PRESSTEM prestaÇÃO DE SERVIÇOS especializados ano XI DEZembro 2009 nº35 QUEM SABE FAZ BEM FEITO Titular da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Antonio de Medeiros avalia o atual estágio do trabalhismo no País, aponta os desafios do mercado e afirma que a Terceirização é uma via que possibilita especializar o trabalhador brasileiro PROMOÇÃO E MERCHANDISING Terceirização aproxima consumidor de produtos e serviços Conheça o trabalho das Coordenadorias INDICADORES: Pesquisas mostram que o País está pronto para retomada ELEIÇÕES 2009: Eleita por unanimidade, gestão se prepara para o diálogo ENCARTE ASSERTTEM: Entidade comemora 40 anos ampliando influência CIETT 2010: Sindicato divulga no mundo evento a ser realizado no Brasil PRESSTEM ÍNDICE Edição 35 06 QU E M S A B E FA Z B E M F E ITO Secretário de Relações do Trabalho diz em entrevista que Terceirização é caminho para a especialização dos trabalhadores >> pág. 06 Daniela Bayer Capa S E R V IÇ O S E S P E C IA L IZ A D O S Luiz Antonio de Medeiros 12 Promoção e Merchandising: crucial para o marketing moderno >> pág. 12 31 TALENTOS DA StockXpert 05 E M FOCO Jan Wiegerinck Promoção e Merchandising StockXpert 40 Brasil: mais próximo do Ciett 2010 ESPECIALIZAÇÃO 18 B al an ço das coordenadorias 34 MIRANTE 20 el ei ções 2 0 0 9 36 RE ALIZAÇÕ E S E PARC ERIAS 22 B ALANÇO DA GE S TÃO 40 CIE TT 2 0 1 0 - BRAS IL 26 CE BRASS E NE W S 43 E V E NTOS 27 TE NDÊ NCIAS E TE CNOLOGIA 50 HU MOR CORPORATIVO 28 INDICADORE S Hélio Zylberstajn E NCARTE ASS E RTTE M NOTÍCIAS Caro Associado, Filiado e Sindicalizado ao Sindeprestem, atualize seus dados cadastrais. Recorte na linha pontilhada e envie por fax (11) 3215-8277 ou e-mail para [email protected] Razão Social: CNPJ: Cidade: UF:Cep: Fone/Fax: e-mail (1): Site: e-mail (1): Capital Social: Responsáveis e Sócios: Nome: Cargo:e-mail: Nome: Cargo:e-mail: 1. Sócio-diretor: e-mail: 2. Sócio-diretor: e-mail: PRESSTEM End: 3 expediente Produção Editorial GT Marketing e Comunicação Tels: (11) 5053-6100 [email protected] Editor Responsável Gaudêncio Torquato – MTb. 8.387 SP Assessoria de Marketing Daniela Bayer [email protected] Repórteres Camila Vasconcellos Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão-de-Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo Av. São Luís, 258 – 18° andar CEP: 01046-915 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3215-8250 Fax: (11) 3215-8277 Assessoria Jurídica: 0800 701 2449 www.sindeprestem.com.br – e-mail: [email protected] DIRETORIA DO SINDEPRESTEM Johannes Antonius Maria Wiegerinck – Presidente Fernando Barbosa Calvet – Vice-Presidente Augusto César Calado da Costa – Diretor Administrativo Vander Morales – Diretor de Comunicação Maurice Braunstein – Diretor Financeiro Jacob Luiz Magnus - Diretor Jurídico Nilza Tavoloni – Diretora de Regionais Antonio Carlos Saraiva – Vice-Presidente de Serviços Terceirizáveis Regina de Souza – Diretora de Formação e Eventos Edson Ferreira – Diretor Suplente Danielle Borges – MTb. 46.993 SP Giovanna Zanaroli – MTb. 47.378 SP Produção Gráfica L2 Propaganda Tel/Fax: (11) 3816-3251 www.l2propaganda.com.br Direção de Arte Thais Moro Assistentes de Arte Bruno Moreira Gabriela Maciel Impressão DELEGADOS REGIONAIS Ribeirão Preto: Geraldo Russomano Guarulhos: Jismália Oliveira Alves Santos: José Renato Quaresma ABC: Maria Olinda Longuini Americana: Nilza Tavoloni Vale do Paraíba: Sérgio Gallati Sorocaba: Walter Rosa Campinas – Luiz Simões CONSELHO CONSULTIVO Paulo Magalhães – Presidente Sílvio Roberto A. Martins José Antônio Gregório Maviael Vicente de Moura Jr. Jacob Luiz Magnus Reinaldo Finocchiaro Filho CONSELHO FISCAL Eunice da Silva Gomes Cunha – Presidente José Viana Lima Sezi Inoue Edmílson Luiz Formentini Tel.: (11) 3933-9100 PRESSTEM DIRETORIA EXECUTIVA Vander Morales - Presidente Fernando Barbosa Calvet - Vice-Presidente Augusto César Calado da Costa - Diretor Administrativo-Financeiro Paulo Magalhães - Vice-Diretor Administrativo-Financeiro Jismália de Oliveira Alves - Diretora de Comunicações e Eventos Evando Freitas de Sousa - Vice-Diretor de Comunicações e Eventos Jacob Luiz Magnus - Diretor de Assuntos Legais Flávio Nascente - Diretor de Expansão Regional José Roberto Scalabrin - Diretor de Relações institucionais e Governamentais Oriol Wiegerinck - Diretor de Relações Internacionais. DIRETORIA REGIONAL Rio de Janeiro - Márcia Costantini Minas Gerais - José Carlos Teixeira Guarulhos - Jismália de Oliveira Alves Paraná – Danilo Padilha CONSELHO DELIBERATIVO Silvio Roberto Alaimo Martins - Presidente Edson Ferreira Elza Crivelaro José Antonio Gregório Marcelo Augusto Scalabrin CONSELHO FISCAL Eunice da Silva Gomes Cunha- Presidente Ana Maria da Silva José Viana Lima Suélia Luz de Oliveira Duograf www.duograf.com.br 4 Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário Av. São Luís, 258 – 12° andar – Cj. 1208 CEP: 01046-915 – Centro – São Paulo – SP Tel.: (11) 3258-1204 / 3214-1742 Para localidades fora do Estado de São Paulo: 0800-109846 www.asserttem.com.br - e-mail: [email protected] Nossas entidades são filiadas à EM FOCO Jan Wiegerinck, Presidente do Sindeprestem Tempo de consolidação Edevaldo Tadeu claro que somos parte da solução de algumas realidades brasileiras que exigem aperfeiçoamento. Refiro-me, neste caso, aos melhoramentos que concernem à nossa atividade, principalmente quanto ao grau de informalidade existente na economia e à má distribuição de renda. Houve alguma melhoria nesses dois aspectos, sem dúvida, mas há muito por fazer. Por fim, um apelo. Sei que a entidade existe para promover os interesses dos seus associados. Não per camos, porém, nunca de vista que todo o interesse deve estar inserido no conjunto dos objetivos de toda a sociedade. Nenhum interesse setorial se sobrepõe ao Bem Comum. Em minha opinião, uma das causas do alto grau de conflito existente em nossa sociedade, com reflexos sobre nossa área, é, por exemplo, o monstruoso número de processos trabalhistas. A esse fenômeno podemos somar o reduzido senso de responsabilidade de nossas elites. Responsabilidade não por resultados imediatos, mas pelas consequências para todos os envolvidos no processo social. Compartilho da definição de elite de Ortega y Gasset: “são aqueles que exigem mais de si do que dos outros”. Sobre o futuro, desejo êxito à Diretoria que assume sob a orientação do Sr. Vander Morales. Estou certo de que seus componentes podem contar com o apoio de todos no enfrentamento dos desafios que, seguramente, não faltarão. Meu muito obrigado pela oportunidade, apoio, colaboração e convivência humana. // Avançamos. Somos, hoje, parcela incontestável do cenário empresarial do País. Mais do que isto, estatísticas e pesquisas demonstram que somos parte da solução no aperfeiçoamento da realidade brasileira PRESSTEM Esta é minha última mensagem nesta coluna reservada ao Presidente da nossa entidade. Quero, em primeiro lugar, agradecer a muitos. Aos que elegeram a mim e à atual diretoria. Recebemos o voto como demonstração de confiança. Os que trabalharam conosco - não vou citar nomes: são de todos conhecidos. Os nossos agradecimentos aos colaboradores internos, ao nosso staff dedicado e competente. Aos parceiros externos, às assessorias jurídica, de comunicação, de relações públicas e de pesquisas. Não posso esquecer de deixar, aqui, o reconhecimento e o agradecimento aos sindicalistas laborais com os quais interagimos neste período. Se não fizemos mais e melhor, quero assumir a responsabilidade. Foi porque não pedi ou dei a orientação. Sempre digo: quando algo não funciona a culpa é do chefe. E meu caso não é diferente. Também agradeço aos componentes da Diretoria. Realizamos uma gestão harmônica e, creio, bastante eficaz. Fizemos o que estava em nosso poder. Ou seja, o que estava nas nossas competências e era viável dentro das circunstâncias. Naturalmente, gostaríamos ter feito mais. Porém, aqui não é o espaço para entrar em pormenores. O Sindeprestem avançou. Estamos claramente si tuados no contexto empresarial brasileiro. O espaço da nossa atividade e de nossas empresas está melhor definido. Os dados estatísticos levantados pelas diversas pesquisas mostram nossa importância social e econômica. Mais do que isto, tornam 5 Daniela Bayer QUEM SABE FAZ BEM FEITO aguardando texto PRESSTEM // Para que a 6 regulamentação da Terceirização se concretize há um viés ideológico difícil de superar LUIZ ANTONIO DE MEDEIROS TERCEIRIZAÇÃO TRAZ AO BRASIL TENDÊNCIA MUNDIAL: ESPECIALIZAÇÃO DO TRABALHADOR Nascido no coração da Floresta Amazô nica, numa pequena cidade chamada Seringal Vi tória, o atual Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Antonio de Medeiros Neto, iniciou sua história na política a partir da militância e participação no movimento de resistência à ditadura militar. Preso e depois exilado, morou durante alguns anos no Chile até ser convidado, em 1973, a cursar a Escola Internacional de Política em Moscou, na ex-União Soviética. No regresso ao Brasil, Medeiros empregou-se na indústria metalúrgica e iniciou uma nova etapa: a participação no movimento sindical brasileiro. Em 1978, sua engajada atuação no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo lhe rendeu a notoriedade que o levou a assumir a Presidência da entidade anos depois. Fundador da Força Sindical, em 1991, foi o precursor do chamado Sindicalismo de Resultados, modelo que privilegia o diálogo com as forças produtivas para a obtenção dos objetivos dos trabalhadores. Antes de assumir o atual posto no Ministério do Trabalho e Emprego, cumpriu dois mandatos como deputado federal. Em entrevista exclusiva à revista Presstem, Luiz Antonio de Medeiros faz uma análise sobre a lei que regulamenta a Terceirização e o Trabalho Temporário, os desafios do mercado de trabalho e os impactos da carga tributária na oferta de empregos. Presstem – Ao assumir o atual cargo no Minis tério, sua principal meta foi a de adequar a estru tura sindical à realidade e modernizar as relações capital-trabalho. O que tem sido feito? Luiz Antonio de Medeiros – Cuidar das relações sindicais e das negociações por meio do MTE tem sido uma experiência administrativa muito rica. A instituição da Portaria nº 186, de 10 de abril de 2008, pelo ministro Carlos Lupi, deu total transparência ao registro sindical. Seguindo as orientações con tidas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a portaria estabelece que seja permitido existir mais de uma entidade de grau superior – confederação, federação - representando a mesma categoria, desde que uma não se sobreponha à outra. Assim, ao mesmo tempo em que a unidade sindical é mantida, há oxigenação em sua cúpula. Esta modificação foi muito benéfica para o modelo sindical se adequar à realidade. P – Como descreveria sua participação no cenário político, desde a época do Sindicato dos Metalúrgicos? LAM – Acredito que eu tenha dado alguma contribuição ao Sindicato dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, que não era respeitado pelos empresários e nem querido pelos trabalhadores. Quando assumi a presidência em 1987, o Sindicato estava muito viciado nas relações industriais. Então estabeleci uma política de rompimento, PRESSTEM Por Giovanna Zanaroli 7 QUEM SABE FAZ BEM FEITO com a adoção de uma postura mais realista e combativa, mas, ao mesmo tempo, aberta ao diálogo. No ano de 1991 fundei a Força Sindical, que hoje tem um papel muito importante. Quando fui deputado federal presidi a CPI da Pirataria, cujo propósito foi a investigação do contrabando e que trouxe importantes contribuições para com bater este crime. Bruno Leite P – O que o sr. destacaria em sua atual função de secretário de Relações do Trabalho? LAM – A regulamentação do trabalho aos do min gos foi uma das grandes negociações do Mi nistério do Trabalho. A desburocratização para a constituição de sindicatos também. Acho até que existe um número excessivo de sindicatos, o que significa que as pessoas estão mais organizadas. No entanto, mais tarde as pessoas aprenderão com a própria experiência que é preciso diminuir este número. O que nós queremos é sindicato forte e representativo, independente de central e partido político. Interessa-nos aqueles que realmente representem bem os seus trabalhadores ou seus empresários. P – O Projeto de Lei 4.302/98 tramita há mais de uma década no Congresso. Quais obs táculos precisam ser removidos para que a regu lamentação satisfaça as necessidades de todos os interessados? LAM – Eu acho que a Terceirização e o Trabalho Temporário precisam ser regulamentados no Brasil. O que o governo quer e o que o ministro Lupi nos recomenda é que estas atividades sejam sinônimo de especialização e não de precarização. Por exem plo, a busca por especialistas para execução de determinada etapa da produção é uma tendência mundial. No Brasil, estamos caminhando para isso. P – Mas a falta de lei que regulamente a ati vidade não abre espaço justamente para que em presas inidôneas fraudem os trabalhadores e, ao mesmo tempo, exerçam concorrência desleal com as empresas sérias, responsáveis por prestações de serviços cada vez mais especializados? LAM – De fato, ainda não temos uma lei que, por um lado, acabe com a precarização, e, por outro, dê segurança jurídica ao empresariado. É preciso garantias para que mais tarde não surjam ações PRESSTEM // A busca por Daniela Bayer 8 especialistas para execução de determinada etapa da produção é uma tendência mundial P – No Brasil, além da falta de uma legislação para estas atividades específicas, as re lações de trabalho ainda são regidas pela CLT, que é de maio de 1943. Quais medidas po deriam adequá-la à modernização das relações trabalhistas, respeitando os direitos constitucionais dos trabalhadores? LAM – O direito do trabalhador é sagrado e inegociável, pois se demora muito para conquistar. Temos discutido uma lei de Terceirização que acabe com a precarização e fortalecido os sindicatos para que tenham maior poder de negociação. No momento oportuno, quando os trabalhadores estiverem con vencidos de que haverá crescimento econômico e garantia dos direitos, poder-se-á mexer na CLT. Pois sempre que o assunto é posto em discussão, os direitos dos trabalhadores são prejudicados. P – Nos eventos promovidos pelo Sindeprestem nos quais esteve presente, o sr. informou que o Ministério tem adotado mudanças pontuais para desburocratizar e agilizar a atuação das empresas. Como está este processo, houve algum avanço? LAM – Antes do final do ano, a proposta estudada pelo Ministério do Trabalho deverá ser concluída. Pretendemos facilitar o Trabalho Tem porário e dar à atividade maior transparência. Para prorrogar um contrato, as empresas deverão apenas informar o MTE pela internet. Não será mais necessária a abertura de filiais em outros estados para poder prestar serviços. Quando se exige que uma empresa abra uma filial, as grandes são privilegiadas em detrimento das pequenas. P – Quanto ao trabalhador, quais medidas e iniciativas específicas o Ministério tem adotado para resguardá-lo? LAM – A maior parte das fraudes contra o trabalhador acontece no momento da rescisão contratual. O MTE quer coibir a atuação de empresas inidôneas e, por isso, antes do final deste ano, vai implementar em seu site um sistema chamado Homolognet. A ferramenta consegue calcular todos direitos devidos, incluindo o tempo retroativo. O trabalhador e os sindicatos terão maior clareza quanto à homologação. P – O mercado de trabalho, mesmo o menos complexo, exige um trabalhador cada vez mais qualificado. Qual o papel do governo para o País, cujo grau de escolaridade e especialização ainda é baixo, enfrentar este desafio? LAM – O governo tem investido em qualifi cação, inclusive dirigida ao pré-sal. O MTE e a Petrobras liberaram recursos para especializar trabalhadores em edificações, que irão trabalhar na área de exploração do petróleo. O curso tem duração de três ou quatro meses e o trabalhador ganha uma bolsa-auxílio de R$ 300. P – A gestão do ministro Carlos Lupi enfrentou altas substanciais nos níveis de desemprego. Aparentemente este momento foi ultrapassado, mas o País precisa ampliar seu mercado de trabalho. Os empresários alegam que a alta carga tributária dificulta o investimento em mão de obra. Quais, em sua opinião, os caminhos para desatar este nó? LAM – O Brasil realmente tem que se preparar para o futuro. As pessoas ainda não têm ideia do real significado do governo Lula em termos de crescimento econômico. O País ganhou a confiança das outras nações. Não há dúvida de que há, hoje, alta carga tributária incidindo sobre a produção. Em minha opinião, esta é uma questão que precisa ser solucionada. As empresas devem ser estimuladas, pois prestam um grande serviço ao Brasil produzindo o que é o principal, o emprego. Mas acredito que todas estas questões se resolverão por meio do diálogo. P – Estimativas indicam que há hoje, no Brasil, mais de 11 milhões de trabalhadores informais. Como inseri-los na economia formal? LAM – Este é um grande desafio para os nossos parlamentares. A redução dos impostos certamente arrebanharia as pessoas para a formalidade. Com taxas menores aumenta-se o número de pagadores de impostos e, com isso, há maior arrecadação, logo, mais emprego. É uma opinião pessoal que eu gostaria de defender, se tiver oportunidade, no Congresso Nacional. PRESSTEM trabalhistas indevidas sobre as empresas. Acredito que se deva colocar a questão em votação e motivar as partes a negociar no Congresso Nacional. O Ministério já fez todas as concessões possíveis. Mas há um viés ideológico por trás de tudo isso difícil de superar. 9 11 PRESSTEM SERVIÇOS ESPECIALIZADOS - promoção e merchandising Qualidade da prestação de serviços está no atendimento diferenciado Promoção e Merchandising é ferramenta crucial na estratégia das empresas de maximizar os diferenciais de seus produtos e serviços no mercado. Atividade voltada para estreitar as relações entre fabricantes e canais de comercialização, essencial para o Trade Marketing, seu principal foco é lançar e consolidar marcas entre os consumidores nos pontos de venda PRESSTEM Por Danielle Borges 12 No começo, por volta da década de 1950, o Terceirização entra em cena marketing cumpria apenas o papel de divulgar produtos e serviços de uma empresa para o mercado. Hoje, a atividade se sofisticou e o sucesso de uma empresa depende em grande parte da eficácia da Promoção e Merchandising. Promover implica criar necessidades. No caso da promoção de vendas, o trabalho prepara o caminho que levará ao consumo. Já o merchandising é fator essencial na decisão de compra. Materiais utilizados no ponto de venda para posicionamento e exposição de produtos são hoje armas essenciais na estratégia de marketing das empresas. O ponto de venda cada vez mais tem se transformado num campo de guerra para conquistar e fidelizar clientes. E a escolha da estratégia equivocada pode causar efeito contrário ao esperado. Daí a importância em recorrer a uma empresa séria, competente e comprometida para desenvolver e executar esse trabalho, diz Geraldo Magela, titular da Coordenadoria de Promoção e Merchandising do Sindeprestem. “Ignorar ajuda profissional especializada pensando apenas em suposta economia é um erro. É o caso típico de que o barato pode sair muito mais caro”, adverte ele. tegral e focada nos objetivos propostos”, defende, esclarecendo que contratar uma empresa do setor significa agregar valor ao serviço, pois o tomador terá os benefícios da tecnologia e pessoal qualificado. "Quando assina com uma prestadora especializada, o cliente não contrata apenas mão de obra, contrata uma estratégia de trabalho”, detalha. Investir em Promoção e Merchandising não se resume em admitir pessoas para abordar o consumidor no ponto de venda. “Dispor de profissionais espe cializados significa contar com uma estrutura que dá suporte ao projeto inicial desenvolvido na contratação do serviço”, exemplifica o coordenador. Outra vantagem da Terceirização é ter a exata noção de quanto custa o processo, informação fundamental para saber se o investimento em ações promocionais vale a pena e se a estratégia adotada é a mais indicada. Expansão do mercado Custo x benefício O coordenador admite que é possível administrar a execução das tarefas de Promoção e Merchandising sem o concurso de uma empresa especializada. “A capacidade de gerenciamento do processo será infinitamente menor do que ter uma prestadora trabalhando em tempo in PRESSTEM Magela lembra que as corporações utilizam a prestação de serviços terceirizados há décadas. “Terceirizar é um processo que agrega valor ao negócio, sobretudo se a ideia é ampliar participação de mercado, aumentar o volume de vendas e conquistar mais clientes”, diz, completando que esses desafios demandam planejamentos estratégicos específicos. “Ou seja, cada caso é um caso”, afirma, enfatizando a confiança que se deve estabelecer entre cliente e prestador de serviços. “É preciso ter critério rigoroso ao escolher o fornecedor que vai representar a sua empresa junto ao consumidor”, recomenda. Para sublinhar seus argumentos, Magela observa que o tomador de serviços terá de fornecer informações confidenciais da empresa como volume de compras e de vendas, política de preços e faturamento. A prestadora especializada necessita reunir esses dados para fazer a análise mercadológica da situação atual do cliente e uma projeção de resultados. Com isso, traça o plano de ações compatível com o investimento disponibilizado e as metas estabelecidas. Em constante crescimento, o setor de Promoção e Merchandising é hoje muito cobiçado. Com isso, muitas empresas abordam o mercado sem o devido preparo, vale dizer, sem investir em tecnologia, mão de obra qualificada e estrutura que atenda às necessidades de cada cliente em seu segmento. “Uma das grandes dificuldades é a falta de visão estratégica” frisa Magela. “Quando recebe o orçamento, o cliente às vezes não avalia a proposta como um todo – se apega apenas às despesas com funcionários contratados. Esquece, por exemplo, que o preço final engloba pesquisa, estratégia, gerenciamento, mão de obra, avaliação de resultados.” Para ele, porém, isto é resultado dos entraves que ainda persistem no País: “o custo do trabalho no Brasil é muito alto, o que faz // Geraldo Magela 13 Vantagem da terceirização é ter a exata noção dos custos Fátima Ribeiro Estratégias do segmento são hoje essenciais para conquistar consumidores e motivá-los na compra de produtos SERVIÇOS ESPECIALIZADOS com que 75% da fatura sejam compostos por gastos com funcionários”. Em razão disso, nada há de errado em se pensar em manter custos baixos. Mas propõe um avanço nesta atitude. “A conta deveria comparar os gastos com o resultado que se pretende alcançar. Qualidade e eficácia têm um preço. A mentalidade mais simplista está mudando, mas, enquanto prevalecer, abrirá espaço para empresas sem condições para atender a real necessidade do cliente”, avalia. PRESSTEM Dicas para contratar 14 Antes de procurar uma empresa para executar o trabalho, o cliente precisa definir qual objetivo pretende alcançar. Magela explica que é fundamental definir o valor que o empresário está disposto a investir. Em seguida, é preciso pesquisar no mercado prestadoras de serviço para identificar a que reúne as condições de atender às suas expectativas, levando em conta custos e benefícios. “Faça uma entrevista com a empresa e confira como funciona sua estrutura de apoio quanto à emissão de relatórios, recursos humanos e assistência aos empregados”, recomenda o coordenador. Depois disso, afirma, é possível avaliar os diferenciais de cada uma, verificar suas imagens no mercado e a idoneidade com outros clientes. No caso deste segmento, o mercado tem a prática de solicitar à empresa prestadora o registro dos funcionários, que devem ser formalizados conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), além do comprovante de recolhimentos dos encargos. É obrigação da prestadora de serviços assegurar todos os direitos de seus contratados, que são trabalhadores formais como todos os demais. Além da pesquisa de campo, Magela recorda me didas adotadas por cada vez mais prestadoras de serviços terceirizados que podem fazer toda diferença na produtividade do trabalhador. “Oferecer treinamento nessa área hoje em dia, além de ser um diferencial, contribui para que o empregado transpareça o profissionalismo que o cliente busca quando fecha o contrato.” “A responsabilidade de analisar e definir o que será preciso para alcançar os objetivos é da prestadora, - promoção e merchandising que fará um projeto personalizado para atender a essa necessidade”, explica o coordenador. Cabe a ela definir quantas pessoas serão necessárias e qual metodologia de gestão será aplicada. Seu compromisso será com os resultados. “Neste setor, a preocupação não tem de estar pautada nas taxas a serem cobradas e, sim, na qualidade do atendimento.” Quando fazem a seleção de pessoal para integrar seu quadro de funcionários, as empresas avaliam o perfil e definem para quais funções aquele candidato pode ser encaminhado. “Noções de relacionamento e de atendimento ao cliente são fundamentais. Prin cipalmente para quem trabalha na linha de frente, junto ao público. Eles precisam ter sensibilidade e certa habilidade para lidar com pessoas”, analisa o coordenador. Técnicas para driblar o mau humor, por exemplo, são essenciais para não prejudicar o desempenho. “Mas é preciso ter consciência de que não se está lidando com máquinas. São seres humanos que não podemos simplesmente programar para aten der bem. Precisam, sobretudo, estar motivados para isto.” Gente: o segredo do negócio Equipes motivadas e coesas são uma das ga rantias para o retorno do investimento, na opinião do coord enador. “Em nossa atividade, o segredo do sucesso é poder confiar no trabalho de cada pessoa envolvida no processo. Por ser uma área na qual, exceto em alguns casos, o empregado não permanece por muito tempo no mesmo local da tomadora, é imprescindível acompanhamento constante de seu desempenho”, explica. As principais funções exercidas por trabalhadores da área de Promoção e Merchandising no ponto de venda são repositores, promotores de vendas, de gustadores, demonstradores, vendedores, superviso res e fiscais de loja. Cerca de 70% dessas atividades são exercidas por mulheres. Para dar suporte a estes profissionais, há equipes encarregadas em avaliar as ações mercadológicas, formadas por analistas de marketing, que compilam as informações recebidas e repassam às áreas comerciais – compras e vendas. Esses trabalhadores podem ser encontrados fa cilmente em supermercados e hipermercados, prin cipalmente nas seções de alimentos e cosméticos, O treinamento constante e a motivação são fatores que podem garantir o sucesso do trabalhador na atividade. Evandro de Sousa França, 29 anos, começou em 2007 como temporário, na fun ção de repositor de produtos perecíveis. “Não tinha experiência, mas com o treinamento que recebi, não demorei muito para ser efetivado na empresa”. Por sua dedicação e constante qualificação, em pouco mais de um ano França foi promovido a supervisor. Hoje, ele é responsável por uma equipe com cem promotores e coordenadores, além de dar treinamento para novos contratados. Durante quase três anos de trabalho, Evandro ganhou alguns concursos internos e recebeu prêmios, como o de melhor promotor do Brasil. Em geral, as empresas preferem contratar funcionário com experiência. Mas, quando se oferece um treinamento preparatório e específico, o consumidor percebe o resultado. “Ao fechar o contrato com uma prestadora, o cliente precisa lembrar que, hoje, os processos são os mesmos, a tecnologia está disponível para todos, mas o que diferencia uma empresa da outra é o atendimento e a qualificação dos funcionários, fator que garante a produtividade”, afirma Magela. Terceirização deu experiência que garantiu a efetivação Impactos da crise Para simplificar, é possível dizer que, en quanto a propaganda divulga um produto para o público em geral, a promoção de vendas de monstra para o consumidor específico os seus benefícios reais. No cenário de crise, a tendência das empresas foi a de aumentar sua verba de mídia para investir em ações no ponto de venda. “É lá que o consumidor decide e, por isso, a importância de um bom profissional para conduzir a venda”, justifica o coordenador do Sindeprestem. Mas o segmento não passou incólume à crise econômica mundial, que forçou as empresas a reduzir despesas e investir somente no necessário. Foram meses em que a ideia de baixar custos se sobrepunha às estratégias e a saída foi negociar para minimizar as perdas qualitativas possivelmente causadas por esse corte. “Em alguns casos, tivemos que fazer o possível, não o ideal”, lembra Magela. O coordenador acredita, no entanto, que, se houve redução no volume de trabalho, “ninguém perdeu clientes”. Isto porque, avalia, quando a economia começa a se estabilizar, a demanda por trabalho aumenta proporcionalmente. “O primeiro trimestre da crise foi difícil, mas o setor já está em processo de crescimento há seis meses”, informa. No caso de alguns setores, como os de ali mentos e cosméticos, houve até crescimento na demanda por trabalho. “E muitos clientes de outras atividades alavancaram as vendas, enquanto o pessimismo tomava conta da maioria dos empresários”, comenta Geraldo Magela. PRESSTEM Motivação e investimento // Evandro França Divulgação além de lojas de material de construção, shoppings, feiras, exposições e eventos anuais. São tarefas que exigem muito esforço e geram um esgotamento natural. “Esse é um dos motivos que explica a alta rotatividade dos funcionários, o que necessariamente não é ruim, pois resulta num mercado sempre renovado e exige das prestadoras práticas constantes de treinamento para assegurar a qualificação”, avalia o coordenador. Mas, por ser uma prestação de serviços com foco na estratégia, quando o planejamento sofre alteração, o emprego dessas pessoas também corre o risco de mudar. Muitas vezes, o trabalhador é recolocado em outra empresa e, quando não é possível continuar com ele, o contrato é rescindido. “Se surgir uma vaga em outro cliente, poderá ser contratado novamente”, afirma Magela. Os trabalhadores são admitidos por prazo de ter minado, com registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Sempre que o contrato do empregado é rescindido, ele recebe todos direitos previstos em lei. 15 PRESSTEM SERVIÇOS ESPECIALIZADOS 16 A decisão de investir em um produto é complexa e envolve vultosos recursos. Mas não se esgota na produção industrial, defende o coordenador. Para ele, economizar na contratação das pessoas que vão convencer o consumidor a comprar ou não o seu produto é uma atitude pouco adequada em um mercado cada vez mais competitivo. Magela esclarece que, em geral, não há regras para o tempo de contratação de um planejamento de Promoção e Merchandising. Normalmente, 25% dos contratos são firmados por prazo indeterminado, com ações de abordagem contínuas. Há também trabalhos pontuais, quando o cliente contrata a prestadora apenas para uma ação específica. E também existem empresas que preferem terceirizar determinada parte do processo, como a reposição de produtos no ponto de venda, por exemplo. São muitas as estratégias e maneiras de abordar e chamar a atenção do consumidor para conquistá-lo. Tudo depende do objetivo do cliente e da criatividade da prestadora contratada. “Para cada produto e consumidor existe uma técnica que melhor se encaixa”, explica o coordenador. Realmente há um leque amplo de opções: con cursos, distribuição de vale-brindes, premiações, ofer tas de preços, descontos, liquidações, remarcações, cuponagens, vendas condicionadas, presentes, prê mios, trocas, coleções, materiais de apoio a vendas, cursos, animações teatrais, amostragens, degustações, demonstrações, peças de PDV, convenções, seminários, simpósios, workshops, congressos, jogos, patrocínios, festivais, gincanas, desfiles, ações cooperativas, eventos, feiras, exposições, restituições, bonificações, brindes, competições e sorteios. Essa variedade implica em análise acurada para determinar qual a melhor tática a ser utilizada. Uma prestadora qualificada fará uma pesquisa de campo para identificar hábitos e preferências do público alvo, além de coletar informações da concorrência para subsidiar a escolha da estratégia de abordagem. O trabalho começa com a definição do objetivo, que pode ser genérico, como aumentar vendas, ou específicos, de que são exemplos: - promoção e merchandising • Aumentar a rotatividade de um produto, eliminando estoques; • Induzir novos consumidores à experimentação e à compra; • Fidelização de clientes a uma marca; • Aumentar a circulação de pessoas na loja; • Apresentar inovações; • Aumentar participação no mercado; • Diferenciar uma marca de seus concorrentes; • Provocar estoque do produto no lar. As promoções de vendas podem ser custeadas inteiramente pelo varejista, mas é muito comum também serem cooperadas com o distribuidor, que assume parte dos custos na intenção de que o varejista aumente seus estoques ou frequência dos pedidos. Coordenadoria vai orientar o associado A segmentação do Sindicato em Coordenadorias para cada setor que o Sindeprestem implantou tem o objetivo de otimizar o trabalho e fortalecer a entidade. A Coordenadoria de Promoção e Merchandising, assim como as demais, surgiu para identificar as particularidades do segmento e aplicar estratégias de acordo com as necessidades específicas. “Com a criação das Coordenadorias, conseguimos analisar os problemas com mais profundidade e avaliar o que afeta cada área de forma objetiva”, pondera Magela. Além disso, essa mudança in fluencia e facilita as negociações com as entidades laborais. Segundo ele, uma deficiência do setor era a falta de números confiáveis sobre o mercado. “No caso de Promoção e Merchandising, esta é uma das demandas que o Sindeprestem pretende atender. Vamos realizar pesquisas para definir melhor o segmento, saber quantas empresas prestam serviço, identificar os pontos fortes e as fragilidades das organizações”, afirma. Estas informações permitirão alinhar a linguagem, formatar uma proposta de trabalho comum, oferecendo orientações seguras para as empresas representadas pelo Sindicato. balanço das coordenadorias Dividir responsabilidades e multiplicar resultados Com o objetivo de conhecer amplamente as peculiaridades de cada segmento e atender suas necessidades, o Sindeprestem concretizou este ano um ambicioso projeto de setorização que envolve todas as atividades representadas. A iniciativa de tratar cada segmento de forma individual tem o objetivo de ampliar a atuação do Sindicato junto às prestadoras Por Daniellle Borges PRESSTEM Seguindo 18 o conceito de especialização, pro movido pelo Sindeprestem, a setorização permite tra tar de maneira específica as necessidades de cada segmento. O êxito deste conceito não seria possível sem a participação e contribuição de todos. A partir de maio deste ano, os diferentes segmentos representados pelo Sindicato foram organizados em Comitês, cada um com o seu estatuto, coordenador e vice-coordenador setorial. Depois da definição dos responsáveis, as informações coletadas passaram a subsidiar as ações do Sindicato, permitindo uma visão mais detalhada dos cenários de cada segmento. Um dos principais benefícios da segmentação foi a influência positiva nas negociações coletivas. As reivindicações passaram a ser tratadas com conhecimento técnico, observando as especificidades, os problemas e os anseios de cada setor. Os resultados virão no longo prazo, porém nas negociações coletivas realizadas até o momento já foi possível verificar avanços. Por exemplo, as necessidades da banca patronal têm sido ouvidas e levadas em consideração nas negociações. Leia, a seguir, uma síntese deste empenho no depoimento dos coordenadores. EDIMILSON LUIZ FORMENTINI Coordenador de Trabalho Temporário “Nossos esforços se concentraram em algumas questões legislativas, ainda em processo de discussão com as autoridades. Pleiteamos a prorrogação automática dos contratos temporários para seis meses e que, tanto a solicitação como a autorização, possam ocorrer via sistema on-line. Na área tributária, a meta é fazer com que as prefeituras permitam a incidência do Imposto Sobre Serviço (ISS) apenas para a taxa administrativa da prestadora contratada. Além disso, elaboramos proposta para que o mesmo ocorra com as cobranças de PIS e Cofins.” GERALDO MAGELA Coordenador de Promoção e Merchandising “Destaco o nível de discussões em torno de propostas para ações mais pontuais do Sindicato junto às empresas do setor. Um dos problemas que encontramos é a falta de números confiáveis sobre o mercado. Pretendemos estabelecer pesquisas para saber como se organizam as empresas que prestam esse serviço e, assim, será possível alinhar a linguagem e formatar uma proposta de trabalho comum.” de trabalho, resultado da crise econômica mundial, que também levou muitos clientes à inadimplência.” PAULO MANSO Coordenador de Bombeiros “Desde que foi criada nossa Coordenadoria, estabe lecemos um calendário para a realização mensal de reuniões. Um dos temas abordados foi a reivindicação do setor para que os bombeiros civis tenham um tratamento diferenciado quanto ao cumprimento da Lei de Cotas para pessoas com deficiência. Nosso entendimento é que a lei deveria vigorar apenas para os funcionários de apoio e não para os profissionais de campo. Outra questão importante, que pretendemos aprofundar no próximo ano, é o reconhecimento da profissão. Queremos mostrar que o bombeiro civil é tão confiável quanto o militar.” JOÃO BOSCO Coordenador de Controle de Acesso “Atualmente, os condomínios comerciais e residen ciais são os grandes responsáveis pela demanda de mão de obra neste setor. Em razão disso, percebemos a necessidade de criar este espaço no Sindicato para que o empresário possa reportar suas necessidades. Tem havido um forte aumento na procura por contratos de trabalho nessa área, porém, a oferta de mão de obra qualificada não é suficiente. Estamos estudando formas de pedir aos governantes para que invistam em educação, pois o trabalho de reciclagem feito pelas empresas especializadas não basta. A grande questão é o problema educacional no País.” OTONIEL SILVA Coordenador de Logística “O fato de podermos contar com uma Coordenadoria específica para debater as necessidades do setor mos trou-se bastante proveitoso neste primeiro momento, principalmente pela abertura que conseguimos nas negociações da convenção coletiva. Expomos as di ficuldades das empresas e chegamos a um percentual de reajuste saudável para todos. Esta divisão promovida pelo Sindicato tem sido importante por permitir à entidade ver cada setor de forma diferenciada.” JOSÉ CARLOS BARBOSA Coordenador de Serviços Auxiliares “Realizamos encontros com empresários antes da negociação sindical com os trabalhadores. O resultado no processo de acordo coletivo foi considerável, mas poderia ser melhor se contássemos com a participação de mais empresas do setor. Um dos grandes problemas enfrentados neste ano foi o corte de inúmeros postos ALEXANDRE LIMA DE OLIVEIRA Coordenador de Estágios “A crise pela qual o País passou este ano teve reflexo imediato nas contratações em geral, especialmente na área de estágios, pelo fato da pouca experiência do jovem trabalhador. Vejo a nova lei de estágio como um incentivo. É uma nova regulamentação que complementa a lei anterior, inclusive por manter a isenção de tributos às empresas contratantes. Uma das ações desta Coordenadoria é agir no sentido de conscientizar o mercado. Queremos criar parcerias entre empresas e centrais de estágio para incentivar a criação de vagas. O estágio precisa ser visto como uma porta de formação educacional que tem o objetivo de contribuir para o futuro profissional do estudante por meio do treinamento prático.” ISMAEL DE OLIVEIRA Coordenador de Serviços a Bancos “Logo após a constituição deste Comitê, reali za mos algumas reuniões e optamos por manter a convenção coletiva da categoria inserida no processo de negociação global do Sindicato. Ressalto que a participação e o interesse dos empresários do segmento são imprescindíveis para dar força às reivindicações junto às instituições financeiras. Um dos nossos objetivos é agir em conjunto com a entidade laboral para proporcionar aos trabalhadores das prestadoras os mesmos benefícios dos efetivos, como salários e auxílio refeição equivalentes.” PRESSTEM VALTER LUÍS FERREIRA DA ASSUNÇÃO Coordenador de Consultoria em RH “A maior preocupação em nosso segmento é a falta de mobilização entre os empresários. Conseguimos reunir representantes durante a campanha salarial, mas, por falta de maior participação, ficamos em posição menos fortalecida perante os sindicatos laborais. Para solucionar esta questão, estamos organizando estratégias junto ao Sindeprestem para incentivar a união dos empresários e, assim, aumentar nossa força nas negociações.” 19 eleições 2009 POR ACLAMAÇÃO, SINDEPRESTEM ELEGE NOVA DIRETORIA Por Danielle Borges A atual gestão encerra este ciclo com a certeza do dever cumprido e confiante no desenvolvimento contínuo da entidade. Para o próximo ano, grandes desafios aguardam os integrantes da Chapa União e conselho fiscal que tomam posse em 1º janeiro de 2010 para seu mandato até 31 de dezembro de 2013. Nas palavras do atual presidente da entidade, experiência e inovação definem a nova diretoria Realizada em PRESSTEM 16 de outubro, na sede do Sindicato, a eleição definiu os integrantes da diretoria executiva que representarão os empresários do setor durante os próximos quatro anos. Presidida por Vander Morales, atual diretor de Comunicação da gestão de Jan Wiegerinck, a Chapa União foi eleita por simples aclamação, de acordo com o estatuto social. Na ocasião também foram votados os quatro conselheiros fiscais efetivos e os dois suplentes. Ao iniciar as votações, Wiegerinck demonstrou sua satisfação pelo fato de o Sindeprestem ter alcançando um ambiente harmônico, representado pela cons tituição da chapa única. “A diretoria que assume em janeiro é composta por profissionais que já fizeram parte de outras gestões do Sindicato, mas também por novos empreendedores que trarão experiências diferenciadas”, afirmou. O presidente eleito, Vander Morales, enfatizou a importância da participação de todos como forma de 20 promover o Sindicato e a categoria. “Só a união dos empresários será capaz de conduzir à valorização do segmento e o merecido respeito pelo trabalho que desenvolvemos.” Trabalhar pelo reconhecimento da atividade e pela regulamentação da Terceirização são alguns dos principais objetivos a serem perseguidos nos próximos anos. Lutar pela mobilização dos empresários em busca da redução da carga tributária e pela aprovação da prorrogação automática dos contratos temporários também estão incluídos na lista de desafios da próxima gestão. Em seu discurso após o resultado das eleições, Morales agradeceu o apoio e a confiança daqueles que acreditaram na proposta de uma gestão baseada em decisões compartilhas. “Nossas pesquisas já demonstraram a força que temos, agora precisamos usar esse potencial em favor do crescimento do setor de prestação de serviços especializados”, ressaltou. OS DESAFIOS DA NOVA DIRETORIA Jismália de Oliveira Alves Diretora de Comunicação “A visibilidade conquistada nesta gestão foi excepcional. E, para os próximos quatro anos, o trabalho terá de ser ainda mais dinâmico para que seja possível retribuir a confiança dos empresários que representamos. Qualidade e responsabilidade serão nossas premissas.” Jacob Luiz Magnus Diretor Jurídico “A chapa que está sendo eleita tem a proposta de unir os empresários e desempenhar um trabalho conjunto. O objetivo é somar esforços e compartilhar as decisões, chegando, assim, ao melhor resultado para o Sindicato.” Sonia Regina de Souza Diretora de Formação e Eventos “Vários países já reconhecem o Trabalho Temporário e a Terceirização como ferramentas estratégicas de competitividade. Graças ao empenho do Sindeprestem, o setor vem conquistando seu espaço no Brasil também. Conseguimos inclusive o apoio do sindicato laboral, junto com o qual pretendemos manter um diálogo saudável para solidificar ainda mais nossa atividade.” Nilza Tavoloni Diretora de Regionais “É extremamente importante trabalhar para manter o Sindicato próximo de seus associados. Continuaremos investindo em eventos regionais que promovam a interação e a comunicação transparente entre os empresários do setor nas diferentes regiões.” Geraldo Magela Ribeiro Diretor de Setorização “Esta nova diretoria, criada para unificar o diálogo entre as diferentes coordenadorias, terá o objetivo de aprofundar o conhecimento em cada área. Quanto mais informações coletarmos, melhor será a interação entre os profissionais. Inicialmente, será preciso pontuar as metas de cada setor para, então, definir a linha de trabalho e atuar em conjunto.” Presidente Vander Morales Vice-Presidente Fernando Barbosa Calvet Diretor Administrativo e Financeiro Augusto César Calado da Costa Diretora de Marketing e Comunicação Jismália de Oliveira Alves Diretor Jurídico Jacob Luiz Magnus Diretora de Formação e Eventos Sônia Regina de Souza StockXpert Augusto César Calado da Costa Diretor Administrativo e Financeiro “A unificação das forças dos empresários em uma única chapa foi fundamental para fortalecer o Sindicato neste momento de eleições. O fato de obter o consenso de todos para juntos decidirmos os rumos da entidade evidenciou o bom trabalho realizado pela atual gestão. Por conta dessa união, certamente a próxima diretoria verá multiplicado seu potencial de realizações pela categoria.” DIRETORIA EXECUTIVA Diretor Suplente Ademir de Souza Diretor Suplente Daniel Simões do Viso Diretor Suplente Edson Ferreira Diretora de Regionais Nilza Tavoloni Diretor de Setorização Geraldo Magela Ribeiro Delegada Regional do ABC Maria Olinda Maran Longuini Delegado Regional de Campinas Luiz Simões da Cunha Delegado Regional de Ribeirão Preto Geraldo Paulo Russomano Veiga Delegado Regional do Vale do Paraíba Sergio Silas Gallati Delegado Regional de Sorocaba Walter Rosa Júnior CONSELHO FISCAL Efetivos Edmilson Luiz Formentini Eunice da Silva Gomes Cunha José Viana Lima Sezi Inoue Suplentes Jackson Tadeu Ninno Soares Marcos Fernando Franco Teixeira PRESSTEM Fernando Barbosa Calvet Vice-Presidente “Acredito que o grande desafio do Sindeprestem a partir de agora é ocupar definitivamente seu espaço no que se refere à Terceirização. Precisamos trabalhar para combater as ameaças à atividade e nos preparar para corrigir os problemas que surgirem. O trabalho de desenvolvimento do setor deve seguir contínuo e sistemático, como sempre foi.” 21 balanço da gestão As realizações de uma administração vencedora Por Danielle Borges e Giovanna Zanaroli PRESSTEM Eleita para presidir o Sindeprestem 22 no quadriênio 2006-2009, a gestão encabeçada por Jan Wiegerinck estabeleceu como lema lutar pela unidade, grandeza e fortalecimento da Terceirização e do Trabalho Temporário. Encerrado o mandato, a percepção no Sin dicato é que, o que era lema, se tornou realidade. Várias realizações confirmam esse sentimento. No mesmo ano em que completou 18 anos, o Sindeprestem concretizou uma antiga aspiração. O empenho de todos os dirigentes que somaram esforços à frente da entidade desde sua fundação, em 1991, possibilitou à gestão que se encerra a aquisição do imóvel de 500 m², no 18º andar do Edifício Zarvos, no centro de São Paulo. Símbolo concreto da maturidade alcançada e seriedade da atuação do Sindicato na defesa do setor. Durante os últimos anos, a Terceirização e o Trabalho Temporário adquiriram consistência e consolidaram-se como atividades imprescindíveis à economia, constatação possível graças à introdução de análises quantitativas como as Pesquisas Setoriais e as Pesquisas Sazonais. Os números dos levantamentos demonstraram a dimensão, importância e abrangência que as modalidades al cançaram no País. A criação dos Comitês Setoriais, no início de 2009, aprofundou o conceito de especialização na prestação de serviços, uma tendência que se consolida de ma neira crescente nos mercados internacionais. Com isso, o atendimento oferecido ao mercado local pelas empresas do Sindicato tornou-se mais direcionado a necessidades específicas, em atividades cada vez mais competitivas e, portanto, mais exigentes. Merece destaque também o fato de o Brasil ter sido escolhido, pela primeira vez, para sediar um encontro mundial realizado pela Confederação Internacional de Empresas de Trabalho Temporário (CIETT). Trata-se do reconhecimento, resultado da participação in tensiva do Sindeprestem, de que o setor, no Brasil, atingiu um desenvolvimento comparável ao dos países mais avançados. No ano de 2006, a base do Sindeprestem era cons tituída por 4.018 empresas associadas, filiadas e sin dicalizadas. Hoje, são 4.771. O crescimento pode ser atribuído, em grande parte, aos esforços empreendidos pelo Sindicato para mobilizar a sociedade em torno do Projeto de Lei 4.302, em tramitação no Congresso desde 1998. Este empenho para dar ao setor uma legislação adequada à sua realidade envolveu amplo trabalho para esclarecer a opinião pública, estreitar o relacionamento entre a entidade e representantes do governo ligados às relações de trabalho, parlamentares e centrais sindicais. Outra realização que merece destaque foi o lançamento do SindeprestemCard, cartão fidelidade que disponibiliza descontos e vantagens exclusivas aos associados, filiados e sindicalizados, após três anos da idealização do projeto. No campo da responsabilidade social, uma ação exemplifica a relevância que o Sindicato dedica ao tema: a parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-SP) para incentivar a inserção e capacitação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Jacob Luiz Magnus Diretor Jurídico “Como ponto alto desta gestão destaco o processo de setorização do Sindicato. Partindo desse ponto, passamos a tratar cada segmento individualmente, de acordo com suas peculiaridades. Uma das van tagens desta mudança foi a possibilidade de discutir e aprovar convenções coletivas separadamente que contemplam cada necessidade apurada pelas Coordenadorias.” PRESSTEM Maurice Braunstein Diretor Financeiro “Considero esta gestão muito bem sucedida financeiramente. Foram quatro anos de muito trabalho. Mantivemos o foco na saúde fi nanceira da entidade e, como resultado, registramos agora um saldo positivo de praticamente mil por cento em relação ao caixa recebido no início da gestão. Um dos frutos desse trabalho foi a viabilização da sede própria, decididamente uma conquista importantíssima.” Divulgação Vander Morales Diretor de Comunicação “O principal objetivo traçado há quatro anos era promover o Sindicato na mídia e melhorar a visibilidade do segmento na economia. Missão cumprida! Co meçamos com a primeira Pesquisa Setorial em 2007, haja vista a deficiência e subjetividade com que defendíamos a atividade, sem uma base de dados concreta. Os primeiros resultados surpreenderam até mesmo os empresários, que não tinham a dimensão da força do segmento. Nossa estratégia era atingir a opinião publica com uma comunicação completa que envolvesse todos os setores, inclusive trabalhadores. Ao longo do tempo, obtivemos o apoio total da imprensa e hoje somos considerados fonte de informações seguras sobre empregabilidade formal. Foi também a partir das pesquisas que conseguimos provar a impossibilidade de se acabar com a Terceirização. Diante disso, agora lutamos por um marco regulatório que dê segurança jurídica para empresas e mais possibilidades para trabalhadores.” 23 Divulgação Augusto César Calado da Costa Diretor Administrativo “A gestão atual viu o mercado de trabalho passar por uma série de dificuldades nos últimos anos. A entidade concentrou forças na aprovação do PL 4.302/98. Apesar desta discussão ainda não ter sido concluída, acredito que avançamos alguns passos como conseguir colocar o assunto novamente em pauta no Congresso. Outro feito importante foi trazer para o Brasil a realização do próximo Congresso Mundial de Terceirização e Trabalho Temporário (CIETT). Trata-se de uma conquista de inegável repercussão internacional do Sindeprestem, que não mediu esforços para que isto fosse possível.” Divulgação Fernando Barbosa Calvet Vice-Presidente “Levando em consideração que enfrentamos uma grande crise mundial e alterações na área fiscal que tiveram seus reflexos nesta gestão, a atual diretoria encerra seu mandato cumprindo todas as metas propostas com eficiência e respeitabilidade – saldo positivo de uma equipe atuante e influente, que mais esteve presente nas esferas governamentais depois da regulamentação do Trabalho Temporário, em 1974. Foi uma diretoria que encontrou, e enfrentou, a resistência das centrais sindicais e ainda teve de lidar com projetos de leis paralelos ao 4.302/98.” Bruno Leite Bruno Leite Jan Wiegerinck Presidente do Sindeprestem “As decisões do Sindicato têm como propósito contribuir para a criação de empregos e qualificação da mão de obra por meio de ações baseadas em pesquisas. Acredito que o principal legado desta ges tão foi a consolidação de nossa atividade no cenário econômico, bem como a solidificação do Sindeprestem junto aos órgãos governamentais. Destaco a compra da sede, viabilizada nesta gestão, mas que engloba o mérito do trabalho de várias diretorias anteriores. Todos esses resultados só foram possíveis graças ao comprometimento profissional da equipe e ao assessoramento qualificado da entidade prestado aos empresários, prova de que com união e participação tudo é possível.” Daniela Bayer NOS DEPOIMENTOS DA DIRETORIA E DELEGADOS, A CONVICÇÃO DE MISSÃO CUMPRIDA 24 Jismália de Oliveira Alves Delegada Regional em Guarulhos “Foi uma gestão que contribuiu de maneira efetiva para colocar o setor e o Sindeprestem numa posição de destaque no mercado de trabalho. As centenas de repor tagens sobre emprego temporário e a repercussão considerável da movimentação dos empresários pela Terceirização comprovam o sucesso do empenho da comunicação da entidade. Além disso, ampliar o alcance do Sindicado para outras regiões fora da Capital sempre foi uma premissa.” Bruno Leite Maria Olinda Longuini Delegada Regional no ABC “Na região do ABC são quase 600 empresas de Trabalho Tem po rário e Terceirização ligadas ao Sindicato. Acredito que a rea lização periódica de pesquisas somada ao alcance que conseguimos na imprensa por essas informações do setor foram fatores essenciais para valorizar a atividade e, com isso, conquistar a aproximação dos empresários. Entendo que investir em comunicação foi fundamental, principalmente nas regionais, onde buscar uma prestadora sindicalizada como sinônimo de seriedade parecia não ter muita importância.” Walter Rosa Delegado Regional em Sorocaba “Acredito que esta gestão foi mar cada pela participação em presarial. Na região de Sorocaba, houve me lhoria considerável na visibilidade do Sindicato e, consequentemente, na credibi lidade do setor. Em quatro anos, estreitamos o relacionamento com o sindicato laboral e conseguimos ampliar o número de associadas.” Eunice da Silva Gomes Cunha Presidente Conselho Fiscal “Acompanho o Sindeprestem desde sua fundação. Adquirir a sede própria sempre foi um dos objetivos do Sindicato e que a gestão liderada por Jan Wiegerinck conseguiu realizar. A diretoria que agora encerra seu mandato certamente tem muito do que se orgulhar e os empresários muito a agradecer.” Divulgação Daniela Bayer Sergio Gallati Delegado Regional no Vale do Paraíba “Os objetivos propostos fo ram alcançados. Ao longo destes qua tro anos, o Sindeprestem conquistou seu lugar no cenário econômico e conseguiu estreitar o relacionamento com o Poder Público e com o Ministério do Trabalho. A aproximação da entidade com os associados também pode ser considerada outro aspecto marcante nesta gestão. Realizamos eventos e atividades voltadas para os empresários de cada região, que pelo êxito obtido, poderiam ocorrer com mais frequência.” Daniela Bayer PRESSTEM Geraldo Russomano Delegado Regional em Ribeirão Preto “Ribeirão Preto faz parte de um grande polo de desenvolvimento, que inclui predominantemente o trabalho no comércio e a prestação de serviços no segmento de agro negócios. E, cada vez mais, as empresas mostram a necessidade de contratar profissionais qualificados para atuar nestas áreas. Esta gestão trouxe avanços significativos, entre os quais ressalto o fortalecimento das regionais por meio da promoção de cursos, orientações e investimento na visibilidade do Sindicato.” Bruno Leite Sônia Regina de Souza Diretora de Formação e Eventos “Nos últimos quatro anos, con seguimos comprovar a importância do setor para a formação e inserção dos profissionais no mercado e, com isso, conquistamos o respeito de vários órgãos ligados ao em prego, inclusive o Ministério do Trabalho. Nesta gestão também intensificamos a busca por caminhos que mostrassem à sociedade o quanto a Terceirização pode contribuir para a criação de empregos formais e distribuição de renda. O percurso ainda é longo, mas acredito estarmos no rumo certo.” Daniela Bayer Nilza Tavoloni Diretora de Regionais e Delegada Regional em Americana “Tivemos uma gestão marcada por investimentos significativos que objetivaram unir o setor na luta em defesa da atividade. Estivemos juntos com os associados por meio da realização de uma série de eventos que promoveram a participação entre os empresários e a troca de informações de forma transparente.” Bruno Leite gestão Bruno Leite balanço da PRESSTEM ABBTUR-MG ABEMPI ABERC ABF ABES ABLA ABMS ABO NACIONAL ABPI-TV ABRALIMP ABRASEL ABRAT ABRELPE ABREVIS ABTA ABTV ACONBRAS ADORC ADVB AHESP ANCLIVEPA ANFAC APIMEC APRAG CONPRETO CRA SP CRC SP FAEASP FEBRAC FCDL FEHOESP FENAVIST FEPRAG IBEF SBCVP SEAC-ABC SEAC-MG SEAC-MT SEAC-PA SEAC-PR SEAC-RJ SEAC-SC SEAC-SP SELUR SESVESP SETA SIMPRES SINAENCO SINDCONT-SP SINDEPRESTEM SINDERC-SP SINDESP-BA SINDESP/RJ SINDHOSP SINDIMOTOR SINDITELEBRASIL SINEATA SINSERHT-MG 26 APOIADORES ADLIM AMBC ARAÚJO ABREU ESCOLTA CCM ENG. GALES SERVIÇOS GUIMA CONSECO MARICATO ADV NAC PLANINVESTI QUALITY AMJ STA UPS BENEFÍCIOS Redução da jornada de trabalho – mais uma conta para os empreendedores Como é de conhecimento público, Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais aprovou, por unanimidade, o relatório apresentado pelo deputado Vicentinho (PT/SP) com parecer favorável à Proposta de Emenda à Constituição PEC 231/95. A proposta, há 14 anos em tramitação no Congresso Nacional, pretende ainda o aumento de 50% para 75% no acréscimo sobre o valor da hora extra trabalhada. Nos próximos dias, a proposta entrará na pauta do Plenário da Câmara e terá que ser votada em dois turnos. Para ser aprovada, serão necessários, no mínimo, 308 votos favoráveis. Aprovada na Câmara, será encaminhada para discussão e votação no Senado Federal. A Central Brasileira do Setor de Serviços – CEBRASSE, a primeira Central Sindical Empresarial criada para a defesa e valorização dos empreendedores brasileiros, entende que essa PEC será extremamente prejudicial a todas as empresas. Mas será especialmente nociva para as prestadoras de serviços, com predominância em mão de obra e mais de 90% dos insumos representados pela folha de pagamento de Lofreta – “medida é mais nociva para prestadores de serviços” salários, encargos e benefícios. Não bastasse a enorme quantidade de problemas que os empreendedores enfrentam diariamente na luta incansável pela sobrevivência de suas empresas, terão que arcar com mais esse ônus, caso a redução da carga horária de trabalho seja aprovada. E sabemos todos que, embora prejudicial à economia como um todo, a medida será amplamente explorada pelas lideranças sindicais dos trabalhadores. Uma demagógica bandeira de promoção política, empunhada por lideranças ávidas por articulações e manipulações populistas visando ao calendário eleitoral de 2.010 – para as eleições do próximo presidente da República, de governadores, deputados e senadores. Inconseqüentes, os defensores da redução alegam benefícios para a classe trabalhadora. Mas se esquecem dos nada benéficos reflexos dessa medida na economia brasileira: alta de custos para os empresários, desemprego, informalidade e até mesmo o fechamento de empresas que não terão a menor condição de arcar com aumento de custos. Nós, empreendedores, não suportaremos mais aumentos de custos e não estamos dispostos a concordar passivamente com mais essa carga trabalhista. Já pagamos a maior carga tributária do mundo, taxas de juros exorbitantes para financiamento da produção e capital de giro, e com encargos sociais que duplicam o custo de cada trabalhador. E nossa Justiça do Trabalho é injusta com o empresariado e extremamente paternalista com os empregados. Junte-se à Cebrasse na luta contra mais uma manobra política das Centrais dos Trabalhadores. Paulo Lofreta é empresário do segmento de benefícios e presidente da Cebrasse www.cebrasse.org.br Roberto Kikuchi ENTIDADES FILIADAS TENDÊNCIAS E TECNOLOGIA // Redes Sociais como ferramentas de negócios Por Camila Vasconcellos A internet chegou ao País há 14 anos e, desde Por isso optamos pelas redes sociais”, explica ele. Nos EUA, o voto não é obrigatório (apenas 50% da população costuma votar) e, por isso, a campanha investiu nessa comunicação, tentando atrair outros públicos para urnas, sobretudo jovens. Da mesma maneira, o mundo dos negócios começa a utilizar as redes sociais. Blogs, Orkut, Twitter, Xing (uma das redes sociais mais acessadas), Linkedin (portal que permite ampliar o network entre executivos), podcasts (áudio), envio de mensagens para celular (o Brasil possui 164 milhões de números ativos), e-mail marketing e outras formas de comunicação estão sendo aplicadas a negócios e permitindo que as empresas programem estratégias digitais a seu favor. Para o jornalista Betho Lima, especialista em co mu nicação digital, a grande maioria das empresas brasileiras ainda não percebe que a internet é uma geradora de negócios e que as redes sociais são ótimas fontes de pesquisa. “Com as comunidades, posso ir direto à fonte, no meu cliente, e saber o que ele acha da minha empresa e do meu produto, onde estou falhando e onde estou acertando. Com essas informações pontuais, corrijo meus erros, volto naquela fonte e conto que sua reclamação procedia, mas foi sanada”, detalha. Mapeando e conhecendo as comunidades onde estão seus clientes, o empresário tem a vantagem de chegar mais perto deles, levando informações relevantes e atraentes. Dessa maneira, expõe o que acontece em seu ambiente corporativo e conta com o auxílio dos integrantes das redes sociais para divulgar sua marca, seus eventos, promoções, inovações e objetivos, ga nhando ainda mais credibilidade, fidelizando consumidores antigos e conquistando novos. PRESSTEM que surgiu, mudou o comportamento das pessoas. Hoje, mais do que ferramenta de trabalho, conhecimento ou lazer, o computador passou a ser instrumento social para a comunicação interpessoal e com o mundo. A cada ano, mais pessoas passam maior tempo conectadas (cerca de 68 milhões de brasileiros têm acesso à internet e, destes, 20 milhões acessam pelo celular). Na rede, informações, conceitos, valores, ideias, ati tudes e hábitos, principalmente de consumo, são compartilhados em redes sociais e grupos de discussão frequentados por quem possui interesses mútuos. A adesão alcança todas as faixas etárias. Adultos, os chamados de imigrantes digitais, tiveram de se adaptar às novas tecnologias, enquanto que os jovens, nativos digitais, não compreenderiam o mundo sem sites, e-mails, Orkut, Messenger, Skype ou a nova febre: o Twitter. A primeira geração digital não toma suas decisões de consumo da mesma maneira que outras gerações tomavam. Ao contrário, seus impulsos de compra são determinados pelas relações e opiniões virtuais e motivados pela tentativa de ser aceito ou se sentir parte de um grupo. No mundo atual, cerca de 150 redes sociais on-line influenciam a vida off-line. Elas definem o que o novo consumidor deve fazer, falar, vestir, comer, assistir, ler, ouvir e até em quem deve votar. Recentemente, o estrategista da campanha presidencial norte-americana, Scott Goodstein, apostou no crescimento das redes sociais para impulsionar a campanha de Barack Obama à presidência do país. “A TV sofre queda de audiência e os jornais nos Estados Unidos perdem espaço a cada dia. Num chip, um mundo de oportunidades para os negócios Divulgação 27 indicadores Muito próximo de um círculo virtuoso Por Camila Vasconcellos Fatos recentes mostram algumas perspec ti vas positivas no mundo, sinalizando que a crise econômico-financeira, iniciada em setembro do ano passado com a quebra de bancos de grande porte nos EUA, começa a dissipar suas nuvens mais negras. No Brasil, diversas pesquisas parecem indicar que está se formando no horizonte um ciclo virtuoso na economia. Dados como as encomendas do comércio, que estimulam a retomada da produção industrial e o ânimo dos empresários, somados à tomada de pulso na confiança do consumidor indicam que o País poderá ter pela frente a oportunidade de retomar seu desenvolvimento. Desde que resolva gargalos antigos, como reformas que efetivamente eliminem entraves para a produção e criação de empregos. Leia abaixo uma compilação de levantamentos e estudos feitos por algumas das mais representativas instituições e entidades da cadeia brasileira de produção. PRESSTEM OTIMISMO NAS VENDAS 28 De acordo com um estudo da Federação do Co mércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), o varejo está otimista com o primeiro Natal depois da crise. As pesquisas da entidade preveem que o faturamento real das vendas deve crescer entre 4% e 5%, comparado com os resultados do final de 2008. O desempenho favorável é explicado pelas facilidades no crédito ao consumidor, oferecidas por alguns bancos, espe cialmente os públicos. Para dar conta dessa demanda, 77% dos lojistas pesquisados estão reforçando seus estoques com encomendas iguais ou maiores às do Natal passado. A pesquisa ainda mostrou que 97% das empresas da Região Metropolitana de São Paulo devem ampliar seus investimentos em 2010, seja com abertura de novos pontos de vendas e centros de distribuição ou com o reforço nos estoques. Esta tendência de crescimento no varejo já havia sido antecipada em estudo feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). As vendas do setor supermercadista cresceram 6% em setembro, em relação ao mesmo mês de 2008, e o segmento faturou 5,37% a mais no acumulado de 2009, na comparação com o ano passado. Para a Associação, os números positivos e as perspectivas com as festas de final de ano possibilitarão ao setor fechar o último trimestre do período com bons índices de vendas. INDÚSTRIA CAMINHA PARA RETOMADA Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o emprego industrial voltou a crescer em 2009. Após três trimestres consecutivos de retração, os indicadores de produção e mão de obra ficaram positivos entre julho e setembro, atingindo 56,6 e 52,3 pontos, respectivamente (valores acima dos 50 pontos indicam crescimento). O aumento alcançou diversos setores, atingindo as grandes empresas primeiro e, em seguida, as pequenas e médias. A CNI considera que o País vive um bom momento econômico, com estoques ajustados, emprego e investimentos em alta e o comércio preparando-se para um crescimento de demanda. Mas, alerta que é preciso melhorar a competitividade da indústria com revisões Índice de Confiança do Consumidor (ICC) StockXpert (de jan/08 a out/09)* Mês 2008* (pontos) 2009* (pontos) janeiro 113,6 96,7 fevereiro 115,5 95,1 março 119,2 97,6 abril 115,0 100,2 maio 115,7 103,2 junho 109,2 108,4 julho 105,0 111,5 agosto 109,1 111,2 setembro 112,4 111,2 outubro novembro dezembro 100,2 97,0 95,4 113,6 ------- no sistema tributário, seja por meio de reformas ou medidas de incentivo que alcancem mais áreas, como a recente experimentação do governo em desonerar setores, iniciativa que ampliou o mercado interno. Essas medidas, conclui o estudo da CNI, além de seus benefícios específicos, revelaram distorções que necessitam de urgentes reformas, como a excessiva taxação, impactos de impostos indiretos e ausência de estímulos a investimentos privados. Outro levantamento, feito pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), corrobora a análise mostrando que a redução do imposto alavancou as vendas no varejo de eletrodomésticos de linha branca em 25%, passando de oito milhões de unidades vendidas entre janeiro e setembro de 2008 para 10 milhões no mesmo período em 2009. Também um dos principais índices da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Indicador de Nível de Atividade (INA), revelou que o desempenho da indústria paulista subiu 4,3% em setembro, registrando a maior alta desde abril de 2008. Embora o crescimento tenha sido geral em todas as áreas, os setores de máquinas e veículos tiveram destaque. Segundo a pesquisa, o nível de utilização da capa cidade instalada atingiu 81,2% em setembro - com ajuste sazonal –, impulsionado pelos incentivos do governo, pela taxa de juros e pela oferta de crédito e maior demanda. Mas, apesar dos números favoráveis, o INA ainda acumula baixa de 12,3% no ano - o maior recuo para o período de sua série histórica. A indústria foi fortemente afetada pela queda de 30% das exportações de produtos manufaturados e industrializados na com paração de 2009 com 2008, o que significa uma queda real de 9%. Na análise da Fiesp, apesar de alto, o índice não é tão dramático, levando-se em conta as expectativas negativas que se apresentavam no final de 2008. Para a entidade, o resultado de setembro mostra que a pior fase da crise foi superada e que a recuperação econômica é vigorosa. Esta percepção é confirmada pela Pesquisa In dustrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): em setembro as indústrias continuaram a comprar máquinas e equipamentos. As aquisições naquele mês fizeram a produção de bens de capitais crescer 5,8% em relação a agosto, sexta expansão em sequência - o que, no período, representa acúmulo de alta na produção do setor de 14,8%. PRESSTEM Fonte: FGV *Com ajuste sazonal 29 StockXpert indicadores Expectativa do brasileiro na busca por um emprego dentro de seis meses (%) Comprometimento de contratação de trabalhadores temporários nas maiores redes varejistas do país 100 Total de vagas: 385 80 60 57,3 48,8 temporários nas 33 principais redes varejistas do Brasil: 24,7 20 Comprometimento de contratação de trabalhadores 38,4 40 18 12,8 0 2008 otimistas 2009 Indeferentes mil 10 a 15% do quadro fixo (ou seja: de 38,5 mil a 57 mil vagas para o fim do ano) Fonte: IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo) pessimistas Fonte: FGV PRESSTEM CONSUMIDOR CONFIANTE 30 Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontaram ainda que o ICC (Índice de Confiança do Consumidor), estagnado entre agosto e setembro deste ano, voltou a subir. Em outubro, o Índice alcançou aumento de 2,2%, chegando a 113,6 pontos – seu maior nível desde maio de 2008. Na interpretação da instituição, o brasileiro nunca esteve tão otimista na conquista de um emprego. O levantamento revelou que em outubro deste ano, 24,7% acreditavam que será mais fácil conseguir uma vaga nos próximos seis meses. O índice é o maior da série histórica, iniciada em 2005. Entretanto, 18% dos entrevistados acham que 2010 será ainda mais difícil e 57,3% apostam que o próximo ano será igual ao atual na busca por uma chance no mercado de trabalho. Em dezembro de 2008, o índice atingiu seu pior nível, quando apenas 12,8% estavam otimistas e 38,4% acreditavam ser difícil estar empregado dentro de seis meses. O otimismo dos trabalhadores tem base real, como foi possível adiantar no levantamento encomendado pela Asserttem e realizado pelo Ipema (Instituto de Pes quisa Manager). O estudo previu a criação de 123 mil vagas temporárias para o Natal – número 7% maior que o gerado no final de 2008. E, se a média de efetivação se confirmar, 21 mil temporários devem ser contratados após as festas. Além disso, a prorrogação da política de corte do IPI para produtos da linha branca até 31 de janeiro de 2010, anunciada pelo governo em outubro, deve manter os empregos criados durante o incentivo, que começou em abril, e gerar outros. O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne 33 grandes redes varejistas, respon sáveis pelo emprego de 385 mil funcionários, acre dita que o estímulo resultará numa média de 47 mil vagas temporárias nas lojas dessas redes, já que os empresários estimam contratar trabalhadores tem porários em número equivalente a 10% e 15% de seu quadro fixo. TALENTOS DA ESPECIALIZAÇÃO Dedicação é o que garante o sucesso Por Giovanna Zanaroli De repositor a supervisor Do tempo em que trabalhou como repositor de mercadorias, Carlos Eduardo Nascimento guarda uma das coisas mais valiosas: a experiência. Há um ano e meio no cargo de supervisor, além da valorização do trabalho em equipe, o que foi aprendido por ele nos anos anteriores, agora garante melhor desempenho no cargo que ocupa e bom nível de relacionamento com as oitenta pessoas que coordena. Por já ter vivenciado a rotina de trabalho de um repositor e compreender melhor as dificuldades exis tentes, Carlos tenta ajudar no que pode. “Converso com a equipe na mesma linguagem e gosto que eles me contem o que se passa na loja para podermos resolver as pendências”, diz. Casado há 11 anos e pai de um menino chamado Bruno, Carlos iniciou a carreira num supermercado no ano de 2004. Segundo ele, “mais por necessidade do que por gosto”. E desde então tem acumulado conquistas. Depois de permanecer por quatro anos como repositor na atual empresa, o bom desempenho na conclusão de tarefas e comprometimento no trabalho o levaram à supervisão. Conhecedor da rotatividade dos produtos que abastecia na época, Carlos pôde contar com a confiança PRESSTEM “O acaso encontra sempre quem saiba aproveitar-se dele”. A frase do escritor francês e vencedor do Prêmio Nobel, Romain Rolland, sintetiza a história de Carlos Eduardo, Patricia e Sidney. Para eles, ocupar, num primeiro momento, uma das vagas disponíveis no setor de Promoção e Merchandising pode ter sido fruto do acaso - mas a permanência e o sucesso não. As oportunidades surgiram e foram precisas persistência e vontade de aproveitá-las para adquirir conhecimento e experiência profissionais 31 Divulgação // Carlos Eduardo Desenvolvimento profissional depende do comprometimento ESPECIALIZAÇÃO Divulgação TALENTOS DA // Patricia Panzeri O consumidor em primeiro lugar do vendedor responsável pelo supermercado, o que para ele foi uma grande escola, com liberdade de sugerir a compra das mercadorias necessárias. Hoje, os dois são parceiros. “Nas lojas em que eu faço a supervisão, ele faz a venda direta. Sempre conversamos para trocarmos ideias.” Mesmo com a ascensão na carreira, Carlos tem consciência de que uma especialização poderá leválo ainda mais longe. Por isso, cursar uma faculdade relacionada à sua área de atuação está entre os planos para os próximos anos. A compra da casa própria também é um objetivo que ele tem certeza de que alcançará. PRESSTEM Com a camisa do cliente 32 Gostar do que faz e vestir a camisa da empresa, literalmente, é essencial para trilhar o caminho rumo ao sucesso. A definição é de Patricia Panzeri Jerônimo, que diariamente deixa a casa na zona norte de São Paulo, onde mora com o pai, para demonstrar e oferecer a degustação de produtos aos consumidores em diversos supermercados de São Paulo. Hoje com 30 anos de idade, Patricia conheceu a profissão por acaso. Há dez anos, a técnica formada em radiologia hospitalar estava desempregada e em busca de um trabalho fixo. “Por saber que eu procurava uma vaga, uma vizinha me levou na empresa de prestação de serviços de promoção na qual ela mesma trabalhava e então comecei”, conta. De terça-feira a sábado, ao chegar ao local do tra balho, Patricia se prepara especialmente para re presentar o produto. Veste o uniforme, organiza os alimentos e se dirige até o ponto de venda para iniciar a abordagem aos clientes do estabelecimento. Ela gosta tanto deste contato com as pessoas que pretende dar um importante passo nos próximos anos: cursar faculdade de psicologia. “Quero me especializar nesta área para trabalhar em agências e fazer seleção de pessoas”, diz com os olhos brilhando, que revelam a garra em tornar seu sonho uma realidade. Torcedora fanática do São Paulo Futebol Clube, a promotora só perde o bom-humor no trabalho quando recebe alguma cantada fora de hora. “É até normal nesta atividade, a gente tira de letra, mas eu não gosto destas brincadeiras”. Após passar por muitas dificuldades na vida, Patricia comemora a possibilidade de conseguir ajudar seu pai a manter a casa onde vivem com o seu trabalho. E dá uma dica: “Tratar bem o consumidor fará com que ele também te trate bem e adquira o produto”. Surfando duro para progredir Na infância, Sidney Leonardo Silva pensava ser médico ortopedista como o pai. Mudou de ideia ao perceber que a rotina de quem trabalha na medicina é árdua e exige tempo quase integral junto aos pacientes e, portanto, longe da família. “Eu sentia saudade do meu pai quando ele estava em plantão”, conta. Aos 26 anos, o rapaz, que adora ir à praia e surfar nos finais de semana, trabalha diariamente das 8h às 16h como repositor de mercadorias num supermercado atacadista. Depois de passar quatro anos na cidade de Florianópolis, “apenas curtindo a vida”, como ele mesmo define, e tendo todas as despesas pagas pelo pai, Sidney retornou a São Paulo decidido a alcançar seus objetivos com trabalho e muito esforço. O primeiro emprego na função foi temporário, por apenas oito dias, no final de 2008. Sem nem saber do que tratava a função de repositor no início, Sidney se empenhou, mostrou seu compromisso com o trabalho e foi contratado por outra empresa de prestação de serviços especializados. Hoje exibe com orgulho seu desempenho. // Sidney Leonardo PRESSTEM Giovanna Zanaroli Disciplina para alcançar os objetivos “Mesmo sabendo que me esforço bastante, fiquei surpreso ao descobrir que o produto pelo qual sou responsável ocupou o terceiro lugar no ranking dos mais vendidos no mês de setembro”, revela. Sua atividade exige disciplina e empenho constante. Ao chegar ao ponto de venda, Sidney o abastece com a mercadoria e a organiza de acordo com as normas do cliente. “Eu sempre procuro deixar os produtos prontos para o próximo consumidor”, exemplifica. Determinado e sonhador, o jovem gosta do que faz e almeja desenvolver-se na profissão. Algumas con quistas pessoais já foram realizadas, como a compra de uma televisão e um DVD para equipar seu quarto. A reforma do cômodo, na casa dos pais, também ficou por conta de Sidney. A compra do carro já está a caminho. “Quero ser um profissional bem-sucedido, ter meu carro, casa própria, ter minha família. Para começar, dois filhos. Um casal”. 33 MIRANTE Por Helio Zylberstajn StockXpert Benefícios “à la carte” Empregos verdes A MERCER acaba de divulgar os resultados de uma ampla pesquisa conduzida em 47 países, com participação de mais 1.700 organizações. O objetivo era conhecer a utilização de programas flexíveis de benefícios, nos quais a empresa oferece um conjunto de benefícios para escolha dos empregados. Os resultados indicam que uma em cada quatro das empresas pesquisadas oferece hoje este tipo de programa. Nada menos que um terço das demais empresas está pensando em adotálo. O principal motivo é poder atender a diversificação crescente de valores e de necessidades da força de trabalho. Outro motivo é a redução dos custos dos benefícios. Mensagem para o nosso setor: se a prestadora de serviços está envolvida em múltiplas atividades e utiliza mão de obra diversificada, o cardápio de benefícios pode ser um fator de atração e retenção dos bons profissionais. A preocupação com a mudança climática e com o desenvolvimento sustentável está chegando ao mercado de trabalho com o nome de “empregos verdes”. É simples: espera-se que a conversão da energia baseada em fontes poluidoras para energia ecologicamente correta e limpa crie oportunidades de investimentos e de crescimento econômico. Essa será uma nova fronteira para a expansão da economia mundial, que precisará de trabalhadores com formação especializada e de empresas prestadoras de novos serviços permanentes e temporários. A corrida já começou em muitos países. O Brasil é um deles. Duas explicações e um paradoxo 34 é professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP e presidente do Ibret (Instituto Brasileiro de Relações de Emprego e Trabalho) Zarife Assi PRESSTEM HÉLIO ZYLBERSTAJN Migração pode ser uma explicação: como a situação ficou ruim, muita gente teria deixado as regiões metropolitanas e voltado para suas cidades de origem. Lá, o IBGE não as alcança e não as registra na PME. A outra explicação pode ser o desalento: sabendo que o mercado não está bom, muitas pessoas nem se dariam ao trabalho de procurar emprego. Os que não procuram emprego não estão na força de trabalho e não entram nas contas do IBGE. Qualquer que seja a razão do congelamento, poderemos observar um paradoxo: se nos próximos meses o mercado de trabalho melhorar, estas pessoas voltarão ao mercado de trabalho e engrossarão o grupo de desempregados. Teremos crescimento do emprego e do desemprego, ao mesmo tempo. Jovens: cara O IBGE informa: em dez anos, dobrou a pro porção de jovens de 18 a 24 anos na universidade. Era 6,9% em 1998 e chegou a 13,9% em 2008. Ainda segundo o IBGE, o percentual de jovens nessa faixa etária com pelo menos 11 anos de estudo também dobrou neste período: de 18,1% passou para 36,8%. Apesar da qualidade questionável do ensino, o mercado de trabalho reconhece a educação e retribui com salários maiores para quem investe em escolaridade. Por essa razão, a escolaridade do jovem trabalhador brasileiro está crescendo muito e muito rápido e hoje mais da metade deles tem escolaridade média completa ou já está na Universidade. A melhoria da qualidade da mão de obra é uma excelente notícia para todos, em especial para o setor de prestação de serviços. Jovens com escolaridade média completa ou cursando a Universidade - 1998 /2008 Mercado de trabalho metropolitano congelado? 50,7% 50% 36,8% 40% 30% 25,0% 20% 10% 13,9% 18,1% 6,9% 0% Jovens na Universidade Jovens compelo menos 11 anos de estudo 1998 total 2008 Jovens: coroa O outro lado: o IBGE informa também que em 2008, havia no Brasil cerca de 23 milhões de jovens entre 18 e 24 anos. Nada menos que 1,2 milhões (mais de 5% do total), declararam ao entrevistador do IBGE que não estudavam, não trabalhavam e não ajudavam nos afazeres domésticos. Para o Brasil, este é um problema enorme: além de ser um peso-morto, estes jovens desocupados podem se transformar em infratores e delinquentes. Mas para o setor de prestação de serviços, estes jovens podem se transformar em 1,2 milhões de oportunidades. O setor poderia prestar um grande serviço ao país se encontrasse maneiras de ocupar produtivamente estes brasileiros precocemente desesperançados. Os resultados recentes da PME (a Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE) são intrigantes. A pesquisa acompanha o mercado de trabalho em seis regiões metropolitanas: Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Em setembro último, a quantidade de pessoas ocupadas era exatamente igual à de um ano atrás. E mais: a quantidade de pessoas procurando emprego era também exa tamente igual em setembro de 2008 e setembro de 2009. Ou seja, o emprego nas seis regiões metropolitanas mais importantes do país não cresceu e o desemprego também não cresceu. A taxa de desemprego é exatamente a mesma. Que o emprego não tenha crescido é compreensível: afinal, em setembro de 2008 começou a crise financeira global que destruiu empregos em todo o mundo, inclusive no Brasil. Mas porque não aumentou o desemprego? Onde estão os trabalhadores que surgem todo ano devido ao crescimento vegetativo da população? Como explicar o con gelamento do mercado de trabalho? PRESSTEM 60% 35 REALIZAÇÕES E PARCERIAS SindeprestemCard Grupo de afinidades agora com vantagens exclusivas Por Danielle Borges Criado para reunir fornecedores qualificados e que ofereçam benefícios reais às empresas ligadas ao Sindicato, o cartão fidelidade do Sindeprestem chega às mãos do associado sem custo e pronto para ser utilizado PRESSTEM O SindeprestemCard 36 foi lançado no final de agosto e desde então a equipe responsável por sua implantação trabalha sistematicamente para entregar ainda em 2009 o primeiro lote de cartões, conforme planejamento inicial. De acordo com o cronograma, nesta primeira fase do projeto, apenas as associadas podem usufruir das vantagens do grupo de compras. Fernando Vidal, consultor de negócios da empresa Isenção Planejamento, Assessoria e Administração, integrante do Grupo N Raduan e responsável pela ges tão operacional do cartão fidelidade, explica que, a partir de janeiro de 2010, entra em operação a segunda fase, que abrange as empresas filiadas. “Em seguida, no mês de março, será a vez das sindicalizadas também receberem o cartão fidelidade, concluindo assim a implantação do projeto.” “Todos sabem que quanto maior o volume da compra, o poder de barganha aumenta, resultando em economia e custos mais baixos. O grupo de afinidades é uma fer ramenta facilitadora fundamental para uma entidade do porte do Sindeprestem”, avalia Regina de Souza, diretora do Sindicato e de empresa associada, da área de gestão em trade marketing, que já aderiu ao uso do cartão. Para ela, “a contribuição dos empresários será extremamente importante para o sucesso do SindeprestemCard”. Processo de negociação Em 2006, a administradora do cartão iniciou o contato com o Sindeprestem, mas somente em 2009 o projeto realmente tomou corpo. “Iniciamos um levantamento junto às associadas para verificar quais os primeiros segmentos a serem trabalhados”, lembra Vidal. Os pri meiros fornecedores foram da área de assistência médica, odontológica, saúde ocupacional e seguro de vida. Depois, foram incluídas empresas de uniforme, gráfica, contabilidade e gestão de softwares. Marcello Avena é diretor nacional de vendas da Intermédica Sistema de Saúde, uma das primeiras parceiras do SindeprestemCard no segmento de assistência médica hospitalar. “Fomos avaliados pela administradora do cartão a pedido do Sindeprestem. O único investimento foi elaborar uma proposta diferenciada”, explica. Para ele, fazer parte do grupo é uma troca. “A empresa tem a oportunidade de conquistar mais clientes e os associados têm ao seu alcance benefícios exclusivos”, ressalta. Suporte online Já está no ar o hotsite com conteúdo exclusivo de senvolvido para informar e orientar integrantes do gru po de compras do Sindeprestem. Acessando o www. sindeprestemcard.com.br é possível visualizar notícias atualizadas, promoções especiais e a relação completa de parceiros inseridos no programa de benefícios. O SindeprestemCard é entregue gratuitamente no en dereço de cadastro da empresa, acompanhado de uma carta explicativa com as orientações necessárias. “Todo o processo de compra entre cliente e fornecedor é efetuado diretamente sem a intervenção do Sindeprestem”, enfatiza Vidal. Para ter acesso às promoções basta informar o nome da empresa e número do cartão para comprovar que a empresa faz parte do grupo de afinidade. O consultor da administradora lembra que o Sinde StockXpert prestemCard não é um cartão de crédito, portanto não possui limite de compras. “Novos associados o receberão automaticamente e, conforme a necessidade, poderão também solicitar cartões adicionais”, afirma. Vantagem para o fornecedor Parceiros já cadastrados AUDIT CONSULT - Contabilidade e auditoria CORRHECT - Gestão em RH HERMES BPO - Gestão e processos de terceirização INTERODONTO - Assistência odontológica INTERMÉDICA - Assistência médica L2 PROPAGANDA - Indentidade corporativa, material promocional e editoração de revistas LJM GRÁFICA E EDITORA - Papelaria, cartazes e catálogos MALHARIA TROPICAL - Uniformes profissionais MET LIFE- Seguro de vida RCC - Licitações públicas RH VIDA - Saúde ocupacional STUDIO DPI - Comunicação empresarial, criação, propaganda e planejamento estratégico Acordos com bancos garantem juros menores a empresas do Sindicato A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) fechou novas parcerias com instituições financeiras para garantir condições exclusivas a seus associados, entre eles as empresas representadas pelo Sindeprestem. O Banco do Brasil vai disponibilizar R$ 1 bilhão a todas as micros, pequenas e médias empresas filiadas a entidades associadas da Fecomercio. Pelo acordo, as taxas serão até 20% menores em relação às praticadas pelo mercado. O Crediário Caixa Fácil, da Caixa Econômica Federal, possibilita o acesso rápido e sem burocracia a financiamentos, principalmente a empresas de pequeno porte. Já a Nossa Caixa Desenvolvimento oferece a menor taxa do mercado para capital de giro: 0,96% ao mês com prazo de até 12 meses. Para mais informações, entre em contato com o Núcleo de Produtos e Serviços da Fecomercio, nos números (11) 3254-1756 ou 3254-1761 ou com a Assessoria Jurídica do Sindeprestem pelo telefone 0800 701 2449. PRESSTEM O Sindeprestem e a Isenção Planejamento, Assessoria e Administração continuarão cadastrando novos parceiros. Segundo Vidal, “trata-se de um processo contínuo de expansão da base”. Fornecedores interessados em fazer parte do grupo de compras podem realizar seu pré-cadastro no formulário disponível no site ou entrar em contato com a gestora do cartão que fará a avaliação da proposta. Ao ingressar no grupo, os fornecedores contarão com a vantagem de ter acesso imediato a um grupo seleto de empresas interessadas em seus produtos, além do foco na comunicação com os clientes, sem ônus adicional. “Para aderir ao programa, basta apre sentar uma proposta diferenciada que atenda às necessidades do grupo”, conclui. Para mais informações, envie um e-mail para [email protected] ou entre em contato com Fernando Vidal pelo fone (11) 3188-7313 ou por e-mail [email protected]. 37 brasil StockXpert Ciett 2010 - CIETT 2010 CADA VEZ MAIS PERTO PRESSTEM Com o tema 40 central “A via de flexibilidade no futuro do trabalho”, o CIETT Brasil 2010 - Congresso Mundial de Terceirização e Trabalho Temporário será realizado de 26 a 28 de maio de 2010, no WTC Convention Center, em São Paulo. O evento, promovido pelo Sindeprestem, em parceria com a Asserttem e total apoio das principais entidades internacionais do setor, terá a missão de elevar o Brasil a um novo patamar no conceito das relações de Trabalho Temporário e Terceirização. Serão três eventos integrados, ocorrendo simul taneamente. Além da Conferência Anual da CIETT, será realizado o Congresso Mundial e também o 1º Fórum Brasil de Relações do Trabalho na Terceirização e Trabalho Temporário, com temas direcionados também para empresas tomadoras de serviços e profissionais ligados ao setor, abordando práticas de trabalho, planejamento e legislação. Segundo Fernando Calvet, presidente do Comitê Organizador, os últimos detalhes em relação aos conferencistas nacionais e internacionais estão em fase de finalização. “Em breve, a programação oficial estará disponível no site.” O CIETT 2010 Brasil é direcionado a empresários e profissionais ligados direta ou indiretamente aos setores de Trabalho Temporário, Terceirização, recursos humanos, to madores de ser viços, advogados trabalhistas, con sultores e contadores. Feira de Negócios Paralelamente ao Congresso, será realizada, nos dias 27 e 28 de maio, a Feira de Negócios, com mais de 30 estandes, cujo objetivo é oferecer às empresas do setor um amplo painel sobre produtos e serviços voltados à atividade. São esperadas nos eventos cerca de 2,5 mil pessoas, entre congressistas e visitantes. Fornecedores e empresas associadas ao Sindeprestem interessados em participar como expositores poderão obter informações no site do evento. Site oficial Além de informações sobre a programação, o site disponibiliza indicações de hospedagem, turismo e opções de cotas para empresas interessadas em patrocinar o CIETT 2010 e expor seus produtos na Feira de Negócios. Também é possível efetuar a inscrição online para congressistas. Todo conteúdo é atualizado diariamente e com versões em português, inglês e espanhol. Para saber mais, acesse www.ciett2010.com.br. PRESSTEM Pela primeira vez, São Paulo é sede do Congresso que reúne as principais entidades internacionais do setor 41 Ciett 2010 - brasil CONGRESSO GANHA DIVULGAÇÃO INTERNACIONAL Como parte da estratégia de divulgar a edição brasileira do Congresso Mundial de Terceirização e Trabalho Temporário, o Sindeprestem participou recentemente de alguns eventos internacionais e de grande visibilidade o CIETT Brasil 2010 terá a missão de colocar o País entre as principais nações no conceito das relações de trabalho. Para isso, o Sindicato tem se empenhado para atrair a atenção de empresários, profissionais e autoridades, divulgando mundialmente os temas e congressistas já confirmados. PRESSTEM Em Genebra, contribuições para o evento 42 O presidente do Sindeprestem, Jan Wiegerinck, e o vice, Fernando Calvet, que preside o comitê organizador do Congresso Mundial no Brasil, estiveram na Suíça no final de outubro para um encontro promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). No dia 22, na mesma oportunidade, apresentaram à Confederação Internacional de Agências de Emprego Privadas (CIETT) o projeto do evento que ocorrerá em 2010. Na reunião, os delegados mundiais que compõem a entidade avaliaram as propostas apresentadas pelo Sindeprestem e sugeriram alguns temas e palestrantes. “Distribuímos material de divulgação, que foi muito bem recebido, e acredito que muitos empresários presentes no encontro da OIT estarão no Brasil no próximo ano para o Congresso”, avaliou Calvet. Empresários colombianos motivados a participar Convidado pela Associação Colombiana de Em presas de Emprego Temporário (Acoset), Vander Mo rales, diretor de Comunicação do Sindeprestem, de talhou os objetivos da realização do CIETT 2010 no Brasil e apresentou a programação, motivando os empresários colombianos do setor para participar do evento. Também palestrante da 10ª edição do Congresso de Serviços Temporários, realizado de 24 a 25 de setembro, em Cali, na Colômbia, Morales, divulgou os dados das últimas pesquisas e ações do Sindicato, iniciativas que demonstram a dimensão atual assumida pela atividade no País. Divulgação na Argentina Em 20 de setembro, a Federação Interamericana de Associações de Gestão Humana (Fidagh) realizou, em Buenos Aires, uma assembleia com 25 presidentes de entidades associativas de recursos humanos de 15 países da América Latina. Cassio Mattos foi convidado para representar a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). Envolvido na organização do evento como membro do Comitê Organizador do CIETT 2010 Brasil, Mattos divulgou o Congresso para este público que tem forte representatividade na região. “Conseguimos um acordo com as entidades pre sentes para uma divulgação em cadeia. As novidades do CIETT 2010 serão informadas às associações que, por sua vez, retransmitirão à suas respectivas redes de associadas”, conta Cassio Mattos. Segundo ele, “As propostas que fixamos para o evento no Brasil foram muito bem recebidas, principalmente com respeito aos temas com foco no aperfeiçoamento do trabalho”, resumiu o consultor, adiantando que, na Argentina, o Trabalho Temporário já está incorporado à rotina das empresas. StockXpert StockXpert eventoS Em lorena, profissionais Convidado para participar de encontro en destacou os índices de crescimento do Trabalho Tem tre profissionais de Recursos Humanos em Lorena (SP), porário e Terceirização, 3,32% e 2,67%, em relação a Vander Morales, presidente da Asserttem e presidente 2008, respectivamente, o fato de o Brasil ter mais de 1,5 eleito do Sindeprestem, apresentou a palestra Cenários mil empresas de Trabalho Temporário registradas no Possíveis para o Setor de Trabalho Temporário e Serviços Ministério do Trabalho e detalhou as ações do Sindicato e Terceirizáveis – Opor tunidades e Tendências, além de da Associação para o fortalecimento da atividade no Brasil discutir temas como especialização da mão de obra e a e para trazer a São Paulo a realização do CIETT em 2010. tramitação do Projeto de Lei 4.302/98. Ao final do encontro, diretores de sindicatos laborais O evento, promovido mensalmente pelo Grupo buscaram um debate para esclarecer suas dúvidas sobre a Interativo de RH de Lorena (GIRHL), ocorreu em 23 de Terceirização e o Trabalho Temporário. Vander elucidou outubro, na Associação Comercial e Industrial da cidade aspectos que ainda suscitam interpretações equivocadas. (ACIAL), com a presença de mais de 50 pessoas, entre Além disso, demonstrou que as atividades são hoje profissionais de RH, universitários da USP e diretores consideradas como avanços nas relações de trabalho de sindicatos laborais da região, que discutiram temas no Brasil e no mundo, uma vez que oferecem empregos relacionados ao setor. formais e ampliam as oportunidades de combater o Ao abordar dados das atividades no País, Morales desemprego no País. PRESSTEM de rh debatem setor 43 Divulgação eventoS PRESSTEM Pela primeira vez, São pa que reúne as principais en 44 No encontro em Genebra, a preparação de documento oficial da OIT para incentivar a ampliação do mercado mundial de trabalho Sindeprestem participa de encontro da oit Sindicato lamenta a ausência das autoridades brasileiras na reunião da entidade, que busca unir o maior número de países para fomentar a criação de empregos aulo é sede do Congresso ntidades do setor O Sindeprestem participou do encon de promover a integridade do trabalho, ajudaria a tro da Organização Internacional do Trabalho (OIT), regulamentar a Terceirização no Brasil, seguindo em Genebra, Suíça, nos dias 20 e 21 de outubro, para normas já adotadas por outros países e de acordo discussão da Convenção 181, que trata das agências com os padrões mundiais”, argumentou Wiegerinck. de emprego privadas. O objetivo da reunião foi Na avaliação de Fernando Calvet, diante de um obter a adesão de mais países à Convenção, que visa cenário de crise econômica, esta foi uma oportunidade fomentar o emprego por meio da recomendação aos única de reunir empresários, governos e trabalhadores governos para regulamentação dessas empresas. de diferentes nacionalidades para encontrar soluções para os entraves à criação de empregos. O governo brasileiro não enviou representante e, da Confederação Internacional de Agências de Emprego por isso, perdeu a chance de manifestar o seu ponto Privadas (CIETT), que convocou suas filiadas. de vista. “Foi lamentável constatar a ausência das A Convenção 181 conta hoje com a adesão de 21 nossas autoridades, uma vez que o País carece de países, entre eles Índia, Uruguai e Colômbia. Trata-se investimentos e de leis que incentivem a criação de de um conjunto de regras aprovado em 1997 pela OIT, postos de trabalho”, enfatizou Calvet. entidade constituída por governos, empregadores e trabalhadores do mundo todo. Oportunidade perdida Ao final do encontro, foi firmado um acordo entre os países presentes que aderiram à Convenção, compilando os pontos de consenso. Em breve, estas informações serão sintetizadas em um documento Como o Brasil ainda não aderiu à Convenção, oficial da OIT, que exerce forte influência nas normas o Sindeprestem colheu subsídios que poderão ser e regras que incentivam a ampliação do mercado de úteis na decisão. “Esta seria uma ação que, além trabalho mundial. PRESSTEM Estiveram presentes o presidente do Sindeprestem, Jan Wiegerinck, e o vice, Fernando Calvet, por convite 45 StockXpert eventoS Colômbia: governo incentiva Trabalho Temporário para ampliar mão de obra formal e abrir oportunidades para jovens no mercado de trabalho PRESSTEM Colômbia, 46 uma nação com empresários conscientes O 10º Congresso de Serviços Tem porários, realizado na cidade de Cali, Colômbia, em 24 e 25 de setembro, mostrou o amadurecimento do setor e do governo na Colômbia. O evento foi promovido pela Associação Colombiana de Empresas de Emprego Temporário (Acoset). Convidado a falar sobre as perspectivas e o cenário atual dos serviços temporários e terceirizados no Brasil, Vander Morales, diretor de Comunicação do Sindeprestem e presidente da Asserttem, apresentou números da Pesquisa Setorial 2009 e detalhou as ações e o empenho do Sindicato para reverter os problemas enfrentados pelas atividades no País. Representantes do Sindeprestem e da Asserttem relataram a realidade do setor no Brasil no Congresso, que contou com participantes de vários países, entre eles o presidente da ACOSET, Miguel Pérez Garcia (ao centro), e do jornalista e mestre em Markenting e Comunicação, Luis Fernando Martín Pinzón (à esquerda) Comprometimento empresarial De acordo com as impressões de Vander Morales, a Colômbia revelou-se um modelo de conscientização empresarial em relação ao Trabalho Temporário e à Terceirização. “O governo valoriza e incentiva a atividade como empregadora de mão de obra formal e criadora de oportunidades para os jovens no mercado de trabalho”, relata. No entanto, segundo ele, houve uma época em que as empresas de emprego temporário eram vistas A situação, porém, foi revertida com um trabalho semelhante ao que é realizado no Brasil. Ações como intensificação da comunicação, mobilizaç ão dos empresários e realização de pesquisas Vander: Na Colômbia, Terceirização está madura PRESSTEM como precarizadoras de mão de obra naquele país. 47 foram algumas das ferramentas utilizadas. “Acredito que podemos chegar ao resultado que eles alcançaram. Talvez num espaço de tempo maior, mas sem dúvida é possível”, enfatiza. Quanto à Terceirização, a Colômbia também pode existe discussão entre o que é atividade meio e fim ser considerada como exemplo, pois a prestação de numa empresa. Quem tem especialização vende para serviços especializados já está consolidada. “Não quem quer comprar”, conclui Morales. eventoS Conferência do iqpc destaca StockXpert gestão de relações trabalhistas PRESSTEM Entre os dias 48 17 e 19 de novembro, o IQPC América Latina, líder mundial em organização de eventos para altos executivos, realizou a 1ª edição da Conferência Relações Trabalhistas e Sindicais, em São Paulo. Além de propiciar amplo debate entre empresários de diversos setores sobre o atual cenário econômico e seus reflexos nas relações de trabalho, o encontro pôde oferecer aos participantes a oportunidade de ampliar seu networking e gerar novos negócios. A Conferência contou com painéis focados em discutir Resultados e Estratégias em Gestão das Relações do Trabalho; Gestão de RH e Relacionamento com Sindicatos em Momentos de Crise; Interfaces do Programa Compliance com Relações Trabalhistas e Sindicais; Práticas no Processo de Negociação Trabalhista e Sindical; Estratégias que Interferem no Nível de Comprometimento dos Empregados; Como Explorar Programas de Remuneração para Aumentar o Comprometimento; Cultura e o Clima Organizacional como Estratégia de Relacionamento com Funcionários; e Atendimento à Fiscalização Trabalhista e à Terceirização. Além disso, workshops específicos trataram de temas como Dissídio Coletivo, Terceirização e seus Desafios, sobretudo em projetos de lei em discussão no legislativo, e Negociação Sindical para adequação das empresas em momentos de crise. Os participantes puderam acompanhar casos práticos e debates com especialistas da iniciativa privada, instituições representativas de classe e órgãos governamentais. Vander Morales, presidente da Asserttem e presidente eleito do Sindeprestem, fez uma apresentação sobre os impactos da crise global no mercado de trabalho e a terceirização como caminho de retomada do crescimento. Nela, mostrou como a crise econômica mundial gerou uma redução significativa no número de postos de trabalho no Brasil e porque terceirizar serviços e processos pode, e deve, ser o caminho para o aumento dos índices de competitividade, preparando as empresas para a retomada da economia. Morales fez também ampla explanação sobre as políticas e mudanças na legislação brasileira quanto à contratação de serviços terceirizados; as responsabilidades do tomador de serviço e os cuidados na escolha do parceiro adequado; a relação entre menor preço e melhor preço; e as alternativas e perspectivas para o futuro da Terceirização no Brasil. “Participar de eventos do IQPC é um privilégio para o Sindeprestem, pois reúnem profissionais de grandes corporações e o alto nível dos participantes é uma ótima oportunidade para discutir a Terceirização como estratégia de gestão”, resume Vander. 49 PRESSTEM Ilustração: Bno Moreira Humor Corporativo CASE DE GESTÃO PRESSTEM Todo dia, cedinho, lá estava a formiga 50 no escritório. Dando duro, mas feliz. O marimbondo, gerente-geral da empresa, considerava a formiga bastante produtiva. Mas encasquetava: se ela era tão produtiva sem supervisão, imagina bem supervisionada. E colocou uma barata, experiente supervisora, que passou a preparar relatórios impecáveis. Logo no primeiro, fixou rígidos horários de entrada e saída da formiga. E para controlar o ponto, a barata conseguiu uma secretária, argumentando que também precisava de reforço para elaborar os relatórios, os quais, naturalmente, teriam de ir para um arquivo, cuja organização ficou a cargo de uma aranha que, além disso, tinha a função de monitorar as ligações telefônicas na área da formiga. Impressionado com a pró-atividade da barata, o marimbondo solicitou, em memorando, que os relatórios também incluíssem gráficos com indicadores e análise de tendências, o que facilitaria suas apresentações nas reuniões da diretoria. A barata, então, contratou uma mosca. E comprou um computador com impressora colorida. Antes bem-humorada e eficiente, a formiga ficou intrigada: por que tanto desperdício de papel e reunião toda hora, interrompendo o trabalho? – perguntava para si mesma, cada vez mais macambúzia. Sagaz, o marimbondo percebeu o desconforto e concluiu: o problema era que, na área da formiga, não havia a função de gestor. Um headhunter foi contatado e, depois de entrevistar vários candidatos, conseguiu convencer a cigarra a deixar o concorrente e assumir a posição na empresa. Na negociação final, bateu-se o martelo: a cigarra teria secretária, ampla sala, com carpete, poltrona especial, notebook mais potente – tudo novo. O dinamismo da cigarra ficou evidente desde o primeiro dia. Convenceu todos que a empresa precisava de um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga. Tempos depois, tentou persuadir o marimbondo: era necessário fazer um estudo de clima. Mas, preocupado com os custos, o marimbondo revisou os números e constatou: a produtividade na unidade da formiga vinha caindo a cada gráfico. E tomou uma decisão: contratar a coruja, uma conceituada consultora, consagrada em coaching de business, além de palestrante requi sitadíssima – e cara. Apesar da agenda tomada, em deferência especial a coruja topou. Depois de cinco meses entregou um calhamaço de quatro volumes, fora os anexos, cuja conclusão pode ser resumida na frase: "Tem gente demais nesta empresa.” Diante do abalizado veredicto, o marimbondo mandou demitir a formiga. Afinal, a empresa não podia manter alguém tão desmotivada, improdutiva e mal-humorada.