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04 JUL 2013
CNI prevê que economia brasileira crescerá 2% e indústria terá
expansão de 1% neste ano
Instituição alerta que o modelo de crescimento baseado no consumo se esgotou. A retomada da atividade depende da
expansão dos investimentos
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para baixo as perspectivas de crescimento da economia brasileira neste ano. A estimativa de expansão do
Produto Interno Bruto (PIB) recuou de 3,2% em março para 2%, e a projeção para o PIB industrial caiu de 2,6% para 1%. "As mudanças no ambiente econômico,
tanto interno quanto externo, condicionam um desempenho pouco satisfatório em 2013: crescimento reduzido e inflação elevada", avalia o Informe Conjuntural do
segundo trimestre, que a CNI divulga nesta quinta-feira (4).
A CNI também reduziu de 3,5% para 2,3% a previsão para o crescimento do consumo das famílias. "O reflexo da fraca atividade econômica já se evidencia no
mercado de trabalho, que não cria mais empregos na velocidade dos últimos anos. O menor crescimento dos rendimentos em um cenário de maior endividamento
das famílias inibe o aumento do consumo doméstico", diz o estudo. No primeiro trimestre deste ano o consumo das famílias aumentou apenas 0,1% na comparação
com o período imediatamente anterior.
Na avaliação da CNI, isso confirma que o modelo de crescimento econômico baseado no consumo é insustentável. "A rota de saída passa necessariamente pelo
aumento da competitividade e da retomada dos investimentos", destaca o Informe Conjuntural. As previsões de expansão do investimento melhoraram e passaram
de 4% em março para 5,1% em junho. Segundo o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco (foto).
APOIO À COMPETITIVIDADE - Mesmo assim, a CNI alerta que a ampliação dos investimentos depende de medidas que aumentem a competitividade das
empresas. De acordo Flávio Castelo Branco, os investimentos são necessários para elevar a produtividade da indústria. "Mas quando os custos estão altos, os
empresários não têm motivação para investir", afirmou.
Ele explicou que as medidas adotadas pelo governo para incentivar os investimentos são positivas e estão na direção correta. No entanto são insuficientes para
elevar a competitividade da indústria. "De outro lado, na agenda da infraestrutura, há atrasos na implantação de projetos e na definição de marcos regulatórios
importantes", destaca o Informe Conjuntural.
A estimativa para a inflação aumentou para 6% e a previsão é que os juros básicos da economia fechem o ano em 9,5%. A CNI acredita que a cotação média do
dólar alcançará R$ 2,10 neste ano. As exportações somarão US$ 249,3 bilhões e as importações, US$ 240,1 bilhões. Com isso, o superávit comercial será de US$
9,2 bilhões.
(http://www.portaldaindustria.com.br/cni/publicacoes-e-estatisticas/publicacoes/2015/07/1,5055/informe-conjuntural.html)
http://www.portaldaindustria.com.br/cni/imprensa/2013/07/1,17416/cni-preve-que-economia-brasileira-crescera-2-e-industria-tera-expansao-de-1-neste-ano.html
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CNI prevê que economia brasileira crescerá 2