“Iremos a Munique” Há 30 anos no Jornal de Brasília Promessa do técnico do Barcelona Pep Guardiola que acabou não se cumprindo. Seu time perdeu ontem para o Chelsea Domingo, 25 de abril de 1982 Ingleses sem solução para crise Reunião entre a ministra Margaret Thatcher e comitê de crise não avança em relação ao conflito com a Argentina. EDITORIAL Em nome da mobilidade ão é novidade para ninguém que o deslocamento é um dos principais problemas do Distrito Federal. Se o transporte público passa longe de atender satisfatoriamente à população, o transporte particular, da mesma forma, é estrangulado por si mesmo, dado o elevado número de veículos nas ruas e as pistas cada vez mais lotadas. Da mesma maneira, as poucas opções viárias fazem com que a vazão, nas principais vias, seja menor do que o fluxo, o que, inevitavelmente, resulta em congestionamentos. Desta forma, vem em muito bom momento N para Brasília o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade. Investir em meios coletivos e vias mais eficientes é a única maneira de livrar a cidade desse fantasma que tanto prejuízo causa a seus habitantes, seja financeiro, seja na qualidade de vida. Liberados os recursos, é hora de a população, mais do que nunca, cobrar do poder público que os projetos saiam do papel. Com o mesmo peso, é também a ocasião adequada para que se exijam obras de boa qualidade, porque soluções são o que Brasília merece. Quanto mais cedo se resolve um problema, menor ele é. Morre Sérgio Buarque de Holanda O professor, escritor e historiador foi vítima de pneumonia. Ele sofria de câncer no pulmão. COMENTÁRIOS clica brasilia .com.br Fiscalização de trânsito Em toda entrevsta do Detran, o diretor diz que tem poucos fiscais para a fiscalização do trânsito no Distrito Federal. O brasiliense sabe que Brasília é uma cidade atípica, que a maioria das vias são rodovias de competência do DER (Depatramento de Estradas de Rodagem). Este órgão é que deve contratar fiscais e não o Detran, pois o DF tem mais de dois mil quilômetros de rodovias, onde acontecem a maioria do acidentes graves. Cadê a fiscalização do DER? Marcus, sobre a matéria: “Número de multas diminui devido à redução da fiscalização durante Operação Tartaruga” Indenização para preso Senhor desembargador, eu, como cidadão pagador de impostos, tenho bom comportamento e acordo todos os dias de segunda a sexta-feira, às 6h da manhã para trabalhar. Todos os dias preciso enfrentar esse transporte público que acaba com a saúde de qualquer um, depois, ao voltar para casa, esse mesmo cidadão que o senhor está indenizando, e pagando meio salário de pensão vitalícia, estará me esperando na parada de ônibus para me assaltar. Isso são medidas de um país falido. Mauro, sobre a matéria: “Governo do DF é condenado a pagar indenização para detento que perdeu olho em briga na prisão” Coleta de lixo no DF ARTIGO Brasília: apologia e crítica G Chico Leite Procurador de Justiça (licenciado), Professor de Direito Penal e Deputado Distrital pelo Partido dos Trabalhadores. á se tornou lugar comum alardear o vanguardismo arquitetônico e urbanístico de Brasília. Enaltecer o caráter revolucionário desse feito humano continua sendo louvável – e necessário para a formação cultural dos brasilienses do futuro. Mas a apologia deve vir acompanhada de sua crítica. Única cidade moderna tombada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade, Brasília vem sendo assolada nas últimas décadas pela especulação imobiliária, grilagem de terras e ocupação desordenada. Após 55 anos da concepção do projeto original, Brasília, e particularmente o Plano Piloto de Lucio Costa, convive com problemas típicos de grandes cidades, como trânsito intenso, criminalidade crescente e favelização. Depois de anos de governos despreocupados com o planejamento da cidade, agora observamos claramente as conseqüências dessa inação: o Plano Piloto não consegue comportar os mais de 2,3 milhões de habitantes que vivem no Distrito Federal e 1,3 milhão de residentes em municípios limítrofes goianos e mineiros que se deslocam diariamente para o centro da capital. O Plano Piloto concentra cerca de 70% dos empregos. É onde estão as principais opções culturais, esportivas, de lazer, educacionais, médicas. É o destino final de centenas de milhares de veículos e pessoas todos os dias, com seus J efeitos diretos sobre o meio ambiente e a mobilidade. Na minha avaliação, é necessário ampliar oportunidades e criar empregos nas regiões administrativas, reduzindo assim a forte dependência e a enorme pressão sofrida pelo Plano Piloto, que já se mostra fragilizado, sufocado, desgastado. Além disso, é preciso recuperar o sistema de transporte urbano, que se encontra em frangalhos, e investir em alternativas limpas e baratas, como o transporte por ciclovias, que devem vir acompanhadas de campanhas educativas, melhorias na sinalização e bicicletários. O enorme desafio de construir a capital federal onde não havia nada foi recompensado pela magnífica obra arquitetônica e urbanística, desenhada nas pranchetas de dois ilustres brasileiros e erguida sobre a poeira por milhares de anônimos de todos os cantos do país. É o conjunto dessa história que se fez merecedor do título da Unesco. Não nos esqueçamos de que, originalmente, o Plano Piloto foi pensado para abrigar harmoniosamente motoristas e diplomatas, jardineiros e ministros. Hoje isso soa como utopia numa cidade que ostenta um dos custos de moradia mais altos do Brasil. Mas não se trata aqui, claro, da defesa de um retorno impossível ao passado e muito menos do engessamento ingênuo da cidade. O que precisamos é de planejamento responsável e competente, que leve desenvolvimento social e econômico para todas as regiões administrativas do Distrito Federal – todas tão brasilienses quanto o Plano Piloto. Aqueles que defendem as terceirizações e as concessões de serviços públicos para empresas privadas deveriam explicar esses últimos acontecimentos. O dinheiro público deve ser administrado pelo governo, através de funcionários concursados que em caso de desvio de conduta ou má gestão dos recursos podem ser responsabilizados com a certeza de punição. Oliveira, sobre a matéria: “GDF pagou por contrato de serviço da Delta na base do "olhômetro" ” Vagas em estacionamentos Gostaria de ver estacionamentos para motocicletas no Setor Comercial Sul e em outras áreas de grande movimento no centro de Brasília. As autoridades precisam tomar conhecimento de como as motos são estacionadas na região. As vagas delimitadas são pequenas e não suportam nem seis veículos. O governo deveria investir mais, pois esse tipo de transporte tem crescido de forma significativa no DF e é uma alternativa ao carro. Roberto, sobre a matéria: “Detran realiza campanha de estacionamento” Greve dos professores Os mais bem pagos do País querem é mais. Eu nunca vi isso. Assembleia com cobertura. Todo mundo com carro seminovo ou zero. Ninguém vem de ônibus ou sabe o que é vale-transporte. Pobre Brasília. Médico que não atende, polícia que não dá segurança, professor que além de não ensinar, ainda dá um péssimo exemplo. Nós merecemos, afinal os elegemos. Depois de viver 52 anos e amar de paixão esta cidade, tenho de ver no fim da vida estes lamentáveis acontecimentos. Marco Aurélio, sobre a matéria: “Deputados federais entram na negociação, mas a greve continua” A coluna Em Debate está de férias e retorna ao seu Jornal de Brasília no próximo dia 17 de maio.