I N F O R M AT I V O
BOLETIM
Nº 25/2015
15 de Setembro de 2015
Filiado à CSP-Conlutas
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Plenária dos Petroleiros chama GREVE a
partir do dia 24 de setembro
Organizar uma Greve Nacional
Unificada no Sistema Petrobrás a partir
do dia 24 de setembro, em defesa
da pauta reivindicatória e contra a
privatização da companhia. Essa foi
a principal deliberação da Plenária
Nacional dos Petroleiros, realizada
no último sábado, 12, na sede do
Sindipetro RJ.
A plenária unificada teve a
participação presencial de mais de cem
petroleiros de todo o país e contou,
ainda, com uma audiência de mais de
600 visualizações durante a transmissão
ao vivo realizada via internet. Além de
definir estratégias e calendário de lutas
da categoria, a plenária também foi
um importante termômetro para sentir
a disposição de luta dos petroleiros e
para discutir a fundo o atual cenário
de crise da Petrobrás e da conjuntura
política nacional.
Os petroleiros reafirmaram
que não negociarão o ACT em mesas
separadas para as subsidiárias, nem
com restrições à representação dos
trabalhadores. No próximo dia 17
de setembro, quinta-feira, data que a
Petrobrás ficou de apresentar o restante
de sua proposta (cláusulas econômicas,
AMS, Benefício Farmácia, SMS e
Benefícios Educacionais etc) a FNP
e seus sindicatos realizarão um Dia
Nacional de Luta para pressionar a
direção da companhia e o governo.
A FNP encaminhou o envio de
uma nova Carta Aberta à direção da FUP
e aos trabalhadores de suas bases a ser
apresentada em todas as assembleias,
reafirmando a necessidade de construir
um Calendário Unificado e Comando
de Greve em comum acordo com todos
os sindicatos e apresentando a data
do dia 24, com avaliação diária, para
início do movimento.
As assembleias da FNP
ocorrerão até dia 23 de setembro para
discutir com os petroleiros e aprovar o
indicativo de Greve Unificada.
Confira as principais resoluções da
Plenária Nacional dos Petroleiros
1. Suspensão do Plano de Desinvestimento – venda de ativos, abertura
de capital, desmembramentos;
2. Empenho político para a continuidade da Petrobrás como operadora
única do pré-sal;
3. Retomada das obras e não fechamento de postos de trabalho;
4. Acordo Único para todo o Sistema, sendo as negociações conduzidas
conjuntamente;
5. 18% de aumento real no salário base;
6. Incorporação da RMNR;
7. Primeirização do Benefício Farmácia;
8. AMS 100% custeada pela Petrobrás;
9. Reposição dos níveis sonegados aos aposentados;
10. Reintegração plena dos Anistiados;
11. Recomposição do efetivo e primeirização;
12. Abono acompanhamento dependente doente;
13. Garantia, nos contratos, de licença maternidade de 6 meses e auxílio
creche para os terceirizados;
14. Redução da carga horária para pais e mães com crianças com
necessidades especiais;
15. Auxílio Alimentação para a área operacional (50% do valor do
auxílio almoço).
16. Extensão do Auxílio Amazônia;
17. Incorporação da Transpetro.
(Confira todos os encaminhamentos da Plenária Nacional Unificada em
nosso site)
FNP exige negociação de todo o Sistema Petrobrás
Não aceitamos perda de direitos no ACT 2015
Na última quinta-feira, 10, a
Petrobrás entregou uma proposta
de Acordo que não inclui cláusulas
econômicas e cláusulas que
tratam de Benefício Farmácia,
AMS-Grande Risco, Benefícios
Educacionais, entre outras, que
ela se propõe a apresentar no
próximo dia 17. O arremedo de
proposta apresentada desfere duros
golpes contra os trabalhadores.
As horas extras que hoje são
remuneradas em 100%, passam
para 80%; os dias de cursos em
período de folga não serão pagos
e sim transformados em bancos de
horas, que o trabalhador terá que
gozar de acordo com a vontade
dos gerentes. Além desses golpes,
a empresa propõe diminuir a carga
horária semanal para o pessoal
de regime administrativo de 40
horas para 30 horas, com redução
de 25% do salário. Essa cláusula
entrega a “faca e o queijo” nas
mãos dos gerentes para assediar
os empregados a aceitar reduzir
salários sem que concordem com
isso. Além disso, abre-se uma
avenida para futuras contratações
em um novo regime, com
salários reduzidos. A proposta
da Transpetro, apresentada
nesta segunda-feira, 14, também
apresenta os mesmos ataques aos
petroleiros.
Em suma, os documentos
apresentados pela Petrobrás
e pela Transpetro vão em
sentido contrário a todas as
reivindicações da categoria, que
está em luta pela ampliação de
direitos e por mais investimentos
para melhoria geral das condições
de trabalho.
Infelizmente, não temos dúvidas
de que as cláusulas que serão
apresentadas nesta quinta-feira, 17,
devem vir neste mesmo contexto
de ataques aos trabalhadores, pois
a opção da direção da companhia
e do governo federal tem sido
claramente depositar sobre os
ombros dos trabalhadores os efeitos
negativos da crise econômica,
privilegiando acionistas e
banqueiros.
A única resposta capaz de
modificar as prioridades da
política da direção da Petrobrás
e do governo Dilma (PT) para a
categoria petroleira, é a construção
de uma greve forte e unificada, a
partir do dia 24 de setembro. Os
petroleiros precisam mostrar sua
força de mobilização e convencer
cada companheiro/a a rejeitar essa
proposta de ACT, assim como toda
a metodologia de negociação que
a empresa quer empurrar “goela
abaixo” às entidades da categoria.
Petrobrás realiza campanha ideológica
A direção da Petrobrás tem
realizado no país inteiro reuniões
com os empregados com objetivo
de convencer sobre a “situação
de miséria” teoricamente vivida
pela companhia, para justificar
os ataques aos direitos dos
trabalhadores e a política de
desinvestimento.
Esse trabalho desenvolvido
pela direção da empresa
nada mais é do que uma luta
ideológica, na qual a companhia
tenta impor aos trabalhadores
uma visão de que é preciso
fazer mais sacrifícios e abdicar
da luta por mais direitos, pela
manutenção do emprego, além
de justificar a venda partilhada
e sistemática, que atenta contra
o próprio caráter público do
Sistema Petrobrás.
O discurso dessas reuniões
é de que os trabalhadores devem
arcar com os efeitos econômicos
nocivos causados pela má gestão
e pela corrupção generalizada
que ainda persiste na companhia.
Contraditoriamente, a Petrobrás
mantém seus contratos milionários
com as empresas envolvidas
nos escândalos de corrupção e
os mesmos partidos continuam
negociando, impunemente,
para seus bolsos, as cifras da
companhia.
Os petroleiros precisam
mostrar sua indignação e dizer
que não aceitam tantas injustiças
e ataques. Não podemos nos
deixar enganar. Os petroleiros
não são responsáveis pela crise e
não devem pagar por ela. Todos à
GREVE UNIFICADA!
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