HERNANI ALVES DA SILVA RESULTADOS ECONÔMICOS DE SISTEMA DE PRODUÇÃO DE LEITE COM DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS NA COOPERATIVA CASTROLANDIA, CASTRO, PR. Trabalho apresentado ao 2º Prêmio Extensão Rural EMATER – PARANÁ Engenheiro Agrônomo HERNANI ALVES DA SILVA. LOTAÇÃO: Escritório Municipal de CASTRO Curitiba 2006 RESULTADOS ECONÔMICOS DE SISTEMA DE PRODUÇÃO DE LEITE COM DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS NA COOPERATIVA CASTROLANDIA, CASTRO, PR. CONTEXTUALIZAÇÃO A cooperativa Agropecuária Castrolanda está localizada na Bacia Leiteira denominada ABC, composta pelas cooperativas de Arapoti, Batavo e Castrolanda, nos Campos Gerais do estado do Paraná. O sistema de produção de leite nesta região caracteriza-se pela alta tecnologia, alta produção por vaca e rebanho especializado utilizado na exploração de leite. Uma característica notória da produção de leite na região é a homogeneidade entre os produtores. Apesar da predominância de pequenos e médios produtores, a participação no volume total de leite produzido é inverso, prevalecendo o grande produtor. A produção de leite entregue na cooperativa por 217 associados no ano de 2005 foi de 115 milhões de litros, com produção média de 1.450 litros/produtor/dia. Dentre as maiores fazendas de leite do Brasil, segundo levantamento top100 realizado pelo site Milkpoint em 2004, 27% se encontram no estado do Paraná, sendo 9% na Cooperativa Castrolanda. Com o objetivo de estruturar a assistência técnica aos produtores de leite e organizar a produção, a cooperativa implantou a partir de outubro de 2003 o Programa de gestão Técnica e Econômica da Produção de Leite, que disponibiliza recursos humanos e ferramentas gerenciais para que os produtores tenham informações necessárias para administrar bem sua atividade, tornando-se eficientes e, consequentemente, competitivos. O controle adequado e, principalmente, um bom sistema de custo de produção de leite, pode gerar informações para a tomada de decisões rápidas e objetivas para o sucesso da atividade. O programa disponibiliza duas ferramentas básicas de gestão da propriedade, o SISLEITE, software desenvolvido pela Embrapa Gado de Leite , e melhorado em conjunto com técnicos da Castrolanda para atender as necessidades dos produtores desta região. Outra ferramenta importante é o GESPEC, desenvolvido internamente na Castrolanda para gerenciamento zootécnico de rebanhos leiteiros. No final de 2005 dos 217 produtores de leite da cooperativa, 120 produtores participavam do Programa de Gestão. A partir dos relatórios gerados por estas ferramentas, a assistência técnica dispõe de informações suficientes para identificar os pontos de estrangulamento do sistema , e concentrar esforços gerenciais e/ou tecnológicos para alcançar os objetivos definidos na atividade pelo produtor. O conhecimento do custo de produção da atividade leiteira possibilita a análise da rentabilidade da atividade; redução dos custos controláveis; planejamento e controle das operações do sistema de produção de leite; é instrumento de apoio ao produtor no processo de tomada de decisões seguras e concretas (LOPES E CARVALHO, 2000). O presente estudo foi conduzido com os objetivos de: - analisar a rentabilidade dos sistemas de produção predominantes na Cooperativa Castrolanda; - identificar quais fatores influenciaram o custo, e quais componentes exerceram maior influência em cada sistema estudado; - identificar o ponto de equilíbrio desejável para cada sistema adotado; - analisar a influência do sistema de produção sobre o custo de produção de leite. CONCEITUAÇÃO Os negócios agropecuários exigem do produtor rural uma nova visão de administração, para assumir a complexidade, a importância e a dinâmica da economia e permitir maior eficiência no uso de recursos e competitividade no mercado. A necessidade de se analisar economicamente a atividade leiteira é extremamente importante. Por meio dela o produtor passa a conhecer com detalhes e a utilizar de maneira eficiente os fatores de produção. Com esses conhecimentos o produtor pode localizar os pontos de estrangulamento para concentrar esforços gerenciais e tecnológicos e obter sucesso na atividade leiteira, atingindo os objetivos de maximização de lucros. De acordo com YAMAGUCHI e CARNEIRO (1997), os negócios agropecuários revestem-se da mesma complexidade e dinâmica dos demais setores da economia, requerendo do produtor de leite nova visão de gestão dos seus negócios, principalmente pela necessidade de abandonar a posição tradicional de fazendeiros, para assumir o papel de empresário rural. Segundo OLIVEIRA et al. (2001) poucas são as propriedades rurais de pequeno e médio porte que contabilizam suas atividades para posterior análise econômica, e, por isto, não conhecem seus custos de produção de leite, especialmente os custos fixos. Assim, a inexistência de fontes de informações confiáveis levam os produtores à tomada de decisão condicionada à sua experiência, à tradição, ao potencial da região, à falta de outras opções e à disponibilidade de recursos financeiros e de mão-de-obra. A incorporação do uso da informática à vida do homem do campo, com o desenvolvimento de novos softwares veio colaborar para melhor planejamento e avaliação da atividade produtiva. O sistema de produção predominante nesta região caracteriza-se pelo rebanho especializado de origem européia. Segundo GOMES (1999) os sistemas de produção de gado Holandês exige elevado capital investido em animais, benfeitorias e máquinas. Em comparação com outros sistemas, o do gado holandês é de maior custo médio e, portanto, mais sensível a mudanças do preço do leite. Ainda segundo GOMES (1999) sendo mais produtivas, as vacas holandesas são mais exigentes em manejo e alimentação. Isto amplia a complexidade do sistema, à medida que se têm que produzir ou comprar grandes quantidades de alimentos. As exigências de conhecimento tecnológico para condução do sistema de gado Holandês são, significativamente, maiores que a dos demais sistemas, e a deficiência de conhecimentos sobre esse sistema é uma regra geral, com poucas exceções. FELLET e GALAN (2000) realizaram estudo onde avaliaram a situação financeira da produção de leite em três diferentes bacias brasileiras. Analisando os indicadores médios das propriedades estudadas puderam concluir que o retorno sobre o capital investido foi superior para as propriedades que apresentaram perfil de produção com base na pastagem, com retorno sobre o capital investido (sem terra) de 5,80% e 0,10% ao ano nos dois sistemas mais dependentes da pastagem, e rentabilidade negativa de – 0,09% para os sistemas mais dependentes de silagem de milho e concentrados o ano todo. Nesse trabalho os autores concluíram que a avaliação dos investimentos realizados na atividade leiteira, bem como na adequação do volume do leite produzido ao nível de investimentos, são fatores que agregados ao custo de produção, são preponderantes para o sucesso da atividade. LOPES, et al. (2004), estudaram o efeito do tipo de sistema de criação (em regime de pastejo, semi-confinado e confinado) nos resultados econômicos de sistemas de produção de leite na região de Lavras, Estado de Minas Gerais. Os resultados mostraram que o tipo do sistema de criação influenciou no custo total de produção de leite e, portanto, a lucratividade e rentabilidade, sendo os sistemas de produção em confinamento os que apresentaram os menores custos unitários. Na análise econômica, por apresentar margem líquida positiva e o resultado econômico negativo, nos três tipos de sistema de criação, concluiu-se que a atividade leiteira tem condições de produzir em médio prazo, mas a longo prazo os pecuaristas estariam se descapitalizando. LOPES et al. (2004 b), estudando a rentabilidade da atividade leiteira de sistema de produção de leite na região de Lavras, estado de Minas Gerais, identificaram os itens componentes do custo operacional efetivo que exerceram maior influência sobre o custo da atividade leiteira, que foram, em ordem decrescente, a alimentação, com 59,95%, a mão-de-obra com 13,77%, as despesas diversas com 10,83%, a energia com 10,16%, a sanidade com 3,76, a ordenha com 0,88%, os impostos com 0,83% e a inseminação artificial com 0,22%. Para OLIVEIRA et al. (2001), o desempenho técnico-econômico da atividade leiteira pode ser avaliado por meio de vários índices técnicos, da relação entre eles e também pela análise econômica. Como índice técnico tem-se utilizado dentre outros a produção média por vaca em lactação/dia, a produção média diária pelo total de vacas do rebanho, a produção de leite por hectare/ano, o intervalo entre partos, os litros por quilo de concentrado fornecido e a mão-de-obra por litro de leite produzido (MARTINS, 1988 ; Federação da Agricultura do Estado do Paraná, 1996 ; GOMES, 1997 ; SCHIFFLER, 1998). Na análise de desempenho econômico, os principais indicadores utilizados têm sido a Margem Bruta e a Margem Líquida. HOFFMANN et al. (1981) definiram custos, para fins de análise econômica, como a compensação que os proprietários dos fatores de produção, utilizados por uma empresa para produzir determinado bem, devem receber, para continuar fornecendo esses fatores à mesma. De acordo com YAMAGUCHI et al. (2002) o custo de produção é um elemento fundamental na administração de qualquer empreendimento. Apesar disso, sua apuração tem-se constituído em tema de grande controvérsias entre os estudiosos do assunto e, principalmente, entre os profissionais da assistência técnica e extensão rural que prestam serviços aos produtores de leite. Ainda de acordo com estes autores no cálculo do custo total de produção, fazse a distinção entre períodos de tempo chamados “curto prazo” e “longo prazo”. No “curto prazo”, os custos são classificados como “fixos” e “variáveis”. No “longo prazo”, por definição, todos os insumos são variáveis , portanto todos os custos são também “variáveis”. O custo fixo é dado pela soma dos custos explícitos (insumos/serviços fixos x preços unitários) e dos custos implícitos, que no “curto prazo” são fixos. O custo variável é dado pela soma dos valores gastos com os insumos e serviços variáveis utilizados (insumos/serviços variáveis x preço unitário). De tal modo o custo total de produção, no “curto prazo”, é dado pela soma dos custos “fixos” e “variáveis” (FERGUSON, 1980). O trabalho desenvolvido na Cooperativa Castrolanda, na apuração do custo de produção de leite adota a metodologia proposta por (YAMAGUCHI & CARNEIRO, 1997), resultando no custo total de produção. Ponto crucial no custo de produção de leite é a eficiência. Uma boa forma de identificar se a atividade exercida é eficiente ou não é compará-la com a de outros produtores assemelhados (GOMES E ALVES, 1999). No programa desenvolvido na Castrolanda esta é uma das ferramentas mais utilizadas, periodicamente em reuniões específicas são discutidos números de propriedades assemelhadas, quando os produtores podem comparar seus resultados e definir melhor os objetivos para sua atividade. DESENVOLVIMENTO Os dados utilizados no presente estudo foram coletados de 59 propriedades participantes do programa de Gestão Técnica e Econômica da Produção de leite, da Cooperativa Agropecuária Castrolanda, localizada no município de Castro, estado do Paraná, durante o período de outubro de 2004 a setembro de 2005. Foi utilizado o software SISLEITE desenvolvido pela Embrapa Gado de Leite e melhorado juntamente com os técnicos da Castrolanda para atender as necessidades de seus cooperados. O software foi desenvolvido em linguagem Borland Delphi e banco de dados no padrão Paradox, para ser executado em ambiente Microsoft Windows ou suas versões mais atualizadas. As informações econômicas das propriedades foram coletadas mensalmente por um técnico responsável pela assistência à propriedade. Antes da digitação dos dados, que é feita de forma centralizada na Cooperativa, os dados foram corrigidos e padronizados, possibilitando que os resultados possam ser discutidos de forma grupal, quando propriedades assemelhadas podem ser compradas em reuniões específicas. Os dados forma coletados em planilhas apropriadas, Ficha para Coleta de Dados: registros mensais (ANEXO 1), que contempla as informações necessárias para gerar os relatórios de custo de produção (ANEXO 2) e medidas de tamanho e desempenho (ANEXO 3_. Após a digitação dos dados e geração dos relatórios, os propriedades foram agregadas em sistemas de produção semelhantes. Objetivando analisar a influência do sistema de exploração leiteira sobre o custo de produção, as 59 propriedades alocadas no Programa de Gestão Técnica e Econômica da Produção de Leite da Cooperativa Castrolanda foram divididas em três sistemas de Produção. No sistema da Castrolanda todas as propriedades possuem ordenha mecânica, energia elétrica, tanque de expansão para resfriamento do leite, da mesma forma todos fazem uso de suplementação, durante o ano todo, como a silagem de milho, silagem pré-secada, concentrados e minerais. Desta maneira definiu-se que na Castrolanda a exploração leiteira possui basicamente dois sistemas de produção, sendo o sistema semi-confinamento e confinamento total. Os dois sistemas se dividem em 3 (três) grupos: a) semi-confinado: pastagem + até 50% de suplementação; b) semi-confinado: forragem + até 80% de suplementação; c) confinamento total: 100% de suplementação. O sistema (A) semi-confinamento: pastagem + até 50% de suplementação utiliza pastagens perenes e anuais de inverno e verão. A suplementação através de silagens e concentrados ocorre de acordo com a oferta de pasto, variando entre 20 a 50% da alimentação diária das vacas. Neste tipo de exploração prevalece os produtores que utilizam mão-de-obra familiar, o uso dos fatores de produção como a terra e máquinas são mais baixos, geralmente as propriedades são menores, em média 16,79 ha, havendo alguma exceções. O rebanho é constituído por animais com características e aptidão leiteira tendendo para animais mestiços (cruzamento entre raças Holandês preto e branco, jérsei e pardo suíço), e os animais não são registrados. A produção por vaca é menor, em torno de 16 litro/vaca/dia, com 22 vacas em lactação em média, e produção média de 7.366 litros/há/ano. A ordenha e a alimentação suplementar ocorrem no estábulo. O sistema (B) semi-confinamento: forragem + até 80% de suplementação utiliza pastagem igualmente ao sistema anterior e/ou pastagem verde picada e fornecida no concho. Nestas propriedades o pastoreio ocorre no período de inverno quando predomina as espécies de clima temperado. Algumas propriedades utilizam o corte da pastagem verde no verão devido a menor área disponível para a pecuária, e uso mais intensivo da terra, também porque parte da área de verão é utilizada para produção de milho para silagem. Algumas propriedades também fazem uso de silagem pré-secada durante o verão. Neste tipo de exploração prevalece os produtores que utilizam de forma mais intensiva a terra, a mão-de-obra é familiar e contratada, a produção por vaca é maior, em torno de 22 litros/vaca/dia. O rebanho tende para raças puras e especializadas para a produção de leite, com média de 66 vacas em lactação. A produção média destas propriedades está em torno de 12.790 litros/ha/ano. A suplementação com silagens e concentrados ocorre durante o ano inteiro, variando de 45 a 80% da alimentação diária das vacas. O sistema (C) confinamento total é de alta tecnologia e alta produção por animal, utiliza todos os fatores de produção como terra, mão-de-obra, instalações e máquinas de forma intensiva. O confinamento é em sistema de estabulação livre com acesso a área de lazer. Neste sistema de exploração as propriedades mantém os animais totalmente fechados, sendo a alimentação fornecida através de carretas misturadoras, dieta total misturada, e 100% tratada no cocho. Os alimentos como as forrageiras são conservadas em silos trincheiras e de superfície, e em geral são constituídos de silagens pré-secadas de gramíneas de inverno, silagem de milho e alguma utilização de silagem de alfafa e cevada, além dos concentrados e minerais. O número de vacas em lactação está em torno de 261, com produção média de 28 litros/vaca/dia. A produção média destas propriedades está em torno de 22.129 litros/ha/ano. A ordenha é automatizada com sistema computadorizado, sendo a ordenha realizada 3 vezes ao dia na maioria destas propriedades. O rebanho é puro e especializado para a produção de leite, a raça predominante é o Holandês preto e branco de alta produção. Nestas propriedades os animais são registrados e participam do controle leiteiro realizado mensalmente pela APCBRH – Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa. Os indicadores de custo de produção e medidas de tamanho e desempenho foram agrupados em tabelas, objetivando uma melhor comparação, discussão e apresentação dos resultados. RESULTADOS Os recursos disponíveis são apresentados de forma resumida na Tabela 01, agrupados em função do tipo de sistema de produção. A receita total durante o período de estudo foi de R$ 0,574/litro; R$ 0,596/litro; e R$ 0,613/litro, correspondentes a soma dos valores apurados com a venda de leite e animais, para o sistema A,B e C respectivamente (Tabela 4). Os sistemas B e C apuraram receitas maiores com venda de animais, sendo R$ 0,018/litro para o sistema A; R$ 0,0313/litro para o B; e R$ 0,0302/litro para o sistema C, pois os sistemas B e C são mais equilibrados e com menor demanda de animais para reposição, pois apresenta crescimento de rebanho. O sistema de pagamento da Cooperativa remunera os produtores de acordo com a qualidade, constituição de sólidos e volume de leite produzido, desta forma o sistema A apresentou preço de leite no período de R$ 0,5560/litro; R$ 0,5647/litro no B; e R$ 05828/litro no C. Na tabela 03 são apresentados indicadores de medidas de tamanho e desempenho da atividade leiteira. Todos os sistemas estudados apresentaram o ponto de equilíbrio do custo total abaixo do volume de leite produzido no período, indicando sustentabilidade da atividade no longo prazo para os 3 (três) sistemas estudados, com a receita total cobrindo todas as despesas de desembolso, e remunerando a depreciação e o capital imobilizado. De acordo com YAMAGUCHI et al. (2002) este indicador merece reflexão por parte do administrador, pois significa a quantidade de leite que deve ser vendidos para cobrir os custos de produção. As produtividades de leite por ha/ano de 7.366 litros para o sistema A; 12.790 litros para o B; e 22.129 litros para o C evidenciam que nos sistemas de produção o uso do fator terra, importante para a região, devido ao alto custo, está sendo utilizado adequadamente, de forma intensiva, com altas produtividades por área para todos os sistemas estudados. A relação vaca/homem apresentada neste estudo é superior aquela relatada por LOPES et al. (2004) de 14,96. Neste estudo o sistema A apresentou relação de 19,74, o B de 33,37 e o C de 29,97, indicando bom uso deste fator de produção. TABELA 01 – Recursos disponíveis em 59 propriedades, agrupadas em função do sistema de produção, período de outubro/04 a setembro/05, Castro – PR, 2006. Descrição Sistema A Sistema B Sistema C Valor do Patrimônio com Terra (R$) 216.786,99 825.786,99 2.548.546,37 16,79 43,51 122,25 21,52 66,08 261,45 1,09 1,98 8,90 Área (há) Quantidade de animais em lactação/dia (matrizes) Mão-de-obra (DH) Fonte: Programa de Gestão Técnica e econômica da produção de Leite – Cooperativa Agropecuária Castrolanda. TABELA 02 – Custo Total da atividade leiteira, em 59 propriedades, agrupadas em função do sistema de produção, período outubro/2004 a setembro/2005, Castro – PR, 2006. Itens Custo Operacional Sistema A R$/Litro (%) Sistema B R$/Litro (%) Sistema C R$/Litro (%) CUSTO VARIÁVEL Concentrados e Sais minerais 0,161 32,01% 0,163 33,27% 0,192 38,02% Produção e Compra de Vol. 0,069 13,72% 0,065 13,27% 0,087 17,23% Serviços de ord. e man. geral 0,072 14,31% 0,042 8,57% 0,040 7,92% Sanidade do Rebanho 0,022 4,37% 0,029 5,92% 0,031 6,14% Inseminação Artificial 0,008 1,59% 0,011 2,24% 0,011 2,18% Energia, Comb. e Lubrif. 0,026 5,17% 0,025 5,10% 0,024 4,75% Encargos Sociais 0,012 2,39% 0,017 3,47% 0,013 2,57% Aluguel de Pastagens 0,001 0,20% 0,003 0,61% 0,004 0,79% Manutenção de Pastagens 0,000 0,00% 0,002 0,41% 0,000 0,00% Reparo de Benf. e Instalações 0,003 0,60% 0,005 1,02% 0,005 0,99% Reparo de Maq. e equipamentos 0,007 1,39% 0,017 3,47% 0,015 2,97% Ferramentas e Utensílios div. 0,004 0,80% 0,003 0,61% 0,003 0,59% Outras Despesas 0,002 0,40% 0,003 0,61% 0,004 0,79% Custo Variável da Atividade 0,387 76,94% 0,383 78,16% 0,429 84,95% Serviços de Adm. E consult. 0,015 2,98% 0,027 5,51% 0,027 5,35% Impostos, Taxas e Juros 0,002 0,40% 0,005 1,02% 0,013 2,57% Depreciações 0,039 7,75% 0,034 6,94% 0,012 2,38% Remunerações 0,060 11,93% 0,041 8,37% 0,024 4,75% Custo Fixo da Atividade 0,116 23,06% 0,107 21,84% 0,076 15,05% CUSTO TOTAL 0,503 0,4903 100,00% 0,5052 100,00 % RECEITA TOTAL 0,574 0,596 0,613 RENDA LÍQUIDA 0,071 0,1057 0,1078 CUSTO FIXO 100,00 % Fonte: Programa de Gestão Técnica e econômica da produção de Leite – Cooperativa Agropecuária Castrolanda. Analisando o Custo Total da atividade leiteira (Tabela 02) observa-se que o custo variável da atividade foi menor para os sistemas A e B, com R$ 0,387/litro e R$ 0,383/litro, e que para o sistema C, o custo variável de R$ 0,429/litro foi superior, devido ao desembolso superior para custeio da alimentação neste sistema, que representou 55,28% do Custo Total, enquanto que para os sistemas A e B 45,73% e 46,54% respectivamente. Este custo variável inferior para os sistemas A e B, indicam que estes sistemas são mais sustentáveis quando a análise é realizada para períodos de curto prazo. TABELA 03 – Medidas de tamanho e indicadores de desempenho da atividade leiteira, em 59 propriedades, agrupadas em função do sistema de produção, período outubro/04 a setembro/05, Castro – PR, 2006. Descrição Sistemas de Produção A B C 36,50 110,31 423,91 Leite Produzido (1.000L/ano) 123 556 2.705 Ponto de Equilíbrio (1.000L/ano) 101 468 2.246 Produção por hectare (L/ha/ano) 7.366 12.790 22.129 Taxa de Lotação (UA/ha) 2,17 2,53 3,46 Concentrado/Vacas em Lactação (kg/cab/dia) 6,87 9,07 11,48 Volumosos/Vacas em Lactação (kg/cab/dia) 17,38 22,77 37,80 Produção de leite/concentrados (L/kg) 2,72 2,71 2,79 Produção de leite/Mão-de-obra (L/dh) 310 766 832 15,97 22,30 27,95 339 1.525 7.412 Medidas de Tamanho Rebanho Total (UA) Medidas de desempenho Leite Produzido/Vacas em Lactação (L/cab/dia) Produção diária de leite (L/dia) Fonte: Programa de Gestão Técnica e econômica da produção de Leite – Cooperativa Agropecuária Castrolanda. A produção de leite/concentrados é semelhante nos três sistemas, mostrando que apesar da diferença de manejo da alimentação nos sistemas, com o uso de maior ou menor quantidade de pastagens, o uso de concentrados é eficiente nos três sistemas estudados com média de 2,74 litros de leite por quilograma de concentrado utilizado. TABELA 04 – Medidas de desempenho econômico da Atividade Leiteira, em 59 propriedades, agrupadas em função do tipo de sistema de produção, outubro de 2004 a setembro de 2005, Castro – PR, 2006 Descrição Sistemas de Produção A B C Receita Total (R$/L) 0,574 0,596 0,613 Custo Total (R$/L) 0,503 0,4903 0,5052 Custo Operacional Efetivo (R$/L) 0,404 0,415 0,469 Custo Operacional Total (R$/L) 0,443 0,449 0,481 Renda Líquida (R$/L) 0,071 0,1057 0,1078 Margem Bruta (R$/L) 0,170 0,181 0,144 Margem Líquida (R$/L) 0,131 0,147 0,132 Rentabilidade do Capital Mobilizado (%) 9,66 13,28 15,28 Fonte: Programa de Gestão Técnica e econômica da produção de Leite – Cooperativa Agropecuária Castrolanda. Todos os sistemas de produção apresentaram margem bruta positivas (Tabela 04), indicando que no curto prazo eles podem sobreviver. Os sistemas A e B, apresentaram o melhor resultado para a margem bruta, com maior desembolso no sistema de produção. Esses resultados indicam o impacto que representa a aquisição de insumos para a alimentação do rebanho. Estes e FONTANELLI (1991), citados por MATOS (2002), onde afirmam que apesar da receita proveniente do leite produzido a pasto ser menor do que o sistema de confinamento, a margem bruta tem sido superior. Na análise da margem líquida, todos os sistemas apresentaram resultados positivos, indicando que atividade é estável, com possibilidades de expansão em todos os sistemas, e que tem possibilidades de se manter no médio prazo. As margens líquidas auferidas são semelhantes, R$ 0,131/litro; R$ 0,147/litro; e R$ 0,132/litro de leite produzido. TABELA 05 – Custo Operacional Efetivo (COE), em 59 propriedades, agrupadas em função do tipo de sistemas de produção, outubro de 2004 a setembro de 2005, Castro – PR, 2006. Descrição A B C Média ( % ) Média ( % ) Média ( % ) Alimentação 56,93 54,94 59,49 Mão-de-Obra 17,82 10,12 8,53 Sanidade e Inseminação Artificial 7,43 9,64 8,96 Energia, Combustível e Lubrificantes 6,44 6,02 5,12 Manutenção de Benf., Máq. e Equip. 2,72 5,30 4,27 Administração e Consultoria 3,71 6,51 5,76 Impostos, Taxas e Juros 0,50 1,20 2,77 Despesas diversas 4,45 6,27 5,11 Fonte: Programa de Gestão Técnica e econômica da produção de Leite – Cooperativa Agropecuária Castrolanda. Os itens que compõem o custo operacional efetivo de produção de leite foram divididos em grupos e são apresentados na Tabela 05. A divisão das despesas em grupos permitem o monitoramento das despesas do sistema de produção de leite, auxiliando o técnico e o produtor na análise mais detalhada. O item alimentação representou 56,93%; 54,94%; e 59,49% do custo operacional efetivo para o sistema A, B e C respectivamente. Estes resultados indicam a importância deste item do custo, requerendo maior atenção dos gestores dos sistemas de produção. Quanto à mão-de-obra, os resultados mostraram os percentuais de 17,82% para o sistema A; 10,12% para o sistema B; e 8,53% para o C; indicando boa eficiência do uso deste fator para os sistemas B e C, com a escala de produção ajustada. Para o sistema A o uso da mão-de-obra esta ineficiente, mostrando a necessidade de adequação do sistema de produção. LOPES et al. (2004) relata participação de 13,37% para a mão-de-obra no custo operacional efetivo. CONCLUSÕES Em média os custos de alimentação representaram 57,72% do custo operacional efetivo; a mão-de-obra 12,15%; e sanidade e inseminação artificial 8,67%. Estes itens de formação do custo de produção representaram em torno de 77,94% do custo operacional efetivo, indicando que o gestor deve estar atento a estes indicadores para tomada de decisão. Na análise econômica o sistema C apresentou a melhor rentabilidade sobre o capital imobilizado ( 15,28%), indicando que neste sistema os fatores de produção estão sendo melhor utilizados, com a escala de produção melhor ajustada. Por outro lado os resultados apresentados de 9,66% de rentabilidade sobre o capital imobilizado para o sistema A; 13,28% para o sistema B, mostram a importância desta atividade para as pequenas e médias propriedades leiteiras da Cooperativa Castrolanda, pois nestes sistemas é comum o uso da mão-de-obra familiar, e este custo oportunidade está incluído no custo total de produção de leite. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FELLET, V. K. & GALAN. V. B. Diagnóstico e acompanhamento financeira da atividade leiteira. Revista Preços Agrícolas, p. 14-17, 2000. FERGUSON, C. E. Teoria microeconômica. Rio de Janeira, RJ: Forense, 1980. 610p. GOMES, S. T. Avanços sócio-econômicos em sistemas de produção de leite. 1999. Disponível em: eee.ufv.br/der/docentes/professores/artigos/art-20. Acessado em 01 abr 2005. GOMES, A. P.; ALVEZ, E. Identificando ineficiências na produção de leite. Bol. Leite, v. 6, p. 1-2, 1999. HOFFMANN et al. Administração da empresa agrícola. 3. Ed. São Paulo: Livraria pioneira, 1981. 325p. LOPES, M. A; CARVALHO, F. de M. Custo de Produção do leite. Lavras: UFLA, 2000. 42P. (Boletim Agropecuário, 32). LOPES, M. A.; LIMA, A. L. R.; CARVALHO, F. M.; REIS, R. P.; SANTOS, I.C.; SARAIVA, F. H. Efeitos do tipo de sistema de criação nos resultados econômicos de produção de leite na região de Lavras (MG). Ciênc. Agrotec., Lavras, v.28. n.5. p. 1177-1189, 2004. LOPES, M. A.; LIMA, A. L. R.; CARVALHO, F. M.; REIS, R. P.; SANTOS, I.C.; SARAIVA, F. H. Controle gerencial e estudo da rentabilidade de sistemas de produção leiteira na região de Lavras, MG. Ciênc. Agrotec., Lavras, v.28. n.4. p. 1177-1189, 2004. MARTINS, P. C. Análise comparativa entre os sistemas de produção de leite da EMBRAPA e sistemas de produção em fazendas do Estado de Minas Gerais. Viçosa, 1988. 108p. Disseminação (M.S.) –Universidade Federal de Viçosa. OLIVEIRA, T.B.A.; FIGUEIREDO, R.S.; OLIVEIRA, M.W.; NASCIF, C. Índices e rentabilidade da pecuária leiteira. Scientia Agrícola, v. 58, n.4, p. 687-692, 2001. SCHIFFLER, E. A. Análise de eficiência técnica e econômica de sistemas de produção de leite na Região de São Carlos, São Paulo, 1998. 128p. Dissertação (M.S.) –Universidade Federal de Viçosa. YAMAGUCHI, L.C.T. & CARNEIRO, A.V. Aplicação de planilha eletrônica na análise técnica e econômica de unidades de produção de leite. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFORMÁTICA APLICADA A AGROPECUÁRIA E A AGROINDÚSTRIA.1, 1997. Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: SBIABRO, 1997, p.95-99. YAMAGUCHI, L.C.T. & CARNEIRO, A.V.; MARTINS, P.C.; MACHADO, A.D.C. Custo de produção de leite: abrindo a caixa preta. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite. 2002. 72p. ANEXO 1 FICHA DE COLETA DE DADOS: REGISTROS MENSAIS Gestão Técnica e Econômica da Produção de Leite Departamento de Pecuária Ficha para Coleta de Dados: Registros Mensais Produtor:__________________________________________________________________ Fazendas:_________________________________________________________________ Mês/Ano:__________________________________________________________________ 1 – Evolução do Rebanho Categoria Animal Preço Unitário Nascimento Compras Vendas Mortes Mudança de Categoria Para Reprodutores XXXXXX XXXXXX Vacas em Lactação XXXXXX VS Vacas Secas XXXXXX VL Novilhas Gestantes XXXXXX VL Novilhas em Recria XXXXXX NG Bezerras Mamando NR Bezerros Mamando MR Machos em Recria XXXXXX ME Machos em Engorda XXXXXX XXXXXX Rufiões XXXXXX XXXXXX Equinos XXXXXX XXXXXX Nº Cab. 2 – Alimentação do Rebanho (Vacas em Lactação) Tipo de Alimento Descrição Qtde Fornecida no Mês (kg) Tipo de Alimento: C = Concentrado; S= Suplementos Minerais; V = Volumosos G = Grãos Produzidos para Uso na Bovinocultura de Leite Nº Médio Animais Número de Dias de Trato ANEXO 1 FICHA DE COLETA DE DADOS: REGISTROS MENSAIS 3 – Fluxos de Entrada Apropriação Descrição Unid. Qtde. Preço Unitário Apropriação: Produtos Principais: 1A = Vendas de Leite; 1B = vendas de Laticínios; 1C = Outros Destinos Produtos Secundários: 2A = Venda de Animais p/ Produção; 2B = Venda de Animais p/ Abate; 2C = Outros 2D = Recebimento de Empréstimos. 4 – Fluxo de Saída Apropriação Descrição Unid. Apropriação: Consultar tabela “Apropriação Fluxo de Saída” Qtde. Preço Unitário ANEXO 1 FICHA DE COLETA DE DADOS: REGISTROS MENSAIS 4 – Fluxo de Saída – Continuação Apropriação Descrição Unid. Apropriação: Consultar tabela “Apropriação Fluxo de Saída” Qtde. Preço Unitário ANEXO 1 FICHA DE COLETA DE DADOS: REGISTROS MENSAIS Gestão Técnica e Econômica da Produção de Leite Departamento de Pecuária Apropriação: Fluxos de Saída Despesas Operacionais Despesas de Investimento 1A – Concentrados e Sais Minerais 2A – Terra 1B – Compra de Volumosos 2B – Formação de Pastagens e Forrageiras 1C – Serviços de Administração e Consultoria 1C1 – Permanente 1C2 – Familiar Remunerado 1C3 – Eventual 1D – Serviços de Ordenha e Manejo Geral 1D1 – Permanente 1D2 – Familiar Remunerado 1D3 – Eventual 1E – Sanidade de Rebanho 1E1 – Vacinas 1E2 – Vermifugos 1E3 – Carrapaticidas, Bernicidas e Mosca 1E4 – Medicamentos em Geral 1E5 – Produtos de Limpeza e Higienização 1F – Inseminação Artificial 1G – Energia, Combustível e Lubrificantes 1H – Transporte de Leite 1I – Encargos Sociais 1J – Impostos e Taxas 1K – Aluguel de Pastagens 1L – Reparo de Benfeitorias e Instalações 1M – Reparo de Máquinas, Motores e Equipamentos 1N – Ferramentas e Utensílios Diversos 1O – Outras Despesas 1P – Amortização de Empréstimos 2C – Benfeitorias e Instalações 2D – Máquinas, Motores e Equipamentos 2E – Animais de Serviço 2F – Animais de Produção Relatório de Custo : Análise Individual Produtor: ALEX NAPOLI Emissão: 03/04/2006 Fazenda: CHÁCARA REATA Período: Janeiro/2005 a Dezembro/2005 Custo Total Discriminação Último Mês Média do Período Média Corrigida R$/l % R$/l % R$/l % Concentrados e Sais Minerais 0,189 51,23 0,170 35,38 0,170 35,37 Produção e Compra de Volumosos 0,000 0,00 0,075 15,55 0,075 15,61 Serviços de Ordenha e Manejo Geral 0,034 9,31 0,039 8,20 0,039 8,19 Sanidade do Rebanho 0,026 6,98 0,029 6,14 0,029 6,13 Inseminação Artificial 0,000 0,00 0,017 3,61 0,017 3,61 Energia, Combustível e Lubrificantes 0,027 7,23 0,034 7,17 0,034 7,17 Transporte do Leite 0,000 0,00 0,000 0,00 0,000 0,00 Encargos Sociais 0,009 2,50 0,012 2,45 0,012 2,45 Aluguel de Pastagens 0,000 0,00 0,000 0,00 0,000 0,00 Manutenção de Pastagens e Forrageiras 0,000 de Corte 0,00 0,000 0,00 0,000 0,00 Reparo de Benfeitorias 0,000 0,00 0,001 0,22 0,001 0,23 e 0,000 0,00 0,006 1,33 0,006 1,33 Ferramentas e Utensílios Diversos 0,000 0,00 0,001 0,28 0,001 0,28 Outras Despesas 0,002 0,57 0,000 0,08 0,000 0,08 Remuneração do Capital de Giro 0,000 0,00 0,000 0,00 0,000 0,00 Custo Variável da Atividade 0,287 7,82 0,385 80,43 0,386 80,46 e 0,027 7,33 0,024 4,97 0,024 4,96 Impostos, Taxas e Juros 0,002 0,67 0,007 1,45 0,007 1,44 Depreciações 0,025 6,67 0,031 6,38 0,031 6,37 Remunerações 0,028 7,51 0,032 6,77 0,032 6,76 Custo Fixo da Atividade 0,082 22,18 0,094 19,57 0,094 79,54 CUSTO TOTAL DA ATIVIDADE 0,369 100,00 0,479 100,00 0,480 100,00 MENOS VENDA DE ANIMAIS 0,020 -------- 0,017 -------- 0,017 -------- CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO DE LEITE 0,349 -------- 0,462 -------- 0,463 -------- CUSTO VARIÁVEL DA PRODUÇÃO DE 0,271 LEITE -------- 0,372 -------- 0,373 -------- CUSTO FIXO DE PRODUÇÃO DE LEITE -------- 0,091 -------- 0,091 -------- CUSTO VARIÁVEL Reparo de Equipamentos Máquinas, Motores CUSTO FIXO ATIVIDADE Serviços de Consultoria Administração 0,077 (*) Valroes corrigidos segundo IGP – DIF/FGV para o mês de Dezembro/2005 Relatório de Custo : Análise Individual Produtor: ALEX NAPOLI Emissão: 03/04/2006 Fazenda: CHÁCARA REATA Período: Janeiro/2005 a Dezembro/2005 Último Mês Média do Período Média Corrigida(*) Área Destinada a Pecuária de Leite (ha) 15,00 15,00 - Rebanho Leiteiro (UA) 75,75 69,45 - Vacas em Lactação (cab/dia) 48,00 46,08 - Leite Produzido (l/dia) 1034,48 881,77 - Leite Vendido (l/dia) 1014,03 867,10 - 25655,20 21497,20 - Taxa de Lotação das Pastagens 13,62 12,49 - Relação de Vacas em Lactação/Vacas Total (%) 84,00 87,25 - Concentrado/Vacas em Lactação (kg/cab/dia) 9,40 10,25 - Volumosos/Vacas em Lactação (kg/cab/dia) 25,00 22,73 - Suplemento (g/UA/dia) 264,03 240,63 - Leite Produzido/Concentrado (l/kg) 2,20 2,08 - Leite Produzido/Vacas em Lactação (l/cab/dia) 21,55 19,05 - Leite Produzido/ Vacas Total (l/cab/dia) 18,15 16,67 - Leite Produzido/Mão-de-Obra Permanente(l/dh) 517,24 418,50 - Leite Produzido/Mão-de-Obra Total (l/dh) 471,60 370,05 - 17768,15 19035,18 19031,55 -500,00 2258,33 2264,64 Total de Saídas (R$) 12504,38 15531,09 15540,79 Saldo de Fluxos de Caixa (R$) 4763,77 5762,42 5755,40 Receita Total (R$/l) 0,51 0,56 0,56 Custo Total (RS/l) 0,37 0,48 0,48 Custo Operacional Efetivo (R$/l) 0,29 0,40 0,40 Custo Operacional Total (R$/l) 0,34 0,44 0,44 Renda Líquida (R$/l) 0,14 0,08 0,08 Margem Bruta (R$/l) 0,21 0,16 0,16 Margem Líquida (R$/l) 0,17 0,12 0,12 Discriminação A) Medidas de Tamanho B) Medidas de Desempenho Técnico Produtividade da Área Destinada à Pecuária de Leite (l/ha/ano) Mineral/Rebanho Leiteiro C) Medidas de Desempenho Financeiro Total de Entradas (R$) Variação do Inventário Animal (R$) D)Medidas de Desempenho Econômico Rentabilidade do Capital Imobilizado (%) Ponto de Nivelamento do Custo Total (l/dia) 0,04 0,02 0,02 751,21 822,33 824,68 (*) Valores corrigidos segundo IGP-DI/FGV para o mês de Dezembro/2005