PRESSTEM
prestaÇÃO DE SERVIÇOS especializados
ano XI
DEZembro 2009
nº35
QUEM SABE FAZ BEM FEITO
Titular da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
Luiz Antonio de Medeiros avalia o atual estágio do trabalhismo no País, aponta os desafios do
mercado e afirma que a Terceirização é uma via que possibilita especializar o trabalhador brasileiro
PROMOÇÃO E MERCHANDISING
Terceirização aproxima consumidor de produtos e serviços
Conheça o trabalho das Coordenadorias
INDICADORES: Pesquisas mostram que o País está pronto para retomada
ELEIÇÕES 2009: Eleita por unanimidade, gestão se prepara para o diálogo
ENCARTE ASSERTTEM: Entidade comemora 40 anos ampliando influência
CIETT 2010: Sindicato divulga no mundo evento a ser realizado no Brasil
PRESSTEM
ÍNDICE Edição 35
06
QU E M S A B E FA Z B E M F E ITO
Secretário de Relações do Trabalho diz em entrevista que Terceirização
é caminho para a especialização dos trabalhadores >> pág. 06
Daniela Bayer
Capa
S E R V IÇ O S E S P E C IA L IZ A D O S
Luiz Antonio de Medeiros
12
Promoção e Merchandising: crucial para o marketing moderno >> pág. 12
31 TALENTOS DA
StockXpert
05 E M FOCO
Jan Wiegerinck
Promoção e Merchandising
StockXpert
40
Brasil: mais próximo do Ciett 2010
ESPECIALIZAÇÃO
18 B al an ço das
coordenadorias
34 MIRANTE
20 el ei ções 2 0 0 9
36 RE ALIZAÇÕ E S E PARC ERIAS
22 B ALANÇO DA GE S TÃO
40 CIE TT 2 0 1 0 - BRAS IL
26 CE BRASS E NE W S
43 E V E NTOS
27 TE NDÊ NCIAS
E TE CNOLOGIA
50 HU MOR CORPORATIVO
28 INDICADORE S
Hélio Zylberstajn
E NCARTE
ASS E RTTE M NOTÍCIAS
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3
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Colocação e Administração de Mão-de-Obra e de Trabalho
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PRESSTEM
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José Antonio Gregório
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4
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Terceirizáveis e de Trabalho Temporário
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Nossas entidades são filiadas à
EM FOCO Jan Wiegerinck, Presidente do Sindeprestem
Tempo de consolidação
Edevaldo Tadeu
claro que somos parte da solução de algumas realidades
brasileiras que exigem aperfeiçoamento.
Refiro-me, neste caso, aos melhoramentos que
concernem à nossa atividade, principalmente quanto
ao grau de informalidade existente na economia e à má
distribuição de renda. Houve alguma melhoria nesses
dois aspectos, sem dúvida, mas há muito por fazer.
Por fim, um apelo. Sei que a entidade existe para
promover os interesses dos seus associados. Não per­
camos, porém, nunca de vista que todo o interesse
deve estar inserido no conjunto dos objetivos de toda
a sociedade. Nenhum interesse setorial se sobrepõe ao
Bem Comum.
Em minha opinião, uma das causas do alto grau de
conflito existente em nossa sociedade, com reflexos
sobre nossa área, é, por exemplo, o monstruoso número
de processos trabalhistas. A esse fenômeno podemos
somar o reduzido senso de responsabilidade de nossas
elites. Responsabilidade não por resultados imediatos,
mas pelas consequências para todos os envolvidos no
processo social.
Compartilho da definição de elite de Ortega y Gasset:
“são aqueles que exigem mais de si do que dos outros”.
Sobre o futuro, desejo êxito à Diretoria que assume
sob a orientação do Sr. Vander Morales. Estou certo de
que seus componentes podem contar com o apoio de
todos no enfrentamento dos desafios que, seguramente,
não faltarão.
Meu muito obrigado pela oportunidade, apoio,
colaboração e convivência humana.
// Avançamos. Somos, hoje, parcela
incontestável do cenário empresarial
do País. Mais do que isto, estatísticas
e pesquisas demonstram que somos
parte da solução no aperfeiçoamento da
realidade brasileira
PRESSTEM
Esta é minha
última mensagem nesta coluna reservada ao Presidente da nossa entidade. Quero, em
primeiro lugar, agradecer a muitos. Aos que elegeram a
mim e à atual diretoria. Recebemos o voto como demonstração de confiança.
Os que trabalharam conosco - não vou citar nomes:
são de todos conhecidos. Os nossos agradecimentos
aos colaboradores internos, ao nosso staff dedicado
e competente. Aos parceiros externos, às assessorias
jurídica, de comunicação, de relações públicas e de
pesquisas. Não posso esquecer de deixar, aqui, o
reconhecimento e o agradecimento aos sindicalistas
laborais com os quais interagimos neste período.
Se não fizemos mais e melhor, quero assumir a
responsabilidade. Foi porque não pedi ou dei a orientação.
Sempre digo: quando algo não funciona a culpa é do
chefe. E meu caso não é diferente.
Também agradeço aos componentes da Diretoria.
Realizamos uma gestão harmônica e, creio, bastante
eficaz. Fizemos o que estava em nosso poder. Ou seja,
o que estava nas nossas competências e era viável
dentro das circunstâncias. Naturalmente, gostaríamos
ter feito mais. Porém, aqui não é o espaço para entrar
em pormenores.
O Sindeprestem avançou. Estamos claramente si­
tuados no contexto empresarial brasileiro. O espaço da
nossa atividade e de nossas empresas está melhor
definido. Os dados estatísticos levantados pelas
diversas pesquisas mostram nossa importância
social e econômica. Mais do que isto, tornam
5
Daniela Bayer
QUEM SABE FAZ BEM FEITO
aguardando texto
PRESSTEM
// Para que a
6
regulamentação
da Terceirização se
concretize há um viés
ideológico difícil de
superar
LUIZ ANTONIO DE MEDEIROS
TERCEIRIZAÇÃO TRAZ AO
BRASIL TENDÊNCIA MUNDIAL:
ESPECIALIZAÇÃO DO TRABALHADOR
Nascido no coração da Floresta Amazô­
nica, numa pequena cidade chamada Seringal Vi­
tória, o atual Secretário de Relações do Trabalho
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz
Antonio de Medeiros Neto, iniciou sua história
na política a partir da militância e participação
no movimento de resistência à ditadura militar.
Preso e depois exilado, morou durante alguns anos
no Chile até ser convidado, em 1973, a cursar a
Escola Internacional de Política em Moscou, na
ex-União Soviética.
No regresso ao Brasil, Medeiros empregou-se
na indústria metalúrgica e iniciou uma nova etapa:
a participação no movimento sindical brasileiro.
Em 1978, sua engajada atuação no Sindicato dos
Metalúrgicos de São Paulo lhe rendeu a notoriedade
que o levou a assumir a Presidência da entidade
anos depois. Fundador da Força Sindical, em
1991, foi o precursor do chamado Sindicalismo de
Resultados, modelo que privilegia o diálogo com
as forças produtivas para a obtenção dos objetivos
dos trabalhadores.
Antes de assumir o atual posto no Ministério
do Trabalho e Emprego, cumpriu dois mandatos
como deputado federal. Em entrevista exclusiva à
revista Presstem, Luiz Antonio de Medeiros faz uma
análise sobre a lei que regulamenta a Terceirização
e o Trabalho Temporário, os desafios do mercado de
trabalho e os impactos da carga tributária na oferta
de empregos.
Presstem – Ao assumir o atual cargo no Minis­
tério, sua principal meta foi a de adequar a estru­
tura sindical à realidade e modernizar as relações
capital-trabalho. O que tem sido feito?
Luiz Antonio de Medeiros – Cuidar das relações
sindicais e das negociações por meio do MTE tem
sido uma experiência administrativa muito rica. A
instituição da Portaria nº 186, de 10 de abril de 2008,
pelo ministro Carlos Lupi, deu total transparência
ao registro sindical. Seguindo as orientações con­
tidas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
a portaria estabelece que seja permitido existir mais
de uma entidade de grau superior – confederação,
federação - representando a mesma categoria, desde
que uma não se sobreponha à outra. Assim, ao
mesmo tempo em que a unidade sindical é mantida,
há oxigenação em sua cúpula. Esta modificação foi
muito benéfica para o modelo sindical se adequar
à realidade.
P – Como descreveria sua participação no
cenário político, desde a época do Sindicato
dos Metalúrgicos?
LAM – Acredito que eu tenha dado alguma
contribuição ao Sindicato dos Metalúrgicos do
Estado de São Paulo, que não era respeitado pelos
empresários e nem querido pelos trabalhadores.
Quando assumi a presidência em 1987, o Sindicato
estava muito viciado nas relações industriais.
Então estabeleci uma política de rompimento,
PRESSTEM
Por Giovanna Zanaroli
7
QUEM SABE FAZ BEM FEITO
com a adoção de uma postura mais realista e
combativa, mas, ao mesmo tempo, aberta ao
diálogo. No ano de 1991 fundei a Força Sindical,
que hoje tem um papel muito importante. Quando
fui deputado federal presidi a CPI da Pirataria,
cujo propósito foi a investigação do contrabando
e que trouxe importantes contribuições para com­
bater este crime.
Bruno Leite
P – O que o sr. destacaria em sua atual função
de secretário de Relações do Trabalho?
LAM – A regulamentação do trabalho aos do­­­
min­
gos foi uma das grandes negociações do Mi­
nistério do Trabalho. A desburocratização para a
constituição de sindicatos também. Acho até que
existe um número excessivo de sindicatos, o que
significa que as pessoas estão mais organizadas.
No entanto, mais tarde as pessoas aprenderão com
a própria experiência que é preciso diminuir este
número. O que nós queremos é sindicato forte e
representativo, independente de central e partido
político. Interessa-nos aqueles que realmente
representem bem os seus trabalhadores ou seus
empresários.
P – O Projeto de Lei 4.302/98 tramita há
mais de uma década no Congresso. Quais obs­
táculos precisam ser removidos para que a regu­
lamentação satisfaça as necessidades de todos os
interessados?
LAM – Eu acho que a Terceirização e o Trabalho
Temporário precisam ser regulamentados no Brasil.
O que o governo quer e o que o ministro Lupi nos
recomenda é que estas atividades sejam sinônimo
de especialização e não de precarização. Por exem­
plo, a busca por especialistas para execução de
determinada etapa da produção é uma tendência
mundial. No Brasil, estamos caminhando para isso.
P – Mas a falta de lei que regulamente a ati­
vidade não abre espaço justamente para que em­
presas inidôneas fraudem os trabalhadores e, ao
mesmo tempo, exerçam concorrência des­leal com
as empresas sérias, responsáveis por prestações de
serviços cada vez mais especializados?
LAM – De fato, ainda não temos uma lei que,
por um lado, acabe com a precarização, e, por outro,
dê segurança jurídica ao empresariado. É preciso
garantias para que mais tarde não surjam ações
PRESSTEM
// A busca por
Daniela Bayer
8
especialistas
para execução de
determinada etapa
da produção é uma
tendência mundial
P – No Brasil, além da falta de uma legislação
para estas atividades específicas, as re­­­
lações de
trabalho ainda são regidas pela CLT, que é de maio
de 1943. Quais medidas po­
deriam adequá-la à
modernização das re­la­ções trabalhistas, respeitando
os direitos constitucionais dos trabalhadores?
LAM – O direito do trabalhador é sagrado e
inegociável, pois se demora muito para conquistar.
Temos discutido uma lei de Terceirização que acabe
com a precarização e fortalecido os sindicatos para
que tenham maior poder de negociação. No momento
oportuno, quando os trabalhadores estiverem con­
vencidos de que haverá crescimento econômico
e garantia dos direitos, poder-se-á mexer na CLT.
Pois sempre que o assunto é posto em discussão, os
direitos dos trabalhadores são prejudicados.
P – Nos eventos promovidos pelo Sindeprestem
nos quais esteve presente, o sr. informou que o
Ministério tem adotado mudanças pontuais para
desburocratizar e agilizar a atuação das empresas.
Como está este processo, houve algum avanço?
LAM – Antes do final do ano, a proposta
estudada pelo Ministério do Trabalho deverá ser
concluída. Pretendemos facilitar o Trabalho Tem­
porário e dar à atividade maior transparência.
Para prorrogar um contrato, as empresas deverão
apenas informar o MTE pela internet. Não será
mais necessária a abertura de filiais em outros
estados para poder prestar serviços. Quando se
exige que uma empresa abra uma filial, as grandes
são privilegiadas em detrimento das pequenas.
P – Quanto ao trabalhador, quais medidas e
iniciativas específicas o Ministério tem adotado
para resguardá-lo?
LAM – A maior parte das fraudes contra o
trabalhador acontece no momento da rescisão
contratual. O MTE quer coibir a atuação de
empresas inidôneas e, por isso, antes do final
deste ano, vai implementar em seu site um sistema
chamado Homolognet. A ferramenta consegue
calcular todos direitos devidos, incluindo o tempo
retroativo. O trabalhador e os sindicatos terão
maior clareza quanto à homologação.
P – O mercado de trabalho, mesmo o menos
complexo, exige um trabalhador cada vez mais
qualificado. Qual o papel do governo para o
País, cujo grau de escolaridade e especialização
ainda é baixo, enfrentar este desafio?
LAM – O governo tem investido em quali­fi­
cação, inclusive dirigida ao pré-sal. O MTE e a
Petrobras liberaram recursos para especializar
tra­balhadores em edificações, que irão trabalhar
na área de exploração do petróleo. O curso tem
duração de três ou quatro meses e o trabalhador
ganha uma bolsa-auxílio de R$ 300.
P – A gestão do ministro Carlos Lupi enfrentou
altas substanciais nos níveis de desemprego.
Aparentemente este momento foi ultrapassado,
mas o País precisa ampliar seu mercado de
trabalho. Os empresários alegam que a alta
carga tributária dificulta o investimento em mão
de obra. Quais, em sua opinião, os caminhos
para desatar este nó?
LAM – O Brasil realmente tem que se preparar
para o futuro. As pessoas ainda não têm ideia do
real significado do governo Lula em termos de
crescimento econômico. O País ganhou a confiança
das outras nações. Não há dúvida de que há, hoje,
alta carga tributária incidindo sobre a produção. Em
minha opinião, esta é uma questão que pre­cisa ser
solucionada. As empresas devem ser estimuladas,
pois prestam um grande serviço ao Brasil produzindo
o que é o principal, o emprego. Mas acredito que todas
estas questões se resolverão por meio do diálogo.
P – Estimativas indicam que há hoje, no Brasil,
mais de 11 milhões de trabalhadores informais.
Como inseri-los na economia formal?
LAM – Este é um grande desafio para os nossos
parlamentares. A redução dos impostos certamente
arrebanharia as pessoas para a formalidade. Com
taxas menores aumenta-se o número de pagadores
de impostos e, com isso, há maior arrecadação,
logo, mais emprego. É uma opinião pessoal que
eu gostaria de defender, se tiver oportunidade, no
Congresso Nacional.
PRESSTEM
trabalhistas indevidas sobre as empresas. Acredito
que se deva colocar a questão em votação e motivar as
partes a negociar no Congresso Nacional. O Ministério
já fez todas as concessões possíveis. Mas há um viés
ideológico por trás de tudo isso difícil de superar.
9
11
PRESSTEM
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
- promoção e merchandising
Qualidade da prestação de serviços
está no atendimento diferenciado
Promoção e Merchandising é ferramenta crucial na estratégia
das empresas de maximizar os diferenciais de seus produtos e
serviços no mercado. Atividade voltada para estreitar as relações
entre fabricantes e canais de comercialização, essencial para o
Trade Marketing, seu principal foco é lançar e consolidar marcas
entre os consumidores nos pontos de venda
PRESSTEM
Por Danielle Borges
12
No começo, por volta da década de 1950, o
Terceirização entra em cena
marketing cumpria apenas o papel de divulgar produtos
e serviços de uma empresa para o mercado. Hoje, a
atividade se sofisticou e o sucesso de uma empresa
depende em grande parte da eficácia da Promoção e
Merchandising.
Promover implica criar necessidades. No caso da
promoção de vendas, o trabalho prepara o caminho que
levará ao consumo. Já o merchandising é fator essencial
na decisão de compra. Materiais utilizados no ponto de
venda para posicionamento e exposição de produtos são
hoje armas essenciais na estratégia de marketing das
empresas.
O ponto de venda cada vez mais tem se transformado
num campo de guerra para conquistar e fidelizar clientes.
E a escolha da estratégia equivocada pode causar efeito
contrário ao esperado. Daí a importância em recorrer
a uma empresa séria, competente e comprometida
para desenvolver e executar esse trabalho, diz Geraldo
Magela, titular da Coordenadoria de Promoção e
Merchandising do Sindeprestem. “Ignorar ajuda
profissional especializada pensando apenas em suposta
economia é um erro. É o caso típico de que o barato
pode sair muito mais caro”, adverte ele.
tegral e focada nos objetivos propostos”, defende,
esclarecendo que contratar uma empresa do setor
significa agregar valor ao serviço, pois o tomador terá os
benefícios da tecnologia e pessoal qualificado. "Quando
assina com uma prestadora especializada, o cliente não
contrata apenas mão de obra, contrata uma estratégia de
trabalho”, detalha.
Investir em Promoção e Merchandising não se
resume em admitir pessoas para abordar o consumidor
no ponto de venda. “Dispor de profissionais espe­
cializados significa contar com uma estrutura que dá
suporte ao projeto inicial desenvolvido na contratação
do serviço”, exemplifica o coordenador. Outra vantagem
da Terceirização é ter a exata noção de quanto custa
o processo, informação fundamental para saber se o
investimento em ações promocionais vale a pena e se a
estratégia adotada é a mais indicada.
Expansão do mercado
Custo x benefício
O coordenador admite que é possível administrar a
execução das tarefas de Promoção e Merchandising sem
o concurso de uma empresa especializada. “A ca­pacidade
de gerenciamento do processo será infinitamente menor
do que ter uma prestadora trabalhando em tempo in­
PRESSTEM
Magela lembra que as corporações utilizam
a prestação de serviços terceirizados há décadas.
“Terceirizar é um processo que agrega valor ao
negócio, sobretudo se a ideia é ampliar participação de
mercado, aumentar o volume de vendas e conquistar
mais clientes”, diz, completando que esses desafios
demandam planejamentos estratégicos específicos.
“Ou seja, cada caso é um caso”, afirma, enfatizando
a confiança que se deve estabelecer entre cliente e
prestador de serviços. “É preciso ter critério rigoroso
ao escolher o fornecedor que vai representar a sua
empresa junto ao consumidor”, recomenda.
Para sublinhar seus argumentos, Magela observa
que o tomador de serviços terá de fornecer informações
confidenciais da empresa como volume de compras
e de vendas, política de preços e faturamento. A
prestadora especializada necessita reunir esses dados
para fazer a análise mercadológica da situação atual
do cliente e uma projeção de resultados. Com isso,
traça o plano de ações compatível com o investimento
disponibilizado e as metas estabelecidas.
Em constante crescimento, o setor de Promoção
e Merchandising é hoje muito cobiçado. Com isso,
muitas empresas abordam o mercado sem o devido
preparo, vale dizer, sem investir em tecnologia,
mão de obra qualificada e estrutura que atenda às
necessidades de cada cliente em seu segmento. “Uma
das grandes dificuldades é a falta de visão estratégica”
frisa Magela. “Quando recebe o orçamento, o cliente
às vezes não avalia a proposta como um todo –
se apega apenas às despesas com funcionários
contratados. Esquece, por exemplo, que o preço final
engloba pesquisa, estratégia, gerenciamento, mão de
obra, avaliação de resultados.” Para ele, porém, isto
é resultado dos entraves que ainda persistem no País:
“o custo do trabalho no Brasil é muito alto, o que faz
// Geraldo Magela
13
Vantagem da
terceirização
é ter a exata
noção dos
custos
Fátima Ribeiro
Estratégias do segmento
são hoje essenciais para
conquistar consumidores
e motivá-los na compra
de produtos
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
com que 75% da fatura sejam compostos por gastos
com funcionários”.
Em razão disso, nada há de errado em se pensar
em manter custos baixos. Mas propõe um avanço
nesta atitude. “A conta deveria comparar os gastos
com o resultado que se pretende alcançar. Qualidade e
eficácia têm um preço. A mentalidade mais simplista
está mudando, mas, enquanto prevalecer, abrirá
espaço para empresas sem condições para atender a
real necessidade do cliente”, avalia.
PRESSTEM
Dicas para contratar
14
Antes de procurar uma empresa para executar
o trabalho, o cliente precisa definir qual objetivo
pretende alcançar. Magela explica que é fundamental
definir o valor que o empresário está disposto a
investir. Em seguida, é preciso pesquisar no mercado
prestadoras de serviço para identificar a que reúne as
condições de atender às suas expectativas, levando
em conta custos e benefícios.
“Faça uma entrevista com a empresa e confira
como funciona sua estrutura de apoio quanto à
emissão de relatórios, recursos humanos e assistência
aos empregados”, recomenda o coordenador. Depois
disso, afirma, é possível avaliar os diferenciais de
cada uma, verificar suas imagens no mercado e a
idoneidade com outros clientes.
No caso deste segmento, o mercado tem a prática
de solicitar à empresa prestadora o registro dos
funcionários, que devem ser formalizados conforme
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), além
do comprovante de recolhimentos dos encargos. É
obrigação da prestadora de serviços assegurar todos
os direitos de seus contratados, que são trabalhadores
formais como todos os demais.
Além da pesquisa de campo, Magela recorda
me­
didas adotadas por cada vez mais prestadoras
de serviços terceirizados que podem fazer toda
diferença na produtividade do trabalhador. “Oferecer
treinamento nessa área hoje em dia, além de ser
um diferencial, contribui para que o empregado
transpareça o profissionalismo que o cliente busca
quando fecha o contrato.”
“A responsabilidade de analisar e definir o que será
preciso para alcançar os objetivos é da prestadora,
- promoção e merchandising
que fará um projeto personalizado para atender a essa
necessidade”, explica o coordenador. Cabe a ela definir
quantas pessoas serão necessárias e qual metodologia
de gestão será aplicada. Seu compromisso será com
os resultados. “Neste setor, a preocupação não tem de
estar pautada nas taxas a serem cobradas e, sim, na
qualidade do atendimento.”
Quando fazem a seleção de pessoal para integrar
seu quadro de funcionários, as empresas avaliam o
perfil e definem para quais funções aquele candidato
pode ser encaminhado. “Noções de relacionamento
e de atendimento ao cliente são fundamentais. Prin­
cipalmente para quem trabalha na linha de frente,
junto ao público. Eles precisam ter sensibilidade e
certa habilidade para lidar com pessoas”, analisa o
coordenador. Técnicas para driblar o mau humor,
por exemplo, são essenciais para não prejudicar o
desempenho. “Mas é preciso ter consciência de que não
se está lidando com máquinas. São seres humanos que
não podemos simplesmente programar para aten­
der
bem. Precisam, sobretudo, estar motivados para isto.”
Gente: o segredo do negócio
Equipes motivadas e coesas são uma das ga­
rantias para o retorno do investimento, na opinião
do coor­d enador. “Em nossa atividade, o segredo do
sucesso é poder confiar no trabalho de cada pessoa
envolvida no processo. Por ser uma área na qual,
exceto em alguns casos, o empregado não permanece
por muito tempo no mesmo local da tomadora, é
imprescindível acompanhamento constante de seu
desempenho”, explica.
As principais funções exercidas por trabalhadores
da área de Promoção e Merchandising no ponto de
venda são repositores, promotores de vendas, de­
gustadores, demonstradores, vendedores, supervi­so­
res e fiscais de loja. Cerca de 70% dessas atividades
são exercidas por mulheres. Para dar suporte a estes
profissionais, há equipes encarregadas em avaliar
as ações mercadológicas, formadas por analistas de
marketing, que compilam as informações recebidas e
repassam às áreas comerciais – compras e vendas.
Esses trabalhadores podem ser encontrados fa­
cil­mente em supermercados e hipermercados, prin­
cipalmente nas seções de alimentos e cosméticos,
O treinamento constante e a motivação são fatores
que podem garantir o sucesso do trabalhador na
atividade. Evandro de Sousa França, 29 anos, começou
em 2007 como temporário, na fun­
ção de repositor de
produtos perecíveis. “Não tinha experiência, mas com
o treinamento que recebi, não demorei muito para ser
efetivado na empresa”. Por sua dedicação e constante
qualificação, em pouco mais de um ano França foi
promovido a supervisor. Hoje, ele é responsável por uma
equipe com cem promotores e coordenadores, além de
dar treinamento para novos contratados. Durante quase
três anos de trabalho, Evandro ganhou alguns concursos
internos e recebeu prêmios, como o de melhor promotor
do Brasil.
Em geral, as empresas preferem contratar funcionário
com experiência. Mas, quando se oferece um treinamento
preparatório e específico, o consumidor percebe o
resultado. “Ao fechar o contrato com uma prestadora,
o cliente precisa lembrar que, hoje, os processos são os
mesmos, a tecnologia está disponível para todos, mas o
que diferencia uma empresa da outra é o atendimento
e a qualificação dos funcionários, fator que garante a
produtividade”, afirma Magela.
Terceirização
deu experiência
que garantiu a
efetivação
Impactos da crise
Para simplificar, é possível dizer que, en­
quanto a propaganda divulga um produto para
o público em geral, a promoção de vendas
de­
monstra para o consumidor específico os
seus benefícios reais. No cenário de crise, a
tendência das empresas foi a de aumentar sua
verba de mídia para investir em ações no ponto
de venda. “É lá que o consumidor decide e, por
isso, a importância de um bom profissional para
conduzir a venda”, justifica o coordenador do
Sindeprestem.
Mas o segmento não passou incólume à crise
econômica mundial, que forçou as empresas
a reduzir despesas e investir somente no
necessário. Foram meses em que a ideia de baixar
custos se sobrepunha às estratégias e a saída foi
negociar para minimizar as perdas qualitativas
possivelmente causadas por esse corte. “Em
alguns casos, tivemos que fazer o possível, não o
ideal”, lembra Magela.
O coordenador acredita, no entanto, que, se
houve redução no volume de trabalho, “ninguém
perdeu clientes”. Isto porque, avalia, quando a
economia começa a se estabilizar, a demanda
por trabalho aumenta proporcionalmente. “O
primeiro trimestre da crise foi difícil, mas o
setor já está em processo de crescimento há seis
meses”, informa.
No caso de alguns setores, como os de ali­
mentos e cosméticos, houve até crescimento
na demanda por trabalho. “E muitos clientes
de outras atividades alavancaram as vendas,
enquanto o pessimismo tomava conta da maioria
dos empresários”, comenta Geraldo Magela.
PRESSTEM
Motivação e investimento
// Evandro França
Divulgação
além de lojas de material de construção, shoppings,
feiras, exposições e eventos anuais. São tarefas que
exigem muito esforço e geram um esgotamento natural.
“Esse é um dos motivos que explica a alta rotatividade
dos funcionários, o que necessariamente não é ruim,
pois resulta num mercado sempre renovado e exige das
prestadoras práticas constantes de treinamento para
assegurar a qualificação”, avalia o coordenador.
Mas, por ser uma prestação de serviços com foco
na estratégia, quando o planejamento sofre alteração,
o emprego dessas pessoas também corre o risco de
mudar. Muitas vezes, o trabalhador é recolocado em
outra empresa e, quando não é possível continuar com
ele, o contrato é rescindido. “Se surgir uma vaga em
outro cliente, poderá ser contratado novamente”, afirma
Magela. Os trabalhadores são admitidos por prazo de­
ter­­
minado, com registro na Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS). Sempre que o contrato
do empregado é rescindido, ele recebe todos direitos
previstos em lei.
15
PRESSTEM
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS
16
A decisão de investir em um produto é complexa
e envolve vultosos recursos. Mas não se esgota na
produção industrial, defende o coordenador. Para
ele, economizar na contratação das pessoas que
vão convencer o consumidor a comprar ou não o
seu produto é uma atitude pouco adequada em um
mercado cada vez mais competitivo.
Magela esclarece que, em geral, não há regras
para o tempo de contratação de um planejamento de
Promoção e Merchandising. Normalmente, 25% dos
contratos são firmados por prazo indeterminado, com
ações de abordagem contínuas. Há também trabalhos
pontuais, quando o cliente contrata a prestadora
apenas para uma ação específica. E também existem
empresas que preferem terceirizar determinada parte
do processo, como a reposição de produtos no ponto
de venda, por exemplo.
São muitas as estratégias e maneiras de abordar e
chamar a atenção do consumidor para conquistá-lo.
Tudo depende do objetivo do cliente e da criatividade
da prestadora contratada. “Para cada produto e
consumidor existe uma técnica que melhor se
encaixa”, explica o coordenador.
Realmente há um leque amplo de opções: con­
cursos, distribuição de vale-brindes, premiações, ofer­
tas de preços, descontos, liquidações, remarcações,
cuponagens, vendas condicionadas, presentes, prê­
mios, trocas, coleções, materiais de apoio a vendas,
cursos, animações teatrais, amostragens, degustações,
demonstrações, peças de PDV, convenções, seminários,
simpósios, workshops, congressos, jogos, patrocínios,
festivais, gincanas, desfiles, ações cooperativas,
eventos, feiras, exposições, restituições, bonificações,
brindes, competições e sorteios.
Essa variedade implica em análise acurada para
determinar qual a melhor tática a ser utilizada. Uma
prestadora qualificada fará uma pesquisa de campo
para identificar hábitos e preferências do público
alvo, além de coletar informações da concorrência
para subsidiar a escolha da estratégia de abordagem.
O trabalho começa com a definição do objetivo,
que pode ser genérico, como aumentar vendas, ou
específicos, de que são exemplos:
- promoção e merchandising
• Aumentar a rotatividade de um produto, eliminando estoques;
• Induzir novos consumidores à experimentação e à compra;
• Fidelização de clientes a uma marca;
• Aumentar a circulação de pessoas na loja;
• Apresentar inovações;
• Aumentar participação no mercado;
• Diferenciar uma marca de seus concorrentes;
• Provocar estoque do produto no lar.
As promoções de vendas podem ser custeadas
inteiramente pelo varejista, mas é muito comum
também serem cooperadas com o distribuidor, que
assume parte dos custos na intenção de que o varejista
aumente seus estoques ou frequência dos pedidos.
Coordenadoria vai
orientar o associado
A segmentação do Sindicato em Coordenadorias
para cada setor que o Sindeprestem implantou tem o
objetivo de otimizar o trabalho e fortalecer a entidade.
A Coordenadoria de Promoção e Merchandising,
assim como as demais, surgiu para identificar as
particularidades do segmento e aplicar estratégias
de acordo com as necessidades específicas.
“Com a criação das Coordenadorias, conseguimos
analisar os problemas com mais profundidade e
avaliar o que afeta cada área de forma objetiva”,
pondera Magela. Além disso, essa mudança in­
fluencia e facilita as negociações com as entidades
laborais. Segundo ele, uma deficiência do setor era a
falta de números confiáveis sobre o mercado.
“No caso de Promoção e Merchandising, esta é
uma das demandas que o Sindeprestem pretende
atender. Vamos realizar pesquisas para definir melhor
o segmento, saber quantas empresas prestam serviço,
identificar os pontos fortes e as fragilidades das
organizações”, afirma. Estas informações permitirão
alinhar a linguagem, formatar uma proposta de
trabalho comum, oferecendo orientações seguras
para as empresas representadas pelo Sindicato.
balanço das
coordenadorias
Dividir responsabilidades e
multiplicar resultados
Com o objetivo de conhecer amplamente as
peculiaridades de cada segmento e atender suas
necessidades, o Sindeprestem concretizou este ano um
ambicioso projeto de setorização que envolve todas as
atividades representadas. A iniciativa de tratar cada
segmento de forma individual tem o objetivo de ampliar
a atuação do Sindicato junto às prestadoras
Por Daniellle Borges
PRESSTEM
Seguindo
18
o conceito de especialização, pro­­
mo­vido pelo Sindeprestem, a setorização permite tra­
tar de maneira específica as necessidades de cada
segmento. O êxito deste conceito não seria possível sem
a participação e contribuição de todos. A partir de maio
deste ano, os diferentes segmentos representados pelo
Sindicato foram organizados em Comitês, cada um com
o seu estatuto, coordenador e vice-coordenador setorial.
Depois da definição dos responsáveis, as informações
coletadas passaram a subsidiar as ações do Sindicato,
permitindo uma visão mais detalhada dos cenários de
cada segmento.
Um dos principais benefícios da segmentação foi
a influência positiva nas negociações coletivas. As
reivindicações passaram a ser tratadas com conhecimento
técnico, observando as especificidades, os problemas
e os anseios de cada setor. Os resultados virão no longo
prazo, porém nas negociações coletivas realizadas até o
momento já foi possível verificar avanços. Por exemplo, as
necessidades da banca patronal têm sido ouvidas e levadas
em consideração nas negociações. Leia, a seguir, uma
síntese deste empenho no depoimento dos coordenadores.
EDIMILSON LUIZ FORMENTINI
Coordenador de Trabalho Temporário
“Nossos esforços se concentraram em algumas
questões legislativas, ainda em processo de discussão
com as autoridades. Pleiteamos a prorrogação automática
dos contratos temporários para seis meses e que, tanto
a solicitação como a autorização, possam ocorrer via
sistema on-line. Na área tributária, a meta é fazer com
que as prefeituras permitam a incidência do Imposto
Sobre Serviço (ISS) apenas para a taxa administrativa
da prestadora contratada. Além disso, elaboramos
proposta para que o mesmo ocorra com as cobranças de
PIS e Cofins.”
GERALDO MAGELA
Coordenador de Promoção e Merchandising
“Destaco o nível de discussões em torno de propostas
para ações mais pontuais do Sindicato junto às empresas
do setor. Um dos problemas que encontramos é a falta
de números confiáveis sobre o mercado. Pretendemos
estabelecer pesquisas para saber como se organizam
as empresas que prestam esse serviço e, assim, será
possível alinhar a linguagem e formatar uma proposta
de trabalho comum.”
de trabalho, resultado da crise econômica mundial, que
também levou muitos clientes à inadimplência.”
PAULO MANSO
Coordenador de Bombeiros
“Desde que foi criada nossa Coordenadoria, estabe­
lecemos um calendário para a realização mensal de
reuniões. Um dos temas abordados foi a reivindicação do
setor para que os bombeiros civis tenham um tratamento
diferenciado quanto ao cumprimento da Lei de Cotas
para pessoas com deficiência. Nosso entendimento é que
a lei deveria vigorar apenas para os funcionários de apoio
e não para os profissionais de campo. Outra questão
importante, que pretendemos aprofundar no próximo
ano, é o reconhecimento da profissão. Queremos mostrar
que o bombeiro civil é tão confiável quanto o militar.”
JOÃO BOSCO
Coordenador de Controle de Acesso
“Atualmente, os condomínios comerciais e residen­
ciais são os grandes responsáveis pela demanda de
mão de obra neste setor. Em razão disso, percebemos a
necessidade de criar este espaço no Sindicato para que
o empresário possa reportar suas necessidades. Tem
havido um forte aumento na procura por contratos de
trabalho nessa área, porém, a oferta de mão de obra
qualificada não é suficiente. Estamos estudando formas
de pedir aos governantes para que invistam em educação,
pois o trabalho de reciclagem feito pelas empresas
especializadas não basta. A grande questão é o problema
educacional no País.”
OTONIEL SILVA
Coordenador de Logística
“O fato de podermos contar com uma Coordenadoria
específica para debater as necessidades do setor mos­
trou-se bastante proveitoso neste primeiro momento,
principalmente pela abertura que conseguimos nas
negociações da convenção coletiva. Expomos as di­
ficuldades das empresas e chegamos a um percentual de
reajuste saudável para todos. Esta divisão promovida pelo
Sindicato tem sido importante por permitir à entidade
ver cada setor de forma diferenciada.”
JOSÉ CARLOS BARBOSA
Coordenador de Serviços Auxiliares
“Realizamos encontros com empresários antes da
negociação sindical com os trabalhadores. O resultado
no processo de acordo coletivo foi considerável, mas
poderia ser melhor se contássemos com a participação
de mais empresas do setor. Um dos grandes problemas
enfrentados neste ano foi o corte de inúmeros postos
ALEXANDRE LIMA DE OLIVEIRA
Coordenador de Estágios
“A crise pela qual o País passou este ano teve reflexo
imediato nas contratações em geral, especialmente
na área de estágios, pelo fato da pouca experiência do
jovem trabalhador. Vejo a nova lei de estágio como um
incentivo. É uma nova regulamentação que complementa
a lei anterior, inclusive por manter a isenção de
tributos às empresas contratantes. Uma das ações desta
Coordenadoria é agir no sentido de conscientizar o
mercado. Queremos criar parcerias entre empresas e
centrais de estágio para incentivar a criação de vagas.
O estágio precisa ser visto como uma porta de formação
educacional que tem o objetivo de contribuir para o
futuro profissional do estudante por meio do treinamento
prático.”
ISMAEL DE OLIVEIRA
Coordenador de Serviços a Bancos
“Logo após a constituição deste Comitê, reali­
za­­
mos algumas reuniões e optamos por manter a
convenção coletiva da categoria inserida no processo
de negociação global do Sindicato. Ressalto que a
participação e o interesse dos empresários do segmento
são imprescindíveis para dar força às reivindicações
junto às instituições financeiras. Um dos nossos
objetivos é agir em conjunto com a entidade laboral
para proporcionar aos trabalhadores das prestadoras os
mesmos benefícios dos efetivos, como salários e auxílio
refeição equivalentes.”
PRESSTEM
VALTER LUÍS FERREIRA DA ASSUNÇÃO
Coordenador de Consultoria em RH
“A maior preocupação em nosso segmento é a falta de
mobilização entre os empresários. Conseguimos reunir
representantes durante a campanha salarial, mas, por
falta de maior participação, ficamos em posição menos
fortalecida perante os sindicatos laborais. Para solucionar
esta questão, estamos organizando estratégias junto ao
Sindeprestem para incentivar a união dos empresários e,
assim, aumentar nossa força nas negociações.”
19
eleições
2009
POR ACLAMAÇÃO, SINDEPRESTEM
ELEGE NOVA DIRETORIA
Por Danielle Borges
A atual gestão encerra este ciclo com a certeza do dever cumprido e
confiante no desenvolvimento contínuo da entidade. Para o próximo ano,
grandes desafios aguardam os integrantes da Chapa União e conselho
fiscal que tomam posse em 1º janeiro de 2010 para seu mandato até 31
de dezembro de 2013. Nas palavras do atual presidente da entidade,
experiência e inovação definem a nova diretoria
Realizada em
PRESSTEM
16 de outubro, na sede do
Sindicato, a eleição definiu os integrantes da diretoria
executiva que representarão os empresários do setor
durante os próximos quatro anos. Presidida por Vander
Morales, atual diretor de Comunicação da gestão de
Jan Wiegerinck, a Chapa União foi eleita por simples
aclamação, de acordo com o estatuto social. Na ocasião
também foram votados os quatro conselheiros fiscais
efetivos e os dois suplentes.
Ao iniciar as votações, Wiegerinck demonstrou sua
satisfação pelo fato de o Sindeprestem ter alcançando
um ambiente harmônico, representado pela cons­
tituição da chapa única. “A diretoria que assume em
janeiro é composta por profissionais que já fizeram
parte de outras gestões do Sindicato, mas também
por novos empreendedores que trarão experiências
diferenciadas”, afirmou.
O presidente eleito, Vander Morales, enfatizou a
importância da participação de todos como forma de
20
promover o Sindicato e a categoria. “Só a união dos
empresários será capaz de conduzir à valorização do
segmento e o merecido respeito pelo trabalho que
desenvolvemos.”
Trabalhar pelo reconhecimento da atividade e
pela regulamentação da Terceirização são alguns dos
principais objetivos a serem perseguidos nos próximos
anos. Lutar pela mobilização dos empresários em
busca da redução da carga tributária e pela aprovação
da prorrogação automática dos contratos temporários
também estão incluídos na lista de desafios da
próxima gestão.
Em seu discurso após o resultado das eleições,
Morales agradeceu o apoio e a confiança daqueles
que acreditaram na proposta de uma gestão baseada
em decisões compartilhas. “Nossas pesquisas já
demonstraram a força que temos, agora precisamos
usar esse potencial em favor do crescimento do setor
de prestação de serviços especializados”, ressaltou.
OS DESAFIOS DA NOVA DIRETORIA
Jismália de Oliveira Alves
Diretora de Comunicação
“A visibilidade conquistada nesta gestão foi excepcional. E, para os
próximos quatro anos, o trabalho terá de ser ainda mais dinâmico para que
seja possível retribuir a confiança dos empresários que representamos.
Qualidade e responsabilidade serão nossas premissas.”
Jacob Luiz Magnus
Diretor Jurídico
“A chapa que está sendo eleita tem a proposta de unir os empresários
e desempenhar um trabalho conjunto. O objetivo é somar esforços e
compartilhar as decisões, chegando, assim, ao melhor resultado para
o Sindicato.”
Sonia Regina de Souza
Diretora de Formação e Eventos
“Vários países já reconhecem o Trabalho Temporário e a Terceirização
como ferramentas estratégicas de competitividade. Graças ao empenho do
Sindeprestem, o setor vem conquistando seu espaço no Brasil também.
Conseguimos inclusive o apoio do sindicato laboral, junto com o qual
pretendemos manter um diálogo saudável para solidificar ainda mais
nossa atividade.”
Nilza Tavoloni
Diretora de Regionais
“É extremamente importante trabalhar para manter o Sindicato
próximo de seus associados. Continuaremos investindo em eventos
regionais que promovam a interação e a comunicação transparente entre
os empresários do setor nas diferentes regiões.”
Geraldo Magela Ribeiro
Diretor de Setorização
“Esta nova diretoria, criada para unificar o diálogo entre as diferentes
coordenadorias, terá o objetivo de aprofundar o conhecimento em cada
área. Quanto mais informações coletarmos, melhor será a interação entre
os profissionais. Inicialmente, será preciso pontuar as metas de cada setor
para, então, definir a linha de trabalho e atuar em conjunto.”
Presidente
Vander Morales
Vice-Presidente
Fernando Barbosa Calvet
Diretor Administrativo e Financeiro
Augusto César Calado da Costa
Diretora de Marketing e Comunicação
Jismália de Oliveira Alves
Diretor Jurídico
Jacob Luiz Magnus
Diretora de Formação e Eventos
Sônia Regina de Souza
StockXpert
Augusto César Calado da Costa
Diretor Administrativo e Financeiro
“A unificação das forças dos empresários em uma única chapa foi
fundamental para fortalecer o Sindicato neste momento de eleições.
O fato de obter o consenso de todos para juntos decidirmos os rumos
da entidade evidenciou o bom trabalho realizado pela atual gestão. Por
conta dessa união, certamente a próxima diretoria verá multiplicado seu
potencial de realizações pela categoria.”
DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor Suplente
Ademir de Souza
Diretor Suplente
Daniel Simões do Viso
Diretor Suplente
Edson Ferreira
Diretora de Regionais
Nilza Tavoloni
Diretor de Setorização
Geraldo Magela Ribeiro
Delegada Regional do ABC
Maria Olinda Maran Longuini
Delegado Regional de Campinas
Luiz Simões da Cunha
Delegado Regional de Ribeirão Preto
Geraldo Paulo Russomano Veiga
Delegado Regional do Vale do Paraíba
Sergio Silas Gallati
Delegado Regional de Sorocaba
Walter Rosa Júnior
CONSELHO FISCAL
Efetivos
Edmilson Luiz Formentini
Eunice da Silva Gomes Cunha
José Viana Lima
Sezi Inoue
Suplentes
Jackson Tadeu Ninno Soares
Marcos Fernando Franco Teixeira
PRESSTEM
Fernando Barbosa Calvet
Vice-Presidente
“Acredito que o grande desafio do Sindeprestem a partir de agora
é ocupar definitivamente seu espaço no que se refere à Terceirização.
Precisamos trabalhar para combater as ameaças à atividade e nos preparar
para corrigir os problemas que surgirem. O trabalho de desenvolvimento
do setor deve seguir contínuo e sistemático, como sempre foi.”
21
balanço da
gestão
As realizações de uma
administração vencedora
Por Danielle Borges e Giovanna Zanaroli
PRESSTEM
Eleita para presidir o Sindeprestem
22
no quadriênio 2006-2009, a gestão encabeçada por Jan
Wiegerinck estabeleceu como lema lutar pela unidade,
grandeza e fortalecimento da Terceirização e do Trabalho
Temporário. Encerrado o mandato, a percepção no Sin­
dicato é que, o que era lema, se tornou realidade.
Várias realizações confirmam esse sentimento. No
mesmo ano em que completou 18 anos, o Sindeprestem
concretizou uma antiga aspiração. O empenho de todos
os dirigentes que somaram esforços à frente da entidade
desde sua fundação, em 1991, possibilitou à gestão
que se encerra a aquisição do imóvel de 500 m², no
18º andar do Edifício Zarvos, no centro de São Paulo.
Símbolo concreto da maturidade alcançada e seriedade
da atuação do Sindicato na defesa do setor.
Durante os últimos anos, a Terceirização e o Tra­balho
Temporário adquiriram consistência e consolidaram-se
como atividades imprescindíveis à economia, constatação
possível graças à introdução de análises quantitativas
como as Pesquisas Setoriais e as Pesquisas Sazonais. Os
números dos levantamentos demonstraram a dimensão,
importância e abrangência que as modalidades al­
cançaram no País.
A criação dos Comitês Setoriais, no início de 2009,
aprofundou o conceito de especialização na prestação
de serviços, uma tendência que se consolida de ma­
neira crescente nos mercados internacionais. Com
isso, o atendimento oferecido ao mercado local pelas
empresas do Sindicato tornou-se mais direcionado
a necessidades específicas, em atividades cada vez
mais competitivas e, portanto, mais exigentes.
Merece destaque também o fato de o Brasil ter sido
escolhido, pela primeira vez, para sediar um encontro
mundial realizado pela Confederação Internacional de
Empresas de Trabalho Temporário (CIETT). Trata-se do
reconhecimento, resultado da participação in­
tensiva
do Sindeprestem, de que o setor, no Brasil, atingiu
um desenvolvimento comparável ao dos países mais
avançados.
No ano de 2006, a base do Sindeprestem era cons­
tituída por 4.018 empresas associadas, filiadas e sin­
dicalizadas. Hoje, são 4.771. O crescimento pode ser
atri­buído, em grande parte, aos esforços empreendidos
pelo Sindicato para mobilizar a sociedade em torno do
Projeto de Lei 4.302, em tramitação no Congresso desde
1998. Este empenho para dar ao setor uma legislação
adequada à sua realidade envolveu amplo trabalho para
esclarecer a opinião pública, estreitar o relacionamento
entre a entidade e representantes do governo ligados às
relações de trabalho, parlamentares e centrais sindicais.
Outra realização que merece destaque foi o
lançamento do SindeprestemCard, cartão fidelidade
que disponibiliza descontos e vantagens exclusivas aos
associados, filiados e sindicalizados, após três anos da
idealização do projeto. No campo da responsabilidade
social, uma ação exemplifica a relevância que o Sindicato
dedica ao tema: a parceria com a Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-SP) para
incentivar a inserção e capacitação de pessoas com
deficiência no mercado de trabalho.
Jacob Luiz Magnus
Diretor Jurídico
“Como ponto alto desta gestão
destaco o processo de setorização
do Sindicato. Partindo desse ponto,
passamos a tratar cada segmento
individualmente, de acordo com
suas peculiaridades. Uma das
van­­
tagens desta mudança foi a
possibilidade de discutir e aprovar convenções coletivas
separadamente que contemplam cada necessidade
apurada pelas Coordenadorias.”
PRESSTEM
Maurice Braunstein
Diretor Financeiro
“Considero esta gestão muito
bem sucedida financeiramente.
Fo­­­­ram quatro anos de muito
trabalho. Mantivemos o foco na
saúde fi­
nanceira da entidade
e, como resultado, registramos
agora um saldo positivo de praticamente mil por cento
em relação ao caixa recebido no início da gestão. Um dos
frutos desse trabalho foi a viabilização da sede própria,
decididamente uma conquista im­portantíssima.”
Divulgação
Vander Morales
Diretor de Comunicação
“O principal objetivo traçado
há quatro anos era promover o
Sindicato na mídia e melhorar
a visibilidade do segmento na
economia. Missão cumprida! Co­
meçamos com a primeira Pesquisa
Setorial em 2007, haja vista a deficiência e subjetividade
com que defendíamos a atividade, sem uma base de
dados concreta. Os primeiros resultados surpreenderam
até mesmo os empresários, que não tinham a dimensão
da força do segmento. Nossa estratégia era atingir a
opinião publica com uma comunicação completa que
envolvesse todos os setores, inclusive trabalhadores. Ao
longo do tempo, obtivemos o apoio total da imprensa e
hoje somos considerados fonte de informações seguras
sobre empregabilidade formal. Foi também a partir das
pesquisas que conseguimos provar a impossibilidade de
se acabar com a Terceirização. Diante disso, agora lutamos
por um marco regulatório que dê segurança jurídica para
empresas e mais possibilidades para trabalhadores.”
23
Divulgação
Augusto César Calado da Costa
Diretor Administrativo
“A gestão atual viu o mercado
de trabalho passar por uma série
de dificuldades nos últimos anos.
A entidade concentrou forças na
aprovação do PL 4.302/98. Apesar
desta discussão ainda não ter sido
concluída, acredito que avançamos alguns passos como
conseguir colocar o assunto novamente em pauta no
Congresso. Outro feito importante foi trazer para o Brasil a
realização do próximo Congresso Mundial de Terceirização
e Trabalho Temporário (CIETT). Trata-se de uma conquista
de inegável repercussão internacional do Sindeprestem,
que não mediu esforços para que isto fosse possível.”
Divulgação
Fernando Barbosa Calvet
Vice-Presidente
“Levando em consideração
que enfrentamos uma grande crise
mundial e alterações na área fiscal
que tiveram seus reflexos nesta
gestão, a atual diretoria encerra
seu mandato cumprindo todas
as metas propostas com eficiência e respeitabilidade –
saldo positivo de uma equipe atuante e influente, que
mais esteve presente nas esferas governamentais depois
da regulamentação do Trabalho Temporário, em 1974. Foi
uma diretoria que encontrou, e enfrentou, a resistência
das centrais sindicais e ainda teve de lidar com projetos
de leis paralelos ao 4.302/98.”
Bruno Leite
Bruno Leite
Jan Wiegerinck
Presidente do Sindeprestem
“As decisões do Sindicato têm
como propósito contribuir para a
criação de empregos e qualificação
da mão de obra por meio de ações
baseadas em pesquisas. Acredito
que o principal legado desta ges­
tão foi a consolidação de nossa atividade no cenário
econômico, bem como a solidificação do Sindeprestem
junto aos órgãos governamentais. Destaco a compra da
sede, viabilizada nesta gestão, mas que engloba o mérito
do trabalho de várias diretorias anteriores. Todos esses
resultados só foram possíveis graças ao comprometimento
profissional da equipe e ao assessoramento qualificado
da entidade prestado aos empresários, prova de que com
união e participação tudo é possível.”
Daniela Bayer
NOS DEPOIMENTOS DA DIRETORIA E DELEGADOS,
A CONVICÇÃO DE MISSÃO CUMPRIDA
24
Jismália de Oliveira Alves
Delegada Regional em Guarulhos
“Foi uma gestão que contribuiu
de maneira efetiva para colocar
o setor e o Sindeprestem numa
posição de destaque no mercado
de trabalho. As centenas de repor­
tagens sobre emprego tem­porário
e a repercussão considerável da movimentação dos
empresários pela Terceirização comprovam o sucesso
do empenho da comunicação da entidade. Além disso,
ampliar o alcance do Sindicado para outras regiões fora
da Capital sempre foi uma premissa.”
Bruno Leite
Maria Olinda Longuini
Delegada Regional no ABC
“Na região do ABC são qua­se
600 empresas de Trabalho Tem­
po­
rário e Terceirização ligadas
ao Sindicato. Acredito que a rea­
lização periódica de pesquisas
somada ao alcance que conseguimos na imprensa por
essas informações do setor foram fatores essenciais para
valorizar a atividade e, com isso, conquistar a aproximação
dos empresários. Entendo que investir em comunicação
foi fundamental, principalmente nas regionais, onde
buscar uma prestadora sindicalizada como sinônimo de
seriedade parecia não ter muita importância.”
Walter Rosa
Delegado Regional em Sorocaba
“Acredito que esta gestão foi
mar­
cada pela participação em­
pre­sarial. Na região de Sorocaba,
houve me­
lhoria considerável
na vi­­si­bilidade do Sindicato e,
consequentemente, na credibi­­­­­­
lidade do setor. Em quatro anos, estreitamos o
relacionamento com o sindicato laboral e conseguimos
ampliar o número de associadas.”
Eunice da Silva Gomes Cunha
Presidente Conselho Fiscal
“Acompanho o Sindeprestem
desde sua fundação. Adquirir a
se­de própria sempre foi um dos
objetivos do Sindicato e que a
gestão liderada por Jan Wiegerinck
conseguiu realizar. A diretoria que agora encerra seu
mandato certamente tem muito do que se orgulhar e os
empresários muito a agradecer.”
Divulgação
Daniela Bayer
Sergio Gallati
Delegado Regional no
Vale do Paraíba
“Os objetivos propostos fo­
ram alcançados. Ao longo destes
qua­­
tro anos, o Sindeprestem
con­quistou seu lugar no cenário
econômico e conseguiu estreitar o relacionamento
com o Poder Público e com o Ministério do Trabalho.
A aproximação da entidade com os associados também
pode ser considerada outro aspecto marcante nesta
gestão. Realizamos eventos e atividades voltadas para
os empresários de cada região, que pelo êxito obtido,
poderiam ocorrer com mais frequência.”
Daniela Bayer
PRESSTEM
Geraldo Russomano
Delegado Regional em
Ribeirão Preto
“Ribeirão Preto faz parte de um
grande polo de desenvolvimento,
que inclui predominantemente o
trabalho no comércio e a prestação
de serviços no segmento de agro­
negócios. E, cada vez mais, as empresas mostram a
necessidade de contratar profissionais qualificados
para atuar nestas áreas. Esta gestão trouxe avanços
significativos, entre os quais ressalto o fortalecimento das
regionais por meio da promoção de cursos, orientações e
investimento na visibilidade do Sindicato.”
Bruno Leite
Sônia Regina de Souza
Diretora de Formação e Eventos
“Nos últimos quatro anos, con­
seguimos comprovar a im­portância
do setor para a formação e inserção
dos profissionais no mercado e,
com isso, conquistamos o respeito
de vários órgãos ligados ao em­
prego, inclusive o Ministério do
Trabalho. Nesta gestão também intensificamos a busca
por caminhos que mostrassem à sociedade o quanto
a Terceirização pode contribuir para a criação de
empregos formais e distribuição de renda. O percurso
ainda é longo, mas acredito estarmos no rumo certo.”
Daniela Bayer
Nilza Tavoloni
Diretora de Regionais e Delegada
Regional em Americana
“Tivemos uma gestão marcada
por investimentos significativos que
objetivaram unir o setor na luta em
defesa da atividade. Estivemos juntos
com os associados por meio da realização de uma série de
eventos que promoveram a participação entre os empresários
e a troca de informações de forma transparente.”
Bruno Leite
gestão
Bruno Leite
balanço da
PRESSTEM
ABBTUR-MG
ABEMPI
ABERC
ABF
ABES
ABLA
ABMS
ABO NACIONAL
ABPI-TV
ABRALIMP
ABRASEL
ABRAT
ABRELPE
ABREVIS
ABTA
ABTV
ACONBRAS
ADORC
ADVB
AHESP
ANCLIVEPA
ANFAC
APIMEC
APRAG
CONPRETO
CRA SP
CRC SP
FAEASP
FEBRAC
FCDL
FEHOESP
FENAVIST
FEPRAG
IBEF
SBCVP
SEAC-ABC
SEAC-MG
SEAC-MT
SEAC-PA
SEAC-PR
SEAC-RJ
SEAC-SC
SEAC-SP
SELUR
SESVESP
SETA
SIMPRES
SINAENCO
SINDCONT-SP
SINDEPRESTEM
SINDERC-SP
SINDESP-BA
SINDESP/RJ
SINDHOSP
SINDIMOTOR
SINDITELEBRASIL
SINEATA
SINSERHT-MG
26
APOIADORES
ADLIM
AMBC
ARAÚJO ABREU
ESCOLTA
CCM ENG.
GALES SERVIÇOS
GUIMA CONSECO
MARICATO ADV
NAC
PLANINVESTI
QUALITY AMJ
STA
UPS BENEFÍCIOS
Redução da jornada de trabalho – mais uma conta para os
empreendedores
Como é de conhecimento público, Comissão
Especial da Câmara dos Deputados que analisa a
redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas
semanais aprovou, por unanimidade, o relatório
apresentado pelo deputado Vicentinho (PT/SP) com
parecer favorável à Proposta de Emenda à Constituição PEC 231/95. A proposta, há 14 anos em tramitação no
Congresso Nacional, pretende ainda o aumento de 50%
para 75% no acréscimo sobre o valor da hora extra
trabalhada.
Nos próximos dias, a proposta entrará na pauta do
Plenário da Câmara e terá que ser votada em dois turnos.
Para ser aprovada, serão necessários, no mínimo, 308
votos favoráveis. Aprovada na Câmara, será
encaminhada para discussão e votação no Senado
Federal.
A Central Brasileira do Setor de Serviços –
CEBRASSE, a primeira Central Sindical Empresarial
criada para a defesa e valorização dos empreendedores
brasileiros, entende que essa PEC será extremamente
prejudicial a todas as empresas. Mas será especialmente
nociva para as prestadoras de serviços, com
predominância em mão de obra e mais de 90% dos
insumos representados pela folha de pagamento de Lofreta – “medida é mais nociva para prestadores de serviços”
salários, encargos e benefícios.
Não bastasse a enorme quantidade de problemas que os empreendedores enfrentam
diariamente na luta incansável pela sobrevivência de suas empresas, terão que arcar com mais esse
ônus, caso a redução da carga horária de trabalho seja aprovada. E sabemos todos que, embora
prejudicial à economia como um todo, a medida será amplamente explorada pelas lideranças sindicais
dos trabalhadores. Uma demagógica bandeira de promoção política, empunhada por lideranças ávidas
por articulações e manipulações populistas visando ao calendário eleitoral de 2.010 – para as eleições
do próximo presidente da República, de governadores, deputados e senadores.
Inconseqüentes, os defensores da redução alegam benefícios para a classe trabalhadora. Mas
se esquecem dos nada benéficos reflexos dessa medida na economia brasileira: alta de custos para os
empresários, desemprego, informalidade e até mesmo o fechamento de empresas que não terão a
menor condição de arcar com aumento de custos.
Nós, empreendedores, não suportaremos mais aumentos de custos e não estamos dispostos a
concordar passivamente com mais essa carga trabalhista. Já pagamos a maior carga tributária do
mundo, taxas de juros exorbitantes para financiamento da produção e capital de giro, e com encargos
sociais que duplicam o custo de cada trabalhador. E nossa Justiça do Trabalho é injusta com o
empresariado e extremamente paternalista com os empregados.
Junte-se à Cebrasse na luta contra mais uma manobra política das Centrais dos Trabalhadores.
Paulo Lofreta é empresário do segmento de benefícios e presidente da Cebrasse
www.cebrasse.org.br
Roberto Kikuchi
ENTIDADES
FILIADAS
TENDÊNCIAS E TECNOLOGIA
// Redes Sociais como ferramentas de negócios
Por Camila Vasconcellos
A internet chegou ao País há 14 anos e, desde
Por isso optamos pelas redes sociais”, explica ele. Nos
EUA, o voto não é obrigatório (apenas 50% da população
costuma votar) e, por isso, a campanha investiu nessa
comunicação, tentando atrair outros públicos para
urnas, sobretudo jovens.
Da mesma maneira, o mundo dos negócios começa a
utilizar as redes sociais. Blogs, Orkut, Twitter, Xing (uma
das redes sociais mais acessadas), Linkedin (portal que
permite ampliar o network entre executivos), podcasts
(áudio), envio de mensagens para celular (o Brasil possui
164 milhões de números ativos), e-mail marketing e
outras formas de comunicação estão sendo aplicadas
a negócios e permitindo que as empresas programem
estratégias digitais a seu favor.
Para o jornalista Betho Lima, especialista em co­
mu­
nicação digital, a grande maioria das empresas
brasileiras ainda não percebe que a internet é uma
geradora de negócios e que as redes sociais são ótimas
fontes de pesquisa. “Com as comunidades, posso ir
direto à fonte, no meu cliente, e saber o que ele acha da
minha empresa e do meu produto, onde estou falhando e
onde estou acertando. Com essas informações pontuais,
corrijo meus erros, volto naquela fonte e conto que sua
reclamação procedia, mas foi sanada”, detalha.
Mapeando e conhecendo as comunidades onde estão
seus clientes, o empresário tem a vantagem de chegar mais
perto deles, levando informações relevantes e atraentes.
Dessa maneira, expõe o que acontece em seu ambiente
corporativo e conta com o auxílio dos integrantes das
redes sociais para divulgar sua marca, seus eventos,
promoções, inovações e objetivos, ga­
nhando ainda
mais credibilidade, fidelizando con­sumidores antigos e
conquistando novos.
PRESSTEM
que surgiu, mudou o comportamento das pessoas. Hoje,
mais do que ferramenta de trabalho, conhecimento ou
lazer, o computador passou a ser instrumento social para
a comunicação interpessoal e com o mundo. A cada ano,
mais pessoas passam maior tempo conectadas (cerca de
68 milhões de brasileiros têm acesso à internet e, destes,
20 milhões acessam pelo celular).
Na rede, informações, conceitos, valores, ideias,
ati­
tudes e hábitos, principalmente de consumo,
são compartilhados em redes sociais e grupos de
discussão frequentados por quem possui interesses
mútuos. A adesão alcança todas as faixas etárias.
Adultos, os chamados de imigrantes digitais, tiveram
de se adaptar às novas tecnologias, enquanto que
os jovens, nativos digitais, não compreenderiam o
mundo sem sites, e-mails, Orkut, Messenger, Skype
ou a nova febre: o Twitter.
A primeira geração digital não toma suas decisões
de consumo da mesma maneira que outras gerações
tomavam. Ao contrário, seus impulsos de compra
são determinados pelas relações e opiniões virtuais e
motivados pela tentativa de ser aceito ou se sentir parte
de um grupo.
No mundo atual, cerca de 150 redes sociais on-line
influenciam a vida off-line. Elas definem o que o novo
consumidor deve fazer, falar, vestir, comer, assistir,
ler, ouvir e até em quem deve votar. Recentemente, o
estrategista da campanha presidencial norte-americana,
Scott Goodstein, apostou no crescimento das redes
sociais para impulsionar a campanha de Barack Obama
à presidência do país. “A TV sofre queda de audiência e
os jornais nos Estados Unidos per­­dem espaço a cada dia.
Num chip,
um mundo de
oportunidades
para os
negócios
Divulgação
27
indicadores
Muito próximo de
um círculo virtuoso
Por Camila Vasconcellos
Fatos recentes
mostram algumas perspec­
ti­
vas positivas no mundo, sinalizando que a crise
econômico-financeira, iniciada em setembro do ano
passado com a quebra de bancos de grande porte nos
EUA, começa a dissipar suas nuvens mais negras. No
Brasil, diversas pesquisas parecem indicar que está se
formando no horizonte um ciclo virtuoso na economia.
Dados como as encomendas do comércio, que
estimulam a retomada da produção industrial e o ânimo
dos empresários, somados à tomada de pulso na confiança
do consumidor indicam que o País poderá ter pela
frente a oportunidade de retomar seu desenvolvimento.
Desde que resolva gargalos antigos, como reformas
que efetivamente eliminem entraves para a produção
e criação de empregos. Leia abaixo uma compilação
de levantamentos e estudos feitos por algumas das
mais representativas instituições e entidades da cadeia
brasileira de produção.
PRESSTEM
OTIMISMO NAS VENDAS
28
De acordo com um estudo da Federação do Co­
mércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), o varejo
está otimista com o primeiro Natal depois da crise. As
pesquisas da entidade preveem que o faturamento real
das vendas deve crescer entre 4% e 5%, comparado
com os resultados do final de 2008. O desempenho
favorável é explicado pelas facilidades no crédito
ao consumidor, oferecidas por alguns bancos, espe­
cialmente os públicos.
Para dar conta dessa demanda, 77% dos lojistas
pesquisados estão reforçando seus estoques com
encomendas iguais ou maiores às do Natal passado.
A pesquisa ainda mostrou que 97% das empresas da
Região Metropolitana de São Paulo devem ampliar seus
investimentos em 2010, seja com abertura de novos
pontos de vendas e centros de distribuição ou com o
reforço nos estoques.
Esta tendência de crescimento no varejo já havia
sido antecipada em estudo feito pela Associação
Brasileira de Supermercados (Abras). As vendas do setor
supermercadista cresceram 6% em setembro, em relação
ao mesmo mês de 2008, e o segmento faturou 5,37% a
mais no acumulado de 2009, na comparação com o ano
passado. Para a Associação, os números positivos e as
perspectivas com as festas de final de ano possibilitarão
ao setor fechar o último trimestre do período com bons
índices de vendas.
INDÚSTRIA CAMINHA
PARA RETOMADA
Segundo a Confederação Nacional da Indústria
(CNI), o emprego industrial voltou a crescer em
2009. Após três trimestres consecutivos de retração,
os indicadores de produção e mão de obra ficaram
positivos entre julho e setembro, atingindo 56,6 e 52,3
pontos, respectivamente (valores acima dos 50 pontos
indicam crescimento). O aumento alcançou diversos
setores, atingindo as grandes empresas primeiro e, em
seguida, as pequenas e médias.
A CNI considera que o País vive um bom momento
econômico, com estoques ajustados, emprego e
investimentos em alta e o comércio preparando-se para
um crescimento de demanda. Mas, alerta que é preciso
melhorar a competitividade da indústria com revisões
Índice de Confiança do
Consumidor (ICC)
StockXpert
(de jan/08 a out/09)*
Mês
2008*
(pontos)
2009*
(pontos)
janeiro
113,6
96,7
fevereiro
115,5
95,1
março
119,2
97,6
abril
115,0
100,2
maio
115,7
103,2
junho
109,2
108,4
julho
105,0
111,5
agosto
109,1
111,2
setembro
112,4
111,2
outubro
novembro
dezembro
100,2
97,0
95,4
113,6
-------
no sistema tributário, seja por meio de reformas ou
medidas de incentivo que alcancem mais áreas, como
a recente experimentação do governo em desonerar
setores, iniciativa que ampliou o mercado interno.
Essas medidas, conclui o estudo da CNI, além de
seus benefícios específicos, revelaram distorções que
necessitam de urgentes reformas, como a excessiva
taxação, impactos de impostos indiretos e ausência de
estímulos a investimentos privados.
Outro levantamento, feito pela Associação Nacional
de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros),
corrobora a análise mostrando que a redução do imposto
alavancou as vendas no varejo de eletrodomésticos de
linha branca em 25%, passando de oito milhões de
unidades vendidas entre janeiro e setembro de 2008
para 10 milhões no mesmo período em 2009.
Também um dos principais índices da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Indicador de
Nível de Atividade (INA), revelou que o desempenho da
indústria paulista subiu 4,3% em setembro, registrando
a maior alta desde abril de 2008. Embora o crescimento
tenha sido geral em todas as áreas, os setores de
máquinas e veículos tiveram destaque.
Segundo a pesquisa, o nível de utilização da capa­
cidade instalada atingiu 81,2% em setembro - com ajuste
sazonal –, impulsionado pelos incentivos do governo,
pela taxa de juros e pela oferta de crédito e maior
demanda. Mas, apesar dos números favoráveis, o INA
ainda acumula baixa de 12,3% no ano - o maior recuo
para o período de sua série histórica. A indústria foi
fortemente afetada pela queda de 30% das exportações
de produtos manufaturados e industrializados na com­
paração de 2009 com 2008, o que significa uma queda
real de 9%.
Na análise da Fiesp, apesar de alto, o índice não
é tão dramático, levando-se em conta as expectativas
negativas que se apresentavam no final de 2008.
Para a entidade, o resultado de setembro mostra que
a pior fase da crise foi superada e que a recuperação
econômica é vigorosa.
Esta percepção é confirmada pela Pesquisa In­
dustrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE): em setembro as indústrias
continuaram a comprar máquinas e equipamentos. As
aquisições naquele mês fizeram a produção de bens
de capitais crescer 5,8% em relação a agosto, sexta
expansão em sequência - o que, no período, representa
acúmulo de alta na produção do setor de 14,8%.
PRESSTEM
Fonte: FGV
*Com ajuste sazonal
29
StockXpert
indicadores
Expectativa do brasileiro na
busca por um emprego dentro
de seis meses (%)
Comprometimento de contratação
de trabalhadores temporários nas
maiores redes varejistas do país
100
Total de vagas: 385
80
60
57,3
48,8
temporários nas 33 principais redes varejistas do Brasil:
24,7
20
Comprometimento de contratação de trabalhadores
38,4
40
18
12,8
0
2008
otimistas
2009
Indeferentes
mil
10 a 15% do quadro fixo
(ou seja: de 38,5 mil a 57 mil vagas para o fim do ano)
Fonte: IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo)
pessimistas
Fonte: FGV
PRESSTEM
CONSUMIDOR CONFIANTE
30
Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontaram
ainda que o ICC (Índice de Confiança do Consumidor),
estagnado entre agosto e setembro deste ano, voltou a
subir. Em outubro, o Índice alcançou aumento de 2,2%,
chegando a 113,6 pontos – seu maior nível desde maio
de 2008.
Na interpretação da instituição, o brasileiro nunca
esteve tão otimista na conquista de um emprego. O
levantamento revelou que em outubro deste ano, 24,7%
acreditavam que será mais fácil conseguir uma vaga nos
próximos seis meses.
O índice é o maior da série histórica, iniciada em 2005.
Entretanto, 18% dos entrevistados acham que 2010 será
ainda mais difícil e 57,3% apostam que o próximo ano
será igual ao atual na busca por uma chance no mercado
de trabalho. Em dezembro de 2008, o índice atingiu seu
pior nível, quando apenas 12,8% estavam otimistas e
38,4% acreditavam ser difícil estar empregado dentro de
seis meses.
O otimismo dos trabalhadores tem base real, como
foi possível adiantar no levantamento encomendado
pela Asserttem e realizado pelo Ipema (Instituto de Pes­
quisa Manager). O estudo previu a criação de 123 mil
vagas temporárias para o Natal – número 7% maior que
o gerado no final de 2008. E, se a média de efetivação
se confirmar, 21 mil temporários devem ser contratados
após as festas.
Além disso, a prorrogação da política de corte do
IPI para produtos da linha branca até 31 de janeiro
de 2010, anunciada pelo governo em outubro, deve
manter os empregos criados durante o incentivo, que
começou em abril, e gerar outros.
O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo
(IDV), que reúne 33 grandes redes varejistas, respon­
sáveis pelo emprego de 385 mil funcionários, acre­
dita que o estímulo resultará numa média de 47 mil
vagas temporárias nas lojas dessas redes, já que os
empresários estimam contratar trabalhadores tem­
porários em número equivalente a 10% e 15% de seu
quadro fixo.
TALENTOS DA
ESPECIALIZAÇÃO
Dedicação é o que
garante o sucesso
Por Giovanna Zanaroli
De repositor a supervisor
Do tempo em que trabalhou como repositor de
mercadorias, Carlos Eduardo Nascimento guarda uma
das coisas mais valiosas: a experiência. Há um ano e
meio no cargo de supervisor, além da valorização do
trabalho em equipe, o que foi aprendido por ele nos
anos anteriores, agora garante melhor desempenho
no cargo que ocupa e bom nível de relacionamento
com as oitenta pessoas que coordena.
Por já ter vivenciado a rotina de trabalho de um
repositor e compreender melhor as dificuldades exis­
tentes, Carlos tenta ajudar no que pode. “Converso
com a equipe na mesma linguagem e gosto que eles
me contem o que se passa na loja para podermos
resolver as pendências”, diz.
Casado há 11 anos e pai de um menino chamado
Bruno, Carlos iniciou a carreira num supermercado no
ano de 2004. Segundo ele, “mais por necessidade do que
por gosto”. E desde então tem acumulado conquistas.
Depois de permanecer por quatro anos como repositor
na atual empresa, o bom desempenho na conclusão
de tarefas e comprometimento no trabalho o levaram
à supervisão.
Conhecedor da rotatividade dos produtos que
abastecia na época, Carlos pôde contar com a confiança
PRESSTEM
“O acaso encontra sempre quem
saiba aproveitar-se dele”. A frase
do escritor francês e vencedor
do Prêmio Nobel, Romain
Rolland, sintetiza a história
de Carlos Eduardo, Patricia e
Sidney. Para eles, ocupar, num
primeiro momento, uma das
vagas disponíveis no setor de
Promoção e Merchandising pode
ter sido fruto do acaso - mas a
permanência e o sucesso não. As
oportunidades surgiram e foram
precisas persistência e vontade
de aproveitá-las para adquirir
conhecimento e experiência
profissionais
31
Divulgação
// Carlos Eduardo
Desenvolvimento
profissional
depende do
comprometimento
ESPECIALIZAÇÃO
Divulgação
TALENTOS DA
// Patricia Panzeri
O consumidor em
primeiro lugar
do vendedor responsável pelo supermercado, o
que para ele foi uma grande escola, com liberdade
de sugerir a compra das mercadorias necessárias.
Hoje, os dois são parceiros. “Nas lojas em que eu
faço a supervisão, ele faz a venda direta. Sempre
conversamos para trocarmos ideias.”
Mesmo com a ascensão na carreira, Carlos tem
consciência de que uma especialização poderá leválo ainda mais longe. Por isso, cursar uma faculdade
relacionada à sua área de atuação está entre os planos
para os próximos anos. A compra da casa própria também
é um objetivo que ele tem certeza de que alcançará.
PRESSTEM
Com a camisa do cliente
32
Gostar do que faz e vestir a camisa da empresa,
literalmente, é essencial para trilhar o caminho ru­mo ao
sucesso. A definição é de Patricia Panzeri Jerônimo, que
diariamente deixa a casa na zona norte de São Paulo,
onde mora com o pai, para demonstrar e oferecer a
degustação de produtos aos consumidores em diversos
supermercados de São Paulo.
Hoje com 30 anos de idade, Patricia conheceu a
profissão por acaso. Há dez anos, a técnica formada em
radiologia hospitalar estava desempregada e em busca
de um trabalho fixo. “Por saber que eu procurava uma
vaga, uma vizinha me levou na empresa de prestação
de serviços de promoção na qual ela mesma trabalhava
e então comecei”, conta.
De terça-feira a sábado, ao chegar ao local do tra­
balho, Patricia se prepara especialmente para re­
presentar o produto. Veste o uniforme, organiza os
alimentos e se dirige até o ponto de venda para iniciar
a abordagem aos clientes do estabelecimento.
Ela gosta tanto deste contato com as pessoas que
pretende dar um importante passo nos próximos anos:
cursar faculdade de psicologia. “Quero me especializar
nesta área para trabalhar em agências e fazer seleção
de pessoas”, diz com os olhos brilhando, que revelam a
garra em tornar seu sonho uma realidade.
Torcedora fanática do São Paulo Futebol Clube, a
promotora só perde o bom-humor no trabalho quando
recebe alguma cantada fora de hora. “É até normal
nesta atividade, a gente tira de letra, mas eu não gosto
destas brincadeiras”.
Após passar por muitas dificuldades na vida,
Patricia comemora a possibilidade de conseguir aju­dar
seu pai a manter a casa onde vivem com o seu trabalho.
E dá uma dica: “Tratar bem o consumidor fará com que
ele também te trate bem e adquira o produto”.
Surfando duro
para progredir
Na infância, Sidney Leonardo Silva pensava ser
médico ortopedista como o pai. Mudou de ideia ao
perceber que a rotina de quem trabalha na medicina é
árdua e exige tempo quase integral junto aos pacientes
e, portanto, longe da família. “Eu sentia saudade do meu
pai quando ele estava em plantão”, conta.
Aos 26 anos, o rapaz, que adora ir à praia e surfar
nos finais de semana, trabalha diariamente das 8h às
16h como repositor de mercadorias num supermercado
atacadista. Depois de passar quatro anos na cidade de
Florianópolis, “apenas curtindo a vida”, como ele mesmo
define, e tendo todas as despesas pagas pelo pai, Sidney
retornou a São Paulo decidido a alcançar seus objetivos
com trabalho e muito esforço.
O primeiro emprego na função foi temporário, por
apenas oito dias, no final de 2008. Sem nem saber do
que tratava a função de repositor no início, Sidney se
empenhou, mostrou seu compromisso com o trabalho e
foi contratado por outra empresa de prestação de serviços
especializados. Hoje exibe com orgulho seu desempenho.
// Sidney Leonardo
PRESSTEM
Giovanna Zanaroli
Disciplina para
alcançar os
objetivos
“Mesmo sabendo que me esforço bastante, fiquei
surpreso ao descobrir que o produto pelo qual sou
responsável ocupou o terceiro lugar no ranking dos
mais vendidos no mês de setembro”, revela. Sua
atividade exige disciplina e empenho constante. Ao
chegar ao ponto de venda, Sidney o abastece com a
mercadoria e a organiza de acordo com as normas do
cliente. “Eu sempre procuro deixar os produtos prontos
para o próximo consumidor”, exemplifica.
Determinado e sonhador, o jovem gosta do que faz
e almeja desenvolver-se na profissão. Algumas con­
quistas pessoais já foram realizadas, como a compra
de uma televisão e um DVD para equipar seu quarto.
A reforma do cômodo, na casa dos pais, também ficou
por conta de Sidney. A compra do carro já está a
caminho. “Quero ser um profissional bem-sucedido,
ter meu carro, casa própria, ter minha família. Para
começar, dois filhos. Um casal”.
33
MIRANTE Por Helio Zylberstajn
StockXpert
Benefícios “à la carte”
Empregos verdes
A MERCER acaba de divulgar os resultados de uma ampla
pesquisa conduzida em 47 países, com participação de mais
1.700 organizações. O objetivo era conhecer a utilização de
programas flexíveis de benefícios, nos quais a empresa oferece
um conjunto de benefícios para escolha dos empregados. Os
resultados indicam que uma em cada quatro das empresas
pesquisadas oferece hoje este tipo de programa. Nada menos
que um terço das demais empresas está pensando em adotálo. O principal motivo é poder atender a diversificação
crescente de valores e de necessidades da força de trabalho.
Outro motivo é a redução dos custos dos benefícios.
Mensagem para o nosso setor: se a prestadora de serviços
está envolvida em múltiplas atividades e utiliza mão de obra
diversificada, o cardápio de benefícios pode ser um fator de
atração e retenção dos bons profissionais.
A preocupação com a mudança climática e com o
desenvolvimento sustentável está chegando ao mercado
de trabalho com o nome de “empregos verdes”. É simples:
espera-se que a conversão da energia baseada em fontes
poluidoras para energia ecologicamente correta e limpa crie
oportunidades de investimentos e de crescimento econômico.
Essa será uma nova fronteira para a expansão da economia
mundial, que precisará de trabalhadores com formação
especializada e de empresas prestadoras de novos serviços
permanentes e temporários. A corrida já começou em muitos
países. O Brasil é um deles.
Duas explicações
e um paradoxo
34
é professor da
Faculdade de Economia,
Administração e
Contabilidade da USP e
presidente do Ibret (Instituto
Brasileiro de Relações de
Emprego e Trabalho)
Zarife Assi
PRESSTEM
HÉLIO ZYLBERSTAJN
Migração pode ser uma explicação: como a situação
ficou ruim, muita gente teria deixado as regiões
metropolitanas e voltado para suas cidades de origem. Lá,
o IBGE não as alcança e não as registra na PME. A outra
explicação pode ser o desalento: sabendo que o mercado
não está bom, muitas pessoas nem se dariam ao trabalho
de procurar emprego. Os que não procuram emprego não
estão na força de trabalho e não entram nas contas do IBGE.
Qualquer que seja a razão do congelamento, poderemos
observar um paradoxo: se nos próximos meses o mercado
de trabalho melhorar, estas pessoas voltarão ao mercado
de trabalho e engrossarão o grupo de desempregados.
Teremos crescimento do emprego e do desemprego, ao
mesmo tempo.
Jovens: cara
O IBGE informa: em dez anos, dobrou a pro­
porção de jovens de 18 a 24 anos na universidade.
Era 6,9% em 1998 e chegou a 13,9% em 2008.
Ainda segundo o IBGE, o percentual de jovens
nessa faixa etária com pelo menos 11 anos de estudo
também dobrou neste período: de 18,1% passou para
36,8%. Apesar da qualidade questionável do
ensino, o mercado de trabalho reconhece a
educação e retribui com salários maiores para
quem investe em escolaridade. Por essa razão,
a escolaridade do jovem trabalhador brasileiro está
crescendo muito e muito rápido e hoje mais da metade
deles tem escolaridade média completa ou já está na
Universidade. A melhoria da qualidade da mão de obra é
uma excelente notícia para todos, em especial para o setor
de prestação de serviços.
Jovens com escolaridade média completa ou cursando
a Universidade - 1998 /2008
Mercado
de trabalho
metropolitano
congelado?
50,7%
50%
36,8%
40%
30%
25,0%
20%
10%
13,9%
18,1%
6,9%
0%
Jovens na Universidade
Jovens compelo menos
11 anos de estudo
1998
total
2008
Jovens: coroa
O outro lado: o IBGE informa também que em 2008,
havia no Brasil cerca de 23 milhões de jovens entre 18 e 24
anos. Nada menos que 1,2 milhões (mais de 5% do total),
declararam ao entrevistador do IBGE que não estudavam,
não trabalhavam e não ajudavam nos afazeres domésticos.
Para o Brasil, este é um problema enorme: além de ser
um peso-morto, estes jovens desocupados podem se
transformar em infratores e delinquentes. Mas para o setor
de prestação de serviços, estes jovens podem se transformar
em 1,2 milhões de oportunidades. O setor poderia prestar
um grande serviço ao país se encontrasse maneiras de
ocupar produtivamente estes brasileiros precocemente
desesperançados.
Os resultados recentes da PME (a
Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE)
são intrigantes. A pesquisa acompanha
o mercado de trabalho em seis regiões
metropolitanas: Belo Horizonte, Porto
Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e
Rio de Janeiro. Em setembro último,
a quantidade de pessoas ocupadas
era exatamente igual à de um ano
atrás. E mais: a quantidade de pessoas
procurando emprego era também exa­
tamente igual em setembro de 2008 e
setembro de 2009. Ou seja, o emprego
nas seis regiões metropolitanas mais
importantes do país não cresceu e o
desemprego também não cresceu. A taxa
de desemprego é exatamente a mesma.
Que o emprego não tenha crescido é
compreensível: afinal, em setembro
de 2008 começou a crise financeira
global que destruiu empregos em todo o
mundo, inclusive no Brasil. Mas porque
não aumentou o desemprego? Onde
estão os trabalhadores que surgem todo
ano devido ao crescimento vegetativo
da população? Como explicar o con­
gelamento do mercado de trabalho?
PRESSTEM
60%
35
REALIZAÇÕES E
PARCERIAS
SindeprestemCard
Grupo de afinidades agora com vantagens exclusivas
Por Danielle Borges
Criado para reunir fornecedores qualificados e que ofereçam benefícios reais às empresas ligadas ao Sindicato,
o cartão fidelidade do Sindeprestem chega às mãos do associado sem custo e pronto para ser utilizado
PRESSTEM
O SindeprestemCard
36
foi lançado no
final de agosto e desde então a equipe responsável por
sua implantação trabalha sistematicamente para entregar
ainda em 2009 o primeiro lote de cartões, conforme
planejamento inicial. De acordo com o cronograma, nesta
primeira fase do projeto, apenas as associadas podem
usufruir das vantagens do grupo de compras.
Fernando Vidal, consultor de negócios da empresa
Isenção Planejamento, Assessoria e Administração,
inte­grante do Grupo N Raduan e responsável pela ges­
tão operacional do cartão fidelidade, explica que, a
partir de janeiro de 2010, entra em operação a segunda
fase, que abrange as empresas filiadas. “Em seguida, no
mês de março, será a vez das sindicalizadas também
receberem o cartão fidelidade, concluindo assim a
implantação do projeto.”
“Todos sabem que quanto maior o volume da compra,
o poder de barganha aumenta, resultando em economia
e custos mais baixos. O grupo de afinidades é uma fer­
ramenta facilitadora fundamental para uma entidade do
porte do Sindeprestem”, avalia Regina de Souza, diretora
do Sindicato e de empresa associada, da área de gestão
em trade marketing, que já aderiu ao uso do cartão. Para
ela, “a contribuição dos empresários será extremamente
importante para o sucesso do SindeprestemCard”.
Processo de negociação
Em 2006, a administradora do cartão iniciou o contato
com o Sindeprestem, mas somente em 2009 o projeto
realmente tomou corpo. “Iniciamos um levantamento
junto às associadas para verificar quais os primeiros
segmentos a serem trabalhados”, lembra Vidal. Os pri­
meiros fornecedores foram da área de assistência médica,
odontológica, saúde ocupacional e seguro de vida.
Depois, foram incluídas empresas de uniforme, gráfica,
contabilidade e gestão de softwares.
Marcello Avena é diretor nacional de vendas da
Intermédica Sistema de Saúde, uma das primeiras parceiras
do SindeprestemCard no segmento de assistência médica
hospitalar. “Fomos avaliados pela administradora do
cartão a pedido do Sindeprestem. O único investimento
foi elaborar uma proposta diferenciada”, explica. Para
ele, fazer parte do grupo é uma troca. “A empresa tem a
oportunidade de conquistar mais clientes e os associados
têm ao seu alcance benefícios exclusivos”, ressalta.
Suporte online
Já está no ar o hotsite com conteúdo exclusivo de­
sen­volvido para informar e orientar integrantes do gru­
po de compras do Sindeprestem. Acessando o www.
sindeprestemcard.com.br é possível visualizar notícias
atualizadas, promoções especiais e a relação completa de
parceiros inseridos no programa de benefícios.
O SindeprestemCard é entregue gratuitamente no en­
dereço de cadastro da empresa, acompanhado de uma
carta explicativa com as orientações necessárias. “Todo o
processo de compra entre cliente e fornecedor é efetuado
diretamente sem a intervenção do Sindeprestem”, enfatiza
Vidal. Para ter acesso às promoções basta informar o
nome da empresa e número do cartão para comprovar
que a empresa faz parte do grupo de afinidade.
O consultor da administradora lembra que o Sinde­
StockXpert
prestemCard não é um cartão de crédito, portanto não
possui limite de compras. “Novos associados o receberão
automaticamente e, conforme a necessidade, poderão
também solicitar cartões adicionais”, afirma.
Vantagem para o fornecedor
Parceiros já cadastrados
AUDIT CONSULT - Contabilidade e auditoria
CORRHECT - Gestão em RH
HERMES BPO - Gestão e processos de terceirização
INTERODONTO - Assistência odontológica
INTERMÉDICA - Assistência médica
L2 PROPAGANDA - Indentidade corporativa, material
promocional e editoração de revistas
LJM GRÁFICA E EDITORA - Papelaria, cartazes e catálogos
MALHARIA TROPICAL - Uniformes profissionais
MET LIFE- Seguro de vida
RCC - Licitações públicas
RH VIDA - Saúde ocupacional
STUDIO DPI - Comunicação empresarial, criação,
propaganda e planejamento estratégico
Acordos com
bancos garantem
juros menores
a empresas do
Sindicato
A Federação
do Comércio do Estado de
São Paulo (Fecomercio) fechou novas parcerias com
instituições financeiras para garantir condições
exclusivas a seus associados, entre eles as empresas
representadas pelo Sindeprestem. O Banco do Brasil
vai disponibilizar R$ 1 bilhão a todas as micros,
pequenas e médias empresas filiadas a entidades
associadas da Fecomercio. Pelo acordo, as taxas
serão até 20% menores em relação às praticadas
pelo mercado.
O Crediário Caixa Fácil, da Caixa Econômica
Federal, possibilita o acesso rápido e sem burocracia
a financiamentos, principalmente a empresas de
pequeno porte. Já a Nossa Caixa Desenvolvimento
oferece a menor taxa do mercado para capital de
giro: 0,96% ao mês com prazo de até 12 meses.
Para mais informações, entre em contato com o
Núcleo de Produtos e Serviços da Fecomercio, nos
números (11) 3254-1756 ou 3254-1761 ou com a
Assessoria Jurídica do Sindeprestem pelo telefone
0800 701 2449.
PRESSTEM
O Sindeprestem e a Isenção Planejamento, Assessoria e
Administração continuarão cadastrando novos parceiros.
Segundo Vidal, “trata-se de um processo contínuo de
expansão da base”. Fornecedores interessados em fazer
parte do grupo de compras podem realizar seu pré-cadastro
no formulário disponível no site ou entrar em contato com
a gestora do cartão que fará a avaliação da proposta.
Ao ingressar no grupo, os fornecedores contarão
com a vantagem de ter acesso imediato a um grupo
seleto de empresas interessadas em seus produtos,
além do foco na comunicação com os clientes, sem
ônus adicional. “Para aderir ao programa, basta apre­
sentar uma proposta diferenciada que atenda às
necessidades do grupo”, conclui.
Para mais informações, envie um e-mail para
[email protected] ou entre em contato
com Fernando Vidal pelo fone (11) 3188-7313 ou por e-mail
[email protected].
37
brasil
StockXpert
Ciett 2010 -
CIETT 2010
CADA VEZ MAIS PERTO
PRESSTEM
Com o tema
40
central “A via de flexibilidade
no futuro do trabalho”, o CIETT Brasil 2010 - Congresso
Mundial de Terceirização e Trabalho Temporário
será realizado de 26 a 28 de maio de 2010, no WTC
Convention Center, em São Paulo. O evento, promovido
pelo Sindeprestem, em parceria com a Asserttem e total
apoio das principais entidades internacionais do setor,
terá a missão de elevar o Brasil a um novo patamar
no conceito das relações de Trabalho Temporário e
Terceirização.
Serão três eventos integrados, ocorrendo simul­
taneamente. Além da Conferência Anual da CIETT,
será realizado o Congresso Mundial e também o 1º
Fórum Brasil de Relações do Trabalho na Terceirização
e Trabalho Temporário, com temas direcionados
também para empresas tomadoras de serviços e
profissionais ligados ao setor, abordando práticas de
trabalho, planejamento e legislação.
Segundo Fernando Calvet, presidente do Comitê
Organizador, os últimos detalhes em relação aos
conferencistas nacionais e internacionais estão em
fase de finalização. “Em breve, a programação oficial
estará disponível no site.” O CIETT 2010 Brasil é
direcionado a empresários e profissionais ligados
direta ou indiretamente aos setores de Trabalho
Temporário, Terceirização, recursos humanos, to­
madores de ser­
viços, advogados trabalhistas, con­
sultores e contadores.
Feira de Negócios
Paralelamente ao Congresso, será realizada, nos dias
27 e 28 de maio, a Feira de Negócios, com mais de 30
estandes, cujo objetivo é oferecer às empresas do setor
um amplo painel sobre produtos e serviços voltados à
atividade. São esperadas nos eventos cerca de 2,5 mil
pessoas, entre congressistas e visitantes. Fornecedores e
empresas associadas ao Sindeprestem interessados em
participar como expositores poderão obter informações
no site do evento.
Site oficial
Além de informações sobre a programação, o site
disponibiliza indicações de hospedagem, turismo e
opções de cotas para empresas interessadas em patrocinar
o CIETT 2010 e expor seus produtos na Feira de Negócios.
Também é possível efetuar a inscrição online para
congressistas. Todo conteúdo é atualizado diariamente e
com versões em português, inglês e espanhol. Para saber
mais, acesse www.ciett2010.com.br.
PRESSTEM
Pela primeira vez, São Paulo é sede do Congresso que
reúne as principais entidades internacionais do setor
41
Ciett 2010 -
brasil
CONGRESSO GANHA
DIVULGAÇÃO INTERNACIONAL
Como parte da estratégia de divulgar a edição brasileira do Congresso
Mundial de Terceirização e Trabalho Temporário, o Sindeprestem participou
recentemente de alguns eventos internacionais e de grande visibilidade
o CIETT Brasil 2010
terá a missão
de colocar o País entre as principais nações no conceito
das relações de trabalho. Para isso, o Sindicato tem
se empenhado para atrair a atenção de empresários,
profissionais e autoridades, divulgando mundialmente
os temas e congressistas já confirmados.
PRESSTEM
Em Genebra, contribuições
para o evento
42
O presidente do Sindeprestem, Jan Wiegerinck, e o
vice, Fernando Calvet, que preside o comitê organizador
do Congresso Mundial no Brasil, estiveram na Suíça
no final de outubro para um encontro promovido pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT). No dia 22,
na mesma oportunidade, apresentaram à Confederação
Internacional de Agências de Emprego Privadas (CIETT)
o projeto do evento que ocorrerá em 2010.
Na reunião, os delegados mundiais que compõem
a entidade avaliaram as propostas apresentadas pelo
Sindeprestem e sugeriram alguns temas e palestrantes.
“Distribuímos material de divulgação, que foi muito bem
recebido, e acredito que muitos empresários presentes
no encontro da OIT estarão no Brasil no próximo ano
para o Congresso”, avaliou Calvet.
Empresários colombianos
motivados a participar
Convidado pela Associação Colombiana de Em­
presas de Emprego Temporário (Acoset), Vander Mo­
rales, diretor de Comunicação do Sindeprestem, de­
ta­­lhou os objetivos da realização do CIETT 2010 no
Brasil e apresentou a programação, motivando os
empresários colombianos do setor para participar
do evento. Também palestrante da 10ª edição do
Congresso de Serviços Temporários, realizado de 24
a 25 de setembro, em Cali, na Colômbia, Morales,
divulgou os dados das últimas pesquisas e ações do
Sindicato, iniciativas que demonstram a dimensão
atual assumida pela atividade no País.
Divulgação na Argentina
Em 20 de setembro, a Federação Interamericana
de Associações de Gestão Humana (Fidagh) realizou,
em Buenos Aires, uma assembleia com 25 presidentes
de entidades associativas de recursos humanos de 15
países da América Latina. Cassio Mattos foi convidado
para representar a Associação Brasileira de Recursos
Humanos (ABRH). Envolvido na organização do evento
como membro do Comitê Organizador do CIETT 2010 Brasil, Mattos divulgou o Congresso para este público
que tem forte representatividade na região.
“Conseguimos um acordo com as entidades pre­
sentes para uma divulgação em cadeia. As novidades
do CIETT 2010 serão informadas às associações que,
por sua vez, retransmitirão à suas respectivas redes
de associadas”, conta Cassio Mattos. Segundo ele, “As
propostas que fixamos para o evento no Brasil foram
muito bem recebidas, principalmente com respeito
aos temas com foco no aperfeiçoamento do trabalho”,
resumiu o consultor, adiantando que, na Argentina, o
Trabalho Temporário já está incorporado à rotina das
empresas.
StockXpert
StockXpert
eventoS
Em lorena, profissionais
Convidado
para participar de encontro en­
destacou os índices de crescimento do Trabalho Tem­
tre pro­fissionais de Recursos Humanos em Lorena (SP),
porário e Terceirização, 3,32% e 2,67%, em relação a
Vander Morales, presidente da Asserttem e presidente
2008, respectivamente, o fato de o Brasil ter mais de 1,5
eleito do Sindeprestem, apresentou a palestra Cenários
mil empresas de Trabalho Temporário registradas no
Possíveis para o Setor de Tra­balho Temporário e Serviços
Ministério do Trabalho e detalhou as ações do Sindicato e
Terceirizáveis – Opor­
tunidades e Tendências, além de
da Associação para o fortalecimento da atividade no Brasil
discutir temas como especialização da mão de obra e a
e para trazer a São Paulo a realização do CIETT em 2010.
tramitação do Projeto de Lei 4.302/98.
Ao final do encontro, diretores de sindicatos laborais
O evento, promovido mensalmente pelo Grupo
buscaram um debate para esclarecer suas dúvidas sobre a
Interativo de RH de Lorena (GIRHL), ocorreu em 23 de
Terceirização e o Trabalho Temporário. Vander elucidou
outubro, na Associação Comercial e Industrial da cidade
aspectos que ainda suscitam interpretações equivocadas.
(ACIAL), com a presença de mais de 50 pessoas, entre
Além disso, demonstrou que as atividades são hoje
profissionais de RH, universitários da USP e diretores
consideradas como avanços nas relações de trabalho
de sindicatos laborais da região, que discutiram temas
no Brasil e no mundo, uma vez que oferecem empregos
relacionados ao setor.
formais e ampliam as oportunidades de combater o
Ao abordar dados das atividades no País, Morales
desemprego no País.
PRESSTEM
de rh debatem setor
43
Divulgação
eventoS
PRESSTEM
Pela primeira vez, São pa
que reúne as principais en
44
No encontro em Genebra, a preparação de
documento oficial da OIT para incentivar a
ampliação do mercado mundial de trabalho
Sindeprestem participa
de encontro da oit
Sindicato lamenta a ausência das autoridades
brasileiras na reunião da entidade, que busca
unir o maior número de países para fomentar
a criação de empregos
aulo é sede do Congresso
ntidades do setor
O Sindeprestem parti­cipou do encon­
de promover a integridade do trabalho, ajudaria a
tro da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
regulamentar a Terceirização no Brasil, seguindo
em Genebra, Suíça, nos dias 20 e 21 de outubro, para
normas já adotadas por outros países e de acordo
discussão da Convenção 181, que trata das agências
com os padrões mundiais”, argumentou Wiegerinck.
de emprego privadas. O objetivo da reunião foi
Na avaliação de Fernando Calvet, diante de um
obter a adesão de mais países à Convenção, que visa
cenário de crise econômica, esta foi uma oportunidade
fomentar o emprego por meio da recomendação aos
única de reunir empresários, governos e trabalhadores
governos para regulamentação dessas empresas.
de diferentes nacionalidades para encontrar soluções
para os entraves à criação de empregos.
O governo brasileiro não enviou representante e,
da Confederação Internacional de Agências de Emprego
por isso, perdeu a chance de manifestar o seu ponto
Privadas (CIETT), que convocou suas filiadas.
de vista. “Foi lamentável constatar a ausência das
A Convenção 181 conta hoje com a adesão de 21
nossas autoridades, uma vez que o País carece de
países, entre eles Índia, Uruguai e Colômbia. Trata-se
investimentos e de leis que incentivem a criação de
de um conjunto de regras aprovado em 1997 pela OIT,
postos de trabalho”, enfatizou Calvet.
entidade constituída por governos, empregadores e
trabalhadores do mundo todo.
Oportunidade perdida
Ao final do encontro, foi firmado um acordo
entre os países presentes que aderiram à Convenção,
compilando os pontos de consenso. Em breve, estas
informações serão sintetizadas em um documento
Como o Brasil ainda não aderiu à Convenção,
oficial da OIT, que exerce forte influência nas normas
o Sindeprestem colheu subsídios que poderão ser
e regras que incentivam a ampliação do mercado de
úteis na decisão. “Esta seria uma ação que, além
trabalho mundial.
PRESSTEM
Estiveram presentes o presidente do Sindeprestem,
Jan Wiegerinck, e o vice, Fernando Calvet, por convite
45
StockXpert
eventoS
Colômbia: governo incentiva Trabalho Temporário para
ampliar mão de obra formal e abrir oportunidades
para jovens no mercado de trabalho
PRESSTEM
Colômbia,
46
uma nação com
empresários
conscientes
O 10º Congresso
de Serviços Tem­
porários, realizado na cidade de Cali, Colômbia, em 24
e 25 de setembro, mostrou o amadurecimento do setor
e do governo na Colômbia. O evento foi promovido
pela Associação Colombiana de Empresas de Emprego
Temporário (Acoset).
Convidado a falar sobre as perspectivas e o cenário
atual dos serviços temporários e terceirizados no
Brasil, Vander Morales, diretor de Comunicação do
Sindeprestem e presidente da Asserttem, apresentou
números da Pesquisa Setorial 2009 e detalhou as ações
e o empenho do Sindicato para reverter os problemas
enfrentados pelas atividades no País.
Representantes do Sindeprestem e da Asserttem relataram a realidade do setor no Brasil no Congresso,
que contou com participantes de vários países, entre eles o presidente da ACOSET, Miguel Pérez Garcia (ao
centro), e do jornalista e mestre em Markenting e Comunicação, Luis Fernando Martín Pinzón (à esquerda)
Comprometimento
empresarial
De acordo com as impressões de Vander Morales,
a Colômbia revelou-se um modelo de conscientização
empresarial em relação ao Trabalho Temporário e
à Terceirização. “O governo valoriza e incentiva a
atividade como empregadora de mão de obra formal e
criadora de oportunidades para os jovens no mercado
de trabalho”, relata.
No entanto, segundo ele, houve uma época em
que as empresas de emprego temporário eram vistas
A situação, porém, foi revertida com um trabalho
semelhante ao que é realizado no Brasil.
Ações
como
intensificação
da
comunicação,
mobiliza­ç ão dos empresários e realização de pesquisas
Vander: Na
Colômbia,
Terceirização
está madura
PRESSTEM
como precarizadoras de mão de obra naquele país.
47
foram algumas das ferramentas utilizadas. “Acredito
que podemos chegar ao resultado que eles alcançaram.
Talvez num espaço de tempo maior, mas sem dúvida
é possível”, enfatiza.
Quanto à Terceirização, a Colômbia também pode
existe discussão entre o que é atividade meio e fim
ser considerada como exemplo, pois a prestação de
numa empresa. Quem tem especialização vende para
serviços especializados já está consolidada. “Não
quem quer comprar”, conclui Morales.
eventoS
Conferência do iqpc destaca
StockXpert
gestão de relações trabalhistas
PRESSTEM
Entre os dias
48
17 e 19 de novembro, o IQPC
América Latina, líder mundial em organização de eventos
para altos executivos, realizou a 1ª edição da Conferência
Relações Trabalhistas e Sindicais, em São Paulo. Além
de propiciar amplo debate entre empresários de diversos
setores sobre o atual cenário econômico e seus reflexos
nas relações de trabalho, o encontro pôde oferecer aos
participantes a oportunidade de ampliar seu networking e
gerar novos negócios.
A Conferência contou com painéis focados em discutir
Resultados e Estratégias em Gestão das Relações do
Trabalho; Gestão de RH e Relacionamento com Sindicatos
em Momentos de Crise; Interfaces do Programa Compliance
com Relações Trabalhistas e Sindicais; Práticas no
Processo de Negociação Trabalhista e Sindical; Estratégias
que Interferem no Nível de Comprometimento dos
Empregados; Como Explorar Programas de Remuneração
para Aumentar o Comprometimento; Cultura e o Clima
Organizacional como Estratégia de Relacionamento com
Funcionários; e Atendimento à Fiscalização Trabalhista e
à Terceirização.
Além disso, workshops específicos trataram de temas
como Dissídio Coletivo, Terceirização e seus Desafios,
sobretudo em projetos de lei em discussão no legislativo,
e Negociação Sindical para adequação das empresas em
momentos de crise. Os participantes puderam acompanhar
casos práticos e debates com especialistas da iniciativa
privada, instituições representativas de classe e órgãos
governamentais.
Vander Morales, presidente da Asserttem e presidente
eleito do Sindeprestem, fez uma apresentação sobre os
impactos da crise global no mercado de trabalho e a
terceirização como caminho de retomada do crescimento.
Nela, mostrou como a crise econômica mundial gerou uma
redução significativa no número de postos de trabalho
no Brasil e porque terceirizar serviços e processos pode,
e deve, ser o caminho para o aumento dos índices de
competitividade, preparando as empresas para a retomada
da economia.
Morales fez também ampla explanação sobre as políticas
e mudanças na legislação brasileira quanto à contratação de
serviços terceirizados; as responsabilidades do tomador de
serviço e os cuidados na escolha do parceiro adequado; a
relação entre menor preço e melhor preço; e as alternativas
e perspectivas para o futuro da Terceirização no Brasil.
“Participar de eventos do IQPC é um privilégio para
o Sindeprestem, pois reúnem profissionais de grandes
corporações e o alto nível dos participantes é uma ótima
oportunidade para discutir a Terceirização como estratégia
de gestão”, resume Vander.
49
PRESSTEM
Ilustração: Bno Moreira
Humor Corporativo
CASE DE GESTÃO
PRESSTEM
Todo dia, cedinho, lá estava a formiga
50
no escritório. Dando duro, mas feliz. O marimbondo,
gerente-geral da empresa, considerava a formiga bastante
produtiva. Mas encasquetava: se ela era tão produtiva sem
supervisão, imagina bem supervisionada. E colocou uma
barata, experiente supervisora, que passou a preparar
relatórios impecáveis.
Logo no primeiro, fixou rígidos horários de entrada e
saída da formiga. E para controlar o ponto, a barata conseguiu
uma secretária, argumentando que também precisava de
reforço para elaborar os relatórios, os quais, naturalmente,
teriam de ir para um arquivo, cuja organização ficou a
cargo de uma aranha que, além disso, tinha a função de
monitorar as ligações telefônicas na área da formiga.
Impressionado com a pró-atividade da barata, o
marimbondo solicitou, em memorando, que os relatórios
também incluíssem gráficos com indicadores e análise
de tendências, o que facilitaria suas apresentações nas
reuniões da diretoria. A barata, então, contratou uma mosca.
E comprou um computador com impressora colorida.
Antes bem-humorada e eficiente, a formiga ficou
intrigada: por que tanto desperdício de papel e reunião
toda hora, interrompendo o trabalho? – perguntava para si
mesma, cada vez mais macambúzia.
Sagaz, o marimbondo percebeu o desconforto e
concluiu: o problema era que, na área da formiga, não
havia a função de gestor. Um headhunter foi contatado
e, depois de entrevistar vários candidatos, conseguiu
convencer a cigarra a deixar o concorrente e assumir
a posição na empresa. Na negociação final, bateu-se
o martelo: a cigarra teria secretária, ampla sala, com
carpete, poltrona especial, notebook mais potente – tudo
novo. O dinamismo da cigarra ficou evidente desde o
primeiro dia. Convenceu todos que a empresa precisava
de um plano estratégico de melhorias e um controle do
orçamento para a área onde trabalhava a formiga.
Tempos depois, tentou persuadir o marimbondo: era
necessário fazer um estudo de clima. Mas, preocupado
com os custos, o marimbondo revisou os números e
constatou: a produtividade na unidade da formiga vinha
caindo a cada gráfico. E tomou uma decisão: contratar
a coruja, uma conceituada consultora, consagrada
em coaching de business, além de palestrante requi­
sitadíssima – e cara.
Apesar da agenda tomada, em deferência especial
a coruja topou. Depois de cinco meses entregou um
calhamaço de quatro volumes, fora os anexos, cuja
conclusão pode ser resumida na frase: "Tem gente demais
nesta empresa.”
Diante do abalizado veredicto, o marimbondo mandou
demitir a formiga. Afinal, a empresa não podia manter
alguém tão desmotivada, improdutiva e mal-humorada.
Download

edição presstem 35