EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ONLINE E SUAS RELAÇÕES
COM A CULTURA DA PÓS-MODERNIDADE
Josivania Maria Alves de Freitas¹-UFPE.
Clara Cristina Cavalcanti Santos²-UFPE.
Ana Beatriz Gomes Carvalho³-UFPE.
Resumo
O artigo apresenta o resultado de uma pesquisa realizada na disciplina
Introdução a EAD/UFPE, cuja base metodológica foi a etnografia em
ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs). O ritmo que compreendemos
ser unidirecional da sala de aula tradicional, ainda, baseada na oratória do
educador tem sido constantemente questionado devido ao perfil atual do
aprendiz, considerando as novas formas de aprender. O objetivo da
pesquisa foi compreender como as características da cultura e sociedade
contemporâneas pós-modernas podiam influenciar na prática docente
adotada nos AVA. Tendo em vista que a imersão inicia da apreciação do
quadro-negro em atividades de demandas curriculares exigidas e se
prolonga em ambientes virtuais de aprendizagem, o que refletimos como
reflexo de um peso histórico que alicerçado em um modelo pronto
continua demarcando espaço também no virtual a partir dos pacotes de
produções e distribuições de “conhecimentos”. O desempenho do modelo
instrucional dos AVA subutiliza os mecanismos de interatividade centrados
na criação colaborativa e de aprendizagem construída. Os resultados
iniciais constatam a imersão dos discentes para produção de conteúdos
online. A lógica da distribuição “um para todos” é a mesma da mídia de
massa, da sociedade industrial e pós-moderna o que resulta em demasiada
evasão ou no silêncio virtual.
Palavras-chave:
Modernidade;
Pós-Modernidade;
Design
Instrucional/Pedagógico;
Educação
a
Distância
Online;
Design
Metodológico.
Abstract
This articule is the outcome of a research that was undertaken in the
classes of Introducão a EAD/UFPE, which the methodological basis was the
ethnography inside educational virtual spaces (EVS). The rhythm,
commonly accepted as the normal one for traditional classes, still based
on the educator's oratory, has been constantly questioned due to the
present pupils profile, considering the new forms of learning. The goal of
this research was to comprehend how the characteristics of culture and
contemporary and postmodern societies could influence the instructor's
educative practices adopted inside the EVSs. Observing that the immersion
starts through the appreciation of the blackboard in mandatory activities
stipulated on the curriculum and moves on throughout educational virtual
spaces, what has been understood as the reflex of historical burden
underpinned on a closed model that still delimits the space also in the
virtual domains through packs of production and distribution of
"knowledge". The EVSs educative model performance underlies on the
mechanisms of interactivity centered in the creation and constructed
learning. The initial results confirm the students immersion to the
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production of online contents. The distribution logics "one to all" is the
same for mass media, of industrial and postmodern society what outcomes
in a large evasion of in the virtual silence.
Keywords: Modernity, Postmodernity, Instructional Design / Educational;
Distance Education Online, Design Methodology.
Introdução
A Educação de uma Sociedade, de uma forma geral, reflete os seus próprios
valores morais, éticos, estéticos, atitudes e desenvolvimento técnico; da mesma
forma que as modalidades de educação presencial ou/e online, conforme seja
adotado na plataforma por seus autores estudados ou seguidos em linhas de
concordâncias. Qualquer que seja o percurso escolhido o fazer educação terá suas
próprias características relativas à construção dos conteúdos, procedimentos ou/e
design metodológico, formas de aprender e ensinar e de avaliar. As estratégias
para formulação do planejamento na plataforma ou fora dela, a produção de
conteúdos e elaboração das modalidades, o processo de planejamento e execução
dos mesmos ou para um determinado curso; em qualquer que seja a modalidade é
também fruto de diversas influências internas e externas.
O contexto sócio-cultural e a mentalidade dos sujeitos diretamente
envolvidos na modalidade de Educação Online são de fundamental importância
para compreender o sentido das possibilidades que são encontradas nas
ferramentas, aplicativos e diversos recursos utilizados nesse contexto, o que vem
agrupar a partir das competências e habilidades desenvolvidas pelos cursistas na
modalidade; seja do tipo de relacionamento estimulado entre os indivíduos ou
como um fenômeno social e culturalmente determinado podendo, neste ponto de
vista,
ser
educacional.
historicamente
A
Educação
compreendida
a
distância
como
uma
compreendida
evolução
por
da
alguns
prática
autores,
pesquisadores e educadores, entre eles, Santos(2010) e Silva(2010) como Educação
a Distância Online, é fruto das relações do homem com as tecnologias
informacionais e suas relações sociais entre os indivíduos e seus valores em relação
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às questões direcionadas ao tempo e espaço. Na Educação a Distância/Online,
podemos perceber a contemplação da influência no contexto sócio-cultural do
mundo contemporâneo, e compreender o funcionamento e direcionamento das
metodologias desenvolvidas através da compreensão, do funcionamento da lógica
social e cultural da Sociedade Moderna e da mentalidade do considerado homem
pós-moderno, por vezes percebido como uma contradição à sociedade moderna e
outrora percebida como uma intensificação dos valores empregados pelo
capitalismo. Nesse contexto, percebemos que o Design Instrucional considerado por
alguns autores, a exemplo de Filatro (2008) e Design Pedagógico a exemplo de
Mattar (2012); sofre consequências em suas especificidades para transformar o
funcionamento e o direcionamento flexível que deve ser vivenciado na
cibercultura, considerando públicos e ações pedagógicas diferenciadas; tendo em
vista que o papel da cultura moderna alicerçou “anos luz” uma concepção
pedagógica onde a escola objetivava o lucro e vendia pacotes preparatórios
intelectuais para a clientela, ou seja, tudo dependia exclusivamente do capital
empregado. As oportunidades de aprendizagem e colaboração não existiam nesse
processo; uns tinham o privilégio ao conhecimento e a cultura imposta e outros
ficavam à margem do nada. Com a pós-modernidade vem a intenção de quebrar
esse alicerce potente da modernidade: o lucro pelo lucro, que em contrapartida
apresenta a flexibilidade numa dimensão histórica, pois não está alicerçada a um
único canal ou forma de conceber e oportunizar a aprendizagem. Na pósmodernidade os princípios partem do desejo de buscar a aprendizagem em tempo e
espaço diferenciados, onde não existem centralizações, mas dimensões e imersões
do sujeito aprendiz como um todo. A forma de aprender ou de buscar o
conhecimento não é transferida como autoridade e disciplina, como nos apresenta
a tendência pedagógica tradicional.
Nessa perspectiva, a sociedade pós-moderna busca uma aproximação na
forma de aprender e ensinar de diversas formas, sem estabelecer regras, potencial
a mais nem a menos, seja do ponto de vista cognitivo e/ou financeiro e, para que
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exista uma aproximação que contemple uma sociedade de forma geral. O design
pedagógico da plataforma deve possibilitar condições de aprendizagem que
contemple diversidades sociais; portanto, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem
(AVAs) é a sala de aula virtual que desempenha papel fundamental para a interação
e interatividade entre os sujeitos participantes no processo ensino-aprendizagem.
Considerando o contexto, o artigo perpassará tópicos discursivos para melhor
compreendemos o processo de transformação que inicia na modernidade, adentra
na pós-modernidade e exige uma sala de aula virtual com design instrucional/
pedagógico diferenciado, tentando transformar o discurso encontrado nos projetos
de EAD/Online, onde em sua maioria, apontam uma tendência pedagógica
construtivista na teoria e no discurso da prática.
Assim sendo, além desta introdução, o presente artigo está estruturado da
seguinte forma: no item dois (2) apresentamos o referencial teórico considerando
os aspectos da modernidade, pós-modernidade, design instrucional/pedagógico e
EAD/Online para embasar o estudo etnográfico realizado; no item três (3) estão
descritos os procedimentos metodológicos utilizados para realização da pesquisa;
no item quatro (4) apresentamos os resultados da pesquisa e no item cinco (5)
informamos as referências utilizadas. No item a seguir dialogamos sobre o papel da
modernidade na educação, pensando a realidade das relações para o processo de
ensino-aprendizagem.
Modernidade
Tendo como pressuposto o referencial cronológico da definição de Modernidade
concebida por Max Weber como “O processo de racionalização da vida social no
término do Século XVII” (LEMOS, 2010, p.61), relacionamos ao Iluminismo, pois
trouxe inovações considerando que a razão deveria ser base do conhecimento
humano e a reflexão poderia fornecer critérios seguros de orientação da ação
humana. A Educação, neste contexto, tem a incumbência de desenvolver a
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capacidade racional dos seres humanos e que deveria ser laica, universal, única e
gratuita; tendo na Educação Escolar, o formato que poderia promover as
transformações sociais necessárias para a instauração de uma nova ordem social,
política e cultural. Pois, se fôssemos considerar o processo da modernidade
enquanto pacote de aprendizagem (modelo único), situação onde apenas a classe
elitizada tinham condições de investir chegaríamos à conclusão, conforme Litto
(2010; p.13); “é mais econômico e menos trabalhoso para a sociedade oferecer um
único modelo de formação para os jovens; mas então, como esperar que
posteriormente, surjam indivíduos criativos, capazes de inovar?”. A instrução
passou a ser o principal dispositivo de aperfeiçoamento social, através do exercício
da racionalidade, sendo capaz de promover o progresso e qualidade de vida através
da ciência e da técnica (domínio da natureza). Estas últimas estão relacionadas à
liberdade de pensamento, imprescindível para o uso da razão.
No contexto da modernidade, a Educação se preocupou com a formação da
moralidade, com as regras de conduta social e civismo republicano (conotação
política associada à Revolução Francesa). Com a supremacia econômica, política e
cultural da classe burguesa, preocupada com a insurgência dos vencidos, a
Educação se manteve como sendo um instrumento de controle e doutrinação
comprometendo os ideais de espontaneidade e autonomia (manipulação política).
“A ideia da modernidade está ligada ao nascimento da filosofia ocidental. A
modernidade significa uma forma de pensar e julgar o tempo” ( LEMOS, 2007,61).
Conforme explica Lemos (2010);
A Modernidade é a expressão da existência de uma mentalidade técnica, de
uma tecnoestrutura e de uma tecnocultura que se enraíza em instituições,
incluindo toda a vida social na burocratização, na secularização da religião,
do individualismo e na diferenciação institucionalizada das esferas da
ciência, da arte e da moral e a moral moderna estabelece-se assim, como
secular, universalista e individualista supervisionada pela razão, estando,
daqui em diante, em harmonia com as necessidades do Capitalismo
Industrial (LEMOS, 2010, p. 62).
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Assim podemos perceber a modernidade como um estilo de época em que a
produção industrializada era composta de uma razão meramente instrumental,
depreciando tradições e impulsionando uma transformação racional e radical das
condições sociais existentes. Nesse sentido, no item que segue, encaminhamos a
discussão sobre a pós-modernidade a qual é compreendida, no contexto atual,
como uma nova dinâmica cultural e social.
Pós-Modernidade
A Pós-Modernidade é um conceito polêmico que surge a partir dos estudos
sociais e reflexões filosóficas sobre a sociedade moderna. Segundo Lemos (2010) “A
expressão do sentimento de
mudança
cultural
e
social
corresponde
ao
aparecimento de uma nova ordem econômica chamada pós-industrialismo, nos anos
40/50 nos EUA, e em 1958 na França, com a 5ª República” (LEMOS, 2010, p. 63).
A Segunda Guerra Mundial trouxe um sentimento de inconformidade e desilusão
ao que o pensamento iluminista e a racionalidade pós-moderna traziam com
redenção social e progresso. É nesse contexto que os intelectuais passam a fazer a
crítica dos valores da sociedade moderna. A polêmica em torno da pósmodernidade se dá em torno das considerações sobre a sua existência como uma
ruptura com a Sociedade Moderna, caracterizada como uma continuidade, uma
intensificação dos valores exigidos pela evolução do sistema capitalista.
Como explica Lemos,
A fase pós-industrial da sociedade não é uma ruptura com a dinâmica
monopolista do capitalismo, mas uma radicalização do desenvolvimento de
sua própria lógica. Embora não seja uma ruptura com a sociedade
capitalista, alguns autores explicam a existência de uma nova ordem
cultural (LEMOS, 2010, p. 64).
É interessante que a partir da conceituação e estudo dos aspectos da pósmodernidade, podemos ter uma melhor visualização da modernidade. “A pósmodernidade significa que a modernidade pode ser agora examinada como num
espelho retrovisor.” (PIETERSE apud KUMAR, 2006, p.177). Novas concepções de
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realidade passam a valer no contexto cultural pós-moderno. É como se os conceitos
pudessem ser fragmentados, misturados e colados, formando uma nova teoria.
Segundo Kumar;
Há simplesmente um fluxo um tanto aleatório, sem direção, que perpassa
todos os setores da sociedade. As fronteiras entre eles se dissolvem,
resultando, contudo, não em uma totalidade neoprimitivista, mas em uma
condição pós-moderna de fragmentação (KUMAR, 2006, p.140-141).
Na sociedade pós-moderna não existem realidades absolutas. Há uma
tendência à quebra das tradições. Refletimos que, talvez isso decorra da grande
quantidade de informações, geradas e compartilhadas a uma grande quantidade de
indivíduos. Como explica Charles Jenks (2006); “nenhuma ortodoxia pode ser
adotada sem constrangimento e ironia, porque todas as tradições aparentemente
têm alguma validade. Esse fato é em parte consequência do que se denomina
explosão das informações, o advento do conhecimento organizado e da
cibernética”(JENKS apud KUMAR, 2006, p.142). Não são apenas os ricos que se
tornam colecionadores, viajantes ecléticos no tempo, com uma superabundância
de opções, mas quase todos os habitantes das cidades. Grupos da sociedade vão
criando novas conjunturas culturais em reação às contradições da sociedade
moderna, não só nas artes em geral, mas em todos os aspectos das relações sociais
(relações de gênero, relações sociais, de trabalho, informação). De acordo com
Lyotard (2006) “O status do conhecimento é alterado a medida que as sociedades
ingressam no que é conhecido como era pós-moderna” (LYOTARD apud KUMAR,
2006, p.150). A nova face do capitalismo passa a considerar o produto cultural, tão
ou mais importante do que aqueles produzidos pelas fábricas de bens materiais e
indústrias de base. A informação passa a ser a principal força de produção. A
importância da Educação se potencializa neste contexto. Em que a mecanização da
produção, o trabalho braçal, mecânico dos homens se torna menos importante,
dando lugar a imprescindível formação para a manipulação, manutenção e criação
de sistemas de informação e também para o relacionamento com pessoas, através
das relações comunicativas das mídias de massa. Além disso, o Capitalismo passa a
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exigir trabalhadores com capacidades múltiplas, diminuindo os custos de produção
e otimizando os lucros. “A percepção com relação ao tempo varia intensamente, de
cultura para cultura. (...) Além disso, historicamente, o homem altera
dramaticamente sua relação com a convenção temporal.” (MAIA e MATTAR, 2007,
p.6). Percebemos algumas concepções de tempo e espaço a sociedade pós-moderna
como impressões interessantes a refletir em nosso meio educacional. Conforme
Lemos (2010);
A experiência esquizofrênica da pós-modernidade é a experiência de uma
temporalidade descontínua, uma experiência temporal onde há uma
desestabilização acelerada das personalidades em ruptura com a fase
inaugural de modernidade. Vivemos a globalização do local e a localização
do global. Entramos num ambiente social onde a dimensão estética e
hedonista impregna todos os aspectos da vida contemporânea. (LEMOS,
2010, p.64-66).
Ainda de acordo com Lemos (2010), “na pós-modernidade, o sentimento de
compressão do espaço e do tempo, onde o real (imediato) e as redes telemáticas
desterritorializam (desespacializam) a cultura, tendo forte impacto nas estruturas
econômicas, sociais, políticas e culturais” (LEMOS, 2010, p.68). A partir da quebra
de concepção rígida de espaço e linearidade do tempo vigente da Sociedade
Moderna possibilita a manipulação destes mesmos elementos em favor da
Educação, especificamente da Educação a Distância Online. O Multiculturalismo é
presente nas formas de organização social da sociedade pós-moderna. “O pósmodernismo” destaca sociedades multiculturais e multiétnicas e promove a
“política da diferença”. A identidade não é unitária nem essencial, mas fluida e
mutável, alimentada por fontes múltiplas (não há distinções tais como “mulher” ou
“negro”). Esse multiculturalismo poderia estar presente na Educação globalizada,
na qual as informações devem estar dispostas num formato e conteúdo que possam
atender de forma generalizada ou adaptada ao público a ser formado para a
convivência numa sociedade plural, aspecto que deveria ser levado em
consideração nos cursos a Distância Online.
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O conhecimento na era pós-moderna é construído de forma mais dialógica
que nos contextos anteriores a sociedade da informação. E, podemos refletir a
partir da colocação de Lemos (2006, p.65) “A ciência pós-moderna (...) legitima-se
pelo paradoxo e pela paralogia, revelando o heterogêneo e a diferença”. Devido
aos mecanismos de amplificação da velocidade da emissão e reposta dos ambientes
cibernéticos, os sujeitos da comunicação se invertem ou se mesclam, tomando
funções diferentes e dando um caráter de heterogeneidade à produção da
informação, no mundo contemporâneo. A modificação nos papéis também está
destacada por Kuman (2006, p.178) “Os intelectuais têm de aceitar um papel mais
modesto de intérpretes e intermediários de costumes e culturas, utilizando suas
habilidades para ajudar comunidades a se entenderem reciprocamente”. A inversão
acontece inclusive nos ambientes virtuais de aprendizagem, onde o instrucionismo
ocorre naturalmente por conservar um modelo engessado e conservado, ainda, por
muitos docentes que se agregaram a EAD/Online com a lógica da transferência do
que se faz no presencial para o virtual. No contexto de uma cultura
superinformatizada e com valores pós-modernos, os envolvidos sairiam desta
condição de “vitimados do sistema” para adquirir condições de melhores
apropriações das ferramentas e recursos disponíveis, nesse sentido a valorização
estaria voltada para inovação, considerando o contexto atual.
Design Instrucional(Di) ou/ e Design Educacional(De)?
Analisando por um prisma histórico o design instrucional é situado à época
da segunda guerra mundial o que teve demasiada representatividade quanto ao
desafio apontado, pois o objetivo era treinar rapidamente milhares e recrutas para
manejar sofisticadas armas de guerra; em que a exigência militar era manter um
nível de controle e perícia sem precedentes. Assim sendo, para que fosse realizado
o treinamento com eficiência, competência e habilidade foram convocados em
caráter de urgência para desenvolver materiais de treinamento para o serviço
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militar, educadores e psicólogos norte-americanos que tinham experiência na
condução de pesquisa experimental (FILATRO, 2008, p.7). A terminologia Design
Instrucional (DI) adotada, inicialmente, pelos cursos a distância tornou-se alvo de
discussão em diversos cursos ofertados online, entre eles, o Instituto Brasileiro de
Desenho Instrucional (IBDIN) conforme afirma Mattar (2012) “o Ministério do
Trabalho incluiu, em janeiro de 2009, o designer educacional na classificação
Brasileira de Ocupação-CBO” (MATTAR, 2011 apud IBDIN,2009,p.60).
O termo
Design Instrucional(DI) foi substituído pela nomenclatura Design Educacional(DE)
considerando o contexto da inadequação da palavra, pois compreende-se que
apresenta uma vinculação mais técnica que pedagógica na elaboração da
plataforma, sendo considerada
no processo, como uma tendência pedagógica
tradicional em EAD; cujo modelo de ensino consiste em repassar conhecimentos,
assim sendo, o design instrucional afirmaria uma tendência que alimenta a
perspectiva do engessamento e da capacidade de assimilação numa progressão
lógica e estabelecida; sem considerar as características próprias e as formas
diferenciadas de aprendizagem como propõe os modelos de EAD/Online em seus
projetos pedagógicos. Segundo Mattar (2012, apud, TORREZAN E BEHAR, 2009);
Chamam a atenção para a variante design didático e propõem a criação de
um novo tipo de design, o design pedagógico, centrado no aluno e na
aprendizagem, que integraria elementos de diversas áreas para a criação
de ambientes instigantes para o aluno realizar interações e interatividades
(MATTAR, 2012, apud, TORREZAN E BEHAR, 2009, p.61)
O design educacional é representado por um grupo de profissionais de maior
extensão, mas que compõe um único grupo que trabalha em colaboração, entre
eles estão: o pedagogo, coordenador pedagógico, avaliadores, orientador
educacional, psicopedagogo, supervisor de ensino e professor de técnicas e
recursos audiovisuais. O trabalho está relacionado com a criação de ambientes
virtuais de aprendizagem apoiados por tecnologias da informação e comunicação
online, reunindo diversos recursos, repositórios de informação (livros, textos,
vídeos, revistas); suportes simbólicos como processadores de texto, aplicativos
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gráficos e programas de bancos de dados e os gerenciadores de tarefas. O campo
foi ampliado a partir da necessidade de incorporar as tecnologias digitais às ações
educacionais. Neste contexto educacional, o design educacional é considerado um
campo de conhecimento relativamente “novo” em terminologia, por isso mesmo se
faz necessário que nos debrucemos para conhecer seus aspectos e evoluções
históricas, o que facilitará a compreensão de que as novas tecnologias da
informação são elementos que compõem a resposta do design para diversas
necessidades e que abriga um banco de conhecimentos teóricos e práticos em sua
fundamentação. Confrontando as terminologias do Design Instrucional ou/e
Educacional em nosso contexto da EAD/Online, Filatro(2008) defende o Instrucional
afirmando que;
Design é o resultado de processo ou atividade (produto), em termos de
forma e funcionalidade, com propósitos e intenções claramente definidos,
enquanto instrução é a atividade de ensino que se utiliza de comunicação
para facilitar a aprendizagem. (FILATRO, 2008, p.3)
Assim sendo, design instrucional é a ação intencional e sistemática de ensino
que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a aplicação de métodos,
técnicas, atividades, materiais, eventos e produtos educacionais em situações
didáticas específicas, a fim de promover, a partir dos princípios de aprendizagem e
instruções conhecidos, a aprendizagem humana (FILATRO, 2008, p.3).
Em outras palavras é um conjunto (pacote) de atividades produzidas de forma
única, que são utilizadas para identificar uma necessidade no processo de ensinoaprendizagem e, que é implementada em nível macro, especificamente, em
plataformas de cursos a distância online que visa “avaliar” o processo de
aprendizagem discente, saindo da sala aula convencional e reproduzindo no
aprendizado eletrônico. Conforme Mattar (2012) o Design Educacional implica em;
Explorar a teoria e prática, que inclui planejamento, elaboração e o
desenvolvimento de projetos pedagógicos, materiais educacionais,
ambientes colaborativos, atividades interativas e modelos de avaliação
para o processo de ensino e aprendizagem (MATTAR, 2012, p.61).
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Partindo do pressuposto design educacional, compreendemos que para o
contexto o qual estamos inseridos para a prática pedagógica na Educação a
distância e/ou online, as condições e possibilidades para o processo de ensino e
aprendizagem são bem mais definidas e contextualizadas em sua dimensão quando
vista com cunho e princípios de uma equipe para o fazer pedagógico e seus
suportes necessários; assim sendo, é possível pensar em EAD.
Neste contexto, o item a seguir vem discutir elementos necessários que
compõem a aprendizagem na educação a distância online, considerando as
terminologias defendidas por alguns autores, por um lado uns concebem o termo
Educação a distância e por outro ponto outros entendem como Educação a
Distância Online, outros pensam interação e interatividade e alguns apenas
interação.
Educação A Distância Online
A expressão consolidada “Educação a Distância” (EAD) ou “Educação Online”
prioriza a modalidade de educação online, cuja finalidade é exclusiva das
possibilidades encontradas nos dispositivos próprios da internet e das tecnologias
digitais. Nos relatos experienciais de alguns autores, entre eles, Silva (2010) e
Santos (2010), discutem que a Educação Online se diferencia da Educação a
Distância, tendo em vista o seguinte contexto;
[...] muitos programas de EAD migraram seus desenhos, mantendo a
mesma lógica da comunicação da mídia de massa e da tradição da EAD que
separa os sujeitos dos processos de criação dos conteúdos e do próprio
desenho didático [...] permanecendo o paradigma educacional centrado na
Pedagogia da transmissão. O “online” era só a tecnologia e a metodologia
e a atuação docente ainda se baseavam nas clássicas lógicas da EAD de
massa (SANTOS, 2010, p.32).
Conforme Maia e Mattar (2007) “Uma terceira geração introduziu a utilização
do vídeo-texto, do microcomputador, da tecnologia, da multimídia, do hipertexto e
das redes de computadores, caracterizando a Educação a Distância Online” (MAIA e
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MATTAR, 2007, p.22). A estratégia utilizada na educação à distância online
corresponde a uma dinâmica favorável à colaboração e autoria nos diversos
recursos dos ambientes virtuais de aprendizagem, esses elementos são destinados à
interlocução dos sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.
Nesta perspectiva, Santos (2010) afirma;
O potencial comunicacional e pedagógico do ambiente virtual de
aprendizagem (AVA) é tratado a partir de algumas potencialidades das
tecnologias digitais e suas interfaces na promoção de conteúdos e
situações de aprendizagem baseadas nos conceitos de interatividade e
hipertexto (SANTOS, 2010, p.29).
Assim sendo, a adaptação para o processo de aprendizagem a distância
online se dará a partir de estratégias dinamizadas na plataforma e que precisará
potencializar a comunicação entre interação e interatividade de forma mais
criativa,
como afirma
Silva
(2003)
“eliminando”
a
emissão
e
recepção
unidirecionais no modelo existente onde perpetua “um-todos” (SILVA, 2003, p.63).
Ainda, conforme Silva (2004);
Para se promover a inclusão na cibercultura o professor precisará se dá
conta de pelo menos quatro exigências da cibercultura oportunamente
favoráveis à educação cidadã. Precisará se dar conta de que transitamos
da mídia clássica para a mídia online; do hipertexto próprio da tecnologia
digital; da interatividade como mudança fundamental do esquema clássico
da comunicação e precisará se dar conta de que pode potencializar a
comunicação e a aprendizagem utilizando interfaces da internet (SILVA,
2004, p.65).
Exatamente, ao contrário do que prega um modelo fordista de ensino nas
plataformas, a transformação aconteceria se a considerada “sala de aula virtual ou
online”, pudessem de fato, criar espaços de aprendizagem significativa que
contemplasse os bancos de dados longe de uma padronização que, não favorece
percursos de participação, colaboração, autoria, co-autoria, sons, imagens,
afetividades, entre outros. E, que possam despertar o prazer de aprender a
aprender, de aprender a conhecer e internalizar, de aprender a compreender e
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administrar as potencialidades inerentes de cada aprendiz durante todo o processo
de ensino e aprendizagem. Para tanto, Maia e Mattar (2007) apontam que,
Pode-se pensar em um novo formato de ensino-aprendizagem, “aberto,
centrado no aluno, baseado no resultado, interativo, participativo, flexível
quanto ao currículo, às estratégias de aprendizado e não muito preso a
instituições de aprendizado superior, porque pode também se dar nos lares
e nos locais de trabalho. (MAIA e MATTAR, 2007, p.22)
Considerando o contexto de um resultado que promove tipos de interação e
interatividade na sala de aula virtual, em que alguns autores, entre eles, Primo
(2007), Silva(2010) e Mattar (2012) analisa e categoriza as terminologias
conceituais sobre pontos e ótica diferentes. Para Primo (2007, p.12); “o termo
“interatividade” é usado como algo dado, uma característica pré-contida”.
Em se tratando de interação Primo (2007) afirma;
A interação mediada por computador, por depender de um aparato
tecnológico, recebe muitos pesquisadores um tratamento teórico que
destaca características técnicas da máquina, das redes, dos programas,
linguagens e bancos de dados empregados (PRIMO,2007,p. 227)
Assim sendo, no contexto da educação a distância online é possível criar pontes
que vai além do próprio fazer do design, em busca de apontar caminhos para
construir e/ou reconstruir situações que permitam interação e interatividade.
Nesse sentido, analisamos que independente de nomenclaturas definidas para a
modalidade educacional, a Educação a Distância pode contemplar a interatividade
e multidirecionalidade em tempo síncrono e assíncrono, a partir das disposições do
computador em conjunto com o grupo de design pedagógico, considerando que os
indicadores
de
qualidade
em
educação
como
o
dialogismo
virtual,
compartilhamentos, participação criativa, colaboração e o estar junto virtual,
podem ser “tragicamente” subutilizada, caso a mediação docente adquira um
suporte equivocado para a prática pedagógica e o desempenho de papéis no curso.
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Design Metodológico
Abordagem Qualitativa E Etnográfica
O papel que a metodologia desempenha é imprescindível no delineamento e
condução de uma pesquisa, tendo em vista que é responsável por direcionar os
critérios científicos em suas especificidades e o referencial teórico a ser utilizado.
Como afirma Minayo (2009);
A metodologia é o caminho do pensamento e a prática exercida na
abordagem da realidade, ou seja, metodologia inclui simultaneamente a
teoria da abordagem (o método), os instrumentos de operacionalização do
conhecimento (as técnicas) e a criatividade do pesquisador (sua
experiência, sua capacidade pessoal e sua sensibilidade)(MINAYO, 2009,
p.14).
Neste estudo optamos pela abordagem qualitativa tendo em vista que o
objetivo da pesquisa foi compreender como as características da cultura e
sociedade contemporâneas pós-modernas podiam influenciar na prática docente
adotada no Ambiente Virtual de Aprendizagem; considerando o design pedagógico e
a mediação entre as interações e interatividades vivenciadas pela docente da
disciplina Introdução em EAD no Programa de Pós-graduação em Educação
Matemática e Tecnológica na Universidade Federal de Pernambuco e os sujeitos em
coparticipações na coleta para pesquisa e interações. Assim sendo, partimos na
perspectiva da pesquisa qualitativa em que segundo Minayo (2009) é compreendida
como;
O universo da produção humana que pode ser resumido no mundo das
relações, das representações e da intencionalidade e é objeto de pesquisa
qualitativa dificilmente pode ser trazido em números e indicadores
quantitativos. Não existe um continuum entre abordagens quantitativas e
qualitativas, como muitos propõem, em que atribuíram uma hierarquia
onde as pesquisas quantitativas ocuparam um primeiro lugar, sendo
“objetivas e cientificas” e as qualitativas teriam lugar no final da escala,
ocupando um lugar auxiliar e exploratório, sendo “subjetivas e
impressionistas” (MINAYO,2009, p.21).
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Para coleta e análise dos dados utilizamos a etnografia virtual, abordagem
apropriada para o estudo empírico das relações em redes via internet; pois
partimos de um modelo de design pedagógico onde o gerenciamento da
plataforma é elaborado pela docente e não por um grupo de designer que
desenvolvem papéis específicos para a organização e estrutura do AVA; no qual
estão inscritas as interações, interatividades e práticas de mediações.
Segundo Gebera (2008);
A etnografia encarna a percepção mais convincente para indagação e
inter-relações sociais geradas na internet, como respostas à intermediação
tecnológica, à pluralidade de paradigmas metodológicos, assim como à
diversidade e à complexidade das matrizes etnográficas que se apresentam
nas “vivências da rede”, que é, em síntese, seu objeto de estudo. Não
obstante, sua análise dependerá da finalidade e da natureza que lhe for
atribuída (GEBERA, 2008, p.2).
Assim, delineado as abordagens da pesquisa apresentamos no item a seguir
as telas do AVA pesquisadas, assim como as análises do Ambiente virtual de
Aprendizagem a partir da plataforma MOODLE.
Análise das Postagens
A estrutura do Ambiente virtual de Aprendizagem observado considera o
gerenciamento dos aspectos organizacionais da disciplina Introdução a EAD no
segundo semestre do ano letivo 2011, permitindo o acesso através de links, cursos,
banco de dados com publicações da professora autora e a proposta pedagógica do
ambiente, conforme Tela 1
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Tela 1: Ambiente Virtual de Aprendizagem
Fonte: Ambiente Virtual de Aprendizagem – http://www.anabeatrizgomes.pro.br/moodle/
Acesso em 23/10/11
A tela 1 corresponde a categoria design educacional, considerando que
reuniu diversos recursos, repositórios de informação (livros, textos, vídeos,
revistas); suportes simbólicos como processadores de texto, aplicativos gráficos e
programas de bancos de dados e os gerenciadores de tarefas. Conforme menciona
Mattar (2012) o Design Educacional implica em; “explorar a teoria e prática, que
inclui planejamento, elaboração e o desenvolvimento de projetos pedagógicos,
materiais educacionais, ambientes colaborativos, atividades interativas e modelos
de avaliação para o processo de ensino e aprendizagem” (MATTAR, 2012, p.61)
Após a abertura do fórum pela docente da disciplina, os sujeitos
participantes da pesquisa, realizaram a mediação do fórum: Interação e
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interatividade na aprendizagem a distância, conforme extratos das telas 2 e 3 a
seguir;
Tela 2: Ambiente Virtual de Aprendizagem
Fonte: Ambiente Virtual de Aprendizagem http://www.anabeatrizgomes.pro.br/moodle/
Acesso em 23/11/2011
Tela 3: Ambiente Virtual de Aprendizagem
Fonte: Ambiente Virtual de Aprendizagem http://www.anabeatrizgomes.pro.br/moodle/
O papel docente, no Ambiente virtual de aprendizagem neste contexto, foi
permitir que os alunos se tornassem mediadores do processo ensino e
aprendizagem, considerando o tema de discussão na categoria Interação e
Interatividade no AVA: A docente não manteve assiduidade discussiva na
plataforma, apenas manteve a observação sistemática, considerando a proposta
pedagógica de que cada sujeito, já imersos no ambiente, deve exercer diversos
papéis na Educação a distância. Partindo dos pressupostos e teóricos estudados,
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além dos perfis dos sujeitos em ação, onde 60% são professores presenciais, 25%
são profissionais oriundos de outros cursos de Pós- graduação, 10% são alunos do
programa, 10% são professores-tutores virtuais, 5% coordenadores de tutoria. Nesse
sentido, foi possível perceber que o discurso “um para todos” não ocorreu, o que
desmistifica a ideia já rotulada, em sua grande maioria e defendida por alguns
profissionais que experienciaram o processo em outro contexto de pesquisa, em
ambientes virtuais de aprendizagem, como sendo unidirecionais. Assim sendo, não
consideramos relevante o contexto discutido e defendido por autores que a
Educação Online se diferencia da Educação a Distância, tendo em vista “[...]
muitos programas de EAD migraram seus desenhos, mantendo a mesma lógica da
comunicação da mídia de massa e da tradição da EAD que separa os sujeitos dos
processos de criação dos conteúdos e do próprio desenho didático [...]
permanecendo o paradigma educacional centrado na Pedagogia da transmissão. O
“online” era só a tecnologia e a metodologia e a atuação docente ainda se
baseavam nas clássicas lógicas da EAD de massa” (SANTOS, 2010, p.32).
Percebemos no contexto que não é a nomenclatura que decide o fazer EAD de
qualidade, mas a concepção docente dos paradigmas emergentes que decidirão e
ajudarão a decompor situações diferenciadas nas mediações que envolvem “todos
para todos”; conforme foi possível constatar durante o processo de aprendizagem,
enquanto aprendizes e pesquisadoras participantes.
Considerações Finais
Tendo em vista os desdobramentos da pós-modernidade na educação a
distância online e a sua relação própria diante dos recursos das tecnologias da
informação e comunicação na cibercultura, suas concepções diferenciadas de
tempo, espaço, verdade, ciência, ética e moral; consideramos que é possível
elaborar um ambiente possível e acessível com desenvolvimento de estratégias
didáticas mais elaboradas e dinamizadas que despertem a atenção de forma
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prazerosa aos cursistas que estão vinculados em cursos a distância online e, que os
procedimentos pedagógicos vivenciados possam estar menos vinculados aos
interesses dos grupos sociais dominantes dentro do contexto do Capitalismo
Tecnológico. As concepções engessadas acabam por associar de forma “normal ou
natural” os modelos de design instrucional, atualmente, vivenciada em novo
contexto que considera o design educacional. O contexto da instrução, onde o ditar
do mestre permanece não teve espaço no ambiente analisado, considerando que a
docente não apresentou nenhuma dessas características no processo ensinoaprendizagem.
Nesse
independentes da
sentido
a
interação
mediação contínua
e
da
e
interatividade
professora
da
aconteceram
disciplina. As
possibilidades de uso de recursos tecnológicos foram experienciados pelos sujeitos
no ambiente virtual de aprendizagem, valorizando a autoria, colaboração e
produção de conteúdos na plataforma.
Pudemos constatar que é possível elaborar uma sala de aula virtual,
acessível a todos com excelentes desenvolvimentos estratégicos e, que contribua
de forma mais significativa no processo, sendo possíveis ações conjuntas na
modalidade EAD, assim como, nos reportou a reflexão de que as ações pedagógicas,
quando não pensadas e refletidas no contexto da prática, consequentemente terá
um modelo inapropriado que não tem apresentará condições para vivenciar o
contexto atual da cibercultura.
Referências
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(Org.). Filosofia e pedagogia: aspectos históricos e temáticos. Campinas: Autores
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GEBERA, Osbaldo. La netnografia: um método de investigación em internet. In:
Revista Iberoamericana de Educación. N.47/2. 10 de Outubro de 2008. Disponível
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MINAYO, Maria Cecilia de Souza et al. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e
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formação e questões didático - metodológicos. Rio de Janeiro: Wark Ed. 2010.
_____________________________________
¹ Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica na Linha de Pesquisa Educação
Tecnológica, Especialista em Formação de Educadores e Pedagoga- [email protected]
² Aluna de disciplina isolada do Programa de Pós - graduação em Educação Matemática e Tecnológica na linha de pesquisa
Educação Tecnológica, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas e Licenciada em História- [email protected]
³ Professora Dra. do Programa de Pós - graduação em Educação Matemática e Tecnológica na linha de pesquisa Educação
Tecnológica e Orientadora da disciplina Introdução a Educação à distâ[email protected]
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