Publicada em Jornais do Interior Gaúcho desde Março de 2002 e-mail: [email protected] Criada pelo Presidente Sertório, com o nome de Conde D’Eu: esta é Garibaldi. A cidade cujo nome homenageia Garibaldi, o herói de dois mundos, que lutou pela República Farroupilha e pela unificação italiana, começou a ser povoada aí por 1870. Na época, o então Presidente da Província, Dr. João Sertório, havia criado duas novas colônias na Região Serrana: D. Isabel e Conde D’Eu, que no princípio pertenceram a Montenegro e, posteriormente, a Bento Gonçalves. O forte traço italiano do Monumento a Giuseppe Garibaldi município de Garibaldi provém dos imigrantes vindos do Velho Garibaldi/RS Continente, em busca de melhores Em 1900, a antiga colônia Conde D’Eu, condições de vida. Os habitantes primitivos daquela colônia, que homenageava o genro de D. Pedro II - e porém, eram índios selvagens, popularmente também herói da Guerra do Paraguai, por ter comandado o ataque que matou Solano denominados “bugres”. Um dos pioneiros na colonização italiana Lopes, passou a ter o nome de Garibaldi, à foi Cirilo Zamboni, ali chegado em novembro época, um dos dois italianos mais conhecidos de 1875 e que, juntamente com outros imigran- em todos o mundo. O outro era Giuseppe Verdi. tes, fez a colônia Conde D’Eu prosperar e emancipar-se. Conheça um pouco mais sobre Apolônia, a Padroeira dos Dentistas. Apolônia, jovem e bela filha de um rico magistrado de Alexandria, pertencia à Igreja de Alexandria do Egito (a tradição diz que esta comunidade cristã foi fundada pelo evangelista Marcos). A história registra que Apolônia foi uma das pessoas que mais lutou pela causa cristã, sendo então perseguida e acusada de traição na época do Imperador Décio, que desencadeou uma das mais terríveis perseguições contra o cristianismo. À Apolônia foi imposta uma pena a ser cumprida em 09 de fevereiro de 248, data em que seria celebrado, com festas, o aniversário do Império Romano, que se caracterizava pelas rígidas penas que visavam a extinguir o cristianismo através do martírio dos seguidores de Jesus. Ela teria, em público, todos os seus dentes quebrados com pedras afiadas e em seguida seria queimada viva em uma fogueira. Dionísio era Bispo da Igreja de Alexandria do Egito e presenciou o martírio de Apolônia, do qual nos deixou precioso relato. É ele quem conta: "cortaram-lhe os seios e arrancaram-lhe os dentes, depois fizeram uma fogueira e ameaçaram jogá-la, caso não blasfemasse. Ela pediu-lhes que a deixassem livre por um instante. Soltaram-na e ela correu sozinha para a fogueira". Em Roma existe uma Praça em sua homenagem e em várias cidades europeias surgiram igrejas a ela dedicadas. No ano 300, Apolônia foi canonizada e, desde então, passou a ser conhecida como Santa Apolônia, a Padroeira dos Dentistas. "Quem estuda e não pratica o que estuda é como quem lavra e não semeia." Do Provérbio Árabe Nascido a 23 de novembro de 1888, Álvaro Maria de Soledade Pinto da Fonseca Velhinho Rodrigues Moreyra da Silva foi jornalista, autor de teatro para crianças e adultos, radialista, cronista e poeta. Faleceu em 1964. Do seu Cada um carrega o seu deserto, este Exódio O tubarão é um peixe de corpo longo e sem escamas, que vive nos mares tropicais. Ele é obrigado a nadar, desde que nasce, até a morte. Tudo porque não possui um órgão chamado bexiga natatória, comum entre os peixes. A bexiga natatória, quando cheia de ar, pode manter o peixe imóvel, flutuando; como o tubarão não a possui, se parar de nadar, afunda. O tubarão é míope. Assim como vários outros peixes, ele enxerga apenas objetos muito próximos. Entretanto, é dotado de um sistema chamado “linha lateral”, que detecta qualquer pressão diferente na água, podendo assim perceber a aproximação de um inimigo. Na hora de partir, distante, ao ver o sol que nascia, o homem disse e pôs-se andando: - A luz é irmã da alegria!... Passaram tempos... Nos sinos, meio-dia ecoava, aos dobres, O homem disse, descansando - A luz é o ouro dos pobres!... Mais tarde, ao termo de um poente, - roto, coberto de lama, O homem disse, o céu olhando: - A luz é o silêncio em chama!... Enfim, depois, uma noite, num hospital de desgraça, O homem disse, agonizando: - A luz é a vida que passa!...