MÉDICOS ESTÉTICOS E O USO DO VISAGISMO NOS PROCEDIMENTOS
INVASIVOS
Denia Liz Kuhn1
Samira Bertuol2
Fabiana Thives3
Resumo: O mercado da beleza está em franca expansão, o que torna o setor
cada vez mais promissor para investimentos profissionais. A medicina estética
utiliza-se de diversos recursos para definir um procedimento a ser realizado em cada
cliente e um desses artifícios é a linguagem visual do individuo sendo conhecido
como Visagismo. A principal ferramenta do visagismo é realizar mudanças na
imagem com base na personalidade e características pessoais do indivíduo. Para
orientação teórica e prática destes profissionais, o presente estudo objetiva
caracterizar o conhecimento que os médicos estéticos da região do Vale do Itajaí
tem sobre o assunto, e se aplicam tais fundamentos em suas práticas. Baseado a
luz da literatura, na área já são encontrados referências citando o visagismo como
sendo o velho novo conceito que vai mudar a abordagem médica clássica de
analisar o seu cliente, seja por uma ficha de anmenese diferenciada, ou por uma
abordagem que normatiza as insatisfações das pessoas em relação a sua imagem
externa. Para avaliar o conhecimento dos médicos entrevistados sobre o assunto
elaborou-se treze questões pertinentes ao tema, sendo aplicados a quatro médicos
de diferentes áreas estéticas, entre eles, três dermatologistas e um nutrólogo. Este
artigo caracterizou-se por uma pesquisa tipo qualitativa descritiva, baseado em um
referencial bibliográfico nas áreas da estética facial, visagismo, psicologia e na
medicina estética. A análise dos dados obtidos com a pesquisa mostra que, mesmo
os médicos estéticos tendo o conhecimento sobre visagismo não o utilizam na sua
prática, demonstrando assim não valorizar este recurso para a estética.
Palavras-chaves: Visagismo. Procedimentos Invasivos. Médicos Estéticos da Face.
Auto Estima.
1
Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Balneário Camboriú, Santa Catarina. Email: [email protected]
2
Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI,
Balneário Camboriú, Santa Catarina. Email: [email protected]
3
Orientadora e Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí –
UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Email: [email protected]
0
1 INTRODUÇÃO
Os aspectos culturais de uma sociedade se refletem na imagem corporal de
seus indivíduos, de forma que a interpretação desta imagem permite definir a classe
social, a inclusão ou exclusão de determinado grupo, ou apenas em pról do
embelezamento deste.
Sendo o Brasil um país onde o culto a beleza estética é evidente, a procura
pelos procedimentos estéticos invasivos na face tem aumentado consideravelmente.
O mercado da beleza e estética vem sendo foco de alta lucratividade, tanto para
profissionais especializados na área da estética médica como para médicos de
outras áreas afins. Em função do ascendente redirecionamento de algumas
especialidades médicas para a área da estética, surgiram algumas inquietações a
respeito do conhecimento destes profissionais a respeito dos fundamentos da
harmonia, estética e visagismo nos procedimentos invasivos da face.
Conforme o médico e presidente da ABMEDE: Associação Brasileira dos
Médicos Estéticos, Dr. Sergio Luiz Marcussi Vitor da Silva (2007), acredita que o
visagismo é o “scanner do temperamento” e esse método, através das técnicas
criadas pelo visagista Phillip Hallawell, revoluciona a semiologia médica aplicada na
Bioplastia e nas Cirurgias Plásticas, pois este traduz a verdadeira expressão do
temperamento que o paciente esta buscando e não simplesmente uma imagem
facial. Dessa forma, a insatisfação dos clientes com os resultados obtidos tem
aumentando consideravelmente podendo ser causada pela falta de conhecimentos
específicos pelos profissionais na área da estética.
Outro fator a ser considerado é a facilidade de adquirir os serviços estéticos
por preços mais acessíveis a população geral. Tão verdadeiro este fato, que em
2008 foi aprovada uma nova lei de consórcio (nº 11.795) que permitiu o
financiamento de cirurgias plásticas, porém esta lei não esta mais em vigor. (ÉPOCA
NEGÓCIOS, 2009).
Haja vista que mesmo com as insatisfações em alguns resultados dos
procedimentos estéticos, a busca pela beleza e os cuidados com a auto estima são
ascendentes.
Médicos estéticos da face têm obtido maior procura para tornar, tanto
mulheres quanto homens de diversas faixas etárias, satisfeitos com sua aparência.
1
Estes procedimentos variam de acordo com a necessidade do paciente, podendo ir
desde uma aplicação de toxina botulínica para diminuir os sinais de envelhecimento
até mesmo uma reestruturação angular total da face.
Este público torna-se cada vez mais informado e exigente quanto a qualidade,
segurança e ética dos profissionais devido a facilidade de informações via internet,
TV, revistas e outros meios de comunicação. Dessa forma, é fundamental que os
profissionais da área tenham mais consciência da responsabilidade na escolha dos
procedimentos com seus clientes.
Deveria fazer parte da formação deste profissional disciplinas que
abordassem o estudo de uma imagem pessoal adequada á personalidade, biotipo,
profissão, auto estima e saúde do indivíduo destacando seus pontos mais atrativos
da face e minimizando as assimetrias indesejáveis.
Diante do exposto, este estudo apresenta uma discussão com médicos
estéticos da região do Vale do Itajaí sobre o conhecimento do visagismo na
medicina estética e suas implicações na escolha do procedimento a ser indicado e
no prognóstico do cliente.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Visagismo Relacionado à Estética Facial
Conforme Hallawell (2009, p.16), “visagismo é um termo derivado da palavra
visage, que significa “rosto” em francês”. Em 1936 este termo foi criado pelo
cabelereiro e maquiador Fernand Aubry, onde dizia que o visagismo é uma arte e o
visagista é um escultor do rosto humano e se refere à arte de embelezar ou
transformar o rosto, utilizando cosméticos, tinturas, corte de cabelo, enxertos e
cirurgias modificadoras.
Apesar de o termo visagismo surgir apenas no século XX, há registros
históricos de que foi através da linguagem visual que começou a ser desenvolvido
na antiguidade, pelos gregos, o interesse em transformar o embelezamento da face.
Trata-se de um conjunto de símbolos usados para se comunicar visualmente com
harmonia, buscando o conhecimento na matemática e na ciência para criar imagens
proporcionais com volume e movimento, descobrindo então a perspectiva, a
2
harmonia e a estética. Este processo foi muito importante para os gregos da época,
pois perceberam que havia ligações entre a matemática e a arte, onde o que era
perfeito geométricamente e matematicamente passou a ser notado como belo
artisticamente. (HALLAWELL, 2009).
Mais de mil anos depois, em 1509, estudado pelo matemático Luca Pacioli e
Leonardo da Vinci na Italia, o homem Vitruvio serve como ponto de partida para os
estudos relacionados às proporções do homem e a natureza, onde recebe o título de
“Divina Proporção”, por acreditarem que Deus em sua imensa sabedoria havia
usado um Número de Ouro para criar a vida. Essa razão numérica foi nomeada com
a letra grega (Phi) que corresponde a razão númerica 1.618, pois este surgia em
todas as formas naturais quando medidas. A partir disto, Leonardo da Vinci aplicou
esta proporção em suas composições artísticas clássicas e contemporâneas. Nos
dias de hoje a estética presume utilizar destes preceitos em seus procedimentos,
apesar de ir contra o conceito do visagismo. (TABAJARA, 2008)
O conhecimento do visagismo esta em personalizar a imagem pessoal do
indivíduo, tendo como principal objetivo revelar, através da imagem pessoal, as
qualidades de uma pessoa com harmonia e estética. Com este recurso,
conseguimos analisar a imagem, características físicas, comportamentos e
personalidades, identificando assim o que a imagem está expressando e como pode
afetar a pessoa e seus relacionamentos. (HALLAWELL, 2010).
O profissional da área estética, tendo o conhecimento do visagismo, saberá
criar uma imagem pessoal do cliente, manifestando um conceito e uma intenção.
Assim, antes de pensar na forma da imagem a ser construida, o profissional
analisará a personalidade do cliente, e suas necessidades conforme seu estilo de
vida, oferecendo assim um serviço personalizado, seguindo o princípio de que cada
pessoa é única e tem sua própria beleza. (HALLAWELL, 2009).
Para Hallawell (2009) o rosto é a identidade de uma pessoa, e qualquer
alteração que possa ser feita à imagem pessoal, através do cabelo, da maquiagem
ou, mais radicalmente, de cirurgias da face, muda o senso de identidade interior com
a visão que se tem exteriormente da pessoa. Esse encontro entre a imagem física e
a imagem interna, influencia drasticamente a saúde, tanto emocional como psíquica
e física. A primeira impressão que temos de uma pessoa é tão forte e duradoura que
pode afetar a auto estima, sendo possível tirar uma pessoa de um estado depressivo
3
quando o visagismo é bem aplicado e quando se adapta a imagem às necessidades,
desejos e principalmente, à imagem interior.
O rosto, o cabelo e a maquilagem estão constantemente comunicando algo
e provocando reações emocionais em todos com quem a pessoa interage e
nela mesma. Por isso é tão importante que o profissional de beleza conheça
essa linguagem e saiba explicar ao seu cliente o que a imagem atual e as
mudanças que pretende fazer expressam, e como podem afetar seu estado
emocional e suas relações. (HALLAWELL, 2009, p. 16).
Conforme o Silva (2007), os médicos interpretam os clientes conforme os
conhecimentos científicos que lhes foram ensinados em suas formações médicas,
mas estes simplesmente olham as pessoas e não as enxergam propriamente como
únicas.
Com uma abordagem médica diferenciada, utilizando de recursos como fichas
de anamnese, exames físicos, exames complementares e complementando com a
análise visagista, a prática médica evitará erros frequentes, pois o “visagismo
aplicado à medicina enxerga o que o mais sofisticado aparelho de imagem jamais
enxergará” (SILVA, 2007, p.01).
O visagismo aplica várias técnicas e, como aliado, esta a fisiognomonia, que
é a interpretação da personalidade através da face. “As pessoas sempre foram
fascinadas por rostos e pelas suas manifestações expressivas. Não é de admirar,
portanto, que tenha surgido a fisiognomonia, a arte milenar de conhecer o caráter
das pessoas pelos traços fisionômicos.” (LIN, 2006, p.9).
Esta técnica diferencia o indivíduo por sua personalidade e biótipo, dividindo
este grupo em quatro tipos básicos: o Colérico, o Fleumático, o Sanguíneo e o
Melancólico. A fisiognomonia divide o rosto em três partes horizontais, podendo
assim analisar as características da personalidade do indivíduo. A área da testa
representa a Região Mental, dos olhos ao nariz condiz com a Região Afetiva e a
região da boca e queixo indica a Regiao Intuitiva. Feito essa divisão, diferencia-se os
contornos e linhas dos olhos, nariz, boca e o formato de rosto. Cada um destes
implica-se em temperamentos diferentes e é onde acaba ocorrendo alguns dos erros
estéticos, pois os clientes buscam a sua verdadeira expressão do seu temperamento
interno, expressando externamente com a Biomodelação Facial. (HALLAWELL,
2010).
4
Sergio Luiz Marcusi Vitor da Silva relata que, clientes procuram os cirurgiões
plásticos e relatam suas insatisfações, como por exemplo, um queixo retraído, um
nariz largo e aparência de olhar triste. O médico, com todo seu conhecimento
técnico, recomendará uma prótese de queixo e um lift de supercílio. Após a cirurgia
feita com êxito, o cliente, sem saber o porquê, passa por um período de conflito e
depressão, pois não aceita sua nova imagem e volta ao consultório declarando sua
insatisfação com o resultado da cirurgia. Na verdade a insatisfação neste caso
ocorreu devido à transformação da face, que era inicialmente de características
fleumáticas e transformou-se em uma face com caracteristicas coléricas, sendo que
estas são características totalmente opostas causando um conflito de imagem
externa com a sua auto-imagem. ( SILVA, 2007).
Todo esse transtorno poderia ter sido evitado com uma análise visagista já na
primeira
consulta,
quando
o
profissional
treinado
teria
diagnosticado
o
temperamento do cliente e jamais teria optado por estruturas do tipo colérico, sendo
que o cliente não suportaria as características deste temperamento oposto ao seu
eu interno. (SILVA, 2007).
Assim, a aplicação correta das técnicas dará ao profissional e ao indivíduo um
resultado satisfatório, pois ele trabalhará de acordo com o que a pessoa é, e não
com o que os padrões ditam que ela seja.
2.2 Médicos estéticos e aplicação invasiva nos procedimentos
Por algumas pessoas não se sentirem bem com algumas assimetrias visíveis
na sua face, procuram a medicina estética como uma opção para melhorar sua
imagem. (DOMINGUES, 2011).
Sendo assim, a face é o foco principal da expressão. Varias intervenções
podem ser feitas na face, desde modificações dos traços á cirurgia de
rejuvenescimento. Nesse novo milênio, o importante é realizar intervenções sem
modificações que façam com que os pacientes não se reconheçam mais. Essa
busca da identidade ou de reencontrar sua identidade anterior é essencial. Assim, as
técnicas cirúrgicas são bem adaptadas a esta demanda, visando dar aos pacientes a
melhor aparência possível, sem nenhuma modificação, deformação ou caricatura.
(MITZ, 2006).
5
Até algum tempo, a procura do corpo perfeito limitava-se a dietas da moda,
cremes com promessas e resultados duvidosos e aparelhos sem eficácia
determinada. Gastava-se muito dinheiro e o retorno não eram como esperados.
Decorrente ao grande investimento por parte das grandes indústrias da beleza, as
técnicas vêem sendo pesquisadas exaustivamente e modernizadas, proporcionando
às pessoas os tão desejados resultados.
A medicina estética consiste em trabalhar com procedimentos minimamente
invasivos ou não invasivos que buscam a melhoria da aparência física. O trabalho
médico com ênfase nos resultados constitui a principal preocupação no exercício da
medicina estética, especialidade com muitas verdades e fantasias. (MITZ, 2006).
Para Macussi (2011), procedimentos invasivos são aqueles que promovem o
rompimento das barreiras naturais ou penetram em cavidades do organismo,
abrindo uma porta ou acesso para o meio interno, favorecendo a penetração de
microrganismos na intimidade dos tecidos.
Quadro 1 – Classificação de Procedimentos Faciais
Procedimentos Invasivos
Procedimentos não Invasivos
Preenchimentos Cutâneos
Limpeza de Pele
Peeling
Rejuvecimento Cutâneo
Toxina Botulínica
Peeling (diamante e cristal)
Blefaroplastia
Eletroporação
Lifiting
Despigmentação de Manchas
Lipoenxertia
Rinoplastia
Fonte: Elaborado pelas autoras, adaptado de Kede e Sabatovich, (2009).
A)
Preenchimentos
Os preenchimentos cutâneos são utilizados para rejuvenescimento facial,
sulcos nasogenianos, volume labial, assimetria labial, rugas perorais (ao redor da
boca), rugas glabelares (entre as sobrancelhas), rugas mentonianas (no queixo),
aumento de mento (de queixo), aumento da região malar (região da bochecha),
comprometimento, irregularidades ou assimetrias de contorno facial, cicatrizes de
6
acne, deformidades nasais (de nariz) e outras depressões. (SPICIONI CLÍNICA
2011).
Dependendo do tipo de preenchimento utilizado (se temporário ou
permanente), pode dura de seis meses a vários anos. O procedimento pode ser
realizado em consultório, com anestesia local, durando cerca de 30 minutos. A
quantidade de produto aplicada varia de acordo com a profundidade do sulco ou
ruga. As substâncias são injetadas na pele ou abaixo dela por meio de agulhas ou
cânulas flexíveis (agulhas muito finas sem ponta cortante) na quantidade ideal para
amenizar ou fazer sumir a ruga, sulco, cicatriz ou depressão cutânea. Conforme o
tipo de substância e/ou procedimento poderá ser necessário mais de uma aplicação
(SPICIONI CLÍNICA, 2011).
A)
Peelings
Conhecido como quimioesfoliação ou quimiocirurgia. Consiste na aplicação
de um ou mais agentes esfoliantes na pele, resultando na destruição de partes da
epiderme e/ou derme, seguido da regeneração dos tecidos epidérmicos e dérmicos.
Este é considerado um dos procedimentos mais utilizados nos tratamentos de
antienvelhecimentos. Os peelings podem ser superficiais, médios ou profundos,
dependendo do grau de envelhecimento e da profundidade em que se precisa
chegar. O método consiste na aplicação local de ácidos em concentrações
específicas para que se obtenha uma descamação da pele de forma a renová-la,
eliminando manchas, asperezas e rugas superficiais e estimulando a formação de
colágeno. O peeling químico é a aplicação de ácidos em concentrações específicas
na pele, realizado em sessões que podem ser quinzenais ou mensais, dependendo
da indicação. (KEDE e SABATOVICH, 2009, p. 561).
B)
Toxina Botulínica
A toxina botulínica impede a transmissão do impulso elétrico entre o nervo e o
músculo (bloqueando a liberação de acetilcolina). Com isso o músculo é paralisado.
A utilização da toxina botulínica no campo da estética deve-se ao fato de que as
rugas dinâmicas da face (pé de galinha, rugas da testa ou entre as sobrancelhas)
7
são devidas a contração muscular. Logo, se paralisados os músculos que se
produzem não haverá mais formação de rugas. É nestes músculos específicos que
os médicos aplicam a toxina através de uma injeção de agulha fina. A aplicação é
rápida (cinco minutos) e pouco dolorosa. A paralisação muscular ocorre após 48
horas, se mantêm em média por seis meses e não deixa o paciente sem expressão
facial. A volta da ação muscular, e, por tanto das rugas, ocorre através da
reinervação do músculo. Quando isso ocorre pode ser refeito a aplicação. (KEDE e
SABATOVICH, 2009).
C)
Blefaroplastia
A cirurgia de pálpebras ou blefaroplastia é uma ótima maneira de alcançar um
grande rejuvecimento facial através de um procedimento minimamente invasivo
apenas com anestesia local. Os olhos são uma das primeiras imagens a se notar em
um indivíduo, ao eliminar aparência cansada e triste causada por pálpebras caídas
ou bolsas de gordura abaixo dos olhos, a blefaroplastia causa grande impacto na
busca pela juventude perdida. (COLANERI, 2011).
A cicatriz é imperceptível. O excesso de pele e gordura é retirado, fazendo
reforço da musculatura quando necessário. Sendo a pele das pálpebras de
espessura muito fina, as cicatrizes tendem a ficar praticamente disfarçadas nos
sulcos da pele. Para tanto, deve ser aguardado o período de maturação da cicatriz
(três meses). Pela sua localização, são passiveis de serem disfarçadas com uma
maquiagem leve, desde os primeiros dias. (WAGENFUHR, 2011).
D)
Lifting
“O lifting visa levantar as estruturas faciais deslocadas e fixa-las em sua
posição original, tratando os danos relacionados à ação da gravidade. O princípio é
levantar a pele e suas estruturas subcutâneas por incisões adaptadas. Os resultados
são espetaculares”. (MITZ, 2006, p. 26).
E)
Lipoenxertia
8
Trata-se da modelagem e rejuvecimento da face através do enxerto de
gordura retirado do próprio cliente. A lipoenxertia pode ser feita nos sulcos da face,
nos lábios, nas bochechas e nas mandíbulas. O procedimento é realizado com
anestesia. A gordura é purificada por meio de um aparelho de centrifugação, de
forma que o grau de reabsorção da gordura é muito menor e os resultados obtidos
são mais estáveis e duradouros. (KEDE e SABATOVICH, 2009).
F)
Rinoplastia
A Rinoplastia, ou cirurgia de nariz tem como objetivo alcançar a harmonia
facial, através da adequação da anatomia do nariz dentro dos padrões estéticos.
Mesmo as menores alterações, podem levar a uma melhora dramática na aparência
do nariz. Vários problemas podem ser corrigidos pela rinoplastia, como redução de
proeminências no dorso e na ponta do nariz, estreitamento das asas nasais e
depressões no corpo nasal. Sendo assim a cirurgia de nariz deve ser
individualizada, pois a anatomia de cada cliente é diferente. Não é possível, por
exemplo, proporcionar ao cliente o “nariz igual ao de determinado artista de
televisão“, já que cada nariz possui suas particularidades. O cirurgião tem o objetivo
de harmonizar o nariz com o restante das feições faciais do cliente, de modo a obter
um resultado estético, belo e natural. (COLANERI, 2011).
2.3 A psicologia e a auto estima aplicada na estética
A busca pela felicidade passa por aceitar-se e sentir-se bem consigo mesmo
e com os outros. Antes de a cirurgia plástica existir, as pessoas precisavam se
adaptar ao modo como nasciam. Com a evolução da ciência médica, o
aprimoramento da cirurgia plástica trouxe a possibilidade de escolha, libertando o
homem da imposição quanto ao seu corpo, passando assim a se sentir capaz de
modificar o que lhe desagrada e possibilita ser autor de sua própria imagem.
(NÁCUL, 2007).
A bioplastia surge como uma importante evolução na cirurgia plástica, uma
maneira rápida de como os resultados são obtidos. Mas a incerteza dos resultados
ainda é uma constante na cirurgia plástica. A maioria das pessoas se motiva a
realizar um procedimento estético para mudar não apenas sua aparência externa,
9
mas também seus pensamentos e sentimentos relacionados a seus corpos. Esses
pensamentos e sentimentos podem ser ligados entre si (o corpo inteiro está feio) ou
podem ser diferentes em determinado aspecto (o nariz é grande, mas os olhos são
atraentes). (NÁCUL, 2007).
O aspecto perceptivo da imagem corporal envolve tanto no mecanismo
mental visual como quando o espacial. Pode haver uma incongruência entre como
uma pessoa julga sua própria aparência e como é julgada pelos outros. A
importância da aparência exerce um papel importante na relação da auto estima
pois a insatisfação com a imagem pode ser o principal fator motivador para que uma
pessoa busque auxílio médico para modificar sua aparência. Esta insatisfação pode
variar desde um sentimento de preocupação até uma aflição que impeça o
funcionamento normal do indivíduo. Pode-se afirmar que a auto estima é
fundamental para alcançar o sucesso e a satisfação pessoal, pois ela está
intimamente ligada á capacidade de aceitar-se. Em nosso subconsciente, formamos
uma imagem de nosso próprio corpo, que chamamos de imago corporal, representa
a maneira de como nos enxergamos e acreditamos que os outros nos enxergam.
(NÁCUL, 2007).
Conforme Nácul (2007), pesquisas indicam que as cirurgias plásticas além
dos efeitos externos visíveis, influenciam no bem-estar do indivíduo. A sensação de
bem-estar se desenvolve com mais facilidade por meio da ampliação da autoaceitação, sendo assim, a percepção de si mesmo melhora e a auto estima eleva,
dando-lhe sensação de segurança, força, capacidade de realização e exposição. De
maneira simples, é possível classificar os clientes que buscam uma intervenção com
objetivos estéticos em dois grupos: o primeiro é constituído pelos clientes que
possuem defeitos físicos ou desarranjos estéticos, já o segundo é formado pelos que
visam melhorar algum aspecto estético que lhes desagrada. Em ambos os casos a
bioplastia pode alterar sua auto estima.
É fundamental diagnosticar o estado emocional no qual o cliente se encontra
no momento da decisão que envolve o procedimento estético, pois a coerência deve
prevalecer nesta decisão. Não faz parte da obrigação do medico julgar os motivos
que levam o paciente a se submeter á intervenção, mas sim procurar situá-lo em um
contexto real do que pode ser melhorado em sua aparência com o uso dos recursos
médicos.
A cirurgia plástica proporciona alterações importantes e permanentes,
10
tornando-se fundamental que o cliente tenha uma idéia muito clara de como esta
mudança poderá repercutir em sua vida e como lidará com estas modificações.
(NÁCUL, 2007).
Hoje em dia é comum pessoas a se submeterem a diversas cirurgias
estéticas para obter o corpo ou a face que o mundo dita como bonito e atraente. É
ótimo quando o resultado obtido é considerado satisfatório, pois, quando o cliente
demonstra insatisfação e tristeza com a mudança que ocorreu, deve-se fazer um
diagnostico e uma reflexão. (NÁCUL, 2007).
Segundo Nácul (2007) é importante ressaltar que em muitos casos, os efeitos
desejados demoram a aparecer (dependendo do procedimento realizado), ocorrendo
no cliente um grau de depressão pós-operatória relacionado na maioria das vezes
com esta demora do efeito, a deformação e a dor antes do aparecimento da forma
escolhida. As maiorias das pessoas que procuram cirurgias estéticas aparentam ser
saudáveis, entretanto algumas não são, e para essas pessoas as intervenções
cosméticas podem ocasionar resultados insatisfatórios, gerando problemas e
angustias para o cliente e seu médico.
Ser livre e escolher o auxilio de um profissional qualificado é buscar o que
se julga melhor para si e usufruir uma condição de satisfação pessoal e
social que se expressa por meio da sensação de bem-estar consigo e com
os outros. (NÁCUL, 2007, p. 43)
3 METODOLOGIA
Considerou-se que o presente estudo, em vista de seu objetivo - análise do
conhecimento sobre visagismo dos Médicos Estéticos da região do Vale do Itajaí
requeria a adoção de uma abordagem metodológica qualitativa descritiva.
A pesquisa realizada teve uma abordagem qualitativa descritiva e, como
instrumento de pesquisa para coleta dos dados utilizou-se um questionário (ver em
Apendice A), contendo informações sobre o conhecimento dos sujeitos da
pesquisa, questões específicas sobre visagismo, se utilizam em seus métodos de
trabalho e a influência deste assunto no resultado final dos seus procedimentos.
11
A aplicação deste questionário ocorreu de forma aberta, “na qual o
interrogado responde com suas próprias palavras sem qualquer restrição” (GIL,
1994b, p. 124). Contemplou questões abertas e fechadas, e sua aplicação ocorreu
de forma individual, não identificada, nos locais e horários de trabalho.
De acordo com GIL, (1994b, p. 124)
O questionário é uma técnica de investigação composta por um número
mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas,
tendo por objetivo o conhecimento das opiniões, crenças, sentimentos,
interesses, expectativas e situações vivenciadas.
Foram convidados a participar da pesquisa médicos de diferentes áreas
estéticas como dermatologistas e nutrólogo. A participação dos médicos estéticos na
pesquisa foi através de convite verbal, momento em que os objetivos foram
explicitados e apresentados. Àqueles que concordaram em dela participar, foi
solicitada a assinatura de um Termo de Consentimento (Anexo 1), no qual é
formalizada sua concordância e as garantias de confidencialidade e de
esclarecimentos permanentes.
A pesquisa qualitativa é uma alternativa de investigação que “contribui
decisivamente para o desenvolvimento do pensamento científico, tem objetividade e
validade conceitual” (TRIVINOS, 1992, p. 118). Ainda segundo o mesmo autor, “ela
compreende atividades de investigação que podem ser denominadas específicas e
podem ser caracterizadas por traços comuns”, as quais ajudam o investigador a ter
uma visão mais clara de onde chegar com seus objetivos (op cit., p. 120). Na
concepção deste mesmo autor, em pesquisa qualitativa, “considera-se a
participação do sujeito como um dos elementos de seu fazer científico, apóia-se em
um instrumento para estudar os processos e produtos nos quais está interessado o
investigador qualitativo” (op cit., p. 139).
A opção por este instrumento deu-se a diversos fatores, como a garantia do
anonimato, a menor intimidação do respondente e, ainda, a flexibilidade, permitindo
que as pessoas o respondessem no momento que julgassem mais convenientes.
Conforme Menezes (2001), a pesquisa descritiva visa descrever as
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de
dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de
Levantamento.
12
4 ANÁLISE DOS DADOS
A transcrição dos dados coletados com os médicos entrevistados será de
forma descritiva, analisando separadamente todas as questões.
A) Questão 1 - Você tem conhecimento do estudo do visagismo?
Resposta:
Três dos entrevistados responderam que sim e apenas um que não.
Analise da resposta:
Concluimos que a sua maioria possui o conhecimento sobre o visagismo, seguindo a
tendência de mercado que é buscar conhecimentos complementares à sua técnica.
B) Questão 2 - De que forma o visagismo influência na prática do seu trabalho?
Resposta:
Todos de forma unânime responderam que influência na analise da face e na
escolha do procedimento estético.
Analise da resposta:
A princípio todos consideraram fundamental analisar a face ao decidir o
procedimento ideal para a harmonização do mesmo, todavia nenhum dos
entrevistados considerou que o visagismo influêncie na caracterização final do
cliente, ou seja, na adequação da estética com a personalidade.
C) Questão 3 - Você aplica ficha de anamnese? Se sua resposta foi sim, quais
as perguntas de maior relevância na sua ficha?
Resposta:
Todos confirmaram que sim e as perguntas de maior relevância foram: tratamentos
anteriores, perspectiva de resultados, doenças associadas, auto percepção, queixa
principal, história mórbida pessoal, histórico de alergia e quelóide, histórico familiar,
condições a hábitos de vida, uso de filtro solar e exposição, tabagismo.
Analise da resposta:
13
Das questões mais citadas, somente encontramos congruência com o visagismo as
questões de perspectiva de resultados e auto percepção.
D) Questão 4 - Enumere por ordem de importância, na escolha dos
procedimentos o que é considerado fundamental.
Resposta:
Para o profissional 1: questão estética.
Para o profissional 2: questões emocionais.
Para o profissional 3: considera a vontade específica do cliente.
Para o profissional 4: vontade específica do cliente.
Analise da resposta:
Não houve um concensso nos entrevistados em relação ao que é fundamental nas
escolhas dos procedimentos, todos tiveram diferentes opiniões sobre o assunto.
E) Questão 5 - Quando você oferece ao cliente um procedimento invasivo, que
critério de avaliação você utiliza para definir o procedimento ideal?
Resposta:
Em primeiro lugar foi citado o desejo do cliente, em segundo a simetria facial, o
terceiro não houve um consenso.
Analise da resposta:
Refletindo sobre como seria escolher um procedimento baseado no conceito do
visagismo percebemos que as resposta dos entrevistados não esta de acordo com o
fundamento do visagismo.
F) Questão 6 - Em sua opinião, os resultados estéticos não estão padronizando
um estilo de beleza muito similar de cliente para cliente?
Resposta:
Profissional 1 respondeu que depende.
Profissional 2 respondeu não.
Profissional 3 respondeu sim.
Profissional 4 respondeu não.
14
Analise da resposta:
Profissional 1: respondeu que depende do perfil psicológico do cliente, justificando
que são os desejos dos clientes que estão se assemelhando.
Profissional 2: Justificou que, quando bem indicado, os procedimentos respeitam a
anatomia do cliente.
Profissional 3: Justifica que o padrão é aquele que os laboratórios desejam para
melhor vender seus produtos.
Profissional 4: Justifica que cada paciente tem suas necessidades físicas.
G) Questão 7 - Quais são os procedimentos mais procurados?
Resposta:
Todos os profissionais obtiveram a mesma resposta, assinalando preenchimento
cutâneo, toxina butolinica, peeling e laser.
Analise da resposta:
Dos tratamentos mais procurados todos caractezizam-se por ser necessário de um
conhecimento prévio do médico sobre visagismo para ter um resultado cem por
cento satisfatórios.
H) Questão 8 - O seu perfil de clientes ja vem com o procedimento pré-definido
ou lhe pedem que você escolha o ideal?
Resposta:
Todos responderam que fica a critério do médico ser responsável e escolher o
procedimento.
Analise da resposta:
Percebemos o quanto o médico tem que ser responsável ético e ter o conhecimento
do visagismo para escolher os procedimentos ideais que se adequem a estética e
personalidade do cliente.
I) Questão 9 - Quais são os procedimentos que da maior satisfação ao cliente?
Resposta:
Toxina butolinica, preenchimento facial, peeling e laser.
15
Analise da resposta:
Confirmou-se novamente que todos os procedimentos escolhidos necessitam que o
médico tenha conhecimento sobre o visagismo.
J) Questão10 - Após os procedimentos realizados, alguns clientes ainda ficam
insatisfeitos com sua aparência. Em sua opinião, por que isto ocorre?
Resposta:
Dois dos entrevistados consideraram que a insatisfação esta relacionada com
problemas psicológicos do cliente. Um dos entrevistados respondeu que esta
expectativa é irreal e outro respondeu que nao atingiu suas expectativas.
Analise da resposta:
Considerando as respostas dos entrevistados, a questão da insatisfação está nos
problemas psicológicos dos clientes, e um dos entrevistados ao responder que a
expectativa é irreal, deixou claro que os médicos não têm a consciência que podem
falhar ou realizar algum procedimento que deixe os clientes insatisfeitos com a sua
aparencia, mostrando assim que apesar de conhecerem o visagismo não
demosntram aplicar em sua prática.
K) Questão 11 - Quando o cliente vem com o procedimento escolhido e, em sua
opinião, este não é o ideal para o mesmo, o que você faz?
Resposta:
Todos responderam que orientam um procedimento melhor e que os mesmos não
realizam o solicitado se não estiverem de acordo.
Analise da resposta:
Conforme as respostas os mesmos, nota-se que os entrevistados estão mais
preocupados em desenvolver o seu trabalho de forma ética e basear-se nos padrões
de harmonia e estética do que realizar um procedimento apenas a critério do gosto
do cliente.
L) Questão 12 - Quando a cliente chega com um rosto mais singelo e quer um
rosto anguloso, qual a sua posição em relação a este e outras situações
similares?
16
Resposta:
Todos responderam que verificam se o rosto possui estrutura (ossea/muscular) para
receber tal procedimento. Apenas um profissional analisa se a personalidade condiz
com tal procedimento.
Analise da resposta:
Pode-se considerar que apenas um profissional utiliza seu conhecimento no
visagismo que adéqua a estrutura física á personalidade do procedimento.
M) Questão 13 - Destas faces, quais os mais recomendados a uma
reestruturação estética?
Resposta:
Todos colocaram o rosto triangular e um dos entrevistados assinalou que todos os
rostos são recomendados a uma reestruturação estética.
Analise da resposta:
Considerando as respostas, percebeu-se que o rosto triangular foi o mais citado
devido a sua assimetria inferior ou superior, conforme o formato do triângulo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em função do ascendente redirecionamento de algumas especialidades
médicas para a área da estética, surgiram algumas inquietações a respeito do
conhecimento destes profissionais a respeito dos fundamentos da harmonia, estética
e visagismo nos procedimentos invasivos da face.
Este artigo apresentou um questionamento com médicos estéticos da região
do Vale do Itajaí sobre o conhecimento do visagismo na medicina estética e suas
implicações na escolha do procedimento a ser indicado e no prognostico do cliente.
A reflexão que obtivemos em relação a temática abordada é que mesmo os médicos
estéticos tendo o conhecimento sobre visagismo não o utilizam na sua prática,
demonstrando assim não valorizar este recurso para a estética.
Sabemos que esta amostragem é pequena comparada com o número de
profissionais que atuam na área da medicina estética, e fica a sugestão de outras
pesquisas no assunto que possam abranger uma amostragem maior. Pois, mesmo
17
já sendo encontrado na literatura médicos estéticos referenciando o visagismo como
sendo o velho novo conceito que vai mudar a abordagem médica clássica de
analisar o seu cliente, seja por uma ficha de anmenese diferenciada, ou por uma
abordagem que normatiza as insatisfações das pessoas em relação a sua imagem
externa.
O Visagismo é a ciência que, mais uma vez, tira a medicina do empirismo e
classifica, explica e muitas vezes diagnosticam formas de ver o cliente como ser
humano único.
REFERÊNCIAS
CALOI, Tatiana. Disponível em: <http://www.clinicauniplast.com.br/enxerto-degordura-na-face.php>. Acesso em: 04 abr. 2011.
COLANERI, Andre. Disponível em:
<www.cirurgiaestetica.com.br/medicina/toxinabotulinica.asp>. Acesso em: 04 abr.
2011.
DOMINGUES. Disponível em: <http://www.iime.pt/snos.html>. Acesso em: 12 abr.
2011.
EPOCA, Negocios. Nova lei de consórcios permite financiar cirurgia plástica e
viagem. Disponivel em:
<http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI25950-16357,00NOVA+LEI+DE+CONSORCIOS+PERMITE+FINANCIAR+CIRURGIA+PLASTICA+E
+VIAGEM.html>. Acesso em: 27 abr. 2011.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e tecnicas de pesquisa social. 3 ed. Sao Paulo.
Atlas, 1994b.
HALLAWELL, P. Visagismo: Harmonia e Estética. 2.ed. São Paulo: SENAC, 2009.
HALLAWELL, P. Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza. 2.ed. São Paulo:
SENAC, 2010.
LIN, H. B. O Que o seu Rosto Revela: Os Segredos Chineses da Leitura do Rosto.
3.ed. São Paulo: Pensamento, 2006.
MACUSSI, Sergio. Disponivel em:
<http://www.abme.com.br/aulas/complicacoes_em_medicina_estetica.pdf>. Acesso
em: 08 abr. 2011.
18
MENEZES, Estera Muszkat; SILVA, Edna Lucia. Metodologia da Pesquisa e
Elaboração de Dissertação. Ed. 3. UFSC. Florianópolis, 2001.
MITZ. Vladimir. Manual de Cirurgia Estetica: 45 Intervenções mais indicadas. Rio de
Janeiro. Ed. Revinter Ltda. 2006.
NÁCUL Moojen, Almir. Bioplastia: A Plástica Interativa. Ed. Ltda. Santos. São
Paulo, 2007.
SILVA, Sergio Luiz Marcussi da, A Medicina a Luz do Visagismo. Disponivel em:
<http://novo.clinicaperformance.com.br/userupload/432/File/visagismo%20e%20Medi
cina_web.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2011
SPICIONI CIRURGIA PLASTICA, ESTETICA MEDICA/ LAZER. Preenchimentos:
Preenchimentos faciais. Disponível em:
<http://scipioni.com.br/preenchimentos/preenchimentos-faciais>. Acesso em: 04 abr.
2011.
TABAJARA, Raul. Proporção área: o que é e como usá-la. Digital Designer. Nova
Lima, V. 11, n. 99, p. 18-22, 2008.
TRIVINOS, Augusto N. Da S. Intodução a pesquisa em ciências sociais: a
pesquisa qualitativa em educação. Sao Paulo: Atlas, 1992.
KEDE e SABATOVICH, Maria Paulina, Oleg. Dermatologia Estética. Ed 2. São
Paulo. Atheneu,2009.
WAGENFUHR, Jorge. Disponível em:
<(http://www.sculpture.com.br/blefaroplastia.php > Acesso em; 04 Abril 2011.
19
APÊNDICE A - Questionário Aplicado aos Médicos
1. Você tem conhecimento do estudo do visagismo?
( ) Sim.
( ) Não.
( ) Ja ouvi sobre o assunto.
( ) Não, mas tenho interesse.
( ) Não e não tenho interesse no assunto.
( ) Ja estudei e aplico.
2. De que forma o visagismo influência na prática do seu trabalho?
( ) Na escolha dos produtos.
( ) Na analise da face.
( ) Na escolha do procedimento.
( ) No momento da padronização da face.
( ) Na forma de caracterizar o cliente.
3. Você aplica ficha de anamnese?
( ) Sim .
( ) Não.
Se sua resposta foi sim, quais as perguntas de maior relevância da sua ficha?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4. Enumere por ordem de importância, na escolha dos procedimentos o que é
considerado fundamental:
( ) Questões emocionais do cliente.
( ) Questões estéticas.
( ) Tendência de mercado.
( ) Vontade específica do cliente.
20
5. Quando você oferece ao cliente um procedimento invasivo, que critério de
avaliação você utiliza para definir o procedimento ideal?
( ) Simetria facial.
( ) Estrutura geométrica da face.
( ) Tendência de mercado.
( ) Produtos.
( ) Assimetria de um elemento estrutural da face.
( ) Desejo do cliente.
( ) Personalidade.
6. Em sua opinião, os resultados estéticos não estão padronizando um estilo de
beleza muito similar de cliente para cliente?
( ) Sim.
( ) Não.
Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7. Quais são os procedimetos mais procurados?
( ) Preenchimento cutaneo.
( ) Peelings.
( ) Toxina Butolínica.
( ) Lifting.
( ) Blefaroplastia.
( ) Lipoenxertia.
( ) Rinoplastia.
( ) Outros __________________________________________________________
___________________________________________________________________
21
8. O seu perfil de clientes ja vem com o procedimento pre-definido ou lhe pedem que
você escolha o ideal?
( ) Ja vem com o procedimento pre-definido.
( ) Deixam que eu escolha o procedimento.
9. Quais são os procedimentos que da maior satisfação ao cliente?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10. Após os procedimentos realizados, alguns clientes ainda ficam insatisfeitos com
sua aparência. Em sua opinião, por que isto ocorre?
( ) Problemas psicológicos do cliente.
( ) Não harmonizou com a face.
( ) Não ficou de acordo com a personalidade do cliente.
11. Quando o cliente vem com o procedimento escolhido e, em sua opinião, este
não é o ideal para o mesmo, o que você faz?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
12. Quando a cliente chega com um rosto mais singelo e quer um rosto anguloso,
qual a sua posição em relação a este e outras situações similares?
( ) Faz o procedimento para que a cliente sinta-se satisfeita, mesmo que na sua
visão não seria o mais indicado.
22
( ) Verifica se o rosto possui estrutura (ossea, muscular) para receber tal
procedimento.
( ) Analisa se a personalidade condiz com tal procedimento.
13. Destas faces, quais os mais recomendados a uma reestruturação estética?
Triangular
( ) Recomendado ( ) Não recomendado
Hexagonal
( ) Recomendado ( ) Não recomendado
Oval
( ) Recomendado ( ) Não recomendado
23
Quadrado
( ) Recomendado ( ) Não recomendado
Hexagonal de base reta
( ) Recomendado ( ) Não recomendado
Losango
( ) Recomendado ( ) Não recomendado
Triangulo invertido
( ) Recomendado ( ) Não recomendado
24
ANEXO 1 - Termo de Consentimento
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIMENTO PARA PROJETOS
DE PESQUISA
Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário, em uma pesquisa.
Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer
parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas
é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa você não será
penalizado(a) de forma alguma.
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:
Título do Projeto: Médicos Estéticos e o uso do Visagismo nos Procedimentos
Invasivos.
Pesquisador Responsável: Fabiana Thives – [email protected]
Telefone para contato: (47) 8418-0839
Pesquisadores Participantes: Denia Liz Kuhn e Samira Bertuol.
Telefones para contato: (47) 9914-6889; (47) 9985-3524.
Esta pesquisa tem por objetivo a conclusao do Curso Tecnologo de Cosmetolodia e
Estetica da Universidade do Vale do Itajai – Univali.
 A aplicação do questionario será feita com cinco medicos na area da estetica
facial.
 Após o término do estudo, todas as pessoas que participaram do trabalho
receberão cópias dos mesmos, se assim desejarem.
 O nome do medico não será exposto no trabalho nem tão pouco em qualquer
explanação do trabalho. O medico possui liberdade para desistir da participação
se assim for de sua vontade. Esclarecimento do período de participação,
término, garantia de sigilo, direito de retirar o consentimento a qualquer tempo.

Nome do
Medico/Esteticista:____________________________________________

Assinatura do
Medico/Esteticista:________________________________________
25
Download

TÍTULO DO ARTIGO