UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
JULIANA VIEIRA MARQUES
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRI I
JUSSARA-GO
2014
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JULIANA VIEIRA MARQUES
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO I
Trabalho elaborado para fins de avaliação parcial da
disciplina de Estágio Supervisionado I do 3° ano do
curso de licenciatura em História, da Universidade
Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara,
Sob. Orientação da professora: ME. Roberta do
Carmo Ribeiro.
JUSSARA-GO
2014
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SUMÁRIO:
INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 1 - DIAGNÓSTICO ESCOLAR:
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CAPÍTULO 2 - DOCÊNCIA PARTICIPATIVA:
17
2.1 - Docência participativa – auxílio ao professor titular:
18
2.2 - Docência participativa – micro aulas:
24
CAPÍTULO 3 - PROJETOS E/OU OFICINAS:
27
CAPÍTULO 4 - REGÊNCIA:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS:
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
45
ANEXOS:
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INTRODUÇÃO
No terceiro ano do Curso de licenciatura plena em História da Universidade
Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Jussara, é a fase em que nós acadêmicos
começamos a colocar em prática tudo o que aprendemos teoricamente nos outros anos.
Essa etapa da graduação iniciou pela Disciplina de Estágio Supervisionado Obrigatório I,
que é aquele momento em que os futuros professores ingressam no mundo escolar, como
aprendizes. È claro que o professor também aprende e se forma diante de seu trabalho, na
sala de aula como profissional titular, mais é neste momento na academia que iremos
conseguir alguma experiência, no futuro âmbito de trabalho.
Além do caráter educativo da disciplina de estágio supervisionado obrigatório I,
não podemos esquecer que em certa medida esta disciplina também funciona como uma
certa seletividade de bons professores para o mundo escolar, posto que o “ser professor” é
representar um grande papel na sociedade, dessa forma não podemos deixar que se formem
profissionais desqualificados para este mercado de trabalho.
A principal proposta do estágio supervisionado obrigatório I é a formação do
acadêmico estagiário sempre vinculado à formação plena do homem, sempre voltada para
a capacitação teórica, metodológica e prática do aluno. Assim a finalidade dessa disciplina
é vincular os formandos nos futuros ambientes profissionais, que neste caso é o mundo
escolar. Possibilitando assim a formação de um profissional habilitado para as experiências
e imprevistos profissionais que surgiram em seu momento de trabalho.
O Estágio compreende algumas etapas que são imprescindíveis para uma boa
formação. A Primeira etapa diz respeito a o Diagnóstico Escolar, que corresponde aquele
momento de conhecimento por parte do acadêmico, dos documentos que regem a escola
que são (PPP) Projeto Político Pedagógico da Escola, (PDE) Plano de Desenvolvimento da
Escola e Regimento Interno. Neste momento os acadêmicos analisam também textos que
falam sobre esses regimentos da escola, sobre o que eles articulam e sobre os impactos
deles na escola. Dessa forma se conhece o aparelho burocrático da escola campo, à qual se
trabalhará.
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A segunda etapa do trabalho é a Docência Participativa, onde nós acadêmicos
ingressamos na escola para conseguirmos vivenciar as experiências dos professores, suas
metodologias, suas formas de lidar com os alunos e com as questões escolares. Essa etapa
da Docência participativa é dividida em dois momentos esse da experiência na sala de aula
e o da realização de uma micro aula que se realiza na acadêmica com todos os alunos da
turma do estágio e com o professor titular da disciplina.
A terceira etapa do estágio é composta pela parte de elaboração e realização dos
Projetos Didáticos e/ou Oficinas, na qual os acadêmicos reunidos entre si tem o dever de
organizarem uma oficina, e aplica-la na escola campo, simbolizando assim o primeiro
contado do acadêmico com a postura do professor na sala de aula.
A quarta fase do estágio é a Regência em que os acadêmicos tem que dar duas aulas
na escola campo, nesta fase ele deve também elaborar todo o material de um professor
titular, plano de aula, atividades, recursos áudio visuais, e tudo que um professor precisa
para dar uma boa aula.
Dessa forma todas essas fases do estágio são para dar um bom suporte aos
profissionais que entraram no mercado de trabalho, como professores e que serão
formadores de novas mentalidades. E o trabalho que se segue é o resultado de todas as
realizações desta disciplina durante o ano, à qual nós relatamos todas as experiências para
melhor compreender o sentido de todas as atividades.
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CAPÍTULO 1 - DIAGNÓSTICO ESCOLAR
Os cursos de licenciatura oferecidos pela Universidade Estadual de Goiás, unidade
Universitária de Jussara oferece em sua grade curricular disciplinas que contemplam a
aprendizagem do aluno com embasamentos teóricos e práticos. Com isso ao ingressar no
terceiro ano do curso de licenciatura em História começamos a nossa experiência prática
pela disciplina de Estágio Supervisionado I, que pretende oferecer um reconhecimento do
acadêmico no seu futuro âmbito de trabalho. A disciplina compreende várias fases de
organização e contato com o ambiente escolar em que futuros professores pretendem
ingressar. Iniciamos o reconhecimento e trabalho da escola- campo em que será feito a
análise dos documentos que regem a instituição como um todo, e a visita e reconhecimento
do aspecto físico do Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos.
O Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos oferta o Ensino Fundamental
de 6º ao 9º ano nos turnos matutino, vespertino e noturno e Educação de Jovens e Adultos
(EJA) 3ª Etapa que corresponde ao Ensino Médio, possui 07 salas de aulas, cantina,
depósito, sala pedagógica, banheiro feminino e masculino, biblioteca, sala de professores,
coordenação, secretaria e diretoria. Localiza-se na Praça Goiás – Bairro Goiás na cidade de
Jussara. Foi a escola-campo selecionada para a realização do estágio do terceiro ano do
curso de licenciatura em História na turma da professora Me. Roberta do Carmo Ribeiro.
Na disciplina de estágio supervisionado as análises propostas serão realizadas pelos
documentos como o, Regimento Interno da Escola, Plano de Desenvolvimento da Escola
(PDE), Projeto Político Pedagógico (PPP) na qual faço uma análise entre as organizações
teóricas da escola e a proposta do PDE para cada instituição relacionando-as com as
experiências alcançadas nas visitas escolares iniciadas no dia 17 de março de 2014.
O Colégio possui seu quadro de 46 funcionários assim distribuídos: 01
diretor, 01 vice-diretor, 01 secretário, 03 coordenadores pedagógicos, 01
professor de recursos, 02 auxiliar de secretaria, 08 executores de serviços
gerais, 02 vigia, 01 gerente de merenda escolar, 02 bibliotecário, 24
professores, sendo 21 efetivos e 03 em contrato temporário. O grupo
gestor, coordenadores e professores, são todos pós-graduados e o gestor,
concluinte do curso de mestrado na área da educação. O corpo docente da
nossa escola é composto de professores graduados e pós-graduados nas
seguintes áreas: 06 professoras formadas em Letras e Pós-graduadas em
Português e Literatura Brasileira, 02 professores formados em História,
01 professora formadas em Geografia, 06 professores formados em
Matemática, 01 professora formada em Arte, 08 professores licenciados
em Pedagogia. Essa qualificação universitária tem contribuído
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significantemente para uma formação crítica, participativa e democrática
do educando no processo ensino aprendizagem (PPP, 2014, p. 6 )
O currículo de educação oferecido pela instituição compreende a formação para o
ensino fundamental de nove anos, que tem sido segundo as Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais da Educação Básica de 2010, o foco nos últimos anos para se pensar em
uma expectativa melhor de aprendizagem, formação, organização escolar. Tem o intuito de
melhorar a capacitação de professores e profissionais da escola. Posto que este período de
ensino aprendizagem é muito importante para a continua formação do aluno podendo ser
considerado, o alicerce de toda sua vida acadêmica. Segundo o regimento do Colégio
Jandira o ensino fundamental fica instituído desta forma:
O Ensino fundamental, com duração mínima de nove anos, conforme a
Resolução CEE 258/05 obrigatório e gratuito na Escola pública terá por
objetivo a formação básica do cidadão, mediante: I- O desenvolvimento
da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da
leitura, da escrita e do cálculo; II- A compreensão do ambiente natural e
social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que
se fundamenta a sociedade; III- O desenvolvimento da capacidade de
aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades
e a formação de atitudes e valores; IV- O fortalecimento dos vínculos de
família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em
que se assenta a vida social (REGIMENTO, 2011, P. 5).
Inserir esta modalidade de ensino pode realmente ser considerado como um grande
ganho na educação com qualidade social que por muito tempo o ensino fundamental foi a
única forma de escolarização na qual a maioria da população teve acesso, que só foi
instituída a educação obrigatória nestes parâmetros em 1934 com a duração de quatro anos,
e prolongada a nove anos no período do golpe militar de 1964.(Cf. Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Básica. p. 108).
Outro programa educacional oferecido pela instituição, e o (EJA) Educação de
Jovens e Adultos que corresponde ao ensino médio e que se refere a uma oportunidade de
estudos para aqueles que não conseguiram estudar na idade certa e/ou estipulada para a
grade curricular, compreendendo a idade mínima de 15 anos para se ingressar no
programa, que ficará a critério de Projeto Político-Pedagógico e do Regimento Interno de
cada escola estipular a duração e as etapas para cada programa. No caso da instituição
Jandira Ponciano dos Passos fica estabelecido em seu Regimento que está divido em três
etapas:
A primeira etapa será desenvolvida em 4 semestres, com conteúdo
correspondente do 1º ao 5º ano do ensino fundamental de 9 anos. § 2º A
segunda etapa, com conteúdo correspondente àquele ministrado do 6º ao
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9º ano do ensino fundamental de 9 anos e será ministrada em 6 semestres.
§ 3º A terceira etapa corresponde ao ensino médio, compreendendo a
matriz curricular e todo o conteúdo determinado para este nível, e será
desenvolvido em 4 semestres(REGIMENTO, 2011, p. 27).
Dessa forma a disciplina de estágio curricular supervisionado obrigatório propõe
estabelecer o contato entre as relações subjetivas no convívio com a escola e com a
organização burocrática de qual a sociedade depende para colocar em pleno funcionamento
uma instituição de ensino de baixo ou alto nível. Viabiliza para o acadêmico suporte
teórico, metodológico, e prático, quando em suas expectativas insere visitas de
reconhecimento do âmbito escolar, que futuramente será o campo profissional. Segundo
Marília Fonseca (2004) no plano burocrático existem novas perspectivas de organização
escolar que remetem à uma nova modalidade de gerência e cunho educativo.
O Fundescola é um programa que estabelece rendas para as escolas nas regiões
mais pobres como Norte-Nordeste e Centro-Oeste, tem como principal projeto de
gerenciamento das escolas o PDE que “(...) Visa a modernização da gestão e
fortalecimento do planejamento escolar, pela adoção de um modelo de ‘planejamento
estático’ que se apoia na racionalização e na eficiência administrativa (FONSECA, 2004,
p. 136)”. O comprometimento com a educação de qualidade se depara com modelos de
organização escolar que, direcionam uma modalidade funcional estática deixando de lado
essas questões subjetivas que estão inseridas no funcionamento social e escolar que
também é uma preocupação da instituição analisada neste diagnostico e diz que:
O Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, conta com uma equipe
institucional, capacitada e compromissada com o fazer pedagógico e
social da comunidade educacional, somos uma equipe que soma esforços
numa perspectiva de multiplicar os resultados positivos (PPP, 2014, p.
13).
A perspectiva inovadora do PDE abre grandes questionamentos, referente ao que se
estabelece para este programa como uma educação de qualidade e conjuntamente às
melhorias trazidas para a escola com todos os seus recursos e organizações. Essas relações
subjetivas à qual se deparam todos ao lidar no âmbito escolar são essenciais quando
pensamos na organização de expectativas a serem alcançadas em nossas escolas. Leandro
Karnal afirma em seu livro Conversas com um Jovem Professor que “Existem fichas de
avaliação, padrões, tabelas e até notas para se dar ao professor. A mais importante sempre
esteve bem diante de mim: o olhar dos alunos. Eles dizem, com absoluta naturalidade,
sobre o andamento de tudo (KARNAL, 2012, p. 22)”.
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Segundo Fonseca em O trabalho do professor na sala de aula: relações entre
sujeitos, saberes e práticas. Mostra que as experiências na sala de aula faz com que o
professor aprenda e se forma gradualmente de uma forma permanente e complexa. Assim o
Plano de Desenvolvimento da Escola pretende uma organização estática, que por sua vez,
pode falhar no quesito subjetivo da vivência escolar, é claro que cada uma tem o direito de
adaptá-lo aos critérios de importância na aprendizagem que condiz a cada realidade e é isso
que se pretende neste momento estabelecer diálogos entre o PDE imposto pela Fundescola
e o PDE reorganizado pela escola-campo.
No primeiro contato com a Escola Jandira Ponciano dos Passos posso descrevê-la
em uma única palavra como readaptada. Vários desencadeamentos sociais fizeram graves
mudanças na estrutura pedagógica da mesma. “A constituição de 1988, em seu capítulo
dedicado à educação, estabelece a igualdade de condições de acesso à escola e a garantia
de padrão de qualidade como princípios orientadores da gestão democrática dos sistemas
de ensino público (FONSECA, 2004, p. 138)”. No entanto com o fechamento de outras
escolas que se encontravam inadimplentes em relação a estrutura exigida para o seu
funcionamento , e problemas relacionados aos transportes escolares, a mesma teve que
abarcar toda a massa de estudantes que ingressavam nessas outras instituições de ensino.
Dessa forma os improvisos ocorreram, laboratórios foram transformados em sala de aula,
as salas foram lotadas de alunos em todos os turnos de funcionamento.
Os questionamentos se estabelecem novamente. Qual será o padrão de
aprendizagem dessas crianças e adolescentes nas salas lotadas? Já que a lei propõe garantia
de padrão de qualidade a todos. Qual será a transformação ocorrida no PDE desta escola
devido a tantos imprevistos?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96)
regulamenta a gestão democrática da escola. Estabelecendo orientações
para a integração entre a escola e a comunidade, para a organização do
espaço físico, do trabalho pedagógico e a participação dos atores
escolares na gestão escolar (FONSECA, 2004, p. 138, grifo meu).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) regulamenta a organização do
espaço físico que delibere uma melhor execução do trabalho pedagógico e
indiscutivelmente a melhora na qualidade de ensino. Consecutivamente o programa
político pedagógico da escola campo reflete essa mesma realidade e discute questões de
melhoramento da forma de aprendizagem dos alunos como fica claro abaixo:
Diante dessas mudanças o Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos
é provocado a repensar o seu papel, e buscar um ensino de qualidade que
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objetive transformar e resgatar a essência do verdadeiro sentido do saber
e a questionar o seu valor e o seu papel na sociedade, agindo como
protagonista da aprendizagem (PPP, 2014, p. 4).
A Escola conta com muitos instrumentos que a fazem representar uma modalidade
grande de oportunidades. Na visita pude notar a grande quantidade de alunos, e também os
cursos profissionalizantes oferecidos aos estudantes do ensino médio, como técnico em
vendas e agronegócios, que por ela se localizar em um local de menor favorecimento
econômico é um quesito muito especial sendo a única na cidade de Jussara a oferecer essas
especialidades, no entanto se encontra em seu PDE que a ênfase é “Melhorar o
desempenho acadêmico dos alunos e alcançar as metas propostas pela Seduc (PDE, 2013,
p. 17)”.
Essa ideia de qualidade imposta as escolas como foi descrito acima denota um
progresso que às vezes pode não significar verdadeiramente um avanço na aprendizagem.
Fonseca (2004) diz que no mesmo momento que o PDE favorece com a implantação de
recursos e organizações de serviços burocráticos, ele também desfavorece o
desenvolvimento ensino aprendizagem quando tira autonomia da escola para organização
de práticas que propõe melhorias de cunho pedagógico, que é um eixo fundamental para se
estabelecer uma educação de melhor capacidade para os alunos. O PDE da escola indica
que as suas metas são:
Melhorar a fluência leitora, a produção textual e a expressão oral dos
alunos, prepará-los para as avaliações externas e mostrar a importância da
leitura para as pessoas, Ampliar o universo de conhecimento literatura e
consequentemente a expressão por meio da escrita de textos. Ampliar os
conhecimentos lógico-Matemáticos dos alunos para que possam
participar de forma efetiva do concurso Olimpíada de Matemática e das
atividades cotidianas dos alunos e das avaliações internas e externas
(PDE, 2013, 18).
O ambiente da escola-campo se mostra muito produtivo no ano letivo de 2014 no
qual iniciei a minha pesquisa referente ao estágio supervisionado obrigatório I, notei que os
avanços tecnológicos trazidos para a escola são muito importantes para pensarmos em um
ambiente de aprendizagem, foram implantados aparelhos de refrigeração em todas as salas,
levando em conta que o corpo burocrático recebeu em segundo lugar o que denota a ênfase
para os estudantes que é um grande incentivo da escola para os alunos. A estrutura dos
banheiros
demonstra
uma
ótima
qualidade
de
funcionamento,
organização
e
conservadorismo. Um bebedouro foi instalado este ano, mostrando assim que os recursos
na escola não estão congelados e sim em constante movimento para a melhoria desse
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ambiente como mostra o Projeto político pedagógico no quesito de recursos financeiros
recebidos pela escola:
Anualmente por meio do Conselho Escolar, recebemos recursos do
Governo estadual e federal destinados à manutenção e desenvolvimento
de atividades pedagógicas da escola. Do Governo Estadual somos
assistidos pelo PROESCOLA, o qual repassa dois recursos anuais, tendo
como base para cálculo os alunos matriculados e constantes no Sige no
ano em curso. Do Governo Federal recebemos do Programa Dinheiro
Direto na Escola (PDDE), uma parcela anual baseado no número de
alunos do Censo do ano anterior. Também recebemos recursos para
atendimento da Merenda Escolar numa parceria dos governos estadual e
federal PNAE e TE. No atendimento à merenda escolar contamos
também com uma parceria com a Prefeitura Municipal por meio do PA,
que nos envia alimentos adquiridos por meio do Programa Agricultura
Familiar (PPP, 2014, p. 7).
No entanto um aspecto que precisa ser também levado em conta é a presença e
relação estabelecida pelos pais e professores na escola que por sua vez representa a
organização do ambiente escolar e mobilização do aprendizado do aluno, que envolve
variações como o papel da escola na sociedade e que tenha como foco a noção de famílias
e escolas em uma plena união que haja o entrelaçamento, de eventos, comemorações,
debates culturais e sociais e que inicie uma proposta que possa interagir a comunidade
como um todo para o melhoramento nas expectativas de aprendizagem. A esse respeito o
PDE informa que:
Ainda é pouca a participação dos pais nas atividades pedagógicas, porém,
já melhoramos em muito a participação nos eventos. Citamos as reuniões
na Escola, para a entrega de resultados dos alunos, o “Dia das Mães”, o
“Dia dos Pais”. No ultimo bimestre de 2012, o gestor realizou uma
palestra com os pais para tratar de assuntos relacionados à
responsabilidade de cada um e responsabilização pelos seus filhos, cujo
evento lotou o salão da igreja ao lado da escola, que foi cedido para a
realização dessa reunião. Isso são exemplos da melhoria da participação
dos pais na escola cuja presença tem aumentado a cada ano (PDE, 2013,
p19).
Nos fundamentos metodológicos do PDE desenvolvidos por Oliveira está em
primeiro ponto a organização estabelecida por uma noção de objetivos aos quais devem ser
lançados e alcançados para melhorar a qualidade educacional da qual foram observados a
ineficiência do programa existente anterior ao PDE. Essas observações foram feitas em
relação a problemas enfrentados pela escola como o alto índice de repetência, de evasão e
do baixo nível de escolaridade. No Projeto Político Pedagógico, as metas estabelecidas
mostram que na teoria a escola não enfrenta grandes problemas, pois descreve que:
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Apesar de não ter sido elevado, o índice de reprovação será sempre um
referencial para a melhoria do nosso trabalho e é meta da unidade escolar
zerar a reprovação em disciplinas críticas e amenizar a evasão escolar,
haja visto, que esse requisito depende também da colaboração da família
(PPP, 2014, p. 11).
A ideia central do PDE é melhorar o funcionamento da escola por meio de uma
distribuição melhor de renda, de uma organização funcional da educação que prevê uma
mudança radical das normas e técnicas elaboradas para uma administração forte e que
consiga realizar os objetivos estabelecidos. No tocante as expectativas pedagógicas fica
referente ao PDE para segundo plano, e que é considerado simplesmente como um fator
que também faz parte do andamento escolar como mostra Oliveira.
Assim o fundescola, para ser eficaz, define suas ações como produtos
que, se empregados corretamente, irão satisfazer as necessidades dos pais
e alunos –clientes da escola - no que tange a qualidade de ensino. Para ser
eficiente, racionaliza a gestão e a aplicação dos recursos como ação de
controle dos meios, para buscar a excelência nos resultados (OLIVEIRA,
2006, p. 62).
Os fundamentos estabelecidos pelo regimento interno da escola de certa forma
batem com os direcionamentos no PDE organizado pela mesma, que compensa as ideias
preponderantes como o direito de ensinar, divulgar outra cultura como a do aluno surdo
que por sua vez tem acesso garantido na escola e tem com toda certeza o professor de
apoio. A instituição também foi a primeira a organizar o passeio ecológico na cidade de
Jussara que será realizado no dia 27 de abril de 2014 e garante em seu regimento que:
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I- Igualdade
de condições para o acesso e permanência na escola; II- Liberdade de
aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber; III- Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IVRespeito à liberdade e apreço à tolerância; V- Coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino; VI- Gratuidade do ensino
público em estabelecimentos oficiais; VII- Valorização do profissional da
educação escolar; VIII- Gestão democrática do ensino público, na forma
desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX- Garantia de padrão
de qualidade; X- Valorização da experiência extra -escolar; XIVinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais
(REGIMENTO, 2014, p. 4).
As respostas apresentadas no diagnóstico escolar mostram que a escola campo
recebe alunos dos bairros próximos a ela, e também alunos da zona rural, que no ano de
2014 ela recebeu cerca de cento e vinte alunos a mais que os outros anos, que foram
distribuídos nos turnos matutino e vespertino. A escola Jandira de cor azul claro conta com
três pavilhões e cada pavilhão com três salas organizadas para ministrar aulas. Se posiciona
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perante a sociedade como uma escola inclusiva a partir do inicio de seu funcionamento no
dia 29 de dezembro de 1997. Bom como um todo a instituição apresenta bom aspecto de
funcionamento assim como estabelece o Regimento Escolar:
Deve ser assegurada ampla participação dos profissionais da escola, da
família, dos alunos e da comunidade local na definição das orientações
imprimida aos processos educativos e nas ações de modo a assegurar a
distribuição social do conhecimento e contribuir para a construção de
uma sociedade democrática e igualitária (CALLEGARI, 2010, p. 117).
A relevância dos conteúdos a serem ministrados nas salas de aula é uma
preocupação pedagógica que deve ser lembrada neste relatório para estabelecer como a
escola lida com essa questão. Para esta explicação procurei trazer elementos que formam o
PPP da instituição para indicar o ponto abordado por ela e relacionar à visão dos autores
sobre este quesito. Assim o Projeto Político Pedagógico diz que:
Esse Projeto quer responder as exigências do momento histórico e
pretende nortear as ações dessa escola rumo à coletividade, ao ensino de
qualidade e aprendizagem efetiva e uma prática pedagógica que estimule
o questionamento, a visão crítica, a criatividade e o respeito (PPP, 2014,
p. 4).
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica há uma
necessidade de organização neste ramo da escola para se pensar em uma educação coesa e
coerente que deixe de lado o aspecto fragmentário que enfrenta a escola diante de livros
didáticos mal estabelecidos e mal organizados, que em certos casos representam erros para
a aprendizagem dos alunos. As questões das fronteiras disciplinares apresentam um grande
problema em que teóricos questionam sobre a extinção deste tipo de aprendizado no
âmbito escolar, que na realidade uma matéria deve ajudar a outra sempre como uma
discussão interdisciplinar que pode ser levado a sala de aula pelo professor de uma forma
adaptada para cada turma.
Os componentes curriculares e as áreas de conhecimento, relacionados a
um projeto educativo de longo prazo, como deve ser a Educação Básica,
concorrem de maneira decisiva para assegurar uma sistematização do
conhecimento imprescindível no ensino fundamental de 9 anos,
garantindo-lhes continuidade e consistência (Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais da Educação Básica , 2010 p. 119).
As consequências de utilização de bons conteúdos em sala de aula ficaram claras
acima. A escola-campo diz que, para essa organização de conteúdos se reúnem os
professores a pesquisarem livros didáticos que contemplem o Currículo Referência de
Rede Estadual, que em minha concepção poderia ser mais amplamente discutida e melhor
14
atribuída a concepções escolares como a disponibilização de material novo para os
professores no decorrer do ano letivo, que incrementasse a grade curricular de forma a
inserir um estudo dialético com a vivência social dos alunos da escola. A resolução de n° 7
de 14 de dezembro de 2010 prevê para as escolas:
(...) O cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade;
enriquecimento das formas de expressão e do exercício da criatividade;
da valorização das diferentes manifestações culturais; especialmente a da
cultura Brasileira; da construção de identidades plurais e solidárias
(Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica, 2010, p.
131).
No quesito da sensibilidade como posto acima as escolas juntamente com o PDE
deixam muito a desejar, partindo do ponto que a experiência do aluno compreende a sua
expectativa referente ao estudo, às escolas estão agindo objetivamente para um caminho
maravilhoso da exatidão do cumprimento de metas de qualidade, e estão deixando de lado
as questões que influenciam a criatividade do aluno, e consequentemente o seu
aprendizado e comportamento em sala da aula como consta no PDE:
Atmosfera geral da escola, liderança, ordem, disciplina, segurança e
compromisso, ambiente propício à aprendizagem. Participação e
cooperação institucional dos pais e comunidade na escola, contribuição
dos pais e de outros parceiros para o sucesso acadêmico dos alunos e para
o melhor desempenho da escola. Excelência da equipe para o
desempenho das funções com profissionais habilitados e capacitados.
Clara compreensão da missão da escola, objetivos claros e amplamente
difundidos, planejamento estratégico, método gerencial definido,
gerenciamento da rotina, trabalho em equipe (PDE, 2013, p. 30).
A organização burocrática da unidade de ensino como dito acima denota uma
objetividade que se bem estabelecida pela equipe que compõe o corpo administrativo, pode
sim com toda certeza ser muito produtivo no processo de ensino aprendizagem. A
implantação do PDE nas escolas mostra isso com toda clareza quando dizia Fonseca “Na
maioria das escolas estudadas, o PDE valoriza, principalmente, aspectos burocráticos do
planejamento da escola, como o preenchimento de formulários, fichas de prestação de
contas e de avaliação da escola (2004, p.142)”
No entanto, a escola-campo também demonstra a falta de incentivo em projetos que
estabeleçam a socialização necessária para os alunos no mundo acadêmico. As atividades
extraclasses são uma fase do processo de ensino aprendizagem muito importante e que por
falta de transporte para os alunos são impedidas de acontecer, e posteriormente remetem a
um problema enfrentado pela escola, que é o desinteresse dos acadêmicos. Este problema
como já foi indicado vem da falta de exercício da criatividade e de formas de expressão. Se
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os alunos de uma escola se sentem desvalorizados em relação aos incentivos de visitação
do meio ambiente, competições, gincanas notadamente chegarão à conclusão de que seus
estudos não podem os auxiliar no seu dia a dia, sendo somente uma exigência do mercado
capitalista.
A disciplina de didática influencia os professores a entender melhor o seu campo de
trabalho, e claro, poderia nortear a ideia dos coordenadores de escolas que se esquecem da
importância dessas questões, como reflete Santos no texto Convergências e Tensões no
campo da Formação e do trabalho Docente.
A prática como objeto de investigação teoricamente fundamentadas
certamente nos ajuda a compreender problemas e impasses e identificar
alternativas de inovação ou permanências que se mostrem relevantes,
realizadas por seus atores e que precisam ser divulgadas e promovidas em
dialogo profícuo não somente entre pesquisadores dos dois campos mas
também com os professores e gestores educacionais envolvidos na prática
educativa (SANTOS, 2010 p. 482)
Dessa maneira Santos propõe uma busca por valores que se mesclam com as
necessidades dos alunos da escola, que reconheça a especificidade científica do
conhecimento produzido no âmbito cultural escolar. O diagnóstico respondido mostra que
a contínua especialização dos professores e técnicos da escola é realizada periodicamente
por oferecimento da subsecretaria de educação que por sua vez oferece a formação aos
docentes duas vezes ao ano, aos coordenadores pedagógicos é oferecida formação mensal
para o estabelecimento de assuntos pedagógicos, que mediante reunião escolar é
transmitido para os outros funcionários da escola visando os seguintes objetivos.
A escola desenvolverá um trabalho didático pedagógico de qualidade,
visando construir conhecimentos científicos e não científicos a partir de
sua prática docente, contemplando o desenvolvimento intelectual, a
formação humana, respeitando e valorizando a diversidade e a cultura. A
instituição proporcionará ao discente vivenciar momentos de estudo,
reflexões, trocas de experiências com o intuito de prepará-lo para o
campo de estudo/trabalho e o exercício da cidadania com ética,
autonomia e pensamento crítico (PPP, 2014, p. 16)
Os argumentos, critérios, responsabilidades e expectativas desenvolvidas neste
meio são expostos e bem trabalhados pelo PDE, PPP, e Regimento Interno da instituição e
condizem com a realidade da mesma. É muito importante quando nos deparamos, com um
modelo escolar como este, que serve como base para sabermos como a união
administrativa dos funcionários da escola e as funções burocráticas do governo podem
fazer uma boa parceria. Dessa forma no tocante ao ensino de História pude perceber que
em relação às outras modalidades de ensino oferecidos na grade da instituição, ele é menos
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favorecido pela escola, pois esta desempenha o interesse em estimular o raciocínio crítico
dos alunos em primeiro lugar.
O interesse em diminuir a repetência dos alunos em disciplinas que contemplem
uma modalidade crítica como foi exposto no PDE também faz com que o ensino de
história se veja novamente em desvantagem, posto que dessa forma a escola não mostra o
seu interesse em aumentar o conhecimento ou diversificar a forma de aplica-lo e sim
facilitar a sua avaliação para diminuir a reprovação. Outra nova modalidade inserida na
grade curricular da escola campo e o ensino instituído pela lei 10.639 de nove de janeiro de
2003, que institui a obrigatoriedade do ensino de História e cultura Afro-Brasileira que por
muito tempo foi deixado de lado mais que agora entra na grade curricular das instituições
de ensino. Esse novo desafio proposto para a escola campo é muito importante e será
melhor desenvolvido na segunda etapa do relatório, ao ingressarmos mais profundamente
nas vivências dos professores e alunos ao ministrarem as suas aulas de História.
17
CAPÍTULO 2 - DOCÊNCIA PARTICIPATIVA
No Regimento de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório do Curso
Regular em vigor a partir do ano de 2014, está prevista a organização das etapas que
devem ser cumpridas, na disciplina de Estagio obrigatório I. A primeira fase é composta
pela análise dos documentos da Escola como o Projeto Político Pedagógico (PPP), Plano
de Desenvolvimento da Escola (PDE) e Regimento Interno (RI), que por sua vez já foram
efetuados no primeiro capítulo deste trabalho. A segundo etapa do Estágio Supervisionado
Obrigatório I se refere à docência participativa, que no primeiro momento corresponde à
entrada do aluno estagiário na dia-a-dia do professor. O aluno além de conhecer o interior
da Escola produzirá também trabalhos relacionados ao que os professores fazem, como
elaboração do plano de aula, assessorar o professor em suas atividades pedagógicas,
auxiliar na elaboração de aulas e material didático.
Após serem realizadas as participações na sala de aula da escola-Campo, a próxima
etapa da Docência Participativa é a elaboração e participação das micro-aulas que será
realizada na sala de aula com a participação de todos os alunos com acompanhamento da
professora titular-ME. Roberta do Carmo Ribeiro que terá peso decisivo para iniciarmos as
regências que compõe as próximas atividades do 3° bimestre. Assim consta no regimento
de estágio que essa segunda parte do trabalho é responsável pela experiência prática de
contato com a aula, material didático, elaboração do plano de aula, estratégias de ensino,
metodologia que em um parecer do CNE/CP 9/2001 no item 3.2.2.
Sem a mediação da transposição didática, a aprendizagem e a aplicação
de estratégias e procedimentos de ensino tornam-se abstratas, dissociando
teoria e prática. Essa aprendizagem é imprescindível para que, no futuro,
o professor seja capaz tanto de selecionar conteúdos como de eleger as
estratégias mais adequadas para a aprendizagem dos alunos, considerando
sua diversidade e as diferentes faixas etárias. [...] É preciso indicar com
clareza para o aluno qual a relação do que esta aprendendo na licenciatura
e o currículo que ensinará no segundo seguimento do ensino fundamental
e ensino médio. Neste segundo caso, é preciso identificar, entre outros
aspectos, obstáculos etimológicos, obstáculos didáticos, relação desses
conteúdos com o mundo real, sua aplicação em outras disciplinas, sua
inserção histórica. Esses dois níveis de apropriação do conteúdo devem
18
estar presentes na formação do professor (parecer CNE/CP 9/2001 p.
20/21).1
A minha experiência no âmbito escolar e consecutivamente na sala de aula exigida
pelo Estagio Supervisionado Obrigatório I teve início no dia 20/05/2014 na Escola
Estadual Jandira Ponciano dos Passos na qual presenciei três aulas de História com a
professora titular Maria do Socorro Alves.
2.1 - Docência Participativa – auxílio ao Professor Titular
A primeira aula assistida foi no 7° ano do ensino Fundamental, em que pude
perceber o quanto os alunos da sala são agitados na presença da professora e é claro mais
ainda sem ela. Ao observar a postura didática da professora referente ao controle da sala de
aula notei que ele só consegue o domínio da sala por meio da repreensão e dos gritos. Uma
estratégia que também foi muito utilizada para controlar os alunos foi as avaliações do
bimestre, em que a professora sempre se referia a ela para fazer com que os alunos
permanecessem em silêncio. Neste momento me lembrei das descrições de Karnal em seu
livro Conversas Com Um Jovem Professor.
Vai começar. Você estudou anos para isso. Preparou aquela aula. Leu e
debateu autores que tratam do tema. Porém nada no planeta pode
substituir a experiência de enfrentar uma turma pela primeira vez. Uso do
verbo enfrentar por que é esta a sensação: dezenas de olhos colocados
sobre você. Um pouco mais de silêncio se for uma turma que não se
conhece... muito barulho se for uma turma que se reencontra depois das
férias(KARNAL, 2012, p.14 )
Como se refere Karnal a experiência do professor a primeira vez não pode ser
substituído, no entanto essa busca pelo contato com a sala de aula, essas observações que
nós futuros professores somos propiciados a fazer nos oferece um requisito a mais para
pensarmos qual seria o modelo ideal de uma aula e como então em uma primeira
impressão conquistar o respeito dos meus alunos. A professora Socorro me parece ter
preferido se portar de maneira mais rígida para conseguir impor o respeito para com os
1
Regimento de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório do Curso Regular de Licenciatura em
História da Unidade Universitária de Jussara – Matriz em Vigor a partir do ano 2014, p. 6/7.
19
alunos do 7° ano. Neste mesmo dia as atividades realizadas nesta turma foram à correção
das tarefas de casa e o início de um novo conteúdo.
Após algum tempo que a professora estava em sala de aula ela conseguiu o silêncio
dos alunos, ela faz a relação de quem fez a tarefa de casa, em que apenas três de vinte e
nove alunos havia feito o exercício. Como medida de correção para que isso não voltasse a
acontecer ela deixou todos os vinte e seis alunos sem intervalo. Ao refletir sobre aquela
medida que me deixou preocupada, afinal é um ponto positivo ou negativo? É uma
estratégia de aprendizagem ou não? No começo pensei que aquela forma de tratar os
alunos poderia fazer com que eles perdessem o interesse, no entanto percebi também a
grande dificuldade em fazer os alunos desenvolverem leituras, assim aquela repreensão que
pareceu no começo, muito autoritária foi se transformando em uma alternativa de incentivo
a leitura. O PDE da Escola-Campo tem como objetivo diminuir cada vez mais o índice de
reprovação, que não pode acontecer se os alunos não alcançarem o nível de aprendizagem
exigido para cada ano letivo, com isso é preciso organizar formas que incentivem a leitura,
é claro não acredito que essa seja a melhor delas, mais na falta de criatividade dos
professores essa já valei para eles se lembrarem do exercício de casa.
A disciplina de História tem todo um aparato para formar cidadãos críticos e bons
leitores, na verdade só a leitura pode auxiliar na obtenção do ensino de qualidade, no
entanto, Marcos Antônio da Silva e Selva Guimarães Fonseca, descrevem em seu artigo
Ensino de História Hoje: Errâncias, Conquistas e Perdas que:
Os currículos prescritos pelas secretárias Estaduais e Municipais de
diversas regiões do Brasil, a partir da década de 1970, pós-lei 5.692/71,
contribuíram de forma marcante para a diluição dos objetos de ensino de
História e Geografia, com forte tempero de moral e civismo ditatoriais na
fusão “Estudos Sociais” apresentado nos livros didáticos (SILVA,
FONSECA, 2010, p. 25).
Esses fatores que fazem limitar o estudo da disciplina de História como aborda
Silva e Fonseca limitam também uma ferramenta que ajuda os novos cidadãos a pensar, a
ser crítico e a ter um incentivo para a leitura, dessa forma fica nas mãos dos futuros e
atuais professores que devem pensar na forma como ministra suas aulas, e como pode
aproveitar o máximo do tempo que é atribuído ao professor de História.
A Aliança entre o Rei e a Burguesia foi o tema abordado no 7° ano em que realizei
a primeira aula da Docência Participativa, os alunos estavam bem interessados no
conteúdo, e bastante participativos, a professora se portou a maioria do tempo sentada em
sua cadeira, na qual fez leituras com os alunos, analisou a imagem do livro didático, usou
20
também vários exemplos do cotidiano dos alunos para explicar o conteúdo e relacionar
com o que eles aprenderam no início do ano letivo. Ficou claro também como os alunos
que sentam perto da professora são mais privilegiados no sentido de estarem sempre
dialogando com ela.
Com o início da docência participativa pude relacionar a minha experiência com as
descrições de Selva Guimarães Fonseca no seu texto o trabalho do Professor na Sala de
Aula Relações entre Sujeitos, Saberes e Práticas.
No exercício da profissão, na prática, na experiência da sala de aula, o
professor também aprende e se forma. A formação é permanente
ecomplexa. A identidade profissional docente é definida social e
historicamente. Como é bastante obvio não se nasce professor, torna-se
professor. É um processo inacabado. O “ser professor” é construído na
história de vida, no terreno da experiência pessoal e coletiva em
determinados espaços e tempos históricos (FONSECA, 2010, p. 393).
Com a descrição de Fonseca podemos refletir melhor sobre como observar os
momentos da nossa docência participativa, para aprendermos como é importante sermos
sempre abertos as mudanças que vem ocorrendo no âmbito tecnológico que afetam às
vivências na sala de aula. A experiência subjetiva neste momento tem influência decisiva
para podermos a cada dia ter uma formação contínua diante dos nossos alunos, dos
funcionários da escola, do exercício de organização da mesma e também diante das nossas
próprias ações, que devem ser repensadas a todo o momento. Repensar as nossas ações
como formadores de cidadãos aptos para interagir na sociedade requer que todos tenham
sempre um sentimento de “insatisfação” e que esse sentimento seja bom ao ponto de nos
levar a melhorar cada dia mais na profissão de educadores e formadores de mentalidades.
A experiência na docência nos diversos níveis de ensino e na pesquisa
sobre o ensino autoriza-nos a preconizar a valorização do diálogo entre as
áreas, entre lugares, sujeitos e saberes. Consideramos fundamental uma
preparação sólida do professor dos anos iniciais e finais de ensino
fundamental, e, para isto, a nosso ver, é imprescindível repensar o lugar
dos conteúdos e das metodologias de ensino específicas nesses cursos.
Do mesmo modo, imprescindível repensar o lugar dos conhecimentos
pedagógicos, das metodologias de ensino específicas nos cursos de
licenciatura. A nossa proposta reiterada em outros espaços, é articular
ensino, pesquisa e pratica pedagógica na graduação tornando o ensino
objeto de investigação nos diversos cursos de licenciatura em parceria
com as escolas, campos de estágios e práticas (FONSECA, 2010, p. 398).
A partir da reflexão de Fonseca o sentido da experiência em que participamos no
Estágio Supervisionado Obrigatório I. O 9° ano foi a segunda sala a ser visitada no dia
20/05/2014, com a professora Socorro, na qual pude perceber que a estratégia de ensino e
21
de falar com os alunos são totalmente diferentes. Presenciei duas aulas nesta turma que
aconteceram no quarto e quinto horário matutino. Como os alunos são adolescentes ela não
pode falar no mesmo tom que ela utilizou no 7° ano. A professora trabalhou o filme O
Menino do Pijama Listrado, para contextualizar com o tema das aulas que era 2° Guerra
Mundial. Foi perceptível neste momento também que o aparato burocrático da escola pode
às vezes falhar e não consegue atender o planejamento do professor, no caso da aula da
professora Socorro, ocorreu um imprevisto ao colocar em funcionamento o filme que de
nenhuma maneira dava certo, mesmo com a ajuda do técnico da escola, o que acarretou na
perca da metade da aula. Com isso podemos ver como diz Fonseca (2010) que o ambiente
escolar é um local de formação e de produção de conhecimento, tanto como experiência do
que já foi feito como do que está sendo feito.
Somos sujeitos enredados em um trabalho coletivo de ensino e pesquisa
em territórios de formação de professores. Concordamos com Burke
(2003, p. 18), para quem, quando produzimos conhecimento e o situamos
socialmente, devemos reconhecer que “alguns dos [nossos] vieses,
resultados de classe, gênero, nação, e geração. Sem dúvida ficarão logo
aparentes”. Logo esta narrativa contém as marcas de uma experiência
pessoal, profissional e acadêmica tecida em um determinado lugar social
de produção individual e coletiva (FONSECA, 2010, p. 392).
Às oito horas restantes exigidas pela docência participativa, realizei na Escola
Estadual José Dilma Maciel localizada na Cidade de Montes Claros de Goiás, com o
professor de História Epitácio Peres. Por ser uma escola de tempo integral, pude perceber
várias diferenças na convivência dos alunos em sala de aula. Percebi que eles se
posicionam com mais responsabilidade, trazem suas atividades, são mais obedientes em
sala e mais participativos.
As primeiras aulas assistidas foram dias de avaliação onde pude notar que o
professor por meio da avaliação busca incentivar os alunos a leitura. Na avaliação foi
utilizado como metodologia de incentivo a leitura um texto de apoio que se os alunos
lessem conseguiriam responder toda a prova. No entanto, esse é um grande problema
conseguir fazer com que os alunos leiam. Durante a aplicação das provas percebi que os
alunos fazem perguntas constantemente, tentando responder as sua avaliações pela resposta
do professor e não pela leitura que estava disponível para eles. Dessa forma podemos
perceber que essas experiências de aprendizagem referente ao “ser professor” podem ser
vistas nos mais variados contextos e locais como foi o caso dessa experiência em um dia de
22
prova e mesmo naquele momento que nos encontramos realizando processos burocráticos
da escola.
Partilhamos as concepções de formação docente, amplamente defendidas
nos cenários nacional e internacional, como processo educativo que se
desenvolve ao longo da vida dos sujeitos e transcende os limites da
escolaridade formal- logo, não se inicia nem termina na educação
superior (nos curso de graduação, pós-graduação e aprimoramento).
Processual, permanente, como o processo de aprender e ensinar
desenvolve-se na experiência cotidiana, em diferentes tempos e espaços
educativos, como nos espaços de lazer, teatros, cinemas e meios de
comunicação, em diferentes lugares de memória, museus e bibliotecas,
em igrejas e sindicatos e nos espaços de atividades formais e informais
(FONSECA, 2010, p. 393).
No aparato burocrático da Escola, o professor também enfrenta vários problemas,
como foi o caso neste dia com a perda de tempo para realizar a impressão das provas, que a
secretaria havia se esquecido. No oitavo ano encontramos mais um “desafio”, existe a
presença de um aluno surdo. Este aluno tem uma intérprete, a professora Ana Cristina, eu
digo um “desafio” por que mesmo que este aluno tenha a presença da intérprete, é preciso
que o professor titular da sala consiga manter com esse aluno uma relação onde haja a
interação professor aluno. Como estabelecer este contato? O professor Epitácio Peres
respondeu a minha pergunta não com palavras, mas com gestos, ele se mostrava a todo o
momento preocupado com o aluno que apresentava essa necessidade especial, trabalhava
sempre de forma mais dinâmica, onde a professora Ana Cristina passava para o aluno tudo
que o professor dizia. Para que isso ocorra é necessário que o professor tenha absorvido o
máximo de conhecimento das disciplinas pedagógicas, que são as que ensina lidar com os
diversos tipos de situação que encontraremos no âmbito escolar.
A experiência na docência nos diversos níveis de ensino e na pesquisa
sobre o ensino nos autoriza-nos a preconizar a valorização do dialogo
entre as áreas, entre lugares, sujitos e saberes. Consideramos fundamental
uma preparação sólida do professor nos anos iniciais e finais do ensino
fundamental, e, para isto, a nosso ver, é imprescindível repensar o lugar
dos conteúdos e das metodologias de ensino específicas nesses cursos.
Do mesmo modo, avaliamos imprescindível repensar o lugar dos
conhecimentos pedagógicos, das metodologias de ensino específicas nos
curso de licenciatura (FONSECA, 2010, p. 398).
O professor Epitácio Peres é muito dinâmico, com isso consegue o respeito dos
alunos e ao mesmo tempo existe uma cumplicidade entre eles que me deixou surpreendida.
Como existe certa pressão no professor para que ele não reprove os alunos, o Epitácio
deixou claro como ele lida com essa questão, ele faz um aproveitamento da nota dos alunos
23
que são mais aplicados na sala em detrimento daqueles que não fazem nada. Dessa forma
aumentar a nota dos alunos bons mesmo sem ter atingido aquele resultado se torna
necessário, para assim não atribuir nota muito baixa ou mesmo zero para aqueles que não
estudam e não conseguem atingir as metas e notas da escola. Com isso além de pensarmos
em um professor desse modo mecânico que usualmente é encontrado, temos que atribuir a
ele um caráter de subjetivismo que consecutivamente vai operar na experiência subjetiva
de cada indivíduo que com ele mantém contato no âmbito escolar.
O professor não opera no vazio – é óbvio. Mas o que isso significa? A
sala de aula é um espaço pleno de experiência. Os saberes, os valores
culturais e políticos e os hábitos são transmitidos e reconstruídos na
escola por sujeitos históricos, que trazem consigo um conjunto de
crenças, significados, valores, atitudes e comportamentos construídos nos
vários espaços de vivência, antes e durante o processo de escolarização
(FONSECA, 2010, p. 400).
No dia 23/05/2014 iniciei um novo ciclo de presença nas aulas do ensino
fundamental 8° ano, o tema desta aula era “Reforma e Contrarreforma” na qual percebi que
neste momento da aula o professor está sempre voltando às explicações para orientar os
alunos em sua vida prática, ele faz ligações entre o conteúdo estudado e os acontecimentos
da atualidade ou mesmo do dia-a-dia. A experiência no 9° ano é mais complexa, os alunos
são mais maduros que em minha opinião fica mais difícil de lidar com eles. O tema da aula
era Segunda Guerra Mundial. Neste mesmo dia assisti também a uma aula no 7°ano, o
conteúdo era “Independências: Haiti e America Espanhola” em que pude notar que os
alunos eram ainda mais participativos e faziam umas perguntas muito difíceis, o professor
respondia a todas com muita segurança. Dessa forma como reflete Fonseca acerca desta
descrição de Paulo Freire, preparar-se é o primeiro passo para uma aula excelente, o
professor ao qual presenciei suas aulas se mostrou sempre bem preparado, acredito ser o
que faz de suas aulas tão produtivas.
O fato, porém, de que ensinar, ensina o ensinante a ensinar um certo
conteúdo não deve significar, de modo algum, que o ensinante se
aventure a ensinar sem competência para fazê-lo. Não o autoriza a
ensinar o que não sabe. A responsabilidade, ética, política e profissional
do ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se
formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente. Essa atividade
exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem
processos permanentes. Sua experiência docente, se bem percebida e bem
vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação permanente do
ensino. Formação que se funda na análise crítica de sua prática (PAULO
FREIRE in: FONSECA, 2010, p. 399).
24
No geral pude perceber que o Professor Epitácio é muito didático, traz conteúdos
além do livro didático da escola, que ele apresenta com muita clareza, tem muito domínio
de conteúdo e sempre traz um diferencial para suas aulas, como assuntos atuais
relacionados ao tema, filmes que podem ajudar na compreensão.
Assim, na atualidade, os desafios da formação, da profissionalização e da
ação docente constituem problemas complexos e, neste sentido,
demandam políticas sistêmicas, capazes de enfrentar as múltiplas
dimensões, pois “ser professor”, “tornar-se professor” “constituir-se
professor” e exercer o ofício é viver a ambiguidade, é exercitar a luta,
enfrentar a heterogeneidade, as diferenças sociais e culturais no cotidiano
dos diferentes espaços educativos (FONSECA, 2010, p. 402).
2.2 - Docência Participativa – Micro Aulas
Nesta etapa do Estágio Supervisionado Obrigatório I, após as experiências na
docência participativa ainda é necessário à apresentação de uma micro-aula, que deve ser
apresentada como forma de avaliar a nossa postura didática perante os alunos, e também
nos colocar nesse contexto de experiências que é o dia a dia na sala de aula. As aulas foram
elaboradas por cada acadêmico com a orientação da professora orientadora do Estágio.
Nesse sentido elaboramos um plano de aula e material didático o qual será anexado
também no relatório. Santos (2010) descreve muito bem sobre a importância da prática no
ensino e pensar essa prática também como objeto de estudo e de análise, que pode orientar
os professores na sua luta diária pela melhoria da qualidade de ensino.
A prática como objeto de investigação teoricamente fundamentadas
certamente nos ajuda a compreender problemas e impasses, e identificar
alternativas de inovação, ou permanências que se mostram relevantes,
realizadas por seus atores e que precisam ser divulgadas e promovidas em
diálogo profícuo não somente entre pesquisadores dos dois campos, mais
também com os professores e gestores educacionais envolvidos na prática
educativa (SANTOS, 2010, p. 482).
No dia 09/06/2014 foram iniciadas as apresentações das micro-aulas no período
vespertino e noturno. Para ser mais precisa as aulas tinham a duração de 40 minutos cada, e
começamos a apresentar as 15:00 Hrs do dia nove de junho com o intervalo às 17:30 Hrs e
começamos novamente às 19:00 horas que se seguiu até às 21:00 Hrs da noite. A primeira
apresentação foi realizada pela aluna Késsia Aparecida com o tema “Goiás transição da
economia mineradora para agropastoril” ela utilizou slide para fazer a apresentação de
25
imagens e de textos para ficar mais claro o conteúdo a ser apresentado. A postura da
acadêmica foi muito boa ela conseguiu surpreender todos que assistiram a sua aula. Falou
com uma boa tonalidade de voz, fez movimentações com as mãos para chamar atenção do
aluno, além das perguntas que tinham muita coerência com o que estava sendo
apresentado.
A segunda aula assistida foi da Jeniffer Amaral de Oliveira, que falou sobre o tema
“Republica Velha o federalismo” ela fez um recorte muito interessante, mostrando para os
alunos como a história pode ter um viés tão especifico que pode ser explicado pelo viés
político, econômico, ideológico ou cultural, que no caso dela escolheu falar para os alunos
qual era o contexto social daquele período, como as pessoas eram entendidas enquanto
cidadãos. Ela mostrou um bom domínio de conteúdo e também um ótimo domínio de sala,
pois ao que parece tem a voz adequada ao cargo de professora. Utilizou Data show para
mostrar imagens e seguir com a aula.
A terceira aluna a se apresentar já no período noturno foi Tayana da Silva Souza
Martins, que trabalhou o tema “1° Guerra Mundial”. A acadêmica mostrou domínio de
conteúdo, movimentou-se durante a apresentação de sua aula o que é muito importante. A
sua aula foi muito interessante, pois além de utilizar o data show ele utilizou também o
quadro negro que é muito importante quando pensamos que seremos futuros professores,
afinal quantas escolas tem esse recurso para ser utilizado? Pensando que todos os dias as
suas aulas são de 50 minutos e que na escola não temos técnicos para nós auxiliar com essa
tecnologia. Quanto tempo perderia para instalar esse recurso? A nossa aula estaria perdida
apenas no tempo de colocar o notebook para funcionar, então a utilização do quadro negro
é imprescindível para se ter uma experiência do dia-a-dia na sala de aula.
A quarta aula que foi apresentada foi a minha, na qual apresentei sobre o tema
“Brasil Império” como é perceptível esse tema é bem grande e não dá para falar tudo em
uma só aula, então tentei levar para a minha micro-aula a introdução desse conteúdo que
seria trabalhado durante quase todo um bimestre. Quando elaborei a minha aula pensei que
deveria realmente fazer uma simulação de uma aula no colégio então preferi trazer esse
contato direto com os alunos, na utilização do quadro e do contato professor aluno,
apresentei utilizando o data show apenas para mostrar uma imagem que não consegui
ampliar para que todos pudessem ver. Após todos os estudos e organizações para
apresentar a aula, chegou a hora de colocar tudo em prática. No começo fiquei muito
26
nervosa, mas acredito que consegui passar bem o que estava previsto para a aula, assim
como a postura, o tom da voz e esses detalhes técnicos.
A quinta e ultima aula foi apresentada pela acadêmica Daiana da Silva Sousa que
apresentou a sua micro-aula com o tema “Revolução Industrial” que foi muito interessante,
ela conseguiu mostrar muito bem as mudanças que ocorreram após a Revolução Industrial,
tinha domínio de conteúdo, postura na sala de aula e conseguiu também chamar a atenção
dos alunos para sua aula.
É preciso considerar que não basta dominar conteúdos, mas ter clareza de
que o ensino, ao ser realizado, tem como horizonte a possibilidade de
aprendizagem pelos estudantes, o que implica atribuição de sentidos aos
temas e processos em estudo. É preciso aprender a se comunicar, a
negociar distâncias entre si e seus alunos, o que envolve processos
culturais de relativa complexidade (SANTOS, 2010, p. 493).
Penso que as apresentações foram boas e proveitosas para a nossa experiência,
todos conseguiram atingir seus objetivos com a realização das micro-aulas, e como cada
uma utilizou uma metodologia, pude aprender uma dinâmica de apresentação de aula com
cada acadêmica. Percebi também como descreve Santos 2010, que além do domínio de
conteúdo é preciso saber como ensinar, para quem ensinar e que o foco seria a
possibilidade de aprendizagem dos estudantes.
Nesse sentido, as contribuições da didática, do currículo, da teoria da
história se mesclam para a análise de situações de ensino aprendizagem
em seus múltiplos desafios e para a proposição de alternativas para
atender aos diferentes grupos atendidos. A formação de professores é,
assim, espaço tempo de produção de conhecimento sobre a docência,
elaboração complexa que acontece em lugar de fronteira, com
interferências deliberadas para tornar significativos os processos em
estudo (SANTOS, 2010, p. 493 grifos do autor).
Nessa perspectiva Santos nos mostra como é importante a didática e a prática do
ensino que esse dialogo entre matérias específicas pode nos proporcionar. Pensar na
profissão, nos impasses e nos resultados do dia a dia do ser professor e do constituir-se
professor, para poder sempre dialogar com o tempo e o momento do seu trabalho docente.
A profissão de professor não nos permite parar no tempo, parar de aprender significa parar
de ensinar, portanto é preciso repensar a minha experiência docente todos os dias para não
cometer os mesmos erros.
27
CAPÍTULO 3 – PROJETOS E/OU OFICINAS
Ao iniciarmos a terceira etapa da disciplina de Estagio Supervisionado obrigatório
I, partimos para a elaboração, organização e aplicação de uma Oficina, como fica
estabelecido no Texto organizado pela Universidade que estabelece as etapas do Estagio,
Proposta Pedagógica de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório do Curso
Regular de Licenciatura em História da Unidade Universitária de Jussara para o ano de
2014. Está etapa então abarca a construção de uma oficina que será aplicada na Escola
Campo, nesta construção organizamos desde fatores técnicos como a elaboração das
atividades, organização do material, distribuição das atividades entre os acadêmicos e
também os fatores pedagógicos, que dizem respeito a postura na sala de aula, conteúdo
adequado à turma escolhida para a aplicação da oficina e a forma como será transmitido
esse conteúdo.
O Projeto foi desenvolvido para ser aplicado na Escola Jandira Ponciano dos Passos
em que ao final será desenvolvido um produto deste trabalho, esse produto seria o presente
trabalho com o objetivo de auxiliar os futuros estagiários na elaboração de seus futuros
trabalhos. À esse respeito o Regimento de Estágio Curricular Obrigatório do Curso
Regular de Licenciatura em História da Unidade Universitária de Jussara – Matriz em
Vigor a partir de 2014 estabelece que :
Em tempo e espaço específico, aqui chamado de coordenação da
dimensão prática. As atividades deste espaço curricular de atuação
coletiva e integrada dos formadores transcendem o estágio e têm como
finalidade promover a articulação das diferentes práticas numa
perspectiva interdisciplinar, com ênfase nos procedimentos de observação
e reflexão para compreender e atuar em situações contextualizadas, tais
como o registro de observações realizadas e a resolução de situaçõesproblemas características do cotidiano profissional. Esse contato com a
prática profissional, não depende apenas da observação direta: a prática
contextualizada pode ‘vir’ até a escola de formação por meio das
tecnologias de informação – como computador e vídeo -, de narrativas
orais e escritas de professores, de produções dos alunos de situações
simuladas e estudos de caso (Parecer CNE/CP 9/2001 p.57 in: apud, p.7).
Dessa forma essa etapa do trabalho corresponde a vivência da sala de aula com o
intuito de adquirir experiências acerca das situações sejam elas situações problemas ou
não. A experiência subjetiva da qual fala Leandro Karnal perpassa por todas as fases da
pesquisa do estágio em que os futures professores podem promover um maior contato com
28
o âmbito de trabalho. Essa experiência é fundamental para pensarmos em bons
profissionais que exercerão o trabalho de educar e formar mentalidades da sociedade que
vai emergir das nossas atuais crianças. O livro de Leandro Karnal descreve em seu livro
que “[...] nada no planeta pode substituir a experiência de enfrentar uma turma pela
primeira vez. Dezenas de olhos colocados dobre você (KARNAL, 2012, p. 15).” Karnal
nos mostra como essa experiência só pode ser propiciado pelo verdadeiro contato com a
sala de aula e com o olhar entre o professor e seu aluno. Segundo ele “A faculdade
antecipa pouco essa experiência real. Onde eu enfio Piaget e Vigotsky quando vou fazer a
chamada? Dúvidas banais substituem os grandes temas da psicopedagogia (KARNAL,
2012, p. 15)”. As indagações de Karnal levam a frente questões de maior importância para
os estudantes de licenciatura, que pretendem ingressar mo ambiente que englobe a relação
entre professor, aluno e aprendizagem.
A oficina em si além de trazer essas percepções em relação à sala de aula, ela
abrange ainda um momento importantíssimo no exercício docente que é o trabalho em
equipe. A oficina foi realizada por um grupo composto por quatro acadêmicas, essa
especifica determinação de um trabalho em grupo dentro da escola, e mais especificamente
dentro da sala de aula, nos coloca diante de uma premissa muito importante que é o
trabalho em grupo, trabalho esse que é realizado diariamente dentro da escola. Esse
trabalho é continuo, pois é a partir dele que os agentes organizadores do âmbito escolar
conseguem pensar as estratégias de melhoramento do ensino em especifico no caso de seu
local de trabalho, pensar qual é o problema dos alunos, o que propicia um local mais
agradável, como eles se adaptam às metodologias de ensino que estão sendo aplicadas. A
respeito disso descreve Karnal:
Do ponto de vista prático, uma boa aula é um cruzamento de quatro
linhas de força. A primeira diz respeito a você. A segunda é o conteúdo
em si. A terceira está nas condições externas (ambiente, barulho externo,
iluminação, calor, conforto da sala e etc.). A quarta é mais importante diz
respeito aos alunos (2012, p. 18).
Essas questões são inevitáveis ao se colocar diante da postura profissional de um
professor, existem várias profissões algumas lidam com maquinas, outras com animais,
com remédios, corpo humano, plantações, essas profissões são organizadas a partir de
métodos e formulas exatas que cabem em qualquer contexto são coisas imutáveis com
processos que podem ser designados como início, meio e fim. A profissão de (Professor)
ela exige algo mais do que existe no objetivo, ela lida com o subjetivo, ela exige que você
29
conheça todos os seus 99 alunos se for somente para essa quantidade que você leciona, ela
exige que você tenha jogo de cintura diante das situações que não saíram como o
programado, o plano “B” vai virar sempre como uma alternativa ao inevitável em nossos
dias de trabalho. Por isso é tão importante conhecer a escola, a vivência com os alunos e
com o corpo discente antes de engessarmos na sala de aula, e é nessa perspectiva que o
planejamento da oficina foi pensado, articulado, organizado e aplicado.
Segundo Selva Guimarães Fonseca:
O aluno é um ser social completo, não é uma tábua rasa. Ele não apenas
estuda e aprende, mas faz história, participa da história, tem concepções
prévias dos fatos históricos. Tem vida própria fora da escola, participa de
outras organizações além da escolar, com as quais convive e aprende, ou
seja, possui conhecimentos prévios, e esse saber já construído deve ser o
início do caminho a percorrer. Isso é obvio entretanto os alunos nem
sempre tem esse espaço para manifestar esse saber que deve ser
organizado e listado pelo professor, com a preocupação de manter o
registro fiel à fala dos alunos para posteriores análises e interpretação no
grupo (2003, p. 111, 112).
È preciso entender também que a organização de uma oficina não é tão subjetiva
como a sua aplicação, Fonseca em seu texto Didática e Prática de Ensino de História:
Experiência, Reflexões e Aprendizado, no capítulo 2 Projetos de Trabalho Teoria e Prática,
descreve sobre as etapas da elaboração de um projeto ou oficina, os quais foram utilizados
na elaboração da oficina executada na Escola Estadual Jandira Ponciano do Passos.
O desenvolvimento de um projeto, em linhas gerais, é composto de três
etapas ou fases: a primeira refere-se à identificação e formulação do
problema e à formulação do problema, ao planejamento, às discussões, à
elaboração do projeto, à formulação de grupos. A segunda etapa é a da
construção do desenvolvimento do trabalho – são as atividades, as aulas,
a discussão dos resultados. A terceira fase é a da apresentação do
resultados, da globalização, da socialização do saberes produzidos, da
avaliação final do projeto em sua totalidade (FONSECA, 2003, p. 109,
110).
A turma escolhida para a realização da Oficina foi o 8° ano B, e por sugestão da
professora titular da disciplina, o tema foi história de Goiás que por conseguinte alguns
alunos apresentaram dificuldades sobre o tema. A partir da escolha do tema nós Jeniffer
Amaral, Daiane dos Santos, Késsia Aparecida e eu fizemos uma reunião para organizarmos
de que forma seria trabalhada a oficina, com quais atividades, de forma expositiva e
dialogada com os alunos. O problema, a justificativa, a metodologia, os objetivos, os
30
conceitos o cronograma, todos foram organizados por toda a turma nos momentos que
marcamos para discussão. A respeito disso Fonseca descreve que:
Na elaboração de um projeto, ou seja, de uma ação pedagógica com
vistas a construção da aprendizagem, devem ser delineadas: o tema, os
problemas, a justificativas, os objetivos, a metodologia de
desenvolvimento (as disciplinas, os conteúdos, as atividades, os passos do
trabalho) o cronograma de execução (o tempo e as ações ), os recursos
humanos e materiais necessários ao projeto, as fontes, à bibliografia e a
avaliação. Em outras palavras, o que vão estudar/aprender, por que
estudar, pra quê, como construir a aprendizagem, quando, o que é
necessário para desenvolver o trabalho, onde investigar e as formas de
avaliação (2003, p. 110).
Toda essa organização posta por Fonseca foi trabalhada durante as aulas de
orientação do estágio, pensamos qual seria a nossa forma de trabalhar e dinamizar a
aprendizagem, como poderia ser organizado as formas de avaliação, a organização dos
alunos em sala de aula. Chegamos a conclusão que queríamos dinamizar o ensino de
História, mostrar para os alunos que a história e a construção do conhecimento não precisa
ser tão estático. Com isso pensamos nos jogos no ensino História posto que era uma aula
de reforço sobre a história de Goiás. E nesse ponto acerca da escolha da metodologia
Fonseca diz que:
As justificativas fundamentam a escolha do tema do projeto de trabalho.
Aqui se localizam o detonador do projeto e a ação mediadora do
professor, tendo em vista a importância das questões para seu grupo de
alunos e a proposta curricular da Escola. O projeto pedagógico as
diretrizes curriculares, antecedem e norteiam a elaboração do projeto de
trabalho, que não só se justificam na medida em que garantem a
significação dos conteúdos curriculares, como também se traduzem na
ampliação nas adaptações e na seleção do que deve ser ensinado. Ao
definir o tema, o professor está operando uma seleção no interior de uma
seleção cultural, de conteúdos já operada nos outros níveis de ação
curricular (Fonseca, 2003, p. 110).
Analisara a importância da didática em sala de aula a partir da organização do
oficina, pensar com serias os jogos foi muito interessante para compreendermos como
pode existir tantos obstáculos no processo de ensino aprendizagem e que por sua vez
precisam ser quebrados. Os jogos então foram elegidos por nós acadêmicos da UEG por
promover uma melhor ação no âmbito escolar, em que tire o aluno daquela rotina,
diversifique as metodologias de ensino e possa proporcionar um maior entendimento do
conteúdo.
31
Nas últimas décadas educadores e teóricos da educação têm dedicado grande
atenção às potencialidades dos jogos, brinquedos educativos e atividades
lúdicas para auxiliar e tornar possíveis as condições de aprendizado de
crianças em idade escolar. Apesar dos jogos existirem como recurso ou
instrumento pedagógico desde o Romantismo, os estudos sobre seu
significado e importância se intensificaram no século XX, Autores como
Brougere, Huizinga, Caillois, MontessorL Vygostsky, entre outros deram
importantes contribuições, identificando a função dos brinquedos e jogos na
psicologia infantil e no desenvolvimento cognitivo (ANDRADE, 2007, p.
91).
Na organização dos jogos pensamos inicialmente para a oficina trabalhar com três
tipos de jogos diferentes, O primeiro a ser aplicado foi a dinâmica do balão, o segundo foi
a montagem de um quebra cabeça temático, era um mapa do estado de Goiás que continha
as primeiras cidades a serem formadas no Estado de Goiás, e o terceiro foi a torta na cara.
No cotidiano das salas de aula, diversas formas de jogos e competições
são empregadas e reconhecidas como meio de estimular o
desenvolvimento de crianças e jovens, Jogos e brinquedos educativos são
elaborados para portadores de necessidades especiais, para desenvolver o
raciocínio lógico nas aula; de matemática, para facilitar a compreensão
escrita e oral e incentivar a relação e a solidariedade de grupo e o trabalho
em equipe (ANDRADE, 2007, p. 91 e 92).
Foi com esse caráter de desenvolver as habilidades dos alunos referentes ao
aprendizado e ao conteúdo que pensamos as dinâmicas dos jogos na sala de aula.
Inicialmente o Oficina foi aberta com a apresentação dos acadêmicos e do objetivos a
serem realizados durante as aulas, o nosso cronograma foi organizado de forma a abarcar
as cinco aulas do período matutino, cerca de cinco horas, no qual abrimos o intervalo
somente para o lanche. Após as apresentações dos acadêmicos passamos um vídeo aula
contendo os aspectos mais importantes sobre o descobrimento, povoamento e urbanização
do estado de Goiás.
O Processo de desenvolvimento – a construção da aprendizagem –
permeia todo o desenrolar do projeto. A nosso ver devem ser usadas todas
as estratégias necessárias para atingir os objetivos propostos: aulas
expositivas, debates leituras, vídeos, pesquisas, entrevistas e outras. O
conhecimento construído vai sendo sistematizado no decorrer das ações,
assim como as habilidades vão sendo desenvolvidas. As crenças, os
valores, e as representações vão sendo ressignificados (FONSECA, 2003,
p. 113).
Nesta visão de Fonseca podemos entender melhor como ocorre esse processo de
ensino aprendizagem por meio de uma oficina ou projeto. Após então os alunos terem
assistido o vídeo com duração de dezessete minutos, iniciamos a primeira dinâmica, a do
32
balão que funcionava basicamente assim: colocamos uma pergunta dentro de cada balão
tínhamos os balões vermelho e azul, por que dividimos a turma em dois grupos que eram
representados pelas cores vermelha e azul. Um integrante do grupo vinha a frente
estourava um balão e respondia a pergunta com a ajuda de seu grupo, se a resposta
estivesse certa ele ganharia um premio e seu grupo ganhava um ponto para concorrer ao
prêmio final que seria entregue no fim da oficina.
O jogo se caracteriza corno livre, no sentido que a adesão a ele deve ser
espontânea, é delimitado porque requer definições combinadas de tempo
e espaço, é incerto, pois é possível prever resultados, improdutivo já que
enquanto atividade não produz riqueza, regulamentado porque sujeita os
participantes a regras próprias do jogo e é fictícia porque opera em um
contexto de simulação e irrealidade em relação à vida normal
(MACEDO, 2006, p.l8, apud, ANDRADE, 2007 p. 93).
Nesse sentido que descreve Andrade nós organizamos os jogos, referente as
perguntas que os alunos não conseguissem responder, essas foram expostas na sala de aula
com toda uma explicação para que eles não ficassem com nenhuma dúvida. Já que o
principal objetivo da dinâmica é conseguir passar de forma mais facilitada o conhecimento
para os alunos. Como descreve Fonseca:
Finalmente devemos considerar, que o trabalho por projetos constitui
uma possibilidade metodológica, que potencializa o desenvolvimento de
estudos e pesquisas, numa perspectiva inter e multidisciplinar, capaz de
redimensionar a gestão do processo de ensino e resignificar a concepção
de aprendizagem em história ( 2003, p. 116).
A segunda dinâmica apresentada foi a do quebra cabeças, onde os alunos deveriam
conseguir montar um mapa de Goiás que continha as principais cidades do estado. Com
essa dinâmica pensamos em ajudar os alunos a conseguirem se localizar no mapa e
localizar as cidades e distancia entre elas, as divisas e todas as ajudas que um mapa pode
trazer, da mesma forma que a dinâmica anterior o grupo que terminasse primeiro o mapa
ganharia pontos para concorrerem ao prêmio final.
O jogo é entendido como uma função significante que confere sentido à
ação e se baseia na manipulação de imagens, de certa imaginação da real
idade. De acordo com o autor, o jogo se destaca da vida comum posto
que é uma atividade temporária e de duração limitada, situando-se fora da
satisfação imediata das necessidades. É atividade livre em que os
participantes entram espontaneamente, mas embora seja tomada como
"não séria", efetua-se sempre no maior espírito de seriedade. No jogo há
beleza, harmonia, ritmo, que inspiram fascínio, tensão, alegria e
divertimento, mas há também ordem e as regras estabelecidas devem ser
seguidas por todos. Uma vez quebradas as regras, destrói-se a ilusão do
jogo. (HUIZINGA, 1998, p.l4, apud, ANDRADE, 2007, p. 92)
33
Esse caráter espontâneo do jogo e serio ao mesmo tempo transforma o ambiente
escolar em um local mais chamativo no qual os alunos despertam maior interesse. Dessa
forma a terceira e ultima dinâmica apresentada na oficina foi a torta na cara, na qual
organizamos os alunos em forma de um quadrado dentro da sala de aula e deixamos o
centro da sala livre para que os participantes dessa dinâmica pudessem ficar com mais
espaço. Na efetivação colocamos duas mesas no centro da sala e fazíamos a pergunta, o
aluno que batia primeiro na mesa tinha o direito de responder se ele acertasse ganhava
mais pontos se ele errasse levava uma torta na cara. Após a aplicação da ultima dinâmica
demos encerramento à oficina com as devidas explicações e agradecimentos. Posso inteirar
ainda que a dinâmica foi muito proveitosa tanto para nós acadêmicos quanto para os alunos
que aparentemente gostaram muito de participarem das atividades.
34
CAPÍTULO 4- REGÊNCIA
Após as três etapas do estágio que correspondem às analises dos documentos da
escola campo como o Regimento Interno, Projeto Político Pedagógico, e Plano de
Desenvolvimento da Escola, a docência participativa e a oficina, iniciamos a ultima etapa
que foi a regência como está previsto no Regimento de Estágio Supervisionado Obrigatório
I. Ao iniciarmos as organizações para a elaboração do material para a regência, nos
deparamos com mais um grande desafio, conseguir agora nesta ultima etapa que é faz
necessário todas as experiências apreendidas no decorrer dos tramites do estagio e juntar
todas em uma única prática, a aula.
O tema para regência foi Brasil o Nascimento de uma Nação, a turma 8° ano A,
ministradas o equivalente à 2 aulas no período do quarto e quinto horário do dia 30 de
outubro de 2014. Bom a partir da indicação do tema a ser trabalhado na regência o
próximo passo a seguir é o planejamento. A grande importância do planejamento consiste
em dar um norte a aula, às ações que serão realizadas durante a aula precisam ser
organizadas antecipadamente. A educação é algo muito importante e que não pode
acontecer simplesmente com improvisos.
De fato o planejamento sempre foi uma necessidade básica e necessária
em qualquer hora de trabalho do ser humano. E dentro das unidades
escolares o ato de planejar tem grande importância, pois é através dos
planejamentos que o professor se organizar e ministra suas aulas diárias
(GOMES, 2001, p. 3).
Assim como descreve Gomes a respeito da importância do planejamento, nós
acadêmicos também nós organizamos, planejamos as aulas, o conteúdo, os materiais a
serem utilizados, e elaboramos o plano de aula que é o resultado de todo o planejamento e
responsável por dar um norte a todas as aulas. Neste sentido após todas as orientações e
organizações de planejamento partimos para compreender outro ponto que também é de
suma importância para os professores.
Inicialmente a organização da aula envolve todas as etapas do estágio por que diz
respeitos aos conhecimentos externos e internos que foram transmitidos no decorrer do ano
na universidade e dentro da escola campo. Primeiramente pensar esses aspectos externos
diz respeito à estrutura da escola, ao modo como a escola encara seus alunos e quais são as
35
expectativas em relação ao seu aprendizado, comportamento, vestimenta. Vejamos o que
Karnal nos fala sobre o ambiente:
A terceira linha de força de uma aula diz respeito ao ambiente. Pode
parecer muito estranho para quem começa, mais o ambiente da aula
funciona como um cenário de uma peça: não e central, mais reforça o
texto e cria “clima”. Assim tente observar se o cenário é adequado. Há
coisas que você pode fazer e outras estão longe de seu alcance. Você
pode e deve estabelecer alguns minutos para colocar ordem antes da aula.
Lixo pelo chão ou cadeiras amontoadas podem ser resolvidas. Não dê
aula com o quadro cheio com a matéria do outro professor. Explique
sempre aos alunos a importância de preparar o ambiente (2012, p. 20).
E os aspectos internos que são imprescindíveis para a aula e podem ser destacados
aqui como, a metodologia mais adequada para ligar com a turma, pensando que cada turma
mesmo que seja de um mesmo ano agem de diferentes formas, pois a aula é uma
experiência subjetiva, outro aspecto bem observado a organização do conteúdo, a
elaboração do plano de aula, os recursos a serem utilizados, como por exemplo as imagens
trabalhadas a linha do tempo para sempre situá-los de que período estávamos falando.
Leandro Karnal em seu Livro Conversas com um Jovem Professor descreve como a
aula tem esse caráter subjetivo e que parece muito com um teatro, onde o professor está em
constante experiência, que com uma mesma turma as aulas podem acontecer por estágios,
a primeira é sempre aquele impacto do novo é basicamente o teste pra ver é nela que você
descobre o que pode dar certo com aquela turma e o que pode não dar certo. Na segunda
aula o professor já consegue lidar melhor com aquela situação de forma perceber o que
seria viável ou não viável a falar e assim por diante. Para Karnal:
A última linha de força de uma aula é o aluno. É a linha mais importante.
O aluno e para o professor o que o paciente é para o médico. É objetivo
da sua existência profissional. Há uma inversão tradicional da função
pedagógica: considerar o aluno um problema para a escola. O
comportamento do aluno pode ser um problema: ele não é um problema
(KARNAL, 2012, p. 22).
A partir das descrições de Karnal podemos perceber que o ambiente escolar pode
ser mais complexo do que parece, eis ai uma das principais funções da disciplina de estagio
e didática preparar o professor para situações que ele ainda não pensava existir na sala de
aula. Observadas todas essas colocações a regência foi um grande desafio a ser cumprido e
que contribuiu fortemente para a nossa formação como profissionais. A elaboração da
atividade de avaliação do aprendizado também foi muito interessante organizamos
36
orientações para discutirmos sobre o assunto e também observamos alguns textos teóricos
que lidam com essa questão:
Existem questões relacionadas com a pratica de avaliação que devem ser
consideradas quando se trata de avaliar a aprendizagem da História. Uma
delas é a de entender o significado do ato de avaliar, isto é, insistir que
avaliação é sempre um julgamento de valor, o qual pressupõe a
explicitação das finalidades dos objetivos e dos critérios de quem avalia a
quem será avaliado (Avaliação em História).
As técnicas de avaliação devem ser pensadas não somente como funções de
medição do aprendizado, devem ser sempre interligadas com a forma com que esse
conteúdo foi exposto e também sempre deixar claro qual é a forma de avaliação que será
empregada para as respostas. “A avaliação tem que ser pensada como um diagnóstico
contínuo e sistemático, o qual procurará analisar a relevância do conhecimento a ser
ensinado, o significado do conhecimento ensinado, e a eficácia do conhecimento
apreendido (Avaliação de História).” O olhar deve ser baseado principalmente nas
finalidades, qual a finalidade daquele conteúdo, quando pensamos em avaliar temos que
pensar além e olhar para a orientação do conteúdo para a vida prática, e dessa mesma
forma deve ser as avaliações que empreendem um novo olhar sobre o que os alunos
pensam da realidade e dos acontecimentos passados.
O ato de ensinar pressupõe uma intenção consciente do professor no
sentido de ajudar o aluno a adquirir conhecimentos, conceitos, ideias e
habilidades; daí ser fundamental que o professor se perceba responsável
por garantir que a aprendizagem do aluno se realize. Nesse sentido a
avaliação do professor e do aluno é uma maneira de estabelecer o grau de
eficácia do ensino e da aprendizagem (Avaliação de História).
Percebe-se então que o ato de avaliação está inteiramente ligado com a avaliação do
conteúdo que o professor realiza antes e depois da aula, para o melhor aproveitamento do
aprendizado. A organização de uma avaliação está interligada com a aula, com as
expectativas de aprendizagem, atividades, metodologia, cronograma e recursos para
exposição de aula. Na elaboração do material para regência, foram pensadas formas e
organizações que sucedesse uma boa avaliação e que por sua vez pudesse aumentar a
eficácia do aprendizado.
Algumas propostas de atividades também foram discutidas em sala para
percebermos como é importante inovar no campo da educação. No livro Ensino de
História: fundamentos metodológicos de Circe Maria Fernandes Bittencourt foram
37
evidenciadas novas formas de avaliações e de metodologias em sala de aula, e uma muito
importante citada por ela é a inovação que traz para a sala de aula o trabalho com músicas:
A música tem-se tornado objeto de pesquisa de historiadores muito
recentemente e sido utilizada como material didático com certa
frequência nas aulas de história. Entre os “tipos” de música que atraem
tanto pesquisadores brasileiros como professores, a “música popular”
sobressai. Segundo Marcos Napolitano historiador especializado nessa
área, a música popular emergiu do sistema musical acidental tal como foi
consagrado pela burguesia no início do século XIX, e a dicotomia
“popular” e “erudito” nasceu mais em função das próprias tensões sociais
e lutas culturais da sociedade burguesa do que por um desenvolvimento
“natural” do gosto coletivo, em torno de formas musicais fixas
(BITTENCOURT, 2004, p. 380).
Bittencourt descreve como se deu o surgimento da modalidade musical como forma
de avaliação na sala de aula. É importante entender que o professor ao elaborar sua aula ele
se depara com um mundo de possibilidades que podem ser seguidos, músicas, imagens,
jogos, dinâmicas, poemas, charges e etc. As formas alternativas de ensino incubem uma
nova exigência aos professores, competência para utiliza-las da forma correta, para que
sempre aumente a capacidade de criatividade e de senso crítico dos alunos. “O uso da
música é importante por situar os jovens diante de um meio de comunicação próximo de
sua vivência, mediante o qual o professor pode identificar o gosto, a estética da nova
geração (BITTENCOURT, 2004, p. 379).”
Assim podemos pensar como de várias maneiros os recursos como imagens,
músicas e jogos podem nós ajudar na hora da aula, são mecanismos de ensino
aprendizagem que instigam a pensar a falar e a tentar entender melhor o que aquilo
representa. O ensino da disciplina de História entra neste momento como fator
determinante, mostrar mesmo que ilustradamente que aquilo ocorreu em determinado
momento histórico e que por sua vez ocorreu de forma parecida ao que está representado
nas imagens.
Discute-se a possibilidade do mentir da imagem fotográfica. A revolução
digital provocada pelos avanços da informática torna cada vez maior essa
possibilidade. Permitindo até que os mortos resujam para tomar mais um
choque, tal qual a publicidade já mostrou. Não importa se a imagem
mente; o importante é saber por que mentiu e como mentiu. O
desenvolvimento do recurso tecnológico demandará do historiador uma
nova crítica que envolva o conhecimento das tecnologias feitas para
mentir (BITTENCOURT, 2004, p. 384).
38
Na elaboração da regência e na execução também foram utilizadas várias imagens
para facilitar o aprendizado, essas imagens foram explicadas na sala de aula fazendo
sempre um paralelo entre o que esta escrito referente ao processo histórico que foi
explicado e a imagem o que os alunos poderiam visualizar para entender melhor esse
processo da vinda da corte portuguesa para o Brasil. Duas imagens em especifico foram
mais trabalhadas durante a exposição das aulas sendo a primeira que demonstrava a família
real se organizando em Portugal para sua partida em direção ao Rio de Janeiro, que
considerei fundamental para que os alunos compreendessem como foi essa “fuga” como
vários autores trabalham e de forma que eles pudessem compreender que nessa vinda seria
modificado toda uma organização que se tinha aqui no Brasil pois ele deixaria de Colônia
de Portugal para sediar a família Real e todo seu aparato burocrático necessário a gerir a
organização portuguesa.
2
A imagem acima demonstra toda essa organização da Família Real para vir para o
Brasil, e mostra a quantidade de pessoas, a quantidade de coisas, eles levariam desde
talheres, roupas, vasilhas, utensílios domésticos e etc.
A segunda imagem que também foi muito trabalhada durante a aula foi a imagem
que demonstra a chegada da família real no Brasil, com todas as pessoas ao seu redor. E o
mais interessante nesta imagem é que ela foi interpretada de várias formas, por exemplo a
primeira diz respeito à uma questão ideológica quando mostra que o primeiro local a visitar
na chegada ao Rio de Janeiro foi a cede da Igreja católica para uma missa comemorativa.
2
Imagem que representa o embarque para o Brasil do príncipe regente de Portugal, Dom João, e de toda a
família real, no porto de Belém, em 29 de novembro de 1807. Óleo sobre tela de cerca de 1808, feito por
Nicolas Delariva.
39
Outra representação desta imagem foi uma boa forma de mostrar como a cidade do Rio de
Janeiro ficou lotada coma chegada de tantas pessoas e que daí em diante passaria por
grandes mudanças em sua estrutura para se tornar digna da monarquia.
3
Fica acima a segunda imagem trabalhada na regência como forma de facilitar o
aprendizado. Acredito que a partir das ilustrações os alunos conseguiram materializar
como tudo estava ocorrendo e assim perceber como ocorreu esse processo histórico. Assim
sobre isso descreve Bittencourt, 2004:
Toda imagem é histórica. O marco de sua produção e o momento de sua
execução estão decalcados na superfície da foto, do quadro, da escultura,
da fachada do edifício. A história embrenha as imagens, nas opções
realizadas por quem escolhe uma expressão e um conteúdo, compondo
através de signos, natureza não verbal, objetos de civilização,
significados de cultura (p.384).
Nesta perspectiva as imagens como fonte histórica pode sim sempre ajudar na
compreensão dos textos, e principalmente devem ser vistas como um momento de reflexão
do conteúdo, que ajuda na fixação e memorização. Representa uma pausa com um grande
leque de possibilidades.
No livro Ensino de História Hoje: errâncias, conquistas e perdas de Marcos
Antonio da Silva e Selva Guimarães Fonseca fica evidente a situação do ensino de história
na educação básica e refletem também sobre a organização dos livros didáticos que são de
suma importância para a construção do aprendizado. Sabemos que é dever do professor ser
fonte de novos conhecimentos para seus alunos, mas sabemos também que o livro didático
3
Imagem que representa a Chegada do príncipe regente Dom João à igreja do Rosário, Óleo sobre tela de
Armando de Martins Vianna (1897-1991) que representa a chegada da família real ao Rio de Janeiro, em
março de 1808, para missa comemorativa.
40
é a limitação do aluno, é o único acessório que o aluno tem para realizar o suas leituras e
buscas por conhecimento. Sendo assim esses livros precisam serem melhor escolhidos para
atender as demandas de aprendizagem que os nossos alunos precisam.
Ao ensino de História cabe um papel educativo, formativo, cultural e
político, e sua relação com a construção da cidadania perpassa diferentes
espaços de produção de saberem históricos. Desse modo, no atual debate
da área, fica evidente a preocupação em localizar, no campo da história,
questões problematizadoras que remetem ao tempo em que vivemos e a
outros tempo, num dialogo crítico entre a multiplicidade de sujeitos,
tempos, lugares e culturas. Portanto, a(s) configuração (ões) da(s) história
(s) vivida (s) ensinada (s) pelos professores, entre as quatro paredes da
sala e, também, fora dos limites dos territórios escolares, bem como das
histórias que os alunos aprendem nesses e noutros espaços, é bem mais
complexa do que muitos supõem (SILVA, FONSECA, 2010, p. 24).
Ao pensar na forma como seriam ministradas as aulas da regência, principalmente
ao perceber essa relação entre a formação dos alunos na sala de aula e a sua relação
complexa com o mundo atual, com o formação de conceitos como cidadania, cultura,
política, ou seja, é na disciplina de história que podemos colocar os alunos diante da
realidade da sociedade, por isso é preciso que a cada passo na sala de aula seja um ponto
de reflexão e contextualização com a realidade de cada tempo, são vários os debates para
tentar melhorar a qualidade do ensino no campo da História. “Tantas décadas de debate
permitiram um alargamento infinito de temas, problemas e materiais para realização do
ensino de História. Agora precisamos garantir sujeitos e recursos clássicos para serem
aliados aquela liberdade (SILVA, FONSECA, 2010, p. 31)”
O olhar para a importância da história na sala de aula, nos mostra também como as
perspectivas e as expectativas também devem ser modificadas, como pensar o ensino de
historia hoje? Vincular a vinda da corte portuguesa para o Brasil com o regime republicano
que vivemos hoje, mostrar como é importante não ignorar a política como algo chato sem
importância se ela foi uma grande conquista da sociedade e do povo Brasileiro que foi o
único País das Américas há passar tanto tempo em um regime monárquico.
É nas relações entre professores, alunos, saberes, materiais, fontes e
suportes que os currículos são, de fato, reconstruídos. Assim, devemos
valorizar, permanentemente, na ação curricular, as vozes dos diferentes
sujeitos, o dialogo, o respeito à diferença e o exercício da cidadania.
Professores e alunos fazem história. (SILVA, FONSECA, 2010, p. 31).
Em outro livro de Selva Guimarães Fonseca que ela descreve sobre a prática do
professor na sala de aula O Trabalho do Professor na Sala de Aula: relações entre
41
Sujeitos, Saberes e Práticas, ela nós mostra como esse ambiente é diferente e de grande
complexidade, para ela é o palco no qual, alunos e professores estão envolvidos em uma
teia de aprendizagens, os professores aprendendo com a experiência dos alunos e os alunos
aprendendo com a convivência do professor.
Ao defendermos, no ensino de história – reconhecidamente um lugar de
fronteira – as relações entre sujeitos, saberes e práticas, não estamos
pensando apenas na pesquisa sobre a formação docente, mais, sobretudo,
nas relações entre a formação, a pesquisa, os saberes e as práticas em sala
de aula. Estamos ousando pensar nas relações que se estabelecem na sala
de aula. A nossa opção é caminhar na intersecção, dialogando com os
dois campos: Educação e História (FONSECA, 2010, p. 393).
Fonseca estabelece este contato com a formação de professores e o ensino de
história para que possamos entender e formar indivíduos que não pensem na singularidade
dos acontecimentos, tudo na vida está de certa forma, interligado e para ser um professor
que sabe lidar com os acontecimentos do dia a dia e consecutivamente os acontecimentos
da sociedade é preciso ligar essa prática do ensino de história e a vivência na sala de aula.
A visão de Fonseca nos permite evidenciar, por exemplo, os principais problemas e
dificuldades que passam os professores, formando assim políticas educacionais que sejam
condizentes com a realidade vivida no âmbito escolar. E segundo Fonseca 2010:
Consideramos fundamental uma preparação sólida do professor dos anos
iniciais e finais do ensino fundamental, e, para isto, a nosso ver, é
imprescindível, repensar o lugar dos conteúdos e das metodologias de
ensino específicas nesses cursos. Do mesmo modo, avaliamos
imprescindível repensar o lugar dos conhecimentos pedagógicos, das
metodologias de ensino específicas nos curso de licenciatura. A nossa
proposta, reiterada em outros espaços, é articular ensino, pesquisa e
prática pedagógica na graduação, tornando o ensino objeto de
investigação nos diversos cursos de licenciatura em parceria com as
escolas, campos de estágios e práticas (FONSECA, 2010, p. 398).
Esta citação de Fonseca nos mostra a sua proposta para o que podemos dizer de
mudança nas organizações educacionais, e principalmente no ambiente escolar, reflete
também acerca da possibilidade de o professor conseguir abarcar as três modalidades mais
importantes como um profissional da educação, que é o ensino, pesquisa e prática
educacional. Relaciona ainda a importância do estágio para a formação dos professores,
que é o primeiro ponto de organização para o que podemos chamar de educação de
qualidade. E essa educação de qualidade não partiria somente daquele professor dotado de
conteúdo e sim do professor que consegue ensinar e ao mesmo tempo ser ensinado.
42
A nosso ver, os processos e as relações estabelecidas no interior da
universidade, como analisados anteriormente, se expressam, de algum
modo, no interior da sala de aula, no trabalho do professor, formado em
nível superior, em determinados contextos e condições. Em nossas temos
buscado investigar as relações entre a formação e as práticas, os sujeitos e
os saberes (FONSECA, 2010, p. 399).
Podemos então perceber como o estágio pode influenciar na dinâmica do
aprendizado dos futuros professores e ainda mais, coloca-os em conhecimento da
importância da experiência na sala de aula e que nos ajuda a formar melhores mentalidades
para a sociedade à qual estamos vivendo. A regência por sua vez é a fase do estágio que
nós podemos nos encontrar nesse mundo de experiências que formam os professores a
cada dia de trabalho, a cada estudo de uma nova metodologia, a cada nova dinâmica e a
cada novo momento vivenciado no interior da sala de aula.
43
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fica evidente durante tudo que já foi escrito e trabalhado, a importância da
disciplina de Estágio Supervisionado Obrigatório I, mais cabe aqui relembrar algumas de
suas principais características como formadoras de um bom profissional. A sua bagagem é
complexa pois carrega uma carga teórica, prática e metodológica para interferir na
formação dos futuros professores, e deixa-los capacitados para o âmbito de trabalho ao
qual ingressarão.
Como carga teórica essa disciplina além de nós trazer várias discussões a respeito,
da organização da escola, plano de desenvolvimento escolar, metodologias de
aprendizagem, falamos também sobre os desafios que o professor tem a enfrentar em seu
dia a dia de trabalho, sobre as políticas educacionais e suas mudanças nas formas de
organização escolar, no que tendem à conteúdo, livro didático, formas de avaliação. Neste
mesmo momento discutimos também à respeito da elaboração do livro didático, como esse
livro é escolhido e quais são as formas de repensar essa seleção do livro didático que é de
suma importância para o aluno posto que ele é basicamente o único material que este tem
para estudar em casa, para estudar na escola, para tirar suas dúvidas.
Outro ponto teórico que abordamos durante as etapas do estágio, e que é muito
importante é a respeito dos debates que acontecem atualmente referentes à África e aos
africanos, e pensar como eles estão sendo representados no livro didático, e pensar que o
professor é o responsável pela dissolução de qualquer pensamento racista que surja durante
um debate como este, sempre influenciar seu aluno para o exercício a cidadania, e ações
contrarias ao desrespeito e racismo. Este debate é muito importante por que muitas vezes o
livro traz informações equivocadas, ou mesmo pobres que podem se transformar em
estereótipos racistas, como é o caso de todas as vezes que falamos sobre África sempre nos
lembrarmos da fome, seca, doenças. Sabemos que isso é um erro e que o Continente
africano tem locais pobres, mais também tem locais lindos com Países muito bem
desenvolvidos.
A bagagem teórica é grande, aprendemos também sobre formas e formas de se
fazer planejamento, aprendemos a importância do planejamento para o professor e para a
escola, assim lemos vários textos que pode nos elucidar essa ideia. Tivemos um contato
44
com o Plano de referencia da educação no qual estão estipulados todas as expectativas de
aprendizagem que devem ser pensadas para cada ano e cada conteúdo na educação básica.
No quesito metodologia podemos rever todo o nosso aporte teórico para pensar
diferentes metodologias para serem aplicadas na escola. Pensamos também como em cada
turma a aula deve ser pensada de forma diferente mesmo que fossem duas turmas de uma
mesmo ano, existe na escola uma experiência subjetiva que predomina durante todo o
tempo em que pertencemos a ela e que aplicamos as nossas aulas, por isso a metodologia é
tão importante. Com a aplicação da oficina na escola campo colocamos em prática varias
formas metodológicas de aplicação do conteúdo e conseguimos perceber como cada uma
progrediu de um jeito e como algumas geraram bastante dificuldade.
E na prática que é o principal objetivo da disciplina, conseguimos realizar, analise
dos documentos da escola, participação na sala para observarmos o dia a dia do professor,
realização das micro aulas na unidade universitária, oficina e a regências que foram as duas
aulas aplicadas na escola campo. Foi na prática que conseguimos vivenciar essas
experiências desafiadoras que traz o dia a dia na escola, como professores titulares de uma
disciplina. Na prática juntamos teoria e metodologia em uma só ação, para podermos
sempre entrar para os portões de uma escola e oferecer a excelência para os nossos alunos,
nós como formadores de opiniões e ações sociais, somos responsáveis por grande parte do
futuro de nossos alunos e por isso temos que estar capacitados e cientes de nossa realidade,
que é a grande importância da disciplina de Estágio Supervisionado Obrigatório I.
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANDRADE, Débora EI-jaick. O Lúdico e o Sério: Experiências com Jogos no Ensino de
História. Londrina: 2007.
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. In: Brasil.
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB,
DICEI,
2013.
Disponível
em:
<
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doe_download&gid=1344
8&Itemid> Acesso em 07/02/2014.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História: Experiências,
Reflexões e Aprendizados. Campinas SP: 2003.
FONSECA, Marília. Impactos do Plano de Desenvolvimento da Escola na Gestão do
Ensino Fundamental em Goiás. Brasília: Linhas Críticas. Vol. 10, 2004.
FONSECA, Selva Guimarães. O trabalho do professor na sala de aula: relações entre
sujeitos; saberes e práticas. R. Bras. Pedag., Brasília, v. 9, n. 228, p.390-407, maio/ago.
2010.
GOMES, Édula Maria Fonseca. A importância do planejamento para o sucesso escolar.
Porto Nacional: UFT-TO – TO, 2011.
KARNAL, Leandro. Conversas com um jovem professor. São Paulo: Contexto, 2012
MARCOS, Antonio da Silva. FONSECA, Selva Guimarães. Ensino de História Hoje:
errâncias, conquistas e perdas. São Paulo: Revista Brasileira de História. Vol. 31, 2010.
OLIVEIRA, Sônia Maria. Borges de. – Fundamentos teórico-metodológicos do plano de
Desenvolvimento da Escola – PDE. Inter-Ação: Rev. Fac. Edu. UFG, 31 (1): 55-80,
jan./jun 2006.
PPP- Projeto Político Pedagógico, da Escola Jandira Ponciano dos passos, 2014.
PDE- Plano de Desenvolvimento Escolar, da Escola Jandira Ponciano dos Passos, 2013.
RE- Regimento Escolar, da Escola Jandira Ponciano dos Passos, 2011.
SCHIMIDT, Maria Auxiliadora. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
46
CAPÍTULO IX
DOS ANEXO
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1. DECLARAÇÃO
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1. QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO ESCOLAR
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2. FICHA DE HORAS DA DOCÊNCIA PARTICIPATIVA
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3. PLANO DE AULA DA MOCRO-AULA
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PLANO DE AULA
Escola: Escola Estadual Jandira Ponciano dos Passos
Turma: 8° ano
Disciplina: História
Data: 09/06/2014
Professora: Juliana Vieira Marques
Título – Brasil Império.
Objetivo Geral –
Caracterizar as mudanças políticas e econômicas decorrentes da transferência da Família
Real Portuguesa para o Brasil e identificar como a Interiorização da Metrópole foi o inicio do
processo de independência do Brasil.
Objetivos Específicos:
Compreender a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil como um leque de interesses
econômicos e de enraizamento dos interesses mercantis no Centro-Sul. .
Identificar como a colônia passa por mudanças estruturais para conseguir abarcar os
grandes gastos da corte portuguesa.
Avaliar e discutir a introdução de novos aspectos sociais e culturais, decorrentes da
transferência da Corte portuguesa para o Brasil.
Compreender a dinâmica das relações econômicas no processo de transformação da
realidade histórica.
Conteúdo:
 A Corte Portuguesa no Brasil;
63
Conceitos:
 Independência; Metrópole; Emancipação política;
Procedimentos Metodológicos: Aula expositiva e dialogada
Recurso: Quadro, Giz, Imagens, Texto impresso, Mapa.
Recurso Humano: Professor, aluno;
Mecanismos de avaliação: Avaliação será contínua levando em consideração a
observação e participação do aluno durante a aula, bem como a realização da atividade proposta a
partir do conteúdo exposto.
Cronograma: 40 minutos;
Referências:
BASILE, Marcelo Otavio N. de C. História Geral do Brasil: O Império Brasileiro:
Panorama Político. 9° ed. Rio de Janeiro: 1990.
BOULOS, Junior Alfredo. História Sociedade e cidadania. Edição Reformulada, 8° ano.
2° Ed. São Paulo: 2012.
.
64
4. MATERIAL DIDÁTICO ELABORADO PARA MICRO-AULA
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
Professora: Juliana Vieira Marques
ROTEIRO DE AULA
Conteúdo Complementar
Tema: Brasil Império
A CORTE PORTUGUESA NO BRASIL
Linha do tempo:
Colônia (1800). Corte Portuguesa no Brasil (1808). Fico de Dom Pedro (1822).
Regência (1831). Segundo Reinado (1840). Fim do Brasil Império e inicio da República
(1889).
Vinculo entre os conteúdos anteriores:
O Brasil que conhecemos hoje não era assim nos anos de 1800, ele era denominado
como Colônia, que servia exclusivamente para abastecer a Metrópole. Existia neste
momento o “pacto colonial” como já foi estudado na aula passada, esse pacto colonial foi
quebrado e, por conseguinte afetou a nova administração do Brasil.
Levantamento prévio de conhecimento:
65
O que vocês entendem por Império?
Quem já ouviu falar sobre a vinda da Corte Portuguesa no Brasil?
Conteúdo:
A transmissão da Corte Portuguesa para o Brasil e/ou Colônia, foi o inicio de sua
mudança em seu estado de colônia para monarquia ou Império. Dom João veio para o
Brasil e se instalou em Rio de Janeiro, local que se torna importante Capital de um vasto
Império mundial, pois controlava Portugal, Brasil, e dois continentes África e Ásia.
A interiorização da Metrópole deve ser entendida como o inicio do processo de
Independência da colônia e do enraizamento dos interesses mercantis portugueses no
Centro-Sul. Dessa forma a vinda da família Real para o Brasil acarretou no surgimento de
vários problemas:
Grande quantidade de pessoas gerou:
Crise de abastecimento;
Carência de moradias;
Aumento dos aluguéis e de gêneros de subsistência;
Dom João trouxe também para o Brasil um novo incremento no quesito cultural que
afetou no modo de vida das pessoas:
Instituições políticas de administração do estado português;
Instituição cientifica culturais;
Biblioteca Real;
Museu Real;
Imprensa Régia;
Jardim botânico;
Academias médicos - cirúrgicas;
Dessa forma com tantas mudanças se tornou necessário mudar o aparelho
burocrático existente na colônia para que o governo português pudesse ser implantado. O
primeiro passo seria por um fim ao “monopólio” comercial que em 1808 com a chegada de
Dom João foi realizada a abertura dos portos comerciais para as nações amigas, que
representou uma grande mudança na administração da colônia.
Ainda com a abertura do comercio para os portos e nações amigas não ficaram de
lado os impostos que representavam o aumento da riqueza ou mesmo a manutenção dos
66
gastos da coroa. No entanto os Ingleses não ficaram satisfeitos e pediam mais vantagens
para a Inglaterra. Dom João então faz o tratado de comércio e navegação com a Inglaterra
em 1810 que garantia 25% de desconto no valor dos impostos.
Esse período da administração de Dom João no Brasil é conhecido como o período
Joanino, que não foi de tudo amigável. Travou batalhas com a Guiana Francesa e
Montevidéu, para conquistar as cidades e conseguir mais controle territorial, político e
econômico. Após muitas lutas toda a banda oriental foi anexada ao Brasil com o nome de
província Cisplatina em 1821.
Neste momento pesava uma grande carga fiscal sobre os brasileiros que além de
abastecerem a corte no Rio de Janeiro, com os autos gastos com a elite brasileira tinha
também que ajudar na recuperação de Portugal.
Revolta de Pernambuco
Todos esses impostos e o controle dos portugueses sobre o comercio varejista e a
preferência dada aos militares levou Pernambuco ao grande estagio de insatisfação. Em
maio de 1817, um grupo de rebeldes pernambucanos tomou o poder, proclamou uma
“republica” e formou um governo provisório que dizia representar todas as classes. Esse
grupo liderado por Domingo José Martins, Miguel Joaquim de Castro e Domingos
Teotônio Jorge, defendiam a liberdade de religião, de imprensa e fim do domínio
português, mas não o fim da escravidão.
Dom João quando soube da revolta mandou soldados e navios de guerra que
sufocaram o movimento.
A Revolta do Porto
Dom João desfrutava de muitos privilégios no Brasil, que levou a insatisfação dos
portugueses que haviam ficado em Portugal. Em 1820 fizeram a revolução Liberal do
Porto, na qual decidiram que Dom João deveria voltar a Portugal.
Neste momento existia no Brasil dois partidos o “partido Português” que queria a
volta de Dom João à Portugal, e o “partido brasileiro”
que queria que Dom João
permanecesse no Brasil. Pressionado Dom João resolve voltar a Portugal, no entanto deixa
seu filho Dom Pedro no Brasil como Príncipe regente.
O Fico e a Independência política do Brasil
As Cortes Portuguesas continuaram insatisfeitas e não aceitaram a permanência de
um herdeiro ao trono de rei no Brasil. O partido brasileiro ao saber da decisão das cortes
em levar Dom Pedro para Portugal resolver fazer movimentos com a tentativa de
67
convencê-lo a ficar no Brasil. Em 9 de Janeiro de 1822 Dom Pedro recebe um manifesto
com mais de 8 mil assinaturas pedindo a sua permanência e ele concordou, episodio
conhecido como o dia do Fico, que representa a independência política do Brasil.
Referências:
BASILE, Marcelo Otavio N. de C. História Geral do Brasil: O Império
Brasileiro: Panorama Político. 9° ed. Rio de Janeiro: 1990.
68
5. FICHAS DE AVALIAÇÃO DAS MICRO-AULAS DOS COLEGAS
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70
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72
73
6. PROJETOS DAS OFICINAS E /OU PROJETOS
CAMPUS JUSSARA
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
ACADÊMICAS: Daiane dos Santos
Jeniffer Amaral de Oliveira
Juliana Vieira Marques
Késsia Aparecida
Professora: ME. Roberta do Carmo Ribeiro
PROJETO DA OFICINA
O USO DE JOGOS COMO INSTRUMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
SOBRE A HISTÓRIA DE GOIÁS.
JUSTIFICATIVA
Diante de todas as preocupações e necessidades de nossos alunos de conhecer a
história do próprio estado onde residem se faz interessante um estudo sobre este, só se
encontra um pequeno limite no caminho diante da falta de conteúdo no livro didático, desta
forma já que é de suma importância o estudo e como nós professores aprendemos à encarar
de frente todos estes limites e descobrimos que podemos criar nosso próprio material,
decidimos aplicar uma oficina sobre a história de Goiás no Colégio Estadual Jandira
74
Ponciano dos Passos para poder mostrar para nossos alunos como é importante conhecer a
nossa própria história antes de querer conhecer todos as outras histórias de desbravações.
Desta forma após muitos estudos teóricos e com muito conhecimento acumulado
decidimos aplicar uma oficina de História diferente, para provar aos alunos que o estudo da
História não é uma coisa pronta e acabada com somente o livro didático, assim iremos
fazer uma oficina com jogos voltados para o ensino de história, utilizando a criatividade
iremos mostrar para os alunos que aprender também pode ser uma coisa divertida e não a
sempre mesmice de ler textos quilométricos que podem acabar com o interesse do aluno
pela aprendizagem da disciplina. Como sabemos que lidar com alunos que estão em fase
de crescimento com os hormônios a flor da pele e a euforia de inquietação é muito forte,
optamos por fazer algo divertido e educativo ao mesmo tempo, por exemplo, uma
dinâmica de torta na cara assim os alunos poderão fixar o conteúdo brincando, pois com
perguntas um tanto objetivas conseguimos que eles aprendam pelo menos 75% de todo
conteúdo aplicado em sala, e por falar em sala também não precisamos de um espaço
diferente para aplicar estas dinâmicas a própria sala de aula é um bom lugar, pois assim o
aluno descobre que ir para a escola é também uma coisa divertida onde todos podem
aprender com alegria e contentamento, desta forma deixando ambas as partes contentes
com o desempenho, primeiro o professor por ir para casa com o sentimento de dever
cumprido sabendo que fez um bom trabalho com seus alunos e depois o aluno por ir para
casa com o contentamento de ter feito a descoberta de tantas coisas novas com um
conteúdo interessante com uma metodologia diferente e muito boa de participar. Desta
forma este aluno não se sente preso a uma única metodologia de ensino onde ele sempre
vai achar que esta sendo chato aprender, pois todos sabemos que quando o aluno gosta do
método do professor ele se sente mais motivado e aprende mais.
Objetivos.
Os objetivos dessa oficina são desenvolver junto com os alunos uma diferente
metodologia para o ensino de história de Goiás.
Nesse sentido, o trabalho com jogos possibilita o professor a desenvolver o caráter
lúdico de saberes e conhecimento necessários para a formação intelectual e social dos
alunos.
Conteúdo
75
O conteúdo a ser trabalhado com os alunos é basicamente a história de Goiás e suas
estruturas, desde sua origem e também seu crescimento.
Abordando como era Goiás, antes de ser descoberta, o motivo dessa descoberta que
era assim o interesse pelas minas de ouro, que impulsionavam o crescimento da vida
urbana no local de exploração do ouro, também a decadência da exploração do ouro, onde
a população se volta para o campo.
O período republicano em Goiás, marcado pelo governo de José Leopoldo,
identifica-se também pela arrecadação de impostos, que garantisse investimentos, o estado
demonstrava uma forte autonomia.
Abordando o desenvolvimento de Goiás em meio à construção de ferrovias, o que
ocasionava um grande fluxo de transportes em Goiás, também a intensificação da
agricultura e pecuária, que se desenvolveu visando suprir a produção alimentícia nacional,
beneficiaria também à exportação de produtos, onde o primeiro produto a ser exportado foi
o arroz.
As necessidades de infraestrutura para o desenvolvimento da cidade de Goiás, e
garantir melhores condições para os moradores, como serviços básicos, água, luz, que
beneficiassem a população.
“Discutir, contexto social, político econômico, do crescimento de
Goiás, através de uma dinâmica diferente que são os jogos. Jogar
na aula de História é um belo exercício amoroso. Uma vez que o
jogo pressupõe uma entrega ao movimento absoluto da brincadeira
e que jogar implica um deslocamento. (Org. Marcelo Paniz. Nilton
Mullet. 2013. P.19).”
”
Os jogos tornam as aulas de história uma maneira dinâmica, contribuindo para o
conhecimento do aluno que desenvolve os conhecimentos através das dinâmicas ocorridas
na sala de aula, uma maneira menos teórica de demonstrar o conhecimento em relação às
aulas teóricas.
METODOLOGIA
Introdução:
76
No dia 22 de Setembro de 2014 será realizada a oficina de Estágio Supervisionado
Obrigatório I no colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, organizada pelos
acadêmicos do 3° ano do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de
Goiás, Unidade Universitária de Jussara, sob. Orientação da professora Roberta do Carmo
Ribeiro titular da disciplina de Estágio Supervisionado Obrigatório à qual nos conduz a
realização das atividades que relacione os acadêmicos à prática docente. A metodologia
que será trabalhada presa à importância da dinâmica na sala de aula, dessa forma foi
estabelecido os jogos como quesito de aprimoramento na compreensão dos conteúdos,
melhoras nas formas escritas e orais dos alunos.
O desenvolvimento de um projeto, em linhas gerais, é composto de
três grandes etapas ou fases: a primeira fase do projeto refere-se à
identificação e à formulação do problema, ao planejamento, às
discussões à elaboração do projeto à formação de grupo. A segunda
etapa é a da construção do desenvolvimento do trabalho- são as
atividades, as aulas as discussões, dos resultados. A terceira fase do
projeto é a da apresentação dos resultados, da globalização, da
socialização dos saberes produzidos, da avaliação final do projeto
em sua totalidade (FONSECA, 2003, p. 110).
Assim como estabelece Fonseca as três fases do projeto são imprescindíveis. O
problema pensado para esse trabalho foi como trabalhar os jogos em sala de aula na
disciplina de História? Pensamos que dinamizar a apresentação do tema traria mais
entusiasmo por parte dos alunos possibilitando uma maior aprendizagem. O tema da
oficina é História de Goiás, que por sua vez será trabalhado como um reforço oferecido
pelos acadêmicos da UEG, pois este conteúdo já foi trabalhado e deixou grandes dúvidas
que serão esclarecidas na realização da oficina que será dividida em cinco momentos.
Primeiro Momento:
Para o primeiro momento será reservada à apresentação da turma de acadêmicos
que é composta por, Daiana dos Santos, Jeniffer Amaral de Oliveira, Juliana Vieira
Marques, Késsia Aparecida. Nesta fase será também apresentado o tema da oficina, como
forma de deixa-los familiarizados com as atividades. Já que para melhor aproveitamento
dos jogos na sala de aula o tempo deve ser determinado assim como as regras que serão
estipuladas no decorrer da dinâmica em sala. Nesta fase também será transmitido um vídeo
77
contendo um curta metragem sobre história de Goiás na qual será apresentado também a
importância dos jogos na disciplina de história.
Fonseca nos diz como deve ser pensada essa organização à luz do processo de
ensino aprendizagem:
O processo de desenvolvimento – a construção da aprendizagem –
permeia todo o desenrolar do projeto. A nosso ver devem ser usadas todas
as estratégias necessárias para atingir os objetivos propostos: aulas
expositivas, debates, leituras, vídeos, pesquisas, entrevistas e outras
(2003, p. 113).
Após a apresentação das acadêmicas, do tema e da forma com que será trabalhado
partiremos para a organização da turma, que será dividida em dois grupos em que
competirão entre se nos jogos. Marcaremos os grupos em vermelho e azul, com uma fita
que percorrerá todo o tempo da oficina. Organizados as modalidades dos grupos o
ambiente da sala de aula também será programado de forma a adaptar-se melhor com os
jogos e com a oficina em si. Para Andrade:
Assim, é no caráter ao mesmo tempo lúdico e educativo que reside o
‘paradoxo do jogo’, Suas qualidades o tornam um recurso eficaz para o
educador criar e organizar as condições para a aprendizagem ou
maximizar a construção de saberes e noções anteriormente trabalhados,
(KISH1MOTO, 2005, p, 37, apud, ANDRADE, 2007, p. 3)
Dessa forma percebe-se qual importância dos jogos na sala de aula a partir das descrições
de Andrade, que nos possibilita entender como as duvidas existentes sobre a história de
Goiás podem ser supridas. Um bom exemplo é que os jogos ajudaram a fixar essa
compreensão dos conteúdos que serão levados para a sala de aula.
Segundo Momento
No segundo momento daremos inicio aos jogos, que serão divididos em grupos de
dois acadêmicos, em que o restante ficará responsável pelas fotos e filmagem da oficina
assim também como também fornecer qualquer ajuda técnica à qual for necessária na
realização da oficina. O primeiro jogo é a dinâmica dos balões que será trabalhado por
Daiane dos Santos e Késsia Aparecida. Fonseca nos diz que:
Combinar as ações necessárias e seu processo de efetivação. Essa
inserção dos alunos nas tarefas a realizar ressignifica o trabalho coletivo,
os conteúdos trabalhados por meio do estabelecimento de vínculos reais
entre o processo pessoal de construção do conhecimento e o objeto a ser
conhecido (FONSECA, 2003, p. 114).
78
Essa dinâmica tem como objetivo instigar os alunos a responderem perguntas a
respeito da história de Goiás, que é o tema da oficina. Serão levados cerca de dez balões
para a sala em que cinco será do grupo azul e cinco do grupo vermelho. Os balões serão
colados no quadro onde os alunos irão estourar em suas respectivas ordens e responder, no
caso de algum aluno não conseguir responder a questão será transferido ao outro grupo que
poderá por meio dela adquirir mais pontos para ganhar o prêmio final. Se nenhum dos
alunos conseguirem responder a questão será anulada e respondida por uma das
acadêmicas que estão aplicando o jogo. Ao finalizar cada jogo o grupo vencedor é
premiado com uma trouxinha de guloseimas.
Terceiro Momento:
O terceiro momento trabalhado pelas quatro acadêmicas será aplicado um quebra
cabeças temático da história de Goiás e principalmente relacionado às divisões políticas do
Estado como forma de compreender localização do Estado em detrimento das outras
regiões, as divisões políticas, a quantidade de municípios nesse Estado, os rios, e as
distâncias entre as divisas estaduais.
Quarto Momento:
Nesta fase da oficina será realizada pelas acadêmicas Jeniffer Amaral e Juliana
Vieira o jogo torta na cara, onde serão realizadas perguntas para os alunos se responderem
corretamente ganharão um prêmio e incorretamente levaram uma torta na cara. As
perguntas elaboradas serão todas relacionadas com o tema de história de Goiás conforme
também o grau de aprendizagem dos alunos. A quantidade das perguntas serão feitas
mediante as que já foram elaboradas para a dinâmica do balão o total de dez questões que
serão divididas em cinco perguntas para cada grupo. Se por acaso algum aluno não
conseguir responder a pergunta, levará uma torta na cara, é claro de forma cuidadosa e
depois a pergunta será respondida pelas acadêmicas de forma clara e diferenciada para que
haja uma boa compreensão do conteúdo.
Quinto Momento:
79
O quinto momento fica estabelecido o fechamento da oficina, com todos os alunos
e os acadêmicos da Universidade, este fechamento caberá à indicação do grupo vencedor
que levará um prêmio de forma simplista somente para simbolizar o desfecho das
atividades realizadas. Dessa fora devemos sempre entender o nosso trabalho na escola
como uma grande contribuição para o conhecimento como fica claro na citação abaixo.
Finalmente devemos considerar que trabalho por projetos constitui uma
possibilidade metodológica que potencializa o desenvolvimento de
estudos e pesquisas, numa perspectiva inter e multidisciplinar capaz de
redimensionar a gestão do processo de ensino e resignificar a concepção
de aprendizagem em história (FONSECA, 2003, p.116).
As dinâmicas formam na oficina o ponto principal posto que facilitam o
aprendizado do aluno. Os conhecimentos então podem com toda certeza serem
transmitidos de forma correta, compreensiva e de forma a se fixar na mentalidade dos
alunos que poderão promover uma nova ideia da produção de conhecimento em história.
Conclusão:
A história de Goiás é um tema muito interessante e importante, principalmente para
nós que somos originários dessa região. Porém o livro didático que é um dos mais
importantes instrumentos utilizado pelo professor na sala de aula não traz muita coisa a
respeito desse tema. Fica a cargo de o professor estar buscando, mais conhecimentos e
formas de trabalhar esse conteúdo em suas aulas. Dessa forma Andrade nos diz que os
jogos podem:
A partir destas atividades e experiências os jovens constroem noções de
temporalidades, comparações, noções de processos e transformações,
operações de identificação e diferenciação que lhes permitem conhecer
diferentes realidades históricas e refletir sobre sua própria realidade
(ANDRADE, 2007, p. 5).
Portanto a contribuição dos jogos e da dinâmica em sala de aula é imprescindível
para se ministrar esses conteúdos que apresentam mais dificuldades de entendimento. Por
isso essa foi a nossa escolha para descontrair o ambiente da sala de aula e deixa-lo
pertencer a um cenário de diversas perspectivas assim como o ensino de história.
Recursos
Humanos:
Alunos do 8º ano A
80
Professora de estágio: Roberta do Carmo Ribeiro
Professora titular: Maria do Socorro Alves Candolini
Estagiários: Dayana de Souza Santos, Késsia Aparecida Camelo, Juliana Vieira
Marques, e Jeniffer Amaral.
Didáticos:

Imagens, vídeo;

Balões coloridos

Caixas de som

Notebook, data show.
Publico Alvo
Alunos do 8° ano Matutino (36 alunos) do Ensino Fundamental 2ª fase do Colégio
Estadual Jandira Ponciano dos Passos, situada na Praça Goiás, Bairro Goiás.
Cronograma:
Este projeto começou a ser organizado no dia 11 de agosto de 2014, na UEG,
unidade universitária de Jussara, onde os alunos estagiários se reuniram para planejar os
momentos a serem trabalhados na oficina que terá como tema ‘’História de Goiás’’, onde
os mesmos terão que aplicar no Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos para alunos
de 8°ano onde o tema foi escolhido pela professora regente de acordo com a necessidade
dos alunos em sala. No dia 01/09/2014 nos encontramos na UEG Jussara, para podermos
decidir entre os estagiários o que seria trabalhado no Colégio com a turma do 8°ano, e
ficarem firmado as dinâmicas e as metodologias usadas em sala onde ficaram definidas as
seguintes dinâmicas: Balão com perguntas, Torta na Cara, Quebras Cabeças dos mapas e
também quem seria responsável pelos registros das atividades em forma de vídeos e de
fotografias. Já no dia 15/09/2014 nos encontramos novamente para fazermos uma rápida
apresentação sobre como iremos trabalhar em cada momento e o que iríamos levar para
sala de aula, onde a professora estava disponível para tirar nossas dúvidas e nos ajudar a
melhorar nosso conteúdo para que nossa oficina se torne algo interessante. A oficina será
realizada no dia 22/09/2014 no Colégio Estadual Jandira Ponciano dos Passos, onde o
grupo apresentará das 7:00 Hrs as 11:00 Hrs.
81
Considerações Finais
De acordo com os textos lidos foi possível destacar que os jogos estimulam a
socialização, e funciona como uma forma de exploração da realidade vivida, em que os
mesmos exigem planejamento, explicitação prévia dos objetivos e reflexão posterior. Esse
foi o motivo pelo qual optamos na temática jogos para serem trabalhados em nossa oficina.
“O lúdico aplicado á prática pedagógica não apenas contribui para a aprendizagem
da criança, como possibilita ao educador tornar suas aulas mais práticas, dinâmicas e
prazerosas. (GARCEZ, p.22, s/n). ”
Referências Bibliográficas:
ANDRADE, Débora EI-jaick. O Lúdico e o Sério: Experiências com Jogos no Ensino de
História. Londrina: 2007.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História: Experiências,
Reflexões e Aprendizados. Campinas SP: 2003.
KARNAL, Leandro. Conversas com um jovem professor. São Paulo: Contexto, 2012.
82
7. PRODUTOS DAS OFICINAS E/OU PROJETOS
83
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8. PLANO E/OU SEQUENCIA DE AULA DA REGÊNCIA
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PLANO DE AULA
Escola: Escola Estadual Jandira Ponciano dos Passos
Turma: 8° ano
Disciplina: História
Data: 27/10/2014
Professora: Juliana Vieira Marques
Título – História do Brasil Imperial.
Objetivo Geral –
Perceber as mudanças políticas e econômicas decorrentes da transferência da corte
portuguesa para o Brasil e do Governo de Dom Pedro I.
Objetivos Específicos:
Compreender a vinda da Corte portuguesa para o Brasil como um leque de
interesses econômicos e de enraizamento de interesses mercantis no Centro-Sul.
Identificar como a colônia passa por mudanças estruturais para conseguir abarcar os
grandes gastos da corte.
Avaliar a introdução de novos aspectos sociais, culturais e econômicos, decorrentes
da transferência da corte portuguesa para o Brasil.
Discutir a dinâmica das relações econômicas no processo de transformação da
realidade histórica.
Conteúdo:
 A Corte Portuguesa no Brasil.
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Conceitos:
 Colônia, Império, Dependência, independência.
Procedimentos Metodológicos: Aula expositiva e dialogada;
Recurso: Quadro, Giz, Imagens, Slides, Mapa.
Recurso Humano: Professor, alunos da turma do 8° ano matutino
Mecanismos de avaliação: Avaliação será contínua levando em consideração a
observação e participação do aluno durante a aula, bem como a realização da atividade
proposta a partir do conteúdo exposto.
Cronograma: 1 Hora e 40 minutos;
Referências:
BASILE, Marcelo Otavio N. de C. História Geral do Brasil: O Império
Brasileiro: Panorama Político. 9° ed. Rio de Janeiro: 1990.
BOULOS, Junior Alfredo. História Sociedade e cidadania. Edição Reformulada,
8° ano. 2° Ed. São Paulo: 2012.
AZEVEDO, Gislane Campos. Projeto Teláris / História. 8° ano. 1° Ed. Ática: São
Paulo, 2012.
86
9. MATERIAL DIDÁTICO ELABORADO PARA REGÊNCIA
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Tema: A Vinda da Corte Portuguesa para o Brasil.
Professora: Juliana Vieira Marques
Aluno (a): _____________________________
Atividades Avaliativas
1) A Vinda da familia Real para o Brasil não foi um fato isolado. Pelo contrário foi
reflexo da situação política européia do começo do século XIX. Descreva essa
situação.
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2)No começo do século XIX a viagem de Lisboa ao Rio de Janeiro não era
simples nem facil. As pessoas que vieram com Dom João ea familia Real tiveram que
enfrentar muitas dificuldades. Assinale os principais problemas do percurso.
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3)Com base no texto, cite alguns problemas observados na cidade do Rio de
Janeiro na época da chegada da corte portuguesa.
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4) A instalação da corte promoveu uma série de mudanças no Rio de Janeiro,
desde transformações urbanisticas até a instalação de novos orgãos e instituições. Cite
seis mudanças provocadas pela chegada de D. João e sua corte.
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5) Produza um texto descrevendo sobre a chegada da corte portuguesa no Brasil
e sua importancia para a formação da nação.
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10. FICHA DE HORAS DA REGÊNCIA
90
11. FICHA DE AVALIAÇÃO DA AULA PROVA DA REGÊNCIA
91
12. FICHA DE HORAS DAS ORINTAÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
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