UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS ANA PAULA CUNHA PEREIRA ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA NA IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL EM UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DE ENSINO CRICIÚMA, JULHO DE 2010 2 ANA PAULA CUNHA PEREIRA ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA NA IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL EM UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DE ENSINO Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel no curso de Ciências Contábeis da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador: Prof. Esp. Everton Perin CRICIÚMA, JULHO DE 2010 3 ANA PAULA CUNHA PEREIRA ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA NA IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL EM UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DE ENSINO Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel, no Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Contabilidade Gerencial Criciúma, 06 de Julho 2010. BANCA EXAMINADORA ____________________________________________________ Prof. Everton Perin, Esp. – UNESC - Orientador _____________________________________________________ Prof. Cleyton de Oliveira Ritta, MSc. – UNESC - Examinador _____________________________________________________ Prof. Marcelo Salazar, Esp. – UNESC - Examinador 4 Dedico esta conquista a meus pais, Evaldo e Maria Conceição, ao meu marido, Deynison, pelo incentivo e compreensão para que eu pudesse concluir mais essa etapa na minha vida. 5 AGRADECIMENTOS Primeiramente quero agradecer a Deus, por tudo o que me proporcionou nesses quatro anos e meio, dando sabedoria para que pudesse alcançar os meus objetivos, contribuindo para mais uma etapa da minha vida. Em seguida agradecer aos meus pais por tudo que me proporcionaram ao longo da vida, pelo carinho e compreensão, amo vocês. E a minha irmã Ana Claudia, pelo carinho e compreensão. Ao meu marido Deynison, pelo carinho e paciência nos momentos difíceis da minha trajetória, estando presente me dando força e incentivo. Agradeço por você existir e ser essa pessoa maravilhosa. Aos meus amigos de faculdade, Viviane Speck, Ana Paula Valvassori, Mariana Antônio, Vanessa Martins, Jonas Borges, Micaeli Preis e Juliana Mattos, pelos momentos felizes em que passamos juntos, momentos esses que jamais esquecerei. Lembrarei de todos com muito amor e carinho. Ao meu orientador Everton Perin, pelo incentivo e compreensão, nos momentos difíceis, contribuindo para a conclusão deste trabalho. Em especial a minha amiga Vita, pelo incentivo e confiança nas horas difíceis, o meu sincero agradecimento. A todos que de certa forma me ajudaram e acreditaram em mim, obrigada sempre. 6 “Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é muita curta para ser insignificante” Charles Chaplin 7 RESUMO PEREIRA, Ana Paula Cunha. Análise de viabilidade econômica na implantação da educação infantil em uma instituição filantrópica de ensino. 2010. 61 p. Orientador Everton Perin. Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis. Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. Criciúma – SC. Este estudo consiste analisar a viabilidade econômica de um plano de negócio, com o propósito de avaliar a implantação do ensino de educação infantil em uma instituição localizada no município de Criciúma – SC. Tendo como base para a concretização desta pesquisa o estudo de caso, utilizou métodos quantitativos e qualitativos, contribuindo para a avaliação do investimento, por meio dos cálculos relacionados com a análise de mercado, perfil do cliente, concorrência, preço de venda, e as projeções financeiras para o empreendimento. Diante dessas análises, pode-se constatar que o resultado do investimento apresentou-se viável, dentro das premissas utilizadas, para implantação do ensino básico na SATC. Inicialmente terá capacidade para atender a quarenta crianças com idade entre dois a cinco anos, sendo oferecidas alimentação, serviços com profissionais qualificados e um ambiente agradável para o bem estar e desenvolvimento das mesmas. Palavras-chave: Plano de Negócio. Educação Infantil. Análise de Viabilidade. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Organograma da SATC....................................................................... 40 Figura 2 – Foto da Instituição SATC .................................................................... 41 9 TABELAS E QUADROS Quadro 1 – Passos Necessário para a Elaboração do Plano de Negócio ................ 19 Quadro 2 – Cálculo Ponto de Equilíbrio .................................................................... 22 Quadro 3 – Cálculo Margem de Contribuição ........................................................... 24 Quadro 4 – Análise de Retorno de Investimento ....................................................... 27 Quadro 5 – Situação de Oferta e de Procura do Mercado ........................................ 28 Quadro 6 – Os Riscos e Potencialidades de um Negócio ......................................... 30 Quadro 7 – Determinação do Investimento Inicial ..................................................... 31 Tabela 1 – Divisão das Classes Sociais no Brasil ..................................................... 43 Quadro 8 – Análise da Concorrência ........................................................................ 45 Tabela 2 – Salários dos Funcionários ....................................................................... 47 Tabela 3 – Custos dos Funcionários ......................................................................... 47 Tabela 4 – Custos Diretos ......................................................................................... 49 Tabela 5 – Custos Indiretos....................................................................................... 50 Tabela 6 – Formação do Preço de Venda ................................................................. 51 Tabela 7 – Investimento Inicial .................................................................................. 52 Tabela 8 – Investimento Capital Próprio ................................................................... 53 Tabela 9 – Fluxo de Caixa......................................................................................... 54 Tabela 10 – Cálculo da Taxa Interna de Retorno ...................................................... 55 10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Q – Quantidade RT – Receita Total CT – Custo Total DT – Despesa Total MC – Margem de Contribuição PV – Preço de Venda CV – Custos Variáveis DV – Despesas Variáveis SATC – Sociedade de Assistência aos Trabalhadores de Carvão CSN – Companhia Siderúrgica Nacional SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial CSMA – Centro Satc de Meio Ambiente UDISATC – Unidade de Idiomas SATC CTCL – Centro Tecnológico de Carvão Limpo SATCEDU – SATC Educação SATCTEC – SATC Tecnologia LAEC – Laboratório de Análises e Ensaios de Carvão LAQUA – Laboratório de Análises Químicas e Ambientais LAMETRO – Laboratório de Metrologias CNAS – Conselho Nacional Assistência Social VPL – Valor Presente Líquido TIR – Taxa Interna de Retorno 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13 1.1 Tema e Problema .......................................................................................... 13 1.2 Objetivos da Pesquisa ................................................................................. 14 1.3 Justificativa do Estudo ................................................................................ 14 1.4 Metodologia .................................................................................................. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 17 2.1 Plano de Negócio ......................................................................................... 17 2.2 Projeto ........................................................................................................... 20 2.3 Análise de Investimento .............................................................................. 20 2.3.1 Ponto de Equilíbrio.................................................................................... 21 2.3.2 Margem de Contribuição .......................................................................... 23 2.3.3 Taxa Interna de Retorno ........................................................................... 24 2.3.4 Análise de Payback ................................................................................... 25 2.3.5 Retorno de Investimento .......................................................................... 26 2.4 Aspectos Econômicos ................................................................................. 27 2.4.1 Análise de Mercado ................................................................................... 27 2.4.2 Riscos......................................................................................................... 29 2.5 Investimento Inicial ...................................................................................... 30 2.5.1 Custos ........................................................................................................ 33 2.5.2 Formação de Preço ................................................................................... 35 2.6 Projeção Financeira ..................................................................................... 35 2.6.1 Fluxo de Caixa ........................................................................................... 36 2.7 Estudo de Viabilidade .................................................................................. 37 2.8 Instituições Filantrópicas ............................................................................ 38 3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS .......................................................... 39 3.1 Caracterização da Empresa......................................................................... 39 3.1.1 Planejamento Estratégico da Instituição................................................. 42 3.2 Estudo de Viabilidade Econômica da Unidade de Educação Infantil ...... 42 3.2.1 Análise Setorial ......................................................................................... 43 3.2.2 Perfil do Cliente ......................................................................................... 43 3.2.3 Características do Mercado...................................................................... 44 12 3.2.4 Concorrência ............................................................................................. 44 3.3 Caracterização do Serviço Prestado .......................................................... 45 3.4 Plano Operacional ........................................................................................ 46 3.4.1 Previsão de Gastos ................................................................................... 47 3.4.2 Formação do Custo Direto ....................................................................... 48 3.4.3 Formação do Custo Indireto..................................................................... 49 3.4.4 Formação de Preço ................................................................................... 51 3.4.5 Previsão de Faturamento.......................................................................... 52 3.4.6 Investimento .............................................................................................. 52 3.4.7 Fluxo de Caixa ........................................................................................... 53 3.5 Análise de Viabilidade.................................................................................. 54 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 57 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 58 13 1 INTRODUÇÃO Neste capítulo abordam-se o tema e o problema da pesquisa, com o propósito de apresentar e destacar a importância do assunto a ser pesquisado. Em seguida tem-se os objetivos a serem alcançados, e sua justificativa contribuindo tanto na parte teórica, como na prática. E por fim os procedimentos metodológicos utilizados na elaboração e conclusão deste. 1.1 Tema e Problema Um dos fatores relevantes para o desenvolvimento de um país é sem dúvida a educação, pois facilita o alcance dos objetivos pessoais e profissionais. Além disso, serve como uma ferramenta de auxílio para a formação dos cidadãos, contribuindo para um conhecimento diferenciado e um futuro mais digno, tornandose indispensável para vida do ser humano. Em virtude desse fator, as instituições educacionais vêm se destacando cada vez mais no mercado, favorecendo a demanda por qualidade de ensino e visando proporcionar educação diferenciada, para conquistar clientes e se diferenciar diante da concorrência. Para que o empreendimento tenha projeção estável, se faz necessário à elaboração de um planejamento, visando obter um controle ainda maior de suas atividades financeiras, contribuindo para uma projeção futura do estabelecimento, pois é um fator de extrema importância para ao desenvolvimento da entidade, fazendo com que os administradores consigam estabelecer uma visão mais ampla da situação da empresa. Por isso, a importância da realização do plano de negócio, pois este contribui para superar os obstáculos que possam surgir e evitar que prejudiquem o andamento dos negócios. Desta forma, torna-se uma ferramenta indispensável para o planejamento, proporcionando segurança aos investidores para alcançarem seus objetivos com êxito. 14 Por meio da gestão financeira é possível identificar se o empreendimento está sendo viável, se os custos não se tornam elevados de mais, assim contribuindo para uma análise ainda maior sobre o resultado econômico e financeiro da instituição. Garantindo qualidade para o desenvolvimento da empresa, ajudando no auxílio e contribuição da formação de um empreendimento que trará rendimentos favoráveis para continuar a desempenhar seu papel para a sociedade. Tendo base no que foi argumentado, levanta-se assim a seguinte questão-problema: qual a viabilidade econômica referente à implantação da unidade de educação infantil em uma instituição de ensino filantrópica? 1.2 Objetivos da Pesquisa O objetivo geral desse estudo consiste em analisar a viabilidade da implantação de uma unidade de educação infantil, em uma instituição filantrópica de ensino. Para atingir o objetivo geral, têm-se como objetivos específicos os seguintes: • apurar as variáveis financeiras determinantes da implantação da unidade de educação infantil, tais como: estrutura física e operacional; • elaborar a projeção do fluxo de caixa do investimento; • apurar os indicadores para a análise da viabilidade econômica. 1.3 Justificativa do Estudo Esse estudo visa proporcionar um entendimento da necessidade da utilização de um plano de negócio para a organização, visando uma projeção futura do empreendimento, analisando os meios para se obter uma empresa com qualidade e ser referência no mercado, assim adquirindo estratégias para se destacar diante da concorrência, com estabilidade e competência nos serviços prestados. 15 Diante do planejamento o empreendedor terá uma visão mais ampla do negócio, para a obtenção de conhecimentos suficientes para verificar se o investimento será viável, se terá uma boa procura se o local é adequado, entre outros fatores que se tornam indispensável para a tomada de decisão. As escolas de educação infantil, vêm destacando-se constantemente nos últimos tempos, devido o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, onde precisam deixar seus filhos desde seus primeiros anos de vida. Por meio desse estudo facilitará obter um conhecimento, tanto na parte teórica como na prática, desta forma, para um entendimento geral do plano de negócio, visão gerencial e estratégica, e principalmente da responsabilidade das entidades de ensino perante a sociedade, tornando-se um estudo mais abrangente e satisfatório. 1.4 Metodologia Para a elaboração de um trabalho científico faz-se necessário inicialmente identificar a metodologia a ser seguida, para melhor alcançar os objetivos previstos na pesquisa. Conforme Cervo e Bervian (1996, p. 24), o “método caracteriza-se nas diversas etapas ou passos que devem ser dados para solucionar um problema. Esses passos são as técnicas ou processo.” A metodologia utilizada para alcançar os objetivos expostos neste trabalho caracteriza-se como descritiva, procurando desenvolver um plano de negócio, com o propósito de obter maiores informações para atingir os objetivos previstos na pesquisa. Conforme Oliveira (2002, p. 114) “é um tipo de estudo que permite ao pesquisador a obtenção de uma melhor compreensão do comportamento de diversos fatores e elementos que influenciam determinado fenômeno.” Para Cervo e Bervian (1996, p. 49) expõe que “a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem nicia i-los. Procura descobrir, com a precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.” Quanto aos procedimentos utilizou-se de pesquisa bibliográfica, estudo de caso, participante. Em relação à pesquisa bibliográfica, busca-se coletar as 16 informações necessárias para um melhor entendimento do assunto pesquisado, por meio de livros, artigos, entre outros, desta forma facilitando a obtenção de conhecimentos mais amplos para se chegar a uma conclusão mais exata. Segundo Alves (2007, p. 55), a pesquisa bibliográfica “é aquela desenvolvida exclusivamente a partir de fontes já elaboradas – livros, artigos científicos, publicações periódicas, as chamadas fontes de papel.” Conforme Cervo e Bervian (1996, p. 48) destacam que “a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos.”, e para Oliveira (1997, p. 119) “tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizaram sobre determinado assunto ou fenômeno.” Em relação ao estudo de caso, consiste conforme Santos (2004, p. 30) “estudar um caso é selecionar um objeto de pesquisa restrito, com o objetivo de aprofundar-lhe os aspectos característicos.”, segundo Cervo e Bervian (1996, p. 50) “é a pesquisa sobre um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade para examinar aspectos variados de sua vida.” Proporcionando uma visão mais ampla do referido assunto, assim contribuindo para um conhecimento mais abrangente e satisfatório, para a realização do estudo em uma instituição de ensino, localizada na cidade de Criciúma, para analisar a viabilidade de implantação de ensino de educação infantil. Será utilizada a pesquisa participante, pois a autora do trabalho esta envolvida nas atividades da organização pesquisada. Segundo Gil (2002, p. 55) “caracteriza-se pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas.” Quanto à abordagem do problema é classificada em qualitativa e quantitativa. Segundo Alves (2007, p. 58), neste tipo de abordagem “o pesquisador colhe informações, examina cada caso separadamente e tenta construir um quadro teórico geral (método indutivo).” E a pesquisa quantitativa conforme Oliveira (2002, p. 115) “é utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação da relação de causalidade entre os fenômenos: causa e efeito.” Tendo como base o levantamento das informações referentes ao plano de negócio, contribuindo para uma análise da viabilidade da implantação de ensino de educação infantil, contribuindo para a conclusão da pesquisa que será realizada. 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo tem por objetivo demonstrar por meio da pesquisa bibliográfica, a análise de viabilidade econômica de um investimento, diante das principais ferramentas gerencias para auxiliar na tomada de decisão. Desde modo, obtém-se um estudo mais abrangente e satisfatório na elaboração e conclusão deste. 2.1 Plano de Negócio Qualquer nova nici empreendedora necessita ser analisada antes de ser colocada em prática, assim, contribuindo para determinar sua viabilidade, por meio da elaboração de um plano de negócio, sendo este considerado por Chiavenato (2005, p. 128) como: um conjunto de dados e informações sobre o futuro empreendimento, que define suas principais características e condições para proporcionar uma análise da sua viabilidade e dos seus riscos, bem como para facilitar sua implantação. Proporciona ao investidor obter uma visão e um conhecimento mais amplo, diante da estruturação que servirá como modelo para determinar os caminhos a serem percorridos, para a implantação segura da empresa. Desta forma, Stone (2001, p. 03) enfatiza que, um plano de negócio é um resumo escrito do que você espera conseguir em seu negócio e como pretende atingir este objetivo. Ele deve conter metas e objetivos claros, com uma explicação de como você pretende administrar seus recursos, ou seja, suas instalações, equipamentos e funcionários, bem como, suas finanças, para atingir estas metas e objetivos. Sendo assim, o plano de negócio pode ser utilizado por qualquer empresa, que busca um planejamento adequado para por em prática seu investimento. Conforme destaca Dornelas (2001, p. 98), vários são os públicos-alvos de um plano de negócio. • • Mantenedores das incubadoras (Sebrae, universidades, prefeituras, governo, associações etc.): para outorgar financiamentos a estas. Parceiros: para definição de estratégias e discussão de formas de interação entre as partes. 18 • • • • • • Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro, imóveis, expansão da empresa, etc. Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimentos, BNDES, governo etc. Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matériaprima e formas de pagamentos. A empresa internamente: para comunicação da gerência com o conselho de administração e com os empregados (efetivos e em fase de contratação). Os clientes: para venda do produto e/ou serviço e publicidade da empresa. Sócios: para convencimento em participar do empreendimento e formalização da sociedade. Para Stone (2001), o plano de negócio serve para qualquer empresa, seja ela de pequena, médio ou grande porte, pois contribui para o planejamento adequado do futuro investimento. Desde modo, serve como modelo para auxiliar os empreendedores na tomada de decisão para uma análise econômico-financeira da empresa, resultandose na qualidade e no desenvolvimento da organização. Segundo Stone (2001, p. 04) possuem quatro funções críticas: • • • • ajuda a esclarecer, concentrar e verificar o desenvolvimento do negócio; proporciona uma moldura para que se ponha em prática a estratégia de desenvolvimento do negócio; o documento pode ser usado como base de discussão com terceiros que tenham um interesse potencial ou existente no negócio, como acionistas, bancos ou outros investidores; ele define metas e objetivos, com os quais o desempenho real pode ser comparado e revisado. Por meio da elaboração do plano de negócio, a empresa consegue armazenar todas as informações necessárias para analisar a viabilidade do empreendimento, estando assim, preparado para encarar os obstáculos que possam surgir, desta forma, contribuindo para o sucesso do empreendimento. De acordo com Quadro 1, Chiavenato (2005) mostra a preparação do plano de negócio: 19 perfil do cliente; características do mercado; características da concorrência; cenário econômico, social e tecnológico. Faça uma análise completa do setor em que a nova empresa irá funcionar: • • • • Faça um levantamento completo sobre as características do novo empreendimento: • características do produto/serviço a ser ofertado; • preço e condições de venda; • formatação jurídica do empreendimento; • estrutura organizacional; Elabore um plano estratégico para o novo empreendimento: • Definição da missão da visão e dos valores; • Definição do negócio; • Determinação dos objetivos estratégicos de longo prazo; • Estabelecimento da estratégia do negócio; Elabore um plano operacional para o novo empreendimento: • Previsão de vendas; • Planejamento da produção; • Previsão de despesas gerais e fluxo de caixa; • Balancete simulado. Faça um resumo executivo das informações: • Condensação e resumo de todas as informações acima relatadas. Revise cuidadosamente todo o conjunto para obter consonância: • Relação de todos os custos, preços, previsões e despesas que compõem o plano para verificar sua viabilidade e confiabilidade. Quadro 1: Passos Necessário para a Elaboração do Plano de Negócio. Fonte: Chiavenato (2005, p. 130). Conforme Quadro 1, cada seção deve ser estudada e analisada para a preparação adequada do investimento, pois permitirá coletar as informações necessárias para o planejamento adequado do negócio. Ao elaborar o plano de negócio o empreendedor tem a oportunidade de estruturar de forma objetiva às metas a serem alcançadas, obtendo confiança nas informações, desta forma, obtendo conhecimento mais amplo do investimento, e assim mantendo-se preparado para encarar qualquer situação que possa surgir e vir a prejudicar o desenvolvimento da empresa. 20 2.2 Projeto Os projetos muitas vezes surgem da necessidade de aprimorar novos recursos para o desenvolvimento da empresa. Servindo como base para a implantação e inovação de produtos e serviços, desta maneira obtendo controle custo/benefício e possuindo prazo determinado para a conclusão deste, contribuindo assim para a execução planejada do investimento. Desta maneira, Project Management Institute (apud PRADO, 2001, p. 17) define projeto sendo “um esforço único e não–repetitivo, de duração determinada, formalmente organizada e que congrega e aplica recursos visando ao cumprimento de objetivos pré-estabelecidos.” Sendo assim, o projeto possibilitará ao investidor analisar a viabilidade do empreendimento, servindo como base, para verificar o quanto que precisará para por em prática, desta forma, contribuindo para a tomada de decisão. Neste contexto, Woiler e Mathias (apud SOUZA, 2003. p. 69) enfatiza o projeto como sendo: o conjunto de informações internas e/ou externas à empresa, coletadas e processadas com o objetivo de analisar-se ( e, eventualmente, implantar-se) uma decisão de investimento. Nestas condições, o projeto não se confunde com as informações, pois ele é atendido como sendo um modelo que, incorporando informações qualitativas e quantitativas, procura simular a decisão de investir suas implicações. Desde modo, para que o empreendimento seja bem sucedido, faz-se necessário à elaboração de uma análise de investimento que guiará os gestores a tomarem suas devidas precauções, obtendo dessa maneira um conhecimento mais amplo, seguro para a obtenção dos seus objetivos, como pode ser visto a seguir. 2.3 Análise de Investimento A decisão de investir recursos, tempo e dinheiro, em algo deslumbrado na imaginação de um idealista requer muito mais do que a coragem de concretizá-lo. Para que este sonho não se transforme em um pesadelo ao investidor, uma ampla 21 reflexão da viabilidade econômica deste novo empreendimento deve ser realizada, respeitando as técnicas científicas e a realidade do mercado a ser explorado. Na visão de Chiavenato (2004, p. 74), “o sucesso de qualquer negócio – seja uma empresa industrial, comercial ou de serviços – depende de várias decisões que o empreendedor deve tomar antes de nicia-lo.” Permitindo através dessa análise, identificar quais os meios mais seguros e propícios a serem seguidos, auxiliando os investidores na tomada de decisão, Santos (2001). Para conseguir obter sucesso no empreendimento se faz necessário realizar um planejamento que servirá para auxiliar no futuro do negócio, contribuindo desta forma, para um estudo mais abrangente, proporcionando analisar os principais pontos, conforme mostra Chiavenato (2004, p. 74): • Identificar e tentar potencializar as oportunidades do mercado e todos os aspectos que poderão aumentar as chances de dar certo; • Reconhecer e procurar neutralizar as ameaças do mercado e todos os • aspectos que poderão reduzir as chances de dar certo; Descobrir como criar valor para o cliente e como gerar riqueza para a empresa. Torna-se fundamental para a empresa desenvolver um planejamento para o controle da viabilidade econômico-financeira, proporcionando uma análise de projeção futura, e verificando se o empreendimento conseguirá obter rendimentos favoráveis para se manter e ser referência no ramo em que pretende atuar. Desta forma, poderá ser analisada por meio das ferramentas gerenciais, sendo elas: Ponto de Equilíbrio, Margem de Contribuição, Taxa Interno de Retorno, Payback, e do Retorno do Investimento, auxiliando os gestores na tomada de decisão. 2.3.1 Ponto de Equilíbrio Para uma empresa ser considerada viável econômica e financeiramente é imprescindível à apuração do montante de vendas suficientes para suprir seus custos e despesas, e assim, determinar o potencial de lucratividade do seu empreendimento. A técnica utilizada nesta demanda é a apuração do Ponto de 22 Equilíbrio, que para Wernke (2001, p. 49) “representa o nível de vendas em que a empresa opera sem Lucro ou Prejuízo. Ou seja, o número de unidades vendidas no Ponto de Equilíbrio é o suficiente para a empresa pagar seus Custos Fixos e Variáveis, sem gerar lucro.” Segue o exemplo de Salim et al. (2003, p. 10), para um melhor entendimento do método do ponto de equilíbrio: uma empresa possui um total mensal de custos fixos de $80.000,00, um custo variável unitário de $9,70 e um preço de venda unitário de $20,00. O ponto de equilíbrio representa a quantidade Q vendida mensalmente tal que: Receitas de vendas = custo fixo + total custo variável, ou seja, Q x 20,00 = 80.000,00 + (Q x 9,70),Resultado: Q = 7.767 unidades vendidas mensalmente. Isto significa que, se a empresa vender mensalmente 7.767 unidades, estará em seu ponto de equilíbrio entre despesas e receitas e terá atingido o break-even point. Na visão de Brito (2006, p. 48), “o ponto de equilíbrio é um balizador respeitável do projeto. Sua representação gráfica apresenta uma situação de segurança. Dessa maneira, quanto menor o ponto de equilíbrio, melhor.” Permite ao investidor analisar as receitas necessárias para suprir os custos e despesas decorrentes ao período, obtendo nessa fase o ponto de equilíbrio. Sendo assim, para Warren, Reeve e Fess (2001, p. 98), “o ponto de equilíbrio é o nível de operações na qual as receitas e os custos de uma empresa são exatamente iguais. Em equilíbrio, uma empresa não tem lucro nem prejuízo operacional.” Por meio do ponto de equilíbrio a empresa consegue obter um controle do faturamento mínimo mensal para não ter prejuízo, contribuindo dessa forma para o controle gerencial e para a tomada de decisão, deve ser calculado da seguinte forma: Receita Total = Custos e despesas totais RT = CT + DT Quadro 2: Cálculo Ponto de Equilíbrio Fonte: Bernardi (2003, p. 243) Quanto ao ponto de equilíbrio, podem ocorrer em três situações distintas, dependendo da análise e da tomada de decisão, conforme Megliorini (2001, p. 154), • ponto de equilíbrio contábil é aquele em que a margem de contribuição se torna capaz de cobrir todos os custos e despesas fixos de um período. Não se leva em consideração o custo de oportunidade do 23 capital investido na empresa e os juros de empréstimos efetuados, bem como que nos custos e despesas fixos se inclui a depreciação que não representa desembolso. • ponto de equilíbrio econômico diferencia-se do Ponto de Equilíbrio Contábil ao considerar que, além de suportar os custos e despesas fixos, a margem de contribuição deve, também, cobrir o custo de oportunidade do capital investido na empresa. Basicamente a idéia é a seguinte: normalmente o empreendedor tem à disposição mais de uma alternativa para investimento. Dada a escassez de capital, ele decide por aquela que promete a melhor remuneração. Isso quer dizer que a alternativa escolhida é melhor que aquela rejeitada. O custo de oportunidade corresponde exatamente à remuneração da alternativa descartada. E esse é o valor mínimo que se espera do investimento realizado, do contrário não seria escolhida essa alternativa. • ponto de equilíbrio financeiro, consideram-se como custos e despesas somente os gastos que geraram desembolso no período, desconsiderando, portanto, a depreciação contida nos custos e despesas fixos. Consideram-se também, outros desembolsos que não necessariamente estão inclusos nos custos e despesas, como, por exemplo, amortização de empréstimos. Assim, a margem de contribuição deverá suportar os custos e despesas fixas sem a depreciação, porém, mais amortizações de empréstimos. A apuração do ponto de equilíbrio pressupõe a análise consolidada de todas as variáveis da apuração do lucro. No entanto, além da visão macro da organização o investidor necessita conhecer o valor que cada unidade projetada para ser vendida irá contribuir isoladamente, neste caso, deve-se apurar a margem de contribuição. 2.3.2 Margem de Contribuição Outro fator importante para a análise de investimento é à margem de contribuição, que permitirá ao investidor verificar o quanto que cada produto ou serviços estará proporcionando para suprir os custos e despesas decorrentes ao exercício. Neste sentido, Bernardi (2003, p. 243) destaca que a “margem de contribuição de um produto, mercadoria ou serviço é a diferença entre o valor das vendas, os custos variáveis e as despesas variáveis da venda.” Desta forma, Wernke (2001, p. 42) observa que “é o valor resultante da venda de uma unidade, após deduzidos os custos e despesas variáveis associados ao produto comercializado.” De acordo com Padoveze (2009, p. 366), a margem de contribuição: 24 representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade de produto. Significa que em cada unidade vendida a empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo valor vendido, teremos a contribuição marginal total do produto para a empresa. Segundo Warren, Reeve e Fess (2001, p. 96), “margem de contribuição é a relação entre o custo, volume e lucro. É o excesso da receita de vendas sobre os custos variáveis.” Para calcular a margem de contribuição deve-se utilizar a seguinte fórmula: MC = PV – (CV + DV) Quadro 3: Cálculo Margem de Contribuição Fonte: Jr, Oliveira e Costa (2005, p.195). Onde: MC = margem de contribuição; PV = preço de venda; CV = soma dos custos variáveis; DV = soma das despesas variáveis. Além da margem de contribuição, outra ferramenta importante a ser analisada pela empresa é a taxa interna de retorno do investimento. 2.3.3 Taxa Interna de Retorno Para que a empresa obtenha um planejamento seguro do seu investimento, e que possa analisar sua estimativa em percentual do capital investido, se faz necessário avaliar por meio da taxa interna de retorno. Segundo Brom e Balian (2007, p. 24) “representa a taxa média periódica de retorno de um projeto suficiente para repor, de forma integral e exata, o investimento realizado.” Sendo assim, Sousa (2007, p. 53) conceitua sendo: uma técnica muito simples de se avaliar investimento. Ela é tão simples que utiliza os lucros gerados, e não os fluxos de caixa, mas sua aplicação tem o mérito de aproximar a avaliação do retorno de um investimento 25 isoladamente com a avaliação do retorno dos investimentos já feitos pela empresa em seus orçamentos operacionais ou por empresas comparáveis. Conforme Padoveze (2000, p. 182) “permite avaliar o investimento na mesma linha de avaliação que é feita pela Análise de Balanço, através dos conceitos de Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido.” Desta forma Brito (2006, p. 50), “a taxa interna de retorno é calculada sobre um fluxo de caixa de dez anos, período de tempo considerado como vida útil da maioria dos projetos em todo o mundo.” Por meio dessa estimativa proporcionará a empresa, obter uma visão do tempo necessário para a recuperação dos seus investimentos, por meio da análise do payback. 2.3.4 Análise do Payback A análise de payback serve para as empresas analisarem o período de recuperação do investimento, que variam de empresa para empresa, desta forma obtendo análise gerencial para controle do fluxo de caixa. Conforme Brito (2006, p. 51), “o payback é o período de tempo em que ocorre o retorno do investimento. Calculado o fluxo de caixa de vida útil de dez anos, o payback apresenta-se de várias maneiras para cada tipo de empresa.” Por meio dessa análise a empresa conseguirá verificar a recuperação do investimento, obtendo controle através do fluxo de caixa projetado. Como exemplo, uma determinada empresa investirá o valor de R$ 240.000,00 na compra de máquinas de alta tecnologia, possibilitando gerar um fluxo de caixa líquido no valor R$ 60.000,00 ao ano, obtendo um resultado de 4 anos, sendo esse o tempo estimado para a empresa readquirir seu capital investido. Sendo assim, para Kassai, Santos e Neto (2000, p. 84) “é o período de recuperação de um investimento e consiste na identificação do prazo em que o montante do dispêndio de capital efetuado seja recuperado por meio dos fluxos líquidos de caixa gerados pelo investimento.” Desta forma, proporcionando um controle mais seguro e confiável para a análise do fluxo de caixa da empresa, através do retorno do investimento. 26 De acordo com, Brom e Balian (2007, p. 24) “o método de payback é utilizado para decisões de investimentos pouco importantes, pois trata-se de uma metodologia simples e rápida: aquisição de pequenas máquinas, reformas, pequenas construções etc.” Serve para auxiliar os empreendedores na tomada de decisão, contribuindo para a análise de retorno do investimento. Existem dois tipos de payback, conforme Sousa (2007, p. 57): • payback simples: esta técnica trabalha com as entradas de caixa das datas em que se espera que ocorram sem a aplicação de nenhuma taxa de desconto. Utilizam-se esses valores de futuras entradas para amortização do valor presente do investimento a ser realizado na data zero fluxo de caixa inicial. • payback descontado: a diferença desta técnica em relação à do payback simples é que as futuras entradas de caixa são apresentadas sob valores presentes para fins de amortização do Investimento inicial. Para isso, é necessário saber qual é a Taxa Mínima de Retorno Aceitável pelo investidor – TMRA – e proceder-se o desconto das futuras entradas esperadas de caixa fluxo de caixa operacional. Por meio de todas essas análises o investidor terá conhecimento abrangente e depositará total confiança, pois estará contribuindo para o desenvolvimento econômico e financeiro do futuro empreendimento, auxiliando na tomada de decisão. Outro fator importante a ser estudado é o retorno de investimento que proporcionará obter uma visão maior do negócio. 2.3.5 Retorno de Investimento O papel principal das empresas é almejar resultados positivos para o alcance dos seus ideais, fortalecendo deste modo o preparo e a obtenção do capital desejado por meio do planejamento adequado, assim contribuindo para o retorno desejado do investimento. Sendo assim Bernardi (2003, p. 272), afirma que o objetivo da empresa é uma continuidade saudável ao longo do tempo e o aumento de seu valor intrínseco. Esses objetivos são possíveis por aumento do patrimônio e pela expectativa de retornos futuros, propiciada por investimentos em tecnologias, processos, recursos humanos, treinamentos, conceito comercial, produtos, marcas, tradição e imagem. Para obter um maior entendimento do retorno de investimento é necessário avaliar em conjunto o lucro e o investimento, assim proporcionando um 27 conhecimento para análise de rentabilidade da empresa. Conforme Kassai et al. (2000, p. 173) enfatiza que a “análise da taxa de retorno de investimento, por sua vez, é estabelecida pela razão que compara as seguintes grandezas.” Como pode ser demonstrado no Quadro 4: ___________LUCRO___________ CAPITAL INVESTIDO Quadro 4: Análise de Retorno do Investimento Fonte: Kassai et al. (2000, p. 173). Por meio dessa análise o investidor terá uma visão da rentabilidade financeira que a empresa proporcionará futuramente. Contribuindo dessa maneira para o desenvolvimento econômico-financeiro do negócio. Para que a empresa tenha uma projeção futura estável se faz necessário avaliar os aspectos econômicos, assim contribuindo para uma análise mais detalhada do futuro investimento. 2.4 Aspectos Econômicos Possibilita ao investidor obter uma análise dos resultados econômicos da empresa, contribuindo para um estudo mais detalhado do ramo em que pretende atuar. Desta forma aborda-se a análise de mercado, e os riscos, tornando-se pontos essenciais para o planejamento adequado do negócio. 2.4.1 Análise de Mercado Para os empreendedores obterem um bom resultado em seu plano de negócio é necessário fazer uma análise de mercado visando verificar se o ramo escolhido gerará demanda dos produtos ou serviços oferecidos e se proporcionará 28 rendimentos favoráveis ao empreendimento. Segundo Chiavenato (2004, p. 68), “mercado é o local em que as pessoas vendem e compram bens ou serviços.” Um dos fatores essenciais para o plano de negócio é a visão de mercado, que permitirá ao investidor obter um estudo detalhado para o conhecimento das vendas e preços de produtos que serão oferecidos aos clientes, contribuindo para a projeção futura do empreendimento (BERNARDI, 2006). Neste sentido, para que o empreendimento de certo e tenha uma boa aceitação, é necessário que os investidores, procurem analisar o foco da população consumidora, para divulgar o seu produto ou serviço, assim contribuindo para a evolução financeira do negócio. Pois, se o investidor não estudar o ambiente que pretende abrir sua empresa, conseqüentemente terá problemas futuros, pois não terá clientes suficientes para usufruir os seus produtos e serviços, assim comprometendo o crescimento do seu estabelecimento. Segundo Chiavenato (2004, p. 68), “o mercado representa um conjunto de transações em que há, de um lado, a oferta – pessoas ou empresas que desejam vender bens ou serviços – e, de outro, a procura – pessoas ou empresas que desejam comprar bens ou serviços.” A situação de oferta acontece quando os ofertantes disponibilizam serviços ou produtos em quantidades maiores do que a procura pelos consumidores. E a procura é o inverso da oferta, quando os consumidores/compradores querem adquirir mais do que existe na disponibilidade da empresa, como pode ser percebido no Quadro 5. Situação de Oferta Situação de Procura A oferta é maior do que a procura A procura é maior do que a oferta Mais ofertantes do que compradores Mais compradores do que ofertantes Produtos/serviços em disponibilidade Produtos/serviços em falta Concorrência entre ofertantes Concorrência entre compradores Tendência à queda de preços Tendência à elevação de preços Quadro 5: A Situação de Oferta e de Procura do Mercado Fonte: Chiavenato (2004). A análise de mercado é um fator de suma importância para a empresa, pois possibilita obter uma visão geral do ramo de negócio, proporcionando um 29 estudo detalhado do comportamento dos consumidores ou clientes, contribuindo para o crescimento econômico e financeiro do empreendimento. 2.4.2 Riscos Dar início a um empreendimento requer conhecimento para analisar os riscos que poderão surgir no decorrer do investimento. Desta forma, Keelling (2002, p. 53) destaca que: antes de se envolverem em um projeto, proprietários, patrocinadores e potenciais financiadores desejarão: certificar-se da viabilidade do projeto; avaliar a possibilidade de ameaça ao resultado desejado; e considerar as conseqüências de risco potencial ao projeto e certifica-se de sua administrabilidade. Faz-se necessário que o empreendedor esteja preparado para encarar qualquer problema ou até mesmo situações que possam comprometer o andamento do negócio, por meio das decisões que precisará tomar, contribuindo para amenizar os riscos que muitas vezes comprometem o investimento. As decisões podem ser tomadas em três momentos, conforme Chiavenato (2004). • Incerteza: quando o investidor não tem praticamente nenhum conhecimento do assunto e não sabe se ocorrerá. • Risco: ocorre quando o investidor possui conhecimento e informações necessárias para analisar os fatos. • Certeza: nessa etapa o investidor tem conhecimento abrangente do assunto, e poderá colocar em prática os conhecimentos para tomar a decisão correta para solucionar os problemas. Um dos fatores de preocupação para a empresa sem dúvida são os riscos que possibilitarão em perdas e que poderão prejudicar o investimento, proporcionando até mesmo a falência se não diagnosticados a tempo. É importante que o investidor fique atento para proteger o seu patrimônio e que tomem as devidas precauções para salvar o empreendimento. Sendo assim, antes de abrir qualquer empreendimento se faz necessário, conforme Kelling (2002, p. 53): 30 • certificar-se da viabilidade do projeto; • avaliar a possibilidade de ameaça ao resultado desejado; e • considerar as conseqüências de risco potencial ao projeto e certifica-se de sua administrabilidade. Existem dois tipos de riscos: o financeiro e o econômico. Segundo Chiavenato (2004, p. 81), “o risco financeiro aquele que ocorre quando não se obtém a remuneração do investimento.” De acordo com Chiavenato, (2004, p. 81), risco econômicos: é a incerteza ou a variabilidade relativa dos resultados da empresa que depende do ramo de atividade, do tipo de operação, do tipo de serviço ou produto (seja ele um bem de consumo ou de produção, durável ou perecível) e das características da demanda do mercado (venda sazonal, cíclica ou variável). É necessário que a empresa obtenha uma visão não só dos riscos que poderá ocorrer na implantação do investimento, mas também procurar analisar suas potencialidades, conforme mostra o Quadro 6. RISCOS POTENCIALIDADES Ameaças relacionadas com a concorrência Oportunidades do mercado Desvantagens em relação aos concorrentes Vantagens quanto aos concorrentes Dificuldades de fornecimento e abastecimento Facilidades de fornecimento Retração do mercado consumidor Expansão do mercado consumidor Perfil inadequado do produto/serviço. Perfil excelente do produto/serviço. Quadro 6: Os Riscos e Potencialidades de um Negócio Fonte: Chiavenato (2004, p. 81). Desta forma, estará contribuindo para a projeção futura da empresa, proporcionando uma visão mais ampla para o planejamento adequado do investimento. 2.5 Investimento Inicial Um dos pontos mais importantes a serem analisados na implantação da empresa são os valores necessários para por em prática o investimento. Conforme 31 Sousa (2007, p. 25) ”chama-se de investimento inicial por ser o valor que precisa ser desembolsado para viabilizar o início de funcionamento.” De acordo com Chiavenato (2005, p. 79) “é com o capital inicial que a empresa tem condições de reunir os recursos empresariais necessários ao seu funcionamento, sejam eles recursos humanos, materiais ou financeiros.” Quanto ao investimento pode ser encontrado na fase de ampliação ou modernização, onde o investidor busca melhorias para realizar novos projetos para alcançar resultados positivos para a empresa. No entanto à ampliação segundo Sousa (2007) está direcionada a ampliação da empresa com intuito de aumentar a produção existente. Já a modernização conforme Sousa (2007) esta direcionada a mudança dos procedimentos ou produtos já utilizados pela empresa por outros mais eficientes, buscando novas tecnologias, dessa forma contribuindo para o crescimento da empresa. O investimento inicial pode ser representado da seguinte forma: Determinação do Investimento Inicial Valor dos ativos a serem adquiridos ou construídos + Valor para instalação dos ativos a serem adquiridos ± Valor apurado com a venda dos ativos que serão substituídos ± Impacto tributário pela venda dos ativos a serem substituídos ± Variação do capital de giro líquido decorrente dos novos investimentos em estudo = Investimento Inicial. Quadro 7: Determinação do Investimento Inicial Fonte: Sousa (2007) O Quadro 7 apresenta o valor dos ativos a serem adquiridos ou construídos, conforme Sousa (2007) é o valor que será utilizado para aquisição ou construção dos ativos da empresa. São exemplos de ativos a serem adquiridos segundo Sousa (2007, p. 26), “imóveis, máquinas, equipamentos, veículos, móveis e utensílios em geral.” Fazem parte também do investimento inicial conforme Sousa (2007, p. 27), 32 • Materiais de escritório (caneta, papel, grampeadores, cestos de papel etc.); • Materiais de decoração (vasos, plantas, obras-de-arte sem valor de revenda); • Tapetes e cortinas; • Talheres, copos e pratos; • Colchas, lençóis e toalhas em geral; • Material de higiene e limpeza. Os investimentos iniciais são elementos necessários a serem utilizados na abertura da empresa. Contribuindo de certa forma para aprimorar o ambiente de trabalho. De acordo com Chiavenato (1995, p. 29), “a fixação do capital depende do ramo de negócio em que a empresa vai se engajar, isto é, do produto que vai produzir ou do serviço que vai prestar e do mercado que vai atender.” Quanto ao valor para instalação dos ativos a serem adquiridos, pode-se citar, como exemplo: em uma câmara frigorífica que um hotel pretenda instalar, por exemplo, o motor e os equipamentos auxiliares não serão suficientes; o hotel precisará construir o local físico e adequar as instalações elétricas e o valor de tais modificações não será desprezível. (SOUSA 2007, p. 27). Faz-se necessário analisar todos os pontos, desde a compra de equipamentos à sua instalação, pois se o investidor não estiver preparado para esse desembolso prejudicará o caixa e terá que buscar meios para suprir os gastos que não estavam planejados. O valor apurado pela venda dos ativos a serem substituídos, pode ser demonstrado como exemplo: o sistema de ar condicionado do seu hotel não estar mais correspondendo às expectativas de conforto que você pretende oferecer aos hóspedes; a alternativa poderá ser, por exemplo, a aquisição de um sistema central, mais silencioso e com temperatura controlável em cada apartamento e nas demais dependências. Naturalmente, muitos dos aparelhos atualmente instalados, mesmo barulhentos e desconfortáveis, podem interessar a hotéis menores, a pousadas e até a particulares dispostos a pagar algum valor para possuí-los. (SOUSA 2007, p. 28). Serve para empresa amenizar os custos com a substituição de novos bens, em troca vende-lós, contribuindo de certa forma com o orçamento da empresa, assim obtendo controle maior das entradas e saídas de caixa. Desta forma o impacto pela venda de ativos substituídos, conforme Sousa (2007, p. 28) “os itens adquiridos e contabilizados como ativos imobilizados serão transformados em despesas à medida que forem sendo utilizados e consumidos pelo uso, de acordo com padrões estabelecidos pela legislação tributária.” 33 Ao adquirir um bem, a empresa precisa seguir corretamente às normas estabelecidas para a depreciação conforme o período estimado de vida de cada imobilizado, até se chegar ao valor zero. Quanto à variação de capital de giro líquido decorrente dos novos investimentos em estudo, segundo Sousa (2007, p. 31) “o capital de giro é um recurso de curto prazo que as instituições utilizam para movimentar suas operações. São recursos mantidos em caixa e em aplicações financeiras, etc, com vencimento em até 360 dias.” São alternativas utilizadas pelas empresas, para estarem se mantendo num período de um ano, assim de certa forma estando preparado para encarar os fatos que possam comprometer o andamento dos negócios. A seguir serão abordadas as classificações dos custos e suas utilidades para controle gerencial da empresa. 2.5.1 Custos Proporciona a empresa verificar e analisar os custos decorrentes a fabricação dos produtos ou serviços prestados, contribuindo para uma análise gerencial, desta forma servindo como base para a apuração correta de sua lucratividade e para a tomada de decisão. Quanto aos custos podem ser classificados em direto e indireto, fixo e variável. Sendo os custos diretos de acordo com Wernke (2005, p. 7) “são os gastos fácil ou diretamente atribuíveis a cada produto fabricado no período. São aqueles custos que podem se identificados com facilidade como apropriáveis a este ou àquele item produzido.” Exemplo a ser citado é a quantidade de embalagem para ser utilizado no produto final. Quanto aos custos indiretos pode ser citado por Ferreira (2007, p. 24) sendo “aqueles apropriados aos produtos fabricados mediante rateios ou estimativas, por não poderem ser identificados de forma precisa na composição dos custos dos produtos.” São os que não tem como saber o seu consumo exato. 34 Quanto aos fixos e variáveis, Conforme Megliorini (2002), os custos fixos são aqueles que não sofrem alteração independentemente da realização ou não da fabricação ou produção na empresa, exemplo aluguéis, manutenção, etc. De acordo com Chiavenato (2004, p. 76), custos fixos são aqueles que independem do volume de produção ou do nível de atividade da empresa, por isso são planos e constantes. Qualquer que seja a quantidade de produtos produzidos ou vendidos, os custos fixos permanecem inalterados. Na visão de Bruni, (2004, p. 32), os fixos “são os custos que, em determinado período de tempo e em certa capacidade instalada, não variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa. Existem mesmo que não haja produção.” São considerados custos variáveis, de acordo com Megliorini (2001, p. 12), aqueles que aumentam ou diminuem, oscilando ao sabor do nível de produção. São exemplos deste comportamento o custo da matéria-prima (quanto mais se produz, maior a sua necessidade, portanto, maior o custo) e o custo da energia elétrica (quanto mais se produz, maior o uso de máquinas e equipamentos elétricos, consequentemente, maior o consumo e o custo). Conforme Chiavenato (2004) sendo os custos variáveis referente à mão de obra direta do pessoal, que trabalham diretamente na realização dos produtos, como por exemplo, os salários e encargos sociais. Para Bruni (2004, p. 32), o custo variável acontece quando, o seu valor total altera-se diretamente em função das atividades da empresa. Quanto maior a produção, maiores serão os custos variáveis. Exemplos óbvios de custos variáveis podem ser expressos por meio dos gastos com matérias-primas e embalagens. Quanto maior a produção, maior o consumo de ambos. Outros fatores importantes a ser analisado pelas empresas são as despesas que surgirão no decorrer do investimento, que podem receber o mesmo tratamento dos custos, conforme mostra Bruni (2004, p. 33): • despesas fixas: não variam em função do volume de vendas. Exemplos: aluguel e seguro das lojas; • despesas variáveis: variam de acordo com as vendas. Exemplo: comissões de vendedores, gastos com fretes. Compreendidas as classificações dos custos, faz-se necessário apresentar o preço de venda dos produtos e serviços que serão ofertados aos consumidores. 35 2.5.2 Formação do Preço de Venda Um dos aspectos financeiros importantes para a empresa é a formação do preço de venda, que permitirá definir qual o valor a ser cobrado dos produtos e serviços que serão ofertados aos clientes, desde modo permitindo cobrir os custos decorrentes a implantação por meio do retorno do investimento. Sendo assim, Passarelli e Bomfim (2006, p. 432) consideram “que o objetivo fundamental da determinação do preço de venda é maximizar a sua lucratividade que, como se sabe, representa o excedente da renda gerada por uma venda sobre os custos de produção ou obtenção do bem vendido.” Desde modo, a formação do preço pode ser constituída a partir da análise dos custos, dos consumidores e da concorrência, (BRUNI, 2006). Neste sentido Passarelli e Bomfim, (2006, p. 431) sustentam que “a formação ou simples reajuste dos preços de venda são sempre orientados por três fatores básicos: os custos do bem apreçado, a concorrência que o mercado oferece a esse bem e o nível do lucro pretendido pela empresa.” Por meio dessa análise a empresa terá um conhecimento mais amplo do mercado, permitindo realizar um planejamento adequado para a realização do preço, e assim obtendo um retorno satisfatório diante da concorrência. Pois qualquer decisão precipitada poderá ocasionar prejuízo e levar o empreendimento à falência. Sendo assim necessário avaliar as projeções financeiras, para obter um controle seguro do investimento. 2.6 Projeções Financeiras Para analisar a viabilidade do empreendimento se faz necessário utilizar como meio de informação o fluxo de caixa, permitindo por meio desta, a verificação da projeção de resultado do empreendimento. Por meio do fluxo de caixa, a empresa consegue obter um controle futuro e uma análise completa do investimento, proporcionando segurança e eficácia para tomada de decisão. 36 2.6.1 Fluxo de Caixa Para a empresa, o fluxo de caixa possibilita controlar os recebimentos e os pagamentos de caixa, desse modo, podendo obter maior segurança nos usos desses recursos, assim proporcionando analisar possíveis riscos que venham a prejudicar o desenvolvimento da organização. Desse modo, Bernardi (2006, p. 161), o fluxo financeiro é um fluxo de caixa desenvolvido pelo método indireto, ou seja, por diferença de saldos das contas patrimoniais (fontes e usos). Seu uso é relativamente simples e útil, pois, além de demonstrar com mais clareza as origens e os usos de caixa, em conjunto com o balanço patrimonial, dá uma dimensão importante de outros fatores, tais como investimento médio e evolução patrimonial, o que será importante para as análises de risco e viabilidade. O fluxo de caixa para a empresa se torna essencial, pois auxilia o controle da conta caixa, possibilitando uma análise de projeção futura para realização de novos investimentos, contribuindo para o crescimento financeiro da organização. Quanto o fluxo de caixa pode ser classificado, conforme Padoveze (2009, p. 79), em: • fluxo de caixa diário: elemento vital para o setor financeiro e de sua responsabilidade. A sua necessidade de informação é imediata, e não pode, de forma alguma, esperar tratamento contábil de mais de algumas horas ou de um dia. • fluxo de caixa mensal: esse fluxo é tão necessário quanto o fluxo de caixa diário. Enquanto a movimentação dos recursos financeiros dia a dia é de importância operacional para realizar os pagamentos e recebimentos imediatos, o fluxo de caixa mensal possibilita visão de conjunto e de relevância, que o fluxo de caixa diário dificilmente oferece. • fluxo de caixa versus origens e aplicações de recursos: concordamos que o fluxo de caixa é mais fácil de ser assimilado pelos usuários não muito afeitos à técnica contábil, enquanto a demonstração das origens e aplicações de recursos tem uma apresentação mais próxima para os administradores com maior grau de conhecimento da ciência contábil. Sendo assim, um instrumento que permite aos gestores obter uma análise mais detalhada e completa das movimentações financeiras de um determinado período. Desta forma, o fluxo de caixa possibilita obter uma visão completa e segura da situação que se encontra a empresa, contribuindo para a gestão, assim obtendo total confiança nas informações, tornando-se ferramenta indispensável para o controle diário ou mensal da empresa. 37 Na seqüência, será apresentado o estudo de viabilidade, que possibilitará ao investidor analisar o empreendimento para a tomada de decisão. 2.7 Estudo de Viabilidade O estudo facilitará obter conhecimentos mais abrangentes e satisfatórios para conseguir os objetivos previstos, com intuito de almejar resultados positivos para o crescimento econômico e financeiro da empresa. Auxiliando nas tomadas de decisões para solucionar possíveis falhas que possam surgir e comprometer o andamento dos negócios. Desta forma, Keelling (2002, p. 46) aponta que “o estudo investigará a exeqüibilidade, modos de alcançar objetivos, opções de estratégias e metodologia e preverá os prováveis resultados, riscos e conseqüências de cada curso de ação.” Sendo assim, Prado (2001, p. 70) conceitua que “esse estudo procura encontrar a melhor opção que atende às necessidades da organização.” Deste modo, contribuindo para uma análise mais detalhada por meio dos relatórios contábeis, onde podem ser demonstrados por indicadores, auxiliando para a tomada de decisão. Para Kassai et al. (2000, p. 173), “essa análise é efetuada a partir de uma leitura pura e simples das demonstrações contábeis, complementada com análises com base em percentuais, como análise horizontal, análise vertical e análise ponderada, e por meio de índices de liquidez, estrutura, atividade e rentabilidade.” Estabelece-se, assim que o estudo de viabilidade é um ponto importante a ser analisado, pois auxilia o empreendedor, contribuindo para um estudo mais detalhado, de certa forma ocasionando a prevenção de possíveis falhas, favorecendo assim na tomada de decisão, e proporcionando uma visão mais ampla do investimento. 38 2.8 Entidade Filantrópica Consideram-se filantrópicas as entidades que prestam serviço em prol da sociedade, sem qualquer remuneração, oriundas de associações ou fundações, com o propósito de oferecer assistência social aos mais necessitados, conforme (BIASIOLI, 2010). Segundo Brasil (apud Machado 2009, p. 65), desde modo para conseguir o registro de filantropia se faz necessário comprovar diante aos órgãos públicos tais exigências sendo elas • aplicar suas rendas , seus recursos e eventual resultado operacional integralmente ao território nacional e na manutenção e no desenvolvimento de seus objetivos institucionais; • não distribuir resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcela de seu patrimônio, sob nenhuma forma ou pretexto; • não perceberem seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores, benfeitores ou equivalentes, remuneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas pelos respectivos atos constitutivos. Diante da comprovação desses fatores, a instituição receberá o certificado de filantropia por meio da Declaração de Utilidade Pública, e o de Entidade Beneficente de Assistência Social, fornecidos pelo CNAS (Conselho Nacional Assistência Social), onde estará apta para desempenhar suas funções, por meio de auxílio e benefícios sociais por uma sociedade mais justa. Para estar usufruindo desses benefícios às entidades beneficentes do ramo de instituições de ensino, são obrigadas a conceder 20% da sua receita anual em gratuidade, conforme art. 13 da Lei nº 9.870/99. Obtendo também por meio desse benefício filantrópico à isenção da seguridade social, por prestação de serviços assistenciais sem fins lucrativos conforme rege Art. 55, da Lei Orgânica da Seguridade Social, segundo Machado (2009, p. 58), “promova, gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistência social beneficente a pessoas carentes, em especial as crianças, adolescentes, idosos e portadores de deficiência.” 39 3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Neste capítulo apresenta-se o estudo de caso aplicado em uma instituição de ensino filantrópica, localizada em Criciúma, com ênfase na viabilidade econômica da implantação do ensino de educação infantil. Inicialmente aborda-se a caracterização e as principais diretrizes de seu planejamento estratégico. Em seguida, apresenta-se o setor educacional do município de Criciúma, os serviços ofertados, os custos e despesas necessárias, a formação do preço das mensalidades a serem ofertadas, bem como os investimentos e a projeção financeira do fluxo de caixa do período de 2011 a 2020. 3.1 Caracterização da Empresa A SATC inicia sua história em 02 de Maio de 1959, onde instalou-se em Criciúma, a Sociedade de Assistência aos Trabalhadores de Carvão (SATC). A entidade propôs oferecer, além da assistência médico-farmacêutico, o ensino técnico aos trabalhadores e seus dependentes da região carbonífera de Santa Catarina. Onde eram mantidos com contribuição da prefeitura de Criciúma e dos mineradores, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). No ano de 1961, foi criada a Escola Industrial, dando prioridade à educação profissional masculina, em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Essa conquista possibilitou que centenas de filhos de mineiros de Criciúma e Região tivessem acesso à educação de qualidade e em valores acessíveis. Com a crise do setor carbonífero em 1989, devido às decisões tomadas pelo Governo Federal quase imobilizaram a Indústria Carbonífera e deste modo afetando diretamente a SATC, que teve grande parte dos seus cursos cancelados. Preocupadas com a Função Social, as empresas carboníferas reativaram a escola em 1990, que começaram a cobrar mensalidades para os cursos e somando com as Contribuições das Mineradoras, foi possível manter a escola num bom nível de ensino, até os dias atuais. 40 O processo organizacional da SATC é divido em cinco níveis: Mantenedora SATC, Direção Executiva, Direção das Relações Corporativas, SATCEDU e SATCTEC, como pode ser demonstrado a seguir pela Figura 01. Figura 1: Organograma da Empresa Fonte: Elaborada pela SATC em 2009. Desde 2000 passou a ser um Centro de Educação e Tecnologia, composta por seis áreas principais: 1) Centro Educacional, que abrange Ensino 41 Fundamental ao Ensino Médio, 2) Escola Técnica, formação de nível técnico 3) Faculdade, além da graduação oferecem pós-graduação e Mestrado 4) Centro de Capacitação Empresarial e Assistência Comunitária, 5) Centro de Serviços Empresariais, e 6) Centro Satc de Meio Ambiente, voltado à Preservação Ambiental da Região Carbonífera de Santa Catarina. O nome fantasia que a Associação adota é (SATC), sua Razão Social é Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (na época, com o nome de Sociedade de Assistência aos Trabalhadores do Carvão – SATC), com sede na Rua Pascoal Meller, n° 73, em Criciúma, no Estado de Santa Catarina. Ocupa uma área total de 550 mil m², com 33 mil m² de área construída. A SATC é uma Entidade sem Fins Lucrativos e tem por finalidade prestar Assistência Técnica-Educacional à comunidade em geral, promovendo a integração no mercado de trabalho, onde é mantida com recursos da Contribuição das Empresas Carboníferas Catarinenses, com 1% sobre o faturamento. A figura 2 ilustra a infraestrutura da Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina - SATC. Figura 2: SATC Fonte: Imagem do banco de dados – SATC Em 2010, a Instituição completou 50 anos de história, devido ao seu esforço e dedicação a sociedade, onde conta com mais de seis mil alunos, matriculados em todos os níveis de ensino. Proporciona também aos colaboradores e alunos um Centro de Unidade de Idiomas (UDISATC), que abrange o ensino da Língua Inglesa, Italiana e Espanhola a baixo custo, complementando a qualificação 42 e sendo um diferencial para a empregabilidade. Além disso, oferece Atendimento Odontológico, de Assistência Social e Psicológico para todos os alunos e funcionários, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento social. 3.1.1 Planejamento Estratégico da Instituição Um dos fatores essenciais para o desenvolvimento da SATC foi à utilização do planejamento estratégico, que definiu as metas a serem alcançadas para que os objetivos trouxessem o retorno esperado. A SATC tem como missão “oportunizar a mobilidade social por meio da educação e da tecnologia, contribuindo para a formação de cidadãos e do desenvolvimento sustentável do país.” A Instituição procura desenvolver o melhor ensino da região, através de inovações tecnológicas e aperfeiçoamentos de seus professores, visando à formação integral dos seus alunos e direcionando-os para o mercado de trabalho. Sua visão estratégica, definida no momento de sua elaboração em 2000, previa-se como objetivo tornar-se referência em educação e tecnologia com responsabilidade social até 2010. Dentre as diversas ações que validam a SATC como uma instituição referência, destaca-se a implantação do CTCL, Centro Tecnológico de Carvão Limpo, que consiste em se tornar o centro de inteligência de pesquisa e desenvolvimento do setor carbonífero nacional. Tendo como objetivo dar mais suporte tecnológico às carboníferas, através da captura e seqüestro de gases causadores do chamado efeito estufa. 3.2 Estudo de Viabilidade Econômica da Unidade de Educação Infantil Para a realização do estudo de viabilidade, foram necessários avaliar o setor educacional da região, por meio do perfil de cliente, característica de mercado e a concorrência. Na seqüência analisou-se as características dos serviços que a instituição oferecerá aos seus clientes, e por fim o plano operacional, que englobará 43 a previsão dos gastos e dos custos com a implantação, a formação do preço das mensalidades, o investimento inicial e a projeção do fluxo de caixa. 3.2.1 Análise Setorial Por meio dessa análise identificou-se o perfil do cliente, a característica de mercado em que a Instituição atua, a sua concorrência, obtendo assim as informações necessárias para verificar a viabilidade de implantação do investimento. 3.2.2 Perfil do Cliente O foco de atuação estará direcionado aos pais de crianças com idade entre 2 a 5 anos, definidos como classe de renda A,B e C, que procuram por escola de qualidade, confiáveis e com ambiente agradável para receber seus filhos. As classes sociais consideradas como público alvo da educação infantil na SATC são demonstradas na tabela abaixo. Class es Renda Domiciliar de até AeB 4.80 7,00 a cima C 1.11 5,00 4.80 6,00 D 768,00 1.11 4,00 E abaixo 76 8,00 Tabela 1: Divisão Classes Sociais no Brasil Fonte: Fundação Getúlio Vargas A classe E será considerada como o público que receberá bolsa “gratuidade”, devido a SATC ser uma Instituição filantrópica, conforme art. 13 da Lei nº 9.870/99 obrigando-se a conceder anualmente 20% de sua receita em bolsas educacionais para pessoas consideradas carentes. Sendo que para receber essa gratuidade deve-se atentar-se aos procedimentos legais previsto no artigo 14 da Lei nº 12.101/09, §1º que “a bolsa de estudo integral será concedida a aluno cuja renda 44 familiar mensal per capita não exceda o valor de 1 ½ (um e meio) salário-mínimo”. O salário mínimo nacional é de R$ 510,00, conseqüentemente, 1,5 salários remete-se a R$ 765,00. Este valor é, aproximadamente, o limite máximo da Classe E, conforme entendimento da Fundação Getúlio Vargas. 3.2.3 Características do Mercado Quanto à característica de mercado, faz-se necessário atentar-se para os três aspectos relevantes, quanto a: • Demanda: considerada crescente, em função do aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, as mesmas necessitam colocar seus filhos em escolas desde seu primeiro ano de vida. • Alta Responsabilidade: devido o atendimento para crianças nas idades iniciais, onde demandam cuidados especiais e integrais, por parte dos profissionais da educação infantil. • Concorrência: há concorrência com escolas particulares e públicas, bem como empresas que ofertam estes serviços aos seus funcionários. Percebe-se o quanto esses fatores são necessários para o desenvolvimento da SATC, permitindo através desta análise definir as estratégias e ações a serem desenvolvidas, visando à diferenciação diante de suas concorrentes. 3.2.4 Concorrência Quanto à concorrência, realizou-se pesquisa para identificar a quantidade de escolas privadas existentes no raio de 5 km, nas proximidades da Instituição objeto de estudo. As informações coletadas são demonstradas no Quadro 8. 45 Nº Estabelecimento 1 2 3 4 Monteiro Lobato Balão Mágico Bem Me Quer Ciranda Cirandinha Bairro Município Km Santa Bárbara Centro Pinheirinho Centro Criciúma Criciúma Criciúma Criciúma 4,0 4,5 1,4 4,8 Pinheirinho Criciúma 2,1 Centro Criciúma 4,8 Criciúma 4,4 5 Raios do Sol 6 Construindo Saber 7 São Bentinho Santa Bárbara 8 Semear em Cristo Santa Bárbara Criciúma 4,5 9 Anjo da Guarda Centro Criciúma 5,0 10 Cantinho Feliz Centro Criciúma 4,7 Quadro 8: Análise da Concorrência Fonte: Elaborado pelo Autor Pode-se observar que somente as escolas Bem-Me-Quer e Raios de Sol estão próximas a SATC, as demais encontram-se à mais de 4 km de distância. Sendo que a população da região do grande Pinheirinho, conforme informação da Prefeitura Municipal de Criciúma é de 20.000 mil habitantes, aproximadamente. Sendo que esta região possui apenas duas escolas infantis privadas. Quanto à população abrangida na área de atuação pretendida e ao baixo número de concorrentes, apresenta-se como viável a implantação de uma escola de educação infantil. A decisão final de viabilidade ou não de um determinado empreendimento deve-se atentar a vários fatores, no caso acima, apresentou-se favorável, no entanto, resta saber se há condições financeiras que o torne atrativo, conforme será descrito a seguir na análise das variáveis econômicas. 3.3 Característica do Serviço Ofertado Serão oferecidos serviços educacionais para crianças de 2 a 5 anos de idade, com ambiente altamente qualificado, para acolher os alunos, possuindo salas amplas, bem arejadas, espaço físico excelente para a recreação das crianças, buscando assim um atendimento diferenciado. Contará ainda, com o acompanhamento de profissionais qualificados na área educacional para conciliar a didática com as atividades lúdicas, para o bem estar e desenvolvimento integral da 46 criança. Para alcançar os níveis de qualidade esperados, serão disponibilizados aos alunos os seguintes diferenciais: a) Professores: A SATC busca profissionais com formação na área pedagógica, para melhor servir os alunos na capacitação e no desenvolvimento, acompanhados de auxiliares para melhor atender as crianças. b) Alimentação: Oferecerá alimentação variada, com cardápios elaborados semanalmente por uma nutricionista, incluindo cinco refeições diárias, contribuindo dessa forma para o bem estar e desenvolvimento da criança. c) Profissionais de Apoio: Além dos professores, a Instituição oferecerá apoio profissional de nutricionistas, psicólogas, dentistas e assistente social. d) Atividades recreativas e culturais: Serão oferecidas aulas de informática, artes, educação física, canto, ginástica, entre outras atividades desenvolvidas para interagir os alunos com o ambiente da instituição. Diante disto, espera-se satisfazer os anseios dos pais que escolherão a escola infantil da SATC para iniciarem a formação educacional de seus filhos. 3.4 Plano Operacional A elaboração do plano operacional demandou a realização da projeção das despesas necessárias para o desenvolvimento das atividades e a formação dos custos, bem como a apuração do cálculo do preço da mensalidade e a verificação da necessidade de investimento inicial. E por fim a confecção do fluxo de caixa previsto para os 10 primeiros anos do empreendimento. 47 3.4.1 Previsão de Gastos Para verificar a viabilidade na implantação da educação infantil na SATC analisaram-se vários aspectos econômicos e financeiros, tais como: reformas e adaptações no prédio, consumo de energia e água, os salários dos professores e auxiliares de sala, cozinheira, nutricionista, gastos com alimentação, material didático, e também as despesas relacionadas com propagandas e divulgações do novo serviço a ser ofertado. a) Gastos com Pessoal O empreendimento demandará a contratação de 1 auxiliar de cozinha, 4 professores e 1 nutricionista para preparação dos cardápios das refeições diárias dos alunos, conforme demonstra a Tabela 2: Cargo Auxiliar de Cozinha Auxiliar de Classe Nutricionista Total Geral Qtd 1 4 1 Salário 510,00 750,00 900,00 Total 510,00 3.000,00 900,00 6 2.160,00 4.410,00 Tabela 2: Salários dos Funcionários Além dos custos com salários, foram projetados ainda, os gastos com pagamento de 13ª salário, férias com mais 1/3 constitucional, bem como a contribuição de 8% a título de FGTS. Quanto à contribuição previdenciária, em virtude de seu caráter filantrópico não houve a incidência de tal tributo. Custos Fixos Salário 13º Salário Férias FGTS Total Mensal 4.410,00 367,50 122,50 392,00 5.292,00 Tabela 3: Custos com Funcionários Anual 52.920,00 4.410,00 1.470,00 4.704,00 63.504,00 48 O custo total apurado na folha de pagamento dos colaboradores foi de R$ 63.504,00, para o primeiro exercício de funcionamento do empreendimento. Para os demais foi projetado um aumento médio de 5% ao ano referente ao reajuste salarial da categoria profissional. b) Gastos Administrativos Segundo informações do setor contábil, para a realização da análise de viabilidade econômica em projetos semelhantes, são considerados os percentuais de 5%, referentes às despesas administrativas gerais da instituição. Para fins de apuração do fluxo de caixa projetado e da formação do preço de venda foram considerados esses índices para determinar o valor dessa rubrica. Como exemplo de despesas administrativas pode-se destacar os dispêndios de materiais de expediente, impressão, telefone, dentre outros. 3.4.2 Formação dos Custos Diretos Quanto ao empreendimento a SATC terá um custo direto referente à mãode-obra, alimentação e material didático, como pode ser demonstrado na tabela abaixo: a) Mão-de-obra: A SATC investirá na contratação de 06 funcionários para estarem desempenhando suas respectivas funções, conforme estabelecidas na Tabela 4, onde terá um custo total ao mês de R$ 5.292,00, obtendo-se um custo unitário de R$ 132,30, correspondente a 40 crianças. b) Alimentação: Serão oferecidas cinco refeições diárias, compostas de desjejum, café da manhã, almoço, café da tarde e janta. Obtendo um custo total ao mês R$ 2.600,00, chegando-se por fim a um custo unitário de R$ 65,00 para as 40 crianças. 49 c) Material Didático: conforme informações coletadas nas coordenações pedagógica e financeira da SATC foram estimadas as despesas mensais, no valor de R$ 1.300,00, para atender 40 alunos, gerando um custo unitário de R$ 32,50, a ser utilizado nas atividades recreativas e pedagógicas. Valor Unitário Mensal Anual Mão-de-obra 132,30 5.292,00 63.504,00 Alimentação Material Didático Total 65,00 32,50 229,80 2.600,00 1.300,00 9.192,00 31.200,00 15.600,00 110.304,00 Tabela 4: Custos Diretos Além dos custos diretos apurados, os gastos classificados como custos indiretos, tais como: energia elétrica, publicidade e propaganda, água, manutenção e reposição, também foram considerados. 3.4.3 Formação dos Custos Indiretos A SATC terá um custo com energia elétrica, publicidade e propaganda, água e manutenção e reposição, para estar desempenhando suas funções, como pode ser visualizado na tabela a seguir: a) Energia elétrica: apurou-se aproximadamente o consumo de energia no valor de R$ 100,00 ao mês, obtendo uma média de custo unitário de R$ 2,50, correspondentes aos 40 alunos. b) Publicidade e Propaganda: a SATC possui uma política de marketing, onde aposta nas divulgações de seus serviços através de sites, outdoors, jornais impressos, televisão, rádio, entre outros, buscando por meio dessas ferramentas a satisfação de seus clientes e o reconhecimento de sua marca. Sendo assim, para o seu novo empreendimento, será necessário obter um gasto no valor de R$ 500,00 mensais, obtendo-se uma média de custo unitário equivalente a 50 R$ 12,50 correspondentes 40 alunos, para a divulgação do serviço que será ofertado a comunidade e região, obtendo por meio deste o retorno desejado. c) Água: quanto ao consumo de água foram estimado o valor de R$ 150,00 mensais, para suprir as necessidades básicas do ensino de educação infantil, obtendo-se o valor unitário de R$ 3,75 equivalentes as 40 crianças. d) Manutenção e reposição de classe: foi abordado com o pessoal do setor de patrimônio da instituição a necessidade de troca de um conjunto de 6 mesas e 6 cadeiras ao ano, por se tratar de crianças com idade entre 2 a 5 anos, não havendo a necessidade de troca constantemente. Quanto à manutenção será feita por meio de pinturas nas salas, troca de torneiras, vidros, entre outros fatores que poderão ocorrer no dia-a-dia. Proporcionando para SATC um custo mensal de aproximadamente R$ 100,00, para a manutenção e conservação do ambiente escolar, obtendo-se um custo unitário de R$ 2,50, correspondentes as 40 crianças. Valor Unitário Enérgia Elétrica 2,50 Publicidade e Propaganda 12,50 Água 3,75 Manutenção e Reposição de Classes 2,50 Total 21,25 Mensal 100,00 500,00 150,00 100,00 850,00 Anual 1.200,00 6.000,00 1.800,00 1.200,00 10.200,00 Tabela 5: Custos Indiretos Após a apresentação dos critérios de apuração dos custos diretos e indiretos, passa-se a verificar a formação do preço das mensalidades a serem praticas pela SATC. 51 3.4.4 Formação do Preço Para a definição do preço a ser praticado foram considerados os custos diretos e indiretos, o rateio das despesas operacionais e administrativas da SATC, o investimento inicial realizado, a concessão de gratuidades, bem como a definição de uma margem de lucro, que serão apresentados a seguir: Itens de Formação Valor Unitário Custos Diretos Mensal Anual 229,80 9.192,00 110.304,00 Custos Indiretos 21,25 850,00 10.200,00 5% de Despesas Administrativas 16,18 647,04 7.764,43 5,4% de Descontos Concedidos 17,47 628,92 7.547,03 6,47 258,81 3.105,77 32,35 1.294,07 15.528,87 Preço Sugerido da Mensalidade 323,52 12.940,72 155.288,66 Preço Sugerido da Mensalidade - 36 alunos 359,46 12.940,72 155.288,66 2% de Inadimplência 10% Superávit Financeiro Tabela 6: Formação de Preço de Venda Como demonstrado na Tabela 6, para se chegar ao valor das mensalidades foram necessários avaliar os custos que a SATC terá com a implantação da educação infantil, bem como seus gastos com despesas administrativa estimada em 5%, seus descontos referente ao pagamento antecipado considerado em 5,4%, e mais previsão de inadimplência 2%, obtendo-se por fim um superávit financeiro estimado de 10% para suprir as necessidades da instituição. Tendo-se o preço sugerido de mensalidade para 40 crianças no valor de R$ 323,52, ao mês, e para 36 crianças o valor R$ 359,46 ao mês. Devido a SATC ser uma instituição filantrópica, a mesma necessita conceder gratuidades a 4 alunos, 10% do total. O custo desta filantropia deverá ser suportado pelas mensalidades dos 36 alunos que pagarão mensalidade. Sendo assim, o valor a ser cobrado mensalmente pelos serviços educacionais ficará na ordem de R$ 359,46, para conseguir obter o mesmo rendimento se todos os alunos pagassem normalmente os R$ 323,52. 52 3.4.5 Previsão de Faturamento Serão oferecidas 40 vagas para ensino educacional, sendo que 4 deverão ser concedidas em caráter filantrópico, ou seja, de forma gratuita. Para satisfazer tal previsão legal, os valores das mensalidades deverão suportar os gastos equivalentes a 40 alunos. Pois, somente 36 alunos contribuirão efetivamente com recursos financeiros a Instituição. 3.4.6 Investimentos A seguir serão apresentados os investimentos necessários para a implantação do ensino de educação infantil, objeto de estudo: Item 1 Descrição Conjunto Escolar Mesa e Cadeira Qtd 5 Valor Unitário R$ 876,30 Valor Total R$ R$ 4.381,50 2 Lousa Escolar 3 R$ 795,20 R$ 2.385,60 3 Armário Alto 2 Portas 3 R$ 719,00 R$ 2.157,00 4 Mesa p/ Professor 3 R$ 497,20 R$ 1.491,60 5 Cadeira p/ professor 3 R$ 82,90 R$ 248,70 6 Mesa p/ refeitório 2 R$ 298,50 R$ 597,00 7 8 Banco p/ refeitório Play Ground 2 1 R$ R$ 211,10 1.500,00 R$ R$ 422,20 1.500,00 9 Cabide p/ mochilas 2 R$ 600,00 R$ 1.200,00 10 Escorregador 1 R$ 895,00 R$ 895,00 11 Colchões 20 R$ 69,00 R$ 1.380,00 12 Reforma do prédio/ mão-de-obra Total 1 R$ R$ 35.000,00 41.544,20 R$ R$ 35.000,00 51.658,60 Tabela 7: Investimento Inicial Conforme Tabela 7, será necessário investir inicialmente o valor de R$ 51.658,60, para suprir as necessidades decorrentes à implantação. Cabe destacar que os preços coletados foram orçados no comércio de Criciúma. Os recursos serão integralmente financiados pela SATC. Como critério de remuneração, por esse valor investido foram considerados juros de 1% ao mês equivalente as aplicações do mercado financeiro. Pretende-se devolver o valor 53 investido acrescido da correção no prazo de 5 anos. Como demonstrado na tabela sintetizada abaixo: Parcelas 1 12 24 36 48 60 Saldo 51.658,60 44.342,22 35.392,24 25.307,18 13.943,09 1.137,74 Juros Amortização 516,59 632,53 443,42 705,69 353,92 795,19 253,07 896,05 139,43 1.009,69 11,38 1.137,74 17.288,42 51.658,60 Prestação Saldo Passivo 1.149,12 51.026,07 1.149,12 43.636,52 1.149,12 34.597,05 1.149,12 24.411,14 1.149,12 12.933,40 1.149,12 0,00 68.947,02 Tabela 8: Investimento do Capital Próprio Diante das premissas utilizadas para a remuneração do investimento realizado, apurou-se uma parcela mensal de R$ 1.149,12, totalizando o valor de R$ 13.789,44 anuais. Sendo estes valores devidamente representados no fluxo de caixa. 3.4.7 Fluxo de Caixa Quanto ao fluxo de caixa foi realizada uma projeção estimada em dez anos, constituindo pelas entradas operacionais os recebimentos das mensalidades das contribuições feitas pelos alunos, projetando um desconto concedido 5,4% referente aos pagamentos que serão recebidos antecipadamente ao prazo de vencimento e uma previsão de inadimplência 2%. Apuraram-se as saídas operacionais no montante de R$ 1.613.347,00, no qual ocasionou uma geração bruta de caixa R$ 205.868,00. 54 A Tabela 9 demonstra o fluxo de caixa projetado para 10 anos. FLUXO DE CAIXA PROJETADO TOTAL ENTRADAS OPERACIONAIS Mensalidades Desconto Concedido - 5,4% Previsão de Inadimplência - 2% 1.819.214 SAÍDAS OPERACIONAIS Gastos com Pessoal Gastos Administrativos Alimentação Material Didático Publicidade e Propaganda Enérgia Elétrica Água Manutenção e Reposição de Classes (1.613.347) (128.268) (134.682) (141.416) (148.487) (155.911) (163.707) (171.892) (180.487) (189.511) (198.986) (798.746) (63.504) (66.679) (70.013) (73.514) (77.190) (81.049) (85.101) (89.357) (93.824) (98.516) (97.660) (7.764) (8.153) (8.560) (8.988) (9.438) (9.910) (10.405) (10.925) (11.472) (12.045) (392.430) (31.200) (32.760) (34.398) (36.118) (37.924) (39.820) (41.811) (43.902) (46.097) (48.401) (196.215) (15.600) (16.380) (17.199) (18.059) (18.962) (19.910) (20.905) (21.951) (23.048) (24.201) (75.467) (6.000) (6.300) (6.615) (6.946) (7.293) (7.658) (8.041) (8.443) (8.865) (9.308) (15.093) (1.200) (1.260) (1.323) (1.389) (1.459) (1.532) (1.608) (1.689) (1.773) (1.862) (22.640) (1.800) (1.890) (1.985) (2.084) (2.188) (2.297) (2.412) (2.533) (2.659) (2.792) (15.093) (1.200) (1.260) (1.323) (1.389) (1.459) (1.532) (1.608) (1.689) (1.773) (1.862) 2011 2012 144.636 151.868 1.953.204 155.289 163.053 (7.547) (7.924) (94.926) (3.106) (3.261) (39.064) 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 159.461 167.434 175.806 184.596 193.826 203.517 213.693 224.378 171.206 179.766 188.754 198.192 208.102 218.507 229.432 240.904 (8.321) (8.737) (9.173) (9.632) (10.114) (10.619) (11.150) (11.708) (3.424) (3.595) (3.775) (3.964) (4.162) (4.370) (4.589) (4.818) GERAÇÃO BRUTA DE CAIXA 205.868 16.367 17.186 18.045 18.947 19.895 20.889 21.934 23.031 24.182 25.391 INVESTIMENTOS PERMANENTES Reformas e Instalações Móveis e Utensílios (51.659) (35.000) (16.659) (51.659) (35.000) (16.659) - - - - - - - - - EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Entradas de Financiamentos - Capital Próprio Amortização Financiamentos - Capital Próprio (17.288) 51.659 (68.947) 37.869 (13.789) (13.789) (13.789) (13.789) - - - - - 51.659 (13.789) (13.789) (13.789) (13.789) (13.789) FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO 136.921 2.578 3.396 4.256 5.158 6.105 20.889 21.934 23.031 24.182 25.391 FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO ACUMULADO 136.921 2.578 5.974 10.230 15.388 21.493 42.383 64.317 87.347 111.529 136.921 Tabela 09: Fluxo de Caixa Obtendo-se por fim a geração líquida de caixa no valor R$ 136.921,00 que o investimento proporcionará para SATC. Pode-se observar diante da projeção realizada por meio do fluxo de caixa, que o investimento torna-se viável, sendo que o objetivo da SATC não é obter lucro, mas sim garantir a qualidade de ensino e conseqüentemente suprir suas necessidades. Procurando desenvolver o melhor ensino da região para a satisfação de seus clientes. 3.5 Análise de Viabilidade Para a realização da análise de viabilidade do investimento foram utilizados tais critérios como: ponto de equilíbrio, margem de contribuição, taxa interno de retorno e análise de payback. Quanto ao ponto de equilíbrio da empresa objeto de estudo é demonstrado como uma instabilidade financeira no qual possibilita a empresa de 55 pagar seus custos e despesas, sem gerar lucros. Sendo assim o valor do ponto de equilíbrio da empresa é de R$ 128.268,00, referente ao período de 2011, montante igual ao total das despesas incorridas no período. Referindo-se a margem de contribuição obteve-se um valor de R$ 48,53. Para encontrar esse valor utilizou-se o preço da mensalidade menos os custos diretos e indiretos, os descontos concedidos e deduzindo-se também a inadimplência. Sendo utilizada a seguinte fórmula: MC = PV – (CV + DV) MC = 323,52 – (251,05 + 23,94) MC = 323,52 – 274,99 MC= 48,53 Para se chegar ao cálculo da TIR, apurou-se a geração bruta de caixa referente ao período de 10 anos, considerando o investimento inicial no valor de R$ 51.659,00. Aplicando-se a função TIR no Excel, obteve-se o resultado de 34%. A tabela 10 demonstra os períodos e a geração bruta utilizada para apuração desse cálculo. PERÍODO GERAÇÃO BRUTA 2011 R$ 16.367,42 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ 17.185,80 18.045,09 18.947,34 19.894,71 20.889,44 21.933,91 23.030,61 24.182,14 2020 R$ 25.391,25 Taxa Interna de Retorno 34% Tabela 10: Cálculo da Taxa Interna de Retorno Para o cálculo do payback descontado do investimento foi considerada a geração bruta de caixa de cada período trazido a valor presente, com a taxa média de descapitalização de10%. Utilizando a função VPL Excel apurou-se o montante de R$ 121.770.57, referente aos 10 anos, sendo que o valor médio anual foi de R$ 56 12.177,06. Considerando o investimento inicial de R$ 51.659,00, encontrou-se o payback de 4 anos e 3 meses, aproximadamente (R$ 51.659,00/12.177,06). 57 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização do presente trabalho evidenciou-se a importância do plano de negócio, destacando-se os procedimentos necessários para a sua elaboração e análise de viabilidade do investimento almejado pela organização. Neste caso, uma instituição filantrópica de ensino. Por meio da elaboração do plano de negócio, a empresa conseguirá armazenar todas as informações necessárias para analisar a viabilidade do empreendimento, estando assim, preparado para encarar os obstáculos que possam surgir, desta forma, contribuindo para o sucesso do empreendimento. Procurou-se destacar as principais ferramentas gerenciais, para a elaboração adequada do investimento, com a apuração do ponto de equilíbrio, margem de contribuição e a taxa interna de retorno, bem como análise do payback. Tais procedimentos apresentaram-se fundamentais para auxiliar na tomada de decisão, visando obter os resultados positivos para a sustentabilidade econômica e financeira da instituição. Quanto ao estudo de caso, buscou-se analisar o setor educacional de Criciúma, com intuito de oferecer diferenciais educacionais, e satisfazer as necessidades dos clientes, tanto do aluno como de seus responsáveis. Os serviços que serão oferecidos para crianças com idade entre 2 a 5 anos, acarretarão gastos que foram projetados em fluxo de caixa para os dez primeiros anos do empreendimento. Pode-se observar que as projeções realizadas apresentaram-se como sendo um investimento viável, uma vez que, o objetivo da SATC não é obter altos lucros, mas sim garantir a qualidade de ensino e suprir suas necessidades, buscando seu diferencial em educação. 58 REFERÊNCIAS ALVES, Magda. Como escrever teses e monografias – um roteiro passo a passo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 114 p. BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e dinâmicas. São Paulo: Atlas, 2003. 314 p. BERNARDI, Luiz Antonio. Manual de plano de negócios: fundamentos, processos e estruturação. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2006. 191 p. BERTÓ, Dalvio José; BEULKE, Rolando. Gestão de custos. São Paulo: Saraiva, 2006. 390 p. BIASIOLI, Marcos. 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