pesquisadas exaustivamente e modernizadas, proporcionando às pessoas os tão desejados resultados. A medicina estética consiste em trabalhar com procedimentos minimamente invasivos ou não invasivos que buscam a melhoria da aparência física. O trabalho médico com ênfase nos resultados constitui a principal preocupação no exercício da medicina estética, especialidade com muitas verdades e fantasias. (MITZ, 2006). Para Macussi (2011), procedimentos invasivos são aqueles que promovem o rompimento das barreiras naturais ou penetram em cavidades do organismo, abrindo uma porta ou acesso para o meio interno, favorecendo a penetração de microrganismos na intimidade dos tecidos. Quadro 1 – Classificação de Procedimentos Faciais Procedimentos Invasivos Procedimentos não Invasivos Preenchimentos Cutâneos Limpeza de Pele Peeling Rejuvecimento Cutâneo Toxina Botulínica Peeling (diamante e cristal) Blefaroplastia Eletroporação Lifiting Despigmentação de Manchas Lipoenxertia Rinoplastia Fonte: Elaborado pelas autoras, adaptado de Kede e Sabatovich, (2009). A) Preenchimentos Os preenchimentos cutâneos são utilizados para rejuvenescimento facial, sulcos nasogenianos, volume labial, assimetria labial, rugas perorais (ao redor da boca), rugas glabelares (entre as sobrancelhas), rugas mentonianas (no queixo), aumento de mento (de queixo), aumento da região malar (região da bochecha), comprometimento, irregularidades ou assimetrias de contorno facial, cicatrizes de 6 acne, deformidades nasais (de nariz) e outras depressões. (SPICIONI CLÍNICA 2011). Dependendo do tipo de preenchimento utilizado (se temporário ou permanente), pode dura de seis meses a vários anos. O procedimento pode ser realizado em consultório, com anestesia local, durando cerca de 30 minutos. A quantidade de produto aplicada varia de acordo com a profundidade do sulco ou ruga. As substâncias são injetadas na pele ou abaixo dela por meio de agulhas ou cânulas flexíveis (agulhas muito finas sem ponta cortante) na quantidade ideal para amenizar ou fazer sumir a ruga, sulco, cicatriz ou depressão cutânea. Conforme o tipo de substância e/ou procedimento poderá ser necessário mais de uma aplicação (SPICIONI CLÍNICA, 2011). A) Peelings Conhecido como quimioesfoliação ou quimiocirurgia. Consiste na aplicação de um ou mais agentes esfoliantes na pele, resultando na destruição de partes da epiderme e/ou derme, seguido da regeneração dos tecidos epidérmicos e dérmicos. Este é considerado um dos procedimentos mais utilizados nos tratamentos de antienvelhecimentos. Os peelings podem ser superficiais, médios ou profundos, dependendo do grau de envelhecimento e da profundidade em que se precisa chegar. O método consiste na aplicação local de ácidos em concentrações específicas para que se obtenha uma descamação da pele de forma a renová-la, eliminando manchas, asperezas e rugas superficiais e estimulando a formação de colágeno. O peeling químico é a aplicação de ácidos em concentrações específicas na pele, realizado em sessões que podem ser quinzenais ou mensais, dependendo da indicação. (KEDE e SABATOVICH, 2009, p. 561). B) Toxina Botulínica A toxina botulínica impede a transmissão do impulso elétrico entre o nervo e o músculo (bloqueando a liberação de acetilcolina). Com isso o músculo é paralisado. A utilização da toxina botulínica no campo da estética deve-se ao fato de que as rugas dinâmicas da face (pé de galinha, rugas da testa ou entre as sobrancelhas) 7 são devidas a contração muscular. Logo, se paralisados os músculos que se produzem não haverá mais formação de rugas. É nestes músculos específicos que os médicos aplicam a toxina através de uma injeção de agulha fina. A aplicação é rápida (cinco minutos) e pouco dolorosa. A paralisação muscular ocorre após 48 horas, se mantêm em média por seis meses e não deixa o paciente sem expressão facial. A volta da ação muscular, e, por tanto das rugas, ocorre através da reinervação do músculo. Quando isso ocorre pode ser refeito a aplicação. (KEDE e SABATOVICH, 2009). C) Blefaroplastia A cirurgia de pálpebras ou blefaroplastia é uma ótima maneira de alcançar um grande rejuvecimento facial através de um procedimento minimamente invasivo apenas com anestesia local. Os olhos são uma das primeiras imagens a se notar em um indivíduo, ao eliminar aparência cansada e triste causada por pálpebras caídas ou bolsas de gordura abaixo dos olhos, a blefaroplastia causa grande impacto na busca pela juventude perdida. (COLANERI, 2011). A cicatriz é imperceptível. O excesso de pele e gordura é retirado, fazendo reforço da musculatura quando necessário. Sendo a pele das pálpebras de espessura muito fina, as cicatrizes tendem a ficar praticamente disfarçadas nos sulcos da pele. Para tanto, deve ser aguardado o período de maturação da cicatriz (três meses). Pela sua localização, são passiveis de serem disfarçadas com uma maquiagem leve, desde os primeiros dias. (WAGENFUHR, 2011). D) Lifting “O lifting visa levantar as estruturas faciais deslocadas e fixa-las em sua posição original, tratando os danos relacionados à ação da gravidade. O princípio é levantar a pele e suas estruturas subcutâneas por incisões adaptadas. Os resultados são espetaculares”. (MITZ, 2006, p. 26). E) Lipoenxertia 8 Trata-se da modelagem e rejuvecimento da face através do enxerto de gordura retirado do próprio cliente. A lipoenxertia pode ser feita nos sulcos da face, nos lábios, nas bochechas e nas mandíbulas. O procedimento é realizado com anestesia. A gordura é purificada por meio de um aparelho de centrifugação, de forma que o grau de reabsorção da gordura é muito menor e os resultados obtidos são mais estáveis e duradouros. (KEDE e SABATOVICH, 2009). F) Rinoplastia A Rinoplastia, ou cirurgia de nariz tem como objetivo alcançar a harmonia facial, através da adequação da anatomia do nariz dentro dos padrões estéticos. Mesmo as menores alterações, podem levar a uma melhora dramática na aparência do nariz. Vários problemas podem ser corrigidos pela rinoplastia, como redução de proeminências no dorso e na ponta do nariz, estreitamento das asas nasais e depressões no corpo nasal. Sendo assim a cirurgia de nariz deve ser individualizada, pois a anatomia de cada cliente é diferente. Não é possível, por exemplo, proporcionar ao cliente o “nariz igual ao de determinado artista de televisão“, já que cada nariz possui suas particularidades. O cirurgião tem o objetivo de harmonizar o nariz com o restante das feições faciais do cliente, de modo a obter um resultado estético, belo e natural. (COLANERI, 2011). 2.3 A psicologia e a auto estima aplicada na estética A busca pela felicidade passa por aceitar-se e sentir-se bem consigo mesmo e com os outros. Antes de a cirurgia plástica existir, as pessoas precisavam se adaptar ao modo como nasciam. Com a evolução da ciência médica, o aprimoramento da cirurgia plástica trouxe a possibilidade de escolha, libertando o homem da imposição quanto ao seu corpo, passando assim a se sentir capaz de modificar o que lhe desagrada e possibilita ser autor de sua própria imagem. (NÁCUL, 2007). A bioplastia surge como uma importante evolução na cirurgia plástica, uma maneira rápida de como os resultados são obtidos. Mas a incerteza dos resultados ainda é uma constante na cirurgia plástica. A maioria das pessoas se motiva a realizar um procedimento estético para mudar não apenas sua aparência externa, 9 mas também seus pensamentos e sentimentos relacionados a seus corpos. Esses pensamentos e sentimentos podem ser ligados entre si (o corpo inteiro está feio) ou podem ser diferentes em determinado aspecto (o nariz é grande, mas os olhos são atraentes). (NÁCUL, 2007). O aspecto perceptivo da imagem corporal envolve tanto no mecanismo mental visual como quando o espacial. Pode haver uma incongruência entre como uma pessoa julga sua própria aparência e como é julgada pelos outros. A importância da aparência exerce um papel importante na relação da auto estima pois a insatisfação com a imagem pode ser o principal fator motivador para que uma pessoa busque auxílio médico para modificar sua aparência. Esta insatisfação pode variar desde um sentimento de preocupação até uma aflição que impeça o funcionamento normal do indivíduo. Pode-se afirmar que a auto estima é fundamental para alcançar o sucesso e a satisfação pessoal, pois ela está intimamente ligada á capacidade de aceitar-se. Em nosso subconsciente, formamos uma imagem de nosso próprio corpo, que chamamos de imago corporal, representa a maneira de como nos enxergamos e acreditamos que os outros nos enxergam. (NÁCUL, 2007). Conforme Nácul (2007), pesquisas indicam que as cirurgias plásticas além dos efeitos externos visíveis, influenciam no bem-estar do indivíduo. A sensação de bem-estar se desenvolve com mais facilidade por meio da ampliação da autoaceitação, sendo assim, a percepção de si mesmo melhora e a auto estima eleva, dando-lhe sensação de segurança, força, capacidade de realização e exposição. De maneira simples, é possível classificar os clientes que buscam uma intervenção com objetivos estéticos em dois grupos: o primeiro é constituído pelos clientes que possuem defeitos físicos ou desarranjos estéticos, já o segundo é formado pelos que visam melhorar algum aspecto estético que lhes desagrada. Em ambos os casos a bioplastia pode alterar sua auto estima. É fundamental diagnosticar o estado emocional no qual o cliente se encontra no momento da decisão que envolve o procedimento estético, pois a coerência deve prevalecer nesta decisão. Não faz parte da obrigação do medico julgar os motivos que levam o paciente a se submeter á intervenção, mas sim procurar situá-lo em um contexto real do que pode ser melhorado em sua aparência com o uso dos recursos médicos. A cirurgia plástica proporciona alterações importantes e permanentes, 10 tornando-se fundamental que o cliente tenha uma idéia muito clara de como esta mudança poderá repercutir em sua vida e como lidará com estas modificações. (NÁCUL, 2007). Hoje em dia é comum pessoas a se submeterem a diversas cirurgias estéticas para obter o corpo ou a face que o mundo dita como bonito e atraente. É ótimo quando o resultado obtido é considerado satisfatório, pois, quando o cliente demonstra insatisfação e tristeza com a mudança que ocorreu, deve-se fazer um diagnostico e uma reflexão. (NÁCUL, 2007). Segundo Nácul (2007) é importante ressaltar que em muitos casos, os efeitos desejados demoram a aparecer (dependendo do procedimento realizado), ocorrendo no cliente um grau de depressão pós-operatória relacionado na maioria das vezes com esta demora do efeito, a deformação e a dor antes do aparecimento da forma escolhida. As maiorias das pessoas que procuram cirurgias estéticas aparentam ser saudáveis, entretanto algumas não são, e para essas pessoas as intervenções cosméticas podem ocasionar resultados insatisfatórios, gerando problemas e angustias para o cliente e seu médico. Ser livre e escolher o auxilio de um profissional qualificado é buscar o que se julga melhor para si e usufruir uma condição de satisfação pessoal e social que se expressa por meio da sensação de bem-estar consigo e com os outros. (NÁCUL, 2007, p. 43) 3 METODOLOGIA Considerou-se que o presente estudo, em vista de seu objetivo - análise do conhecimento sobre visagismo dos Médicos Estéticos da região do Vale do Itajaí requeria a adoção de uma abordagem metodológica qualitativa descritiva. A pesquisa realizada teve uma abordagem qualitativa descritiva e, como instrumento de pesquisa para coleta dos dados utilizou-se um questionário (ver em Apendice A), contendo informações sobre o conhecimento dos sujeitos da pesquisa, questões específicas sobre visagismo, se utilizam em seus métodos de trabalho e a influência deste assunto no resultado final dos seus procedimentos. 11 A aplicação deste questionário ocorreu de forma aberta, “na qual o interrogado responde com suas próprias palavras sem qualquer restrição” (GIL, 1994b, p. 124). Contemplou questões abertas e fechadas, e sua aplicação ocorreu de forma individual, não identificada, nos locais e horários de trabalho. De acordo com GIL, (1994b, p. 124) O questionário é uma técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento das opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas e situações vivenciadas. Foram convidados a participar da pesquisa médicos de diferentes áreas estéticas como dermatologistas e nutrólogo. A participação dos médicos estéticos na pesquisa foi através de convite verbal, momento em que os objetivos foram explicitados e apresentados. Àqueles que concordaram em dela participar, foi solicitada a assinatura de um Termo de Consentimento (Anexo 1), no qual é formalizada sua concordância e as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. A pesquisa qualitativa é uma alternativa de investigação que “contribui decisivamente para o desenvolvimento do pensamento científico, tem objetividade e validade conceitual” (TRIVINOS, 1992, p. 118). Ainda segundo o mesmo autor, “ela compreende atividades de investigação que podem ser denominadas específicas e podem ser caracterizadas por traços comuns”, as quais ajudam o investigador a ter uma visão mais clara de onde chegar com seus objetivos (op cit., p. 120). Na concepção deste mesmo autor, em pesquisa qualitativa, “considera-se a participação do sujeito como um dos elementos de seu fazer científico, apóia-se em um instrumento para estudar os processos e produtos nos quais está interessado o investigador qualitativo” (op cit., p. 139). A opção por este instrumento deu-se a diversos fatores, como a garantia do anonimato, a menor intimidação do respondente e, ainda, a flexibilidade, permitindo que as pessoas o respondessem no momento que julgassem mais convenientes. Conforme Menezes (2001), a pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento. 12 4 ANÁLISE DOS DADOS A transcrição dos dados coletados com os médicos entrevistados será de forma descritiva, analisando separadamente todas as questões. A) Questão 1 - Você tem conhecimento do estudo do visagismo? Resposta: Três dos entrevistados responderam que sim e apenas um que não. Analise da resposta: Concluimos que a sua maioria possui o conhecimento sobre o visagismo, seguindo a tendência de mercado que é buscar conhecimentos complementares à sua técnica. B) Questão 2 - De que forma o visagismo influência na prática do seu trabalho? Resposta: Todos de forma unânime responderam que influência na analise da face e na escolha do procedimento estético. Analise da resposta: A princípio todos consideraram fundamental analisar a face ao decidir o procedimento ideal para a harmonização do mesmo, todavia nenhum dos entrevistados considerou que o visagismo influêncie na caracterização final do cliente, ou seja, na adequação da estética com a personalidade. C) Questão 3 - Você aplica ficha de anamnese? Se sua resposta foi sim, quais as perguntas de maior relevância na sua ficha? Resposta: Todos confirmaram que sim e as perguntas de maior relevância foram: tratamentos anteriores, perspectiva de resultados, doenças associadas, auto percepção, queixa principal, história mórbida pessoal, histórico de alergia e quelóide, histórico familiar, condições a hábitos de vida, uso de filtro solar e exposição, tabagismo. Analise da resposta: 13 Das questões mais citadas, somente encontramos congruência com o visagismo as questões de perspectiva de resultados e auto percepção. D) Questão 4 - Enumere por ordem de importância, na escolha dos procedimentos o que é considerado fundamental. Resposta: Para o profissional 1: questão estética. Para o profissional 2: questões emocionais. Para o profissional 3: considera a vontade específica do cliente. Para o profissional 4: vontade específica do cliente. Analise da resposta: Não houve um concensso nos entrevistados em relação ao que é fundamental nas escolhas dos procedimentos, todos tiveram diferentes opiniões sobre o assunto. E) Questão 5 - Quando você oferece ao cliente um procedimento invasivo, que critério de avaliação você utiliza para definir o procedimento ideal? Resposta: Em primeiro lugar foi citado o desejo do cliente, em segundo a simetria facial, o terceiro não houve um consenso. Analise da resposta: Refletindo sobre como seria escolher um procedimento baseado no conceito do visagismo percebemos que as resposta dos entrevistados não esta de acordo com o fundamento do visagismo. F) Questão 6 - Em sua opinião, os resultados estéticos não estão padronizando um estilo de beleza muito similar de cliente para cliente? Resposta: Profissional 1 respondeu que depende. Profissional 2 respondeu não. Profissional 3 respondeu sim. Profissional 4 respondeu não. 14 Analise da resposta: Profissional 1: respondeu que depende do perfil psicológico do cliente, justificando que são os desejos dos clientes que estão se assemelhando. Profissional 2: Justificou que, quando bem indicado, os procedimentos respeitam a anatomia do cliente. Profissional 3: Justifica que o padrão é aquele que os laboratórios desejam para melhor vender seus produtos. Profissional 4: Justifica que cada paciente tem suas necessidades físicas. G) Questão 7 - Quais são os procedimentos mais procurados? Resposta: Todos os profissionais obtiveram a mesma resposta, assinalando preenchimento cutâneo, toxina butolinica, peeling e laser. Analise da resposta: Dos tratamentos mais procurados todos caractezizam-se por ser necessário de um conhecimento prévio do médico sobre visagismo para ter um resultado cem por cento satisfatórios. H) Questão 8 - O seu perfil de clientes ja vem com o procedimento pré-definido ou lhe pedem que você escolha o ideal? Resposta: Todos responderam que fica a critério do médico ser responsável e escolher o procedimento. Analise da resposta: Percebemos o quanto o médico tem que ser responsável ético e ter o conhecimento do visagismo para escolher os procedimentos ideais que se adequem a estética e personalidade do cliente. I) Questão 9 - Quais são os procedimentos que da maior satisfação ao cliente? Resposta: Toxina butolinica, preenchimento facial, peeling e laser. 15 Analise da resposta: Confirmou-se novamente que todos os procedimentos escolhidos necessitam que o médico tenha conhecimento sobre o visagismo. J) Questão10 - Após os procedimentos realizados, alguns clientes ainda ficam insatisfeitos com sua aparência. Em sua opinião, por que isto ocorre? Resposta: Dois dos entrevistados consideraram que a insatisfação esta relacionada com problemas psicológicos do cliente. Um dos entrevistados respondeu que esta expectativa é irreal e outro respondeu que nao atingiu suas expectativas. Analise da resposta: Considerando as respostas dos entrevistados, a questão da insatisfação está nos problemas psicológicos dos clientes, e um dos entrevistados ao responder que a expectativa é irreal, deixou claro que os médicos não têm a consciência que podem falhar ou realizar algum procedimento que deixe os clientes insatisfeitos com a sua aparencia, mostrando assim que apesar de conhecerem o visagismo não demosntram aplicar em sua prática. K) Questão 11 - Quando o cliente vem com o procedimento escolhido e, em sua opinião, este não é o ideal para o mesmo, o que você faz? Resposta: Todos responderam que orientam um procedimento melhor e que os mesmos não realizam o solicitado se não estiverem de acordo. Analise da resposta: Conforme as respostas os mesmos, nota-se que os entrevistados estão mais preocupados em desenvolver o seu trabalho de forma ética e basear-se nos padrões de harmonia e estética do que realizar um procedimento apenas a critério do gosto do cliente. L) Questão 12 - Quando a cliente chega com um rosto mais singelo e quer um rosto anguloso, qual a sua posição em relação a este e outras situações similares? 16 Resposta: Todos responderam que verificam se o rosto possui estrutura (ossea/muscular) para receber tal procedimento. Apenas um profissional analisa se a personalidade condiz com tal procedimento. Analise da resposta: Pode-se considerar que apenas um profissional utiliza seu conhecimento no visagismo que adéqua a estrutura física á personalidade do procedimento. M) Questão 13 - Destas faces, quais os mais recomendados a uma reestruturação estética? Resposta: Todos colocaram o rosto triangular e um dos entrevistados assinalou que todos os rostos são recomendados a uma reestruturação estética. Analise da resposta: Considerando as respostas, percebeu-se que o rosto triangular foi o mais citado devido a sua assimetria inferior ou superior, conforme o formato do triângulo. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em função do ascendente redirecionamento de algumas especialidades médicas para a área da estética, surgiram algumas inquietações a respeito do conhecimento destes profissionais a respeito dos fundamentos da harmonia, estética e visagismo nos procedimentos invasivos da face. Este artigo apresentou um questionamento com médicos estéticos da região do Vale do Itajaí sobre o conhecimento do visagismo na medicina estética e suas implicações na escolha do procedimento a ser indicado e no prognostico do cliente. A reflexão que obtivemos em relação a temática abordada é que mesmo os médicos estéticos tendo o conhecimento sobre visagismo não o utilizam na sua prática, demonstrando assim não valorizar este recurso para a estética. Sabemos que esta amostragem é pequena comparada com o número de profissionais que atuam na área da medicina estética, e fica a sugestão de outras pesquisas no assunto que possam abranger uma amostragem maior. Pois, mesmo 17 já sendo encontrado na literatura médicos estéticos referenciando o visagismo como sendo o velho novo conceito que vai mudar a abordagem médica clássica de analisar o seu cliente, seja por uma ficha de anmenese diferenciada, ou por uma abordagem que normatiza as insatisfações das pessoas em relação a sua imagem externa. O Visagismo é a ciência que, mais uma vez, tira a medicina do empirismo e classifica, explica e muitas vezes diagnosticam formas de ver o cliente como ser humano único. REFERÊNCIAS CALOI, Tatiana. Disponível em: <http://www.clinicauniplast.com.br/enxerto-degordura-na-face.php>. Acesso em: 04 abr. 2011. COLANERI, Andre. Disponível em: <www.cirurgiaestetica.com.br/medicina/toxinabotulinica.asp>. Acesso em: 04 abr. 2011. DOMINGUES. Disponível em: <http://www.iime.pt/snos.html>. Acesso em: 12 abr. 2011. EPOCA, Negocios. Nova lei de consórcios permite financiar cirurgia plástica e viagem. Disponivel em: <http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI25950-16357,00NOVA+LEI+DE+CONSORCIOS+PERMITE+FINANCIAR+CIRURGIA+PLASTICA+E +VIAGEM.html>. Acesso em: 27 abr. 2011. GIL, Antonio Carlos. Métodos e tecnicas de pesquisa social. 3 ed. Sao Paulo. Atlas, 1994b. HALLAWELL, P. Visagismo: Harmonia e Estética. 2.ed. São Paulo: SENAC, 2009. HALLAWELL, P. Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza. 2.ed. São Paulo: SENAC, 2010. LIN, H. B. O Que o seu Rosto Revela: Os Segredos Chineses da Leitura do Rosto. 3.ed. São Paulo: Pensamento, 2006. MACUSSI, Sergio. Disponivel em: <http://www.abme.com.br/aulas/complicacoes_em_medicina_estetica.pdf>. Acesso em: 08 abr. 2011. 18 MENEZES, Estera Muszkat; SILVA, Edna Lucia. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. Ed. 3. UFSC. Florianópolis, 2001. MITZ. Vladimir. Manual de Cirurgia Estetica: 45 Intervenções mais indicadas. Rio de Janeiro. Ed. Revinter Ltda. 2006. NÁCUL Moojen, Almir. Bioplastia: A Plástica Interativa. Ed. Ltda. Santos. São Paulo, 2007. SILVA, Sergio Luiz Marcussi da, A Medicina a Luz do Visagismo. Disponivel em: <http://novo.clinicaperformance.com.br/userupload/432/File/visagismo%20e%20Medi cina_web.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2011 SPICIONI CIRURGIA PLASTICA, ESTETICA MEDICA/ LAZER. Preenchimentos: Preenchimentos faciais. Disponível em: <http://scipioni.com.br/preenchimentos/preenchimentos-faciais>. Acesso em: 04 abr. 2011. TABAJARA, Raul. Proporção área: o que é e como usá-la. Digital Designer. Nova Lima, V. 11, n. 99, p. 18-22, 2008. TRIVINOS, Augusto N. Da S. Intodução a pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. Sao Paulo: Atlas, 1992. KEDE e SABATOVICH, Maria Paulina, Oleg. Dermatologia Estética. Ed 2. São Paulo. Atheneu,2009. WAGENFUHR, Jorge. Disponível em: <(http://www.sculpture.com.br/blefaroplastia.php > Acesso em; 04 Abril 2011. 19 APÊNDICE A - Questionário Aplicado aos Médicos 1. Você tem conhecimento do estudo do visagismo? ( ) Sim. ( ) Não. ( ) Ja ouvi sobre o assunto. ( ) Não, mas tenho interesse. ( ) Não e não tenho interesse no assunto. ( ) Ja estudei e aplico. 2. De que forma o visagismo influência na prática do seu trabalho? ( ) Na escolha dos produtos. ( ) Na analise da face. ( ) Na escolha do procedimento. ( ) No momento da padronização da face. ( ) Na forma de caracterizar o cliente. 3. Você aplica ficha de anamnese? ( ) Sim . ( ) Não. Se sua resposta foi sim, quais as perguntas de maior relevância da sua ficha? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4. Enumere por ordem de importância, na escolha dos procedimentos o que é considerado fundamental: ( ) Questões emocionais do cliente. ( ) Questões estéticas. ( ) Tendência de mercado. ( ) Vontade específica do cliente. 20 5. Quando você oferece ao cliente um procedimento invasivo, que critério de avaliação você utiliza para definir o procedimento ideal? ( ) Simetria facial. ( ) Estrutura geométrica da face. ( ) Tendência de mercado. ( ) Produtos. ( ) Assimetria de um elemento estrutural da face. ( ) Desejo do cliente. ( ) Personalidade. 6. Em sua opinião, os resultados estéticos não estão padronizando um estilo de beleza muito similar de cliente para cliente? ( ) Sim. ( ) Não. Por quê? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 7. Quais são os procedimetos mais procurados? ( ) Preenchimento cutaneo. ( ) Peelings. ( ) Toxina Butolínica. ( ) Lifting. ( ) Blefaroplastia. ( ) Lipoenxertia. ( ) Rinoplastia. ( ) Outros __________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 21 8. O seu perfil de clientes ja vem com o procedimento pre-definido ou lhe pedem que você escolha o ideal? ( ) Ja vem com o procedimento pre-definido. ( ) Deixam que eu escolha o procedimento. 9. Quais são os procedimentos que da maior satisfação ao cliente? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 10. Após os procedimentos realizados, alguns clientes ainda ficam insatisfeitos com sua aparência. Em sua opinião, por que isto ocorre? ( ) Problemas psicológicos do cliente. ( ) Não harmonizou com a face. ( ) Não ficou de acordo com a personalidade do cliente. 11. Quando o cliente vem com o procedimento escolhido e, em sua opinião, este não é o ideal para o mesmo, o que você faz? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 12. Quando a cliente chega com um rosto mais singelo e quer um rosto anguloso, qual a sua posição em relação a este e outras situações similares? ( ) Faz o procedimento para que a cliente sinta-se satisfeita, mesmo que na sua visão não seria o mais indicado. 22 ( ) Verifica se o rosto possui estrutura (ossea, muscular) para receber tal procedimento. ( ) Analisa se a personalidade condiz com tal procedimento. 13. Destas faces, quais os mais recomendados a uma reestruturação estética? Triangular ( ) Recomendado ( ) Não recomendado Hexagonal ( ) Recomendado ( ) Não recomendado Oval ( ) Recomendado ( ) Não recomendado 23 Quadrado ( ) Recomendado ( ) Não recomendado Hexagonal de base reta ( ) Recomendado ( ) Não recomendado Losango ( ) Recomendado ( ) Não recomendado Triangulo invertido ( ) Recomendado ( ) Não recomendado 24 ANEXO 1 - Termo de Consentimento TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIMENTO PARA PROJETOS DE PESQUISA Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário, em uma pesquisa. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será penalizado(a) de forma alguma. INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA: Título do Projeto: Médicos Estéticos e o uso do Visagismo nos Procedimentos Invasivos. Pesquisador Responsável: Fabiana Thives – [email protected] Telefone para contato: (47) 8418-0839 Pesquisadores Participantes: Denia Liz Kuhn e Samira Bertuol. Telefones para contato: (47) 9914-6889; (47) 9985-3524. Esta pesquisa tem por objetivo a conclusao do Curso Tecnologo de Cosmetolodia e Estetica da Universidade do Vale do Itajai – Univali. A aplicação do questionario será feita com cinco medicos na area da estetica facial. Após o término do estudo, todas as pessoas que participaram do trabalho receberão cópias dos mesmos, se assim desejarem. O nome do medico não será exposto no trabalho nem tão pouco em qualquer explanação do trabalho. O medico possui liberdade para desistir da participação se assim for de sua vontade. Esclarecimento do período de participação, término, garantia de sigilo, direito de retirar o consentimento a qualquer tempo. Nome do Medico/Esteticista:____________________________________________ Assinatura do Medico/Esteticista:________________________________________ 25