Comunicado à imprensa
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"Precisamos de pontes abrindo o caminho para os 100% de energia
renovável"
O Presidente da Voith, Lienhard, pede novos parâmetros para a transição
energética.
25/09/2012
"Para que a transição energética funcione, precisamos de novas
condições." Por ocasião do Dia da Indústria Alemã 2012, o Presidente da
Voith, Dr. Hubert Lienhard, pediu mais realismo na discussão sobre a
transição energética: "Essa pode não ser uma ideia popular, mas
precisamos de tecnologias de recursos fósseis como pontes para permitir
que a transição energética se realize. Na minha opinião, a mudança direta
para 100% de energias renováveis, sem essa ponte, não é viável." Para
Lienhard, uma possível tecnologia intermediária seriam novas usinas de
gás modernas no sul da Alemanha.
Durante uma mesa-redonda em comemoração do Dia da Indústria Alemã
2012, com a participação de personalidades de destaque, como Arndt
Kirchhoff (CEO Kirchhoff Automotive GmbH), Dr. Heinrich Hiesinger,
(Presidente da ThyssenKrupp AG) e Ulrich Harnacke (Sócio Deloitte),
Lienhard defendeu a ideia de um plano mestre para a transição
energética. Atualmente, 16 estados federados e inúmeras empresas,
municípios e empreendedores em todo o país estão trabalhando na "sua"
própria transição energética. "Precisamos de um plano mestre para a
transição energética na Alemanha, com uma coordenação centralizada, e
de uma nova versão da Lei der Energias Renováveis, que crie incentivos
eficazes para a alimentação de energia eólica e solar nas redes."
O Presidente da Voith ressaltou a importância de uma energia estável e
financeiramente viável para a indústria alemã. "Somos um país industrial e
precisamos de um grande volume de energia elétrica. Ela tem que estar
sempre disponível, a qualquer momento. Mesmo durante a noite e nos
dias em que não há vento. E a um custo que não force tecnologias e
processos de produção importantes a procurar outros países.”
O preços altos da energia elétrica estariam tornando a Alemanha pouco
atraente não só para setores tradicionais, como p. ex. a indústria do papel,
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mas principalmente também para tecnologias inovadoras que exigem
intenso consumo de energia. Como exemplo, Lienhardt citou os
compósitos de fibra de carbono, usados também na construção de
automóveis ultraleves no futuro. "Não é aceitável que, em vista da
insegurança do planejamento e dos altos custos da energia, as empresas
comecem a construir suas próprias usinas para operar suas plantas. Na
minha opinião, essas condições não condizem com uma nação industrial
moderna como a Alemanha. Não é tarefa da indústria garantir o
abastecimento de energia e atuar como operadora de usinas."
Outra questão central na discussão foi a consolidação das finanças
públicas. Lienhard pediu compreensão e apoio à continuação da política
de consolidação do Governo Federal. "A política de contenção de custos
do Governo Federal é correta. É imprescindível que ela seja mantida. Se
houver garantia de que os recursos adicionais adquiridos serão usados
para a redução da dívida, eu pessoalmente vejo uma grande tendência a
apoiar a chanceler na extinção de subsídios desnecessários."
Mas isso não se restringe à Alemanha – é preciso acabar com a política
de endividamento que vem sendo praticada há anos em parte do território
europeu, acredita Lienhard. "Assim como as empresas e na vida
doméstica, os estados também têm que cumprir seus orçamentos com
disciplina". Mesmo que se possa ter uma outra impressão, a Alemanha,
principalmente, teve vantagens com a introdução do Euro. "A volta do
marco alemão como moeda forte seria, a meu ver, o pior cenário possível
para a Alemanha. Por isso mesmo, apoio a chanceler e o Governo Federal
no seu curso perseverante para garantir o Euro como moeda forte comum,
fazendo uso de todas as medidas razoáveis disponíveis. Falar e publicar
todos os dias sobre a "crise do Euro" não nos ajuda em nada. É preciso
tratar agora das diferenças de competitividade na zona do Euro."
A Voith define padrões nos mercados de energia, petróleo e gás, papel e
celulose, matérias-primas, transporte e automotivo. Fundada em 1867, a
empresa gera 5,6 bilhões de euros em vendas, emprega mais de 40 mil
pessoas e opera em mais de 50 países. Hoje, é uma das maiores
empresas familiares da Europa.
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