4 64 04/01/2003 Sede: Campo de São Cristóvão, 138 - São Cristóvão - Rio de Janeiro/RJ Tel (21) 2580.6842 Email: [email protected] Conta-Gotas Asemop Faltam 102 filiações para os 100% Orçamento da ASEMOP para 2003 será aprovado no próximo dia 08 de janeiro Pela primeira vez em muitos anos a ASEMOP terá o seu orçamento previamente aprovado pelo seu Conselho Deliberativo, conforme determina o seu Estatuto. O planejamento será apresentado em reunião marcada para o dia 08 de janeiro, às 15:00h, na sede da Associação. Por solicitação da Diretoria Executiva, a reunião será ampliada, portanto, aberta à participação de todos os trabalhadores da Emop, que poderão Audiência na justiça também será no dia 08 de janeiro A Audiência da Ação de Cumprimento do Acordo Coletivo, impetrada na justiça pelo SINTRACONST-Rio, anteriormente marcada para o dia 09 de dezembro de 2002, será no dia 08 de janeiro de 2003, às 11:00h. A data foi marcada após o juiz, em junho, solicitar a anexação de novos documentos para instruir o processo. O adiamento para janeiro não foi objeto de explicação. Na ação, o sindicato pede o cumprimento integral do acordo coletivo assinado em março de 2002. As pendências são os atrasados entre março e junho/2001 e a implantação das cestas básicas e do plano de saúde. Quem quiser acompanhar a audiência, deve dirigir-se à 71ª Junta do Trabalho, que fica na Rua Santa Luzia, 173, no Centro. A entrada é grátis. Quem estiver interessado em consultar o andamento do processo pela Internet, deve acessar o site do Tribunal Regional do Trabalho e digitar o número do processo: 319-2002-071-01-000-7 opinar e influenciar na utilização dos recursos que a Associação terá para 2003. A competência legal para a aprovação do orçamento é do Conselho Deliberativo. No entanto, foram incluídos no orçamento itens polêmicos, que devem ser submetidos à categoria antes de serem implementados. Todos que puderem devem comparecer. Este é mais um avanço importante na organização financeira da ASEMOP e também um novo espaço de participa- ção, quando serão decididas as prioridades para o próximo ano. A Associação, que sempre cobrou transparência na administração dos recursos dos trabalhadores, tem que dar o exemplo dentro de casa. Neste dia, também será discutida a questão do décimo-terceiro, para avaliar como vamos proceder em relação ao atraso. Coloquem na agenda. Dia 08 de janeiro, às 15:00h. Assembléia dos dissídios será no final de janeiro Em data a ser confirmada, mas ainda dentro do mês de janeiro, os trabalhadores da EMOP farão a primeira assembléia do dissídio 2003/ 2004. A realização da assembléia nesta época é uma determinação legal para que se possa instaurar a mesa de negociação com a direção da empresa. Neste dia, serão indicados os trabalhadores que farão parte da comissão paritária encarregada de conduzir as negociações. Apesar de ser em grande parte uma formalidade, até porque o índice do dissídio deste ano ainda não foi arbitrado, é importante um grande comparecimento, tanto para dar legitimidade aos companheiros que vão sentar-se à mesa de negociação, quanto para demonstrar que estamos dispostos a lutar pelos nossos direitos com a mesma garra que tivemos no ano passado. A ASEMOP, com base nos fatos, preocupa-se com a situação financeira do nosso estado e com a postura deste novo governo em relação aos servidores. Não podemos esquecer que a atual governadora, Rosinha Garotinho, retoma o mandato do marido, que nos deixou quatro anos sem os dissídios. Por outro lado, foi o próprio ex-governador que assinou o acordo coletivo que está em vigor, cujas pendências devemos incluir na pauta de reivindicações para o ano. Ainda que saibamos que os recursos para sanar esta dívida foram integralmente incluídos no orçamento da EMOP para 2003, devemos ficar alertas para evitar novos dissabores. O SINTRACONST-Rio é o responsável legal pela realização da assembléia. Na próxima semana, teremos de sua diretoria a confirmação da data, provavelmente na última semana do mês. REFLEXÃO COLETIVA ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Depois de dois meses de muita polêmica em torno da nomeação do ministério, finalmente chegou o dia da posse. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que elegeu-se sob o signo da mudança, pôde perceber que, na verdade, a mudança começou bem antes, quando o povo decidiu finalmente emprestar ao PT a confiança para governar o país. O dia da posse, apesar da já esperada presença maciça da população para comemorar a chegada de um trabalhador ao posto mais alto do país, teve contornos surpreendentes. É verdade que o presidente Lula tomou posse na presidência. Desde o dia 27 de outubro isto já era esperado. Mas houve outras posses. Por exemplo, o povo tomou posse de Brasília! Desde a inauguração da cidade não havia tamanha quantidade de gente na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios. Depois disso, a capital foi o destino dos revoltados, dos explorados, dos servidores encarniçados, que viajavam em caravanas para protestar contra sucessivas políticas de governo que contrariavam o interesse da população ou de determinadas categorias de trabalhadores. Desta vez foi diferente. Algo entre 150.000 e 200.000 pessoas foram Brasília festejar a eleição. E tomaram a cidade de alegria. Os jornais do dia seguinte registravam, com certa ○ ○ Povo toma posse em Brasília surpresa, que este mundaréu de gente não produziu uma ocorrência policial sequer. Não houve registro de furtos, de assaltos, de brigas ou qualquer outra confusão. O jornal O Globo registrava que os policiais responsáveis pelo cordão de isolamento conversavam animada-mente com a população enquanto faziam o seu trabalho. Os sempre formais cavaleiros da guarda acenavam para as crianças, pareciam felizes em participar da festa. O espelho d’água do Itamaraty virou piscina, solução para o calor da cidade e para extravasar a emoção. Shows populares, apresentações artísticas e as expressões regionais, com muitos bonecos, chapéus e outras manifestações tornaram Brasília, finalmente, um lugar do Brasil. Mas não foi só. O povo também tomou posse do presidente. A liberdade para se dirigir ao Presidente da República, para lhe pedir uma foto ou um afago, é coisa nova. A timidez do oprimido cedeu lugar ao popular que percebe que quem está ali é um “cara” que venceu as eleições. Um compa-nheiro, como Lula gosta de dizer. A primeira foto do presidente empossado foi tirada ainda na rampa com uma senhora que pediu. Ele ouviu e foi até lá. Com ousadia, ela entrou na rampa, abraçou o presidente e quem tirou a foto foi... o policial que fazia o cerco! Rosinha assume governo do estado EMOP já tem um novo presidente A nova governadora do Estado, Rosinha Garotinho, tomou posse no dia 1º de janeiro. A ASEMOP deseja, para o bem de todos, que este novo governo contorne as dificuldades financeiras do estado, que já eram graves na gestão de Anthony Garotinho. Seria muito bom que ela realmente colocasse ordem na casa. Desejamos toda sorte à governadora e torcemos para que ela não esqueça que foi eleita pelos mais pobres e que eles dependem, e muito, da qualidade dos serviços públicos prestados pelo estado. O economista Manuel Rosa da Silva é o novo presidente da EMOP. A sua nomeação foi publicada no Diário Oficial do dia 02 de janeiro. A ASEMOP dá as boas-vindas ao novo companheiro, sempre na firme convicção de que as relações entre os trabalhadores e a empresa devem pautar-se pelo respeito mútuo e à particularidade de seus objetivos, com ênfase na democracia e na cordialidade, em benefício do povo fluminense. Estas cenas são simbolismos de uma mudança. É claro que nós quere-mos muito mais do que isso. É provável que nós queiramos até muito mais do que é possível dentro da realidade do país e do mundo. Queremos mudanças concretas, substanciais, duradouras. Na história da posse, ou na posse da história, estão as pistas para que isso aconteça. O que nós fizemos, transformar aquele Primeiro de Janeiro de 2003, num acontecimento nosso, de trabalhadores, deve acontecer durante todo o mandato. Em nosso raio de ação, seja de que tamanho for, na família, no setor, na empresa, na vizinhança, está na hora de cada um de nós tomar posse. Assim como a posse do Lula foi uma mudança, nós temos que mudar também para poder tomar posse. Devemos abandonar o individualismo, devemos parar de pensar apenas em vantagens pessoais, às vezes indevidas. A mudança fundamental é de perspectiva de vida. O foco da mudança é a superação do egoísmo em favor da coletividade. Para deixarmos de ser excluídos, temos que parar de achar que vamos resolver nossos problemas em gestos solitários, com bravatas. O Lula já tomou posse. Agora é a nossa vez. “Nós, com mais 53 milhões de assinaturas” A prestação de contas da ASEMOP será publicada no próximo número do Boletim da associação. NOTA DE FALECIMENTO Comunicamos, com imenso pesar, o falecimento de um querido companheiro de trabalho. Jamil Izaias de Souza, carinhosamente conhecido como Véio Zuza, nos deixou no dia 02/01/2003. Ele foi contínuo e estava aposentado. Sabemos que estás com Deus, meu Véio. ESTÁ NA HORA DE TOMAR ATITUDE. VEM AÍ O I CONGRESSO DOS TRABALHADORES DA EMOP