1 “Gerir o Acesso e a Qualidade na Prestação de Cuidados de Saúde” Pedro Pita Barros Universidade Nova de Lisboa http://ppbarros.fe.unl.pt 2 O percurso do doente no sistema Não temos conhecimento suficiente sobre estes tempos todos … Usar algums números sobre a espera até à realização da cirurgia http://ppbarros.fe.unl.pt 3 Teoria (em dois slides) Listas de espera são resultado inevitável de: chegadas aleatórias e necessidade de evitar desperdício de recursos (capacidade de intervenção não utilizada) Capacidade deve ser desenhada para satisfazer as necessidades de forma a que não se excedam os tempos de espera clinicamente aceitáveis O indicador interessante é o tempo de espera, não o número de inscritos em lista de espera Tempo de espera excessivo é resultado de excesso de procura (insuficiência de oferta) http://ppbarros.fe.unl.pt 4 Teoria (em dois slides) Intervenção: Controlar a procura – mas esta depende de factores não controláveis, da tecnologia disponível e da prática clínica Controle da oferta: Aumentar capacidade de forma permanente Utilizando mais recursos Aumentando a eficiência Aumentando a capacidade temporariamente, para resolver o que se considere ser problema pontual http://ppbarros.fe.unl.pt 5 A prática “Atirar dinheiro para cima do problema” não resolveu: PERLE – Programa Específico de Resolução de Listas de Espera (1995) PPA – Programa de Promoção do Acesso (1999) PECLEC – Programa Especial de Combate às Listas de Espera Cirúrgicas (2001) Alterar filosofia de intervenção para induzir melhor programação: SIGIC - Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (2004) http://ppbarros.fe.unl.pt 6 Oftalmologia no panorama global Fonte: T. Contas http://ppbarros.fe.unl.pt 7 Oftalmologia 1.8 Pessoas em lista de espera (indice 100: primeiro semestre) 1.6 1.4 1.2 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0 31.12.2004 1º 30.06.2005 2º 3º 31.12.2005 4º 5º 30.06.2006 Santa Maria Total 31.12.2006 http://ppbarros.fe.unl.pt 8 Tempo de espera - mediana (indice 100: primeiro semestre) 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 31.12.2004 30.06.2005 1º 2º 31.12.2005 3º 4º 5º 30.06.2006 Santa Maria 31.12.2006 Total http://ppbarros.fe.unl.pt 9 Evolução: 31.12.2004 a 31.12.2006 1 variação na mediana do tempo de espera 0.8 -1 0.6 0.4 0.2 Sta.Maria 0 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -1 Variação no número de pessoas em lista de espera http://ppbarros.fe.unl.pt 10 Avaliação do SIGIC (T. Contas 2007) Número médio de doentes em lista de espera (índice 100 em 31.12.2004) 140 120 100 80 60 40 20 0 31/12/2004 30/06/2005 31/12/2005 Hospitais Sigic 30/06/2006 31/12/2006 Hospitais Controle http://ppbarros.fe.unl.pt 11 SIGIC http://ppbarros.fe.unl.pt 12 Esquematicamente Maior capacidade de resposta do hospital Eficiência produtiva Eficiência de custos qualidade http://ppbarros.fe.unl.pt Principais conclusões de 2004-2006 13 Evolução global no sentido de menores tempos de espera e menor lista de espera (porquê? Alteração de prática clínica? Menor número de casos?) Hospitais mais eficientes têm menores listas de espera e menores tempos de espera Hospitais com maior percentagem de cirurgias programadas têm melhor desempenho Não foram detectados ganhos de eficiência que possam ser atribuídos ao SIGIC (demasiado cedo para isso?) http://ppbarros.fe.unl.pt 14 O que fazer? Redução dos tempos de espera passa por melhor desempenho médico, organizacional e do sistema Desempenho médico – definição das práticas clínicas de indicação para cirurgia e sua estabilidade Desempenho organizacional – programação da actividade e procura de maior produtividade Desempenho do sistema – utilização de capacidade disponível onde a houver através de referenciação (com “money follows the patient”) e garantia de não exceder um valor máximo para o tempo de espera. http://ppbarros.fe.unl.pt