Relatório de Gestão 10 DE NOVEMBRO DE 2013 A 10 DE FEVEREIRO DE 2014 VOLUME II - ANEXOS INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br Anexo I Protocolo para Cirurgia Segura INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA* Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz 09/07/2013 PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA 1. Finalidade A finalidade deste protocolo é determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente correto, por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde - OMS1. 2. Justificativa O volume anual de cirurgias de grande porte foi estimado entre 187 e 281 milhões, a partir de dados de 56 países, o que representa, aproximadamente, uma cirurgia para cada 25 pessoas por ano2. Nas últimas décadas, as técnicas cirúrgicas foram bastante aperfeiçoadas, aumentando as oportunidades de tratamento de patologias complexas. No entanto, esses avanços também aumentaram, de modo expressivo, o potencial de ocorrência de erros que podem resultar em dano para o paciente e levar à incapacidade ou à morte 3. Revisão sistemática realizada em 2008 sobre a ocorrência de eventos adversos em pacientes internados revelou que 01 (um) em cada 150 (cento e cinquenta) pacientes hospitalizados morre em consequência de um incidente. O mesmo estudo revelou que quase dois terços dos eventos adversos ocorridos em ambiente hospitalar foram associados ao cuidado cirúrgico4. As taxas de eventos adversos em cirurgia geral variam, segundo diferentes estudos e métodos de avaliação, entre 2% e 30%5. Os problemas associados à segurança cirúrgica são bem conhecidos nos países desenvolvidos, porem menos estudados nos países em desenvolvimento. Há relatos internacionais de recorrentes e persistentes ocorrências de cirurgias em locais errados, em órgãos vitais como pulmões e cérebro, além de pacientes que tiveram o rim, a glândula adrenal, a mama ou outro órgão sadio removido. A atenção que tais eventos invariavelmente atraem na mídia abala a confiança do público nos sistemas de saúde e nos profissionais de saúde. Estima-se que as cirurgias em local errado e no paciente errado ocorram em cerca de 01 em cada 50.000 a 100.000 procedimentos nos Estados Unidos (EUA), equivalendo a 1.500 a 2.500 eventos adversos deste tipo por ano6,7. Uma análise de eventos sentinelas relatados pela Joint Commission (JC), dos EUA, entre 1995 e 2006, apontou que 13% dos eventos adversos relatados devia-se a cirurgias em sítios errados8. A literatura corrobora com a suposição de que a cirurgia em local errado é mais comum em certas especialidades, particularmente em cirurgias ortopédicas. Em um estudo com 1.050 cirurgiões de mão, 21% relataram ter realizado pelo menos uma cirurgia em local errado em suas carreiras9. Uma análise dos acionamentos de seguros para erro médico que ocorreram após cirurgias ortopédicas demostraram que 68% derivaram de cirurgias em locais errados 10. Existem evidências de que a Lista de Verificação de Cirurgia Segura reduz complicações e salva vidas. Estudo realizado em oito países encontrou uma redução de 11% para 7% da ocorrência de complicações em pacientes cirúrgicos e uma diminuição de mortalidade de 1,5% para 0,8% com a adoção da lista de Verificação. Um estudo holandês mostra uma queda nas complicações entre pacientes cirúrgicos de 15,4% para 10,6% e da mortalidade de 1,5% para 0,8%. A Lista de Verificação foi aprovada por 25 países, que declararam ter mobilizado recursos para sua implementação e, em novembro de 2010, 1.788 hospitais no mundo haviam relatado o seu uso11. Nos últimos quatro anos, com o apoio da Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ), dos EUA, um grupo de especialistas das áreas de qualidade do cuidado e segurança do paciente, conduziu uma abrangente e rigorosa revisão sistemática sobre a evidência científica do que denominaram de Estratégias para a Segurança do Paciente (Patient Safety Strategies - PSSs). O estudo indicou a implementação de 22 estratégias com evidências suficientemente robustas para melhorar a segurança, considerando entre as estratégias, a implementação da Lista de Verificação de Cirurgia Segura como fortemente recomendada12. 3. Abrangência O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado em todos os locais dos estabelecimentos de saúde em que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo humano ou em introdução de equipamentos endoscópios, dentro ou fora de centro cirúrgico, por qualquer profissional de saúde. 4. Definições 4.1. Lista de Verificação: lista formal utilizada para identificar, comparar e verificar um grupo de itens/procedimentos 13. 4.2. Demarcação de Lateralidade: demarcação de local ou locais a ser operados. Esta demarcação é particularmente importante em casos de lateralidade (distinção entre direita e esquerda), estruturas múltiplas (p.ex. dedos das mãos e dos pés, costelas) e níveis múltiplos (p.ex. coluna vertebral). 4.3. Condutor da Lista de Verificação: profissional de saúde (médico ou profissional da enfermagem), que esteja participando da cirurgia e seja o responsável por conduzir a aplicação da lista de verificação, de acordo com diretrizes da instituição de saúde. 4.4. Segurança Anestésica: conjunto de ações realizadas pelo anestesiologista, que visa à redução da insegurança anestésica por meio da inspeção formal do equipamento anestésico, da checagem dos medicamentos e do risco anestésico do paciente antes da realização de cada cirurgia. Este procedimento deve seguir as orientações contidas no Manual para Cirurgia Segura da OMS, traduzido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. 4.5. Equipe cirúrgica: equipe composta por cirurgiões, anestesiologistas, profissionais de enfermagem, técnicos e todos os profissionais envolvidos na cirurgia. 5. Intervenção Muitos fatores concorrem para que um procedimento cirúrgico seja realizado de forma segura: profissionais capacitados, ambiente, equipamentos e materiais adequados para a realização do procedimento, conformidade com a legislação vigente, entre outros. Entretanto, este protocolo trata especificamente da utilização sistemática da Lista de Verificação de Cirurgia Segura como uma estratégia para reduzir o risco de incidentes cirúrgicos. Baseia-se na Lista de Verificação de Cirurgia Segura e no Manual de Cirurgia Segura, desenvolvidos pela OMS14 Todas as instruções contidas neste protocolo deverão ser adequadas à realidade de cada instituição, respeitando-se os princípios de cirurgia segura. A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases: I - Antes da indução anestésica; II - Antes da incisão cirúrgica; e III - Antes do paciente sair da sala de cirurgia. Cada uma dessas fases corresponde a um momento específico do fluxo normal de um procedimento cirúrgico. Para a utilização da Lista de Verificação, uma única pessoa deverá ser responsável por conduzir a checagem dos itens. Em cada fase, o condutor da Lista de Verificação deverá confirmar se a equipe completou suas tarefas antes de prosseguir para a próxima etapa. Caso algum item checado não esteja em conformidade, a verificação deverá ser interrompida e o paciente mantido na sala de cirurgia até a sua solução. 5.1. Antes da indução anestésica: O condutor da Lista de Verificação deverá: 5.1.1. Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, que sua identificação tenha sido confirmada. 5.1.2. Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos. 5.1.3. Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia. 5.1.4. Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação 5.1.5. Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu funcionamento. 5.1.6. Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de perda sanguínea do paciente, dificuldades nas vias aéreas, histórico de reação alérgica e se a verificação completa de segurança anestésica foi concluída. 5.2. Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica) Neste momento, a equipe fará uma pausa imediatamente antes da incisão cirúrgica para realizar os seguintes passos: 5.2.1. A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e função. 5.2.2. A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio cirúrgico correto. 5.2.3. A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a cirurgia, usando as questões da Lista de Verificação como guia. 5.2.4. A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão cirúrgica. 5.2.5. A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários. 5.3. Antes do paciente sair da sala de cirurgia A equipe deverá revisar em conjunto a cirurgia realizada por meio dos seguintes passos: 5.3.1. A conclusão da contagem de compressas e instrumentais. 5.3.2. A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida. 5.3.3. A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões que necessitem ser solucionadas. 5.3.4. A revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à abordagem pósoperatória e da recuperação pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala de cirurgia. 6. Procedimento operacional 6.1. Antes da indução anestésica A etapa - antes da indução anestésica - requer a presença do anestesiologista e da equipe de enfermagem. Segue o detalhamento de cada um dos procedimentos desta etapa: 6.1.1. Confirmar a identificação do paciente, do sítio cirúrgico, do procedimento e do consentimento informado. O condutor da Lista de Verificação confirma verbalmente com o paciente sua identificação, o tipo de procedimento planejado, o sítio cirúrgico e a assinatura do consentimento para cirurgia. Quando a confirmação pelo paciente não for possível, como no caso de crianças ou pacientes incapacitados, um tutor ou familiar poderá assumir esta função. Os Termos de Consentimento Informados - cirúrgicos e anestésicos - devem ser assinados pelo paciente ou seu representante legal, após os esclarecimentos feitos por médico membro da equipe cirúrgica, antes do encaminhamento do paciente para o local de realização do procedimento cirúrgico. 6.1.2. Demarcar o sítio cirúrgico A identificação do sítio cirúrgico deverá ser realizada por médico membro da equipe cirúrgica antes do encaminhamento do paciente para o local de realização do procedimento. Sempre que possível, tal identificação deverá ser realizada com o paciente acordado e consciente, que confirmará o local da intervenção. A instituição deverá ter processos definidos por escrito para lidar com as exceções, como, por exemplo, recusa documentada do paciente, de modo a garantir a segurança cirúrgica. O condutor deverá confirmar se o cirurgião fez a demarcação do local da cirurgia no corpo do paciente naqueles casos em que o procedimento cirúrgico envolve lateralidade, múltiplas estruturas ou múltiplos níveis. Nestes casos, a demarcação deverá ser realizada no corpo do paciente em local que indica a estrutura a ser operada com o uso de caneta dermográfica. O símbolo a ser utilizado deverá ser padronizado pela instituição e deve permanecer visível após preparo da pele e colocação de campos cirúrgicos. Devem-se evitar marcas ambíguas como “x”, podendo ser utilizado, por exemplo, o sinal de alvo para este fim. 6.1.3. Verificar a segurança anestésica O condutor completa a próxima etapa solicitando ao anestesiologista que confirme a conclusão da verificação de segurança anestésica. 6.1.4. Verificar o funcionamento do monitor multiparamétrico Antes da indução anestésica, o condutor confirma que um monitor multiparamétrico tenha sido posicionado no paciente e que esteja funcionando corretamente. 6.1.5. Verificar alergias conhecidas O condutor deverá perguntar ou confirmar se o paciente possui uma alergia conhecida, mesmo se o condutor tenha conhecimento prévio a respeito da alergia. Em caso de alergia, deverá confirmar se o anestesiologista tem conhecimento e se a alergia em questão representa um risco para o paciente. Se algum membro da equipe cirúrgica tem conhecimento sobre uma alergia que o anestesiologista desconheça, esta informação deverá ser comunicada. 6.1.6. Verificar a avaliação de vias aéreas e risco de aspiração O condutor deverá confirmar verbalmente com o anestesiologista se este avaliou objetivamente se o paciente possui uma via aérea difícil. O risco de aspiração também deverá ser levado em consideração como parte da avaliação da via aérea. 6.1.7. Verificar a avaliação de risco de perda sanguínea O condutor deverá perguntar ao anestesiologista se o paciente tem risco de perder mais de meio litro de sangue (> 500 ml) ou mais de 7 ml/kg em crianças durante a cirurgia a fim de assegurar o reconhecimento deste risco e garantir a preparação para essa eventualidade. 6.2. Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica) A Pausa Cirúrgica é uma pausa momentânea feita pela equipe imediatamente antes da incisão cutânea a fim de confirmar que as várias verificações essenciais para a segurança cirúrgica foram empreendidas e que envolveram toda equipe. 6.2.1. Identificar todos os membros da equipe O condutor solicitará que cada pessoa na sala se apresente pelo nome e função. Nas equipes cujos membros já estão familiarizados uns com os outros, o condutor pode apenas confirmar que todos já tenham sido apresentados, mas quando ocorrer a presença de novos membros ou funcionários que tenham se revezado dentro da sala cirúrgica desde o último procedimento, estes devem se apresentar. 6.2.2. Confirmar verbalmente a identidade do paciente, o sítio cirúrgico e o procedimento. Imediatamente antes da incisão cirúrgica, é conduzida uma nova confirmação pela equipe cirúrgica (cirurgião, anestesiologista e equipe de enfermagem) do nome do paciente, do procedimento cirúrgico a ser realizado, do sítio cirúrgico e, quando necessário, do posicionamento do paciente. 6.2.3. Verificar a previsão de eventos críticos O condutor da Lista de Verificação conduz uma rápida discussão com o cirurgião, anestesiologista e enfermagem a respeito de riscos graves e planejamentos operatórios. 6.2.4. Prever etapas críticas, possíveis eventos críticos, duração da cirurgia e perda sanguínea O cirurgião deverá informar à equipe quais são as etapas críticas e os possíveis eventos críticos e a perda sanguínea prevista. 6.2.5. Revisar eventuais complicações anestésicas O anestesiologista deverá revisar em voz alta o planejamento e as preocupações específicas para ressuscitação cardiopulmonar. Deverá informar também a previsão do uso de sangue, componentes e hemoderivados, além da presença de comorbidades e características do paciente passíveis de complicação, como doença pulmonar ou cardíaca, arritmias, distúrbios hemorrágicos, etc.. 6.2.6. Confirmar verbalmente a revisão das condições de esterilização, equipamentos e infraestrutura. O instrumentador ou o técnico que disponibiliza o equipamento para a cirurgia deverá confirmar verbalmente a realização da esterilização e sua confirmação por meio do indicador de esterilização, demonstrando que a esterilização tenha sido bem sucedida. Além de verificar se as condições dos equipamentos, bem como infraestrutura tenham sido avaliadas pela enfermagem. 6.2.7. Verificar a realização da profilaxia antimicrobiana O condutor perguntará em voz alta se os antimicrobianos profiláticos foram administrados durante os últimos 60 minutos antes da incisão da pele. O membro da equipe responsável pela administração de antimicrobianos (geralmente o anestesiologista) deverá realizar a confirmação verbal. 6.2.8. Verificar exames de imagem O condutor deverá perguntar ao cirurgião se exames de imagem são necessários para a cirurgia. Em caso afirmativo, o condutor deverá confirmar verbalmente que os exames necessários para realização segura do procedimento cirúrgico estão na sala e expostos de maneira adequada para uso durante a cirurgia. 6.3. Antes do paciente deixar a sala de cirurgia 6.3.1. Confirmar o nome do procedimento O condutor deverá confirmar com o cirurgião e a equipe exatamente qual procedimento foi realizado. 6.3.2. Verificar a correta contagem de instrumentais, compressas e agulhas O profissional de enfermagem ou o instrumentador deverá confirmar verbalmente a conclusão das contagens finais de compressas e agulhas. Nos casos de cirurgia com cavidade aberta, a conclusão da contagem de instrumental também deve ser confirmada. 6.3.3. Confirmar a identificação da amostra O profissional de enfermagem deve confirmar a identificação/etiquetagem correta de qualquer amostra patológica obtida durante o procedimento pela leitura em voz alta do nome do paciente, descrição da amostra com indicação anatômica do local de origem da amostra e quaisquer outras indicações orientadoras. 6.3.4. Documentar problemas com equipamentos O condutor deve assegurar que os problemas com equipamentos que tenham ocorrido durante a cirurgia sejam identificados, relatados e documentados pela equipe. 6.3.5. Rever as medidas para a recuperação pós-operatoria O cirurgião, o anestesiologista e o profissional de enfermagem deverão revisar o plano de recuperação pós-operatória, focando particularmente em questões anestésicas ou cirúrgicas que possam interferir nesta recuperação. 7. Estratégias de monitoramento e indicadores Percentual de pacientes que recebeu antibioticoprofilaxia no momento adequado; Número de cirurgias em local errado; Número de cirurgias em paciente errado; Número de procedimentos errados; Taxa de mortalidade cirúrgica intrahospitalar ajustada ao risco; e Taxa de adesão à Lista de Verificação. Referências Bibliográficas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. Shekelle PG, Pronovost PJ, Wachter RM, McDonald KM, Schoelles K, Dy SM, et al. The Top Patient Safety Strategies That Can Be Encouraged for Adoption Now. Annals of Internal Medicine. 2013;158(5_Part_2):365-8. Ronsmans C, Graham WJ. Maternal mortality: who, when, where, and why. Lancet. 368. England2006. p. 1189-200. Zegers M, de Bruijne MC, de Keizer B, Merten H, Groenewegen PP, van der Wal G, et al. The incidence, root-causes, and outcomes of adverse events in surgical units: implication for potential prevention strategies. Patient Saf Surg. 5. England2011. p. 13. de Vries EN, Ramrattan MA, Smorenburg SM, Gouma DJ, Boermeester MA. The incidence and nature of in-hospital adverse events: a systematic review. Qual Saf Health Care. 17. England 2008. p. 216-23. Rebasa P, Mora L, Vallverdu H, Luna A, Montmany S, Romaguera A, et al. [Adverse events in general surgery. A prospective analysis of 13,950 consecutive patients]. Cir Esp. 89. Spain: A 2011 AEC. Published by Elsevier Espana; 2011. p. 599-605. Kwaan Mr Fau - Studdert DM, Studdert Dm Fau - Zinner MJ, Zinner Mj Fau Gawande AA, Gawande AA, Seiden Sc Fau - Barach P, Barach P, et al. Incidence, patterns, and prevention of wrong-site surgery Seiden SC, Barach P. Wrong-side/wrong-site, wrong-prcedure, and wrong-patient adverse events: Are they preventable? Arch Surg. 141. United States2006. p. 931-9. .Joint Commission. Sentinel event statistics. December 31,2006. Disponível em: http://www.jointcommission.org/SentinelEvents/Statistics. [Acessado 5 Maio 2007] Joint Commission. Sentinel events alert. 5th December 2001. Disponível em: http://www.jointcommission.org/SentinelEvent/sentineleventalert/sea_24.html [Acessado 3 Maio 2007] .Healy JM. How hospital leaders implemented a safe surgery protocol in Australian hospitals. Int J Qual Health Care. 24. England2012. p. 88-94. Cowell HR. Wrong-site surgery. J Bone Joint Surg Am. 1998;80(4):463. World Health Organization. Conceptual Framework for the International Classification of Patient Safety- Final Technical Report 2009. WHO:Swizterland, 2009. Administration FA. Section 12: Aircraft Checklist for 14 CFR Parts 121/135 iFOFSIMSF. 14. Organização Pan-Americana de Saúde, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual Cirurgias Seguras Salvam Vidas. Brasília, 2010. Anexo II Protocolo de Higienização das Mãos INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br PROTOCOLO PARA A PRÁTICA DE HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE* Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz 09/07/2013 Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente. HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE 1. Finalidade Instituir e promover a higiene das mãos nos serviços de saúde do país com o intuito de prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes. 2. Abrangência Este protocolo deverá ser aplicado em todas os serviços de saúde, públicos ou privados, que prestam cuidados à saúde, seja qual for o nível de complexidade, no ponto de assistência. Entende-se por Ponto de Assistência, o local onde três elementos estejam presentes: o paciente, o profissional de saúde e a assistência ou tratamento envolvendo o contato com o paciente ou suas imediações (ambiente do paciente). O protocolo deve ser aplicado em todos os Pontos de Assistência, tendo em vista a necessidade de realização da higiene das mãos exatamente onde o atendimento ocorre. Para tal, é necessário o fácil acesso a um produto de higienização das mãos, como por exemplo, a preparação alcoólica. O Produto de higienização das mãos deverá estar tão próximo quanto possível do profissional, ou seja, ao alcance das mãos no ponto de atenção ou local de tratamento, sem a necessidade do profissional se deslocar do ambiente no qual se encontra o paciente 1. O produto mais comumente disponível é a preparação alcóolica para as mãos, que deve estar em dispensadores fixados na parede, frascos fixados na cama / na mesa de cabeceira do paciente, nos carrinhos de curativos / medicamentos levados para o ponto de assistência, podendo também ser portado pelos profissionais em frascos individuais de bolso2. Definição “Higiene das mãos” é um termo geral, que se refere a qualquer ação de higienizar as mãos para prevenir a transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram IRAS1. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa3, o termo engloba a higiene simples, a higiene antisséptica, a fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica, definidas a seguir, e a antissepsia cirúrgica das mãos, que não será abordada neste protocolo. 2.1. Higiene simples das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete comum, sob a forma líquida. 2.2. Higiene antisséptica das mãos: ato de higienizar as mãos com água e sabonete associado a agente antisséptico. 2.3. Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica: aplicação de preparação alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de enxague em água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos. 3.3.1. Preparação alcoólica para higiene das mãos sob a forma líquida: preparação contendo álcool, na concentração final entre 60% a 80% destinadas à aplicação nas mãos para reduzir o número de micro-organismos. Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele. 3.3.2. Preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras: preparações contendo álcool, na concentração final mínima de 70% com atividade antibacteriana comprovada por testes de laboratório in vitro (teste de suspensão) ou in vivo, destinadas a reduzir o número de micro-organismos. Recomenda-se que contenha emolientes em sua formulação para evitar o ressecamento da pele. 3. Intervenções 3.1. Momentos As mãos devem ser higienizadas em momentos essenciais e necessários de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para prevenção de IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos: “Meus cinco momentos para a higiene das mãos” 1. A ação correta no momento certo é a garantia de cuidado seguro para os pacientes. 3.1.1. Antes de tocar o paciente 3.1.2. Antes de realizar procedimento limpo/asséptico a) Antes de manusear um dispositivo invasivo, independentemente do uso ou não de luvas. b) Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente. 3.1.3. Após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções a) Após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas mucosas, pele não íntegra ou curativo. b) Ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente. c) Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas 3.1.4. Após tocar o paciente a) Antes e depois do contato com o paciente b) Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas 3.1.5. Após tocar superfícies próximas ao paciente a) Após contato com superfícies e objetos inanimados (incluindo equipamentos para a saúde) nas proximidades do paciente b) Após remover luvas esterilizadas ou não esterilizadas Figura 1. Meus cinco momentos para a higiene das mãos Fonte:1,2. 3.2. Recomendações As recomendações formuladas foram baseadas em evidências descritas nas várias seções das diretrizes e consensos de especialistas, conforme mostra o Quadro 1 do Apêndice4,1 . Recomendações para a higiene das mãos As indicações para higiene das mãos contemplam 1 : a) Higienizar as mãos com sabonete líquido e água i. Quando estiverem visivelmente sujas ou manchadas de sangue ou outros fluidos corporais (IB) ou após uso do banheiro (II); ii. Quando a exposição a potenciais patógenos formadores de esporos for fortemente suspeita ou comprovada, inclusive surtos de C. difficile. (IB); iii. Em todas as outras situações, nas quais houver impossibilidade de obter preparação alcoólica (IB). b) Higienizar as mãos com preparação alcoólica i. Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas (IA) e antes e depois de tocar o paciente e após remover luvas (IB); ii. Antes do manuseio de medicação ou preparação de alimentos (IB); Obs. Sabonete líquido e preparação alcoólica para a higiene das mãos não devem ser utilizados concomitantemente (II). 5. Procedimentos Operacionais 5.1. Higienização simples: com sabonete líquido e água 5.1.1. Finalidade Remover os micro-organismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de micro-organismos. 5.1.2. Duração do procedimento A higienização simples das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos. 5.1.3. Técnica A técnica de higiene simples das mãos envolve os passos a seguir5 : 0 - Molhe as mãos com água; 1 - Aplique na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície das mãos; 2 - Ensaboe as palmas das mãos friccionando-as entre si; 3 - Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa; 4 - Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais; 5 - Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimentos de vai-e-vem e vice-versa; 6 - Esfregue o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita utilizando-se de movimento circular e vice-versa; 7 – Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo movimento circular e vice-versa; 8 – enxague bem as mãos com água; 9 – Seque as mãos com papel toalha descartável 10 – No caso de torneiras de fechamento manual, para fechar sempre utilize o papel toalha; 11 – Agora as suas mãos estão seguras. 5.2. Higienização antisséptica: antisséptico degermante e água 5.2.1. Finalidade Promover a remoção de sujidades e da microbiota transitória, reduzindo a microbiota residente das mãos, com auxílio de um antisséptico. 5.2.2. Duração do procedimento A higienização antisséptica das mãos deve ter duração mínima de 40 a 60 segundos. 5.2.3. Técnica A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete líquido comum por um associado a antisséptico, como antisséptico degermante 3 . 5.3. Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica 5.3.1. Finalidade A utilização de preparação alcoólica para higiene das mãos sob as formas gel, espuma e outras (na concentração final mínima de 70%) ou sob a forma líquida (na concentração final entre 60% a 80%) tem como finalidade reduzir a carga microbiana das mãos e pode substituir a higienização com água e sabonete líquido quando as mãos não estiverem visivelmente sujas 6 . A Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica não realiza remoção de sujidades. 5.3.2. Duração do procedimento A fricção das mãos com preparação alcoólica antisséptica deve ter duração de no mínimo 20 a 30 segundos. 5.3.3. Técnica Os seguintes passos devem ser seguidos durante a realização da técnica de fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica 5 : 1 – Aplique uma quantidade suficiente de preparação alcóolica em uma mão em forma de concha para cobrir todas as superfícies das mãos. 2 – Friccione as palmas das mãos entre si; 3 - Friccione a palma de mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos e vice-versa; 4 – Friccione a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados; 5 - Friccione o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento vai-e-vem e vice-versa; 6 – Friccione o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa; 7 - Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo um movimento circular e vice-versa; 8 – Quando estiverem secas, suas mãos estarão seguras. 6. Estratégia multimodal A melhora da prática de higienização das mãos, de forma bem sucedida e sustentada, é alcançada por meio da implementação de estratégia multimodal, ou seja, um conjunto de ações para transpor diferentes obstáculos e barreiras comportamentais. A Estratégia Multimodal da Organização Mundial de Saúde - OMS para a Melhoria da Higienização das Mãos1,2,7 ,foi proposta para traduzir, na prática, as recomendações sobre a higiene das mãos e é acompanhada por uma ampla gama de ferramentas práticas e de implementação prontas para serem aplicadas nos serviços de saúde. Todas as ferramentas de higiene das mãos, direcionadas para gestores, profissionais de saúde e profissionais que atuam no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e qualidade estão disponíveis no Portal da Anvisa, em: http://bit.ly/wL0d6V. Os componentes-chave da Estratégia Multimodal da OMS para a Melhoria da Higienização das Mãos são descritos a seguir1 : 6.1. Mudança de sistema: assegurar que a infraestrutura necessária esteja disponível para permitir a prática correta de higiene das mãos pelos profissionais de saúde. Isto inclui algumas condições essenciais: Acesso a sabonete líquido e papel toalha, bem como a um fornecimento contínuo e seguro de água, de acordo com o disposto na Portaria GM/MS nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011; Acesso imediato a preparações alcoólicas para a higiene das mãos no ponto de assistência; Pias no quantitativo de uma para cada dez leitos, preferencialmente com torneira de acionamento automático em unidades não críticas e obrigatoriamente em unidades críticas. 6.2. Educação e treinamento: fornecer capacitação regular a todos os profissionais de saúde sobre a importância da higienização das mãos, com base na abordagem “Meus 5 Momentos para a Higiene das Mãos” e os procedimentos corretos de higiene das mãos. 6.3. Avaliação e retroalimentação: monitorar as práticas de higiene das mãos e a infraestrutura, assim como a percepção e conhecimento sobre o tema entre os profissionais da saúde retroalimentando estes resultados. 6.4. Lembretes no local de trabalho: alertar e lembrar os profissionais de saúde sobre a importância da higienização das mãos e sobre as indicações e procedimentos adequados para realizá-la. 6.5. Clima de segurança institucional: criar um ambiente que facilite a sensibilização dos profissionais quanto à segurança do paciente e no qual o aprimoramento da higieneização das mãos constitui prioridade máxima em todos os níveis, incluindo: A participação ativa em nível institucional e individual; A consciência da capacidade individual e institucional para mudar e aprimorar (auto eficácia); e Parcerias com pacientes, acompanhantes e com associações de pacientes. 7. Indicadores Os seguintes indicadores de desempenho devem ser utilizados pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para a mensuração da melhoria da adesão às práticas de higiene das mãos4,1,8 : 7.1. Indicador obrigatório: a) Consumo de preparação alcoólica para as mãos: monitoramento do volume de preparação alcoólica para as mãos utilizado para cada 1.000 pacientes-dia. b) Consumo de sabonete monitoramento do volume de sabonete líquido associado ou não a antisséptico utilizado para cada 1.000 pacientes-dia. 7.2. Indicador recomendável: c) Percentual (%) de adesão: número de ações de higiene das mãos realizados pelos profissionais de saúde/número de oportunidades ocorridas para higiene das mãos, multiplicado por 100. Nota: o retorno da informação à direção do estabelecimento e aos profissionais pelo resultado dos indicadores deverá ser providenciada pela CCIH. 8. Cuidados Especiais 8.1. Cuidado com o uso de luvas O uso de luvas não altera nem substitui a higienização das mãos, seu uso por profissionais de saúde não deve ser adotado indiscriminadamente, devendo ser restrito às indicações a seguir1,8 : Utilizá-las para proteção individual, nos casos de contato com sangue e líquidos corporais e contato com mucosas e pele não íntegra de todos os pacientes; Utilizá-las para reduzir a possibilidade de os micro-organismos das mãos do profissional contaminarem o campo operatório (luvas cirúrgicas); Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de micro-organismos de um paciente para outro nas situações de precaução de contato; Trocar de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente; Trocar de luvas durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo; Trocar de luvas quando estas estiverem danificadas; Nunca tocar desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver com luvas; Higienizar as mãos antes e após o uso de luvas; e 8.2. Cuidados com a pele das mãos 8.2.1. Os seguintes aspectos devem ser levados em consideração para garantir o bom estado da pele das mãos 9 : a fricção das mãos com preparação alcoólica contendo um agente umectante agride menos a pele do que a higiene com sabonete líquido e água; as luvas entalcadas podem causar irritação quando utilizadas simultaneamente com produtos alcoólicos; o uso de cremes de proteção para as mãos ajudam a melhorar a condição da pele, desde que sejam compatíveis com os produtos de higiene das mãos e as luvas utilizadas. 8.2.2. Os seguintes comportamentos devem ser evitados 9 : utilizar sabonete líquido e água, simultaneamente a produtos alcoólicos; utilizar água quente para lavar mãos com sabonete líquido e água; calçar luvas com as mãos molhadas, levando a riscos de causar irritação; higienizar as mãos além das indicações recomendadas; usar luvas fora das recomendações. 8.2.3. Os seguintes princípios devem ser seguidos 3,8,9 : Enxaguar abundantemente as mãos para remover resíduos de sabonete líquido e sabonete antisséptico; friccionar as mãos até a completa evaporação da preparação alcoólica; secar cuidadosamente as mãos após lavar com sabonete líquido e água; manter as unhas naturais, limpas e curtas; não usar unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes; deixar punhos e dedos livres, sem a presença de adornos como relógios, pulseiras e anéis, etc; aplicar regularmente um creme protetor para as mãos (uso individual). Referências Bibliográficas 1. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Assistência Segura: Uma Reflexão Teórica Aplicada à Prática. Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília, 2013. 2. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA.Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília, 2007. Disponível em:<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm>. Acesso em: 21 mar. 2013. 3. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. RDC n°. 42, de 25 de outubro de 2010. Dispõe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out. 2010. 4. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde – Higienização das Mãos. Brasília, 2009. 5. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND REVENTION. Guideline for Hand Hygiene in Health-Care Settings: recommendations of the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. MMWR, v.51, n. RR-16, p.1-45, 2002. 6. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE - OPAS/OMS; AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – MINISTÉRIO DA SAÚDE – ANVISA/MS. Manual para Observadores. Brasília, DF, 2008a. 7. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE - OPAS/OMS; AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – MINISTÉRIO DA SAÚDE – ANVISA/MS. Guia para Implantação. Um guia para implantação da Estratégia Multimodal da OMS para a Melhoria da Higienização das Mãos. Brasília, DF, 2008b. 8. WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Hand Hygiene: Why, How and When. SummaryBrochure on Hand Hygiene. World Alliance for Patient Safety, 2006. p. 1-4. 9. WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Guidelines on Hand Hygiene in Health Care. First Global Patient Safety Challenge. Clean Care is Safer Care Geneva: WHO Press, 2009a. 270 p. Disponível em: <http://www.who.int/gpsc/5may/background/5moments/en/>Acesso em: 20 mar. 2013. 10. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Hand hygiene technical reference manual: to be used by health-care workers, trainers and observers of hand hygiene practices.Geneva: WHO Press, 2009b. 31 p. APÊNDICE I SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DAS RECOMENDAÇÕES Quadro 1 -Sistema de classificação das recomendações das Diretrizes. Categoria IA Critérios Fortemente recomendada para implementação e fortemente apoiada por estudos experimentais, clínicos ou epidemiológicos bem elaborados IB Fortemente recomendada para implementação e apoiada por alguns estudos experimentais, clínicos ou epidemiológicos e uma forte fundamentação teórica IC Necessária para a implementação, conforme estabelecido por regulamento ou norma federal e/ou estadual II Sugerida para implementação e apoiada por estudos clínicos ou epidemiológicos sugestivos ou uma fundamentação teórica ou o consenso de um painel de especialistas Fonte: 4,1. Quadro 2 - Correspondência entre as indicações e as recomendações para higiene das mãos 1 . Os 5 Momentos Recomendações Diretrizes da Organização Mundial de Saúde - OMS sobre Higiene das Mãos em Serviços de Saúde (WHO, 2009a) 1. Antes de tocar o paciente D.a) antes e após contato com o paciente (IB) 2. Antes de realizar procedimento limpo/asséptico D.b) antes de manusear um dispositivo invasivo , independentemente do uso ou não de luvas (IB) D.d) ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente (IB) 3. Após o risco de exposição a fluidos corporais D.c) após contato com fluidos corporais ou excretas, membranas mucosas, pele não íntegra ou curativo (IA) D.d) ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o atendimento do mesmo paciente (IB)) D.f) após remover luvas esterilizadas (II) ou não esterilizadas (IB) 4. Após tocar o paciente D.a) antes e após contato com o paciente (IB) D.f) após remover luvas esterilizadas (II) ou não esterilizadas (IB) 5. Após tocar as superfícies próximas ao paciente D.e) após contato com superfícies e objetos inanimados (incluindo equipamentos para a saúde) nas imediações do paciente (IB) D.f) após remover luvas esterilizadas (II) ou não esterilizadas (IB) Fonte:1 . Anexo III Protocolo de Identificação do Paciente INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE* Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente. PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 1. Finalidade A finalidade deste protocolo é garantir a correta identificação do paciente, a fim de reduzir a ocorrência de incidentes. O processo de identificação do paciente deve assegurar que o cuidado seja prestado à pessoa para a qual se destina. 2. Justificativa A identificação correta do paciente é o processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é destinado determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência de erros e enganos que o possam lesar1. Erros de identificação do paciente podem ocorrer, desde a admissão até a alta do serviço, em todas as fases do diagnóstico e do tratamento. Alguns fatores podem potencializar os riscos na identificação do paciente como: estado de consciência do paciente, mudanças de leito, setor ou profissional dentro da instituição e outras circunstâncias no ambiente. Entre 2003 e 2005, The United Kingdom National Patient Safety Agency apresentou 236 incidentes relacionados a pulseiras com informações incorretas. A má identificação do paciente foi citada em mais de 100 análises de causa raiz realizadas pelo The United States Department of Veterans Affairs (VA) National Center for Patient Safety entre 2000 e 20031. Anualmente, cerca de 850 pacientes nos Estados Unidos são transfundidos com sangue destinados a outros pacientes e aproximadamente 3% desses pacientes evoluem para óbito. Em cada 1.000 pacientes que recebem transfusões de sangue ou de hemocomponentes, um indivíduo recebe a destinada a outra pessoa. Em dois terços dos casos, o motivo é a identificação errada da bolsa3. Muitas instituições fazem uso das pulseiras para identificar seus pacientes. Em pesquisa relacionada à aceitabilidade dos pacientes com relação a esta prática, foi demonstrado que a maior parte dos pacientes era favorável e que considerava importante a necessidade de utilização de algum método de identificação pelos hospitais, principalmente após explicação sobre as consequências de uma identificação incorreta4. Segundo os autores, cerca de 84% dos pacientes consideravam que o hospital deveria utilizar as pulseiras e 90% afirmaram que concordariam em utilizá-las4. Estudos sobre o processo de identificação de pacientes com a utilização de pulseiras demonstraram que existem altos níveis de consciência profissional da equipe e evidenciaram a importância da tomada de decisão de aplicação do dispositivo no momento mais precoce possível, especialmente em pacientes de emergência5. Ressaltaram a importância da participação do paciente para minimizar o risco de dados errôneos e a preocupação com o uso do dispositivo em algumas circunstâncias clínicas especiais, como transfusão de sangue e administração de medicamentos5. Consensos e relatórios de especialistas indicam reduções significativas na ocorrência de erros após a implementação de processos de identificação do paciente2. 3. Abrangência O protocolo deverá ser aplicado em todos os ambientes de prestação do cuidado de saúde (por exemplo, unidades de internação, ambulatório, salas de emergência, centro cirúrgico) em que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos. 4. Intervenção O protocolo de identificação do paciente inclui as seguintes intervenções: 4.1. Identificar os pacientes Para assegurar que todos os pacientes sejam corretamente identificados, é necessário usar pelo menos dois identificadores em pulseira branca padronizada, colocada num membro do paciente para que seja conferido antes do cuidado. As especificações da pulseira de identificação do paciente estão descritas no Apêndice deste Protocolo. O serviço de saúde escolhe o membro em função do paciente. Em geral, o local escolhido para o adulto é o punho, mas, para recém-nascidos, a pulseira deve ser colocada preferencialmente no tornozelo. Nos casos em que não haverá possibilidade do uso em adultos em membros superiores, indicar o uso em membros inferiores. 4.2. Educar o paciente/ acompanhante/ familiar / cuidador Para envolver o paciente/ acompanhante/familiar/cuidador no processo de identificação correta, é necessário que sejam explicados os propósitos dos 2 identificadores da pulseira e que a conferência da identificação seja obrigatória antes do cuidado. 4.3. Confirmar a identificação do paciente antes do cuidado A confirmação da identificação do paciente será realizada antes do cuidado. Inclui a orientação da administração de medicamentos, do sangue e de hemoderivados, da coleta de material para exame, da entrega da dieta e da realização de procedimentos invasivos. 5. Procedimento operacional 5.1. Identificar o paciente A identificação de todos os pacientes (internados, em regime de hospital dia, ou atendidos no serviço de emergência ou no ambulatório) deve ser realizada em sua admissão no serviço através de uma pulseira. Essa informação deve permanecer durante todo o tempo que paciente estiver submetido ao cuidado. A identificação do recém-nascido requer cuidados adicionais. A pulseira de identificação deve conter minimamente a informação do nome da mãe e o número do prontuário do recém-nascido, bem como outras informações padronizadas pelo serviço de saúde. O serviço de saúde deve prever o que fazer caso a pulseira caia ou fique ilegível. CASOS ESPECIAIS: O serviço de saúde deve definir como identificar pacientes que não possam utilizar a pulseira, tais como grandes queimados, mutilados e politraumatizados. 5.1.1. Definições Institucionais A instituição deve definir um membro preferencial para a colocação de pulseiras como dispositivo de identificação. Deverá ser promovido um rodízio dos membros, de acordo com as necessidades dos pacientes, levando em consideração situações, tais como: edemas, amputações, presença de dispositivos vasculares, entre outros. Utilizar no mínimo dois identificadores como: nome completo do paciente, nome completo da mãe do paciente, data de nascimento do paciente número de prontuário do paciente. Nos casos em que a identidade do paciente não está disponível na admissão e quando não houver a informação do nome completo, poderão ser utilizados o número do prontuário e as características físicas mais relevantes do paciente, incluindo sexo e raça. O serviço deve definir o que deve acontecer se a pulseira de identificação estiver danificada, ou for removida ou se tornar ilegível. O registro dos identificadores do paciente podem ser impressos de forma digital ou podem ser manuscritos. Independentemente do método adotado para produzir os identificadores, a informação deve: Ser fácil de ler, mesmo se a pulseira de identificação for exposta à água, sabão e detergentes, géis, sprays, produtos de limpeza a base de álcool, hemocomponentes e outros líquidos corporais, e qualquer outro líquido ou preparação; e Não se desgastar durante a permanência do paciente no hospital. Para que essas exigências sejam atendidas, as etiquetas pré-impressas devem caber no espaço disponível na pulseira de identificação. Se as etiquetas forem muito grandes, elas podem envolver a pulseira e esconder a informação. A impressão deve ser durável, impermeável, segura e inviolável. A inserção de dados manuscritos na pulseira de identificação deve garantir a durabilidade da informação, sendo necessário o uso de canetas especiais. Os serviços de saúde devem desenvolver, implementar e revisar regularmente processos que facilitem a correta identificação dos pacientes na passagem de caso entre as equipes de saúde, na transferência e na alta do paciente. 5.1.2. Transferências de Pacientes Quando for realizada transferência para outro serviço de saúde, um identificador adicional do paciente pode ser o endereço, para refinar a exatidão da identificação, devido a não transferência do número do prontuário entre os serviços de saúde. O mesmo deve ocorrer quando a transferência for entre o serviço de ambulância e um serviço de saúde. Quando o paciente for morador de rua, de instituição de longa permanência, desabrigado, proveniente de catástrofes, de localidades na periferia e interior, onde não há número de casa ou rua para ser referenciado, o serviço de saúde determinará o identificador adicional. Quando a transferência for entre o serviço de ambulância e um serviço de saúde e nenhum dos identificadores do paciente estiver disponível, o máximo possível de detalhes deve ser registrado, como: O local de onde a pessoa foi resgatada e o horário, O número de registro do atendimento do serviço de ambulância, A descrição física da pessoa. Essas informações devem ser registradas em todos os documentos importantes e constar no prontuário. IMPORTANTE: O número do quarto/enfermaria/leito do paciente não pode ser usado como um identificador, em função do risco de trocas no decorrer da estada do paciente no serviço. 5.2. Confirmar a identificação do paciente antes do cuidado 5.2.1. A confirmação da identificação do paciente será realizada antes de qualquer cuidado que inclui: A administração de medicamentos, A administração do sangue, A administração de hemoderivados, A coleta de material para exame, A entrega da dieta e; A realização de procedimentos invasivos. 5.2.2. O profissional responsável pelo cuidado deverá perguntar o nome ao paciente/familiar/acompanhante e conferir as informações contidas na pulseira do paciente com o cuidado prescrito, ou com a rotulagem do material que será utilizado. 5.2.3. A identificação do hemocomponente e dos hemoderivados deve seguir a legislação específica. 5.2.4. A confirmação da informação contida na pulseira do recém-nascido e na pulseira da mãe deve ocorrer em todo o momento que o recém-nascido for entregue à mãe ou responsável legal (em caso de impossibilidade da mãe). 5.2.5. Caso a mãe não esteja internada, deverá ser solicitado documento que comprove o nome da mãe e deverá ser realizada a confirmação com os dados existentes na pulseira do recém-nascido. 5.2.6. Mesmo que o profissional de saúde conheça o paciente, deverá verificar os detalhes de sua identificação para garantir que o paciente correto receba o cuidado correto. 5.2.7. A verificação da identidade do paciente não deve ocorrer apenas no início de um episódio de cuidado, mas deve continuar a cada intervenção realizada no paciente ao longo de sua permanência no hospital, a fim de manter a sua segurança. 5.2.8. PEÇA ao paciente que declare (e, quando possível, soletre) seu nome completo e data de nascimento. 5.2.9. SEMPRE verifique essas informações na pulseira de identificação do paciente, que deve dizer exatamente o mesmo. Checar se a impressão ou registro encontrase legível. 5.2.10. Lembrar que deve constar o nome completo do paciente, sem abreviaturas 5.2.11. NUNCA pergunte ao paciente “você é o Sr. Silva?” porque o paciente pode não compreender e concordar por engano. 5.2.12. NUNCA suponha que o paciente está no leito correto ou que a etiqueta com o nome acima do leito está correta. 6. Estratégias de monitoramento e indicadores 6.1. Notificação dos casos de identificação errada de pacientes Todos os incidentes envolvendo identificação incorreta do paciente devem ser notificados de acordo com a legislação vigente e investigados pelo serviço. A implementação das recomendações geradas pelas investigações devem ser monitoradas pelo próprio serviço de saúde. 6.2. Indicadores Mecanismos de monitoramento e auditorias rotineiras devem ser realizadas nas instituições para verificar o cumprimento deste protocolo e garantir a correta identificação de todos os pacientes em todos os cuidados prestados. Deve-se monitorar, minimamente, os seguintes indicadores: 6.2.1. Número de eventos adversos devido a falhas na identificação do paciente. 6.2.2. Proporção de pacientes com pulseiras padronizadas entre os pacientes atendidos nas instituições de saúde. APÊNDICE ESPECIFICAÇÕES DA PULSEIRA DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE I. II. Cor a) A pulseira usada para a identificação do paciente deve ser de cor branca. b) Pulseiras coloridas de alerta ou etiquetas não devem ser utilizadas como identificadoras do paciente, devido ao aumento dos riscos de erros de identificação. Tamanho As pulseiras de identificação do paciente devem se adequar ao perfil dos pacientes, sendo: a) Compridas o suficiente para serem utilizadas em pacientes obesos, pacientes com linfedema e pacientes com acessos venosos e curativos; b) Pequenas o suficiente para serem confortáveis e seguras em recém-nascidos, bebês e crianças. Os ajustes necessários para a variedade de tamanhos e características de pacientes podem ser conseguidos aumentando o comprimento máximo disponível para a pulseira de identificação. Se o comprimento adicional da pulseira de identificação tiver que ser cortado, a equipe deve ser capaz de fazer isto com segurança, de preferência sem o uso de tesoura, pelo risco de incidentes. As extremidades do corte não devem ser afiadas. Alternativamente, as pulseiras de identificação podem ser feitas em tamanhos variados. III. Conforto Os aspectos de conforto relacionados às pulseiras de identificação do paciente incluem: • Forma – não deve haver cantos, contorno ou bordas afiadas que possam irritar ou friccionar a pele. • Bordas – o material utilizado nas bordas da pulseira deve ser macio e liso para assegurar o conforto durante o uso prolongado. Isso inclui todas as bordas produzidas ao cortar o tamanho da pulseira. • Fixadores – os fixadores não devem pressionar a pele. • Material – o material da pulseira de identificação deve ser flexível, liso, impermeável, lavável e não-alergênico. IV. Facilidade de uso As pulseiras de identificação do paciente devem ser: a) Fáceis de limpar. b) Impermeáveis e resistentes a líquidos (sabão, detergentes, géis, sprays, esfregas, produtos de limpeza a base de álcool, sangue e outros líquidos corporais). c) Projetadas de maneira que permitam que os pacientes as lavem. d) Fáceis de utilizar por todos os profissionais que possam ter a responsabilidade pela emissão, aplicação e verificação das pulseiras de identificação. Os seguintes aspectos devem ser considerados para facilitar o uso das pulseiras: a) Armazenamento; b) Acesso ao local de armazenamento; c) Preenchimento dos identificadores do paciente; d) Mudança ou atualização de informação; e) Leitura e verificação da informação; f) Colocação no paciente (incluindo a seleção do tamanho correto ou o ajuste ao comprimento correto); g) Fixação; Remoção. IMPORTANTE: A pulseira de identificação não deve agarrar na roupa, no equipamento ou nos dispositivos, inclusive nos acessos venosos. V. Registro dos identificadores do paciente Os serviços de saúde utilizarão diferentes métodos para gerar os identificadores do paciente a serem incluídos na pulseira de identificação. Em alguns casos, podem ser impressos diretamente do computador do serviço de saúde; em outros, eles podem ser manuscritos. Independentemente do método adotado para produzir os identificadores, a informação deve ser: a) Fácil de ler; b) Durável e não se desgastar durante toda a permanência do paciente no serviço de saúde, considerando a sua substituição, sempre que recomendada; Para que as exigências sejam atendidas: a) As etiquetas pré-impressas devem caber no espaço disponível na pulseira de identificação. Se as etiquetas forem muito grandes, elas podem envolver a pulseira e esconder a informação. b) A impressão deve ser durável, impermeável, segura e inviolável. c) A inserção de dados manuscritos na pulseira de identificação deve garantir a durabilidade da informação. d) O espaço disponível para a inserção dos dados do paciente deve ser adequado para que os identificadores do paciente sejam registrados de forma clara e inequívoca. e) A mesma disposição, ordem e estilo da informação devem ser usados em todas as pulseiras de identificação do paciente de uma mesma unidade de saúde a fim de garantir a padronização. Isso facilita a leitura das pulseiras de identificação, evitando erros. f) A data de nascimento deve ser registrada no formato curto como DD/MM/AAAA (por exemplo, 07/06/2005). g) Deve haver espaço suficiente para incluir nomes longos, nomes múltiplos e nomes hifenizados. h) Os identificadores devem ter um tamanho e estilo de fonte de fácil leitura, devendo ser evitados o itálico, o estilo simulando o manuscrito e os tipos de fonte ornados. Uma fonte comum deve ser utilizada com tamanho mínimo entre 12 e 14 pontos. i) No caso de identificadores manuscritos, deve ser utilizada letra de forma e tamanho adequado para a leitura. j) Para a impressão dos identificadores do paciente, deve ser usada cor que seja claramente legível em circunstâncias de iluminação reduzida (tais como enfermarias durante a noite) e por aqueles com deficiência visual. Referências Bibliográficas CONSÓRCIO BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO; JOINT COMMISSION INTERNATIONAL. Padrões de Acreditação da Joint Commission Internacional para Hospitais. 4ª ed. [editado por] Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. Rio de Janeiro: CBA, 2011. WORLD HEALTH ORGANIZATION, THE JOINT COMMISSION, JOINT COMMISSION INTERNATIONAL. WHO Collaborating Centre for Patient Safety Solutions. Aide Memoire. Patient Safety Solutions, vol1, solution 2, may 2007. SCHULMEISTER, L. Patient misidentification in oncology care. Clin J Oncol Nurs. 2008 Jun; 12(3):495-8. CLEOPAS, A; KOLLY,V; BOVIER, P.A.; GARNERIN,P.; T.V. Acceptability of identification bracelets for hospital inpatients. Qual Saf Health Care, 2004. 13(5) Pgs. 344-8. SMITH, AF., CASEY K, WILSON J; FISCHBACHER-SMITH D. Wristbands as aids to reduce misidentification: an ethnographically guided task analysis. Int J Qual Health Care. 2011 Oct;23(5):590-9. SOUTH AUSTRALIA. DEPARTMENT FOR HEALTH AND AGEING. Policy Guideline - Patient Identification Guideline, 2011. WALES. NATIONAL HEALTH SERVICE. 1000 Lives Plus. Tools for improvement: Reducing patient identification errors. 2012, 32p. www.1000livesplus.wales.nhs.uk Anexo IV Protocolo de Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS* Protocolo coordenado pelo Ministério da Saúde e ANVISA em parceria com FIOCRUZ e FHEMIG PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 1. Finalidade Promover práticas seguras no uso de medicamentos em estabelecimentos de saúde. 2. Justificativa Em todo o mundo, os eventos adversos no processo de assistência à saúde são frequentes1,2,3. Em resposta a esse preocupante quadro, a Organização Mundial de Saúde – OMS lançou, em 2004, o programa Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, que conclama todos os países-membros a adotarem medidas para assegurar a qualidade e segurança da assistência prestada nas unidades de saúde4. Estudo realizado nos Estados Unidos da América revela que cada paciente internado em hospital norte-americano está sujeito a um erro de medicação por dia, sendo registrados anualmente, nessas instituições, no mínimo 400.000 eventos adversos evitáveis relacionados a medicamentos1. Esses eventos adversos podem verificar-se em todas as etapas da cadeia terapêutica e sua ocorrência aumenta consideravelmente os custos do sistema de saúde2,5-7 . Estima-se que os erros de medicação em hospitais provoquem mais de 7.000 mortes por ano nos Estados Unidos da América, acarretando importantes custos tangíveis e intangíveis8. No Brasil ainda não estão disponíveis estatísticas de óbitos relacionados a erros de medicação. Diante da possibilidade de prevenção dos erros de medicação e do risco de dano em função da sua ocorrência, torna-se relevante identificar a natureza e determinantes dos erros, como forma de dirigir ações para a prevenção. As falhas no processo de utilização de medicamentos são consideradas importantes fatores contribuintes para a redução da segurança do paciente3,9. Considerando-se a prevenção de erros, deve-se destacar o grupo de medicamentos chamados de potencialmente perigosos ou de alta vigilância (highalert medications), que possuem maior potencial de provocar dano no paciente quando existe erro na sua utilização. Erros envolvendo esses medicamentos têm maior gravidade9,10,11, sendo necessária a adoção de protocolos específicos para prevenção9-13. Em pesquisa que analisou eventos adversos relacionados a medicamentos que ocorreram em hospital norte-americano de 1994 a 2000, foi observado que mais da metade dos eventos preveníveis que provocam danos nos pacientes envolvia anticoagulantes, opiáceos e insulinas11. A incorporação de princípios para reduzir erros humanos minimizando os lapsos de memória, promovendo acesso a informações sobre os medicamentos e desenvolvendo padrões internos de treinamento reduz a probabilidade de falhas e aumenta a chance de interceptá-las antes de resultar em prejuízo ao paciente. Nesse sentido, devem-se incluir estratégias como a padronização de processos, o uso de recursos de tecnologia da informação, educação permanente e, principalmente, o acompanhamento das práticas profissionais em todas as etapas do processo que envolve o medicamento14. No Brasil, pesquisa bibliográfica realizada na base de dados PubMed em 10 de abril de 2013, utilizando os termos “medication errors” e “Brazil” encontrou 74 artigos publicados entre 1978 a 2012, sendo 66 deles em instituições hospitalares e 08 em estabelecimentos de saúde não hospitalares. Esses dados revelam a necessidade de maior estímulo à pesquisa e publicação nacional nesse importante campo de investigação como forma de conhecer a situação da segurança do uso de medicamentos. 3. Abrangência (âmbito, ponto de cuidado, local de aplicação). O protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos deverá ser aplicado em todos os estabelecimentos que prestam cuidados à saúde, em todos os níveis de complexidade, em que medicamentos sejam utilizados para profilaxia, exames diagnósticos, tratamento e medidas paliativas. 4. Definições (vide Apêndice) 5. Práticas seguras para prescrição de medicamentos As prescrições, quanto ao tipo, classificam-se como: Urgência/emergência: quando indica a necessidade do início imediato de tratamento. Geralmente possui dose única; Pro re nata ou caso necessário: quando o tratamento prescrito deve ser administrado de acordo com uma necessidade específica do paciente, considerando-se o tempo mínimo entre as administrações e a dose máxima; Baseada em protocolos: quando são preestabelecidas com critérios de início do uso, decurso e conclusão, sendo muito comum em quimioterapia antineoplásica; Padrão: aquela que inicia um tratamento até que o prescritor o interrompa; Padrão com data de fechamento: quando indica o início e fim do tratamento, sendo amplamente usada para prescrição de antimicrobianos em meio ambulatorial; e Verbal: utilizada em situações de emergência, sendo escrita posteriormente, em decorrência, possui elevado risco de erros e deverá ser restrita às situações para as quais é prevista. Quanto à origem, a prescrição pode ser: ambulatorial, hospitalar ou proveniente de outro tipo de estabelecimento de saúde. Os medicamentos prescritos podem ser: medicamentos fabricados pela indústria (referência, similar e intercambiável), magistrais ou farmacopeicos. 5.1 Intervenções 5.1.1 Itens de verificação para a prescrição segura de medicamentos a) Identificação do paciente A identificação do paciente na prescrição realizada em ambulatório deve conter, no mínimo, as seguintes informações: Nome completo do paciente; endereço; e data de nascimento. A identificação do paciente na prescrição hospitalar deve ser realizada em formulário institucional e conter, no mínimo, as seguintes informações: nome do hospital; nome completo do paciente; número do prontuário ou registro do atendimento; leito; serviço; enfermaria/apartamento; e andar/ala. Obs.: todos os itens da identificação do paciente nas prescrições, tanto ambulatoriais quanto hospitalares, devem ser legíveis. A identificação do paciente na prescrição deverá utilizar exclusivamente o nome completo do paciente. A utilização do nome incompleto e do nome abreviado deve ser excluída da prática cotidiana dos estabelecimentos de saúde. Para os pacientes que são admitidos nas unidades de saúde sem possibilidade de identificação (emergências e situações de catástrofes) devem-se adotar códigos diferentes por paciente, acrescidos minimamente do número de prontuário ou registro de atendimento. Nessa situação, algum dispositivo deve ser utilizado, de forma que fique aderido ao corpo do paciente a codificação definida na unidade para identificá-lo provisoriamente. A utilização da abreviatura “NI” (não identificado) ou outra abreviatura para todos os pacientes nessas condições deve ser abolida, em virtude do risco de erro de medicação. b) Identificação do prescritor na prescrição A identificação do prescritor deverá ser realizada contendo o nome completo e número de registro do conselho profissional e assinatura. Esse registro poderá ser manuscrito ou com a utilização de carimbo contendo os elementos de identificação. A identificação do prescritor deverá ser legível para conferir autenticidade à prescrição. c) Identificação da instituição na prescrição Na prescrição ambulatorial e hospitalar deverá constar a identificação completa do estabelecimento de saúde (nome, endereço completo e telefone), para que o paciente possa manter contato com os profissionais de saúde para esclarecimentos de dúvidas posteriores à consulta. d) Identificação da data de prescrição A data da prescrição é imprescindível para conferir validade à mesma. Em meio ambulatorial, a validade da prescrição deve ser definida e registrada na própria prescrição, pelo prescritor. A data na prescrição é imprescindível para a dispensação e a administração dos medicamentos, assegurando-se de que o que foi indicado está baseado na avaliação médica do dia em que foi emitida a prescrição. A supressão da data na prescrição está relacionada à ocorrência de vários erros de medicação, entre eles a permanência da utilização de medicamentos por tempo inadequado e a administração de medicamentos sem indicação para a condição clínica atual do paciente. e) Legibilidade Problemas na legibilidade da prescrição podem comprometer a comunicação entre prescritor e paciente e entre prescritor e demais profissionais de saúde, sendo geradora importante de erros de medicação, sobretudo, a troca de medicamentos com nomes parecidos. Quando a prescrição possui medicamentos potencialmente perigosos/alta vigilância, os erros ocasionados pela legibilidade inapropriada podem ser graves, e até fatais22,23. Recomenda-se a utilização de prescrições digitadas e eletrônicas como forma de melhorar a legibilidade das mesmas. Nesses casos, recomenda-se, para a impressão, o uso de formulários sem pauta, para evitar erros de medicação ocasionados pelo encontro das linhas com letras e números da prescrição. O uso de impressão frente e verso para prescrição não é recomendado, pelo elevado risco de omissão (não cumprimento integral da prescrição). A utilização de prescrição pré-digitada é uma opção que pode diminuir alguns tipos de erros de medicação9. A prescrição manual pode levar a elevado número de erros9,13, ainda que parte delas possa ser legível. A prescrição carbonada não é recomendada. Se o estabelecimento de saúde não tiver alternativa à prescrição carbonada, deve-se verificar a legibilidade da informação que consta na segunda via. Nesse caso, sugere-se a utilização do papel já carbonado produzido em gráfica para assegurar a adequada legibilidade e segurança da prescrição. É preciso, ainda, atenção aos novos tipos de erros de prescrição, que podem ser ocasionados devido à alteração na forma de prescrição (manuscrita, digitada, pré-digitada e eletrônica). f) Uso de abreviaturas Recomenda-se que os medicamentos sejam prescritos sem o uso de abreviaturas, pois seu uso aumenta a chance de erro de medicação23-25. Caso seja indispensável em meio hospitalar, a instituição deve elaborar, formalizar e divulgar uma lista de abreviaturas padronizadas, de modo a promover a adequada comunicação entre os membros da equipe de saúde. Essa lista não deve conter abreviatura de “unidades” (U) e “unidades internacionais” (UI), utilização de fórmulas químicas (KCl, NaCl, KMnO4 e outras) e nomes abreviados de medicamentos (HCTZ, RIP, PEN BEZ, MTX, SMZ-TMP e outros). As abreviaturas “U” e “UI” significando “unidades” e “unidades internacionais”, respectivamente, são consideradas as mais perigosas de todas, pois podem levar à administração de doses 10 ou 100 vezes maior do que a prescrita 24-26. Desta maneira, deve-se abolir o uso de abreviaturas “U” e “UI”, escrevendo a palavra “unidade” por extenso no lugar de “U” ou “unidade internacional” no lugar de “UI”. Caso exista padronização de abreviatura para via de administração, preferir o uso de “EV” (para endovenosa) em vez de IV (intravenosa), em função do risco de erro de interpretação do “IV” como “IM”, sobretudo quando associado a pouca legibilidade da prescrição. g) Denominação dos medicamentos Os medicamentos devem ser prescritos utilizando-se a denominação comum brasileira e em sua ausência a denominação comum internacional. Quanto à denominação de fitoterápicos, observar a determinação da Denominação Comum Brasileira de Fitoterápicos ou, quando omisso, utilizar a denominação botânica acrescida da parte da planta utilizada. A utilização de códigos ou codinomes utilizados para medicamentos durante a fase de ensaios clínicos não devem ser utilizados para nominar medicamentos utilizados em estabelecimentos de saúde. Quando prescrito medicamento objeto de ensaio clínico, este deve ser identificado como tal, a partir do emprego da expressão “ensaio clínico”. h) Prescrição de medicamentos com nomes semelhantes Medicamentos cujos nomes são reconhecidamente semelhantes a outros de uso corrente na instituição devem ser prescritos com destaque na escrita da parte do nome que os diferencia6,25, e pode ser utilizada letra maiúscula ou negrita. Exemplos de nomes semelhantes: DOPAmina e DOBUtamina; ClorproPAMIDA e ClorproMAZINA; VimBLASTina e VinCRIStina. Os membros da Comissão de Farmácia e Terapêutica e/ou do Núcleo de Segurança do Paciente do estabelecimento de saúde deverão organizar lista de medicamentos com nomes semelhantes e/ou embalagens parecidas selecionados no estabelecimento de saúde e que possam ser fonte de erros, para divulgação entre os profissionais da instituição. i) Expressão de doses O sistema métrico deverá ser adotado para expressar as doses desejadas. As unidades de medidas não métricas (colher, ampola, frasco) devem ser eliminadas das prescrições, quando utilizadas isoladamente para expressar a dose. A utilização da forma farmacêutica (ampola, frasco, comprimido e outros) na prescrição deve ser acompanhada de todas as informações necessárias para a dispensação e administração segura. A unidade de medida deve ser claramente indicada; e quando se tratar de microgramas, este deve ser escrito por extenso. Ao prescrever doses ou volumes com números fracionados (por exemplo: 2,5mL), observar nas duas vias da prescrição se a vírgula está bem posicionada e clara, para evitar erro de dose, no qual a dose de “2,5 mL” seja interpretada como “25 mL”. Não utilize “ponto” em substituição à vírgula, pois aumenta o risco de erro. Para definir a concentração de um medicamento, o uso do zero antes da vírgula ou ponto deve ser evitado, pois pode gerar confusão e erro de 10 vezes na dose prescrita. Exemplo: recomenda-se prescrever "500mg" em vez de "0,5g", pois a prescrição de “0,5g” pode ser confundida com "5g". 5.1.2 Indicação, cálculos de doses e quantidades dos medicamentos a) Alergias Deve-se registrar com destaque na prescrição as alergias relatadas pelo paciente, familiares e/ou cuidadores.O registro do relato de alergia na prescrição subsidia adequada análise farmacêutica das prescrições e os cuidados de enfermagem, reduzindo, assim, a chance da dispensação e administração de medicamento ao qual o paciente é alérgico. Em hospitais que utilizam prontuários e prescrições eletrônicas, as alergias do paciente devem ser registradas no sistema eletrônico e constar em todas as prescrições emitidas para o paciente. b) Informações importantes O prescritor deverá registrar na prescrição qualquer informação que considere relevante para que a assistência ao paciente seja segura e efetiva, considerando-se os múltiplos atores no processo assistencial e a necessidade de informação completa, clara e precisa. É importante ressaltar que nas prescrições ambulatoriais, deverão ser registradas todas as orientações sobre como utilizar o medicamento, bem como as recomendações não farmacológicas devem constar também na prescrição. c) Padronização de medicamentos O estabelecimento de saúde deve ter uma lista de medicamentos selecionados/padronizados considerando-se critérios de efetividade, segurança e custo. A padronização deve ser homologada, publicada e divulgada a todos os profissionais do estabelecimento de saúde. Recomenda-se que o estabelecimento de saúde elabore uma relação de medicamentos por especialidade, em consonância com a padronização da instituição, de forma a permitir mais familiaridade do prescritor com indicação, contraindicação, doses, reações adversas, entre outros aspectos relacionados aos medicamentos27. A prescrição de medicamentos que já estão selecionados e padronizados no estabelecimento de saúde aumenta a segurança do uso, em virtude da maior familiaridade dos prescritores, farmacêuticos e equipe de enfermagem com esses medicamentos. Outros benefícios da padronização de medicamentos ainda observados são relacionados a racionalização do estoque, rastreabilidade e política de compras. d) Doses O cálculo das doses de medicamentos é fonte importante de erros graves e este problema pode ser minimizado com a familiaridade do prescritor com o medicamento e com a conferência do cálculo. Recomenda-se que as doses prescritas sejam conferidas pelo prescritor antes da assinatura da prescrição, tendo como referência o melhor nível de evidência científica disponível. Para medicamentos cujas doses são dependentes de peso, superfície corporal e clearance de creatinina, recomenda-se que o prescritor anote tais informações na prescrição, para facilitar a análise farmacêutica e a assistência de enfermagem. Preconiza-se que a farmácia disponibilize, em meio hospitalar, o maior número possível de medicamentos prontos para uso (dose unitária) e que dispensem a manipulação prévia à administração. Deve-se implantar a dupla checagem (na farmácia e no momento do recebimento pela enfermagem) das doses prescritas principalmente para medicamentos potencialmente perigosos/alta vigilância. Nova dupla checagem deve ser feita pela enfermagem antes da administração do medicamento. A dupla checagem é particularmente importante para medicamentos prescritos em Pediatria, Oncologia e Unidades de Tratamento Intensivo, principalmente no momento da administração. A prescrição ambulatorial deverá trazer a quantidade total de unidades farmacêuticas do medicamento prescrito, que deverá ser dispensada para o tratamento proposto. As quantidades máximas de medicamentos prescritas devem obedecer à legislação vigente. 5.1.3 Duração do tratamento A prescrição deverá conter informação sobre a duração do tratamento, procurando evitar, dessa maneira, que o(s) medicamento(s) possa(m) ser consumido(s) continuamente sem indicação. Quando ambulatorial, a prescrição de medicamentos de uso crônico deverá indicar a duração do tratamento, pois é necessário estabelecer um prazo para que o paciente seja reavaliado pelo médico. A expressão "uso contínuo" ou “usar sem parar”, sem prazo para o paciente ser reavaliado, não deve ser utilizada em prescrições ambulatoriais. 5.1.4 Utilização de expressões vagas Expressões vagas como “usar como de costume”, “usar como habitual”, “a critério médico”,“se necessário” (sem indicação de dose máxima, posologia e condição de uso), “uso contínuo” e “não parar” devem ser abolidas das prescrições. Quando for preciso utilizar a expressão “se necessário”, deve-se obrigatoriamente definir: Dose; posologia; dose máxima diária deve estar claramente descrita; e condição que determina o uso ou interrupção do uso do medicamento. Exemplo: paracetamol comprimido de 500mg uso oral. Administrar 500mg de 6 em 6h, se temperatura igual ou acima de 37,5ºC. Dose máxima diária 2 gramas (quatro comprimidos de 500mg). 5.1.5 Posologia, diluição, velocidade, tempo de infusão e via de administração a) Posologia Recomenda-se que a posologia desejada para o medicamento seja prescrita observando-se as doses máximas preconizadas e a comodidade do paciente. Dentro do possível, recomenda-se prescrever medicamentos com menor número de doses diárias, para maior comodidade do paciente e menores riscos de erro de administração. A utilização de um menor número de doses diárias, facilita a adesão do paciente ao tratamento. b) Diluição Para medicamentos de uso endovenoso, intramuscular, subcutâneo e em neuroeixo e plexos nervosos, a prescrição deverá conter informações sobre diluente (tipo e volume), velocidade e tempo de infusão (para endovenosos). A reconstituição e diluição dos medicamentos é etapa importante e que gera impacto sobre a estabilidade e até mesmo sobre a efetividade do medicamento, pois em alguns casos a incompatibilidade leva à diminuição ou à perda da ação farmacológica do medicamento. c) Velocidade de infusão A velocidade de infusão está associada a reações adversas clássicas, tal como a “síndrome do homem vermelho”, que ocorre com a infusão rápida de vancomicina. É indispensável, portanto, a definição da velocidade de infusão na prescrição, considerando-se a melhor evidência científica disponível, assim como as recomendações do fabricante do medicamento, evitando-se a ocorrência de eventos adversos passíveis de prevenção. d) Via de administração A via de administração deve ser prescrita de forma clara, observando-se a via de administração recomendada pelo fabricante, para o medicamento. O uso de abreviaturas para expressar a via de administração deverá ser restrito somente às padronizadas no estabelecimento de saúde. 5.1.6 Modificação da prescrição atual ou vigente Em prescrições hospitalares, o prescritor deverá se certificar de que as alterações na prescrição foram feitas de forma clara, legível e sem rasuras. O prescritor deverá fazer as alterações na primeira e segunda via da prescrição. A suspensão ou alteração na prescrição de um medicamento somente na via disponível para a enfermagem pode: Acarretar erro na dispensação; e Aumentar o risco de erro de administração. Em meio ambulatorial, nunca deve ser feita modificação ou rasura na mesma receita. Caso seja necessária alguma alteração na terapêutica, nova receita deverá ser emitida e a anterior suspensa. 5.1.7 Prescrições verbais As prescrições verbais devem ser restritas às situações de urgência/emergência, devendo ser imediatamente escritas no formulário da prescrição após a administração do medicamento. A prescrição verbal deve ser validada pelo prescritor assim que possível. Quando a ordem verbal for absolutamente necessária, o prescritor deve falar o nome, a dose e a via de administração do medicamento de forma clara. Quem recebeu a ordem verbal deve repetir de volta o que foi dito e ser confirmado pelo prescritor antes de administrar o medicamento. 5.1.8 Pontos de transição do paciente Na admissão do paciente em unidades de saúde deverão ser relacionados quais medicamentos o paciente estava usando antes da internação, objetivando-se avaliar a necessidade da continuidade ou suspensão do uso dos mesmos (conciliação medicamentosa). Os pacientes devem ser orientados a não permanecerem com seus medicamentos na unidade hospitalar, em virtude do risco de utilização de doses duplicadas, quando administradas pela equipe de enfermagem e paralelamente por cuidador (acompanhante) ou pelo próprio paciente e ainda pelo risco do uso de medicamentos não indicados para a condição clínica atual do paciente. No âmbito ambulatorial, chama-se de ponto crítico quando ocorre transição do paciente entre os níveis de atenção (primário, secundário ou terciário), sendo fundamental a realização dos encaminhamentos resolutivos entre as diferentes unidades de saúde e que a atenção básica seja a coordenadora do cuidado do usuário. Para tal, o prescritor deverá elaborar detalhado histórico farmacoterapêutico do paciente, podendo contar com a colaboração do farmacêutico, que deverá fazer a conciliação dos medicamentos. Na transferência do paciente entre leitos, entre duas unidades de uma mesma instituição hospitalar e entre instituições hospitalares distintas, as seguintes ações devem ser realizadas: Encaminhar resumo da internação e o prontuário atualizado e organizado (transferência interna), bem como resumo de alta (em caso de transferência externa, como forma de melhor orientar a nova equipe que prestará assistência ao paciente. O prescritor deverá elaborar detalhado histórico do plano terapêutico medicamentoso do paciente, podendo, para isso, contar com a participação do farmacêutico. Importante: Os pontos de transição dos pacientes no hospital, da admissão à alta, ou mudança de local de internação, são considerados críticos, pois, frequentemente, nessas mudanças, ocorre expressivo número de erros de medicação, devido a informações incorretas ou incompletas sobre os medicamentos utilizados pelos pacientes, ocasionando principalmente a omissão ou duplicidade de dose. Nos pontos de transição, especialmente na alta hospitalar, o paciente deverá receber uma prescrição contendo todos os medicamentos de que fará uso e as recomendações necessárias à continuidade do tratamento, sendo recomendável a participação do farmacêutico com orientações para o uso seguro e racional dos medicamentos prescritos. 5.1.9 Prescrição segura de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância As unidades de saúde deverão divulgar a sua lista de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância que constam na relação de medicamentos selecionados na instituição, indicando as doses máximas desses medicamentos, a forma de administração (reconstituição, diluição, tempo de infusão, via de administração), a indicação e a dose usual. O número de apresentações e concentrações disponíveis de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância, especialmente anticoagulantes, opiáceos, insulina e eletrólitos concentrados (principalmente cloreto de potássio injetável),deve ser limitado. As doses dos medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância deverão ser conferidas com dupla checagem na fase dos cálculos para prescrição e análise farmacêutica da prescrição para dispensação. Obs. Para o acesso à lista completa de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância de uso hospitalar e ambulatorial, recomenda-se o acesso no sítio eletrônico e endereço eletrônico abaixo: site: www.ismp-brasil.org link: www.ismp-brasil.org/faq/medicamentos potencialmente perigosos.php 5.1.10 Suporte eletrônico para prescrição Recomenda-se a utilização de programa informatizado para prescrição de medicamentos com suporte clínico que forneça minimamente informações sobre: Doses máximas para medicamentos potencialmente perigosos/alta vigilância e/ou com índice terapêutico estreito; Interações medicamentosas clinicamente significativas; Alergias; Apresentações e concentrações padronizadas disponíveis na instituição. Importante: Prescrições pré-digitadas podem aumentar a segurança no uso de medicamentos e devem ser adotadas quando possível. Utilizar para impressão formulário sem pauta, pois as linhas podem encobrir pontos e vírgulas ou transformar “0” em “8”, aumentando, assim, a possibilidade de erros. Quando se implantar novo sistema de prescrição na unidade de saúde (prescrições pré-digitadas, eletrônicas e outras), o prescritor, farmacêutico e enfermeiro devem acompanhar o processo de prescrição para identificar e corrigir erros decorrentes do uso do novo sistema. 5.1.11 Outras informações importantes para a prescrição segura O prescritor deverá conhecer a história clinica e os medicamentos de que o paciente faz uso e conciliá-los com a nova prescrição, procurando evitar duplicidades, interações, doses inadequadas e outras discrepâncias, podendo nessa etapa contar com o suporte do farmacêutico. Para apoiar a decisão de prescrever, utilizar fontes de informação sobre medicamentos atualizadas e baseadas nos melhores níveis de evidência científica. Na prescrição para uso ambulatorial, quando necessário, deverá ser registrado na prescrição o tempo que o paciente deverá permanecer em observação no estabelecimento de saúde após a administração do medicamento. Caso exista a suspeita de reações adversas a medicamentos ou a ocorrência de erros ou eventos adversos no processo assistencial, estes devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente/Gerência de Riscos do estabelecimento de saúde. A compreensão das informações da prescrição e ações que possibilitem esclarecimentos aos pacientes sobre riscos de medicação e medidas de prevenção deve ser garantida por ações colaborativas entre prescritores, farmacêuticos e enfermeiros. As atividades clínicas dos farmacêuticos devem ser incentivadas, pois podem diminuir os erros de prescrição e medicação em geral e têm embasamento em evidência científica comprovada1,28. 5.2 Procedimento operacional padrão da prescrição por via de administração Para o adequado cumprimento da prescrição, todas as informações deverão estar claras e completas, em cada item prescrito. Em prescrições eletrônicas, recomenda-se que o cadastro do medicamento permita somente a prescrição das vias de administração descritas na literatura e pelo fabricante, o que aumenta a segurança, impedindo administração por via errada. Recomenda-se que os medicamentos devam ser prescritos conforme estrutura a seguir29: ESTRUTURA DA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS USO ORAL Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + posologia + via de administração + orientações de uso Exemplo: captopril 25mg comprimido. Administrar 50mg de 8/8h por via oral, 1h antes ou 2h depois de alimentos. USO TÓPICO Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + via de administração + posologia + orientações de uso Exemplo: Permanganato de potássio 1:60.000 solução. Aplicar compressas em membro inferior direito 3 vezes/dia, após o banho. USO ENDOVENOSO Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + diluente + volume + via de administração + velocidade de infusão + posologia + orientações de administração e uso Exemplo: anfotericina B 50mg frasco-ampola. Reconstituir 50mg em 10mL de água destilada e rediluir para 500mL de solução glicosada 5%. Uso endovenoso. infundir 35 gotas/min., 1 vez/dia. Administrar em 5 horas. USO INTRAMUSCULAR Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + diluente + volume + via de administração + posologia + orientações de administração e uso Exemplo: intramuscular com diluição: ceftriaxona 1g, frasco-ampola. Diluir 1g em 3,5 mL de lidocaína 1%. Fazer a solução obtida, via intramuscular profunda (região glútea) de 12/12h; intramuscular sem diluição: vitamina K (fitomenadiona) 10mg/mL, ampola. Fazer 1mL via intramuscular profunda (região glútea), 1x ao dia. USO SUBCUTÂNEO Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + volume + via de administração + posologia + orientações de administração e uso Subcutâneo sem diluição: heparina sódica 5.000 unidades internacionais/0,25mL, ampola. Fazer 0,25mL subcutânea de 12/12h. USO INTRATECAL Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + dose + diluente + volume + via de administração + posologia + orientações de administração e uso Uso Intratecal com diluição: citarabina 100mg, frasco-ampola. Diluir 100mg em 5mL de solução fisiológica 0,9%. Infundir 1,5mL intratecal, 1x/dia. Diluir imediatamente antes do uso. Não reaproveitar o restante da solução para uso intratecal. USO INALATÓRIO Nome do medicamento + concentração + forma farmacêutica + via + dose (medicamento e diluente) + posologia + orientação de uso. Exemplo: bromidrato de fenoterol 5mg/mL, solução para inalação. Fazer aerosol com 5 gotas diluídas em 3 mL de solução fisiológica 0,9% de 6/6h. Nebulizar e inalar até esgotar toda a solução. 5.3 Monitoramento e indicadores para prescrição segura de medicamentos O processo da prescrição deve estar padronizado e com o respectivo procedimento operacional padrão escrito, atualizado, validado, divulgado e disponível em local de fácil acesso; As prescrições devem ser revisadas por farmacêutico antes de serem dispensadas; Os erros de prescrição devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente. 5.3.1 Indicador Nome do indicador Taxa de erros na prescrição de medicamentos. Objetivo do Monitorar a ocorrência de erros na atividade de prescrição indicador de medicamentos. Fórmula do nº medicamentos prescritos com erro x 100 indicador nº total de medicamentos prescritos Periodicidade mínima de Mensal verificação Explicação da Nº de medicamentos prescritos com erro: são os fórmula medicamentos prescritos faltando dose, forma farmacêutica, via de administração, posologia, tempo de infusão, diluente, volume, velocidade de infusão, e abreviaturas contraindicadas. N° total de medicamentos prescritos: são todos os medicamentos prescritos em um determinado período de tempo. Fonte de Prescrição (eletrônica, pré-digitada ou manual), protocolos Informação clínicos e diretrizes terapêuticas. Coleta de dados Elaborar planilha para registro do número total de erros de prescrição e o número de medicamentos prescritos, utilizando a classificação de erros de prescrição. Totalizar os dados e aplicar a fórmula. Observações Em farmácias com sistemas informatizados, estespoderão ser preparados para emitir relatório com as informações necessárias para a aplicação da fórmula do indicador. Responsável Farmacêutico. 6. Práticas seguras para distribuição de medicamentos Os sistemas de distribuição de medicamentos em hospitais podem ser classificados em: Coletivo; Individualizado; Misto; Dose unitária; Sistema automatizado. O tipo de sistema de distribuição adotado tem relação direta com a frequência de erros. O sistema coletivo é caracterizado pela distribuição dos medicamentos por unidade de internação ou serviço, mediante solicitação da enfermagem para todos os pacientes da unidade. Implica a formação de subestoques de medicamentos nas unidades, os quais ficam sob responsabilidade da equipe de enfermagem. A reposição é feita periodicamente, em nome da unidade, por meio de requisições enviadas à farmácia. IMPORTANTE: Esse sistema de distribuição de medicamentos é considerado inseguro e DEVE ser abolido dos estabelecimentos de saúde. O sistema individualizado é caracterizado pela distribuição dos medicamentos por paciente, de acordo com a prescrição médica, geralmente para um período de 24 horas de tratamento. Esse sistema se mostra mais seguro que o sistema coletivo, entretanto, menos seguro que o sistema por dose unitária. O Sistema misto é caracterizado pela combinação dos sistemas coletivo e individualizado coexistindo: Sistema Individualizado – é utilizado nas unidades de internação, ocorrendo de forma parcial ou integral, mediante prescrição, Sistema Coletivo: é utilizado nos serviços de radiologia, endoscopia, urgência, ambulatórios, entre outros, mediante requisição. Importante: O Sistema misto mantém riscos elevados associados à distribuição coletiva. Recomenda-se aos estabelecimentos de saúde o sistema de dose unitária. O sistema de distribuição por dose unitária consiste na distribuição dos medicamentos com doses prontas para a administração de acordo com a prescrição médica do paciente. A dose do medicamento é embalada, identificada e dispensada pronta para ser administrada, sem necessidade de transferências, cálculos e manipulação prévia por parte da enfermagem antes da administração ao paciente. Nas unidades de internação são estocados apenas os medicamentos para atendimento de emergências e as doses necessárias para suprir as 24 horas de tratamento dos pacientes. Nesse sistema, os medicamentos também poderão ser dispensados por horário de administração, reduzindo a quantidade e variedade de medicamentos nas unidades de internação. O sistema automatizado pode ser caracterizado por unidades de dispensação eletrônica capazes de realizar o atendimento de 100% das prescrições médicas ou conforme rotina da instituição como suporte ao sistema de dose unitária, substituindo o estoque da unidade de internação para a dispensação das primeiras doses, além dos medicamento controlados, de urgência e itens prescritos no regime se necessário. 6.1 Intervenções A farmácia tem, entre suas importantes funções, a dispensação dos medicamentos e deve assegurar que os medicamentos estejam disponíveis para administração ao paciente no tempo adequado, na dose correta, assegurando a manutenção das características físicas, químicas e microbiológicas, contribuindo para o uso seguro dos mesmos. A farmácia deverá possuir estrutura organizada, bem como processos de trabalho escritos e difundidos que promovam a prevenção, identificação e redução de erros de prescrição e dispensação. A farmácia deve contar com recursos humanos capacitados e em número suficiente para realizar a contento suas atividades. 6.1.1 Itens de verificação para a distribuição segura de medicamentos Para garantir maior segurança ao processo de dispensação e o adequado fluxo de trabalho, o ambiente destinado à dispensação deve: Ser reservado; Contar com fluxo restrito de pessoas; e Ser tranquilo, sem fonte de interrupção e distração (tais como televisão, rádio e outras). Os ambientes da farmácia onde são armazenados e dispensados os medicamentos devem ser limpos, organizados, bem iluminados e com adequado controle e registro de temperatura, umidade e controle de pragas. A dispensação segura nos estabelecimentos de saúde deverá ser precedida pelas seguintes atividades: Seleção; Padronização; Aquisição; Recebimento; Armazenamento; Fracionamento; e Identificação segura dos medicamentos. O número de apresentações e concentrações de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância, padronizados na instituição, deve ser restrito e suas doses máximas estabelecidas e divulgadas. O estabelecimento de saúde deverá realizar ações de educação permanente, de forma sistemática e registrada, para farmacêuticos e auxiliares de farmácia, com foco na segurança do uso de medicamentos, envolvendo os processos de: seleção, padronização, armazenamento, fracionamento, análise farmacêutica da prescrição e dispensação dos medicamentos. O estabelecimento de saúde deverá manter farmacêuticos e auxiliares de farmácia em número suficiente para permitir a dispensação segura de medicamentos. 6.1.2 Estratégias para dispensação segura relacionadas ao armazenamento O ambiente no qual é realizada a dispensação de medicamentos deve possuir as condições adequadas (temperatura, iluminação, umidade, ruído) para o armazenamento e dispensação segura de medicamentos. a) Restricao de acesso Medidas de restrição de acesso deverão ser estabelecidas, para o armazenamento de produtos que possibilitam riscos elevados de troca (em virtude de similaridade de nomes e apresentação), bem como os medicamentos potencialmente perigosos/alta vigilância e aqueles com sons, grafias e embalagens semelhantes. b) Procedimento Operacional A farmácia deve possuir procedimento operacional atualizado que contemple a validação/conferência do armazenamento do produto certo, no local certo. Esse procedimento deverá ser realizado de forma contínua e sistemática, com registro de execução, propiciando segurança aos processos de armazenamento e dispensação de medicamentos, sobretudo após devolução de medicamentos. O controle de medicamentos sob controle especial deve seguir legislação específica. O processo de dispensação de medicamentos deve possuir procedimento operacional de padrão escrito, homologado, atualizado e de conhecimento de todos os profissionais da farmácia. c) Boas Práticas de Armazenamento A farmácia deve seguir as Boas Práticas de Armazenamento de Medicamentos e possuir padrões atualizados que definam regras para o armazenamento, privilegiando a segurança do processo de dispensação. Pode-se lançar mão de ordenamento alfabético e/ou por forma farmacêutica associado à identificação, com etiquetas coloridas dos medicamentos com elevado risco de troca e os potencialmente perigosos/alta vigilância. LAMIvudina; ZIDOvudina6,30. d) Centrais de Abastecimento Farmacêutico (CAF) ambulatorial É importante assegurar práticas adequadas para a distribuição dos medicamentos das Centrais de Abastecimento Farmacêutico (CAF) para as unidades de saúde a fim de evitar erros, seguindo as boas práticas de distribuição de medicamentos. Toda a movimentação de medicamentos deve ser realizada por um eficiente sistema de controle de estoque, preferencialmente eletrônico, que garanta a correta identificação do medicamento, lote, validade e quantidade, permitindo a sua rastreabilidade; Os medicamentos devem ser corretamente separados, organizados, identificados e realizada a dupla checagem, evitando-se erros; Quando necessário manter estoques de medicamentos potencialmente perigosos/alta vigilância, estes deverão ser corretamente identificados, diferentemente dos demais; O transporte deve ser feito de modo correto e seguro, observando-se aspectos técnicos tais como aqueles necessários para o transporte de termolábeis; Durante o recebimento dos medicamentos na unidade de saúde, nova conferência deve ser feita, considerando-se a identificação do medicamento, lote, validade, quantidade e sua integridade física. 6.1.3 Estratégias para dispensação segura relacionadas à prescrição Deve-se identificar os locais de armazenamento de medicamentos que apresentam grafias e sons semelhantes, com etiquetas de alerta que proporcionem a escrita de parte do nome do medicamento com letras maiúsculas e em negrito, destacando-se a diferença entre nomes parecidos, como, por exemplo: Com base nos dados da prescrição, devem ser registrados os cálculos necessários ou à manipulação da formulação prescrita, verificando-se a aplicação dos fatores de conversão, correção e equivalência, quando for o caso, sendo checados e assinados pelo farmacêutico. Recomenda-se, para auxilio ao farmacêutico no processo de análise da prescrição, a utilização de programa informatizado com suporte terapêutico que incorpore adequado conjunto de verificações automatizadas em prescrições, tais como: Triagem para duplicidade terapêutica; Alergias; Interações medicamentosas; Intervalos de dose adequados; Alerta para doses superiores às máximas; Alertas para nomes semelhantes, entre outros. Fontes de ruídos e distrações devem ser reduzidas (conversas) e eliminadas (televisão, música, uso de telefones celulares e fixos) no momento da análise e dispensação dos medicamentos e o ambiente de dispensação deve ser restrito a essa atividade. Preconiza-se adotar o uso de rótulos diferenciados, notas em sistema informatizado e cartazes de alerta no local de armazenamento e dispensação de medicamentos com elevada propensão a trocas. Recomenda-se a implantação de sistemas seguros, organizados e eficazes de dispensação para reduzir a ocorrência de erros, privilegiando a dispensação por dose individualizada e unitária, com controle por código de barras ou equivalente superior, de modo a assegurar a rastreabilidade do lote, fabricante e validade dos medicamentos e produtos para a saúde. Em farmácias ambulatoriais e hospitalares, as etapas de recebimento da prescrição, separação e dispensação dos medicamentos ao paciente devem ser realizadas com dupla conferência dos medicamentos em ambiente exclusivo para essa finalidade. Deve-se elaborar e disponibilizar procedimentos operacionais atualizados para a dispensação de medicamentos, com destaque especial para os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância. A dispensação deve ser restringida por meio de ordem verbal exclusivamente para situações de urgência e emergência, devendo a prescrição do medicamento ser entregue na farmácia imediatamente após a normalização da situação que gerou a ordem. Nesses casos, o profissional da farmácia que ouviu a ordem verbal deverá repetir o que escutou para certificar-se da informação, procedendo à dispensação e registrando sua ocorrência em formulário específico. 6.2 Procedimento operacional padrão para dispensação de medicamentos Para dispensação segura de medicamentos deve-se seguir os seguintes procedimentos: O farmacêutico deve analisar as prescrições antes do início da separação dos medicamentos, conferindo se todos os elementos de identificação da instituição, do paciente, do prescritor e a data estão disponíveis. Analisar os medicamentos prescritos, evitando que possíveis erros de prescrição se tornem erros de dispensação; Solucionar todas as dúvidas, porventura existentes, diretamente com o prescritor, especialmente aquelas relacionadas à grafia médica, eliminando interpretação ou dedução do que está escrito; Analisar os medicamentos prescritos considerando-se os seguintes aspectos: dose, forma farmacêutica, concentração, via de administração, posologia, diluente, velocidade de infusão, tempo de infusão, indicação, contraindicação, duplicidade terapêutica, interação medicamento-medicamento e medicamento-alimento e possíveis alergias; O auxiliar de farmácia não deverá separar simultaneamente prescrições diferentes; Manter a organização do ambiente de dispensação, assegurando-se suficiente espaço e instrumentos de trabalho que permitam a manutenção dos medicamentos devidamente separados por prescrição e por paciente, até a sua dispensação, evitando-se que medicamentos prescritos e dispensados para um paciente sejam entregues a outros. Para essa finalidade poderão ser utilizados carros de medicação ou embalagens plásticas identificadas; Realizar a conferência dos medicamentos separados para dispensação, verificando se as informações disponíveis no rótulo dos medicamentos são iguais às da prescrição. Identificar os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância e fazer meticulosa revisão da prescrição e dispensação deles; Verificar se na prescrição existem medicamentos com nomes ou embalagens semelhantes, dedicando especial atenção à conferência dos mesmos; Realizar a conferência final da prescrição com o resultado da dispensação, utilizando, sempre que possível, o auxílio de dispositivos eletrônicos, tais como código de barras; O farmacêutico deve revisar as prescrições de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância. Para a dispensação ambulatorial, realizar orientação e aconselhamento do paciente previamente à dispensação dos medicamentos, objetivando identificar e interceptar erros. Ao dispensar medicamentos para o paciente, conferir e identificá-los, especialmente aqueles de embalagem semelhante, usando identificadores que possam diferenciá-los, como, por exemplo, cores diferentes. Realizar o registro escrito, em prontuário, das intervenções farmacêuticas realizadas. Deve existir restrição formal e registro da dispensação de medicamentos por ordem verbal. Os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância devem ser identificados de forma diferenciada dos medicamentos em geral no armazenamento e dispensação. A dupla checagem dos medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância dispensados deve ser feita na farmácia estabelecimento de saúde. 6.3 Monitoramento e indicadores para a dispensação segura A farmácia deve registrar e notificar erros de dispensação ao Núcleo de Segurança do Paciente. 6.3.1 Indicador Nome do indicador Taxa de erros na dispensação de medicamentos. Monitorar a ocorrência de erros na atividade de Objetivo do indicador separação/dispensação de medicamentos para atendimento ao paciente. Fórmula do indicador Periodicidade mínima de verificação nº medicamentos dispensados com erro x 100 nº total de medicamentos dispensados Mensal N° de medicamentos dispensados com erro de omissão, concentração/forma farmacêutica erradas ou medicamento errado. São erros de omissão quando o medicamento é prescrito, mas nenhuma dose (unidade) é dispensada ou o número de doses dispensadas é menor que o prescrito. São erros de concentração/forma farmacêutica quando o medicamento é dispensado em concentração diferente Explicação da fórmula (maior ou menor) ou forma farmacêutica diferente daquela prescrita. O erro chamado medicamento errado ocorre quando prescrito um medicamento e dispensado outro, podendo estar associado a medicamentos com nome ou pronúncia similares, sendo possível a troca no momento da dispensação N° total de medicamentos dispensados: todos os medicamentos dispensados em determinado período de tempo Fonte de informação Prescrição médica ou odontológica (eletrônica, transcrita ou manual) Elaborar planilha para registro do número total de Coleta de dados medicamentos dispensados e dos medicamentos dispensados com erro de omissão, concentração, forma farmacêutica e medicamento errado Em farmácias com sistemas informatizados, este Observações poderão ser preparados para emitirem relatório com as informações necessárias para a aplicação da fórmula do indicador. Responsável Farmacêutico 7. Práticas seguras na administração de medicamentos A administração de medicamentos é um processo multi e interdisciplinar, que exige conhecimento técnico e prática. Para a administração segura, são necessários conhecimentos sobre Farmacologia, Anatomia, Fisiologia, Microbiologia e Bioquímica31. A dimensão dos erros relacionados à administração de medicamentos foi apresentada em estudo realizado em 2006 em quatro hospitais brasileiros, tendo sido evidenciado que 1,7% dos medicamentos administrados foi diferente dos medicamentos prescritos; 4,8% das doses administradas diferiam das prescritas; 1,5% dos medicamentos foi administrado em vias diferentes das prescritas;0,3% dos pacientes recebeu medicamentos não autorizados ou não prescritos; quase 2,2% dos medicamentos foram administrados uma hora antes do previsto e 7,4% mais de uma hora depois do prescrito32. A etapa de administração é a última barreira para evitar um erro de medicação derivado dos processos de prescrição e dispensação, aumentando, com isso, a responsabilidade do profissional que administra os medicamentos. Um erro na administração de medicamento pode trazer graves consequências aos pacientes, devendo-se observar: A ação; As interações; e Os efeitos colaterais. 7.1 Intervenções 7.1.1 Itens de verificação para administração segura de medicamentos A equipe de enfermagem tem seguido tradicionalmente os cinco certos na administração de medicamentos e, mais recentemente, foram introduzidos mais dois certos, configurando-se em “os sete certos na administração de medicamentos”: I. Paciente certo; II. Medicamento certo; III. Via certa; IV. Hora certa; V. Dose certa; Foram incluídos: VI. Documentação certa (Registro certo); e VII. Razão. Recente artigo identifica nove certos para administração de medicamentos: paciente certo, medicamento certo, via certa, hora certa, dose certa, registro certo, ação certa, forma certa e resposta certa33. Os nove certos não garantem que os erros de administração não ocorrerão, mas segui-los pode prevenir significativa parte desses eventos, melhorando a segurança e a qualidade da assistência prestada ao paciente durante o processo de administração de medicamentos. I. Paciente certo Deve-se perguntar ao paciente seu nome completo antes de administrar o medicamento e utilizar no mínimo dois identificadores para confirmar o paciente correto. Nessa etapa, é importante que o profissional faça perguntas abertas e que necessitam de mais interação paciente-profissional, tal como: “Por favor, diga-me o seu nome completo?” Além disso, é importante verificar se esse paciente corresponde ao: Nome identificado na pulseira; Nome identificado no leito; Nome identificado no prontuário. Importante: caso o paciente apresente baixo nível de consciência, impossibilitando-o de confirmar o nome completo, a equipe assistencial deverá conferir o nome do paciente descrito na prescrição com a pulseira de identificação, devendo, ainda, associar pelo menos mais dois identificadores diferentes34. Outra estratégia que auxilia a evitar a administração de medicamentos ao paciente errado, é existir norma interna do estabelecimento de saúde que evite, dentro do possível, que dois pacientes com o mesmo nome fiquem internados simultaneamente no mesmo quarto ou enfermaria. II. Medicamento certo Conferir se o nome do medicamento que tem em mãos é o que está prescrito. O nome do medicamento deve ser confirmado com a prescrição antes de ser administrado. Conhecer o paciente e suas alergias. Conferir se ele não é alérgico ao medicamento prescrito. Identificar os pacientes alérgicos de forma diferenciada, com pulseira e aviso em prontuário, alertando toda a equipe34. Todos os fatos descritos pelo paciente/cuidador ou observado pela equipe, sejam eles reações adversas, efeitos colaterais ou erros de medicação, devem ser registrados em prontuário e, notificados. Importante: alguns medicamentos são associações. Nesses casos, é necessário conhecer a composição dos medicamentos para identificar se o paciente não é alérgico a algum dos componentes do medicamento. III. Via certa Identificar a via de administração prescrita. Verificar se a via de administração prescrita é a via tecnicamente recomendada para administrar determinado medicamento. Lavar as mãos antes do preparo e administração do medicamento. Verificar se o diluente (tipo e volume) foi prescrito e se a velocidade de infusão foi estabelecida, analisando sua compatibilidade com a via de administração e com o medicamento em caso de administração de por via endovenosa. Avaliar a compatibilidade do medicamento com os produtos para a saúde utilizados para sua administração (seringas, cateteres, sondas, equipos, e outros). Identificar no paciente qual a conexão correta para a via de administração prescrita em caso de administração por sonda nasogástrica, nasoentérica ou via parenteral. Realizar a antissepsia do local da aplicação para administração de medicamentos por via parenteral. Esclarecer todas as dúvidas com a supervisão de enfermagem, prescritor ou farmacêutico previamente à administração do medicamento. Esclarecer as dúvidas de legibilidade da prescrição diretamente com o prescritor. Importante: Informações sobre compatibilidade de medicamentos e produtos para a saúde utilizados na administração de medicamentos, deverão estar disponíveis em manual ou em base de dados para consulta no local do preparo ou pode-se consultar o farmacêutico. IV. Hora certa Preparar o medicamento de modo a garantir que a sua administração seja feita sempre no horário correto, para garantir adequada resposta terapêutica. Preparar o medicamento no horário oportuno e de acordo com as recomendações do fabricante, assegurando-lhe estabilidade. A antecipação ou o atraso da administração em relação ao horário predefinido somente poderá ser feito com o consentimento do enfermeiro e do prescritor. V. Dose certa Conferir atentamente a dose prescrita para o medicamento. Doses escritas com “zero”, “vírgula” e “ponto” devem receber atenção redobrada, conferindo as dúvidas com o prescritor sobre a dose desejada, pois podem redundar em doses 10 ou 100 vezes superiores à desejada. Certificar-se de que a infusão programada é a prescrita para aquele paciente. Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição, em caso de dúvida ou medidas imprecisas (colher de chá, colher de sopa, ampola), consultar o prescritor e solicitar a prescrição de uma unidade de medida do sistema métrico. Conferir a velocidade de gotejamento, a programação e o funcionamento das bombas de infusão contínua em caso de medicamentos de infusão contínua. Realizar dupla checagem dos cálculos para o preparo e programação de bomba para administração de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância. Medicações de uso “se necessário” deverão, quando prescritas, ser acompanhadas da dose, posologia e condição de uso. Solicitar complementação do prescritor em caso de orientações vagas, tais como “fazer se necessário”, “conforme ordem médica” ou “a critério médico”, para possibilitar a administração. Importante: Não deverão ser administrados medicamentos em casos de prescrições vagas como: “fazer se necessário”, “conforme ordem médica” ou “a critério médico”. VI. Registro certo da administração Registrar na prescrição o horário da administração do medicamento. Checar o horário da administração do medicamento a cada dose. Registrar todas as ocorrências relacionadas aos medicamentos, tais como adiamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa do paciente e eventos adversos. VII. Orientação correta Esclarecer dúvidas sobre a razão da indicação do medicamento, sua posologia ou outra informação antes de administrá-lo ao paciente junto ao prescritor. Orientar e instruir o paciente sobre qual medicamento está sendo administrado (nome), justificativa da indicação, efeitos esperados e aqueles que necessitam de acompanhamento e monitorização. Garantir ao paciente o direito de conhecer o aspecto (cor e formato) dos medicamentos que está recebendo, a frequência com que será ministrado, bem como sua indicação, sendo esse conhecimento útil na prevenção de erro de medicação. VIII. Forma certa Checar se o medicamento a ser administrado possui a forma farmacêutica e via administração prescrita. Checar se forma farmacêutica e a via de administração prescritas estão apropriadas à condição clínica do paciente. Sanar as dúvidas relativas à forma farmacêutica e a via de administração prescrita junto ao enfermeiro, farmacêutico ou prescritor. A farmácia deve disponibilizar o medicamento em dose unitária ou manual de diluição, preparo e administração de medicamentos, caso seja necessário realizar a trituração e suspensão do medicamento para administração por sonda nasogástrica ou nasoentérica34. IX. Resposta certa Observar cuidadosamente o paciente, para identificar, quando possível, se o medicamento teve o efeito desejado. Registrar em prontuário e informar ao prescritor, todos os efeitos diferentes (em intensidade e forma) do esperado para o medicamento. Deve-se manter clara a comunicação com o paciente e/ou cuidador. Considerar a observação e relato do paciente e/ou cuidador sobre os efeitos dos medicamentos administrado, incluindo respostas diferentes do padrão usual, Registrar todos os parâmetros de monitorização adequados (sinais vitais, glicemia capilar.). 7.1.2 Intervenções específicas Instituir a prática de dupla checagem por dois profissionais, para os cálculos de diluição e administração de medicamentos potencialmente perigosos ou medicamentos de alta vigilância. REMOVER do estoque das unidades de internação os eletrólitos concentrados (especialmente cloreto de potássio injetável) e bloqueadores neuromusculares. Deverão permanecer nas unidades de internação APENAS os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância que sejam absolutamente necessários à assistência ao paciente. 7.2 Procedimento operacional padrão para administração de medicamentos35,36 Implementar a prática de verificação dos nove certos da terapia medicamentosa. Certificar-se de que as informações sobre o processo de medicação estejam documentadas corretamente. Somente administrar medicamento se as dúvidas forem esclarecidas. Estabelecer protocolos institucionais de administração de medicamentos e atualizá-los periodicamente. Utilizar materiais e técnicas assépticas para administrar medicamentos por via intravenosa e para outras vias que exijam esse tipo de técnica. Registrar, conforme protocolo da instituição, todas as ações imediatamente após a administração do medicamento. O enfermeiro deve supervisionar o preparo e a administração de medicamentos realizados por técnicos e auxiliares de enfermagem. Seguir o protocolo da instituição quanto ao preparo de pacientes para exames ou jejum que possam interferir na administração do medicamento. Em casos de preparo de pacientes para exames ou jejum, não administrar nem adiar a administração de doses sem discutir conduta com o prescritor. Registrar adequadamente a omissão de dose e comunicar ao enfermeiro. Adequar os horários de administração dos medicamentos à rotina de uso já estabelecida pelo paciente antes da internação, sempre que possível. Evitar, dentro do possível, interações medicamento-medicamento e medicamento-alimento quando realizar o aprazamento de medicamentos. Discutir a prevenção das interações medicamentosas com a equipe multiprofissional (médico, farmacêutico e nutricionista). Seguir o protocolo institucional quanto à verificação das prescrições na passagem de plantão. Seguir o protocolo institucional quanto aos cuidados para que não haja a administração de medicamentos suspensos pelo médico. Padronizar o armazenamento adequado e a identificação completa e clara de todos os medicamentos que estão sob a guarda da equipe de enfermagem. Monitorar a temperatura da geladeira de acondicionamento de medicamentos, observando-se o parâmetro mínimo e máximo de temperatura diariamente, dirimindo dúvidas com o farmacêutico. Organizar local adequado para o preparo de medicamentos, preferencialmente sem fontes de distração e que permita ao profissional concentrar-se na atividade que está realizando. A instituição deve disponibilizar e atualizar guias de prevenção de incompatibilidades entre fármacos e soluções e guias de diluição de medicamentos. Solicitar revisão por um colega sempre que calcular doses para medicamentos potencialmente perigosos ou medicamentos de alta vigilância. Fazer consultas ao farmacêutico e em fontes de informações atualizadas e idôneas em caso de dúvidas sobre o nome do medicamento, posologia, indicações, contraindicações, precauções de uso, preparo e administração. Utilizar instrumentos de medida padrão no preparo de medicamentos (ex: seringas milimetradas) para medir doses com exatidão. Seguir os sistemas de identificação do paciente e do leito ou sala de medicação estabelecidos nos protocolos institucionais. Padronizar equipamentos como bombas de infusão, limitando a variedade de opções. Seguir a prescrição de enfermagem para o uso de bombas de infusão para administração segura de medicamentos. levar ao local, no horário de administração de medicamentos, apenas o que está prescrito a um único paciente, não fazendo uso de bandeja contendo diversos medicamentos para diferentes pacientes. Preparar o medicamento imediatamente antes da administração, a não ser que haja recomendação especial do fabricante para procedimento diferente. Manter registro adequado dos frascos de medicamentos preparados que serão armazenados (com data e horário da manipulação, concentração do medicamento, nome do responsável pelo preparo e validade). Administrar medicamento por ordem verbal somente em caso de emergência, utilizando método de dupla checagem para administração com registro por escrito da ordem verbal. Registrar corretamente a administração do medicamento prescrito no prontuário do paciente, certificando que foi administrado ao paciente e evitando a duplicação da administração do medicamento por outro profissional. Informar ao paciente e à família sobre eventuais incidentes relacionados à terapia medicamentosa, registrando-os em prontuário e notificando-os à Gerência de Riscos e/ou ao Núcleo de Segurança do Paciente. Comunicar ao paciente qual o medicamento está sendo administrado e qual a sua ação no momento da administração. Devolver à farmácia as sobras de medicamentos não administrados pois estoques de medicamentos nas enfermarias são fonte importante de erros de administração37. 7.3 Monitoramento e indicador para a administração segura de medicamento Os eventos adversos relacionados à administração de medicamentos devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente. 7.3.1Indicador Nome do indicador Taxa de erros na administração de medicamentos. Monitorar a ocorrência de erros na atividade de Objetivo do indicador administração de medicamentos para atendimento ao paciente. Fórmula do indicador nº medicamentos administrados com erro de omissão x 100 nº total de medicamentos administrados Periodicidade mínima de verificação Mensal. N° de medicamentos prescritos mas não administrados (erro de omissão): são os itens Explicação da fórmula prescritos mas não administrados (checados). N° total de medicamentos administrados: todos os medicamentos prescritos em um determinado período de tempo. Fonte de Informação Registros de enfermagem na prescrição médica ou odontológica (eletrônica, transcrita ou manual). Elaborar planilha para registro do número total de Coleta de dados medicamentos prescritos mas não dividido pelo número total de medicamentos prescritos. Totalizar os dados e aplicar a fórmula. Responsável administrados Enfermeiro. 7.4 Estratégias de monitoramento e indicadores gerais para o uso seguro de medicamentos O processo de uso dos medicamentos (prescrição, dispensação e administração) deve estar devidamente descrito em procedimentos operacionais padrão, atualizados e divulgados para os profissionais do estabelecimento de saúde. O estabelecimento de saúde deve possuir rotina para transferência interna e externa de pacientes e que contemple a segurança no processo de utilização dos medicamentos na transição do paciente. O estabelecimento de saúde deve proporcionar aos profissionais de saúde, anualmente, educação permanente e treinamento em uso seguro de medicamentos. O estabelecimento de saúde deve possuir política de incentivo à melhoria da segurança do uso de medicamentos, centrado no trabalho em equipe, notificação e ambiente não punitivo. Referências 1. Aspden P. et al. (ed.). Committee on identifying and preventing medication errors.preventing medication errors. institute of medicine of the national academies.Washington, DC: The National Academies Press, 2007; 544 p. (Quality Chasm Series). 2. Landrigan CP. etal.Temporal trends in rates of patient harm resulting from medical care. N Engl J Med, Boston.2010; 363(22):2124-34. 3. World Health Organization. WHO.Action on patient safety.High 5s.World alliance for patient safety.Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/implementation/solutions/high5s/en. 4. World Health Organization.WHO. World Alliance for Patient Safety: forward programme 2006-2007. Geneva. Disponível em: http://www.who. int/patientsafety/World Health. 5. Bates DW, Gawande AA. Error in medicine: what we have learned? Ann InternMed, Philadelphia. 2000; 132(9):763-767. 6. Gerrett D, et al. Tallman lettering. Final report of the use of tallman lettering to minimize selection errors of medicine names in computer prescribing and dispensing systems. Loughborough University EnterprisesLtd., 2009. Disponível em: www.connectingforhealth.nhs.uk/systemsandservices/eprescribing/ refdocs/. 7. Leape LL,etal.The nature of adverse events and negligence in hospitalized patients: results of the Harvard Medical Practice Study II. N Engl J Med,Boston. 1991; 324(6):377-384. 8. Phillips DP,Christenfeld N, Glynn LM. Increase in US medication-error deaths between 1983 and 1993.Lancet, London.1998; 351(9103):643-644. 9. Cohen MR. Medication errors.Washington, AmPharm Assoc. 2006; 680 p. 10. Federico F. Preventing harm from high-alert medications. Jt. Comm. J Qual Patient Saf. 2007; 33(9):537-542. 11. Institute for Healthcare Improvement. How-to guide: prevent harm from high-alert medications. Cambridge, MA: Institute for Health Care Improvement; 2012. Disponível em: www.ihi.org. 12. Leape LL, Berwick DM, Bates DW. What practices will most improve safety? JAMA. 2002; 288(4):501-507. DOI:10.1001/jama.288.4.501. 13. Rosa MB, et al.Errors in hospital prescriptions of high-alert medications. Rev Saúde Pública, São Paulo.2009; 43(3):490-8. 14. Ferracini FT. Estrutura organizacional. In: Ferracini FT, Filho WM. Prática farmacêutica no ambiente hospitalar: do planejamento à realização. São Paulo: Atheneu, 2005. 15. World Health Organization. Estrutura conceitual da Classificação Internacional sobre Segurança do Doente.Relatório Técnico Final. Direção Geral da Saúde. 2011; 142p. Disponível em:http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/70882/4/WHO_IER_PSP_2010.2_por.p df. 16. Institute for Safe Medication Practices Canada. Canadian Medication Incident Reportingand Prevention System.Definitions of Terms.Disponível em: www.ismpcanada.org/definitions.htm. 17. Dean B, Barber N, Schachter V. What is prescribing error? Qual Health Care, Oxford. 2000; 9:232-237. 18. Committee of Experts on Management of Safety and Quality in Health Care: Expert Group on Safe Medication Practices. Glossary of terms related to patient and medication safety. Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/highlights/COE_patient_and_medication_safety_ gl.pdf >. 19. Cohen MR, et al. Preventing dispensing errors. In: Cohen MR. (ed.). Medicationerrors.Washington, AmPharmAssoc. 2006; p. 205-232. 20. Beso A, Franklin BD, Barber N. The frequency and potential causes of dispensing errors in a hospital pharmacy.Pharm World Sci. 2005; 27(3):182-90. 21. Taxis K, Barber N. Ethnographic study of incidence and severity of intravenous drug erros. BMJ. 2003; 326(7391):684-7. 22. Cohen MR. Preventing prescribing errors.In: Cohen MR. (ed.). Medicationerrors.Washington, Am Pharm Assoc. 2006; p. 175-203. 23. Néri EDR,et al.Erros de prescrição de medicamentos em um hospital brasileiro. verAssoc Méd Bras. 2011; 57(3):306-314. 24. Abushaiqa ME, et al. Educational interventions to reduce use of unsafe abbreviations. Am J Health Syst Pharm. 2007; 64(11):1170-1173. 25. Cohen MR, et al. Errors-Prone abbreviations and dose expressions.In: Cohen MR. (ed.). Medication errors.Washington, AmPharmAssoc, 2006; p. 153-171. 26. Néri EDR. Determinação do perfil dos erros de prescrição de medicamentos em em: um hospital universitário. 2004. Disponível http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/2064aa80474592999afade3fbc4c6735 /dissertacao_perfil_erros_prescri%25E7%25E3o_hospital.pdf?MOD=AJPERES. 27. Organização Mundial da Saúde. Programa de ação sobre medicamentos essenciais. Guia para a boa prescriçãomédica.Porto Alegre, ArtMed, 1998. 28. Shekelle PG,et al.Making health care safer II: an updated critical analysis of the evidence for patient safety practices. Comparative effectiveness review n. 211. (prepared by the Southern California-RAND Evidence-based Practice Center under Contract n. 290-2007-10062-I) AHRQ Publication n. 13-E001-EF. Rockville, MD: Agency for Healthcare Research and Quality. March 2013. Disponível em: www.ahrq.gov/research/findings/evidence-based-reports/ptsafetyuptp.html. 29. Néri EDR, Viana PR, Campos TA. (org). Dicas para uma boa prescrição hospitalar. 2008. Disponível em: http://www.huwc.ufc.br/arquivos/biblioteca_cientifica/ 1261588761_49_0.pdf. 30. Institute for Safe Medication Practices. FDA and ISMP Lists of look-alike drug names with recommended tall man letters.2011. Disponível em: www.ismp.org/tools/tallmanletters.pdf. 31. Telles Filho PCP, Cassiani SHB. Administração de medicamentos: aquisição de conhecimentos e habilidades requeridas por um grupo de enfermeiros. Rev LatinoAm Enfermagem [serial on the Internet]. 2004; 12(3): 533-540. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010411692004000300012 &lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692004000300012. 32. Miasso AI, Grou CR, Cassiani SHB, Silva AEBC, Fakih FT. Erros de medicação: tipos, fatores causais e providências tomadas em quatro hospitais brasileiros. Rev Esc Enferm, USP. 2006; 40(4): 524-532. 33. Malcolm E, Yisi L. The nine rights of medication administration: an overview. Br J Nurs. 2010; 19:(5):300-05. 34. Cassiani SHB, Deus NN, Capucho HC. Administraciónsegura de medicamentos. In: Cometto MC, Gómez PF, Dal-Sasso GTM, Grajales RAZ, Cassiani SHB, Morales CF. (org.).Enfermería y seguridad de los pacientes. Washington, OrganizaciónPanamericana de laSalud/Organización Mundial de laSalud. 1 ed. v. 1, 2011. p. 225-238. 35. Coren-SP/Rebraensp/SP. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo. Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente. Erros de medicação: definições e estratégias de prevenção. São Paulo, 2011; p. 35. 36.Nascimento MMG; Rosa MB; Harada, MJCS. Prevenção de erros de administração de medicamentos no sistema de saúde. Rev Meio de Cultura Hospitalar. n 52, 2013.p18-22. 37. Cohen MR, et al.Preventing drug administration errors. In: Cohen MR. (ed.). Medicationerrors.Washington, AmPharmAssoc, 2006; p. 235-274. APÊNDICE Para fins desse protocolo serão adotadas as seguintes definições: 4.1. Uso seguro de medicamentos: inexistência de injúria acidental ou evitável durante o uso de medicamentos. A utilização segura engloba atividades de prevenção e minimização dos danos provocados por eventos adversos que resultam do processo de uso dos medicamentos15. 4.2. Erro de medicação: é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, possa levar ao uso inadequado de medicamento quando o medicamento se encontra sob o controle de profissionais de saúde, de paciente ou do consumidor, podendo ou não provocar dano ao paciente. Os erros de medicação podem ser relacionados à prática profissional, produtos usados na área de saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo prescrição, rótulos, embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de medicamentos15,16. 4.3. Erro de prescrição: erro de medicação que ocorre durante a prescrição de um medicamento, em decorrência tanto de redação da prescrição, como do processo de decisão terapêutica. O erro decisão terapêutica pode surgir de um desvio não intencional de padrões de referência, como: conhecimento científico atual, práticas normalmente reconhecidas, especificações técnicas dos medicamentos e legislação sanitária17. Um erro de prescrição pode estar relacionado à seleção do medicamento (considerando-se as indicações, as contraindicações, as alergias, as características do paciente, as interações medicamentosas e outros fatores), a dose, a concentração, o esquema terapêutico, a forma farmacêutica, a via de administração, a duração do tratamento e orientações de utilização, assim como pela ausência de prescrição de um medicamento necessário para tratar uma doença já diagnosticada ou para impedir os incidentes com outros medicamentos18. 4.4. Erros de dispensação: pode ser definido como um desvio na interpretação da prescrição, cometido pela equipe da farmácia quando da realização da dispensação de medicamentos para as unidades de internação ou na farmácia ambulatorial1,19. Incluem também erros relacionados às normas e à legislação. Podem ser classificados em: erros de conteúdo, erros de rotulagem e erros de documentação20. 4.5. Erros de administração: erro decorrente de qualquer desvio no preparo e administração de medicamentos de acordo com a prescrição médica, da não observância das recomendações ou guias do hospital ou das instruções técnicas do fabricante do produto. Considera-se, ainda, que não há erro se o medicamento for administrado de forma correta, mesmo que a técnica utilizada contrarie a prescrição médica ou os procedimentos do hospital21. Anexo V Protocolo de Prevenção de Quedas INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br PROTOCOLO PREVENÇÃO DE QUEDAS* Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz Protocolo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente. PROTOCOLO PREVENÇÃO DE QUEDAS 1. Finalidade Reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano dela decorrente, por meio da implantação/implementação de medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente seguro, e promovam a educação do paciente, familiares e profissionais. 2. Abrangência As recomendações deste protocolo aplicam-se aos hospitais e incluem todos os pacientes que recebem cuidado nestes estabelecimentos, abrangendo o período total de permanência do paciente. 3. Justificativa De modo geral, a hospitalização aumenta o risco de queda, pois os pacientes se encontram em ambientes que não lhes são familiares, muitas vezes são portadores de doenças que predispõem à queda (demência e osteoporose) e muitos dos procedimentos terapêuticos, como as múltiplas prescrições de medicamentos, podem aumentar esse risco.2 Estudos indicam que a taxa de queda de pacientes em hospitais de países desenvolvidos variou entre 3 a 5 quedas por 1.000 pacientes-dia.1 Segundo os autores, as quedas não se distribuem uniformemente nos hospitais, sendo mais frequentes nas unidades com concentração de pacientes idosos, na neurologia e na reabilitação. Estudo em hospital na Califórnia, EUA, destacou a presença de queda em pacientes pediátricos. Essas foram mais comuns entre os meninos e decorreram principalmente de pisos molhados, tropeços em equipamentos e em objetos deixados ao chão.3 A maior parte dos eventos ocorreu na presença dos pais.4 Quedas de pacientes produzem danos em 30% a 50% dos casos, sendo que 6% a 44% desses pacientes sofrem danos de natureza grave, como fraturas, hematomas subdurais e sangramentos, que podem levar ao óbito.5 A queda pode gerar impacto negativo sobre a mobilidade dos pacientes, além de ansiedade, depressão e medo de cair de novo, o que acaba por aumentar o risco de nova queda. Quedas de pacientes contribuem para aumentar o tempo de permanência hospitalar e os custos assistenciais, gerar ansiedade na equipe de saúde, além de produzir repercussões na credibilidade da instituição, além de repercussões de ordem legal6. Além disso, podem interferir na continuidade do cuidado. Dentre os pacientes que sofreram queda, há relatos de maior ocorrência em pacientes em transferência para ambientes de cuidado de longa permanência7. Geralmente a queda de pacientes em hospitais está associada a fatores vinculados tanto ao indivíduo como ao ambiente físico, entre os fatores vinculados ao paciente destacam-se: idade avançada (principalmente idade acima de 85 anos), história recente de queda, redução da mobilidade, incontinência urinária, uso de medicamentos e hipotensão postural.8 Com relação aos fatores ambientais e organizacionais, podem ser citados: pisos desnivelados, objetos largados no chão, altura inadequada da cadeira, insuficiência e inadequação dos recursos humanos.8 As intervenções com multicomponentes tendem a ser mais efetivas na prevenção de quedas. Fazem parte dessas intervenções8: Avaliação do risco de queda; Identificação do paciente com risco com a sinalização à beira do leito ou pulseira, Agendamento dos cuidados de higiene pessoal; Revisão periódica da medicação; Atenção aos calçados utilizados pelos pacientes, Educação dos pacientes e dos profissionais, Revisão da ocorrência de queda para identificação de suas possíveis causas. Estudo realizado em hospital privado localizado na cidade de São Paulo apresentou uma taxa de queda reduzida em 2008 - 1,45 por 1.000 pacientes-dia-, que estava associada à implementação de um protocolo de gerenciamento de quedas.6 4. Definição 4.1 Queda: Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano. Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão. A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de assentos (cadeira de rodas, poltronas, cadeiras, cadeira higiênica, banheira, trocador de fraldas, bebê conforto, berço etc.), incluindo vaso sanitário.9,10 5. Intervenções 5.1. Avaliação do risco de queda A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da admissão do paciente com o emprego de uma escala adequada ao perfil de pacientes da instituição. Esta avaliação deve ser repetida diariamente até a alta do paciente. Na admissão deve-se também avaliar a presença de fatores que podem contribuir para o agravamento do dano em caso de queda, especialmente risco aumentado de fratura e sangramento. Osteoporose, fraturas anteriores, uso de anticoagulante e discrasias sanguíneas são algumas das condições que podem agravar o dano decorrente de queda.5 5.1.1. Fatores de risco para queda a) Demográfico: crianças < 5anos e idosos > 65 anos. b) Psico-cognitivos: declínio cognitivo, depressão, ansiedade. c) Condições de saúde e presença de doenças crônicas: acidente vascular cerebral prévio; hipotensão postural; tontura; convulsão; síncope; dor intensa; baixo índice de massa corpórea; anemia; insônia; incontinência ou urgência miccional; incontinência ou urgência para evacuação; artrite; osteoporose; alterações metabólicas (como, por exemplo, hipoglicemia). d) Funcionalidade: dificuldade no desenvolvimento das atividades da vida diária, necessidade de dispositivo de auxílio à marcha; fraqueza muscular e articulares; amputação de membros inferiores; e deformidades nos membros inferiores. e) Comprometimento sensorial: visão; audição; ou tato. f) Equilíbrio corporal: marcha alterada. g) Uso de medicamentos: Benzodiazepínicos; Antiarrítmicos; anti-histamínicos; antipsicóticos; antidepressivos; digoxina; diuréticos; laxativos; relaxantes musculares; vasodilatadores; hipoglicemiantes orais; insulina; e Polifarmácia (uso de 4 ou mais medicamentos). h) Obesidade severa. i) História prévia de queda. 5.1.2. Paciente com alto risco de queda a) Paciente independente, que se locomove e realiza suas atividades sem ajuda de terceiros, mas possui pelo menos um fator de risco. b) Paciente dependente de ajuda de terceiros para realizar suas atividades, com ou sem a presença de algum fator de risco. Anda com auxílio (de pessoa ou de dispositivo) ou se locomove em cadeira de rodas. c) Paciente acomodado em maca, por exemplo, aguardando a realização de exames ou transferência, com ou sem a presença de fatores risco. 5.1.3. Paciente com baixo risco de queda a) Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda de terceiros, com ou sem fatores de risco. b) Indivíduo independente e sem nenhum fator de risco. As escalas de avaliação de risco de queda não são universais, sendo cada uma delas específicas para determinado tipo de paciente, por exemplo adulto e pediátrico. Todas as escalas apresentam vantagens, mas também limitações operacionais e metodológicas. As utilizadas com maior frequência no Brasil e internacionalmente são: Morse12,13 e St Thomas Risk Assessment Tool in the Falling Elderly (STRATIFY)14,15. Essas duas escalas possuem semelhanças quanto à gradação dos fatores que predispõem à queda e permitem, portanto, classificar o grau de risco que o paciente apresenta para cair, possibilitando orientar as intervenções necessárias para evitar a ocorrência de queda. Recentemente a escala Morse Fall Scale foi traduzida e adaptada para a língua portuguesa*. Salientamos que tanto a Morse Fall Scale (versão traduzida ou original), quanto as demais escalas existentes não são de acesso livre, sendo necessária autorização dos autores para sua utilização. Importante: Este protocolo não adota nenhuma escala em particular e teve como foco intervenções de prevenção norteadas pelo risco de queda do paciente. 5.2. Ações preventivas 5.2.1. Medidas Gerais A unidade de saúde, orientada pelo seu Núcleo de Segurança do Paciente, deverá adotar medidas gerais para a prevenção de quedas de todos os pacientes, independente do risco. Essas medidas incluem a criação de um ambiente de cuidado seguro conforme legislação vigente16, tais como: pisos antiderrapantes, mobiliário e iluminação adequados, corredores livres de obstáculos (por exemplo, equipamentos, materiais e entulhos), o uso de vestuário e calçados adequados e a movimentação segura dos pacientes.4,5 Para os pacientes pediátricos, deve-se observar a adequação das acomodações e do mobiliário à faixa etária. A utilização de estratégias de educação dos pacientes e familiares deve incluir orientações sobre o risco de queda e de dano por queda, e também sobre como prevenir sua ocorrência. Essas ações devem ocorrer na admissão e durante a permanência do paciente no hospital. A elaboração e a distribuição de material educativo devem ser estimuladas. * Gustavo AS ,Bittencourt HR, Steinmetz QL, Farina VA . Morse Fall Scale : Tradução e Adaptação para a Língua Portuguesa. Revista da Escola de Enfermagem da USP (Impresso), 2013. No prelo 5.2.2. Medidas Específicas A unidade de saúde, orientada pelo Núcleo de Segurança do Paciente, devem definir o(s) profissional(ais) responsável(eis) por avaliar o risco de queda e definir as ações de caráter preventivo para pacientes que apresentem tal risco. Medidas individualizadas para prevenção de queda para cada paciente devem ser prescritas e implementadas. Além disso, políticas e procedimentos devem ser estabelecidos e implementados pela unidade para assegurar a comunicação efetiva entre profissionais e serviços sobre o risco de queda e risco de dano da queda nas passagens de plantão, bem como sobre as medidas de prevenção implantadas. Deve-se fazer a reavaliação do risco dos pacientes em caso de transferência de setor, mudança do quadro clínico, episódio de queda durante a internação ou na identificação de outro fator de risco. Na presença ou no surgimento de risco de queda, este deve ser comunicado aos pacientes e familiares e a toda equipe de cuidado. Por exemplo, pacientes que começam a receber sedativos têm seu risco de queda aumentado. No caso da ocorrência de queda, esta deve ser notificada e o paciente avaliado e atendido imediatamente para mitigação/atenuação dos possíveis danos. A avaliação dos casos de queda no setor em que ocorreu, permite a identificação dos fatores contribuintes e serve como fonte de aprendizado para o redesenho de um processo de cuidado mais seguro. A tabela a seguir contém medidas específicas que devem ser utilizadas para prevenção de queda conforme o fator de risco apresentado pelo paciente17,18. Tabela 1 - Fatores de risco para queda e medidas relacionadas (Pacientes adultos hospitalizados) Fator de risco Medidas Idade Medidas para reduzir o risco de queda de pacientes idosos estão contempladas nos itens abaixo. Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível. Histórico de Queda Avaliar nível de confiança do paciente para deambulação. Avaliar a independência e a autonomia para deambulação e a necessidade de utilização de dispositivo de marcha do paciente (por exemplo, andador, muleta e bengala). Supervisão periódica para avaliação do conforto e segurança do paciente. Verificar o uso de diuréticos, laxantes e/ou se o paciente está em preparo de cólon para exames ou procedimento cirúrgico. Necessidades fisiológicas e higiene pessoal Manter o paciente confortável no que tange às eliminações, realizando a troca frequente em caso de uso de fraldas ou programando horários regulares para levá-lo ao banheiro. Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito acompanhado por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de acompanhante. Realizar periodicamente revisão e ajuste da prescrição de medicamentos que aumentam o risco de queda. Medicamentos Solicitar avaliação de farmacêutico quando houver dúvidas quanto ao risco aumentado devido ao uso de medicamentos (doses, interações, possíveis efeitos colaterais e quadro clínico do paciente). Orientar o paciente e acompanhante sobre os efeitos colaterais e as interações medicamentosas que podem apresentar ou potencializar sintomas (por exemplo: vertigens, tonturas, sonolência, sudorese excessiva, palidez cutânea, mal estar geral, alterações visuais, alteração dos reflexos), que aumentam o risco de queda. Orientar quanto ao dispositivo/equipamento e a sua necessidade de uso. Uso de Equipamentos/ Dispositivos Avaliar o nível de dependência e autonomia após a instalação de equipamentos, para planejamento da assistência relacionado à mobilização deste paciente. Alocar os equipamentos/dispositivos de maneira a facilitar a movimentação do paciente no leito ou a sua saída Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito acompanhado por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de acompanhante. Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível. Mobilidade/Equilíbrio Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito acompanhado por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de acompanhante. Orientar o paciente e acompanhante para garantir a utilização de seus óculos e/ou aparelho auditivo sempre que for sair da cama. Avaliar a independência e a autonomia para deambulação e a necessidade de utilização de dispositivo de marcha do paciente (por exemplo, andador, muleta e bengala). Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível. Orientar paciente e acompanhante para somente levantar do leito acompanhado por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de acompanhante. Cognitivo Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível. Condições Especiais (hipoglicemia, hipotensão postural, cardiopatias descompensadas, entre outras condições clínicas) Em caso de hipotensão postural – Orientar o paciente a levantar-se progressivamente (elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão por 5 minutos), antes de sair da cama com ajuda de profissional da equipe de cuidado. Considerar na avaliação clínica as condições em que o paciente estiver em jejum por longo período (por exemplo, logo ao acordar ou em pré e pós-operatório). Adaptado de Hospital Israelita Albert Einstein - HIAE (São Paulo). Protocolos, Guias e Manuais voltados à Segurança do Paciente. 2012. Tabela 2 - Fatores de risco para queda e medidas relacionadas (Pacientes pediátricos hospitalizados) Fator de Risco Medidas Acomodação (adequar o leito para acomodação, conforme a idade e o estado clínico) ≤ 36 meses (3 anos): devem ser acomodadas em berços, com grades elevadas na altura máxima. Se os pais recusarem, estes devem assinar o “Termo de recusa de tratamento”. A exceção seriam crianças sem mobilidade. Estas poderão ser acomodadas em cama de acordo com a avaliação do profissional responsável. > 36 meses: devem ser acomodadas em cama com as grades elevadas. Transporte (adequar o dispositivo de transporte, conforme a idade e o estado clínico) ≤ 6 meses: devem ser transportadas no colo do responsável (ou acompanhante e na ausência destes pelo profissional de enfermagem) e este em cadeira de rodas. Idade > 6 meses ≤ 36 meses: o Em maca acompanhada do responsável (ou acompanhante e na ausência destes pelo profissional de enfermagem) quando for submetida a procedimentos com anestesia/sedação. o Em cadeira de rodas no colo do responsável (ou acompanhante e na ausência destes pelo profissional de enfermagem). > 36 meses: em maca ou em cadeira de rodas no colo do responsável (na ausência deste pelo profissional de enfermagem), dependendo da avaliação do profissional responsável. Manter uma das grades elevadas do berço durante a troca (roupa/fralda) da criança (não deixar a criança sozinha neste momento com uma das grades abaixadas). Orientar o responsável sobre a influência do diagnóstico no aumento do risco de queda. Avaliar periodicamente pacientes com diagnósticos associados ao aumento do risco de queda. Orientar responsável para que a criança somente levante do leito acompanhada por profissional da equipe de cuidado, mesmo na presença de acompanhante, de acordo com a idade e com as condições clínicas. Avaliar se há condição de deambulação do paciente diariamente; registrar e informar para o responsável se o mesmo está liberado ou não para deambular. A criança deve estar sempre acompanhada na deambulação (no quarto, no banheiro e no corredor) pelo responsável (na ausência deste pelo profissional de enfermagem). Diagnóstico Avaliar a necessidade de utilizar protetor de grades para fechar as aberturas entre elas. Orientar o responsável a levantar a criança do leito progressivamente (elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão por 5 a 10 minutos, antes de sair da cama), de acordo com a idade da criança e/ou condições clínicas, avaliadas pelo profissional responsável. Avaliar risco psicológico ou psiquiátrico sempre que necessário. Fatores Cognitivos Orientar responsável sobre o risco de queda relacionado ao “comportamento de risco” de acordo com a faixa etária da criança. História Pregressa/ Atividade Alocar o paciente próximo ao posto de Enfermagem, se possível. Cirurgia/ Sedação/ Anestesia Não levantar do leito sozinho quando há história de queda pregressa com dano grave. Informar o paciente e/ou familiar/responsável sobre o risco de queda relacionado ao efeito do sedativo e/ou anestésico. Orientar o paciente e/ou familiar/responsável a levantar progressivamente (elevar a cabeceira 30°, sentar-se no leito com os pés apoiados no chão por 5 a 10 minutos, antes de sair da cama. Sair do leito acompanhado pela enfermagem. Se o paciente estiver em cama, permanecer com as grades elevadas e rodas travadas (pré-cirúrgico e pós operatório imediato). O jejum por longo período deve ser levado em consideração, por exemplo, logo ao acordar ou em pré e pós-operatório; Atentar para as classes medicamentosas que alterem a mobilidade e equilíbrio (de acordo com a avaliação clínica da enfermagem). Realizar reconciliação medicamentosa, cuidadosa, na admissão. Orientar paciente e/ou familiar/acompanhante quando houver mudança na prescrição de medicamentos associados ao risco de queda. Não levantar do leito sozinho. Medicações Orientar, na hora da medicação, o paciente e/ou familiar/acompanhante quanto aos efeitos colaterais e interações medicamentosas, que podem potencializar sintomas, tais como: vertigens, tonturas, sonolência, hipotensão, hipoglicemia, alteração dos reflexos. O profissional responsável pode solicitar a avaliação do farmacêutico clínico quanto ao uso dos medicamentos e ao risco de queda. Adaptado de Hospital Israelita Albert Einstein - HIAE (São Paulo). Protocolos, Guias e Manuais voltados à Segurança do Paciente. 2012. 6. Procedimentos Operacionais 6.1. Avaliar, no momento da admissão, o risco de queda do paciente (pacientes internados, pacientes no serviço de emergência e pacientes externos); 6.2. Orientar pacientes e familiares sobre as medidas preventivas individuais, e entregar material educativo específico quando disponível; 6.3. Implementar medidas específicas para a prevenção de queda conforme o(s) risco(s) identificado(s) (Ver tabela 1 e 2); 6.4. Reavaliar o risco diariamente, e também sempre que houver transferências de setor, mudança do quadro clínico, episódio de queda durante a internação; ajustando as medidas preventivas implantadas; 6.5. Colocar sinalização visual para identificação de risco de queda, a fim de alertar toda equipe de cuidado. Anotar no prontuário do paciente todos os procedimentos realizados; 6.6. Prestar pronto atendimento ao paciente sempre que este solicitar ou necessitar; 6.7. Avaliar e tratar pacientes que sofreram queda e investigar o evento; 7. Estratégias de notificação de quedas e monitoramento de desempenho A criação de um instrumento de notificação de quedas, avaliação de suas causas e geração de informações para produção de indicadores para monitorar o desempenho é uma oportunidade de aprendizagem para a organização, por meio da análise das informações, feedback dos resultados para os profissionais e adoção de ações de melhoria, se necessário. 7.1. Indicadores9,19 Proporção de pacientes com avaliação de risco de queda realizada na admissão. Número de quedas com dano. Número de quedas sem dano. Índice de quedas [(nº de eventos / nº de paciente-dia)*1000]: este indicador pode ser monitorado utilizando um diagrama de controle, visando não só construir a série histórica do evento, como também auxiliar a estabelecer metas e parâmetros de avaliação. Referências Bibliográficas 1. Oliver D, Healey F, Haines TP. Preventing falls and fall-related injuries in hospitals. Clin Geriatr Med 2010; 26(4):645-92. 2. Dykes PC, Carroll DL, Hurley A, Lipsitz S, Benoit A, Chang F, et al. Fall prevention in acute care hospitals: a randomized trial. JAMA 2010; 304(17):1912-8 3. Cooper CL, Nolt JD. Development of an evidence-based pediatric fall prevention program. J Nurs Care Qual 2007; 22(2):107-12. 4. Hospital Israelita Albert Einstein - HIAE (São Paulo). Protocolos, Guias e Manuais voltados à Segurança do Paciente. 2012. 5. Boushon B, Nielsen G, Quigley P, Rutherford P, Taylor J, Shannon D, Rita S. How-to Guide: Reducing Patient Injuries from Falls. Cambridge, MA: Institute for Healthcare Improvement; 2012. Disponível em:www.ihi.org. Acesso em: 04 abr. 2013. 6. Correa AD, Marques IAB, Martinez MC, Santesso PL, Leão ER, Chimentão DMN. Implantação de um protocolo para gerenciamento de quedas em hospital: resultados de quatro anos de seguimento. Rev Esc Enferm [periódico na internet]. 201246(1):67-74. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n1/v46n1a09.pdf [Acessado em 10/04/2013] 7. Dykes PC, Carroll DL, Hurley A, Lipsitz S, Benoit A, Chang F, et al. Fall prevention in acute care hospitals: a randomized trial. JAMA 2010; 304(17):1912-8. 8. Miake-Lye IM, Hempel S, Ganz DA, Shekelle PG. Inpatient fall prevention programs as a patient safety strategy: a systematic review. Ann Intern Med 2013; 158:390-6. 9. Sociedade Hospital Samaritano. Diretriz assistencial: prevenção, tratamento e gerenciamento de quedas. São Paulo (S); 2013. 10. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Projeto Diretrizes.Queda em Idosos: Prevenção. 2008. 11. Organização Mundial da Saúde - OMS (World Health Organization). Conceptual Framework for the International Classification of Patient Safety- Final Technical Report 2009. 12. Morse JM, Morse RM, Tylko SJ. Development of a scale to identify the fall-prone patient. Can J Aging 1989;8:366-7. 13. Agency for Healthcare Research and Quality-AHRQ. Preventing Falls in Hospitals: A Toolkit for Improving Quality of Care. 3H: Morse Fall Scale for Identifying Fall Risk Factors. Disponível em: http://www.ahrq.gov/legacy/research/ltc/fallpxtoolkit/fallpxtool3h.htm [Acessado em 2/08/2013] 14. Oliver D, Britton M, Seed P, et al Development and evaluation of evidence based risk assessment tool (STRATIFY) to predict which elderly inpatients will fall: case-control and cohort studies. BMJ 1997;315(7115):1049-53 15. Agency for Healthcare Research and Qualty-AHRQ. Preventing Falls in Hospitals: A Toolkit for Improving Quality of Care. 3G: STRATIFY Scale for Identifying Fall Risk Factors Diponível em: http://www.ahrq.gov/legacy/research/ltc/fallpxtoolkit/fallpxtool3g.htm [Acessado em 2/08/2013] 16. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC n°. 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 mar. 2002. 17. Agency for Healthcare Research and Quality - AHRQ. Preventing In-Facility Falls. Making Health Care Safer II: An Updated Critical Analysis of the Evidence for Patient Safety Practices. March 2013 (19):178-200. 18. Shekelle PG, Pronovost PJ, Wachter RM, McDonald KM, Schoelles K, Dy SM, et al. The Top Patient Safety Strategies That Can Be Encouraged for Adoption Now. Ann Intern Med 2013; 158(5_Part_2):365-8. 19. Joint Commission International. Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais. 4 ed. 2011. Anexo VI Protocolo de Prevenção de Úlceras por Pressão INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO* Ministério da Saúde/ Anvisa/ Fiocruz 09/07/2013 PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO 1. Finalidade Promover a prevenção da ocorrência de úlcera por pressão (UPP) e outras lesões da pele. 2. Justificativa Uma das consequências mais comuns, resultante de longa permanência em hospitais, é o aparecimento de alterações de pele. A incidência aumenta proporcionalmente à combinação de fatores de riscos, dentre eles, idade avançada e restrição ao leito. A manutenção da integridade da pele dos pacientes restritos ao leito tem por base o conhecimento e a aplicação de medidas de cuidado relativamente simples. A maioria das recomendações para avaliação da pele e as medidas preventivas podem ser utilizadas de maneira universal, ou seja, tem validade tanto para a prevenção de úlcera por pressão (UPP) como para quaisquer outras lesões da pele. Diferentemente de boa parte das alterações de pele, a UPP tem sido alvo de grande preocupação para os serviços de saúde, pois a sua ocorrência causa impacto tanto para os pacientes e seus familiares, quanto para o próprio sistema de saúde, com o prolongamento de internações, riscos de infecção e outros agravos evitáveis. Segundo dados da National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), EUA, a prevalência de UPP em hospitais é de 15% e a incidência é de 7% ¹. No Reino Unido, casos novos de UPP acometem entre 4% a 10% dos pacientes admitidos em hospital². No Brasil, embora existam poucos trabalhos sobre incidência e prevalência de UPP, um estudo realizado em um hospital geral universitário evidenciou uma incidência de 39,81%³ . As taxas de incidência e prevalência na literatura apresentam variações que se devem às características dos pacientes e ao nível de cuidado, diferenciando-se em cuidados de longa permanência, cuidados agudos e atenção domiciliar: Cuidados de longa permanência: as taxas de prevalência variam entre 2,3% a 28% e as taxas de incidência entre 2,2 % a 23,9%.4 Cuidados agudos: as taxas de a prevalência estão em torno de 10 a 18% e de incidência variam entre 0,4% a 38% 4. Atenção Domiciliar: as taxas de prevalência variam entre 0% e 29% e as de incidência variam entre 0% e 17%4. Úlceras por pressão causam dano considerável aos pacientes, dificultando o processo de recuperação funcional, frequentemente causando dor e levando ao desenvolvimento de infecções graves, também têm sido associadas a internações prolongadas, sepse e mortalidade. Apesar da maioria das úlceras por pressão ser evitável, estima-se que aproximadamente 600 mil pacientes em hospitais dos EUA evoluam a óbito a cada ano em decorrência de complicações secundárias à UPP. O custo total estimado do tratamento de UPP nos EUA é de 11 bilhões de dólares por ano5. 3. Abrangência (Âmbito, Ponto de Assistência e Local de Aplicação) As recomendações para a prevenção devem ser aplicadas a todos os indivíduos vulneráveis em todos os grupos etários. As intervenções devem ser adotadas por todos os profissionais de saúde envolvidos no cuidado de pacientes e de pessoas vulneráveis, que estejam em risco de desenvolver úlceras por pressão e que se encontrem em ambiente hospitalar, em cuidados continuados, em lares, independentemente de seu diagnóstico ou das necessidades de cuidados de saúde 6. 4. Definição Para fins desta Portaria, considera-se as seguintes definições: 4.1. Úlcera por pressão (UPP): lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante da pressão ou da combinação entre pressão e cisalhamento, causado pela fricção6,7. Outros fatores estão associados à UPP, mas seu papel ainda não foi completamente esclarecido 6. 4.2. Cisalhamento: deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças cortantes 8. 4.3. Estadiamento de UPP: classificação da UPP, que auxilia na descrição clínica da profundidade observável de destruição tecidual5. O Estadiamento de UPP encontra-se descrito no Apêndice I. 5. Intervenções A maioria dos casos de UPP pode ser evitada por meio da identificação dos pacientes em risco e da implantação de estratégias de prevenção confiáveis para todos os pacientes identificados como de risco 5. As seis etapas essenciais de uma estratégia de prevenção de UPP são 5: ETAPA 1 5.1. Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes A avaliação de admissão dos pacientes apresenta dois componentes: 5.1.1. A avaliação do risco de desenvolvimento de UPP e; 5.1.2. A avaliação da pele para detectar a existência de UPP ou lesões de pele já instaladas. A pronta identificação de pacientes em risco para o desenvolvimento de UPP, por meio da utilização de ferramenta validada, permite a adoção imediata de medidas preventivas. A avaliação de risco deve contemplar os seguintes fatores: a) mobilidade; b) incontinência; c) déficit sensitivo e; d) estado nutricional (incluindo desidratação). Obs. A escala de Braden é a ferramenta mais amplamente utilizada dentre as várias disponíveis. Em casos de pacientes pediátricos, deve-se utilizar uma ferramenta apropriada, como por exemplo, a escala de Braden Q. ETAPA 2 5.2. Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes internados A complexidade e a gravidade dos pacientes internados resultam na necessidade de reavaliação diária do potencial e do risco de desenvolvimento de UPP. A reavaliação diária permite aos profissionais de saúde ajustar sua estratégia de prevenção conforme as necessidades do paciente. O grau de risco, conforme especificado em várias ferramentas, permite que os profissionais implantem estratégias individualizadas para os pacientes. 5.2.1. Procedimento Operacional da Avaliação e Reavaliação de Risco (Etapas 1 e 2) Recomendação: Use uma abordagem estruturada de avaliação de risco para identificar indivíduos em risco de desenvolver UPP (Nível de Evidência C)6. Todo paciente deverá ser avaliado sistematicamente na admissão. Essa avaliação deve levar em consideração as fragilidades, vulnerabilidades e fatores de risco para o desenvolvimento de alterações de pele. Devem ser utilizadas escalas preditivas, com elevado grau de confiabilidade e especificidade. A avaliação do risco para desenvolvimento de UPP deverá ser executada através da Escala de Braden Q para crianças de 1 a 5 anos e Escala de Braden para pacientes com mais de 5 anos As escalas de Braden e Braden Q caracterizarão o paciente sem risco, com risco baixo, moderado, alto ou muito alto para desenvolver UPP. A classificação do risco dá-se de maneira inversamente proporcional à pontuação, ou seja, quanto maior o número de pontos, menor é a classificação de risco para a ocorrência dessa lesão. As escalas preditivas são, entretanto, um parâmetro que deve ser utilizado em associação à avaliação clínica do enfermeiro. Assim, qualquer que seja o escore alcançado na escala, a avaliação clínica deverá ser soberana perante a existência de fatores de risco para UPP e de comorbidades inerentes ao desenvolvimento desta lesão cutânea. Um plano de cuidados específicos para prevenção de alterações cutâneas, portanto, deve ser implementado9 . A avaliação e a prescrição de cuidados com a pele é uma atribuição do enfermeiro, sendo que a participação da equipe multiprofissional na prevenção das alterações é fundamental na contribuição para a prescrição e no planejamento dos cuidados com o paciente em risco. Poderão ser necessários ajustes nutricionais, intervenções para auxiliar a mobilização ou mobilidade dos pacientes, entre outras medidas. ATENÇÃO: As etapas subsequentes (etapas 3 a 6), descritas a seguir, deverão ser utilizadas em todos os pacientes classificados como de risco nas etapas de avaliação anteriormente descritas (etapas 1 e 2). As medidas preventivas para UPP descritas a seguir devem ser instituídas pelo enfermeiro após a identificação dos fatores preditivos para o risco por meio de cuidados essenciais com a pele para a manutenção da integridade cutânea. ETAPA 3 5.3. Inspeção diária da pele Pacientes que apresentam risco de desenvolvimento de UPP, de acordo com etapas 1 e 2, necessitam de inspeção diária de toda a superfície cutânea, da cabeça aos pés. Estes pacientes, em geral hospitalizados, podem apresentar deterioração da integridade da pele em questão de horas. Em virtude da rápida mudança de fatores de risco em pacientes agudamente enfermos, a inspeção diária da pele é fundamental. Deve ser dada atenção especial a áreas de alto risco para desenvolvimento de UPP. A identificação das lesões da pele, como úlcera por pressão, deve ser feita de acordo com a definição e classificação internacional10 . 5.3.1. Procedimento operacional da inspeção da pele (Etapa 3). Recomendação: Examine a pele do paciente cuidadosamente para identificar a existência de UPP (Nível de Evidência C) 6. Durante a admissão ou a readmissão, examine a pele do paciente cuidadosamente para identificar alterações da integridade cutânea e úlceras por pressão existentes. Para uma apropriada inspeção da pele, deve-se ter especial atenção às áreas corporais de maior risco para UPP, como as regiões anatômicas sacral, calcâneo, ísquio, trocanter, occipital, escapular, maleolar e regiões corporais submetidas à pressão por dispositivos como a presença de cateteres, tubos e drenos 9 . A realização de diagnóstico diferencial para a distinção entre os tipos de lesões (úlcera por pressão, úlcera arterial, úlcera venosa, úlcera neuropática e dermatites) melhora o tratamento e gerenciamento do cuidado 9. A inspeção da pele deve ocorrer em intervalos pré-definidos, cuja periodicidade é proporcional ao risco identificado. É necessário o registro apropriado e pontual das alterações encontradas. Obs. Pode ser necessário o aumento da frequência da inspeção em razão da piora do estado clínico do paciente (Nível de evidência B)6. ETAPA 4 5.4. Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada Pele úmida é mais vulnerável, propícia ao desenvolvimento de lesões cutâneas, e tende a se romper mais facilmente. A pele deve ser limpa, sempre que apresentar sujidade e em intervalos regulares. O processo de limpeza deve incluir a utilização cuidadosa de um agente de limpeza suave que minimize a irritação e a secura da pele. Deve-se tomar cuidado para minimizar a exposição cutânea à umidade decorrente de incontinência, transpiração ou exsudato de feridas. Quando estas fontes de umidade não puderem ser controladas, a utilização de fraldas e absorventes é recomendada, com o objetivo de minimizar o contato da pele com a umidade. Agentes tópicos que atuam como barreiras contra a umidade e hidratam a pele também podem ser utilizados. O tratamento da pele ressecada com hidratantes tem se mostrado especialmente efetivo na prevenção de UPP. 5.4.1. Procedimento Operacional das medidas preventivas para higiene, hidratação e manejo da umidade da pele (Etapa 4). a) Higienização e Hidratação da pele Limpe a pele sempre que estiver suja ou sempre que necessário. É recomendada a utilização de água morna e sabão neutro para reduzir a irritação e o ressecamento da pele 11. Use hidratantes na pele seca e em áreas ressecadas, principalmente após banho, pelo menos 1 vez ao dia (nível de evidência B). A pele seca parece ser um fator de risco importante e independente no desenvolvimento de úlceras por pressão6. Durante a hidratação da pele, não massagear áreas de proeminências ósseas ou áreas hiperemiadas. A aplicação de hidratante deve ser realizada com movimentos suaves e circulares (nível de evidência B) 6. A massagem está contra-indicada na presença de inflamação aguda e onde existe a possibilidade de haver vasos sanguíneos danificados ou pele frágil. A massagem não deverá ser recomendada como uma estratégia de prevenção de úlceras por pressão (nível de evidência B)6,11. b) Manejo da umidade Proteger a pele da exposição à umidade excessiva através do uso de produtos de barreira, de forma a reduzir o risco de lesão por pressão. As propriedades mecânicas do estrato córneo são alteradas pela presença de umidade, assim como a sua função de regulação da temperatura (nível de evidência C)6. Controlar a umidade através da determinação da causa. Usar absorventes ou fraldas)6. Quando possível, oferecer um aparador (comadre ou papagaio) nos horários de mudança de decúbito11. Observação: Além da incontinência urinária e fecal, a equipe de enfermagem deve ter atenção a outras fontes de umidade, como extravasamento de drenos sobre a pele, exsudato de feridas, suor e extravasamento de linfa em pacientes com anasarca que são potencialmente irritantes para a pele. ETAPA 5 5.5. Otimização da nutrição e da hidratação A avaliação de pacientes com possível risco de desenvolvimento de UPP deve incluir a revisão de fatores nutricionais e de hidratação. Pacientes com déficit nutricional ou desidratação podem apresentar perda de massa muscular e de peso, tornando os ossos mais salientes e a deambulação mais difícil. Edema e menor fluxo sanguíneo cutâneo geralmente acompanham os déficits nutricionais e hídricos, resultando em lesões isquêmicas que contribuem para as lesões na pele. Pacientes mal nutridos podem apresentar uma probabilidade duas vezes maior de lesões cutâneas. Líquidos, proteínas e ingesta calórica são importantes aspectos para a manutenção de um estado nutricional adequado. Suplementos nutricionais podem ser necessários caso a ingesta não seja suficiente. É recomendado que nutricionistas sejam consultados nos casos de pacientes com desnutrição a fim de avaliar e propor intervenções mais apropriadas. 5.5.1. Procedimento operacional para Nutrição (Etapa 5) a) Notificar todos os indivíduos em risco nutricional ou em risco para úlcera por pressão ao nutricionista a fim de instituir as medidas nutricionais específicas (avaliar a necessidade calórica, vitamínica, minerais e demais nutrientes) para a prevenção de UPP. b) Avaliar e comunicar o nutricionista e a equipe médica sobre a presença de sinais clínicos de desnutrição ou que podem predispor alterações no estado nutricional: edema, perda de peso, disfagia, inapetência, desidratação, entre outros. Na vigência de baixa aceitação alimentar (inferior a 60% das necessidades nutricionais num período de cinco a sete dias), discutir com a equipe a possibilidade de sondagem6. c) Avaliar junto ao nutricionista e à equipe médica a necessidade de oferecer suplementos nutricionais, com alto teor protéico, além da dieta habitual, a indivíduos em risco nutricional e de úlcera por pressão (nível de evidência A). d) O nutricionista deverá avaliar a necessidade de instituir as medidas específicas nutricionais para a prevenção de UPP (vide Apêndice específico para nutrição). ETAPA 6 5.6. Minimizar a pressão A redistribuição da pressão, especialmente sobre as proeminências ósseas, é a preocupação principal. Pacientes com mobilidade limitada apresentam risco maior de desenvolvimento de UPP. Todos os esforços devem ser feitos para redistribuir a pressão sobre a pele, seja pelo reposicionamento a cada 02 (duas) horas ou pela utilização de superfícies de redistribuição de pressão. O objetivo do reposicionamento a cada 2 horas é redistribuir a pressão e, consequentemente, manter a circulação nas áreas do corpo com risco de desenvolvimento de UPP. A literatura não sugere a frequência com que se deve reposicionar o paciente, mas duas horas em uma única posição é o máximo de tempo recomendado para pacientes com capacidade circulatória normal. O reposicionamento de pacientes de risco alterna ou alivia a pressão sobre áreas suscetíveis, reduzindo o risco de desenvolvimento de úlcera por pressão. Travesseiros e coxins são materiais facilmente disponíveis e que podem ser utilizados para auxiliar a redistribuição da pressão. Quando utilizados de forma apropriada, podem expandir a superfície que suporta o peso. Geralmente a pele de pacientes com risco para UPP rompe-se facilmente durante o reposicionamento, portanto, deve-se tomar cuidado com a fricção durante este procedimento. Superfícies de apoio específicas (como colchões, camas e almofadas) redistribuem a pressão que o corpo do paciente exerce sobre a pele e os tecidos subcutâneos. Se a mobilidade do paciente está comprometida e a pressão nesta interface não é redistribuída, a pressão pode prejudicar a circulação, levando ao surgimento da úlcera. Pacientes cirúrgicos submetidos à anestesia por período prolongado geralmente apresentam risco aumentado de desenvolvimento de UPP, portanto, todos estes pacientes (no momento pré, intra e pós-operatório) devem receber avaliação de risco da pele. Os profissionais de saúde devem implantar estratégias de prevenção, como garantir o reposicionamento do paciente e sua colocação em superfícies de redistribuição de pressão, para todos aqueles com risco identificado. 5.6.1. Procedimento Operacional para Minimizar a Pressão (Etapa 6). a) Mudança de decúbito ou reposicionamento i. A mudança de decúbito deve ser executada para reduzir a duração e a magnitude da pressão exercida sobre áreas vulneráveis do corpo (nível de evidência A) 6. ii. A frequência da mudança de decúbito será influenciada por variáveis relacionadas ao indivíduo (tolerância tecidual, nível de atividade e mobilidade, condição clínica global, objetivo do tratamento, condição individual da pele, dor (nível de evidência C) e pelas superfícies de redistribuição de pressão em uso (nível de evidência A)6. iii. Avaliar a pele e o conforto individuais. Se o indivíduo não responde ao regime de posicionamentos conforme o esperado, reconsiderar a frequência e método dos posicionamentos (nível de evidência C)6. iv. A mudança de decúbito mantém o conforto, a dignidade e a capacitação funcional do indivíduo (nível de evidência C)6. v. Reposicionar o paciente de tal forma que a pressão seja aliviada ou redistribuída. Evitar sujeitar a pele à pressão ou forças de torção (cisalhamento). Evitar posicionar o paciente diretamente sobre sondas, drenos e sobre proeminências ósseas com hiperemia não reativa. O rubor indica que o organismo ainda não se recuperou da carga anterior e exige um intervalo maior entre cargas repetidas (nível de evidência C)6. vi. O reposicionamento deve ser feito usando 30º na posição de semi-Fowler e uma inclinação de 30º para posições laterais (alternadamente lado direito, dorsal e lado esquerdo), se o paciente tolerar estas posições e a sua condição clínica permitir. Evitar posturas que aumentem a pressão, tais como o Fowler acima dos 30º, a posição de deitado de lado a 90º, ou a posição de semi-deitado (nível de evidência C)6,11. vii. Se o paciente estiver sentado na cama, evitar elevar a cabeceira em ângulo superior a 30º, evitando a centralização e o aumento da pressão no sacro e no cóccix (nível de evidência C)6. viii. Quando sentado, se os pés do paciente não chegam ao chão, coloque-os sobre um banquinho ou apoio para os pés, o que impede que o paciente deslize para fora da cadeira (nível de evidência C). A altura do apoio para os pés deve ser escolhida de forma a fletir ligeiramente a bacia para frente, posicionando as coxas numa inclinação ligeiramente inferior à posição horizontal 6. ix. Deve-se restringir o tempo que o indivíduo passa sentado na cadeira sem alívio de pressão (nível de evidência B). Quando um indivíduo está sentado numa cadeira, o peso do corpo faz com que as tuberosidades isquiáticas fiquem sujeitas a um aumento de pressão. Quanto menor a área, maior a pressão que ela recebe. Consequentemente, sem alívio da pressão, a UPP surgirá muito rapidamente6. b) Medidas preventivas para fricção e cisalhamento i. Elevar a cabeceira da cama até no máximo 30º e evitar pressão direta nos trocanteres quando em posição lateral, limitando o tempo de cabeceira elevada, pois o corpo do paciente tende a escorregar, ocasionando fricção e cisalhamento (nível de evidência C)6,11. ii. A equipe de enfermagem deve usar forro móvel ou dispositivo mecânico de elevação para mover pacientes acamados durante transferência e mudança de decúbito. Sua utilização deve ser adequada para evitar o risco de fricção ou forças de cisalhamento. Deve-se verificar se nada foi esquecido sob o corpo do paciente, para evitar dano tecidual (nível de evidência C)6,11. iii. Utilizar quadro de avisos próximo ao leito para estimular o paciente a movimentar-se na cama, quando necessário11. iv. Avaliar a necessidade do uso de materiais de curativos para proteger proeminências ósseas, a fim de evitar o desenvolvimento de úlcera por pressão por fricção11. Observação: Apesar da evidência de redução de cisalhamento no posicionamento da cabeceira até 30º, para os pacientes em ventilação mecânica e traqueostomizados com ventilação não invasiva, é recomendado decúbito acima de 30º para a prevenção de Pneumonia Associada à Ventilação – PAV. c) Materiais e equipamentos para redistribuição de pressão i. Uso de colchões e camas na prevenção de UPP Utilizar colchões de espuma altamente específica em vez de colchões hospitalares padrão, em todos os indivíduos de risco para desenvolver UPP (nível de evidência A)6. A seleção de uma superfície de apoio adequada deve levar em consideração fatores como o nível individual de mobilidade na cama, o conforto, a necessidade de controle do microclima, bem como o local e as circunstâncias da prestação de cuidados6,8. Todos os pacientes classificados como “em risco” deverão estar sob uma superfície de redistribuição de pressão (nível de evidência C). Não utilizar colchões ou sobreposições de colchões de células pequenas de alternância de pressão com o diâmetro inferior a 10 cm (nível de evidência C)6. Use uma superfície de apoio ativo (sobreposição ou colchão) para os pacientes com maior risco de desenvolvimento de úlceras por pressão, quando o reposicionamento manual frequente não é possível (nível de evidência B)6. Sobreposições ativas de alternância de pressão e colchões de redistribuição de pressão têm uma eficácia semelhante em termos de incidência de úlceras por pressão (nível de evidência A)6. ii. Uso de superfícies de apoio para a prevenção de úlcera por pressão nos calcâneos Os calcâneos devem ser mantidos afastados da superfície da cama (livres de pressão) (nível de evidência C)6. Os dispositivos de prevenção de UPP nos calcâneos devem elevá-los de tal forma que o peso da perna seja distribuído ao longo da sua parte posterior, sem colocar pressão sobre o tendão de Aquiles. O joelho deve ter ligeira flexão (nível de evidência C)6. Utilizar uma almofada ou travesseiro abaixo das pernas (região dos gêmeos) para elevar os calcâneos e mantê-los flutuantes (nível de evidência B)6. Observação: A hiperextensão do joelho pode causar obstrução da veia poplítea, que pode predispor a uma Trombose Venosa Profunda – TVP6. iii. Uso de superfície de apoio para prevenir úlceras por pressão na posição sentada Utilizar um assento de redistribuição de pressão para os pacientes com mobilidade reduzida e que apresentam risco de desenvolvimento de úlceras por pressão quando estes estiverem sentados em uma cadeira (nível de evidência B). Almofadas de ar e espuma redistribuem melhor a pressão, já as almofadas de gel e de pele de carneiro causam maior pressão6. 5.7. Medidas preventivas para úlcera por pressão conforme classificação de risco Os fatores de risco identificados na fase de avaliação fornecem informações para o desenvolvimento do plano de cuidados. Segue as recomendações das medidas preventivas conforme a classificação do risco: 11,12 5.7.1. Risco baixo (15 a 18 pontos na escala de Braden). Cronograma de mudança de decúbito; Otimização da mobilização; Proteção do calcanhar; Manejo da umidade, nutrição, fricção e cisalhamento, bem como uso de superfícies de redistribuição de pressão. 5.7.2. Risco moderado (13 a 14 pontos na escala de Braden). Continuar as intervenções do risco baixo; Mudança de decúbito com posicionamento a 30°. 5.7.3. Risco alto (10 a 12 pontos na escala de Braden). Continuar as intervenções do risco moderado; Mudança de decúbito frequente; Utilização de coxins de espuma para facilitar a lateralização a 30º. 5.7.4. Risco muito alto (≤ 9 pontos na escala de Braden). Continuar as intervenções do risco alto; Utilização de superfícies de apoio dinâmico com pequena perda de ar, se possível; Manejo da dor. 6. Estratégias de monitoramento e indicadores Sugerem-se 3 indicadores de processo (6.1 a 6.3) e um indicador de resultado (6.4) para a prevenção da UPP 6.1. Percentual (%) de pacientes submetidos a avaliação de risco para UPP na admissão 5. 6.2. Percentual (%) de pacientes de risco recebendo cuidado preventivo apropriado para UPP5. 6.3. Percentual (%) de pacientes recebendo avaliação diária para risco de UPP5. 6.4. Incidência de UPP. Referências bibliográficas 1. Moore Zena EH, Cowman Seamus. Risk assessment tools for the prevention of pressure ulcers. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 3, 2009, Art. 2. Benbow, M et all. Pressure ulcer risk assessment and prevention. Clinical Practice Guidelines. Royal College of Nursing: April, 2001. 3. Rogenski NMB, Santos VLCG. Estudo sobre a incidência de úlceras por pressão em um hospital universitário.Rev Latino-am Enfermagem 2005 julho-agosto; 13(4):47480. 4. Cuddigan, J., Ayello, E. A., & Sussman, C. (Eds.) (2001). Pressure ulcers in America: Prevalence, incidence, and implications for the future. Reston, VA: National Pressure Ulcer Advisory Panel. Evidence Level I: Systematic Review/Meta-Analysis apud Preventing pressure ulcers and skin tears. In: Evidence-based geriatric nursing protocols for best practice [online]. National Guideline Clearinghouse. December 2009. Disponível em: 5. http://www.guideline.gov/summary/summary.aspx?ss=15&doc_id=12262&nbr=00634 6&string=pressure+AND+ulcer 6. Institute for Healthcare Improvement. How-to-Guide: Prevent Pressure Ulcers.Cambridge,MA: Institute for Healthcare Improvement; 2011. Disponível em http://www.ihi.org .Acessado 26 Março 2013. 7. .European Pressure Ulcer Advisory Panel and National Pressure Ulcer Advisory Panel. Prevention and treatment of pressure ulcers: quick reference guide. Washington DC: National Pressure Ulcer Advisory Panel;2009. 8. WOCN Society Position Statement: Pressure Ulcer Staging, 2011. Acessado em 26/3/13 http://c.ymcdn.com/sites/www.wocn.org/resource/collection/E3050C1A- FBF0-44ED-B28B-C41E24551CCC/Position_Statement__Pressure_Ulcer_Staging_(2011).pdf 9. Rycroft-Malone, J and McInness, E(2000) Pressure ulcer risk assessment and prevention.Technical Report.RCN:London 10. American Medical Directors Association. Pressure Ulcers in Long-Term Care Setting Clinical Guideline. Columbia, MD: AMDA 2008. 11. National Pressure Ulcer Advisory Panel. Pressure Ulcer Stages Revised by NPUAP [on-line]; 2007. Disponívelem : http://www.npuap.org/pr2.htm 12. Preventing pressure ulcers and skin tears. In: Evidence-based geriatric nursing protocols for best practice [online]. National Guideline Clearinghouse. December 2009. Disponível em: http://www.guideline.gov/summary/summary.aspx?ss=15&doc_id=12262&nbr=00634 6&string=pressure+AND+ulcer 13. Virani, T et all. Risk Assessment and Prevention of Pressure Ulcers. RNAO, Toronto: 2005. 14. Ferreira, ABH. Novo Aurélio.1999. Editora Nova Fronteira APENDICE I Estadiamento de Ulceras Por Pressão – UPP Estágio I: eritema não branqueável6 Pele intacta, com rubor não branqueável, numa área localizada, normalmente sobre uma proeminência óssea. O estágio I pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros, visto que nestes o branqueamento pode não ser visível, a sua cor, porém, pode ser diferente da pele ao redor. A área pode estar dolorida, endurecida, mole, mais quente ou mais fria comparativamente ao tecido adjacente. Este estágio pode ser indicativo de pessoas “em risco”. Estágio II: perda parcial da espessura da pele 6 Perda parcial da espessura da derme, que se apresenta como uma ferida superficial (rasa) com leito vermelho – rosa sem esfacelo. Pode também se apresentar como flictena fechada ou aberta, preenchida por líquido seroso ou sero-hemático. Apresenta-se ainda, como uma úlcera brilhante ou seca, sem crosta ou equimose (um indicador de lesão profunda). As características deste estágio não devem ser confundidas com fissuras de pele, queimaduras por abrasão, dermatite associada à incontinência, maceração ou escoriações. Estágio III: Perda total da espessura da pele6 Perda total da espessura tecidual. Neste caso, o tecido adiposo subcutâneo pode ser visível, mas não estão expostos os ossos, tendões ou músculos. Pode estar presente algum tecido desvitalizado (fibrina úmida), mas este não oculta a profundidade da perda tecidual. Pode incluir lesão cavitária e encapsulamento. A profundidade de uma úlcera de estágio III varia de acordo com a localização anatômica. A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e uma úlcera de estágio III pode ser superficial. Em contrapartida, em zonas com tecido adiposo abundante podem desenvolver-se úlceras por pressão de estágio III extremamente profundas. O osso e o tendão não são visíveis ou diretamente palpáveis. Estágio IV: Perda total da espessura dos tecidos6 Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos ossos, tendões ou músculos. Neste caso, o tecido desvitalizado (fibrina úmida) e/ou tecido necrótico podem estar presentes. A profundidade de uma úlcera por pressão de estágio IV varia com a localização anatômica. Frequentemente são cavitadas e fistulizadas. A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e estas úlceras podem ser superficiais. Uma úlcera de estágio IV pode atingir o músculo e/ou estruturas de suporte (i.e. fáscia, tendão ou cápsula articular), tornando a osteomielite e a osteíte prováveis de acontecer. Existe osso ou músculo visível ou diretamente palpável. Outros estágios 6 : Inclassificáveis/Não graduáveis: Perda total da espessura da pele ou de tecidos – profundidade indeterminada Perda total da espessura dos tecidos, na qual a profundidade atual da úlcera está bloqueada pela presença de tecido necrótico (amarelo, acastanhado, cinzento, verde ou castanho) e/ou escara (tecido necrótico amarelo escuro, castanho ou preto) no leito da ferida. Até que seja removido tecido necrótico suficiente para expor a base da ferida, a verdadeira profundidade não pode ser determinada; é no entanto uma úlcera de estágio III ou IV. Obs. Uma escara estável (seca, aderente, intacta e sem eritema ou flutuação) nos calcâneos, serve como penso biológico natural e não deve ser removida. Suspeita de lesão nos tecidos profundos: Área vermelha escura ou púrpura localizada em pele intacta e descorada ou flictena preenchida com sangue, provocadas por danos no tecido mole subjacente pela pressão e/ou forças de torção. A área pode estar rodeada por tecido mais doloroso, firme, mole, úmido, quente ou frio comparativamente ao tecido adjacente. A lesão dos tecidos profundos pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros. A evolução pode incluir uma flictena de espessura fina sobre o leito de uma ferida escura. A ferida pode evoluir adicionalmente ficando coberta por uma fina camada de tecido necrótico (escara). A sua evolução pode ser rápida expondo outras camadas de tecido adicionais mesmo com o tratamento adequado. APENDICE II SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DAS RECOMENDAÇÕES As recomendações deste protocolo são graduadas com base no número de estudos, na qualidade da pesquisa e na consistência de achados: Tabela 1. Nível de Evidência para Estudos Individuais6 Nível 1 Grandes estudos aleatórios com resultados claros (e baixo risco de erro). 2 Pequenos estudos aleatórios com resultados incertos (e risco de erro de moderado a 3 alto). Estudos não aleatórios com controles concorrentes ou contemporâneos. 4 Estudos não aleatórios com controles históricos. 5 Estudo de caso sem controle. Específicar número de sujeitos. Tabela 2. Escala de força de evidência para cada recomendação6 Força da evidência A recomendação tem por base uma evidência científica direta, proveniente de estudos controlados, adequadamente desenhados e implementados, em úlceras por pressão em A humanos (ou em humanos em risco de úlcera por pressão), que fornecem resultados estatísticos que sustentam de forma consistente a recomendação (são exigidos estudos de nível 1). A recomendação tem por base evidência científica direta de estudos clínicos, B adequadamente desenhados e implementados, em úlceras por pressão em humanos (ou em humanos em risco de úlceras por pressão), que fornecem resultados estatísticos que sustentam a recomendação de forma consistente (estudos de nível 2, 3, 4 e 5). A recomendação tem por base uma evidência indireta (i.e.,estudos em sujeitos humanos saudáveis, humanos com outro tipo de feridas crônicas, modelos animais) e/ou a opinião de C peritos. Tabela 3: Classificação de Nível de evidência por cada recomendação6 Nível I Resultados geralmente consistentes na maioria dos múltiplos estudos aceitáveis. II Recomendação fundamentada em um único estudo aceitável, ou resultados fracos ou inconsistentes em múltiplos estudos aceitáveis. III Evidências científicas limitadas, que não atingem todos os critérios de aceitabilidade dos estudos, ou ausência de estudos de boa qualidade diretamente aplicáveis. Isto inclui a opinião de especialistas. Anexo VII NHVE/HUGO INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br Avaliação Trimestral dos Casos Notificados pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do HUGO QUARTO TRIMESTRE 2013 1. ANÁLISE GERAL DOS ATENDIMENTOS REALIZADOS PELO NHVE No quarto trimestre do ano de 2013, o Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) atendeu 17.366 pacientes. Destes, 1.599 (ou 9,2%) foram notificados de acordo com o Agravo ou Doença de Notificação Compulsória (DNC), que fazem parte da Lista de Notificação Compulsória (LNC), constatados mediante busca ativa e passiva. A tabela e a figura abaixo ilustram o quadro de atendimentos totais frente as notificações realizadas. Tabela 01: Comparativo entre número de Atendimentos e número de Casos Notificados, relacionados ao percentual de notificação, HUGO, Outubro a Dezembro, 2013. ATENDIMENTOS x NOTIFICAÇÕES ATENDIMENTOS Outubro 5767 Novembro 5842 Dezembro 5757 TOTAL 17366 NOTIFICAÇÕES 547 604 448 1599 % NOTIFICAÇÃO 9,50% 10,40% 7,80% 9,20% Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Figura 01: Número de Atendimentos x Número de Casos Notificados mensalmente, HUGO, Outubro a Dezembro de 2013, de acordo com o total de atendimentos e notificações. TOTAL DE ATENDIMENTOS TOTAL DE NOTIFICAÇÕES Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Figura 02: Número de Atendimentos x Número de Casos Notificados mensalmente, HUGO, Outubro a Dezembro de 2013, de acordo com mês de notificação. 7000 6000 5000 4000 Outubro Novembro Dezembro 3000 2000 1000 0 Número de Atendimentos Número de Casos Notificados Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Figura 03: Comparativo entre o número de atendimentos realizados e o número de casos notificados mensalmente, HUGO, Outubro a Dezembro de 2013. 7000 6000 5000 4000 NÚMERO DE ATENDIMENTOS CASOS NOTIFICADOS 3000 2000 1000 0 Outubro Novem bro Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 De zem bro Tabela 02: Total de buscas realizadas pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013, de acordo com o tipo de busca. TIPO DE BUSCA ATIVA PASSIVA TOTAL Outubro 489 58 547 Novembro 481 123 604 Dezembro 391 57 448 TOTAL 1361 238 1599 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Tabela 03: Percentual das buscas ativas e passivas realizadas pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013, de acordo com o tipo de busca. TIPO DE BUSCA Outubro Novembro Dezembro MÉDIA MENSAL BUSCA ATIVA 89,40% 74,00% 85,00% 82,80% BUSCA PASSIVA 10,60% 26,00% 15,00% 17,20% Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Figura 04: Comparativo percentual entre buscas ativas e passivas realizadas pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013. 1 0,9 0,8 0,7 0,6 BUSCA ATIVA 0,5 BUSCA PASSIVA 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Outubro Nove m bro De zem bro Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 M ÉDIA M ENSAL Como podemos perceber, houve um aumento no total e no percentual comparativo do número de buscas passivas no mês de novembro com respectiva queda no percentual de buscas ativas. Isso quer dizer que o NVEH HUGO manteve sua capacidade de buscas ativas e aumentou o número de buscas passivas realizadas. Vale ressaltar que no mês de novembro, o funcionário administrativo do NVEH foi remanejado para outro setor, o que forçou o remanejamento temporário de uma técnica de enfermagem para as funções administrativas, e talvez por isso o número de buscas ativas não acompanhou a tendência de aumento do número de buscas passivas. No mês de dezembro houve um decréscimo geral no número de notificações, que nós associamos aos feriados de final de ano, onde não foram realizadas buscas nos dias em que o NVEH não funcionou. Acreditamos que isso se reverta em números de buscas passivas no mês de janeiro. 2. ANÁLISE GERAL DOS AGRAVOS NOTIFICADOS Tabela 04: Número de agravos notificados pelo NVEH/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013, de acordo com o tipo de agravo. TIPO DE AGRAVO AC. DE TRABALHO GRAVE ANIMAIS PEÇONHENTOS AARH DENGUE INTOXICAÇÃO EXÓGENA MENINGITES SIFILIS ADQUIRIDA VIOLÊNCIA OBITO MIF OUTROS AGRAVOS TOTAL Outubro 347 0 4 0 0 9 1 171 13 2 547 Novembro 389 0 0 0 1 6 0 198 9 1 604 Dezembro 286 0 1 1 2 8 0 138 12 0 448 TOTAL 1022 0 5 1 3 23 1 507 34 3 1599 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Figura 05: Relação de agravos notificados da LNC, HUGO, Outubro a Dez de 2013. 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 OUTROS AGRAVOS OBITO MIF VIOLÊNCIA SIFILIS ADQUIRIDA MENINGITES INTOXICAÇÃO EXÓGENA DENGUE AARH ANIMAIS PEÇONHENTOS AC. DE TRABALHO GRAVE Outubro Novembro Dezembro Tabela 05: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Outubro de 2013. Porcentagem de Casos Notificados de agravos da LNC, HUGO, outubro/2013 AC DE TRABALHO GRAVE VIOLÊNCIA MENINGITES ÓBITO EM IDADE FÉRTIL OUTTROS AGRAVOS TOTAL 63,50% 31,00% 2,00% 2,50% 1,00% 100,00% Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Figura 06: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Novembro de 2013. 0,8 0,64 0,6 0,31 MENINGITES VIOLÊNCIA AC DE TRABALHO GRAVE 0 0,02 0,03 0,01 OUTTROS AGRAVOS 0,2 ÓBITO EM IDADE FÉRTIL 0,4 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Como podemos perceber, mais uma vez, os acidentes de trabalho graves encabeçam os casos notificados pelo NVEH/HUGO. Por isso nos dedicaremos a falar um pouco mais sobre eles. Os acidentes de trabalho são eventos que, em princípio, podem ser evitados com o controle dos ambientes e das condições de trabalho. Desta forma, qualquer nível de ocorrência deveria ser considerado como prioritário para a prevenção. A prevenção de acidentes de trabalho e a melhoria dos índices de morbimortalidade deveriam ser objetivos primordiais da promoção da saúde dos trabalhadores e devem estar contemplados nas propostas de vigilância em saúde do trabalhador. Tabela 06: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Novembro de 2013. Porcentagem de Casos Notificados de agravos da LNC, HUGO, novembro/2013 AC DE TRABALHO GRAVE VIOLÊNCIA MENINGITES ÓBITO EM IDADE FÉRTIL OUTROS AGRAVOS TOTAL 64,50% 33,00% 1,00% 1,00% 0,50% 100,00% Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Figura 07: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Novembro de 2013. 0,65 0,7 0,6 0,5 0,33 0,4 0,3 0,2 0,01 0,1 0,01 0,01 OUTROS AGRAVOS ÓBITO EM IDADE FÉRTIL MENINGITES VIOLÊNCIA AC DE TRABALHO GRAVE 0 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Para a Previdência Social, Acidente de Trabalho é o “acidente que ocorre pelo exercício do trabalho e a serviço da empresa (fora do local de trabalho), ou durante o trajeto (residência/ trabalho/residência), provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporária” (Brasil, 1991). Assim, incluem-se dentre os acidentes de trabalho aqueles ocorridos no trajeto de ida ou volta do trabalho e o acidente mesmo fora do local de trabalho, quando o trabalhador estiver a serviço (em viagem, por exemplo), sejam eles decorrentes de acidentes de trânsito, atropelamento, colisões etc, ou agressões de terceiros, tentativas de homicídio, homicídios, latrocínios ou roubo seguidos de lesão corporal. Ainda, para fins de concessão de benefícios, a legislação previdenciária equipara as doenças “profissionais” e “do trabalho” aos acidentes de trabalho, “típicos” e de “trajeto”. Tabela 07: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Dezembro de 2013. Porcentagem de Casos Notificados de agravos da LNC, HUGO, dezembro/2013 AC DE TRABALHO GRAVE VIOLÊNCIA ÓBITO EM IDADE FÉRTIL MENINGITES OUTROS AGRAVOS TOTAL 64,00% 31,00% 3,00% 2,00% 0,00% 100,00% Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Figura 08: Percentual comparativo de Casos Notificados de LNC, HUGO, Novembro de 2013. 0,64 0,31 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 0 OUTROS AGRAVOS 0,02 MENINGITES ÓBITO EM IDADE FÉRTIL VIOLÊNCIA 0,03 AC DE TRABALHO GRAVE 0,8 0,6 0,4 0,2 0 Outra linha de investigação do NVEH diz respeito aos óbitos de mulheres em idade fértil e maternos. Estes óbitos necessitam de uma investigação minuciosa, pois as estatísticas de mortalidade constituem-se em valiosas fontes de informações, gerando importantes parâmetros para medir o nível de saúde. Além de serem mais facilmente obtidos, os dados de mortalidade são considerados como um dos principais indicadores de saúde e condição socioeconômica, mesmo em países onde as estatísticas de morbidade são bem organizadas e estão disponíveis. No HUGO são investigados todos os óbitos de mulheres em idade fértil, sendo que nesta investigação é observado se o óbito é ou não materno. Abaixo são apresentados os óbitos investigados no trimestre em estudo. Figura 09: Óbitos de mulheres em idade fértil investigados pelo NVEH/HUGO, Outubro a Dezembro, 2013 Óbito de mulheres em idade fértil 14 13 12 12 9 10 8 6 4 2 0 Outubro Novembro Dezembro Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Em função da mudança no comportamento das mulheres, onde aumentou sua participação no processo produtivo, e do desenvolvimento econômico e social do país, ocorreram também mudanças nos seus hábitos e costumes, tornando este segmento cada vez mais exposto a novos riscos de adoecer e morrer e tendendo a apresentar situação semelhante à dos homens, que sempre foram mais suscetíveis às causas externas, por exemplo. Considerando a necessidade de se conhecer o perfil da mortalidade, de forma a auxiliar nas tomadas de decisão que visam oferecer saúde às mulheres no período reprodutivo, o NVEH no ano de 2014 traçará o perfil de cada mulher em questão. Figura 10: Análise da tendência dos principais tipos de agravos notificados pelo NHVE/HUGO nos meses de Outubro a Dezembro de 2013. 0,7 0,6 0,5 0,4 AC DE TRABALHO GRAVE 0,3 VIOLÊNCIA ÓBITO EM IDADE FÉRTIL 0,2 OUTROS AGRAVOS 0,1 DEZEMBRO NOVEMBRO OUTUBRO 0 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Figura 11: Análise percentual dos principais tipos de agravos notificados pelo NHVE/HUGO nos meses de Outubro a Dezembro de 2013. 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 Outubro Novembro Dezembro 0,2 0,1 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 OUTROS AGRAVOS ÓBITO EM IDADE FÉRTIL VIOLÊNCIA AC DE TRABALHO GRAVE 0 3. ANÁLISE DOS ACIDENTES DE TRABALHO GRAVES Para o Sistema Único de Saúde, os acidentes de trabalho são fenômenos socialmente determinados, previsíveis e preveníveis, dadas as condições de trabalho encontradas na maioria dos ambientes e processos de trabalho em nosso país. Ao contrário de constituir obra do acaso como sugere a palavra acidente, os acidentes do trabalho são fenômenos previsíveis, dado que os fatores capazes de desencadeá-los encontram-se presentes na situação de trabalho (passíveis de identificação) muito tempo antes de serem desencadeados. A eliminação/neutralização de tais fatores é capaz de evitar/limitar a ocorrência de novos episódios semelhantes, ou seja, além de previsíveis, os acidentes do trabalho são preveníveis. Para fins de vigilância, os acidentes de trabalho devem ser considerados “eventos sentinela”, cuja ocorrência deverá ensejar estudos epidemiológicos, de engenharia ou de higiene e servir como sinal de advertência para a necessidade de substituição de materiais, adoção de controles de engenharia, de medidas de proteção coletiva e pessoal, atenção médica ou mudanças na organização do trabalho. Figura 11: Análise das notificações de acidente de trabalho grave realizadas pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013, de acordo com o tipo de acidente. 140 120 100 80 60 OUTUBRO 40 NOVEM BRO DEZEM BRO 20 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Outros Pres t. Se rviço M oto típico M oto traje to Indús tria Cons t. Civil Zona Rural Com é rcio 0 A tipificação do acidente e a caracterização laboral constituem-se numa importante tarefa no momento da investigação dos acidentes de trabalho grave, sendo que sem ela a investigação se torna absolutamente inócua ou inefetiva. Tabela 08: Total das notificações de acidente de trabalho grave realizadas pelo NHVE/HUGO de acordo com a caracterização do acidente, Outubro a Dezembro de 2013. TIPO DE ACIDENTE Automóvel típico Automóvel trajeto Atropelamento Comércio Zona Rural Const. Civil Indústria Animais peçonhentos Moto Trajeto Moto típico Bicicleta PAF PAB Prest. Serviço Agressão física Ataque de cão Caminhão Ônibus TOTAL OUTUBRO DEZEMBRO 2 NOVEMBRO TOTAL 1 9 5 13 12 44 40 0 118 10 5 6 9 69 1 0 4 0 347 9 7 27 14 64 31 0 126 17 9 4 1 69 3 0 7 0 389 6 9 18 14 37 12 0 107 15 6 3 1 49 2 0 5 0 286 2 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Tabela 09: Total geral dos principais tipos de acidentes de trabalho graves notificados pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013. TIPO DE ACIDENTE Comércio Zona Rural Const. Civil Indústria Moto trajeto Moto típico Prest. Serviço Outros TOTAL OUTUBRO DEZEMBRO 13 NOVEMBRO TOTAL 27 12 14 14 44 64 37 40 31 12 118 126 107 10 17 15 69 69 49 41 41 34 347 389 286 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 18 Tabela 09: Percentual dos principais tipos de acidentes de trabalho graves notificados pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013. OUTUBRO TIPO DE ACIDENTE Comércio Zona Rural Const. Civil Indústria Moto trajeto Moto típico Prest. Serviço Outros TOTAL NOVEMBRO PERCENTUAL 7,00% 3,50% 16,50% 8,00% 32,50% 8,00% 18,00% 6,50% 100,00% 4,00% 3,50% 13,00% 11,50% 34,00% 3,00% 20,00% 11,00% 100,00% DEZEMBRO 6,00% 5,00% 13,00% 4,00% 37,50% 5,50% 17,00% 12,00% 100,00% Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Figura 12: Análise percentual dos principais tipos de acidentes de trabalho graves notificados pelo NHVE/HUGO, Julho a Setembro de 2013. 0,4 0,35 0,3 0,25 0,2 OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 0,15 0,1 0,05 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Outros Prest. Serv iço Moto típico Moto trajeto Indústria Const. Civ il Zona Rural Comércio 0 Figura 13: Análise comparativa dos principais tipos de acidentes de trabalho graves notificados pelo NHVE/HUGO, Outubro a Dezembro de 2013. 0,5 0,45 0,4 0,35 COM ÉRCIO ZONA RURAL 0,3 CONST. CIVIL 0,25 INDÚSTRIA 0,2 AC. M OTO PREST. SERVIÇO 0,15 OUTROS 0,1 0,05 0 OUTUBRO NOVEM BRO Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 DEZEM BRO 4. ANÁLISE DOS CASOS DE VIOLÊNCIA NOTIFICADOS No Brasil e no mundo, o impacto da morbimortalidade por causas externas (violências e acidentes) constitui uma das maiores preocupações para chefes de Estado e dirigentes do setor saúde. O incremento da mortalidade por violências e acidentes, assim como do número de internações e de sequelas devido, principalmente, a homicídios, acidentes de transporte terrestre e quedas têm contribuído significativamente para a redução da expectativa de vida de adolescentes e jovens e da qualidade de vida da população. O fenômeno das violências e acidentes pode ser considerado endêmico em muitos países, entre os quais o Brasil, tornando-se um grave problema de saúde pública. Na figura 14 estão apresentados os números gerais dos casos de violências notificados e investigados pelo NHVE/HUGO, de acordo com o tipo de violência. Figura 14: Número de casos de violência notificados pelo NHVE/HUGO de acordo com o tipo de violência, Outubro a Dezembro de 2013. 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 OUTROS TENT. AUTO EXTERMINIO NEGLIGENCIA ESPANCAMENTO ATROPELAMENTO ARMA DE FOGO ARMA BRANCA OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Quando o tipo de violência representa menos que 5% do total de casos do mês analisado, optamos por agrupá-los em uma única categoria dita como outros. Abaixo apresentaremos cada tipo de violência notificado no formato de tabela. Isso porque, com o intuito de facilitar a leitura, tipificamos os tipos de violência notificados pelo NHE/HUGO: Tabela 10: Tipificação dos casos de violências notificadas pelo NHHE/HUGO no período de Outubro a Dezembro, total e percentual. OUTUBRO TIPO DE VIOLÊCIA ARMA BRANCA ARMA DE FOGO ATROPELAMENTO ESPANCAMENTO NEGLIGENCIA TENT. AUTO EXTERMINIO OUTROS TOTAL 27 49 2 14 70 3 6 171 NOVEMBRO TOTAL 24 60 1 22 79 11 1 198 DEZEMBRO Out% 20 40 1 12 62 3 138 16,00 29,00 1,00 8,00 41,00 2,00 3,00 100,00 Nov% PERCENTUAL 12,00 30,00 0,50 11,00 40,00 5,50 1,00 100,00 Dez% 15,00 29,00 1,00 9,00 44,50 1,50 0,00 100,00 Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 A negligência pode ser detectada em todos os aspectos da relação entre os homens, principalmente quando existe uma dependência de cuidados e de proteção de uns em relação a outros. Ou seja, quando ocorre uma relação de dependência, na qual necessidades específicas de uns só podem ser supridas por seus cuidadores. O sujeito da negligência é aquele - a pessoa, a família, o Estado, a sociedade, as instituições – a quem é atribuída a responsabilidade dos cuidados. Nessas relações, uma atitude é considerada negligente quando não acidental e quando expressa uma ação negativa ou uma ausência voluntária de exercício desses cuidados pelos seus responsáveis, a qual tem repercussões graves na vida daquele que é cuidado. A ausência de cuidados, que configura a negligência, é também caracterizada pela dor ou pelo prejuízo que ela proporciona quando não supre necessidades fundamentais do outro Neste trimestre nos ativemos aos casos de negligência que foram notificados pelo NVEH/HUGO e observamos que houve um aumento importante nos casos de negligência relacionados ao trânsito. Neste indicador que chamamos de negligência no trânsito, reunimos os casos de atropelamento, acidentes envolvendo menores, acidentes com bicicletas e acidentes envolvendo idosos. No outro indicador reunimos os outros tipos de negligência relacionados ao abandono ou ao descuido. Desta forma construímos a tabela abaixo que demostra o quantitativo e o percentual dos principais tipos de negligência. Tabela 11: Tipos de negligência notificados pelo NVEH/HUGO, quantitativo e percentual, Outubro a Dezembro de 2013. TIPOS DE NEGLIGÊNCIA NEGLIGENCIA (A BA NDONO) NEGLIGENCIA (T RÂ NSIT O) TOTAL OUTUBRO 60 10 70 NOVEMBRO TOTAL 46 33 79 DEZEMBRO OUTUBRO 29 33 62 86,00% 14,00% 100,00% NOVEMBRO DEZEMBRO PERCENTUAL 58,00% 47,00% 42,00% 53,00% 100,00% 100,00% Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Para melhor observação do comportamento dos tipos de negligência notificados, criamos o gráfico abaixo, que ilustra o comparativo entre os tipos de negligência no último trimestre de 2013. Figura 15: Análise comparativa dos casos de negligência notificados pelo NVEH/HUGO de acordo com o tipo de negligência, Outubro a Dezembro de 2013. 1 0,9 0,8 0,7 0,6 NEG. ABANDONO/ OUTROS NEG. TRÂNSITO 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 Como podemos observar, houve o claro aumento dos casos de negligência relacionados ao trânsito. Não bastasse o grande número de casos de acidente de trabalho relacionados a acidentes de trânsito, podemos observar que o simples ato de ir e vir, direito garantido pela constituição, pode se tornar foco importante de violência. O trânsito, tal como o conhecemos, surgiu de uma necessidade intrínseca do ser humano de deslocar-se no espaço e de trocar mercadorias, atingindo, hoje, tal complexidade e tal impacto da vida cotidiana que somos incapazes de imaginar o mundo sem o automóvel. Como todo sistema complexo envolve custos e benefícios e, atualmente, os custos vêm aumentando geometricamente, enquanto os benefícios parecem já ter atingido um ponto de saturação. Dada a condição de grave problema de saúde pública e toda sorte de impactos que acarreta a morbimortalidade no trânsito, no País, vem sendo enfrentada por meio de políticas públicas na forma de legislações, programas, projetos ou ações pontuais nas diferentes esferas de governos, além de iniciativas que partem de organizações nãogovernamentais. Este conjunto de ações – tão diverso quanto a própria realidade brasileira – é por demais vasto para se inventariar sua natureza e resultados em poucas linhas. Cabe, no entanto, a menção a alguns marcos significativos, como o advento da nova lei de trânsito brasileira, alguns programas na área de saúde e a legislação relacionada ao consumo de bebidas alcoólicas associado à direção veicular. Figura 15: Análise comparativa dos casos mais comuns de violência notificados pelo NVEH/HUGO de acordo com o tipo de violência, Outubro a Dezembro de 2013. 50,00% 45,00% 40,00% 35,00% ARMA BRANCA ARMA DE FOGO ESPANCAMENTO NEGLIGÊNCIA TENT. AUTO EXTERMINIO OUTROS 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO Fonte: Sistema de informações do NVEH-HUGO-2013 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dois fatos importantes nos chamaram a atenção neste último trimestre do ano de 2013: primeiro – o grande número de acidentes de trabalho relacionados ao uso de motocicletas no trânsito. Segundo: o número de casos de violência relacionados ao trânsito. Ao contrário do que ocorre ao meio ambiente, o trânsito ainda não se transformou propriamente em uma “questão”, ou seja, não adquiriu status de problema socializado, em torno do qual as pessoas se mobilizam facilmente. O comprometimento de setores de saúde nas questões do trânsito – assunto historicamente relegado às áreas de transportes e segurança pública – demorou-se em se manifestar de maneira mais presente. A importância da área de saúde, em função do espaço que ocupa institucionalmente e de capacidade de “contagiar” outros setores e a sociedade civil (26) empresta à discussão da segurança no trânsito uma força há muito reclamada e – mais importante – enfatiza a essencialidade da vida, em contraste com a racionalizações da questão tradicionalmente ocupada com a eficiência dos deslocamentos. Contudo vale lembrar que, além da também reconhecida necessidade de recursos financeiros e humanos em apoio às estruturas prevenção e/ou redução dos danos às vítimas do trânsito, a busca de um trânsito mais seguro e equitativo implica, no mais das vezes, em custos ou riscos políticos, os quais nem sempre se mostram atrativos aos responsáveis pela gestão pública. A partir de um entendimento da promoção da saúde como um mecanismo de fortalecimento e implantação de uma política transversal, integrada e intersetorial, e com base nas definições constitucionais e regulamentação do Sistema Único de Saúde é necessário que a violência no trânsito seja pensada com um problema de saúde pública no Brasil. Uma verdadeira epidemia de proporções alarmantes. Documento elaborado e revisado por: Enfermeiro Adriano Bortolini Coordenador NVEH-HUGO BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. 38p. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.Manual dos comitês de mortalidade materna / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 3. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2007.104 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 3. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Viva: vigilância de violências e acidentes, 2006 e 2007. Brasília; 2009. 4. Rede Interagencial de Informações para a Saúde – RIPSA: INDICADORES E DADOS BÁSICOS PARA A SAÚDE – 2009 (IDB-2009) - TEMA DO ANO: SITUAÇÃO E TENDÊNCIAS DA VIOLÊNCIA DO TRÂNSITO NO BRASIL. 5. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do trabalho. Departamento de segurança e saúde no trabalho. GUIA DE ANÁLISE ACIDENTES DE TRABALHO. Brasília, 2010 Anexo VIII GEIH INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br Relatório Trimestral de Atividades NOV/13, DEZ/13 e JAN/14 GERÊNCIA DE EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA HOSPITALAR (GEIH) Conteúdo 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 3 2. DADOS E INDICADORES ............................................................................................................................................. 4 2.1. 2.1.1. Manutenções Corretivas (MCs) ................................................................................................................... 5 2.1.2. Manutenções Preventivas (MPs) ................................................................................................................. 6 2.1.3. Resumo Engenharia Clínica .......................................................................................................................... 7 2.2. 3. ENGENHARIA CLÍNICA .......................................................................................................................................... 4 ENGENHARIA HOSPITALAR .................................................................................................................................. 8 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................................. 10 Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14 Página 2 1. INTRODUÇÃO A manutenção na área médico-hospitalar prima pela continuidade operacional: manter prontos, disponíveis e a postos, para uso imediato, durante 24 horas por dia, todos os equipamentos, instalações e suprimentos do Hospital ou qualquer outro Estabelecimento de Saúde. Estes ambientes não permitem falhas ou interrupções de abastecimento ou suprimentos, que possam levar a desfechos graves e mesmo fatais. Com isso em mente, o setor de Gerência de Equipamentos e Infraestrutura Hospitalar (GEIH) está atuando dentro do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO), buscando cada dia mais suprir as necessidades dos seus setores, atendendo a todos com responsabilidade e comprometimento. Para registrar a nossa atuação dentro do HUGO, apresentamos este relatório, que contém a relação das atividades realizadas no trimestre: novembro/13, dezembro/13 e janeiro/14. Dentre estas atividades, temos atendimentos da área clínica (equipamentos), entre manutenções corretivas, preventivas e instalações, e atendimentos da área hospitalar (predial). A partir destes atendimentos alguns indicadores foram levantados e serão detalhados nos tópicos a seguir, consolidando os resultados obtidos e as ações tomadas pela equipe da GEIH. Em complemento, foram descritas as atividades de melhoria executadas em vários ambientes do hospital. Também foram descritos os serviços acompanhados por este setor. Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14 Página 3 2. DADOS E INDICADORES 2.1. ENGENHARIA CLÍNICA Como parte integrante de nossas atividades, apresentamos o relatório consolidado da nossa atuação no setor de Engenharia Clínica (equipamentos médicos) relativo ao trimestre de novembro/13, dezembro/13 e janeiro/14: Tabela 1- Intervenções Técnicas Realizadas no trimestre (nov/13, dez/13 e jan/14). Descrição das Intervenções Técnicas Realizadas Tipo de Manutenção Realização Manutenção Corretiva Manutenção/Inspeção Preventiva Instalação Interna Externa Interna Externa Interna Total de Intervenções NOV/2013 Mês DEZ/2013 102 4 98 10 22 236 113 4 85 2 6 210 JAN/14 67 9 69 11 0 156 Atuação Engenharia Clínica Novembro/13, Dezembro/13 e Janeiro/14 100% 90% 80% 70% 60% 46% 45% 50% 40% 56% 41% 51% CORRETIVAS 49% PREVENTIVAS INSTALAÇÃO 30% 20% 10% 9% 3% 0% nov/13 dez/13 jan/14 Como meta mensal de atendimentos preventivos, temos um índice de 30% dos atendimentos realizados no mês, considerando atendimentos internos e externos. E para atendimentos corretivos realizados, temos a meta de no máximo 60% em relação aos atendimentos diversos realizados por mês, considerando atendimentos internos e externos. Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14 Página 4 Analisando o gráfico da Qualidade das Manutenções, observa-se que o objetivo é caminhar com os atendimentos corretivos e preventivos dentro da faixa de 30% a 60%. Concluindo que a partir do aumento da qualidade e quantidade de atendimentos preventivos será reduzida a necessidade dos corretivos, resultando em um balanceamento positivo para a unidade. Observa-se que nos 3 últimos meses as manutenções corretivas e preventivas mantiveram-se balanceadas. Já as instalações variam muito de acordo com a disponibilidade de equipamentos e necessidade dos setores, logo a Engenharia Clínica executa este tipo de serviço de acordo com a demanda. 2.1.1. Manutenções Corretivas (MCs) Durante o trimestre foram realizadas 299 ordens de serviço do tipo corretivas, o que corresponde a 49,7% de todos os atendimentos realizados. Como meta de atendimentos corretivos realizados, temos a meta de no máximo 60% em relação aos atendimentos diversos realizados por mês, considerando atendimentos internos e externos. Por exemplo, se realizarmos 100 atendimentos no mês, o máximo de atendimentos corretivos deve ser 60 deles, considerando que a partir do aumento da qualidade e quantidade de atendimentos preventivos será reduzida a necessidade dos corretivos. Como pode ser visto no gráfico a seguir, temos o histórico de manutenções corretivas realizadas nos últimos 3 meses, com queda considerável na solicitação de serviços corretivos, ou seja, menor o índice de quebra de equipamentos: CORRETIVAS % MCs 60% nov/13 dez/13 jan/14 nov/13 45% dez/13 56% jan/14 49% 40% 20% 0% CORRETIVAS Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14 Página 5 2.1.2. Manutenções Preventivas (MPs) Durante trimestre foram realizadas 275 ordens de serviço do tipo preventivas, o que corresponde a 45,7% de todos os atendimentos realizados. Como meta mensal de atendimentos preventivos, temos um índice de 30% dos atendimentos realizados no mês, considerando atendimentos internos e externos. Por exemplo, se realizarmos 100 atendimentos no mês, pelo menos 30 deles devem ser preventivos, considerando que a partir destes, reduziremos a necessidade dos corretivos. Temos a relação de atividades preventivas realizadas nos últimos 3 meses, pode-se observar o aumento de intervenções preventivas, resultando em menos equipamentos parados para manutenções corretivas: PREVENTIVAS % MPs 60% 40% 20% nov/13 dez/13 jan/14 nov/13 46% dez/13 41% jan/14 51% 0% PREVENTIVAS Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14 Página 6 2.1.3. Resumo Engenharia Clínica O incentivo a manutenções preventivas tem resultado em menos tempo de parada dos equipamentos por defeito e consequentemente na melhora assistencial dos setores do HUGO. ATIVIDADES REALIZADAS NO TRIMESTRE (NOVEMBRO/13, DEZEMBRO/13) E JANEIRO/14 CORRETIVAS INTERNAS nov/13 CORRETIVAS EXTERNAS 43% dez/13 jan/14 PREVENTIVA INTERNA 2% 54% 43% PREVENTIVA EXTERNA 42% 2% 6% 4% 40% 44% 1% 7% De acordo com as estatísticas observadas no gráfico do resumo de Atividades da Engenharia Clínica a proporção de manutenções preventivas aumentou no decorrer dos meses e, consequentemente, pode se observar a redução da proporção de manutenções corretivas nos últimos meses. O incentivo a manutenções preventivas tem resultado em menos tempo de parada dos equipamentos por defeito e consequentemente na melhora assistencial dos setores do HUGO. Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14 Página 7 2.2. ENGENHARIA HOSPITALAR Como parte integrante de nossas atividades, apresentamos o relatório consolidado da nossa atuação no setor de Engenharia Hospitalar (predial) relativo ao trimestre (nov/13, dez/13 e jan/14), onde foram atendidas 1743 ordens de serviço. A tabela e o gráfico a seguir mostram o comparativo no trimestre: Tabela 2 - Intervenções Técnicas da Engenharia Hospitalar (Predial) realizadas em Novembro/13, Dezembro/13 e Janeiro de 2014. Descrição das Intervenções Técnicas Realizadas Elétrica Hidrossanitário Infraestrutura Total de Intervenções TRIMESTRE NOV/13 DEZ/13 JAN/14 165 145 319 629 155 150 316 621 97 137 259 493 Histórico Engenharia Hospitalar Elétrica 319 Hidrossanitário Infraestrutura 316 259 145 150 137 165 155 nov/13 dez/13 97 jan/14 Estas ordens foram de caráter corretivo, instalação e desinstalação. Em todos os atendimentos realizados, o chamado é aberto pelo setor para efetuar substituição, reparo, troca, instalação, disposição ou descarte de item defeituoso. A Engenharia Hospitalar envia então os técnicos para a avaliação/execução deste serviço. Identificamos também as atividades de melhoria executadas por este setor nos diversos ambientes do HUGO, descrevendo as ações implantadas. Mostramos ainda os serviços de acompanhamento a empresas terceirizadas que realizaram atividades nesta unidade, identificando o ambiente e a descrição do serviço executado. Ambos os assuntos podem ser acompanhados nas tabelas a seguir: Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14 Página 8 Tabela 3 – Atividades de Melhoria da Engenharia Hospitalar (Predial). ENGENHARIA HOSPITALAR – ATIVIDADES DE MELHORIA INICIADAS/EXECUTADAS Ambiente Mês Gerenciamento de resíduos NOV/13, DEZ/13 Gerenciamento de resíduos E JAN/14 Pátio – almoxarifado e manutenção Ação implantada Limpeza, manutenção e reativação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Coleta e destinação de resíduos de construção civil. Descarte, separação e novo acondicionamento de materiais utilizados em serviços de manutenção. Tabela 4 – Atividades de Acompanhamento da Engenharia Hospitalar (Predial). ENGENHARIA HOSPITALAR - SERVIÇOS DE ACOMPANHAMENTO EMPRESA Ambiente Mês Descrição ELELMENTO Todo o Hospital Instalação de câmeras de monitoramento e nobreaks. META FRIO Diretoria Administrativa, Faturamento, Nutrição e Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico. Instalação/manutenção condicionado SPLIT. LIFE ELEVADORES Elevadores - HUGO JM Estacionamento Social HIPERGLASS CENTRO OESTE EXTINTORES Todo o hospital Sistema de combate a incêndio LFS Escadas TESLA Todo o Hospital NOV/13, DEZ/13 E JAN/14 Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14 de aparelhos de ar Atualização dos 4 elevadores, com revisão geral nos quadros de comando, sistema de cabos, cabines e painéis de acionamento. Início do serviço de reforma do estacionamento social, com a construção de muro de arrimo. Reposição e manutenção de portas de blindex. Reparo no sistema de proteção contra incêndio. Readequação e pintura dos corrimãos, pintura dos degraus e paredes. Início dos serviços de instalação do sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPDA). Página 9 3. CONCLUSÃO Diante dos tópicos apresentados neste relatório, uma análise e avaliação quantitativa dos indicadores da Engenharia Clínica foi realizada, concluindo que no trimestre (nov/13, dez/13 e jan/14) finalizamos 602 atendimentos, sendo 299 deles caracterizados como manutenções corretivas, 275 como preventivas e 28 instalações. Já na Engenharia Hospitalar o número de atendimentos foi de 894 em infraestrutura, 432 em hidráulica e 417 em elétrica, durante todo o trimestre. Com a demanda de um serviço especializado de notório saber das necessidades do Hospital de Urgências de Goiânia com ênfase no Gerenciamento dos Recursos Físicos e Tecnológicos em Estabelecimentos de Saúde, e ainda considerando as dezas tecnologias em saúde no cuidado dos usuários (pacientes). Estes passam a demandar uma atenção especial dos gestores devido ao impacto nos custos hospitalares, aos riscos à segurança de usuários, quer paciente ou equipe de saúde, e a vulnerabilidade da continuidade na assistência, em conseqüência do elevado grau de dependência de equipamentos médico-hospitalares para realização de procedimentos de diagnóstico, terapia e de emergência. A ANVISA publicou em janeiro de 2010 uma resolução (RDC 02 - Resolução da Diretoria Colegiada), em complemento temos a ABNT NBR 15943 que tem enfoque no Gerenciamento de Tecnologias em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, ou seja, passamos a contar com uma ferramenta para exercer Boas Práticas para Gerenciamento em Serviços de Saúde. A Athos Medical juntamente com o GERIR nesta implantação – pioneira no uso destas regulamentações – direciona suas responsabilidades de acordo com as normas vigentes, com os princípios: RASTREABILIDADE, QUALIDADE, EFICÁCIA, EFICIÊNCIA e SEGURANÇA para o PACIENTE. RDC 50 ANVISA; RDC 02 ANVISA; ABNT NBR 15943; Boas Praticas de Aquisição de Equipamentos Médico-Hospitalar ; Lei 8666; Portaria nº 86, de 03 de abril de 2006 – INMETRO. Atenciosamente, Athos Medical Gerência de Equipamentos e Infraestrutura Hospitalar (GEIH) Relatório Trimestral – Nov/13, Dez/13 e Jan/14 Página 10 Anexo IX Trabalhos Científicos Nutrição INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br RESUMO DOS TRABALHOS APRESENTADOS NO XX CONGRESSO BRASILEIRO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL - VALIDADE DA ALTURA AFERIDA E ESTIMADA PARA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HOSPITALIZADOS: CONCORDÂNCIA ENTRE MÉTODOS LARISSA SILVA BARBOSA (Hospital de Urgências de Goiânia e Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); JULIANA SIPPERT (Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); SARA CADIGE DE FREITAS LIMA (Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); CINTIA SANTOS TAKAHASHI (Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)) Tipo: Poster Área: Avaliação Nutricional Resumo: Introdução: Para a realização da avaliação nutricional, faz-se necessário a aferição de dados antropométricos, como peso e altura, de forma prática, barata e confiável. Objetivo: Avaliar a concordância entre altura aferida e estimada de pacientes internados em um hospital público de Goiás, segundo diferentes métodos antropométricos. Material e Método: Estudo do tipo transversal, realizado com pacientes com idade de 20 a 59 anos, de ambos os sexos. Foram coletados dados demográficos e antropométricos. As análises foram realizadas no programa STATA/SE. Realizou-se análise descritiva de algumas variáveis de estudo. A concordância entre a altura estimada a partir de outras variáveis antropométricas e a aferida foi realizada pela análise gráfica proposta por Bland e Altman e por Lin. Resultados: De acordo com Índice de Massa Corporal, a maioria dos pacientes apresentavam-se eutróficos. Analisando a inclinação da reta de regressão, observou-se que a altura do joelho apresentou tendência em superestimar os menores valores e subestimar os maiores valores da altura aferida, com concordância satisfatória (CCC = 0,879). Melhores resultados foram observados para altura recumbente, apresentando superestimativa de 0,01 metros em relação à altura aferida e a maior concordância (CCC = 0,941). Já a envergadura do braço subestimou os valores inferiores e superestimou os valores superiores em relação à altura aferida, apresentando a maior diferença média (DM = 0,02 metros). Pior concordância foi encontrada para semi-envergadura do braço (CCC = 0,717). Conclusão: A altura recumbente destacou-se como a melhor forma de aferição da altura, como substituto da altura real. A semi-envergadura do braço se colocou como método menos confiável. Palavras-Chave: Antropometria, Estatura, Técnica de estimativa Agradecimentos: Aos pacientes do Hospital de Urgências de Goiânia, pela participação voluntária. - OFERTA NUTRICIONAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: PRESCRIÇÃO VERSUS ADMINISTRAÇÃO DE DIETAS ENTERAIS LARISSA SILVA BARBOSA (Hospital de Urgências de Goiânia e Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); ALINE CRISTINE FERREIRA FELIPE (Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); GABRIELLA MARIA SILVA (Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)); NATHÁLIA DE SOUSA MARTINS (Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GOIÁS)) Tipo: Poster Área: Nutrição em Terapia Intensiva Resumo: Introdução: A monitoração da oferta nutricional em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é importante para que as necessidades nutricionais do paciente sejam atendidas, visto que pacientes internados normalmente se encontram em estado hipercatabólico e frequentemente apresentam depleção nutricional. Objetivo: Analisar se a dieta prescrita foi efetivamente consumida por pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público de Goiânia, Goiás. Material e Método: Estudo do tipo transversal, desenvolvido a partir do estudo multicêntrico - Nutrition Day, cujos dados foram obtidos a partir entrevista com aplicação de questionário padronizado sobre prescrição e administração de dietas enterais. As análises foram realizadas no programa STATA/SE versão 8.0. Realizou-se análise descritiva por meio de freqüência absoluta e relativa. Aplicou-se Teste t pareado para comparação entre médias. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas e do Hospital de Urgências de Goiânia. Resultados: Identificou-se 43 pacientes sob o uso de terapia nutricional enteral, sendo 72,09% do sexo masculino. A média do tempo de internação foi de 36,28±27,24 dias, sendo 24,39±55,83 dias em uso exclusivamente de dieta enteral. A prescrição de calorias diárias foi de 1407,71±364,36 Kcal/dia e o administrado 1264,88±455,04 kcal/dia. Já a prescrição de proteínas foi de 52,72±17,02 g/dias e o administrado 47,55±20,14 g/dias. O volume planejado foi de 1101,32±266,23 ml/dia e o fornecido 947,76±361,98 ml/dia. Conclusão: A administração de volume, calorias e proteínas foi menor que o prescrito para os pacientes críticos em uso de terapia nutricional enteral, o que pode interferir na melhora do seu quadro clínico. Palavras-Chave: Unidade de Terapia Intensiva, Nutrição Enteral Agradecimentos: Aos pacientes do Hospital de Urgências de Goiânia, pela participação voluntária. Anexo X Comunicação Social/HUGO INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO COMUNICAÇÃO SOCIAL RELATÓRIO DAS ATIVIDADES EXECUTADAS Trimestre: novembro/2013 a janeiro/2014 INTRODUÇÃO A atuação da AI na unidade de saúde desde fevereiro de 2013 se faz importante, pois atende diariamente inúmeras demandas de veículos de comunicação do Estado e do País. Além disso, os assessores (jornalistas) que integram a equipe do AI do HUGO realizam a análise estratégica de todas as reportagens clipadas que citam a unidade hospitalar na mídia; acompanham os principais telejornais locais; projetam notícias de fatos e ou eventos positivos do hospital nos veículos midiáticos; gerenciam crises de imagem; acompanham e realizam a cobertura jornalística e fotográfica de eventos; acompanham e dão suporte às equipes de agências de Publicidade e Propaganda na realização de vídeos institucionais, entre outras atividades relacionadas à imprensa. RESULTADOS Para melhor compreensão os resultados das atividades desenvolvidas serão apresentados, separadamente, por cada mês trabalhado: NOVEMBRO 2013 1. Atendimento de rotina 1.1. Atendimento à imprensa: Foram atendidas em média vinte ligações diárias de veículos de comunicação, solicitando informações acerca do estado de saúde de pacientes internados no hospital e outros dados. Além disso, a AI presta atendimento aos veículos de comunicação durante os fins de semana. 1.2. Monitoramento da imprensa: Análise do clipping eletrônico realizado pela empresa On Line Clipping e elaboração de respostas do hospital, caso seja necessário. 2. Notas Total de notas respostas, oficiais, erratas, para facebooks ou de informações enviadas para imprensa no mês de novembro: 34 Assuntos retratados: As notas são relativas às visitas religiosas nas Unidades de Terapia Intensiva; Processo Seletivo para o programa de Residência Médica; Informações sobre estados de saúde dos pacientes Diomário Nogueira Marotinho, Marcus David dos Santos, Ronislei Vitor Gomes, Márcio José Antônio Silva e Beatriz Pereira da Costa Faria; Participação do superintendente Técnico do Instituto Gerir, Dr. José Mário Meira Teles, em Congresso de Medicina Intensiva no Rio de Janeiro; Programa de Residência Médica do HUGO; Palestra sobre a segurança do paciente no ambiente hospitalar; Agradecimento do paciente Welington Jesus Ribeiro que destacou o bom atendimento do HUGO; Resposta sobre reclamação da carga horária dos fisioterapeutas que atuam no HUGO; Apresentação do cantor Willian José para pacientes e colaboradores do HUGO; Visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO; Visita de vereador Rogério Cruz (PRB) ao hospital; Palestra sobre a importância do marketing pessoal; Apresentação da Orquestra de Violeiros; Palestra sobre o combate ao câncer de próstata e Resposta sobre a falta de profissionais durante os plantões das madrugadas. 3. Matérias Total de matérias produzidas e publicadas nos sites da Secretaria de Estado da Saúde, Gerir e redes sociais do HUGO e da Secretaria: Assuntos retratados: Os conteúdos dessas matérias retrataram: Processo Seletivo para o programa de Residência Médica; Participação do superintendente Técnico do Instituto Gerir, Dr. José Mário Meira Teles, em Congresso de Medicina Intensiva no Rio de Janeiro; Programa de Residência Médica do HUGO; Palestra sobre a segurança do paciente no ambiente hospitalar; Agradecimento do paciente Welington Jesus Ribeiro que destacou o bom atendimento do HUGO; Resposta sobre reclamação da carga horária dos fisioterapeutas que atuam no HUGO; Apresentação do cantor Willian José para pacientes e colaboradores do HUGO; Visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO; Visita de vereador Rogério Cruz (PRB) ao hospital; Palestra sobre a importância do marketing pessoal; Apresentação da Orquestra de Violeiros; Palestra sobre o combate ao câncer de próstata e Resposta sobre a falta de profissionais durante os plantões das madrugadas. 4. Dados estatísticos Total de dados estatísticos fornecidos e levantados para a imprensa, revistas e agências de publicidade: 20 Reflexo dos números: - Atendimentos prestados às vítimas de acidentes em rodovias nos anos de 2012 e 2013; - Atendimentos prestados e números de óbitos registrados no Setor de Pronto Atendimento nos anos de 2012 e 2013; - Atendimentos prestados às vítimas de acidentes aquáticos e afogamentos nos anos de 2012 e 2013; - Atendimentos prestados durantes os finais de semana de 2013; - Atendimentos prestados às vítimas de atropelamento durante os anos de 2011, 2012 e 2013; - Atendimentos prestados às vítimas de acidentes com bicicletas durante os anos de 2011, 2012 e 2013; - Números de pacientes que aguardavam transferência para outros hospitais pela Regulação do município em novembro de 2013; - Atendimentos prestados e números de óbitos registrados em vítimas de acidentes de motos nos anos de 2012 e 2013; - Números de leitos, funcionários e atendimentos do HUGO antes e depois da entrada do Instituto Gerir, que administra o hospital; - Números de Enfermarias disponíveis na carceragem do hospital; - Números de pacientes internados no hospital no dia 25 de novembro; - Número de profissionais e colaboradores do HUGO; - Número de atendimentos, internações e cirurgias realizadas no HUGO nos anos de 2012 e 2013; - Número de pacientes internados e profissionais que trabalham no HUGO; - Números sobre as melhorias implantadas no hospital depois da entrada do Instituto Gerir; - Tipos de atendimentos prestados em pacientes que não são do perfil de atendimento da unidade de saúde, durante o mês de novembro; - Números de pacientes de outras cidades e estados atendidos no HUGO durante o mês de novembro. 5. Total de sugestões de pautas positivas enviadas para imprensa: 13 Assuntos abordados nas sugestões de pautas: - Participação do superintendente Técnico do Instituto Gerir, Dr. José Mário Meira Teles, em Congresso de Medicina Intensiva no Rio de Janeiro; - Visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO; - Apresentação da Orquestra de Violeiros; - Realização de palestra educativa contra o câncer de próstata em alusão ao novembro azul; - Apresentação da Orquestra Filarmônica de Goiás no HUGO; - Balanço da visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO. 6. Total de coletivas de imprensa realizadas: nenhuma 7. Total de releases produzidos e enviados para a imprensa: 3 Assuntos abordados nos releases enviados para a imprensa: - Visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO; - Apresentação da Orquestra Filarmônica de Goiás no HUGO; - Balanço da visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO. 8. Gerenciamento de crises Assunto: Superlotação da unidade de saúde 9. Outras atividades desenvolvidas 9.1. Acompanhamento e auxílio durante as filmagens executadas pela equipe de produção da agência Makro vídeo; 9.2. Elaboração de apresentação realizada durante a visita do presidente do Hospital Albert Einstein ao HUGO; 9.3. Acompanhamento do jornalista do Diário do Diário da Manhã. O profissional realizou uma visita técnica para conhecer as melhorias implantadas pelo Instituto Gerir no HUGO. 9.4. Neste mês, cerca de 13 entrevistas foram agendadas e acompanhadas pela AI. DEZEMBRO 1. Atendimento de rotina 1.1. Atendimento à imprensa: Foram atendidas em média vinte e cinco ligações diárias de veículos de comunicação, solicitando informações acerca do estado de saúde de pacientes internados no hospital e outros dados. Além disso, a AI presta atendimento aos veículos de comunicação durante os fins de semana. 1.2. Monitoramento da imprensa: Análise do clipping eletrônico realizado pela On Line Clipping, avaliação do conteúdo veiculado e elaboração de respostas do hospital, caso seja necessário. 2. Notas Total de notas de respostas, oficiais, erratas, para facebooks ou de informações enviadas para imprensa no mês de dezembro: 19 Assuntos retratados: As notas são relativas ao artigo publicado no Jornal Diário da Manhã que criticou o modelo de gestão das Organizações Sociais; Esclarecimento sobre o encaminhamento e a regulação de pacientes que não são do perfil de atendimento do HUGO; Apresentação da Orquestra Filarmônica de Goiás; Processo seletivo para o Programa de Residência Médica do HUGO; Informações sobre as vítimas de um acidente de ônibus em Petrolina de Goiás; Apresentação do Coral dos Correios; Apresentação do Coral da Saneago; Apresentação do Coral da Secretaria de Estado da Saúde; Apresentação da Orquestra dos Violeiros; Apresentação da Liga do Riso da PUC/GO; Apresentação do Grupo Senhoras do Cerrado; Estados de saúde dos pacientes Matuzalém Carlos de Almeida; Creuza Queiroz, Raimundo Nonato; Informações sobre os tomógrafos que estavam estragados; Resposta sobre reclamação do barulho de carros no hospital e iluminação da fachada. 3. Matérias Total de matérias produzidas e publicadas nos sites da Secretaria de Estado da Saúde, Gerir e redes sociais do HUGO e da Secretaria: 14 Assuntos retratados: Os conteúdos dessas matérias retrataram: Apresentação da Orquestra Filarmônica; Processo seletivo para o Programa de Residência Médica no HUGO; Apresentação do Coral dos Correios; Apresentação do Coral da Saneago; Apresentação do Coral da Secretaria de Saúde; Apresentação da Orquestra dos Violeiros; Apresentação da Liga do Riso e Apresentação do Grupo Senhoras do Cerrado. 4. Dados estatísticos Total de dados estatísticos fornecidos e levantados para a imprensa, revistas e agências de publicidade: 10 Reflexo dos números: - Dados sobre a quantidade de atendimentos prestados às vítimas de acidentes motociclísticos nos anos de 2012 e 2013; - Dados sobre as melhorias implantadas pelo Gerir desde que assumiu o HUGO para apresentação de superintendência da SES-GO; - Dados sobre a quantidade de atendimentos prestados às vítimas de acidentes automobilísticos e óbitos nos anos de 2012 e 2013; - Dados sobre a quantidade de atendimentos prestados às vítimas de arma branca e de fogo nos anos de 2012 e 2013; - Dados sobre a quantidade de atendimentos prestados às vítimas de fogos de artifícios nos anos de 2012 e 2013; - Balanço dos atendimentos prestados durante o feriado de Natal. 5. Total de sugestões de pautas positivas enviadas para imprensa: 14 Assuntos abordados nas sugestões de pautas: - Apresentação da Orquestra Filarmônica; - Dia do Voluntário; - Programação de final de ano no HUGO; - Apresentação da Liga do Riso da PUC/GO; - Decoração do HUGO no Natal; - Dia da Beleza no HUGO; - Balanço da quantidade de atendimentos prestados no HUGO durante o feriado de Natal. 6. Total de coletivas de imprensa realizadas: nenhuma 7. Total de releases produzidos e enviados para a imprensa: 6 Assuntos abordados nos releases enviados para a imprensa: - Apresentação da Orquestra Filarmônica; - Dia do Voluntário; - Programação de final de ano no HUGO; - Apresentação da Liga do Riso da PUC/GO; - Balanço da quantidade de atendimentos prestados no HUGO durante o feriado de Natal. 8. Gerenciamento de crise Assunto: Falta de funcionamento dos dois aparelhos de tomografia 9. Outras atividades desenvolvidas 9.1. Produção de fotos e matérias para o Informativo; 9.2. Acompanhamento e auxílio durante as filmagens executadas pela equipe de produção da agência Terra Vista; 9.3. Levantamento de informações sobre a gestão do Instituto Gerir para balanço feito pela SUNAS da SES-GO; 9.4. Cobertura fotográfica e jornalística de todos os eventos da programação de final de ano; 9.5. Neste mês, cerca de 25 entrevistas foram agendadas e acompanhadas pela AI. JANEIRO 1. Atendimento de rotina 1.1. Atendimento à imprensa: Foram atendidas em média de vinte ligações diárias de veículos de comunicação, solicitando informações acerca do estado de saúde de pacientes internados no hospital e outros dados. Além disso, a AI presta atendimento aos veículos de comunicação durante os fins de semana. 1.2. Monitoramento da imprensa: Análise do clipping eletrônico realizado pela empresa On Line Clipping e elaboração de respostas do hospital, caso seja necessário. 2. Notas Total de notas de respostas, oficiais, erratas, para facebooks ou de informações enviadas para imprensa no mês de janeiro: 14 Assuntos retratados: As notas são relativas aos atendimentos médicos prestados aos pacientes Carlos Alberto, Maria da Silva Bastos, Vanderlei Arcanjo, Rogéria Amorim Carvalho; Seleção para o Programa de Residência Médica; Relato do agradecimento da paciente Heloany Alves pelo bom atendimento oferecido na unidade de saúde; Atendimento prestado às crianças vítimas de acidentes de moto; Agradecimento da família da paciente Benedita Menezes que destacou o bom atendimento que a mulher recebeu no HUGO e curso sobre a nova classificação dos pacientes que são acometidos pela dengue. 3. Matérias Total de matérias produzidas e publicadas nos sites da Secretaria de Estado da Saúde, Gerir e redes sociais do HUGO e da Secretaria: 9 Assuntos retratados: Os conteúdos dessas matérias retrataram: Processo seletivo para o Programa de Residência Médica; Família da senhora Benedita Menezes agradeceu o atendimento médico que a paciente recebeu no HUGO; Curso sobre a nova classificação dos pacientes que são acometidos pela dengue; Retorno e atendimento prestado ao paciente Eliandro Francisco de Lima e agradecimento da paciente Heloany Alves que destacou o bom atendimento prestado pela unidade de saúde. 4. Dados estatísticos Total de dados estatísticos fornecidos e levantados para a imprensa: 14 Reflexo dos números: - Atendimento prestado às vítimas de acidentes de moto nos anos de 2012 e 2013; - Atendimento prestado às crianças vítimas de acidentes domésticos em 2013; - Atendimentos prestados a idosos no ano de 2013; - Atendimentos prestados às vítimas de afogamento em 2013; - Números de atendimentos realizados no HUGO em 2012 e 2013; - Atendimentos prestados pelo Serviço Social do HUGO; - Atendimentos prestados às vítimas de arma de fogo em 2013; - Atendimentos realizados durante o feriado de Réveillon; - Faixa etária das vítimas de acidentes de trânsito nos anos de 2012 e 2013. 5. Total de sugestões de pautas positivas enviadas para imprensa: 15 Assuntos abordados nas sugestões de pautas: - Balanço dos atendimentos prestados durante o feriado do Réveillon; - Processo seletivo para o Programa de Residência Médica do HUGO; - Aumento do número de acidentes com crianças durante o período das férias; - Gravação da TV Globo da fachada do hospital para a nova novela das 21 horas, Em Família; - Serviço desenvolvido pelo Setor de Odontologia hospitalar do HUGO; - Como funciona o Programa de Residência Médica do HUGO; - Curso sobre a nova classificação dos pacientes que são acometidos pela dengue. 6. Total de coletivas de imprensa realizadas: 0 Assuntos abordados durante a entrevista: 7. Total de releases produzidos e enviados para a imprensa: 6 Assuntos abordados nos releases enviados para a imprensa: - Balanço dos atendimentos prestados durante o feriado do Réveillon; - Processo seletivo para o Programa de Residência médica no HUGO; - Aumento do número de acidentes com crianças durante as férias; - Serviço desenvolvido pelo Setor de Odontologia hospitalar do HUGO; - Balanço dos atendimentos prestados em 2013; - Mudanças implantadas no hospital desde que o Instituto Gerir assumiu a administração do HUGO. 8. Gerenciamento de crises Assunto: Retorno do paciente para avaliação médica da ortopedia 9. Outras atividades desenvolvidas 9.1. Produção de matérias e fotos para o informativo do HUGO; 9.2. Produção de nota resposta para TV Serra Dourada que publicou em seu twitter que um veículo havia sido furtado no HUGO. 9.3. Elaboração de respostas e fotos para publicação de material na revista Healthcare. 9.4. Registro fotográfico de pacientes não identificados internados no HUGO e envio de imagens e informações para os serviços de Utilidade Pública das emissoras de TV local. 9.5. Neste mês, cerca de 8 entrevistas foram agendadas e acompanhadas pela AI. Conclusão Desde fevereiro do ano passado, a equipe de jornalistas da Assessoria de Imprensa busca atender com agilidade e profissionalismo os veículos de comunicação locais e nacionais. Além disso, a AI monitora todas as notícias relativas ao hospital que são veiculadas na imprensa, a fim de permitir que a unidade de saúde se pronuncie oficialmente, principalmente nos casos que envolvem denúncias de pacientes. Outra atividade que tem gerado grandes resultados é a elaboração de conteúdos para os facebooks do HUGO e da Secretaria o que tem permitido uma interação maior entre os colaboradores que atuam no hospital e o público em geral, que tem oportunidade de conhecer o funcionamento do HUGO e seus projetos internos. Além disso, o trabalho da AI é fundamental nos momentos de gerenciamentos de crise junto aos veículos de comunicação que atuam como formadores de opinião da sociedade. A AI adotou uma postura pró-ativa com sugestões de pautas que destacaram a atuação de profissionais do HUGO que fazem muita diferença na vida de inúmeros pacientes internados na unidade de saúde. O objetivo da AI é abastecer os veículos com essas sugestões de pautas positivas para mostrar que o HUGO vive uma nova realidade com a administração do Gerir que busca uma gestão humanizada e de excelência. Anexo XI DDRH INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS RELATÓRIO DAS ATIVIDADES EXECUTADAS Trimestre: novembro/2013 a janeiro/2014 INTRODUÇÃO A Divisão de Desenvolvimento de Recursos Humanos têm como principal missão a gestão de pessoas. As ações desenvolvidas buscam o aperfeiçoamento das relações de trabalho e o equilíbrio entre a força produtiva, criativa e satisfação humana, tanto do profissional quanto do usuário. Cabe ao DDRH/HUGO: O estudo, planejamento, assessoria e implementação de ações estratégicas, que auxiliam na realização de metas, que promovam o desenvolvimento técnico/científico, relacional, qualidade de vida e humanização para os profissionais e usuários. A responsabilidade pelo apoio logístico, a Educação Permanente de todos os serviços, incluindo a utilização de ferramentas de avaliação, divulgação dos eventos no meios de comunicação do HUGO e registro de participação, além de programar, junto as chefias, cronograma de Educação Permanente. A responsabilidade, juntamente com o Departamento de RH, pelo recrutamento e seleção dos profissionais contratados pelo GERIR. A organização e administração do estágio probatório dos servidores da Secretaria da Saúde do Estado de Goiás. A Orientação aos profissionais, com conflitos, de ordem técnica ou de relacionamento. RESULTADOS Segue as atividades realizadas pelo DDRH/HUGO no período de Novembro/2013 a Janeiro/2014: DAP – DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS ATIVIDADES REALIZADAS NÚMERO DE CARGA DIAS Reuniões, cursos, capacitações ALUNOS HORÁRIA NOVEMBRO/2013 1. PÓS- GRADUAÇÃO – 20 32 7,14, 21 e 28/11/2013 GESTÃO HOSPITALAR 2. CONTROLE DE PSICOATIVOS 6 20 e 21/11/2013 3. CUIDADOS E 3 19, 20 e 21/11/2013 ADMINISTRAÇÃO DE DROGAS VASOATIVAS 4. CUIDADOS AOS PACIENTES 4 26 e 27/11/2013 PORTADORES DE TRAÇÕES E FIXADORES 5. LEGISLAÇÃO 8 13 e 27/11/2013 PREVIDÊNCIÁRIA 6. APERFEIÇOAMENTO EM 29 6 25 e 26/11/2013 MARKETING PESSOAL E ETIQUETA EMPRESARIAL 7. NR32 3 26 e 27/11/2013 8. SEGURANÇA DO PACIENTE: 30 2 12/11/2013 AS FERRAMENTEAS E METODOLOGIAS PARA GERENCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA SEGURA 9. RESIDENCIA CIRURGIA 10 12 1,4,8,11,18,22, 25 e GERAL 29/11/2013 10. PGSS: SEGREGAÇÃO DE 44 6 11, 12 e 13/11/2013 RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE 11. RESIDÊNCIA EM 4 8 6,13, 20 e 27/11/2013 CARDIOLOGIA 12. XVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA INTENSIVA 30 6 e 9/11/2013 13. TRAUMA RAQUIMEDULAR 2 20/11/2013 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. COMISSÃO DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITOS CIPA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL TOTAL FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA PÓS-GRADUAÇÃO – GESTÃO HOSPITALAR FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DOS PONTOS MOTORES DA MANOBRAS E POSTURAS TERAPÊUTICAS COMISSÃO DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITOS GERENCIAMENTO DE RISCO CIPA SIATE CUIDADOS ESPECÍFICOS DE ENFERMAGEM COM PACIENTES EM PRECAUÇÕES HIGIENE DE CENTRAL DE HOTELARIA HOSPITALAR RESIDÊNCIA CIRURGIA GERAL RESIDÊNCIA EM CARDIOLOGIA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL TOTAL CAPACITAÇÃO DENGUE E INFLUENZA COM CHEFIAS MORTE ENCEFÁLICA DO EXAME INICIAL AOS ESTUDOS COMPLEMENTARES ANÁLISE GRÁFICA EM VENTILAÇÃO MECÂNICA AS EMOÇÕES E O CÉREBRO TOTAL 9 146 DEZEMBRO/2013 1 26/11/2013 1 8 27/11/2013 5 e 12/11/2013 132 2 11/12/2013 16 5 e 12/12/2013 4 05/12/2013 4 12/12/2013 1 17/12/2013 1 1 16 4 10/12/2013 18/12/2013 21 e 22/12/2013 17 e 18/12/2013 4 17 e 18/12/2013 10 12 4 6 2,6, 9, 13, 16, 20, 23, 27 e 30/12/2013 4, 11 e 18/12/2013 9 12 3, 10 e 17/12/2013 20 25 68 JANEIRO/2014 - 83 2 28/01/2014 2 27/01/2014 4 29/01/2014 1 9 CAPACITAÇÃO: APERFEIÇOAMENTO EM MARKETING PESSOAL E ETIQUETA EMPRESARIAL DATA: 25 e 26/11/2013 SETOR RESPONSÁVEL: DDRH FACILITADOR: ELIANE NASCIMENTO E MARCUS FACILITADOR (A) – Eliane Nascimento CONTEÚDO PROGRAMÁTICO RECURSOS AUDIOVISUAIS CARGA HORÁRIA TOTAL ÓTIMO 26 BOM 3 REGULAR - RUIM - 24 5 - - 21 19 90 7 8 23 1 2 3 - AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO ÓTIMO BOM REGULAR RUIM FACILITADOR (A) - Marcus CONTEÚDO PROGRAMÁTICO RECURSOS AUDIOVISUAIS CARGA HORÁRIA TOTAL ÓTIMO 28 25 23 18 94 BOM 1 4 5 10 20 REGULAR 1 1 2 ÓTIMO BOM REGULAR RUIM RUÍM - CAPACITAÇÃO: II CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA DATA: 09 e 16/10/2013 13/11/2013. SETOR RESPONSÁVEL: DDRH FACILITADOR: MARIA LÚCIA NEVES RIBEIRO AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO DATA: 09/10/2013 FACILITADOR (A) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO RECURSOS AUDIOVISUAIS CARGA HORÁRIA TOTAL ÓTIMO 22 23 21 16 82 BOM 4 3 4 8 19 REGULAR 1 2 3 RUÍM - ÓTIMO BOM REGULAR RUÍM DATA: 16/10/2103 FACILITADOR (A) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO RECURSOS AUDIOVISUAIS CARGA HORÁRIA TOTAL ÓTIMO 20 22 BOM 11 9 REGULAR - RUÍM - 21 18 82 10 13 19 3 - ÓTIMO BOM REGULAR RUÍM DATA: 13/11/2013 FACILITADOR (A) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO RECURSOS AUDIOVISUAIS CARGA HORÁRIA TOTAL ÓTIMO 22 22 20 17 81 BOM 5 4 6 7 19 REGULAR 1 1 2 3 RUÍM - ÓTIMO BOM REGULAR RUÍM CAPACITAÇÃO: GERENCIAMENTO DE RISCO DATA: 10/12/2013. SETOR RESPONSÁVEL: DDRH FACILITADOR: MARIA INÊS PINHEIRO COSTA FACILITADOR (A) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO RECURSOS AUDIOVISUAIS CARGA HORÁRIA TOTAL ÓTIMO 14 13 15 08 50 BOM 3 4 2 9 18 REGULAR - RUÍM - AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO ÓTIMO BOM REGULAR RUÍM CAPACITAÇÃO: PGRSS – SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE DATA: 11/11/2013. SETOR RESPONSÁVEL: PGRSS FACILITADOR: MARÍLIA FERRAZ FACILITADOR (A) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO RECURSOS AUDIOVISUAIS CARGA HORÁRIA TOTAL ÓTIMO 5 4 4 2 15 BOM 2 3 3 4 12 REGULAR 1 1 RUÍM - AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO ÓTIMO BOM REGULAR RUÍM CAPACITAÇÃO: SAÚDE MASCULINA DATA: 28/11/2013. SETOR RESPONSÁVEL: DDRH FACILITADOR: ADRIANO DE PAULA AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO FACILITADOR (A) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO RECURSOS AUDIOVISUAIS CARGA HORÁRIA TOTAL ÓTIMO 9 9 8 6 32 BOM 1 1 2 4 8 REGULAR - ÓTIMO BOM REGULAR RUÍM RUÍM - CAPACITAÇÃO: SEGURANÇA DO PACIENTE DATA: 12/11/2013. SETOR RESPONSÁVEL: INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA FACILITADOR: MARIA INÊS PINHEIRO COSTA AVALIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO FACILITADOR (A) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO RECURSOS AUDIOVISUAIS CARGA HORÁRIA TOTAL ÓTIMO 6 5 6 3 20 BOM 3 4 3 5 15 REGULAR - RUÍM - ÓTIMO BOM REGULAR RUÍM CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS As atividades de educação em serviço oferecidas pela DDRH/HUGO têm contribuído com assistência de qualidade, satisfação do cliente e resolutividade do serviço. Para execução das atividades de educação, a DDRH contou com o apoio e parceria da residência multiprofissional. Em conjunto com os setores do HUGO, em especial com o Departamento de Ensino e Pesquisa, foi implantado “UM CIRCUITO DE PALESTRAS”, com objetivo de atualizar e inovar conhecimento técnico científico. Está previsto para maio de 2014 a “I MOSTRA CIENFTÍCA DO HUGO”, que poderá contribuir com atendimento de qualidade do serviço de Urgência e Emergência do HUGO, fortalecendo a identidade e torná-lo protagonista e produtor do saber. A DDRH/HUGO tem buscado parceiras para a implementação das ações de educação, a fim de desenvolver habilidades e contribuir na aquisição de conhecimento dos profissionais, e, por conseguinte, melhorar a qualidade da atenção em saúde ofertada. Anexo XII Planilha de Cumprimento de Metas INSTITUTO DE GESTÃO EM SAÚDE Rua 89 Qd F29 Lt 58 Nº 526 - CEP: 74.093-140 Setor Sul - Goiânia/GO - www.gerir.org.br HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Equipe Multidisciplinar Equipe Multidisciplinar Nutrição Janeiro Meta Realizado Fevereiro % Meta Realizado Março % Meta Realizado Abril % Meta Realizado Maio % Meta Junho Realizado % Meta Realizado % 1600 40611 2538% 1600 32255 2016% 1600 40650 2541% 1600 37471 2342% 1600 37471 2342% 1600 65185 4074% Psicologia 20000 20490 102% 20000 21612 108% 20000 23106 116% 20000 23358 117% 20000 25152 126% 20000 21837 109% Fisioterapia 4000 4193 105% 4000 3396 85% 4000 4009 100% 4000 7136 178% 4000 6032 151% 4000 6742 169% 5000 12232 245% 5000 11614 232% 5000 11521 230% 5000 11839 237% 5000 14172 283% 5000 15938 319% Serviço Social Enfermagem 22000 42184 192% 22000 40624 185% 22000 44216 201% 22000 47232 215% 22000 45152 205% 22000 46648 212% Odontologia 3600 651 18% 3600 916 25% 3600 633 18% 3600 1108 31% 3600 958 27% 3600 982 27% 900 721 80% 900 498 55% 900 535 59% 900 1038 115% 900 1270 141% 900 1141 127% 57100 121082 212% 57100 110915 194% 57100 124670 218% 57100 128144 224% 57100 130207 228% 57100 158473 278% Meta Realizado Fonoaudiologia TOTAL Equipe Multidisciplinar Nutrição Julho Meta Realizado Agosto % Setembro % Meta Realizado Outubro % Meta Realizado Novembro % Meta Realizado Dezembro % Meta Realizado 1600 38550 2409% 1600 34360 2148% 39809 39985 39287 40551 Psicologia 20000 21120 106% 20000 20280 101% 25505 24774 27906 24291 Fisioterapia 4000 7263 182% 4000 7448 186% 7331 6268 7008 6617 Serviço Social 5000 16744 335% 5000 8219 164% 7260 6990 6641 12050 Enfermagem 22000 48464 220% 22000 53920 245% 49824 46136 46736 45328 Odontologia 3600 775 22% 3600 785 22% 1064 725 969 601 1360 151% 126372 221% Fonoaudiologia TOTAL 900 731 81% 900 57100 133647 234% 57100 1395 94800 132188 731 139% 94800 125609 800 132% 94800 129347 % 709 136% 94800 130147 137% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Equipe Multidisciplinar- Consolidado Equipe Multidisciplinar Nutrição Janeiro Meta Realizado Janeiro-Fevereiro % Meta Realizado Janeiro-Março % Meta Janeiro-Abril Realizado % Meta Realizado Janeiro-Maio % Meta Janeiro-Junho Realizado % Meta Realizado % 1600 40611 2538% 3200 72866 2277% 4800 113516 2365% 6400 150987 2359% 12900 188458 1461% 19400 253643 1307% Psicologia 20000 20490 102% 40000 42102 105% 60000 65208 109% 80000 88566 111% 100000 113718 114% 120000 135555 113% Fisioterapia 4000 4193 105% 8000 7589 95% 12000 11598 97% 16000 18734 117% 20000 24766 124% 24000 31508 131% Serviço Social 5000 12232 245% 10000 23846 238% 15000 35367 236% 20000 47206 236% 25000 61378 246% 30000 77316 258% Enfermagem 22000 42184 192% 44000 82808 188% 66000 127024 192% 88000 174256 198% 115000 219408 191% 142000 266056 187% Odontologia 3600 651 18% 7200 1567 22% 10800 2200 20% 14400 3308 23% 18000 4266 24% 21600 5248 24% 900 721 80% 1800 1219 68% 2700 1754 65% 3600 2792 78% 4500 4062 90% 5400 5203 96% 57100 121082 212% 114200 231997 203% 171300 356667 208% 228400 484811 212% 292000 615018 211% 355600 773491 218% Fonoaudiologia TOTAL Equipe Multidisciplinar Nutrição Janeiro-Julho Meta Realizado Janeiro-Agosto % Meta Realizado Janeiro-Setembro % Meta Realizado Janeiro-Outubro % Meta Realizado Janeiro-Novembro % Meta Realizado Janeiro-Dezembro % Meta Realizado 21000 292193 1391% 22600 326553 1445% 366362 406347 445634 486185 Psicologia 140000 156675 112% 160000 176955 111% 202460 227234 255140 279431 Fisioterapia 28000 38771 138% 32000 46219 144% 53550 59818 66826 73443 Serviço Social 35000 94060 269% 40000 102279 256% 109539 116529 123170 135220 Enfermagem 164000 314520 192% 186000 368440 198% 418264 464400 511136 556464 Odontologia 25200 6023 24% 28800 6808 24% 7872 8597 9566 10167 6300 5934 94% 7200 7294 101% 8689 9420 10220 10929 412700 907138 220% 469800 1033510 220% Fonoaudiologia TOTAL 564600 1165698 206% 659400 1292345 196% 754200 1421692 189% 849000 1551839 % 183% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Cirurgias Cirurgias Janeiro Fevereiro Meta Realizado 90 32 36% 90 Cirurgia Geral 240 254 106% Ortopedia/Traumatologia 600 580 Neurocirurgia 90 Cirurgia Vascular Bucomaxilofacial TOTAL Cirurgias Bucomaxilofacial Meta Realizado % Meta Realizado 34% 90 240 296 123% 97% 600 495 36 40% 90 90 29 32% 1110 931 84% Meta Realizado 90 66 % Meta Maio Realizado % Junho Meta Realizado % Meta Realizado 44 49% 90 65 72% 90 240 313 130% 240 192 80% 240 224 93% 240 255 106% 83% 600 562 94% 600 549 92% 600 633 106% 600 746 124% 37 41% 90 39 43% 90 35 39% 90 40 44% 90 36 40% 90 30 33% 90 32 36% 90 28 31% 90 47 52% 90 39 43% 1110 889 80% 1110 982 88% 1110 848 76% 1110 1009 91% 1110 Meta Realizado 36 Setembro % Meta Realizado Outubro % Meta Realizado Novembro % Meta Realizado 66 Dezembro % Meta Realizado 90 81% 54 61 55 51 255 106% 240 247 103% 236 271 236 238 746 124% 600 685 114% 720 713 696 718 90 36 40% 90 37 41% 38 35 28 50 90 39 43% 90 54 60% 51 34 32 47 1110 1142 103% 1110 1096 99% Ortopedia/Traumatologia 600 Neurocirurgia Cirurgia Vascular 73 960 1099 114% 960 1114 116% 960 73% 1142 103% 73% 240 % 90 31 Agosto % Abril 40% Julho Cirurgia Geral Total TOTAL % Março 1047 109% 960 % 1104 115% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Cirurgias - Consolidado Cirurgias Bucomaxilofacial Janeiro Meta Realizado % Meta Realizado % Janeiro-Abril Meta Realizado Ortopedia/Traumatologia 600 580 Neurocirurgia 90 36 40% 180 73 41% 270 112 41% 360 147 41% 450 187 42% Cirurgia Vascular 90 29 32% 180 59 33% 270 91 34% 360 119 33% 450 166 37% 1110 931 84% 2220 1820 82% 3330 2802 84% 4440 3650 82% 5550 4659 Bucomaxilofacial Meta Realizado 90% 1800 Janeiro-Agosto % Meta Realizado 99 360 960 1637 91% 2400 Janeiro-Setembro % Meta Realizado 143 40% Meta 208 46% Meta Realizado 540 274 1534 107% 2186 2819 3565 99% 540 223 41% 540 205 38% 84% 6660 5801 87% 91% 3000 Realizado 94% 3600 Janeiro-Novembro % Meta Realizado Janeiro-Dezembro % Meta Realizado 340 54% 720 413 57% 467 528 583 638 Cirurgia Geral 1680 1534 91% 1920 1534 80% 1534 1534 1534 1534 Ortopedia/Traumatologia 4200 3565 85% 4800 3565 74% 3565 3565 3565 3565 630 223 35% 720 223 31% 223 223 223 223 630 205 33% 720 205 28% 7770 6056 78% 8880 6303 71% Cirurgia Vascular TOTAL 205 9840 6539 66% 10800 51% 1279 107% 1440 630 Neurocirurgia % 1055 110% 1200 Janeiro-Outubro % 450 % 480 1075 37% 863 120% Meta Realizado 180 Janeiro-Julho 720 % 36% Cirurgias 270 Meta Realizado Janeiro-Junho 254 106% 97% 1200 35% 550 115% % Janeiro-Maio 240 32 63 Janeiro-Março Cirurgia Geral TOTAL 90 Janeiro-Fevereiro 205 6810 63% 11760 205 7046 60% 12720 % 205 7282 57% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção – Diagnóstico Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Diagnóstico Meta % Meta % Meta % Meta % Meta % Meta 350 38000 892 31838 255% 84% 350 38000 902 30077 258% 79% 350 38000 906 30235 259% 80% 350 38000 908 32963 259% 87% 350 38000 864 34457 247% 91% 350 38000 890 32835 254% 86% 1200 100 705 106 59% 106% 1200 100 635 88 53% 88% 1200 100 714 102 60% 102% 1200 100 703 82 59% 82% 1200 100 727 82 61% 82% 1200 100 763 77 64% 77% Broncoscopia 100 56 56% 100 62 62% 100 59 59% 100 54 54% 100 76 76% 100 72 72% Ecocardiografia 120 23 19% 120 39 33% 120 38 32% 120 72 60% 120 60 50% 120 56 47% Eletrocardiografia Análises Clínicas Agência Transfusional Anatomia Patológica Realizado Realizado Realizado Realizado Realizado Realizado % Gastrostomia Endoscópica 40 8 20% 40 11 28% 40 14 35% 40 25 63% 40 27 68% 40 24 60% Esofagogastroduodenoscopia 80 51 64% 80 30 38% 80 20 25% 80 30 38% 80 14 18% 80 11 14% 39990 33679 84% 39990 31844 80% 39990 32088 80% 39990 34837 87% 39990 36307 91% 39990 34728 87% TOTAL Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Diagnóstico Meta Realizado % Meta Realizado % Meta Realizado % Meta Realizado % Meta Realizado % Meta Realizado % 350 903 258% 350 898 257% 907 864 892 876 38000 35463 93% 38000 38493 101% 36492 34222 35574 35860 1200 706 59% 1200 851 71% 869 814 981 765 Anatomia Patológica 100 86 86% 100 75 75% 80 94 101 95 Broncoscopia 100 68 68% 100 74 74% 54 59 56 39 Ecocardiografia Eletrocardiografia Análises Clínicas Agência Transfusional 120 36 30% 120 63 53% 47 55 38 29 Gastrostomia Endoscópica 40 25 63% 40 23 58% 21 9 10 8 Esofagogastroduodenoscopia 80 19 24% 80 30 38% 26 24 20 6 39990 37306 93% 39990 40507 101% TOTAL 30760 38496 125% 30760 36.141 117% 30760 37672 122% 30760 37678 122% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Diagnóstico - Consolidado Diagnóstico Eletrocardiografia Janeiro Realizado Meta % Janeiro-Fevereiro Meta Realizado % Meta Janeiro-Março Realizado % Meta Janeiro-Abril Realizado % Meta Janeiro-Maio Realizado % Meta Janeiro-Junho Realizado % 350 892 255% 700 1794 256% 1050 2700 257% 1400 3608 258% 1750 4472 256% 2100 5362 255% 38000 28944 76% 76000 61915 81% 114000 92150 81% 152000 125113 82% 190000 159570 84% 228000 192405 84% 1200 705 59% 2400 1340 56% 3600 2054 57% 4800 2757 57% 6000 3484 58% 7200 4247 59% Anatomia Patológica 100 106 106% 200 194 97% 300 296 99% 400 378 95% 500 460 92% 600 537 90% Broncoscopia 100 56 56% 200 118 59% 300 177 59% 400 231 58% 500 307 61% 600 379 63% Ecocardiografia 120 23 19% 240 62 26% 360 100 28% 480 172 36% 600 232 39% 720 288 40% Gastrostomia Endoscópica 40 8 20% 80 19 24% 120 33 28% 160 58 36% 200 85 43% 240 109 45% Esofagogastro-duodenoscopia 80 51 64% 160 81 51% 240 101 42% 320 131 41% 400 145 36% 480 156 33% 39990 30785 77% 79980 65523 82% 119970 97611 81% 159960 132448 83% 199950 168755 84% 239940 203483 85% % Meta Análises Clínicas Agência Transfusional TOTAL Diagnóstico Eletrocardiografia Análises Clínicas Meta Janeiro-Julho Realizado Janeiro-Agosto Realizado % Janeiro-Setembro Meta Realizado % Janeiro-Outubro Meta Realizado % Janeiro-Novembro Meta Realizado % Janeiro-Dezembro Meta Realizado % 2450 6265 256% 2800 7163 256% 8070 8934 9826 10702 266000 227868 86% 304000 266361 88% 302853 337075 372649 408509 8400 4953 59% 9600 5804 60% 6673 7487 8468 9233 Anatomia Patológica 700 623 89% 800 698 87% 778 872 973 1068 Broncoscopia 700 447 64% 800 521 65% 575 634 690 729 Ecocardiografia 840 324 39% 960 387 40% 434 489 527 556 Gastrostomia Endoscópica 190 134 71% 200 157 79% 178 187 197 205 Esofagogastroduodenoscopia 500 175 35% 560 205 37% 231 255 275 281 279210 240789 86% 318960 281296 88% Agência Transfusional TOTAL 349720 319792 91% 380480 355933 94% 411240 393605 96% 442000 431283 98% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Leitos Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Leitos Meta Realizado Observação/Suporte 1728 1589 Reanimação Trauma 6480 Internação - Clínica Médica 270 Internação - Clínica Cirúrgica Meta Realizado 92% 1728 993 6239 96% 6480 236 87% 270 342 515 151% Traumatologia 621 663 UTI 149 9590 TOTAL % Meta Realizado 57% 1728 1658 5400 83% 6480 270 100% 270 342 260 76% 107% 621 652 132 89% 149 9374 98% 9590 Julho % % Meta 96% 1728 6742 104% 6480 268 99% 270 342 392 115% 105% 621 619 247 166% 149 7822 82% 9590 Agosto Realizado % Meta Realizado % Meta Realizado % 63% 1728 1099 64% 60% 1728 6750 104% 6480 6750 104% 6480 6758 104% 60 22% 270 202 75% 270 208 77% 342 342 100% 342 399 117% 342 356 104% 100% 621 600 97% 621 605 97% 621 601 97% 263 177% 149 317 213% 149 321 215% 149 316 212% 9942 104% 9590 9109 95% 9590 9370 98% 9590 9338 97% Setembro 1040 Outubro 1093 Novembro Dezembro Leitos Meta Realizado Observação/Suporte 1728 1108 Reanimação Trauma 6480 6746 Internação - Clínica Médica 270 Internação - Clínica Cirúrgica 342 Traumatologia UTI TOTAL % Meta Realizado % Meta Realizado % Meta Realizado % Meta Realizado 64% 1728 864 50% 246 691 281% 246 737 300% 246 576 104% 6480 3375 52% 2160 2160 100% 2160 3273 152% 2160 203 75% 270 202 75% 100 135 135% 100 164 164% 346 101% 342 205 60% 171 171 100% 171 194 113% 621 600 97% 621 477 77% 310 321 104% 310 364 149 319 214% 149 154 103% 142 142 100% 142 9590 9322 97% 9590 5277 55% 3129 3620 116% 3129 % Meta Realizado % 234% 246 540 220% 2076 96% 2160 1928 89% 100 116 116% 100 101 101% 171 147 86% 171 147 86% 117% 310 266 86% 310 266 86% 176 124% 142 131 92% 142 124 87% 4908 157% 3129 3.312 106% 3129 3106 99% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Leitos - Consolidado Leitos Janeiro Meta Realizado Observação/Suporte 1728 811 Reanimação Trauma 6480 1758 Janeiro-Fevereiro % Meta Realizado 3456 2582 27% 12960 11639 47% Janeiro-Março % Meta Realizado 75% 5184 4240 90% 19440 18381 Internação - Clínica Médica 270 155 57% 540 506 94% 810 Internação - Clínica Cirúrgica 342 515 151% 684 775 113% Traumatologia 621 663 107% 1242 418 281% 298 UTI 149 TOTAL 9590 Leitos 4320 45% 19180 Janeiro-Julho Meta Realizado Observação/Suporte 12096 8589 Reanimação Trauma 31320 Realizado 82% 6912 5280 95% 25920 25131 1026 1167 114% 1315 106% 1863 379 127% 447 Meta Realizado 71% 13824 9453 45373 145% 33120 Meta 1080 17196 90% 28770 774 % 96% Janeiro-Agosto % Janeiro-Abril Realizado 76% 8640 6373 97% 27720 % Meta Realizado 74% 10368 7481 31881 115% 29520 % 72% 38627 131% 1036 87% 1300 1239 1368 1509 110% 1548 1908 123% 1728 2254 130% 1934 104% 2484 2534 102% 2814 3139 112% 3144 3739 119% 642 144% 596 959 161% 745 1280 172% 894 1599 179% 45617 107% 46954 54939 117% Meta Realizado 68% 14070 10144 48748 147% 35280 Meta 1190 94% 38360 Janeiro-Setembro % % Janeiro-Junho 77% 27138 834 Janeiro-Maio 36247 94% 42657 Janeiro-Outubro % Meta Realizado 72% 14316 10881 50908 144% 37440 Janeiro-Novembro % Meta Realizado 76% 14562 11457 54181 145% 39600 % 95% Janeiro-Dezembro Meta 79% 14808 56257 142% 41760 Realizado 11997 % 81% 58185 139% Internação - Clínica Médica 1410 1442 102% 1520 1644 108% 1620 1779 110% 1720 1943 113% 1820 2059 113% 1920 2160 113% Internação - Clínica Cirúrgica 1908 2600 136% 2088 2805 134% 2259 2976 132% 2430 3170 130% 2601 3317 128% 2772 3464 125% Traumatologia 3474 4339 125% 3804 4816 127% 4114 5137 125% 4424 5501 124% 4734 5767 122% 5044 6033 120% UTI 1043 1918 184% 1192 2072 174% 1334 2214 166% 1476 2390 162% 1618 2521 156% 1760 2645 150% 81378 125% 68064 84484 124% TOTAL 51251 64261 125% 55548 69538 125% 58677 73158 125% 61806 78066 126% 64935 HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Atendimento Ambulatorial Atendimento Ambulatorial Janeiro Meta Urgências/Emergências 4500 Retorno dos casos internados Clínicos e Cirúrgicos TOTAL Atendimento Ambulatorial Realizado Fevereiro % Meta 3577 79% 4500 2100 1696 81% 6600 5273 80% Realizado % Meta 3874 86% 4500 2100 742 35% 6600 4616 70% Julho Meta Realizado Março Meta Realizado % Meta 4071 90% 4500 2100 991 47% 6600 5062 77% Agosto % Realizado Abril Meta Realizado % Meta 3710 82% 4500 2100 1695 81% 6600 5405 82% Setembro % Realizado Maio Meta Realizado Urgências/Emergências 4500 3855 86% 4500 4346 97% 3500 4096 117% 3500 Retorno dos casos internados Clínicos e Cirúrgicos 2100 1349 64% 2100 1648 78% 1500 1516 101% 1500 TOTAL 6600 5204 79% 6600 5994 91% 5000 5612 112% 5000 Meta % Realizado % 3496 78% 3762 95% 2100 1484 71% 2100 1536 89% 6600 4980 75% 6600 5298 93% Novembro 4622 132% Meta Realizado 3500 62% 1500 5558 111% 5000 936 % 4500 Outubro % Realizado Junho Dezembro % Meta Realizado 4670 133% 3500 935 62% 1500 5605 112% 5000 % 4767 136% 781 52% 5548 111% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Atendimento Ambulatorial - Consolidado Atendimento Ambulatorial Janeiro Meta Realizado Janeiro-Fevereiro % Meta Realizado Janeiro-Março % Meta Urgências/Emergências Retorno dos casos internados Clínicos e Cirúrgicos 4500 3577 79% 9000 7451 83% 13500 2100 1696 81% 4200 2438 58% TOTAL 6600 5273 80% 13200 Atendimento Ambulatorial Janeiro-Julho Meta Realizado Meta % Meta Realizado Janeiro-Maio % Meta Realizado Janeiro-Junho % Meta Realizado % 11522 85% 18000 15232 85% 22500 18728 83% 27000 22490 83% 6300 3429 54% 8400 5124 61% 10500 6608 63% 12600 8144 65% 9889 75% 19800 14951 76% 26400 20356 77% 33000 25336 77% 39600 30634 77% Janeiro-Agosto % Realizado Janeiro-Abril Realizado Janeiro-Setembro % Meta Realizado Janeiro-Outubro % Meta Realizado Janeiro-Novembro % Meta Realizado Janeiro-Dezembro % Meta Realizado % Urgências/Emergências Retorno dos casos internados Clínicos e Cirúrgicos 31500 26345 84% 36000 30691 85% 39500 34787 88% 43000 39409 92% 46500 44079 95% 50000 48846 98% 14700 9493 65% 16800 11141 66% 18300 12657 69% 19800 13593 69% 21300 14528 68% 22800 15309 67% TOTAL 46200 35838 78% 52800 41832 79% 57800 47444 82% 62800 53002 84% 67800 58607 86% 72800 64155 88% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Desempenho Geral Desempenho Geral Equipe Multidisciplinar Cirurgias Diagnóstico Leitos Atendimento Ambulatorial Desempenho Geral Equipe Multidisciplinar Cirurgias Diagnóstico Leitos Atendimento Ambulatorial Janeiro Meta Realizado 57260 121082 Fevereiro % Meta 211% 57260 1110 931 55130 33679 84% 9752 9374 96% 6600 5273 80% 57260 1110 Realizado % 110915 194% Meta 57260 Realizado Abril % Meta 124670 218% 57260 % Meta 128144 224% 57260 80% 1110 982 58% 55130 32088 9752 7822 80% 9752 9942 102% 9752 9109 93% 9752 9370 96% 6600 4616 70% 6600 5062 6600 5405 82% 6600 4980 75% 133647 233% 57260 1142 103% Realizado 77% Setembro % 126372 221% Meta 94800 1110 1096 99% 960 68% 55130 40507 73% 30760 Realizado 76% 1110 1009 63% 55130 36307 Outubro % Meta 132188 139% 94800 1099 114% 960 Realizado Meta 130207 227% 57260 889 Meta 848 34837 % 31844 % 1110 58% 55130 Realizado Junho 1110 Agosto 88% Realizado Maio 61% 55130 Julho Meta Realizado Março 91% 1110 66% 55130 Meta 125609 132% 94800 1114 116% 960 Realizado % 158473 277% 1142 103% 34728 63% 9752 9338 96% 6600 5298 80% Novembro % Realizado Dezembro % Meta 129347 136% 94800 1047 109% Realizado % 130147 137% 960 1104 115% 37672 122% 30760 37678 122% 55130 37306 9752 9322 96% 9752 5277 54% 3129 3620 116% 3129 4908 157% 3129 3.312 106% 3129 3106 6600 5204 79% 6600 5994 91% 5000 5612 112% 5000 5558 111% 5000 5605 112% 5000 5548 111% 38496 125% 30760 36141 117% 30760 99% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO Ano 2013 - Monitoramento da Produção - Desempenho Geral - Consolidado Desempenho Geral Equipe Multidisciplinar Cirurgias Diagnóstico Leitos Atendimento Ambulatorial Desempenho Geral Equipe Multidisciplinar Cirurgias Diagnóstico Leitos Atendimento Ambulatorial Janeiro Meta Realizado 57100 121082 Janeiro-Fevereiro % Meta 212% 114200 Realizado Janeiro-Março % Meta 231997 203% 171300 Realizado % Meta 356667 208% 228400 % Meta 484811 212% 285500 Realizado % 931 84% 2220 1820 3330 2802 4440 3650 84% 79980 65523 82% 119970 97611 81% 159960 132448 9590 9374 98% 19180 17196 90% 28770 27138 94% 38360 36247 94% 47950 45617 95% 6600 5273 80% 13200 9889 75% 19800 14951 76% 26400 20356 77% 33000 25336 77% Meta Realizado % Meta 227% 456800 Realizado % Meta 4659 168755 % Meta % 907138 7770 6943 279930 240789 67130 64277 96% 76720 69554 91% 86310 73174 85% 95900 78082 81% 46200 35838 78% 52800 41832 79% 59400 47444 80% 66000 53002 80% 8880 8039 86% 319920 281296 91% 1165698 227% 571000 Realizado 9990 9138 88% 359910 319792 91% Meta 1291307 226% 665800 11100 10252 89% 399900 355933 84% 92% Realizado 11299 89% 430660 % 773491 226% 6660 5801 87% 203483 85% 57540 54955 96% 39600 30634 77% Janeiro-Dezembro % Meta 1420654 213% 760600 12060 Realizado 84% 239940 Janeiro-Novembro 399700 89% 1033510 226% 513900 Realizado 5550 83% 199950 Janeiro-Outubro Meta 615018 215% 342600 33679 Janeiro-Setembro 82% Janeiro-Junho 1110 Janeiro-Agosto 84% Realizado Janeiro-Maio 39990 Janeiro-Julho 82% Janeiro-Abril 94% Realizado % 1550801 204% 13020 12403 95% 393605 91% 461420 431283 93% 99029 81394 82% 102158 84500 83% 71000 58607 83% 64155 84% 76000 HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO Ano 2013 - Monitoramento - Indicadores Qualitativos Indicadores Qualitativos Janeiro Fevereiro Meta Realizado % Meta Março Realizado % Abril Meta Realizado % Meta Maio Realizado % Junho Meta Realizado % Meta Realizado % Observação 12 22 55% 12 21 57% 12 23 52% 12 20 60% 12 19 63% 12 21 57% Reanimação Trauma 1 1 100% 1 1,3 77% 1 1 100% 1 1 100% 1 1 100% 1 1 100% Internação Clinica 3 4 75% 3 3 100% 3 3 100% 3 3 100% 3 4 75% 3 3 100% Internação Cirúrgica 3 3 100% 3 4 75% 3 3 100% 3 3 100% 3 3 100% 3 3,3 91% Traumatologia 3 3 100% 3 3,4 88% 3 3,2 94% 3 3,1 97% 3 3,2 94% 3 3,2 94% UTI 8 9,3 86% 8 9 89% 8 8,9 90% 8 9 89% 8 9,4 85% 8 9,8 82% Taxa de Ocupação Hospitalar 90% 110,39% 123% 90% 101,19% 112% 90% 108,30% 120% 90% 105,74% 117% 90% 105,06% 117% 90% 114,08% 127% Taxa de Mortalidade Global 4,72% 3,47% 136% 4,72% 4,01% 118% 4,72% 3,54% 133% 4,72% 4,85% 97% 4,72% 3,25% 145% 4,72% 3,79% 125% Média de Permanência Indicadores Qualitativos Julho Meta 12 Reanimação Trauma Internação Clinica Realizado % Setembro Meta Realizado % Meta Outubro Realizado % Meta Novembro Realizado % Meta Realizado 22 55% 12 24 50% 84 30 280% 84 34 247% 84 1 1 100% 1 2 50% 3 3 100% 3 3 100% 3 3 3,4 88% 3 4 75% 8 6 133% 8 6 133% 8 Internação Cirúrgica 3 3 100% 3 5 60% 6 6 100% 6 6,4 94% 6 7 Traumatologia 3 3,1 97% 3 3,9 77% 6 5,8 103% 6 6,2 97% 6 UTI 8 9,9 81% 8 10,2 78% 11 11 100% 11 10,8 102% 11 Taxa de Ocupação Hospitalar 90% 142,46% 158% 90% 120,79% 134% 90% 106,30% 118% 90% 109% 121% Taxa de Mortalidade Global 4,72% 4,26% 4,72% 3,66% 129% 4,72% 3,64% 130% Média de Permanência Observação Agosto 111% 4,72% 6,22% 76% Dezembro % 36 233% Meta Realizado % 84 38 94% 3 3,4 88% 7 114% 8 8 100% 86% 6 7 86% 7 86% 6 7 86% 12 92% 11 12,3 89% 90% 119,69% 133% 90% 117,32% 130% 4,72% 4,10% 115% 4,72% 4,05% 117% 3,2 221% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA – HUGO Ano 2013 - Monitoramento - Indicadores Qualitativos - Consolidado Indicadores Qualitativos Média de Permanência Janeiro Realizado Meta Janeiro-Fevereiro Meta Realizado % Meta Janeiro-Março Realizado % Meta Janeiro-Abril Realizado % Meta Janeiro-Maio Realizado % Meta Janeiro-Junho Realizado % Observação 12 22 55% 12 21,5 56% 12 22 55% 12 22 56% 12 21 57% 12 21 57% Reanimação Trauma 1 1 100% 1 1,15 87% 1 1 91% 1 1 93% 1 1 94% 1 1 95% Internação Clinica 3 4 75% 3 3,5 86% 3 3 90% 3 3 92% 3 3 88% 3 3 90% Internação Cirúrgica 3 3 100% 3 3,5 86% 3 3 90% 3 3 92% 3 3 94% 3 3 93% Traumatologia 3 3 100% 3 3,2 94% 3 3 94% 3 3 94% 3 3 94% 3 3 94% UTI 8 9,3 86% 8 9,15 87% 8 9 88% 8 9 88% 8 9 88% 8 9 87% 90% 110,39% 123% 90% 105,79% 118% 90% 106,60% 118% 90% 106,40% 118% 90% 106,13% 118% 90% 3,47% 136% 3,74% 126% 3,97% 119% 3,82% 123% Taxa de Ocupação Hospitalar Taxa de Infecção Hospitalar 9,30% Taxa de Mortalidade Global 4,72% Indicadores Qualitativos Média de Permanência % Meta 9,30% Janeiro-Julho Realizado % 4,72% Meta 9,30% Janeiro-Agosto Realizado % 4,72% 9,30% 3,67% 129% Janeiro-Setembro Meta Realizado % 4,72% 9,30% Janeiro-Outubro Meta Realizado % 4,72% 107,46% 119% 9,30% Janeiro-Novembro Meta Realizado % 4,72% 3,81% 124% Janeiro-Dezembro Meta Realizado % Observação 12 21 57% 12 22 56% 84 22,44 374% 84 23,60 356% 84 24,73 340% 84 25,83 325% Reanimação Trauma 1 1 100% 1 1 86% 3 1,37 220% 3 1,53 196% 3 1,68 178% 3 1,83 164% Internação Clinica 3 3 97% 3 3 88% 8 3,71 216% 8 3,94 203% 8 4,22 190% 8 4,53 176% Internação Cirúrgica 3 3 94% 3 3 88% 6 3,70 162% 6 3,97 151% 6 4,25 141% 6 4,48 134% Traumatologia 3 3 94% 3 3 92% 6 3,54 169% 6 3,81 157% 6 4,10 146% 6 4,34 138% UTI 8 9 88% 8 9 85% 11 9,61 114% 11 9,73 113% 11 9,94 111% 11 10,13 109% 90% 112,46% 125% 90% 113,50% 126,11% 90% 113% 125% 90% 112% 125% 90% 113% 126% 90% 4,17% 113% 4,72% 4,12% 114% 4,72% 4% 112% 4,72% 4% Taxa de Ocupação Hospitalar Taxa de Infecção Hospitalar 9,30% Taxa de Mortalidade Global 4,72% 9,30% 3,88% 122% 4,72% 113% 1,2597 0,00 113% 4,72% 4,1% 116% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Ano 2013 - Monitoramento - Indicadores Qualitativos: Densidade de Incidência de IRAS* Indicadores Qualitativos Janeiro Fevereiro Meta Realizado % Meta Realizado % Março Meta Realizado Abril % Meta Realizado Maio % Meta Realizado Junho % Meta Realizado % UTI I UTI II Densidade de Incidência de IRAS UTI III UTI IV Traumatologia Clínica Cirúrgica Clínica Médica Indicadores Qualitativos Densidade de Incidência de IRAS Julho Agosto Meta Realizado % Meta Realizado % Setembro Meta Realizado Outubro % Meta Realizado Novembro % Meta Realizado Dezembro % Meta Realizado % UTI I 34,28% 36,80% 93% 34,28% 22,73% 151% 34,28% 49,35% 69% 34,28% 49,35% 69% UTI II 26,32% 29,20% 90% 26,32% 29,21% 45,61% 58% 26,32% 45,61% 58% UTI III 31,22% 26,70% 117% 31,22% 21,23% 147% 31,22% 29,13% 107% 31,22% 40,00% 78% UTI IV 21,02% 33,80% 29,61% 34,01% 43,05% 49% Traumatologia 5,43% 62% 21,02% 3,90% 139% 5,43% 90% 26,32% 71% 21,02% 3,00% 181% 5,43% 8,64% Clínica Cirúrgica 8,64% 13,54% 64% 8,64% 9,83% Clínica Médica 14,96% 35,02% 43% 14,96% 23,53% 88% 64% 14,96% 62% 21,02% 3,43% 158% 5,43% 3,77% 229% 8,64% 18,63% 46% 71% 14,96% 18,78% 80% 20,93% *Conforme Portaria Nº 281/2013 - GAB/SES, que acrescentou metas para Densidade de Incidência de IrAS. Os indicadores referentes ao mês de dezembro aguardam fechamento, devido às férias do membro responsável pelo mesmo. 2,45% 222% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Jan. 2014 - Monitoramento da Produção - Equipe Multidisciplinar Equipe Multidisciplinar Janeiro Meta Realizado Nutrição 68534 Psicologia 25974 Fisioterapia 6451 Serviço Social 10037 Enfermagem 41208 Odontologia 1020 Fonoaudiologia TOTAL Equipe Multidisciplinar Fevereiro % Meta 162% 94800 Março Realizado % Meta Abril Realizado % Meta Maio Realizado % Meta 0% 94800 Junho Realizado % Meta 0% 94800 Realizado % 526 94800 153750 Julho Meta 0 0% 94800 Agosto Realizado % Meta 0% 94800 0 0% 94800 Setembro Realizado % Meta 0 Outubro Realizado % Meta 0 Novembro Realizado % Meta 0% 94800 0 0% Dezembro Realizado % Meta 0% 94800 Realizado % Nutrição Psicologia Fisioterapia Serviço Social Enfermagem Odontologia Fonoaudiologia TOTAL 94800 0 0 0% 94800 0 0% 94800 0 0 0 0% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Jan. 2014 - Monitoramento da Produção - Cirurgias Cirurgias Janeiro Meta Realizado Bucomaxilofacial 234 Ortopedia/Traumatologia 705 Neurocirurgia Meta Realizado % Meta 0 0% 960 Abril Realizado % Meta 0 0% 960 Realizado Maio % Meta 0 0% 960 Junho Realizado % Meta 0 0% 960 Realizado % 35 Cirurgia Vascular Cirurgias % Março 47 Cirurgia Geral TOTAL Fevereiro 37 960 1058 110% 960 Julho Meta Agosto Realizado % Meta Setembro Realizado % Meta 0 0% 960 Outubro Realizado % Meta 0 0% 960 Realizado Novembro % Meta 0 0% 960 0 0% Dezembro Realizado % Meta 0 0% 960 Realizado % Bucomaxilofacial Cirurgia Geral Total Ortopedia/Traumatologia Neurocirurgia Cirurgia Vascular TOTAL 960 0 0% 960 0 0% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Jan. 2014 - Monitoramento da Produção – Diagnóstico Diagnóstico Meta Eletrocardiografia Janeiro Realizado Fevereiro Realizado % Meta 0% 30760 % Meta 0% 30760 Março Realizado % Meta 0% 30760 % Meta 0% 30760 Abril Realizado % Meta 0% 30760 % Meta 0% 30760 Maio Realizado % Meta Junho Realizado % 36829 Agência Transfusional 933 Anatomia Patológica 85 Broncoscopia 44 Ecocardiografia 58 Gastrostomia Endoscópica 12 Esofagogastroduodenoscopia Diagnóstico Meta 340 Análises Clínicas TOTAL % 22 30760 38323 Meta Julho Realizado 125% 30760 % Meta 0% 30760 0 Agosto Realizado 0 Setembro Realizado 0 Outubro Realizado 0 Novembro Realizado 0% % 30760 Meta 0 Dezembro Realizado 0% % Eletrocardiografia Análises Clínicas Agência Transfusional Anatomia Patológica Broncoscopia Ecocardiografia Gastrostomia Endoscópica Esofagogastroduodenoscopia TOTAL 30760 0 0 0 0 0 0% 30760 0 0% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Jan. 2014 - Monitoramento da Produção - Leitos Leitos Janeiro Fevereiro Meta Realizado % Meta Março Realizado % Meta Abril Realizado % Meta Maio Realizado % Meta Junho Realizado % Meta Realizado % Observação/Suporte 246 576 234% 246 0% 246 0% 246 0% 246 0% 246 0% Reanimação Trauma 2160 2160 100% 2160 0% 2160 0% 2160 0% 2160 0% 2160 0% Internação - Clínica Médica 100 101 101% 100 0% 100 0% 100 0% 100 0% 100 0% Internação - Clínica Cirúrgica 171 147 86% 171 0% 171 0% 171 0% 171 0% 171 0% Traumatologia 310 266 86% 310 0% 310 0% 310 0% 310 0% 310 0% UTI 142 131 92% 142 0% 142 0% 142 0% 142 0% 142 0% 3381 108% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% TOTAL 3129 Leitos Julho Meta Agosto Realizado % Meta Setembro Realizado % Meta Realizado Outubro % Meta Novembro Realizado % Meta Dezembro Realizado % Meta Realizado % Observação/Suporte 246 0% 246 0% 246 0% 246 0% 246 0% 246 0% Reanimação Trauma 2160 0% 2160 0% 2160 0% 2160 0% 2160 0% 2160 0% Internação - Clínica Médica 100 0% 100 0% 100 0% 100 0% 100 0% 100 0% Internação - Clínica Cirúrgica 171 0% 171 0% 171 0% 171 0% 171 0% 171 0% Traumatologia 310 0% 310 0% 310 0% 310 0% 310 0% 310 0% UTI 142 0% 142 0% 142 0% 142 0% 142 0% 142 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% TOTAL HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Jan. 2014 - Monitoramento da Produção - Atendimento Ambulatorial Atendimento Ambulatorial Janeiro Meta Fevereiro Realizado % Meta Março Realizado % Meta Abril Realizado % Meta Maio Realizado % Meta Junho Realizado % Meta Realizado % Urgências/Emergências 3500 3574 102% 3500 0% 3500 0% 3500 0% 3500 0% 3500 0% Retorno dos casos internados Clínicos e Cirúrgicos 1500 1358 91% 1500 0% 1500 0% 1500 0% 1500 0% 1500 0% TOTAL 5000 4932 99% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% Atendimento Ambulatorial Julho Meta Agosto Realizado Setembro Realizado Outubro Realizado Novembro Realizado Dezembro % Meta % Meta % Meta % Meta % Meta Urgências/Emergências 3500 0% 3500 0% 3500 0% 3500 0% 3500 Realizado 0% 3500 Realizado 0% % Retorno dos casos internados Clínicos e Cirúrgicos 1500 0% 1500 0% 1500 0% 1500 0% 1500 0% 1500 0% TOTAL 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Jan. 2014 - Monitoramento da Produção - Desempenho Geral Desempenho Geral Equipe Multidisciplinar Cirurgias Diagnóstico Leitos Atendimento Ambulatorial Desempenho Geral Equipe Multidisciplinar Cirurgias Diagnóstico Leitos Atendimento Ambulatorial Janeiro Meta Fevereiro Realizado % Meta Março Realizado % Meta Abril Realizado % Meta Maio Realizado % Meta Junho Realizado % Meta Realizado % 94800 153750 162% 94800 0 0% 94800 0 0% 94800 0 0% 94800 0 0% 94800 0 0% 960 1058 110% 960 0 0% 960 0 0% 960 0 0% 960 0 0% 960 0 0% 30760 38323 125% 30760 0 0% 30760 0 0% 30760 0 0% 30760 0 0% 30760 0 0% 3129 3381 108% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 5000 4932 99% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% Julho Meta Agosto Realizado % Meta Setembro Realizado % Meta Outubro Realizado % Meta Novembro Realizado % Meta Realizado Dezembro % Meta Realizado % 94800 0 0% 57260 0 0% 94800 0 0% 94800 0 0% 94800 0 0% 94800 0 0% 960 0 0% 1110 0 0% 960 0 0% 960 0 0% 960 0 0% 960 0 0% 30760 0 0% 55130 0 0% 30760 0 0% 30760 0 0% 30760 0 0% 30760 0 0% 3129 0 0% 9752 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 3129 0 0% 5000 0 0% 6600 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% 5000 0 0% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Jan. 2014 - Monitoramento - Indicadores Qualitativos Indicadores Qualitativos Média de Permanência Janeiro Meta Fevereiro Realizado % Meta Março % Meta Realizado Abril % Meta Realizado Maio % Meta Realizado Junho % Meta Realizado Observação 84 36 233% 84 84 84 84 84 Reanimação Trauma 3 3 100% 3 3 3 3 3 Internação Clinica 8 8 100% 8 8 8 8 8 Internação Cirúrgica 6 7 86% 6 6 6 6 6 Traumatologia 6 7 86% 6 6 6 6 6 UTI 11 12 92% 11 11 11 11 11 Taxa de Ocupação Hospitalar 90% 95,22% 106% 90% Taxa de Mortalidade Global 4,72% 3,57% 132% 4,72% Indicadores Qualitativos Média de Permanência Realizado Julho Meta Realizado 0% 90% Agosto % Meta 0% 4,72% Realizado 90% Setembro % Meta 0% 4,72% Realizado 90% Outubro % Meta 0% 4,72% Realizado 90% Meta Realizado Dezembro % Meta Observação 84 84 84 84 84 84 Reanimação Trauma 3 3 3 3 3 3 Internação Clinica 8 8 8 8 8 8 Internação Cirúrgica 6 6 6 6 6 6 Traumatologia 6 6 6 6 6 6 UTI 11 11 11 11 11 11 Taxa de Ocupação Hospitalar 90% Taxa de Mortalidade Global 4,72% 0% 90% 4,72% 0% 90% 4,72% 0% 90% 4,72% 0% 90% 4,72% 0% 4,72% Novembro % % 0% 90% 4,72% Realizado % 0% HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA - HUGO Jan. 2014 - Monitoramento - Indicadores Qualitativos: Densidade de Incidência de IRAS* Indicadores Qualitativos Densidade de Incidência de IRAS UTI I UTI II UTI III UTI IV Traumatologia Clínica Cirúrgica Clínica Médica Indicadores Qualitativos Janeiro Fevereiro Meta Realizado % Meta Realizado 34,28% 45,07% 76% 26,32% 39,28% 67% 31,22% 28,44% 110% 21,02% 32,68% 64% 5,43% 5,12% 106% 8,64% 10,50% 82% 14,96% 11,06% 135% Julho Meta Realizado % Agosto % Meta Realizado Meta Março Realizado % Setembro % Meta Realizado Meta Abril Realizado Outubro % Meta Realizado Meta Maio Realizado % Meta Novembro % UTI I UTI II Densidade de Incidência de IRAS % UTI III UTI IV Traumatologia Clínica Cirúrgica Clínica Médica *Conforme Portaria Nº 281/2013 - GAB/SES, que acrescentou metas para Densidade de Incidência de IrAS. Meta Realizado Junho Realizado % Dezembro % Meta Realizado %