Introdução a Teoria da Percolação José Garcia Vivas Miranda Era uma vez... Definição Aplicações; Percolação Como tudo começou Surgiu da discussão entre Broadbent e Hammersley em 1957 sobre o problema do volume excludente da máscara de mineiros de carvão. Eles propuseram um modelo probabilístico de fluxo de um fluido com a aleatoriedade associada ao meio e não ao fluido. A teoria da percolação surge como um modelo alternativo aos modelos de fluxo de fluidos em que a aleatoriedade estava normalmente associada ao fluido. Percolação Formas de representação de modelos de percolação Autômatos (originada na física) Teoria dos grafos (Originada na matemática). Percolação Representação como autômatos Percolação Representação como autômatos Imaginemos uma rede grande o suficiente para que os efeitos de fronteira sejam negligenciáveis. (rede quadradasquare lattice) Uma certa fração da rede é preenchida com bolinhas. Sitios vizinhos são agrupados em “clusters”. A teoria da percolação é o estudo da formação destes clusters. Percolação Representação como autômatos As regras podem ser qualquer: •As bolinhas tendem a unir-se •Ou tendem a separar-se •Ou são aleatoriamente colocadas. Considerando o modelo mais simples (aleatório) podemos definir a probabilidade de ocupação P. N º bolinhas pN N º sitios vazios (1 p) N Percolação Representação como autômatos Para diferentes Ps teremos diferentes tamanhos de clusters Dizemos que o sistema percolou quando existe um cluster que toca as fronteiras da rede. Analogamente a quando o café ultrapassa o filtro. Percolação Probabilidade crítica de percolação lateral. Como calcular, numericamente esta probabilidade? Exemplo para n=2 e p=1/4 em uma rede regular quad. 1 ps=0 Exemplo para n=2 e p=1/2 ps=4/6=2/3 2 possib. 2 possib. 2 possib. Percola Não percola Percola Percolação Transição de percolação No modelo anterior podemos fazer o gráfico de ps vs.p Percolação Limiar de percolação Contudo Ps depende, não apenas de p mais também do tamanho do sistema. p=0.55 p=0.6 Eixo x: quando 4/L = 0 o tamanho do sistema é L = ∞ e quando 4/L = 1 o tamanho do sistema é L = 4 Por extrapolação obtemos a pH lim p s ( p ,L) L Percolação Limiar de percolação Para sistemas infinitos existe uma probabilidade ninja pc de forma que acima dela o sistema sempre percola e abaixo nunca. Percolação Probabilidade crítica de percolação lateral. Onde Sp(n) representa a probabilidade de conexão entre lados opostos de uma rede de tamanho n. Percolação Percolação e fractais Vimos que no limite de um sistema infinito, pc é um número mágico. Precisamente para este valor, ocorre uma transição de fase e o sistema exibe um agregado ‘gigante’, isto é, o agregado principal estende-se pela primeira vez a toda a escala do sistema. Para pc o sistema exibe invariância de escala. Percolação Uma aplicação Fogo em floresta Percolação Representação como grafos Nesta representação o meio e definido como um grafo G, usualmente infinito e regular. O fluxo do fluido e determinado como uma rede aleatória de nós e arestas no grafo. Existem dois modelos padrões: “bond percolation model” – cada aresta é ocupada com uma probabilidade P independente das demais arestas. “site percolation model” – cada vértice é ocupado com uma probabilidade P independente. Uma aresta é ocupada apenas quando os seus vértices adjacentes são. Percolação Representação como grafos Da mesma forma que na representação anterior o objetivo é encontrar a dependência das propriedades topológicas do grafo em relação ao parâmetro P. Para Ps pequeno o fluxo será local, para Ps grandes (~1) o fluxo cruzará toda a rede.