RESUMO O Fisiologista do exercício e o controle da carga O papel do fisiologista é monitorar as variáveis fisiológicas que cercam o treinamento, permitindo avaliar o estado do atleta e realizar prognósticos de desempenho, além de corrigir programas de treinamento. Buscar recursos bioquímicos dos atletas e monitorar toda a carga estipulada. Existem diversas maneiras de se controlar a carga, porem cada fisiologista usa seus meios e métodos em busca da excelência na performance, onde no final os detalhes fazem a diferença. A função do fisiologista O papel do fisiologista é monitorar as variáveis fisiológicas que cercam o treinamento, permitindo avaliar o estado do atleta e realizar prognósticos de desempenho, além de corrigir programas de treinamento. Ao realizar este controle é possível mensurar as adaptações causadas pelo treinamento e as diferentes variáveis que cercam toda preparação física. Assim é possível dar ao preparador físico e toda comissão técnica, informações precisas de como deve se proceder com cada atleta, prevenindo lesões e o over training (excesso de cargas). Um dos testes realizados no Palmeiras é o Yoyo Test Recovery, um teste indireto, barato e eficiente, onde analisamos alguma variáveis fisiológicas como o consumo de oxigênio e a frequência cardíaca, na figura 1 (abaixo) segue gráfico demonstrativo dos resultados em três testes em 2012 da equipe de futsal, da categoria sub 20. Figura 1 Através dos marcadores bioquímicos, do controle do peso corporal em treinos e jogos, unidos a monitoração da intensidade e volume dos treinamentos, distâncias percorridas em treinos e jogos, o fisiologista tem uma precisa visão de como o atleta responde aos estímulos oferecidos e se seu organismo pode ou não suportar novas cargas ou realizar apenas manutenções. Vale ressaltar a importância das folgas, sendo estas contabilizadas como sessões do planejamento, pois é neste período onde acontece a reposição de todo o sistema, deixando o atleta apto a volta das atividades físicas em perfeitas condições de melhor desempenho e com mais tempo de vida útil. Neste caso, se torna muito fácil a comunicação e a possibilidade de modificarmos o treinamento, diminuindo a carga destes e até dando folgas em momentos críticos da temporada. Abaixo nas figuras 2 e 3, pode verificar a quantidade de sessões em um mesociclo e suas subdivisões entre treinos físicos específicos sem bola e treinos técnicos e táticos com bola, de acordo com o planejado e estipulado dentro do macrociclo, mês a mês é controla e relatado todas sessões de acordo como o objetivo estabelecido pela comissão técnica e através destas divisões controlamos a carga estipulada para cada mesociclo. Segue ilustrado nas figuras abaixo exemplos de controles da carga, representado em gráficos. Figura 2 Figura 3 " Se não houver responsabilidade e comprometimento muitas informações podem ser destorcidas e prejudicar toda a preparação. Eu como fisiologista realizo meu trabalho, cuidando da parte física, da alimentação e da análise do desempenho (scout, estatística) realizo um trabalho integrado, tentando diminuir bastante o risco de lesões e estimular o máximo a performance atlética ,nas partes que envolvem o desempenho máximo. Vale ressaltar que não existe um modelo único de controlar todas as variáveis que envolvem a performance física, o que realmente é necessário é o conhecimento do que está fazendo, a eficiência nos controles e na aplicação dos estímulos, respeitar todos os princípios do treinamento e as individualidades biológicas. Cada um cria seu modelo de controle, seja este para treinos ou para jogos. Abaixo na figura 4, segue um modelo do controle da análise do desempenho em jogo, em tempo real, onde avalia-se a performance técnica individual e coletiva da equipe e através destas informações é repassada informações ao treinador e este em muitas vezes até muda esquemas táticos em cima dos dados, entre tanta outras alterações. Figura4 AUTOR: Prof. Esp. Maurílio Tavares Sampaio Preparador Físico e Fisiologista Sociedade Esportiva Palmeiras Especializado em Fisiologia do Exercício, Treinamento Desportivo e Treinamento Personalizado, pela Universidade Federal do Estado de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, no Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício, Cefe. Graduado, Bacharel Licenciado em Educação Física, pelo Centro Universitário Nove de Julho, Uninove. Ministrante de cursos e palestras sobre preparação física em todo o Brasil. Contatos do autor Email: mspreparadorfí[email protected] Facebook: www.facebook.com/sampaiomaurilio