PROCESSOS METALÚRGICOS DE FABRICAÇÃO
Amanda Alves PEIXOTO 1
Chelinton Silva SANTOS 1
Daniel Moreira da COSTA 1
Rosângela Chaves dos Santos GUISELINI 1
Eduardo Tambasco MONACO 2
RESUMO
Este trabalho visa apresentar como a metalurgia foi descoberta, quais suas vantagens,
características, os diversos processos que a abrangem. Como a aplicação de ferramentas de
sistema de gestão da qualidade e métodos de controle podem influenciar significativamente
no desenvolvimento e evolução destes processos.
Palavras-chave: Metalurgia, processos de fabricação, melhoria contínua.
INTRODUÇÂO
A metalurgia é a ciência que estuda e gerencia os metais desde a extração do subsolo
até a transformação de produtos adequados ao uso. Metalurgia também designa um conjunto
de procedimentos e técnicas para extração, fabricação, fundição e tratamentos de metais e
suas ligas. Atualmente, a indústria metalúrgica brasileira é reconhecida internacionalmente,
pela sua competitividade, seu baixo custo de produção, pelo domínio tecnológico e pela sua
estrutura de produção.
METALURGIA
As empresas metalúrgicas de pequeno, médio e grande porte são responsáveis por uma
parcela significativa do mercado produtivo industrial nacional, geram renda e emprego, porém
ainda estão carentes de profissionais técnicos que detenham conhecimento de gestão para
aplicar ferramentas que proporcionem aumento de produtividade e melhorias generalizadas
neste ambiente. Portanto, conhecer sobre este segmento e seus processos são necessários para
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Graduando CEUNSP, curso Gestão da Qualidade, Turma 2012.
Professor CEUNSP, Itu/SP, Orientador TCC.
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se preparar para o mercado crescente e promissor. Tanto a indústria metalúrgica como a
siderúrgica se destinam à produção de metal, entretanto uma usina metalúrgica é mais ampla,
ela produz diversos tipos de metais, como por exemplo: alumínio, titânio, ferro, etc. Já a usina
siderúrgica é voltada apenas para a produção de ferro e aço. Metalúrgicas e siderúrgicas
seguem basicamente o mesmo processo de fabricação.
Processo de fabricação é a fase de transformação da matéria-prima (metal, ferro, aço)
para produção de produtos e subprodutos utilizados pelas indústrias de beneficiamento bem
como, automotivas, linha branca, gás e petróleo. Nesta etapa é estabelecido formas e
aplicações ao metal, também pode-se alterar as propriedades mecânicas para sua aplicação.
Os tipos de processos metalúrgicos mais utilizados na indústria nacional são: fundição,
tratamento térmico, usinagem, estampagem e trefilação.
A fundição se destaca dos demais processos, pois é um dos mais versáteis,
principalmente quando se considera os diferentes formatos e tamanhos das peças que se pode
produzir. É possível classificar os processos de fabricação em três grupos: fundição em
moldes de areia, fundição em moldes metálicos e fundição de precisão.
O tratamento térmico é a fase onde se modifica as propriedades mecânicas e químicas
do material para se obter resultados apropriados para sua utilização, são classificados em três
partes essenciais: temperatura de aquecimento, velocidade de resfriamento e composição
química do material, essas características determinarão como o material sairá (mole, duro,
elástico, etc), isso significa que, antes de todos os tipos de tratamento térmico é preciso saber
qual a composição química do material e onde será utilizado.
O processo de usinagem estabelece forma, dimensão e acabamento às peças, através
da remoção de sobremetal, gerando cavacos (partícula de material de forma irregular
removidas da peça pela utilização de uma ferramenta). De acordo com Vicente Chiaverine, há
muitas operações de usinagem e uma grande variedade de máquinas operatrizes e ferramentas
de corte.
Este processo é um dos mais utilizados no segmento metalúrgico, devido sua
flexibilidade de processo conseguindo atender diversos clientes dos mais variados.
A estampagem é um processo de fabricação mecânica geralmente a frio, onde uma
chapa plana é submetida à transformação de modo a adquirir uma forma geométrica. Ela é
composta basicamente por três operações: corte, dobramento/encurvamento e estampagem
profunda, enquanto as duas primeiras podem ser realizadas a frio, a estampagem profunda
pode eventualmente ser realizada a quente, ao contrário da usinagem este processo não exige
muita precisão nos controles.
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A trefilação é um processo mecânico a frio, que consiste na passagem de uma barra,
perfil ou fio, por uma matriz (fieira), por meio de uma força de tração, conformando o
diâmetro final desejado, conferindo-lhe melhor precisão dimensional, qualidade superficial e
melhores propriedades mecânicas. Com esse processo não há perda de material, pois na
medida em que o tubo vai reduzindo, o diâmetro aumenta o comprimento, é muito utilizado
no segmento automobilístico (tubulações para condução de fluidos de freio, tubos de direção
hidráulica e eletro dutos.
É fundamental haver controle de qualidade nos processos metalúrgicos, deve ser
realizado desde avaliação das características de composição química do material até o
dimensionamento das peças produzidas. As especificações de clientes e os padrões exigidos
do mercado estão cada vez mais rigorosos, ocasionando a necessidade de controles
adequados.
É preciso determinar as composições químicas e mecânicas das ligas metálicas, que
são realizadas através de ensaios em laboratórios especializados. A verificação da estrutura do
material pode ser feita do ponto de vista macroscópico e microscópico. No primeiro caso é
feito a olho nu em seções do material, polidas e atacadas com reativos, visando à obtenção de
informações de caráter geral sobre a homogeneidade do produto, presença de impurezas, etc.
As propriedades mecânicas são determinadas por intermédio dos ensaios destrutivos e
não destrutivos com utilização de equipamentos apropriados.
Para maior eficácia dos processos e controles de qualidade é necessária a implantação
de ferramentas de gestão e a inserção de boas teorias, aliado a uma base técnica, desta forma
proporcionam aumento da produtividade, redução de reclamações tanto internas quanto
externas. O aprimoramento contínuo do processo pode ser realizado através da implantação da
metodologia Kaizen que não é apenas uma ferramenta da qualidade, mas sim uma filosofia de
vida. Para o Kaizen é sempre possível melhorar, afinal nada é tão bom que não possa ser
melhorado.
Nas empresas esta metodologia pode ser aplicada em qualquer ambiente, para
assegurar e melhorar a qualidade, satisfazer os clientes (externos e internos) e reduzir os
custos através de atividades propostas pelos funcionários.
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CONCLUSÃO
O processo de melhoria contínua traz importantes vertentes que o torna efetivo e
traduzem os passos da metodologia Kaizen: análise de valor, avaliação de desperdícios,
padronização, racionalização da força do trabalho, sistema Just In Time, entre outros.
É importante ressaltar que a metalurgia apresenta um papel significativo na economia
brasileira e mundial, é uma área que está evoluindo muito, atualmente é um dos segmentos
mais visados e lucrativos. O desenvolvimento das técnicas de operação e o gerenciamento das
atividades em busca do domínio da produção são essenciais para o crescimento deste
segmento.
Todos os segmentos existentes têm exemplos de processos metalúrgicos ou
componentes deste. A variedade de processos permite atuar em diversos setores produtivos,
como o setor automotivo, linha branca, fundição, estamparia, tubulação, etc.
A realização do projeto de implantação da metodologia Kaizen, pode proporcionar
melhorias significativas dentro do processo produtivo, aumenta a produtividade, melhora o
ambiente organizacional, reduzem custos, desperdícios e consequentemente aumenta a
lucratividade.
Desenvolver um trabalho voltado para a ampliação de conhecimentos sobre
metalurgia, processos de fabricação e implantação de ferramentas de gestão de melhoria
contínua, agregam conhecimento, desenvolvimento e subsídios para atuar na área de gestão
deste, que é um dos segmentos mais significativos do mercado.
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REFERÊNCIAS
CHIAVERINE, Vicente. Tecnologia Mecânica – Processos de Fabricação e Tratamento,
2ª edição.
COLPAERT, Hubertus. Metalografia dos Produtos Siderúrgicos, 4ª edição.
VALE, José Ângelo. 40 técnicas de ferramentas e técnicas de gerenciamento. Brasport
Livros e Multimidea LTDA, 2007.