Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized E2666 V2 Relatório de auditoria de conformidade sobre os aspectos ambientais e sociais Public Disclosure Authorized Projeto Redução de Emissão de N2O em Paulínia, Projeto “ANGELA” Rhodia Energy, São Paulo, Brasil. Versão para consulta pública 28/01/2011 Public Disclosure Authorized Segunda versão 1 Índice SUMARIO EXECUTIVO ............................................................................................................... 4 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 5 Equipe: ...................................................................................................................................... 8 1. Caracterização do Complexo Industrial ............................................................................. 8 1.1. Localização .................................................................................................................... 8 1.2. Descrição da unidade .................................................................................................. 11 1.3. Diagrama das unidades de operação (UQP)................................................................ 12 1.4. Caracterização de matéria prima e origem ................................................................. 12 1.5. Produção de acido adípico .......................................................................................... 13 1.6. Fonte de redução e reciclagem para minimizar resíduos ............................................ 13 1.7. Controle de emissão de gás......................................................................................... 14 1.8. Tratamento de efluente ............................................................................................... 15 1.9. Disposição de resíduo sólido ....................................................................................... 18 1.10. Funcionários ........................................................................................................ 18 1.11. Saúde e segurança ............................................................................................... 18 1.12. Segurança ............................................................................................................ 18 2. Considerações legais e regulatórias ................................................................................ 19 3. 2.1. Requisitos Legais Aplicáveis às Atividades da Rhodia ................................................. 19 Licenciamento Ambiental ................................................................................................ 25 3.1. Geral Rhodia ................................................................................................................ 25 3.2. Unidades produção Ácido Adípico e de abatimento de N2O (ANGELA) ...................... 30 3.3. Condôminos ................................................................................................................ 30 3.4. IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – CADASTRO IBAMA........................ 31 3.5. DAEE – Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo - Outorga para Uso de água e Lançamento . ....................................................................................... 32 3.6. Portaria 46.076/2001 .................................................................................................. 32 4. Sistema de Gestão Ambiental ......................................................................................... 32 4.1. Controles internos, procedimentos e praticas de gerenciamento para tratar assuntos relacionados a Meio ambiente ............................................................................................ 32 4.2. Controle Operacional e Monitoramento e Medição Ambiental ................................. 35 4.3. Preparação e Atendimento a Emergências Ambientais .............................................. 36 5. Aspectos Ambientais Gerais ............................................................................................ 41 5.1. Requisitos Legais: ........................................................................................................ 41 5.2. Detalhamento do Cumprimento dos Principais Requisitos Legais em relação a Emissões e Efluentes: .......................................................................................................... 44 5.3. Autuações:................................................................................................................... 59 6. Saúde e segurança (empregados e comunidade local) ................................................... 60 6.1. Identificação e avaliação dos riscos para a saúde e segurança do trabalho ............... 60 6.2. Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional.................................................. 62 6.3. Segurança de Processos e das Instalações (Bens) Existentes ...................................... 62 6.4. Preparação e Atendimento a Emergências ................................................................. 64 7. Análise das Partes interessadas e Comunidade .............................................................. 64 7.1. Resultado da Consulta Pública realizada ..................................................................... 64 7.2. Sistema de Comunicação com as Partes Interessadas Externas ................................. 67 7.3. Programa de Comunicação Externa ............................................................................ 68 2 7.4. 7.5. 7.6. 7.7. 7.8. 7.9. Demanda de Informações ........................................................................................... 68 Divulgação de Informações ......................................................................................... 69 Atividades de Promoção Externa ................................................................................ 69 Manutenção de Registros............................................................................................ 69 Programas Sociais:....................................................................................................... 72 Reclamações da comunidade e ações da Rhodia......................................................... 73 7.10. Processo de consulta as Partes do MDL .................................................................. 75 Conclusão: ............................................................................................................................... 78 7.11. 3 Pontos de contato: .............................................................................................. 78 SUMARIO EXECUTIVO A Rhodia é uma indústria química que entre outros produz o principal componente do nylon o ácido adípico. Durante esse processo ocorre à emissão de um gás causador do efeito estufa que não é considerado um poluente atmosférico o N2O. Com o advento do protocolo de Quioto a Rhodia elaborou um projeto de abatimento de emissões de N2O, que hoje encontra-se registrado no comitê executivo do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo). Esse projeto necessita da venda das reduções de emissões de gases do efeito estufa (redução de N2O), para obter sua viabilidade econômica. Esse projeto é chamado pela Rhodia de Angela. O Banco Mundial solicitou a Ambio, uma auditoria de conformidade segundo o termo de referencia: “ENVIRONMENTAL AND SOCIAL SAFEGUARDS EVALUATION” (Avaliação Sócio/Ambiental). A auditoria de conformidade não se limitou ao o projeto de N2O, objeto do CDM, mas abordou todas unidades industriais existentes no complexo industrial da Rhodia, incluindo plantas indústrias pertencentes a terceiros. A auditoria seguiu analisando o projeto de N2O e o Complexo Rhodia, não só em função das leis municipais, locais e federais, mas também seguindo o Guia do IFC, específico para o setor. Esse Guia foi desenvolvido para novas unidades, e por questão de critério e qualidade esses parâmetros foram considerados. A Rhodia possui um sistema de gestão ambiental bastante sofisticado que foi elaborado em conjunto pela DNV chamado SIMSER+. Esse processo sofre auditorias e norteia a estratégia sócio/ambiental da Rhodia. Além do SIMSER+ a Rhodia possui certificação ISO 14000, auditada pelo Bureau Veritas, que para o último ano não apresentou nenhuma não conformidade. Durante a auditoria a Ambio teve acesso a toda documentação e relatórios da certificação, mas o escopo da auditoria foi além revendo outros documentos conforme citados na listagem desse relatório. Na revisão do licenciamento ambiental pode se constatar que a planta onde está localizado o Angela (ácido adípico) está em conformidade. A única observação no tocante ao licenciamento das outras unidades que compõem o complexo Rhodia referese ao prazo de solicitação de renovação do licenciamento de um pátio de estocagem sílica que se encontra atualmente em fase final da analise pela organização fiscalizadora (CETESB). As emissões atmosféricas do Projeto Angela e das unidades industriais da Rhodia estão de acordo com as leis locais aplicáveis, A Rhodia fez uma mudança de combustível das caldeiras de óleo para gás natural, eliminando emissões de SOx e reduzindo em termos totais as emissões de NOx. No entanto, as emissões dos referidos equipamentos apresentam algumas discrepâncias com relação aos parâmetros do IFC, para equipamentos novos. Os efluentes hídricos da ETE fase 1 relacionada ao Projeto Angela estão em conformidade com as leis locais e parâmetros sugeridos pelo IFC. Os efluentes das demais plantas do complexo estão em conformidade com as leis locais e apresentaram pontos que merecem maiores esclarecimentos relativo à carga orgânica residual quando comparado com os limites do IFC, conforme destaca o relatório. Mesmo atendendo os 4 limites legais, estes pontos estão sendo analisados pela Rhodia e integram os planos de ações e metas da empresa. Foi constatado que a Rhodia vem apresentando melhoria ao longo dos anos nas emissões atmosféricas e de efluentes líquidos. Foi possível apresentar um gráfico que mostra o aumento da produção, associado a redução significativa das emissões. A Rhodia tem um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), o qual vem sendo cumprido. A Ambio pode auditar os pontos. Os documentos de passivos ambientais e locais de remediação foram vistos em detalhes, assim como os quatro programas que permanecem em monitoramento. A Rhodia possui, dentro do seu Sistema de Gestão Integrado (SIMSER+), diversos mecanismo para garantir a saúde e segurança de seus colaboradores. Embora não possua um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional certificado por uma organização externa, como no caso da gestão ambiental, definiu um modelo de gestão muito próximo dos modelos internacionais mais conhecidos, como a OHSAS18001. O modelo adotado tem apresentado resultados importantes principalmente quanto ao gerenciamento dos perigos e riscos identificados. A Rhodia possui um sistema de relação com seus stakeholders muito eficiente, chamado Rhodia Way. A Ambio teve acesso ao Rhodia Way e outros documentos, mas não se limitou a isso. Foram conduzidas consultas independentes para comprovar o sistema, em relação a comunidade e demais stakeholders. A Rhodia possui os dois canais de comunicação aberto com a comunidade tanto para perguntas, solicitações e reclamações, como também divulga suas iniciativas. Através do Instituto Rhodia promove dois projetos sociais que são monitorados e tem apresentado bons resultados. Durante a auditoria, não foi identificado qualquer aspecto técnico ou legal de maior relevância, que comprometa a conformidade ambiental, social ou legal do Projeto de N2O. Com relação às empresas associadas, (Complexo Industrial da Rhodia), a auditoria confirmou que as autoridades reesposáveis pelas fiscalização e aplicação das leis e normas aplicáveis estão cientes e de acordo com todas as praticas da Rhodia. Os desvios com relação aos parâmetros sugeridos pelo IFC, são analisados e justificados no relatório, considerando as condições específicas da planta e capacidade de assimilação do meio ambiente local. Foi constatado que a Rhodia atende as demandas dos órgãos competentes integralmente, utiliza sempre a melhor tecnologia disponível, e mantém esforços constantes para melhorar as condições operacionais e ambientais da planta. . INTRODUÇÃO Este relatório apresenta as conclusões da auditoria de conformidade elaborada pela Ambio para o projeto de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) da Rhodia e do Complexo Rhodia como um todo. A Rhodia, empresa mundial de química de especialidades, atua no Brasil desde 1919 na produção de polímeros, solventes e insumos da indústria têxtil e de processos. Atualmente a empresa possui cinco unidades industriais (Santo André, São Bernardo do Campo, Jacareí e Paulínia) e um centro de Pesquisa e Desenvolvimento no estado de São Paulo, que ao todo empregam 2.900 funcionários. 5 A atividade de projeto de MDL consistiu na instalação de uma planta dedicada à conversão, a alta temperatura, do óxido nitroso em nitrogênio com base no processo de decomposição térmica. Também foi instalada uma caldeira para gerar vapor a partir do gás de combustão, de alta temperatura, proveniente do oxidador térmico. A instalação da planta de decomposição permitiu que a Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda. reduzisse as emissões de N2O (emissões de GEEs – gases de efeito estufa) que, na ausência da atividade de projeto, seriam liberadas na atmosfera. Através de um contrato de compra de Reduções Certificadas de Emissões (RCE) foi possível viabilizar economicamente esse projeto em Paulínia SP, Brasil. O projeto é chamado internamente pela Rhodia como “Angela” O projeto de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), que já está operacional, envolveu a adição de um processo de decomposição térmica para N2O nas instalações existentes. O projeto foi registrado pelo Conselho Executivo do MDL em 2005 e emitiu RCEs mais de três dezenas de vezes: O presente relatório apresenta as conclusões à auditoria de conformidade, que teve os seguintes objetivos. • • Assegurar a qualidade ambiental e social e a sustentabilidade do Projeto Rhodia N2O de Redução de Emissões, no âmbito das regras aplicáveis do Banco Mundial de modo que as mesmas fossem salvaguardadas, incluindo riscos e impactos potenciais em sua área de influência. Avaliar o conjunto das práticas e normas ambientais e sociais corporativas, e as do projeto Rhodia N2O de Redução de Emissões, através de análise documental, visitas e consultas com representantes da empresa, funcionários do governo, e os habitantes locais e partes interessadas. O trabalho abordou os seguintes objetivos específicos • • Realizar uma auditoria de conformidade social e ambiental do complexo industrial da Rhodia em Paulínia (a unidade), onde o projeto de redução de óxido nitroso (N2O) foi implementado (Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda.). Revisão dos padrões e procedimentos corporativos da Rhodia Brasil, nos quesitos sociais, ambientais e de ralação com a comunidade, sob o ponto de vista das regras do Banco Mundial, e do guia de saúde segurança e meio ambiente do Banco Mundial, além de outros guias pertinentes. Tarefas específicas: Foram consultados e analisados: a) Verificar conformidade com leis e regulamentações do Brasil, b) Verificar a conformidade com os padrões do Banco Mundial em relação à saúde segurança e meio ambiente c) Revisão das certificações (ISO, etc.), padrões de melhores práticas para a indústria ou a normas internacionais; d) Registo do cumprimento da gestão da empresa e com as autoridades governamentais competentes; e) Examinar programas de gestão ambiental, inclusive programas de monitoramento, procedimentos e controles. 6 f) Análise das práticas ambientais corporativas da Rhodia Brasil e suas praticas internacionais no que diz respeito à gestão ambiental e social; A análise de conformidade considerou a legislação Brasileira aplicável, Federal, Municipal e Estadual, e as normas do Banco Mundial. Foi analisada a conformidade do complexo industrial com as políticas operacionais do Banco Mundial nos seguintes documentos: • • • World Bank OP 4.01on Environmental Assessment World Bank Group Environmental, Health, and Safety Guidelines: (http://www.ifc.org/ifcext/sustainability.nsf/Content/EHSGuidelines) Environmental, Health and Safety Guidelines for Petroleum-based Polymers Manufacturing: http://www.ifc.org/ifcext/sustainability.nsf/AttachmentsByTitle/gui_EHSGuidelin es200_PetroleumbasedPolymers/$FILE/Final+-+Petroleumbased+Polymers+Mnfg.pdf A auditoria abrangeu todo o complexo industrial da Rhodia em Paulínia, composto por 25 plantas, pertencentes à Rhodia, e seis unidades industriais pertencentes a terceiros. O nível de avaliação da conformidade ambiental das unidades existentes no complexo industrial foi distinto. A revisão e avaliação focaram todas as plantas e instalações pertencentes à Rhodia. A avaliação da conformidade dos condôminos foi baseada em documentação entregue pela Rhodia e consulta a bancos de dados oficiais. O quadro abaixo resume a abrangência da auditoria: no Planta de Complexo Terceiros abatimento Rhodia e complexo Air de N2O Liquide 1 Caracterização geral do sim Sim complexo industrial 2 Considerações legais e sim sim sim regulatórias 3 Licenciamento sim sim sim ambiental 4 Sistema de Gestão sim sim Sim, caso de Ambiental compartilhamento de serviços. 5 Aspectos ambientais sim sim Sim, caso de gerais compartilhamento de serviços. 6 Saúde e segurança sim sim 7 Consulta interessadas 7 as partes sim sim Corporativo Brasil Sim – Aspectos gerais Sim – Aspectos gerais Sim – Aspectos gerais Sim – Aspectos gerais A auditoria foi executada ao longo do mês de janeiro de 2011, com a visita site nos dias 05/01/2012 até o dia 07/01/2012. A equipe da Rhodia apresentou o projeto e toda a documentação previamente solicitada pelo Banco Mundial. Após apresentação aconteceu inspeção de campo nos locais solicitados, incluindo a planta de ácido adipico. Após a inspeção ocorreram perguntas e solicitações de documentação por parte da equipe da Ambio e Banco Mundial de modo a seguir com a auditoria. Com a documentação levantada iniciou-se a parte de analise, e verificação dos pontos chave conforme apresentado e detalhados no relatório. O relatório está estruturado em sete itens, seguindo o escopo do trabalho contratado, conforme descritos na tabela acima. Diversos documentos consultados tem caráter confidencial, por abordarem tecnologias e know-how desenvolvidos pela Rhodia. Os principais documentos públicos, que demonstram a conformidade legal do complexo industrial estão apresentados em anexo. O complexo industrial da Rhodia, objeto da presente auditoria, foi auditado recentemente pela Bureau Veritas, visando revalidação do Certificado ISO 14.001:2004, que está válido até 07 de setembro de 2011. A AMBIO executou um auditoria completa e independente ao trabalho executado pela Bureau Veritas, mas anexa com destaque, o relatório integral preparado pela Bureau Veritas, que tem grande relevância para avaliação da conformidade ambiental do projeto. Equipe: Ambio Marcelo Duque Luis Filipe Kopp José Carlos de Oliveira A equipe da Rhodia responsável pelo fornecimento de informações foi formada pelos seguintes técnicos: Américo Martelli – coordenador CO2 Cristian Galucci – Gerente industrial Polímeros e intermediários Jorge Galgaro – Gerente de Segurança Industrial, Saúde, Meio Ambiente e Patrimonio Alexandre Toledo – Coordenador de Meio Ambiente Evelise Oliveira – Comunicação Social Walter Longhi – Eng. de Meio Ambiente Os trabalhos foram acompanhados pelos especialistas do Banco Mundial, Sidney Nakahodo e Augusto Mendonça. 1. Caracterização do Complexo Industrial 1.1. Localização 8 A Unidade Industrial da Rhodia Brasil, denominada Usina Química de Paulínia (UQP), onde está localizada a planta de abatimento de N2O, objeto da presente auditoria, está localizada no município de Paulínia, Região Administrativa de Campinas, no estado de São Paulo. A cidade possui um polo Petroquímico com mais de 40 empresas instaladas e está a 118 km da capital A cidade de Paulínia faz limite com as cidades de Cosmópolis, Holambra, Jaguariúna, Campinas, Sumaré, Americana e Nova Odessa. Dentro de um raio de 200 km a partir de Paulínia, situam-se cidades como: São Paulo, Santos, Piracicaba, Americana, Limeira, Rio Claro e São Carlos. Ainda dentro desta área, há o Aeroporto Internacional de Viracopos, que possui um dos mais importantes terminais aéreos de carga do país. Essa região concentra um grande número de indústrias e uma fatia importante do comércio do estado de São Paulo. O setor de serviços movimenta mais de três milhões de reais por ano na cidade. A população da cidade já ultrapassa 73 mil habitantes, segundo dados de 2007 do IBGE. A área urbana da cidade corresponde a 98% do território municipal. A cidade possui fornecimento de água tratada em 100% de sua área e 85% do esgoto municipal é tratado. Figura I - Imagem aérea da área de influência direta da Rhodia A Unidade industrial da Rhodia está em terreno pertencente à bacia do rio Piracicaba, junto ao rio Atibaia, poucos quilômetros a montante de seu desemboque no reservatório de Americana. O ribeirão Anhumas, que transporta boa parte do esgoto de Campinas, tem sua foz no rio Atibaia, dentro da área da Rhodia. A região possui ainda o rio Jaguari, que faz limite entre as cidades de Paulínia e Cosmópolis. Embora a bacia do Rio Piracicaba apresente uma disponibilidade hídrica significativa, grande parte das águas represadas em suas cabeceiras é revertida para outras regiões, para fins de abastecimento público. Assim, o Rio Atibaia é considerado um dos mais importantes mananciais com vistas ao abastecimento público da região. 9 Figura II - Hidrografia da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Figura III – Esquema da Hidrografia da região de Paulínia Na região de Paulínia poucas são as áreas remanescentes de vegetação natural com porte florestal. A vegetação natural está restrita às áreas de “reserva legal” existentes nas médias e grandes propriedades rurais e também aos parques espalhados pela cidade, como o Parque Ecológico, o Jardim Botânico e o Parque da Represa “Juiz Pelatti”, com 6,5ha, 8,6ha e 3.200ha (sendo 1.800 ha pertencentes à Paulínia), respectivamente. O Rio Atibaia, onde a Rhodia capta água bruta e dispõe os principais efluentes líquidos é considerado um rio de médio porte para os padrões brasileiros. No local do complexo da Rhodia, a vazão média do rio está na ordem de 35,2 m3/segundo. 10 Figura 4: Diagrama unifilar do rio Atibaia 1.2. Descrição da unidade A Rhodia se instalou na cidade de Paulínia em 1942, em um terreno de 1.800 ha e atualmente possui 850 empregados diretos. O complexo industrial da Rhodia possui um total de 25 plantas em operação que produzem aproximadamente um milhão de toneladas de produtos químicos por ano. Outras seis empresas atuam em paralelo à Rhodia no Complexo Industrial Rhodia em Paulína. Essas empresas possuem aproximadamente 460 funcionários. Para seu funcionamento, fazem uso das utilidades e serviços (segurança, serviço medico, restaurante, transporte de funcionários, etc.) fornecidos pela Rhodia. A tabela abaixo detalha a atuação dessas empresas: HEXION Química Indústria e Comércio Produz látex PVA. Ltda. BASF Produz resina Estireno-butadieno. Unidade parada devido às condições de mercado. Sem TEREFTÁLICOS previsão de retorno das atividades. Produzia Ácido Indústria (M&G) Tereftálico purificado, que é matéria prima da resina PET. MERIAL Fabricação de produtos de uso veterinário. Desenvolvimento e pesquisa de produtos para o BAYER CROPSCIENCE mercado agro-químico. AIR LIQUIDE Produz CO2 e H2 e fornece para a Rhodia. Tabela 1- Empresas terceiras dentro do complexo industrial. 11 Figura V – Empresas do Complexo Industrial 1.3. Diagrama das unidades de operação (UQP) Figura VI – Diagrama de localização das unidades de produção 1.4. Caracterização de matéria prima e origem A UQP unidade industrial de Paulínia opera suas plantas com matérias-primas de diferentes fontes, como ilustra o diagrama abaixo: 12 Figura VII – Diagrama de caracterização da cadeia produtiva da unidade industrial 1.5. Produção de acido adípico CUMENE OXYGEN ADIPONITRILE PHENOL HYDROGEN CYCLOHEXANOL HMD KA OIL NITRIC ACID ADIPIC ACID NYLON SALT NYLON 6.6 NITROUS OXIDE N2O OTHER APPLICATIONS Figura VIII - produção de ácido adípico 1.6. Fonte de redução e reciclagem para minimizar resíduos Em atendimento à Política Ambiental a UQP desenvolve de forma continua atividades que buscam a minimização dos seus aspectos e impactos ambientais. Neste sentido diversos projetos foram implementados com o objetivo de reduzir e minimizar os resíduos gerados nas suas atividades. Alguns exemplos são citados abaixo: • • 13 Reciclagem de lixo – instalação de coletores de material reciclado em todo o Complexo Industrial Rhodia em Paulina (ver figura VII – foto à esquerda); Biorredução lodo biológico – lodo proveniente das ETE’s do complexo industrial, com redução de 96% na quantidade de lodo que é enviada para tratamento externo (coprocessamento em forno de cimento) (ver figura VII – foto à direita); • • • Projeto SAMPA/Fenol – Redução 60% na geração de pesados do Cracking; Projeto DIDA – Transformação dos Diácidos (resíduos da planta de Ácido Adípico) em produto comercial; Valorização de Resíduos - Utilização do resíduo orgânicos como combustível em caldeiras; RHODIASOLV’s- Valorização dos leves dos solventes; Figura IX - Programa de Reciclagem de Resíduos e Biorredução de Lodo 1.7. Controle de emissão de gás A Rhodia controla suas emissões atmosféricas através de diversos sistemas de controle em diferentes pontos da unidade industrial. A maior parte desses sistemas é composta por filtros e aspiradores instalados nas chaminés, que evitam a emissão de material particulado para a atmosfera. Há também um sistema de recuperação de orgânicos voláteis (TratAR), instalado na planta de produção de fenol. Este sistema funciona com carvão ativado recuperando a maior parte dos orgânicos voláteis presentes nos gases liberados pelos reatores da planta de fenol. A parte que não é recuperada nos filtros de carvão é tratada em reatores de queima catalítica que funcionam em paralelo com o TratAR. Outro projeto de controle de emissão de gases é o DENOX, implantado em 2002 na planta de produção de Ácido Nítrico da Rhodia para abatimento de óxidos nitrosos (NOx). Em 2007 foi implantado um sistema de destruição térmica de N2O, gás estufa produzido na planta de Ácido Adípico da Rhodia que gera aproximadamente 0,3 t N2O por tonelada de Ácido Adípico produzido. Com a implantação do projeto, denominado ANGELA, essa emissão foi reduzida em 99%. A planta responsável pela destruição do gás é composta por uma câmara de destruição térmica que queima o N2O com gás natural (ver: figura VIII) e utiliza o calor dessa reação para gerar vapor de água, empregado em outros processos. 14 Figura X - Projeto DENOX - Esquema da planta de destruição de N2O 1.8. Tratamento de efluente A Rhodia possui um ponto de captação da água do Rio Atibaia ao norte da planta. A água coletada nesse ponto é tratada em duas estações de tratamento de água (ETA). A figura IX abaixo mostra a local onde é feita a captação (foto à direita) e as ETAs Norte e Sul (figura à esquerda). Figura XI - Estações de Tratamento e ponto de captação da água do Rio Atibaia A Rhodia mantém diversos sistemas de controles contínuos dos efluentes gerados em sua área industrial. Nas ETAS Norte e Sul há um sistema (projeto DEPLAT) que recolhe e trata o efluente gerado pelo tratamento da água coletada no rio Atibaia. Esse efluente é tratado e a água é reaproveitada, reciclando aproximadamente 1.800 m³ de água por dia. Figura XII - Sistema DPLAT 15 O complexo industrial tem cinco estações de tratamento de efluentes líquidos. As ETE’s pertencentes e operadas pela Rhodia são: 1) 2) 3) 4) ETE Orgânico ETE Fenolado ETE Fase 1 e ETE Sílicas, ETE Sílicas descarta no Rib. Anhumas, Outras ETEs no Rio Atibaia, ETE Fenolados e ETE Orgânicos possuem duto de lançamento em comum Duas estações de tratamento de efluentes (ETE Fase 1 e ETE Sílicas) tratam efluentes não orgânicos. A primeira (ETE Fase 1) trata os efluentes provenientes das plantas de Ácido Adípico e águas cáusticas das unidades de regeneração de resinas, enquanto a segunda (ETE Sílicas) trata os efluentes da unidade de produção de sílicas. Estes efluentes são homogeneizados e passam por ajustes de pH através da introdução de soda (NaOH) ou ácido sulfúrico (H2SO4), conforme seu caráter ácido-base. O monitoramento dos efluentes é feito diariamente, e quando aplicável, através do controle de DQO, DBO, pH e sólidos em suspensão. Após o tratamento, os efluentes são lançados no rio Atibaia e ribeirão Anhumas respectivamente. O esgoto sanitário da unidade industrial é tratado em um grande sistema de fossas sépticas, de acordo com as normas nacionais. Os efluentes orgânicos são tratados em duas ETE’s distintas, denominadas ETE-Orgânicos e a ETE-Fenolados. Ambas as estações funcionam com o processo de lodo ativado, que consiste em colocar o efluente em contato com a massa biológica (biomassa), promover condições 16 reacionais para que microrganismos aeróbios atuem sobre o efluente, degradando a matéria orgânica e garantindo que o meio ambiente não sofra qualquer agressão pelos efluentes. Figura XIII - Diagrama ilustrativo da ETE de Fenolados Figura XIV - Localização das ETEs e do sistema de segurança A quinta ETE pertence e unidade de produção de tereftálicos, pertencente à M&G. A planta está paralisada e a respectiva ETE também. O Complexo Industrial Rhodia em Paulínia também conta com um sistema de Bacias de Contenção (BACON), que funcionam como uma proteção para o Rio Atibaia e Ribeirão Anhumas. Esse sistema evita o envio de águas geradas em eventuais acidentes na área do complexo: águas de combate a incêndios, vazamentos de produtos químicos e águas pluviais eventualmente contaminadas. 17 Figura XV - Bacias de Contenção 1.9. Disposição de resíduo sólido A Rhodia mantém um controle rigoroso dos resíduos sólidos que gera em sua unidade industrial através da aplicação de diversos procedimentos de diligenciamento, armazenagem, rotulagem, autorizações, credenciamento de fornecedores e inventários. Dentre os procedimentos destacamse os inventários que reportam a quantidade, localização e destino dos resíduos sólidos gerados nas plantas de produção e o de credenciamento de serviços de destinação dos resíduos. 1.10. Funcionários A Rhodia emprega em Paulínia 850 funcionários diretos nos mais diferentes níveis de formação (fundamental técnico e superior). A empresa mantém programas de comunicação e desenvolvimento entre seus funcionários como, por exemplo, o EAD (Entrevista Anual de Desenvolvimento), que é um processo anual de entrevista entre funcionário e responsável hierárquico que busca de maneira formal, independente do contato diário, avaliar o desempenho do funcionário, suas aspirações profissionais e estabelecer um programa de evolução profissional através de feedback e definição de programa de treinamento a médio e longo prazo. Associado a este trabalho, há também um Plano de Progressão, Desenvolvimento e Sucessão que tenta identificar as necessidades da empresa em relação a Recursos Humanos e permitir a mobilidade dos profissionais entre as diferentes áreas da empresa (oportunidades de carreira). 1.11. Saúde e segurança A Rhodia mantém atividades de identificação e avaliação dos riscos à saúde e segurança constantemente. Essas atividades são conduzidas por uma equipe de especialistas em saúde e higiene industrial com a efetiva participação das equipes operacionais, e tem como principal foco de estudo o posto de trabalho e a exposição dos trabalhadores aos diversos fatores ambientais de risco de natureza física, química, biológica e ergonômica. Todas as áreas da Rhodia passam pela identificação e avaliação dos aspectos de higiene industrial, prioritariamente os setores de produção, manutenção, laboratório e logística. Em intervalos de até cinco anos, ou sempre que houver alterações significativas no processo, atividade ou produtos, é realizada uma revisão dos trabalhos de reconhecimento dos agentes ambientais, seguida da reavaliação das exposições ocupacionais. 1.12. 18 Segurança Nas instalações existentes, a identificação e avaliação dos riscos de segurança do processo e dos bens são realizadas conforme metodologia de segurança própria da Rhodia e conforme as auditorias da seguradora. Os estudos são revisados periodicamente, e publicados em relatórios bimestrais. Além disso, programas como SIMSER+ e ISO14001 também compõem o programa de sustentabilidade da Rhodia, denominado Rhodia Way, conforme figura abaixo. Figura 16: Certificações e suas relações com stakeholders 2. Considerações legais e regulatórias 2.1. Requisitos Legais Aplicáveis às Atividades da Rhodia A Rhodia possui um mecanismo estabelecido para identificação e acesso aos requisitos legais e outros requisitos, conforme definido no Procedimento SG-014 e formalizado no Formulário SGF-006 Form. O procedimento contempla os critérios para identificação dos requisitos legais e requisitos específicos que é realizado por empresa especializada nessa atividade – Norma Ambiental. Essa empresa fornece um banco de dados contendo todos os requisitos legais e requisitos específicos aplicáveis às questões ambientais, de saúde e segurança ocupacional, que dizem respeito às atividades da Rhodia. Trimestralmente um grupo de trabalho, com representantes das diversas unidades de negócio da Rhodia, analisa criticamente o banco de dados de requisitos legais e específicos definindo aqueles aplicáveis em cada unidade de negócio. Cada representante é responsável por definir o mecanismo para cumprimento de cada requisito legal e específico em sua unidade de atuação. São definidos os setores aplicáveis, com os respectivos responsáveis, e definido um plano de ação a fim de garantir o cumprimento desses requisitos. 19 Semestralmente a Rhodia estabelece um mecanismo para verificação do cumprimento dos requisitos legais e específicos reportando o resultado nas Análises Críticas pela Direção, onde foi possível evidenciar o comprometimento dessa Direção para com o atendimento à legislação aplicável. Em seguida, são apresentados os principais requisitos legais e requisitos específicos aplicáveis ao meio ambiente sob Responsabilidade da Rhodia: Esfera Número Constituição Federal Descrição Capítulo VI do Meio Ambiente Art.225. Federal Lei n.º 6.938 de 31/08/1981 Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Lei no 10.165 de 2712/2000 Alteração da Lei nº 6938 de 31/08/1981-Política Nacional do Meio Ambiente com: criação, taxa de fiscalização, controle, meio ambiente. critérios, órgão público, isenção, pagamento, taxa de fiscalização, controle, meio ambiente. obrigatoriedade, apresentação, relatório, exploração, recursos naturais, impacto ambiental, poluição. determinação, produtor rural, pagamento, taxas, vistoria, hipótese, benefício, redução, imposto territorial rural. créditos, compensação financeira, percentagem, recolhimento, imposto devido, taxa de fiscalização. Lei nº 7.804, de 18/07/89 Dispõe sobre o Cadastro Técnico Federal, entre outras alterações da Política Nacional do Meio Ambiente - Lei 6938, de 31/08/1981, que dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, as leis 7735 de 22/02/89, 6803 de 02/06/80 e 6902 de 21/04/81, e da outras providencias. Lei dos Interesses Difusos. Disciplina a ação civil pública de Lei n.º 7.347 de 24/07/1985 responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor... Lei n.º 9.605, de 12/02/1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Decreto n.º 99.274, de Dispõem, respectivamente, sobre a criação de Estações 06/06/1990 - Regulamenta a Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Lei n. 6.902, de 27 de abril Nacional do Meio Ambiente, e da outras providências. de 1981, e a Lei n.6.938, de 31 de agosto de 1981 20 Resolução CONAMA n.º 001, de 23/01/1986 Dispõe sobre os critérios básicos e diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental. Resolução CONAMA n.º 006, de 24/01/1986 Dispõe sobre a aprovação de modelos para publicação de pedidos de licenciamento. Resolução CONAMA n.º 237, de 19/12/1997 Regulamenta os aspectos de licenciamento estabelecidos na Política Nacional de Meio Ambiente. Resolução CONAMA n.º 281 , de 12/07/2001 Dispõe sobre o estabelecimento de modelos simplificados de publicação dos pedidos de licenciamento, sua renovação e concessão pelos órgãos competentes. Lei n.º 6.803, de 02/07/1980 Dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição, e dá outras providências. ambiental Decreto n.º 24.643, de 10/07/1934 Código de Águas e suas alterações. Resolução CONAMA n.º 001-A, de 23/01/1986 Estabelece que o transporte de produtos perigosos deverá ser efetuado mediante medidas essenciais complementares às estabelecidas pelo Decreto n.º 88.821, de 6 de outubro de 1983. Resolução CONAMA n.º 357, de 17 de março de 2005 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Resolução CONAMA n.º 006, de 15/06/1988 Dispõe sobre a realização de um inventário dos resíduos industriais gerados e/ou existentes no País. Resolução CONAMA n.º 005, de 15/06/1989 Institui o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar PRONAR. Resolução CONAMA n.º 001, de 08/03/1990 Dispõe sobre a emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política. Resolução CONAMA n.º 003, de 28/06/1990 Dispõe sobre padrões de qualidade do ar. Dispõe sobre o estabelecimento de limites máximos de emissão de poluentes no ar para processos de combustão externa de fontes fixas de poluição. Resolução CONAMA n.º 008, de 06/12/1990 Estabelece limites máximos de emissão de poluentes do ar. Dispõe sobre o estabelecimento de limites máximos de emissão de poluentes no ar para processos de combustão externa de fontes fixas de poluição Resolução CONAMA n.º 020, de 24/10/1996 Define os itens de ação indesejável, referente à emissão de ruídos e poluentes atmosféricos. Portaria N. 518, de 25 de março de 2004 Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. Lei n.º 9.433, de 08/01/1997 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Decreto Lei n.º 2.063, de 06/10/1983 Dispõe sobre multas a serem aplicadas por infrações à regulamentação para a execução do serviço de transporte rodoviário de cargas ou produtos perigosos e dá outras providências. Resolução CONAMA n.º 313, de 29/10/2002 Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965 Código Florestal Institui como área de Relevante Interesse Ecológico a Mata de Decreto Federal nº., 91.885, Santa Genebra (ARIE Mata de Santa Genebra), localizada em de 05/11/1985 Campinas a 6,5 km da Rhodia Portaria nº 64 de 31/08/2010 (ICMBio): 21 Aprova o Plano de Manejo da Área de Relevante Interesse Ecológico Mata de Santa Genebra no Município de Campinas, no Estado de São Paulo. Estadual 22 Constituição Estadual Cap. IV Do Meio Ambiente, dos Recursos Naturais e do Saneamento, artigos 191 a 216. Lei Estadual n° 997/76 Dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente. Lei Estadual n° 5.597/87 Estabelece normas e diretrizes para o zoneamento industrial no Estado de São Paulo, e dá providências correlatas. Lei Estadual n° 6.134/88 Dispõe sobre a preservação dos depósitos naturais de águas subterrâneas do Estado de São Paulo, e dá outras providências. Lei Estadual n° 7.663/91 Estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos bem como ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Lei Estadual n° 9.034/94 Dispõe sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH, a ser implantado no período 1994 e 1995, em conformidade com a Lei n.º 7.663, de 30 de dezembro de 1991, que instituiu normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos. Lei Estadual n° 9.509/97 Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação (SEAQUA). Lei Estadual n° 9.866/97 Dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional do Estado de São Paulo. Lei Estadual nº 9.825/97 Restringe as atividades industriais nas áreas de drenagem do Rio Piracicaba Lei Estadual nº 10.400/99 Inclui dispositivo na Lei Estadual 9.825/97, tornando-a menos restritiva quando a atividade principal não constar do quadro I e II. Decreto Estadual n.º 8.468/76 e suas alterações Aprova o Regulamento da Lei n° 997, de 31 de maio de 1976, que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente. Decreto Estadual n.º 10.755/77 Dispõe sobre o enquadramento dos corpos de água receptores na classificação prevista no Decreto n.º 8.468, de 8 de setembro de 1976, e dá providências correlatas. Decreto Estadual n.º 24.932/86 Institui o Sistema Estadual do Meio Ambiente, cria a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e dá providências correlatas. Decreto Estadual n.º 40.046/95 Altera dispositivos do Decreto n.º 30.555, de 3 outubro de 1989, que reestrutura, reorganiza e regulamenta a Secretaria do Meio Ambiente. Decreto Estadual n.º 47.397/02 Dá nova redação ao Título V e ao Anexo 5 e acrescenta os Anexos 9 e 10, ao Regulamento da Lei n° 997, de 31 de maio de 1976, aprovado pelo Decreto n° 8.468, de 8 de setembro de 1976, que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente. Decreto nº 47.400/02 Regulamenta dispositivos da Lei Estadual n° 9.509, de 20 de março de 1997 Referentes ao licenciamento ambiental, estabelece prazos de validade para cada modalidade de licenciamento ambiental e condições para sua renovação, estabelece prazo de análise dos requerimentos e licenciamento ambiental, institui procedimento obrigatório de notificação de suspensão ou encerramento de atividade, e o recolhimento de valor referente ao preço de análise. Municipal Decreto Estadual nº 50.753/06 Altera a redação e inclui dispositivos no Regulamento aprovado pelo Decreto n. 8.468, de 8 de setembro de 1976, disciplinando a execução da Lei nº 997, de 31 de maio de 1976, que dispõe sobre controle da poluição do meio ambiente e dá providências correlatas em relação ao controle das emissões atmosférica nas diversas “bacias aéreas” do estado de São Paulo. Resolução SMA nº 54/04 Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental no Estado de São Paulo. Resolução SMA n.º 81/98 Dispõe sobre o licenciamento ambiental de intervenções destinadas à conservação e melhorias de rodovias e sobre o atendimento de emergências decorrentes do transporte de produtos perigosos em rodovias. Resolução SMA No. 03/2000 Estabelece critérios para Toxicidade de Efluentes lançados no Corpo Receptor. Código do Meio Ambiente do Município Instituído pela lei 2094 de 18 de junho de 1997 - dispõe sobre o Sistema Municipal de Licenças de Atividades Causadoras de Impacto Ambiental. Lei 2676 de 18 de dezembro de 2003 "Dispõe sobre o parcelamento, uso e ocupação do solo no município de Paulínia, e dá outras providências". Os principais requisitos de a saúde e segurança ocupacional aplicáveis a unidade da Rhodia estão apresentados no quadro abaixo: Esfera Número NR 1 –Disposições Gerais Descrição Estabelecer o campo de aplicação de todas as Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, bem como os direitos e obrigações do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores. NR 4 – Serviços Especializados em Promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local Engenharia de Segurança de trabalho através dos Serviços Especializados em Engenharia de e em Medicina do Segurança e Medicina do Trabalho. Trabalho Garantir a representação dos trabalhadores nas questões de melhoria da segurança e saúde ocupacional. Observar e relatar condições de NR 5 – Comissão Interna risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até de Prevenção de eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos, discutir os Acidentes acidentes ocorridos, encaminhando aos SESMT e ao empregador o resultado da discussão, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e, ainda, orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. Federal NR 6 – Equipamento de Proteção Individual 23 NR 7 – Programa de A Norma Regulamentadora NR6, cujo título é Equipamento de Proteção Individual (EPI), estabelece: definições legais, forma de proteção, requisitos de comercialização e responsabilidades (empregador, empregado, fabricante, importador e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)). A interpretação da NR 6, principalmente no que diz respeito à responsabilidade do empregador, é de fundamental importância para a aplicação da NR 15, na caracterização e/ou descaracterização da insalubridade. A NR 6 tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 166 a 167 da CLT. A Norma Regulamentadora 7, cujo título é Programa de Controle Controle Médico de Saúde Ocupacional NR 8 – Edificações NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR 12 – Máquinas e Equipamentos NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão NR 15 – Atividades e Operações Insalubres NR 16 – Atividades e Operações Perigosas NR 17 – Ergonomia NR 18 – Condições e Meio Ambiente de 24 Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implantação do PCMSO, por parte de todos os empregadores e instituições, com o objetivo de monitorar, individualmente, aqueles trabalhadores expostos aos agentes químicos, físicos e biológicos definidos pela NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). A Norma Regulamentadora 8, cujo título é Edificações, dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. A NR 8 tem sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 170 a 174 da CLT. A Norma Regulamentadora 9, cujo título é Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação de um programa de Higiene Ocupacional visando à preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. A NR 9 tem sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 176 a 178 da CLT. Implementar medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. A Norma Regulamentadora 10, cujo título é Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, estabelece os requisitos e condições mínimas exigíveis para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que interajam direta ou indiretamente em instalações elétricas. Estabelecer os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. Estabelecer medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes de trabalho. Prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho advindos da instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão. Proteger e prevenir os trabalhadores de exposições nocivas à sua saúde. Regulamentar as atividades e operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas correspondentes. Estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de Trabalho na Indústria da Construção controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis Estabelecer as disposições regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. NR 23 – Proteção Contra Estabelecer as medidas de proteção contra incêndios, visando à Incêndios prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR 26 – Sinalização de Segurança Estadual NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados Disciplinar os preceitos de higiene e conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e água potável, visando a higiene dos locais de trabalho e a proteção à saúde dos trabalhadores. Padronizar as cores que serão utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a prevenir acidentes e proteger a saúde e integridade física dos trabalhadores. Estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. A NR 33 estabelece os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio DECRETO Nº 46.076, das edificações e áreas de risco para os fins da Lei DE 31 DE AGOSTO DE nº 684, de 30 de setembro de 1975 e estabelece outras 2001. providências. 3. Licenciamento Ambiental 3.1. Geral Rhodia O Estado de São Paulo foi um dos precursores na implantação de licenciamento ambiental no Brasil e no mundo. A Legislação Ambiental de São Paulo, , Lei Estadual 997/76, antecedeu em quase um década a Legislação Federal Brasileira sobre licenciamento ambiental. A referida Lei Estadual estabeleceu os critérios do licenciamento ambiental, que foram regulamentados pelo Decreto Estadual 8468/76, formalizando, assim, os mecanismos para licenciamento de novas instalações ou ampliações de unidades potencialmente poluidoras. A partir dessa data o Complexo Industrial da Rhodia estabeleceu mecanismo para obtenção de todas as licenças ambientais necessárias, junto ao órgão ambiental de fiscalização – CETESB. As unidades e/ou equipamentos instalados anterior a 1976 foram licenciados voluntariamente a partir de 2000, encerrando-se em 2006 com o 1º processo de renovação das licenças de operações, quando a CETESB exigiu o completo inventário de todas as fontes instaladas no estado de São Paulo. 25 O quadro a seguir mostra o inventário de todos os processos de licenciamento do site, destacando as 3(três) principais licenças de Operação das Empresas Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda., Rhodia Brasil Ltda. e Rhodia Energy Brasil Ltda., bem como, as licenças que estão unificadas nestes processos e as licenças (ou processos) de novos projetos e modificações ocorridas entre as respectivas renovações das Licenças de Operações. 26 ENTIDADE PROCESSO LI EMPRESA CETESB Nº DATA LO Nº DATA RHODIA POLIAMIDA E ESPECIALIDADES LTDA TODAS 37/00413/04 diversas diversas 37000409 15/05/07(1) RHODIA BRASIL LTDA SILICAS 37/00414/04 diversas diversas 37000566 24/07/08(2) 37/00353/05 37000339 30/01/06 37000942 16/04/10(3) UNIDADE PROJETO RHODIA ENERGY BRASIL LTDA (ANGELA) GSIMAP CTN CTS LOGÍSTICA ETA SUL ETEs DCA GU/EE BICARBONATO DEAMONIA SÍLICA ÁCIDO ADÍPICO 27 R. ENERGY COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS ATERRO SANITÁRIO BACON CTB CONCALD II CONCALD INAQ ANTERIOR A 1976 ENTAMBPIN DESMI - SUL ORGANICOS E COATIS FENOLADOS BIOREDUÇÃO DE LODO COATIS COATIS SITEXP MERIAL COATIS COATIS ALEX SOLICAS FILPRE SOLICAS GRAPIS SOLICAS MOINHO SÍLICA SOLICAS SICA SOLICAS SILICATO SOLICAS SILIN II SOLICAS PROJETO OPALA SOLICAS DIDA/GRANEL ADOH PI ADOH 200 PI CCN-DUPLO EFEITO PI 05/0092/5 PA00019198 SD - 421/98 37/00169/05 37/00199/02 05/00048/90 37/00204/00 37/00331/03 05/00353/96 37000327 37000199 086333 37000142 37000227 111375 10/11/05 20/08/03 04/06/90 26/06/02 18/03/04 08/08/96 37/00142/04 37/00202/00 37/00044/07 37/00200/00 05/00855/96 05/00709/89 05/0004/8 3700007/00 37/00097/94 05/0360/8 37/00094/93 37/00313/06 37/00076/01 05/00357/96 37/00097/99 37000249 37000149 37000431 37000117 114870 088049 073095 37000022 114874 000646 099024 37000391 37000128 111412 37000029 10/11/05 29/08/02 LO unificada no processo 37/00413/04 20/03/07 11/10/01 21/11/97 21/08/91 18/07/06 22/03/00 21/11/97 05/04/77 23/02/95 24/10/06 21/02/02 01/11/1996 10/07/00 ÁCIDO NÍTRICO BISFENOL CHL FENOL HMD/SAL-N ACETATO DE ETILA ACETATOS DIVERSOS ÁCIDO SALICÍLICO 28 SELF PI EFLAAD PI LÍGIA-ADOH PLUS RIMA REVANÍ COMPRESSOR VAGA DENOX BISFENOL BIPOL BISFENOL-75 MOINHO BPA (4) CICLOPLUS FENOL-360 PI PI PI PI PI PI PI COATIS COATIS COATIS COATIS PI COATIS 05/00854/96 05/0069/5 05/01448/87 37/00158/00 37/00078/06 37/00118/07 3700100/06 37/00058/05 37/00061/00 37/00027/02 05/1372/0 05/00320/88 37/00063/01 37/00349/10 37/00159/00 05/00765/96 114872 21/11/1997 50092 06/08/85 37000071 37000346 37000455 37000352 37000290 37000044 37000160 016086 073331 37000107 37000269 37000073 113020 09/02/01 01/06/06 06/08/07 05/05/06 29/03/05 13/07/00 07/11/02 30/07/80 09/12/88 18/09/01 05/08/10 09/02/01 13/06/97 PROJETO CAROL(4) COATIS 37/00003/07 37000421 13/02/07 PROJETO FREVO PURIFICAÇÃO "NOVO" CARISMA (4) SAMPA HMD GAMA/ SAL-N SAL-N55/AUM HMD ETILA CAPETILA ETILA-70 TOTAL FLEX CEARA (4) ANTERIOR A 1976 N-PROPILA (4) AUCASAL SALAL-GRANULADOR COATIS COATIS COATIS COATIS PI PI PI COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS SALAL SALAL 37/00145/03 37/00029/06 37/00308/07 3700063/99 05/0812/8 37/00053/02 37/00235/07 05/0456//8 37/00199/00 37/00006/00 37/00032/07 37/00015/08 37/00201/00 37/00779/08 05/00951/96 37/00417/04 37001063 08/12/10 LO unificada no processo 37/00413/04 LOs parciais solicitadas em jul/09 (200 kt/ano) e jul/10 (225 kt/ano) 37000225 27/02/04 LO unificada no processo 37/00413/04 37000350 18/04/06 37000055 10/07/08 LO solicitada em jun/10 37000003 21/09/99 001303 29/07/77 37000137 23/04/02 37000487 28/11/07 LO unificada no processo 37/00413/04 001304 29/07/77 37000090 09/05/01 37000021 03/04/00 37000427 13/03/07 LP/LI solicitadas em 23/01/08 37000110 13/09/02 LO unificada no processo 37/00413/04 3700175 17/04/09 37000944 16/04/10 114871 21/11/97 LO unificada no processo 37/00413/04 37000285 22/02/05 DIACETONA ALCOOL ISOPROPANOL MIBK INFRA RHODIAECO FORMIPLUS/DESCAL TOLONATES PURIFICAÇÃO ACETOFENONA PURIFICAÇÃO DIBK HIDROGENAÇÕES SALAL SALAL-MEPROSAL DAA - Integr. Energética (4) DAA-PUR "NOVO"(4) PROJETO EVA ANTERIOR A 1976 VIA DIRETA Logisal - MIBK CABINE ELÉTRICA TORRE DAP VINAL ABRIGO DE Ni CHÁ VERDE (4) SALAL SALAL COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS 05/0295/6 37/00109/06 37/00289/07 37/00008/06 37/00157/00 37/00203/00 37/00097/02 37/00297/07 37/00388/04 37/00355/04 053781 37000370 37000095 37000341 37000075 37000109 37000152 37000001 37000282 37000274 COATIS 37/00193/06 37000378 21/08/06 COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS COATIS 37/00168/02 37/00088/07 37/00127/07 0/1246/4-A 37/00264/07 37/00666/08 37000230 37000448 37000032 043604 37000480 37000132 04/10/85 25/07/06 17/04/09 09/02/06 09/02/01 13/09/02 13/09/02 09/01/08 17/01/05 20/01/05 26/04/04 23/07/07 23/04/08 15/03/84 06/11/07 13/01/09 37000861 37000860 30/10/09 30/10/09 LO unificada no processo 37/00413/04 37000943 16/04/10 Notas: (1) LO válida por 2 anos. Solicitação da Renovação encaminhada em 13/01/09. Contempla todas as unidades e licenças de operação indicadas em verde no restante do quadro; (2) LO válida por 2 anos. Solicitação da Renovação encaminhada em 13/05/10. Contempla a armazenagem e expedição de sílicas em função da industrialização de sílicas pela Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda. Inspeção para liberação da Licença de Operação Renovada realizada em 27/01/2011 sob no. 1380659 que é a última etapa do processo de análise da CETESB para liberação da licença. (3) LO válida por 3 anos. Trata-se especificamente da planta de abatimento de N2O, que teve a razão social alterada de Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda. para Rhodia Energy Brasil Ltda. (4) Unidades e processos de licenciamentos que não foram unificados nos processos de Renovação de Licenças indicados acima. . 29 3.2. Unidades produção Ácido Adípico e de abatimento de N2O (ANGELA) Com relação às licenças relacionadas à unidade de produção de Ácido Adípico e da unidade de abatimento de N2O, destaca-se: 1 – A unidade de produção do Acido Adípico iniciou sua operação em 1966, anterior a Lei que estabelecia a exigência de licenciamento para fontes de poluição, ou seja, Lei Estadual 997/76 e o Decreto 8468/76 que a regulamentou; 2 – O projeto LIGIA, através do processo de licenciamento 37/00158/00 de 2000, unificou todas as licenças anteriormente fornecidas (EFLAAD, processo 05/0069/5 e 05/01448/87 + ADOH 200, processo 05/00357/96 + CCN DUPLO EFEITO, processo 37/00097/99 + SELF, processo 05/00854/96) e licenciou a base construída antes da Lei 997/76 e seu regulamento; 3 – Posteriormente ao Projeto LIGIA foram licenciados e implantados os projetos ADIPICO PLUS, REVANI e RIMA, os quais foram devidamente licenciados à época da sua implantação e operação, sendo posteriormente unificados no processo de renovação da licença da Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda (proc. 37/00413/04); 4 – Com relação a Unidade de abatimento de N2O (PROJETO ANGELA) este foi inicialmente licenciado na Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda e posteriormente teve sua razão social alterada para a Rhodia Energy Brasil Ltda. 5 – A unidade de ácido adípico assim como o ANGELA estão licenciados 3.3. Condôminos Todas as empresas instaladas no Complexo Industrial Rhodia em Paulínia devem atender a legislação vigente em relação a Meio Ambiente. Além desta exigência a Rhodia presta serviços de gestão ambiental às empresas Hexion, Basff e Air Liquide do Brasil. O quadro abaixo mostra a situação das licenças para estas empresas: EMPRESA HEXION AIR LIQUIDE 30 PROJETO PROCESSO CETESB LI PVA 37/00243/06 ANTERIOR A 1976 37000640 TRANSFER 37/00755/08 LO parciais varias etapas TRANSFER 1ª FASE 37/00755/08 37000904 11/01/10 TRANSFER (2A) 2ª FASE 37/00755/08 37000158 07/04/09 37000953 30/04/10 TRANSFER (2B) 2ª FASE 37/00755/08 37001047 17/11/10 Nº LO DATA ACRILICAS 37/00581/09 37000243 08/07/10 PROJETO PU 37/00385/10 EXPANSÃO 37/00243/06 37000151 06/02/09 FLARE 37/00019/99 123757 Nº DATA 25/11/08 Não solicitou LO – Projeto em HOLD LP/LI solicitada em 14/07/10 Em analise CETESB desde fev/09 04/05/99 37000002 11/02/99 REFORMING II 37/00019/98 105904 15/10/98 37000003 14/09/99 TROCA COMBUSTIVEL 37/00014/05 37000384 04/10/06 37000213 12/09/07 REFORMING III 37/00086/98 105905 16/10/98 37000139 23/10/02 RENOVAÇÃO LO (1) 37/000263/07 NA NA Em analise CETESB desde out/07 BASF RENOVAÇÃO LO (2) 37/00415/04 NA NA 37000545 Bayer S/A Estação Experimental NA NA NA Atividade não licenciável na CETESB. Possui somente CADRI´s para Resíduos. 37/00208/06 NA NA 37000965 26/05/2012 37/00123/05 NA NA Renovação iniciada em 29/12/2010 e Status de “Em Análise” na Cetesb NA Não há evidência de renovação na Cetesb. A unidade está paralisada, sem previsão de retomada de operação. Merial Agrícola Renovação 37000965 LO No. Renovação 37004986 LO No. 20/06/2008 Válida LO No. 37002553 37/00038/95, com NA vencimento em 12/01/2011 LO No. 37003970 37/00084/05, vencida NA NA Ingresso na Cetesb, mas caracterizado como “ Documentação incompleta”, em 09/11/2009 LO 37004722 37/00038/95 NA NA Status na Cetesb “Em Análise” desde 27/09/2010. Tereftálicos Notas: (1) – Unifica os processos referentes ao FLARE, REFORMING II, TROCA DE COMBUSTÍVEL e REFORMING III; (2) – Unifica todas as licenças da BASF Renovação solicitada em mar/10 e aguardando analise da CETESB. 3.4. IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente – CADASTRO IBAMA Em atendimento a legislação vigente, as atividades consideradas potencialmente poluidoras devem obter o CADASTRO TÉCNICO FEDERAL do IBAMA, providenciar anualmente o pagamento da taxa de fiscalização e a apresentar do Relatório de Atividade. O atendimento aos requisitos é confirmado através dos Certificados de Regularidade da Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda., Rhodia Brasil Ltda., Hexion, Basf e Air Liquide do Brasil, apresentados durante reunião de verificação e considerados corretos pela AMBIO, Seguem abaixo os registros dos respectivos cadastros citados acima:: Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda. – Cadastro nº 8897 Rhodia Brasil Ltda.– Cadastro nº 1020417 Hexion - Cadastro nº 1811572 BASF – Cadastro nº 4875057 Air Liquide do Brasil – Cadastro nº 348221 31 até Para a Rhodia Energy, por trata-se de sistema de controle de emissão atmosférica, o cadastramento no IBAMA não é aplicável. 3.5. DAEE – Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo - Outorga para Uso de água e Lançamento . Através da Portaria nº 830 de 08/05/2009, Artigo 1º e com validade até 07 de Maio de 2014, a Rhodia Poliamida e Especialidades Ltda. recebe renovação da sua autorização para captação de água (22 pontos) e lançamentos (12 pontos). A documentação fornecida e verificada confirma as informações. Através do fornecimento de utilidades, tratamento de efluentes e BACON aos condôminos, está outorga abrange a todas as empresas instaladas na Plataforma Industrial da Rhodia. 3.6. Portaria 46.076/2001 Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das edificações e áreas de risco para os fins da Lei nº 684, de 30 de setembro de 1975 e estabelece outras providências. Para garantir o cumprimento à Portaria 46.076 é necessário solicitar aprovação do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo que, através da emissão do AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros declara cumprimento do requisito legal. O AVCB do complexo industrial Rhodia de Paulínia compreende uma área de 200.800,19 m², referente à área construída, e está registrado sob No. 683277, com validade até 14 de Abril de 2012. 4. Sistema de Gestão Ambiental 4.1. Controles internos, procedimentos e praticas de gerenciamento para tratar assuntos relacionados a Meio ambiente A Rhodia tem um sistema de gestão ambiental abrangente e sofisticado (SIMSER+). A empresa tem uma Política do Sistema de Gestão, detalhada através de Objetivos e Metas, utilizando uma metodologia para identificação e avaliação dos aspectos e impactos ambientais, como ferramenta para identificar os requisitos legais e outros requisitos aplicáveis, definir os treinamentos necessários, controle operacional, atendimento às possíveis emergências e monitoramento e medição dos principais parâmetros do sistema de gestão O mecanismo estabelecido para gerenciamento das questões ambientais está definido no Sistema de Gestão Ambiental já certificado na ISO14001:2004. Recentemente a empresa foi auditada pela Organização Certificadora – Bureau Veritas Certification, e não foi identificada qualquer não conformidade nesse processo. A auditoria foi realizada em Agosto de 2010 e o Certificado é válido até 07 de Setembro de 2011. Definição da Política de gestão: 32 Figura XVII – Política de Excelência da Rhodia O mecanismo estabelecido para identificação e avaliação dos aspectos e impactos ambientais está definido no procedimento SG-010 e DRC 30-02 e 30-04, e considera a severidade e freqüência com que os aspectos / impactos ocorrem, para definição da significância dos mesmos. Com base na identificação dos aspectos e impactos ambientais são identificados os requisitos legais e outros requisitos associados, conforme definido no procedimento SG-014 e formalizado no Formulário SG-F-006 Form. Definição dos Objetivos e Metas do Sistema de Gestão: Ponto de situação dos objetivos e metas de 2010 33 Objetivos e Metas para 2011 (em consolidação): 34 4.2. Controle Operacional e Monitoramento e Medição Ambiental Foi possível evidenciar diversos procedimentos para garantir o controle operacional e o monitoramento e medição sobre as atividades, produtos e serviços da Rhodia. Vale destacar o mecanismo estabelecido para evitar que possíveis acidentes com derramamentos alcancem o Rio Atibaia – BACON. Os principais parâmetros ambientais são monitorados e medidos de acordo com programas estabelecidos dentro do sistema de gestão. Os principais parâmetros são: Qualidade da ÁGUA A unidade dispõe de sistemas de tratamentos de efluentes líquidos, com procedimentos definidos e controles que garantem o atendimento aos requisitos estabelecidos. Neste contexto e para situações de emergências, inclui-se o BACON, que tem a função de proteger os corpos d’água existentes no interior da área industrial da unidade. Monitoramentos dos cursos d’água, a montante e jusante de nossos descartes também são realizados. Qualidade do AR Os pontos de emissões atmosféricas significativas são monitorados e controlados para garantir o atendimento aos padrões de emissões previstos, evitando-se por conseqüência a emissão de odores fora dos limites da empresa. 35 Para o aspecto de odores, além do Procedimento para atender e tratar as reclamações e sugestões da comunidade – UQP-3-MAM-MA-006, temos implantado o “painel olfativo”, o qual é realizado anualmente com auxílio dos funcionários da UQP que habitam no Município de Paulínia e nos bairros próximos a unidade. Estes processos fornecem informações importantes para a implantação de novos controles. RUÍDOS As principais fontes de ruídos existentes na unidade são individualmente e periodicamente monitoradas, visando o atendimento à legislação aplicável, bem como evitar incomodo à comunidade junto à empresa. Pontos de monitoramento nas fronteiras e junto à comunidade são verificados periodicamente e/ou quando do registro de reclamações. Os resultados destes monitoramentos também fornecem informações para a implementação de controles. RESÍDUOS Os resíduos reciclados internamente dispõem de procedimentos próprios para seu gerenciamento, os quais são de domínio e aplicação pelas respectivas áreas. Para os resíduos com destinação externa, onde destacamos a não utilização de aterros, a UQP dispõe de um sistema de gerenciamento a partir do procedimento UQP-3-MAM-MA-005 Gestão e destinação dos resíduos industriais na UQP, que contempla os seguintes procedimentos: • • • • • • Identificação, transporte e armazenagem temporária Classificação dos resíduos quanto à periculosidade Obtenção de autorização junto aos órgãos de controle para destinação Carregamento e diligenciamento de resíduos Credenciamento de fornecedores para serviços de destinação Inventário de resíduos SOLO Para as áreas onde são identificadas contaminações do solo e/ou lençol freático, a UQP desenvolve um processo que contempla, quando aplicável: • • • Diagnóstico Remediação Monitoramento 4.3. Preparação e Atendimento a Emergências Ambientais Proteção contra vazamentos/derramamentos – BACON (Bacias de Contenção) Todos os tanques instalados na complexo industrial Rhodia são equipados com diques de contenção. Além disso, a usina dispõe de um sistema de contenção para efluentes acidentais, tais como os originados por combate a incêndio (sistema BACON). O BACON possui uma capacidade de 6.000 m³, que está interligado a uma rede de coletores. 36 Figura XVIII - BACON Figura XIX – Rede coletora Os coletores em torno das unidades são conectados a 9 (nove) caixas de coleta, equipadas com comportas de acionamento remoto e de analisadores de pH e/ou COT (carbono orgânico total). Em caso de desvio nas leituras ou preventivamente em caso de uma emergência, as comportas são fechadas, fazendo com que os efluentes sejam encaminhados para as bacias de contenção. 37 Figura XX – Posto de análise A operação, as responsabilidades e as áreas de cobertura do sistema estão descritas em procedimentos específicos. A Rhodia informou que o sistema de contenção foi dimensionado para atender cenário crítico de chuvas torrenciais, associado a controle de incêndio de grande magnitude. a) Plano de Combate a Incêndios Um dos princípios básicos da Política de Segurança Industrial, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente da Rhodia é assegurar condições para controlar, a qualquer momento, as conseqüências de uma eventual emergência que venha a ocorrer, apesar de todos os esforços para evitá-la, buscando minimizar possíveis impactos às pessoas, ao meio ambiente, ao patrimônio, aos processos e produtos. Um dos reflexos dessa política é a adoção de sistemas (ex: SIMSER+) e instrumentos que contribuam ao máximo na preparação de empregados para enfrentar essas emergências. É com essa finalidade que a Rhodia apresenta o Plano de Emergência do Complexo Industrial Rhodia em Paulínia, onde podem ser encontradas as informações mais importantes para o procedimento em caso de emergências. O objetivo do documento é: “Definir responsabilidades e procedimentos para o controle das emergências, no Complexo Industrial Rhodia em Paulínia, visando evitar ou minimizar perdas e danos as pessoas, processos, produtos, planeta e propriedade (5p’s)”. O documento é aplicável para todas as empresas instaladas no Complexo Industrial Rhodia em Paulínia. As instalações envolvidas abrangem: O Complexo Industrial Rhodia em Paulínia situado na confluência do Rio Atibaia com o Ribeirão Anhumas. Sendo constituído basicamente pelas empresas: Rhodia, TEREFTÁLICOS, Air Liquide, Basf, Merial e Bayer. Com as descrições das instalações podendo ser encontradas nos respectivos Planos de Emergências Locais. 38 Os principais cenários acidentais considerados estão descritos na Norma de Segurança UQP-3CVG-SE-017 - Procedimento em Caso de Crise e são: • • • • • • • • • • • • • • • Incêndio, Explosão, Vazamento ou Acidente Material Grave Alerta Geral (confinamento das pessoas em centros de encontros) Acidente Pessoal Grave, com Vítima Fatal Acidente Pessoal Grave Acidente em Painel Elétrico com Vítima Emergência no Transporte ou outras ocorrências com Produtos Rhodia Auxílio a Emergências Externas (Não Rhodia) Auxílio PAM Paulínia1 e PAM Rhodia - Replan2 Acidente com Risco para o Meio Ambiente Enchentes Acionamento BACON Acidentes com Equipamentos Radioativos Movimentos Sindicais Sinistro Elétrico (Sub Estações Elétricas Norte e Sul) Acesso de Pessoas Não Identificadas (Intrusos) Em relação à estrutura organizacional, com suas atribuições e responsabilidades o plano de emergência do Complexo Industrial de Paulínia é acionado em praticamente todos os cenários, sem prejuízo das ações técnicas necessárias para a interrupção do evento. O processo de atendimentos de emergência do Complexo Industrial da Rhodia em Paulínia é detalhado através de um conjunto de procedimentos e documentos que compõem o dossiê de gerenciamento de crise, conforme indicado abaixo com seus principais documentos: • • • • • • • • • • • • • • • • • PLE’s: Planos de Emergências Locais (respectivo por Unidade) UQP-2-SEG-SE-007: Procedimento em caso de Acidente, Incidente e Anomalias UQP-3-CVG-SE-011: Manual de Diretrizes e Operações Básicas do Sistema BACON PIP-GSIMAP-SE-012: Procedimento de Plantão e Sobreaviso - UQP UQP-3-CVG-SE-017: Procedimento em Caso de Crise UQP-3-CVG-SE-021: Plano de Ação em Caso de Enchente UQP-3-CVG-SE-024: Brigada de Emergência Turno UQP-3-CVG-SE-025: Coordenadores de Centro de Encontro UQP-2-SEG-SE-045: Inspeções Planificadas UQP-3-UTL-SE-001: Plano de Emergência Local Utilidades PASTA GER. CRISE: Pasta para o Gerenciamento de Crise PAM RHODIA-REPLAN: Acordo de Cooperação PAM PAULINIA: Estatuto RINEM CAMPINAS: Estatuto COMGAS: Plano de Ação de Emergência-Interior – Gás Natural DESENHO: 00-S-421 Planta Geral da Fábrica de Paulínia DESENHO: Estrutura Urbana e Viária do Município de Paulínia Nestes documentos estão definidas: • estrutura organizacional com as atribuições e responsabilidades dos envolvidos; • alertas - geral e específico; • fluxograma de acionamento, sistemas de comunicação; • localização dos centros de encontro; 39 • • listas de acionamento (interno e externo); formulários para relatórios entre outros. Quanto aos recursos humanos disponíveis, o início do controle às emergências é feito pela própria equipe operacional, que está treinada para identificar situações críticas e agir de acordo com cada cenário. Parte dos operadores das unidades faz parte da brigada de emergência, atuando como brigadistas e para o qual recebem treinamento específico. O funcionamento da Brigada de Emergência Turno é definido no procedimento UQP-3-CVGSE-024. As equipes de emergências CEVIG (Controle de Emergência e Vigilância) e DMO (Departamento Médico Odontológico), são acionadas através do ramal 3333, que dispõe dos seguintes profissionais 24 horas por dia: • • • • 04 Bombeiros e um Bombeiro Líder 20 Brigadistas de Turno 01 Enfermeiro 02 Vigilantes Em função das dimensões da emergência, o Plano de Emergência do Complexo Industrial Rhodia em Paulínia também pode acionar o PAM Paulínia, a RINEM Campinas (que são redes regionais de equipes para o controle das emergências) e o Acordo Rhodia-Replan (Replan – Refinaria de Paulínia/Petrobrás) no caso de grandes incêndios. Quanto aos sistemas de combate a incêndio, as áreas em que estão implantadas as unidades estão equipadas com sistemas de combate a incêndio dimensionados, em características, quantidade e posicionamento, para atender aos cenários de emergência das respectivas quadras e para dar início ao controle da emergência, para cenários de amplitude maior. O sistema está em conformidade com o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Para o atendimento às emergências os meios de comunicação disponíveis são: • • • • • Rádio comunicação interna Rádio comunicação do PAM Paulínia Nextel RINEM Campinas Telefones Celulares Telefones Residenciais Nas situações emergenciais (Incêndio, Explosão, Vazamento ou Acidente Material Grave), ao deparar com um evento anormal que ofereça riscos tanto para pessoas como às instalações do site ou fazenda, tais como: princípios de incêndios, vazamentos, etc., qualquer pessoa deverá acionar o sistema de atendimento às emergências do Complexo Industrial Rhodia de Paulínia, pelo ramal exclusivo de emergências:3333 O Operador da Sala CEVIG, ao identificar o chamado 3333, sem perda de tempo, solicita/checa o máximo de informações, tais como: nome do informante, localização, tipo, extensão do incidente, existência de vítimas e material (produto) envolvido. Em seguida, aciona via rádio todos os profissionais da GSIMAP/CEVIG que estiverem nas áreas. 40 Na freqüência de rádio estão (e serão comunicados simultaneamente) o Controle de Emergências, Segurança Patrimonial, Ambulância, Técnicos de Segurança, Portarias, Operador Logística / CE, etc.. Acionar se necessário, a critério do Bombeiro Líder, ou sua hierarquia, a Brigada de Emergências do Turno, através do acionamento via BIP’s. Comunica os níveis hierárquicos necessários ao apoio à Coordenação da Emergência. Recomenda-se, após a comunicação do evento, dirige-se à parte externa da unidade para orientar o exato local às equipes de emergências. As tentativas para extinção de incêndios, contenção de vazamentos, remoção de vítimas, etc., somente são realizadas por pessoal devidamente treinado para tal e sem correr riscos desnecessários às vítimas. Dependendo da gravidade do evento o Bombeiro Líder (Coordenador da Intervenção imediato) aciona o Alerta Geral. Quanto aos planos de emergência para auxílio externo, o Coordenador da Emergência toma a decisão da chamada o auxilio necessário (Corpo de Bombeiros, PAM Rhodia-Replan, PAM Paulínia, etc.). O acionamento pode ser via rádio, pela freqüência 160,95 MHz, comum ao Corpo de Bombeiros de Paulínia e demais empresas participantes do PAM – Plano de Auxílio Mútuo de Paulínia. 5. Aspectos Ambientais Gerais A Rhodia firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), em 1996, junto ao Ministério Público Estadual e a CETESB, organização fiscalizadora ambiental do Estado de São Paulo. Esse TAC é muito abrangente e compreende 38(trinta e oito) ações sobre os diversos compartimentos (água, ar, solo e comunidade) que avaliaram possíveis impactos negativos ao meio ambiente. O resultado do cumprimento do TAC é apresentado ao Ministério Público Estadual e as evidências estão disponíveis através de documentos protocolados nessa organização. A CETESB sistematicamente é informada da evolução das ações através de relatórios específicos. Foi possível evidenciar o cumprimento das determinações estabelecidas no TAC, onde todas as ações enumeradas já foram tecnicamente concluídas, sendo que 4(quatro) requisitos permanecem em fase de monitoramento, a saber:. Item do Relatório 1 2 3 4 Descrição CMA 1.1 ; TAC 4.1 - Óleo combustível queimado nas caldeiras CMA 1.4 ; TAC 4.4/4.5 - Emissão gases/compostos voláteis Fenol CMA 3.3 ; TAC 6.8/6.9 - Lençol freático próximo a Bacia de Cal CMA 4.1 ; TAC 6.17/6.17.1/6.17.2 - Subsolo unidade Fenol Status Monitoramento Monitoramento Monitoramento Monitoramento 5.1. Requisitos Legais: A Rhodia possui um mecanismo de avaliação da conformidade legal que apresenta como a empresa atende aos requisitos legais associados às questões ambientais e de saúde e segurança ocupacional. 41 O cumprimento de alguns requisitos legais já está demonstrado nos relatórios quadrimestrais que são apresentados à CETESB e Ministério Público, devido ao Termo de Ajustamento de Conduta existente. O cumprimento dos demais importantes requisitos legais são analisados criticamente abaixo. O mecanismo estabelecido pela Rhodia considera somente os requisitos legais aplicáveis às suas atividades, produtos e serviços, correspondentes ao meio ambiente e à saúde e segurança de seus colaboradores. Não considera, por exemplo, o Guia do IFC para Environmental, Health and Safety Guidelines for Petroleum-based Polymers Manufacturing. A análise realizada, em seguida, considera os principais requisitos legais de meio ambiente, sobretudo referente às questões de emissões atmosféricas, lançamento de efluentes, geração de resíduos e possibilidade de contaminações dos diversos meios sob influência da Rhodia. Além disso, considera os parâmetros apresentados no Guia do IFC Environmental, Health and Safety Guidelines for Petroleum-based Polymers Manufacturing. Cumprimento dos Principais Requisitos Legais de Meio Ambiente e SSO 42 43 5.2. Detalhamento do Cumprimento dos Principais Requisitos Legais em relação a Emissões e Efluentes: Resultados do programa de monitoramento/Cumprimentos das exigências ambientais O programa de monitoramento implementado pela Rhodia está baseado na avaliação dos aspectos ambientais que interagem com o meio ambiente, na legislação aplicável e nas exigências técnicas listadas na Licença de Operação nº 370000409 de 15/05/2007, processo CETESB 37/00413/04. 44 A CETESB adota o sistema de “auto-monitoramento”, onde as empresas apresentam os dados do monitoramento ambiental exigido. O não cumprimento das normas acordadas tem implicações legais de caráter penal. O monitoramento de qualidade do ar é executado por empresa independente e acompanhado por técnicos da CETESB., como no caso da empresa independente Air Service. O monitoramento da qualidade dos efluentes é feito nos laboratórios da Rhodia que passam por auditorias de certificação ISO9001, ISO140001 e por laboratórios independentes que possuem certificações ISO9001 e são acreditados na norma NBR ISO17025. Os relatórios dos monitoramentos são apresentados à CETESB na freqüência estabelecida na licença e conforme apresentados a seguir: Para melhor compreensão foram separadas as análises: • dos efluentes hídricos da planta de ácido adípico onde está o projeto de N2O; • das emissões atmosféricas do Acido Adípico – Projeto Angela, das outras plantas industriais e das utilidades (caldeiras e geradores). 45 A) Resultados da ETE – ETE-FASE 1 (Tratamento Físico - químico): relacionado ao projeto ANGELA de N2O Parâmetro Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Limites 8468 Dec. Limites CONAMA 357 Limites IFC EFLUENTE BRUTO Não Apl. Vazão Não Apl. Temperatura Não Apl. pH 31 DQO 12,5 DBO EFLUENTE TRATADO 592 Vazão 28-32 Temperatura 6,4-7,5 pH 30 DQO Não Apl. Não Apl. Não Apl. 34,1 15 Não Apl. Não Apl. Não Apl. 32,4 14,8 Não Apl. Não Apl. Não Apl. 30,9 20,4 Não Apl. Não Apl. Não Apl. 37,1 14,3 Não Apl. Não Apl. Não Apl. 32 23 Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. 461 29-35 6,7-7,3 30 468 24-33 6,7-7,2 32 462 33-37 6,6-7,2 31 496 33-38 6,5-7,2 35 493 25 a 39 6,5 a 7,1 31 Nota 1 < 40 oC (3) 5a9 Não Aplic. Nota 1 < 40 oC (3) 6a9 150 mg/l DBO 12 13 16 19 13 16 Não Aplic. 25 mg/l 0,1 0,4 0,1 0,2 0,2 0,3 Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Nota 1 < 40 oC 5a9 Não Aplic. < 60 mg O2/l ou >80% Eficiência < 1 ml/l/h em cone Imhoff < 0,5 mg/l < 1 ml/l/h em cone Imhoff < 0,5 mg/l 1,61 1,37 0,62 1,65 0,45 0,81 Não Aplic. < 20 mg/l Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. 100 mg/l 15,0 mg/l Não Aplic. 20 mg/l 15,0 mg/l 1,0 mg/l TSS <30 mg/l < 0,5 mg/l <10 mg/l Total 10 mg/l Não Aplic. 1,0 mg/l Materiais Sedimentáveis Fenóis Nitrogênio Amoniacal Óleos & Graxas Ferro solúvel Sulfeto Notas: Células em Vermelho – Não atendem aos parâmetros da Legislação Brasileira e IFC Células em Amarelo não atendem aos parâmetros do IFC B) EFLUENTES LÍQUIDOS/EMISSÕES HÍDRICAS DO COMPLEXO INDUSTRIAL RHODIA Essa tabela inclui todas as plantas da Rhodia, mais as seguintes empresas: Basf e Merial, cujos efluentes são coletados e tratados no sistema da Rhodia. 46 Nota: somente a unidade de tereftálicos, pertencente à empresa MG e paralisada, tem sistema de tratamento de efluentes separado da Rhodia e as demais plantas não geram efluentes líquidos (Hexion, Air Liquide). 1 ETE Orgânicos 2 ETE Fenolados 3 Junção 1+2 4 ETE Fase 1 5 ETE Sílicas Limites Dec. 8468 Limites CONAMA 357 Limites IFC Contínuo Contínuo Contínuo Diário Semanal Contínuo Contínuo Contínuo Diário Semanal Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Contínuo Contínuo Contínuo Diário Contínuo Contínuo Contínuo Diário Contínuo Contínuo Contínuo Diário Contínuo Contínuo Contínuo Diário Contínuo Contínuo Contínuo Não Aplic. Nota 1 < 40 oC (3) 5a9 Não Aplic. Nota 1 < 40 oC (3) 6a9 150 mg/l DBO Semanal Semanal Semanal Semanal Não Aplic. Não Aplic. 25 mg/l MateriaisSedimentáveis Diário Diário Diário Diário Diário Fenóis Diário Diário Diário Não Aplic. Não Aplic. Nota 1 < 40 oC 5a9 Não Aplic. < 60 mg O2/l ou >80% Eficiência < 1 ml/l/h em cone Imhoff < 0,5 mg/l < 1 ml/l/h em cone Imhoff < 0,5 mg/l Nitrogênio Amoniacal Semanal Semanal Semanal Semanal Não Aplic. Não Aplic. < 20 mg/l Óleos & Graxas Ferro solúvel Sulfeto Semanal Semanal Semanal Semanal Semanal Semanal Semanal Semanal Semanal Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. 100 mg/l 15,0 mg/l Não Aplic. 20 mg/l 15,0 mg/l 1,0 mg/l TSS <30 mg/l < 0,5 mg/l <10 mg/l Total 10 mg/l Não Aplic. 1,0 mg/l Parâmetro EFLUENTE BRUTO Vazão Temperatura pH DQO DBO EFLUENTE TRATADO Vazão Temperatura pH DQO Nota 1: Limites Máximos estabelecidos na Outorga DAEE, Portaria nº 830 de 08 de Maio de 2009: ETE-Orgânicos = 140 m3/h ETE – Fenolados = 151,16 m3/h ETE – FASE 1 = 750 m3/h ETE – SILICAS = 150 m3/h 47 Nota 2: Temperatura avaliada no ponto de lançamento no Rio. Para as ETES Orgânicos e Fenolados a avaliação deste parâmetro, para efeito de atendimento à legislação, é realizada na junção da ETES. Nota 3: A temperatura: inferior a 40oC, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não devera exceder a 3oC na zona de mistura. Resultados do Lançamento de Efluentes (Tratados nas ETE’s Orgânicos e Fenolados – Junção)– Junho a Novembro de 2010: Nota: Os efluentes das saídas das ETE’s Orgânicos e Fenolados são unificados e autorizados pela CETESB visando redução da temperatura no ponto de lançamento no Rio Atibaia. Parâmetro Junho EFLUENTE BRUTO Não Apl. Vazão Não Apl. Temperatura Não Apl. pH Não Apl. DQO Não Apl. DBO EFLUENTE TRATADO Não Apl. Vazão 21-33 Temperatura 7,4-8,1 pH 405 DQO 237 DBO ef= NA Materiais 0,1 Sedimentáveis 0,02 Fenóis Nitrogênio 5,1 Amoniacal 7,0 Óleos & Graxas 0,33 Ferro solúvel 0,30 Sulfeto 48 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Limites 8468 Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. 28-33 7,5-8,1 434 266 ef= NA Não Apl. 20-34 6,5-8,0 735 137 ef= NA Não Apl. 30-37 7,5-8,2 340,8 202 ef = NA Não Apl. 26-37 7,2-7,9 426 287 ef = NA Não Apl. 31 a 36 7,2 a 8,1 435 275 ef = NA 0,2 0,2 0,2 0,3 0,3 0,01 0,02 0,01 0,02 8,8 8,3 12,5 6,0 0,31 0,44 4,9 0,18 0,20 2,5 0,16 0,15 Dec. Limites CONAMA 357 Limites IFC Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Nota 1 < 40 oC (3) 5a9 Não Aplic. Nota 1 < 40 oC (3) 6a9 150 mg/l Não Aplic. 25 mg/l 0,01 Nota 1 < 40 oC 5a9 Não Aplic. < 60 mg O2/l ou >80% Eficiência < 1 ml/l/h em cone Imhoff < 0,5 mg/l < 1 ml/l/h em cone Imhoff < 0,5 mg/l 8,5 10,1 Não Aplic. < 20 mg/l 3,3 0,19 0,31 3,6 0,17 0,4 100 mg/l 15,0 mg/l Não Aplic. 20 mg/l 15,0 mg/l 1,0 mg/l TSS <30 mg/l < 0,5 mg/l <10 mg/l Total 10 mg/l Não Aplic. 1,0 mg/l Notas: Células em Vermelho – Não atendem aos parâmetros da Legislação Brasileira e IFC Células em Amarelo não atendem aos parâmetros do IFC Resultados da ETE – SILICAS (Tratamento Físico - químico)(1): Parâmetro Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Limites 8468 Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Dec. Limites CONAMA 357 Limites IFC Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Não Aplic. Nota 1 < 40 oC (3) 5a9 Não Aplic. Nota 1 < 40 oC (3) 6a9 150 mg/l Não Aplic. 25 mg/l < 1 ml/l/h em cone Imhoff < 0,5 mg/l TSS <30 mg/l < 0,5 mg/l <10 mg/l Total 10 mg/l Não Aplic. 1,0 mg/l EFLUENTE BRUTO Não Apl. Vazão Não Apl. Temperatura Não Apl. pH Não Apl. DQO Não Apl. DBO EFLUENTE TRATADO 140,6 Vazão 25,1-36,8 Temperatura 6,4-7,8 pH Não Apl. DQO 25,5 a 32,8 6,6 a 7,9 Não Apl. Não Apl. Não Apl. 136 25,4 a 37,1 6,9 a 8,0 Não Apl. DBO Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. 0,3 0,3 Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Nota 1 < 40 oC 5a9 Não Aplic. < 60 mg O2/l ou >80% Eficiência < 1 ml/l/h em cone Imhoff < 0,5 mg/l Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Aplic. < 20 mg/l Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. Não Apl. 100 mg/l 15,0 mg/l Não Aplic. 20 mg/l 15,0 mg/l 1,0 mg/l Materiais Sedimentáveis Fenóis Nitrogênio Amoniacal Óleos & Graxas Ferro solúvel Sulfeto 0,3 Notas: Células em Vermelho – Não atendem aos parâmetros da Legislação Brasileira e IFC Células em Amarelo não atendem aos parâmetros do IFC (1) – Monitoramento com dados trimestrais consolidados. Para os meses de Out e Nov, não foram considerados os resultados de dez/10. 49 Discussão dos resultados: • • • • • 50 A CETESB que é o órgão estadual responsável pela fiscalização e que utiliza de parâmetros mais restritivos que os da esfera federal, está ciente e de acordo com todos os dados de monitoramento do sistema de tratamento de efluentes da Rhodia O sistema de tratamento e parâmetros de emissão, da unidade de ácido adípico, (unidade onde está acoplado o Projeto de Abatimento de N2O) atende os parâmetros definidos pela legislação Brasileira, e normas sugeridas pelas publicações do IFC. Foi identificado um desvio, em relação aos parâmetros sugeridos pelo IFC, na carga orgânica residual (DBO e DQO) do lançamento conjunto das ETE’s (orgânico e fenolados). No mesmo lançamento também identificou-se desvios mínimos nas concentrações de nitrogênio amoniacal. A norma Brasileira determina que a carga residual de DBO seja menor que 60 mg O2/l ou que o sistema de tenha eficiência de remoção superior a 80%. No que se refere a Nitrogênio amoniacal, a Norma Brasileira, CONAMA 357, determina 20 mg/l, como concentração máxima. O sistema da Rhodia atende a legislação aplicável. A tabelas com resultados de monitoramento dos efluentes, nas saídas das ETEs, (Anexo) mostram que estas têm eficiência de remoção de DBO na faixa de 90 a 95% de eficiência. A Rhodia vem implementando, voluntariamente, uma série de medidas para redução de carga orgânica residual nos efluentes. O gráfico abaixo ilustra os resultados obtidos com os programas de otimização de eficiência de produção e mudança de tecnologia de tratamento de efluentes, com a substituição da lagoa facultativa pelas ETE’s de lodo ativado e outras ações, permitiram a redução de carga orgânica residual na ordem de 50%, a despeito do aumento da produção em aproximadamente 40%. • Quando se considera os diversos parâmetros de controle dos efluentes líquidos, os resultados são mais expressivos, conforme ilustrado abaixo: Os desvios de concentração de Nitrogênio amoniacal são mínimos, ordem de 0,1 a 2 mg/l e os desvios de DBO tem maior magnitude, na ordem de 200 a 250 mg/l. NA ANÁLISE DE CONFORMIDADE COM O GUIA DO IFC,: 1. O “Environmental, Health, And Safety Guidelines For Petroleum-Based Polymers Manufacturing (IFC_- World Bank Group), determina, no entanto, que os parâmetros sugeridos podem ser avaliados de forma crítica, considerando o contexto e condições especificas da planta em análise. Inicialmente cabe ressaltar que o parâmetros sugeridos pelo IFC se referem a plantas novas, conforme transcrito: The EHS Guidelines contain the performance levels and measures that are generally considered to be achievable in new facilities by existing technology at reasonable costs. Application of the EHS Guidelines to existing facilities may involve the establishment of site-specific targets, with an appropriate timetable for achieving them. 2. A referida “Guideline” observa também que: The applicability of the EHS Guidelines should be tailored to the hazards and risks established for each project on the basis of the results of an environmental assessment in which site-specific variables, such as host country context, assimilative capacity of the environment, and other project factors, are taken into account. 51 3. A análise do desvio de concentrações de DBO deve levar em conta os limites da tecnologia disponível, e capacidade de assimilação do corpo receptor. A empresa já atingiu nível expressivo de redução de carga orgânica de efluentes, adotando tecnologia mais adequada, com as ETE’s de lodo ativado. Além disso, a vazão de efluentes lançados está na ordem de 45 l/s, em um corpo receptor com vazão média na ordem de 35,2 m3/s. 4. Não há indicação que o desvio de carga de DBO esteja causando impacto significativo ao corpo receptor. Cabe observar que a legislação Brasileira permite ao Órgão Ambiental determinar padrões mais rigorosos, que os parâmetros mínimos determinados na Lei, em caso de degradação do corpo receptor. A Bacia do Rio Piracicaba é estudada em detalhe pelos órgãos gestores de recursos hídricos e acompanhada pelo Órgão Ambiental (CETESB), que autorizou os parâmetros de DBO residual nos efluentes da Rhodia, reforçando, que estes estão em acordo com a capacidade de assimilação do corpo receptor. Observação – Toxicidade dos Efluentes CONAMA 357/2005 Art. 34. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água desde que obedeçam as condições e padrões previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis: 1º. O efluente não devera causar ou possuir potencial para causar efeitos tóxicos aos organismos aquáticos no corpo receptor, de acordo com os critérios de toxicidade estabelecidos pelo órgão ambiental competente. 2º. Os critérios de toxicidade previstos no § 1o devem se basear em resultados de ensaios ecotoxicológicos padronizados, utilizando organismos aquáticos, e realizados no efluente. A Resolução SMA No. 03/2000 estabelece critérios para Toxicidade de efluentes lançados no corpo receptor. A princípio a Rhodia está lançando os efluentes nos pontos “Junção das ETES” e “ETE Fase I” com valores que ultrapassam os limites preliminares de ecotoxicidade baseados nas relações matemáticas estabelecidas pela resolução SMA -03/00, que também prevê a possibilidade de reavaliação deste limite através de estudo complementar de dispersão dos seus efluentes no corpo receptor . Considerando que apenas em final de 2008, com a publicação do manual “CONTROLE ECOTOXICOLOGICO DE EFLUENTES LÍQUIDOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, Eduardo Bertoletti. São Paulo:CETESB, 2008, ficou estabelecido o procedimento e as referencias para realização do estudo de dispersão de efluentes no corpo receptor, a Rhodia iniciou a ação de realizar o estudo de dispersão de seus efluentes no Rio Atibaia., utilizando conforme referendado pelo manual, a modelagem matemática L-CDF/Unicamp, cujos levantamentos de dados do rio e amostragens foram realizados em set/2010, mês de menor vazão do Rio Atibaia, que é premissa do modelo escolhido. 52 Importante destacar que a Organização Fiscalizadora (CETESB) em inspeção de rotina retirou amostra dos efluentes em 2005 conforme evidenciado no Auto de Inspeção 1060889 de 13/04/2005 e não se manifestou quanto a possível presença de toxicidade nas amostras avaliadas. Observação – Não Atendimento aos Parâmetros de Temperatura e os Critérios do IFC 53 B) EFLUENTES GASOSOS/EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PLANO DE MONITORAMENTO (1) PARÂMETR O CALDEIRAS DENOX HNO3 Tratamento OffGas Fenol TRATAR Q. Catal. 1 Q. Catal. 2 S141 A/B R-1004 R-1034 Ácido Salicílico Secador Sílicas Unidade N20 (2) 60A 60B 60X 55 BW Anual Anual Anual Anual Anual Bienal NA NA NA NA NA Trienal NA NA NA Anual Anual NA NA NA NA Bienal Bienal NA NA NA NA Anual Anual NA NA NA NA NA NA NA Metais NA NA NA Bienal NA NA NA NA NA NA NA NA Carbono Orgânico Voláteis (COV) NA NA NA Bienal NA NA Bienal Bienal Bienal NA NA NA Óxidos de Nitrogênio (NOx) Material Particulado (MP) Óxidos de Enxofre (SOx) (1) Monitoramentos realizados com acompanhamento da CETESB e com as fontes a plena carga; (2) Exigência LO nº 37000942 – Rhodia Energy – Projeto ANGELA RESULTADO DA UNIDADE DE ÁCIDO ADIPICO E PROJETO ANGELA Células em Amarelo não atendem aos parâmetros do IFC PARÂMETRO Óxidos (NOx) 54 de DATA DO UNIDADES Nitrogênio DATA ppm V/V TESTE E N20 ANGELA (1) 18/02/10 21,6 a 52,6 (3) Material Particulado (MP) DATA mg/Nm3 (4) TE (Kg/h) NA Exigência LO nº 37000942 – Rhodia Energy – Projeto ANGELA Limite de emissão (TAC) – 200 ppm V/V Limite de emissão (TAC) = 300 PPM V/V Na condição normal – base seca (0°C e 1atm) Notas: Células em Vermelho – Não atendem aos parâmetros da Legislação Brasileira e IFC Células em Amarelo não atendem aos parâmetros do IFC RESULTADOS ÚLTIMO MONITORAMENTO POR FONTE: PARÂMETRO Óxidos de Nitrogênio (NOx) Material Particulado (MP) Óxidos de Enxofre (SOx) Chumbo Níquel Cobre 55 DATA DO TESTE E UNIDADES DATA mg/Nm3 a 3% O2 TE (Kg/h) DATA mg/Nm3 a 3% O2 TE (Kg/h) DATA mg/Nm3 a 3% O2 TE (Kg/h) DATA mg/Nm3 (2) TE (Kg/h) DATA mg/Nm3 (2) TE (Kg/h) DATA mg/Nm3 (2) TE (Kg/h) CALDEIRAS 60A 27/04/10 480 a 694 58 a 84 60B 26/04/10 673 a 905 71 a 95 60X 28/10/10 407,4 a 549,2 66 a 89 NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA 55 29/10/10 87,1 a 134,4 4,0 a 6,2 29/10/10 645 a 1153 30 a 53,6 29/10/10 3,14 a 4,67 0,14 a 0,21 09/02/09 0,01 a 0,04 0,0004 a 0,0019 09/02/09 0,26 a 0,30 0,0129 a 0,0148 09/02/09 0,01 a 0,02 0,0004 a 0,0010 BW (3) 12/02/09 627 a 974 12,4 a 19,99 12/02/09 206,6 a 312,98 4,3 a 6,4 12/02/09 1280,1 a 1288,53 26,27 a 26,85 NA NA NA Cromo Carbono Orgânico (COV) - Fenol Voláteis DATA mg/Nm3 (2) TE (Kg/h) DATA mg/Nm3 (2) TE (g/h) NA NA NA NA NA NA 09/02/09 0,07 a 0,09 0,0036 a 0,0043 10 e 11/02/09 0,0398 a 0,0760 0,82 a 1,55 NA NA Exigência LO nº 37000942 – Rhodia Energy – Projeto ANGELA Na condição normal – base seca (0°C e 1atm) Caldeira BW fora de operação a partir de Dez/2009 por baixa demanda de Vapor Notas: Células em Vermelho – Não atendem aos parâmetros da Legislação Brasileira e IFC Células em Amarelo não atendem aos parâmetros do IFC Os parâmetros sugeridos pelo IFC estão apresentados no General EHS Guidelines: Environmental Air emissions and Ambient Air Quality RESULTADO DAS OUTRAS EMISSÕES DO COMPLEXO DA RHODIA PARÂMETRO Óxidos de Nitrogênio (NOx) Material Particulado (MP) DATA DO UNIDADES DATA ppm V/V DATA mg/Nm3 (4) TE (Kg/h) TESTE E DENOX HNO3 N20 ANGELA (1) ÁCIDO SALICILICO SECADOR SILICAS 03/02/09 60 a 182 (2) 18/02/10 21,6 a 52,6 (3) NA NA NA NA 02/02/09 5,13 a10,45 0,0062 a0,0121 27/04/10 34,44 a 44,95 1,85 a 2,47 Exigência LO nº 37000942 – Rhodia Energy – Projeto ANGELA Limite de emissão (TAC) – 200 ppm V/V Limite de emissão (TAC) = 300 PPM V/V Na condição normal – base seca (0°C e 1atm) Notas: Células em Vermelho – Não atendem aos parâmetros da Legislação Brasileira e IFC Células em Amarelo não atendem aos parâmetros do IFC 56 Parâmetro Carbono Orgânico Voláteis (COV) - Cumeno DATA DO TESTE E UNIDADES Tratamento Off-gas Fenol TRATAR S-141 A/B Q.Catal. 1 R-1004 Q.Catal. 2 R-1034 DATA 08/09/10 mg/kg(1) 6,4 (2) <1 (3) <1 (3) TE (kg/h) 0,076 < 0,007 < 0.023 Valor médio Limite < 50 mg/kg Limite < 10 mg/kg Notas: Células em Vermelho – Não atendem aos parâmetros da Legislação Brasileira e IFC Células em Amarelo não atendem aos parâmetros do IFC Discussão dos resultados: • • • 57 A análise dos dados de monitoramento permite concluir que as emissões atmosféricas de todas unidades da Rhodia, no Complexo Paulínia, atendem os parâmetros aplicáveis da legislação federal e estadual. O monitoramento da unidade de Ácido Adípico, (unidade onde está acoplado o Projeto de Abatimento de N2O) atende os parâmetros definidos pela legislação Brasileira, determinações do órgão ambiental e parâmetros sugeridos pelas publicações do IFC. Com relação aos parâmetros sugeridos pelo IFC, foram identificados desvios nas emissões do sistema das seguintes caldeiras (60A, 60B, e 60X), com relação a emissão de NOx, e um pequeno desvio de material particulado no secador de sílica. O desvio de MP no secador de sílica é pouco expressivo, ordem de 14 mg/Nm3, com pequenos volumes de emissões. • O caso das caldeiras requer uma avaliação em maior detalhe. As caldeiras em questão foram convertidas de óleo combustível para gás natural, conforme acordo (TAC) entre a Rhodia e o MPSP, discutido anteriormente. A conversão das caldeiras gerou uma redução significativa em todos os parâmetros de emissões atmosféricas, eliminando as emissões de SOx. A tabela abaixo ilustra a redução de emissões obtida pela Rhodia de 1994 até 2010. • Os desvios de NOx nas caldeiras, requerem, portanto, uma análise crítica, considerando o contexto e condições especificas da planta quando comparada com a queima de óleo nos mesmos equipamentos que reduziu o NOx a níveis menores embora acima do limite proposto pelo IFC. • Os parâmetros de emissão verificados estão dentro dos limites monitorados pela CETESB, que gere a bacia atmosférica de Campinas, onde a planta está localizada. Cabe observar, que a Rhodia foi obrigada a utilizar parâmetros mais restritivos que o mínimo legal de NOx em outros equipamentos, demonstrando que a agencia ambiental definiu os parâmetros de emissão considerando a capacidade assimilativa da bacia aérea e as restrições tecnólogicas dos equipamentos existentes. C) RESÍDUOS SÓLIDOS/DESTINAÇÃO Os resíduos sólidos classificados como Perigosos (Classe I), Não Inertes (Classe IIA ) e Inertes (Classe IIB), são gerenciados conforme procedimentos apresentados na tabela a seguir. UQP-3-MAM-MA-001 Coleta e disposição de lixo sanitário UQP-3-MAM-MA-002 Coleta e disposição de resíduos de construção civil 58 UQP-3-MAM-MA-003 Procedimento para gerenciamento de pilhas e baterias utilizadas na UQP UQP-3-MAM-MA-004 Procedimento para diligência das operações de tratamento e disposição final de resíduos sólidos industriais UQP-3-MAM-MA-005 Procedimento para gestão e destinação dos resíduos industriais na UQP UQP-3-MAM-MA-007 Procedimento para obtenção e/ou manutenção de CADRI na UQP UQP-3-MAM-MA-008 Procedimento para credenciamento de fornecedores de serviços para destinação final de resíduos industriais UQP-3-MAM-MA-009 Procedimento para identificação e armazenagem de resíduos industriais para destinação final na UQP UQP-3-MAM-MA-010 Procedimento para elaboração do inventário de resíduos industriais da UQP UQP-3-MAM-MA-011 Registro e informe de acidentes de processo, transporte e desvios ambientais UQP-3-MAM-MA-015 Procedimento para inspeção dos armazéns de resíduos UQP-3-MAM-MA-016 Plano de emergência local armazém de resíduos Em atendimento a exigência Nº 2 da Licença de Operação 37000409, anualmente é encaminhado à CETESB o inventário de resíduos de acordo com a Resolução CONAMA 313/02. Foi possível evidenciar que o mecanismo estabelecido pela Rhodia para gerenciamento de seus resíduos encontra-se adequado, inclusive quanto ao cumprimento das determinações estabelecidas nos CADRI´s- Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental, que é o instrumento que aprova o encaminhamento de resíduos industriais a locais de reprocessamento, armazenamento, tratamento ou disposição final, licenciados ou autorizados pela CETESB.de cada resíduo disposto. 5.3. Autuações: Considerando a complexidade e porte do Complexo Industrial Rhodia em Paulína, observou-se a ocorrência de apenas 2(duas) autuações ao longo dos últimos três anos, conforme quadro apresentado abaixo. AUTUAÇÕES ULTIMOS 3 ANOS 59 AUTUAÇÕES ULTIMOS 3 ANOS ANO 2008 TIPO MULTA IRREGULARIDADE EXIGÊNCIAS 001 - Cessar a emissão de substâncias odoríferas na atmosfera em quantidade que possam ser perceptíveis Emissão de substâncias odoriferas na atmosrfera, em quantidades perceptiveis fora dos limites de propriedade do empreendimento. fora dos limites da área do empreendimento, causando inconvenientes ao bem estar público local. 002 - Apresentar plano de ações para o controle de emissão de substânicas odoríferas na atmosfera, de modo a impedir que estas possam ser perceptíveis fora dos limites da propriedade do empreeendimento 01 - Adotar medidas para eliminação do vazamento 2010 ADVERTÊNCIA Prazo • Não foram identificadas fontes de emissões anormais que pudessem gerar o odor supostamente percebido pelos fiscais da CETESB fora do limite de propriedade da Rhodia; • Melhoria no processo de queima catalitica no prilling do bisfenol realizada em 2007, com aumento da injeção de hidrogênio, demonstra que houve Imediato substancial redução na emissão quando comparado com avaliação realizada após evento objeto desta atuação; • Como não havia relação do odor percebido com as atividades apontadas durante a inspeção, a Rhodia contestou a autuação nas eferas adminstrativa e juridica. Independente do recurso adminstrativo encaminhado, a Rhodia através da carta PIP-GSIMAP-046/08, apresentou plano de melhoria para redução da emissão de substâncias odoriferas na Unidade de Produção Fenol, com 4(quatro) ações que foram devidamente implantadas. • Colocação de barreiras absorventes junto à margem para impedir o fluxo das manchas e capturar o material observado, • Execução de furos (11) onde foram inseridos tubos perfurados até atingir o Imediato nível do lençol freático no alinhamento da margem do Ribeirão Anhumas, com o objetivo de investigar e capturar material que poderia estar atingindo a margem deste Ribeirão, 30 dias 02 - Apresentar relatório contendo a descrição das medidas adotas para elinação do vazamento e da(s) 30 dias fonte(s) primária(s) de contaminação. 03 - Realizar investigação detalhada e plano de intervenção e apresentar relatório contendo cronograma Contaminação de água subterrânea com para implantação de medidas de intervenção, se 120 dias presença de fase livre na rua AN, entre a necessárias, e cópia da matricula do imóvel onde está a planta de produção fenol e o ribeirão fontes primária de contaminação. Anumas. 04 - implantar medidas de intervenção de acordo com o cronograma a ser apresentado no relatório de avaliação de risco ou no projeto de remediação, independentemente de manifestação prévia da CETESB sobre os relatórios de investigação detalhada, avaliação de risco, concepção e projeto do sistema de remediação. 05 - Todas as exigências deverão ser cumpridas de acordo com o estabelecido no Procedimento para Gerenciamento de Áreas Contaminadas, aprovado pela DD 103/2007/C/E e publicado no Diário Oficial do Estado de S. Paulo de 27/jul/2007. Respondido através do recurso adminstrativo encaminhado à CETESB em 09/mar/201 e procotolado sob nº 692/10. Apresentado relatório à CETESB em Mai/10 "Medidas para eliminação de vazamentos, investigação ambiental detalhada e Plano de intervenção Rua AN em atendimento ao AIIPA 37001217. Executado conforme cronograma apresentado no item 3, contemplando remoção do solo saturado, interferencias, monitoramento da fase livre e delimitação da fase dissolvida e continuidade de bombeamento nos poços temporários. Em execução. 6. Saúde e segurança (empregados e comunidade local) 6.1. Identificação e avaliação dos riscos para a saúde e segurança do trabalho Os trabalhos de identificação e avaliação dos riscos à saúde são conduzidos por equipe formada por especialistas em saúde e higiene industrial com a efetiva participação das equipes operacionais. A metodologia adotada está descrita nos procedimentos UQP-2-SEG-HI-040 Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – Documento Base e UQP-2-SEG-HI-042 Procedimento para Prevenção dos Agentes Ambientais. Esta metodologia está alinhada com os preceitos básicos da higiene industrial e tem como principal foco do estudo o posto de trabalho e a exposição dos trabalhadores aos diversos fatores ambientais de risco de natureza física, química, biológica e ergonômica. Todas as áreas devem passar pela identificação e avaliação dos aspectos de higiene industrial, prioritariamente os setores de produção, manutenção, laboratório e logística. Em prazo não superior a 5(cinco) anos ou sempre que houver alterações significativas no processo, atividade ou produtos, é realizada uma revisão dos trabalhos de reconhecimento dos agentes ambientais, seguida da reavaliação das exposições ocupacionais. O processo adotado considera: • • • • • 60 Os processos de produção e/ou processos operacionais; Características do local de trabalho e o layout das instalações; Relação das funções (fixo, volante e eventual)/Tempo de exposição; Inventário dos agentes (tipo de agente físico/químico/ergonômico/biológico, intensidade/ concentração /composição, forma física, tipo de movimento); Nível da aptidão das pessoas; • • Histórico dos empregados/prontuário médico; Legislação, normas técnicas e padrões internacionais. Foram definidos 4(quatro) Pilares para garantir a saúde e segurança dos colaboradores: Antecipação, Reconhecimento, Avaliação e Controle dos perigos e riscos identificados, que podem afetar a saúde e segurança dos colaboradores. Neste processo, são estabelecidos 3 níveis de Riscos Potenciais de Exposição – RPE’s (1, 2 e 3), sendo que os riscos de nível 1 e 2 exigem a imediata proteção das pessoas e um maior rigor no estabelecimento de ações para eliminação e controle diretamente na fonte. As fichas com risco 1 devem ser resolvidas num prazo não superior a 2(dois) anos a partir da sua identificação, enquanto as medidas mitigadoras estão em fase de implementação deve-se garantir a proteção dos expostos através de intervenções na trajetória, especificação de EPI’s e monitoramentos ambientais e biológicos. O balanço e resultados dos trabalhos da higiene industrial são descritos no documento denominado PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais). O PPRA é atualizado anualmente. Para a identificação e avaliação dos riscos mecânicos (risco de acidentes) utiliza-se da metodologia descrita no documento UQP-2-SEG-SE-047 – Procedimento para analise e gestão de tarefas critica. Em função da avaliação dos Riscos Potenciais das Exposições (RPE’s), descrito em “b”para cada posto de trabalho, produto da aplicação do procedimento UQP-2-SEG-HI-042 Procedimento para Prevenção dos Agentes Ambientais são estabelecidas ações de controle que contemplam: • • • • • • • • • Redução/eliminação de emissões na fonte; Substituição dos produtos; Revisão das práticas e procedimentos de trabalho (tarefas críticas); Identificação dos riscos (rotulagem, FISPQ/MSDS, etc.); Especificação dos EPI’s e treinamento quanto ao uso (*); Controles administrativos (rodízio, segregação da operação no tempo, etc.); Vigilância epidemiológica e ambiental (monitorações); Treinamento dos envolvidos quanto aos riscos identificados; Monitoração pessoal de higiene e medicina ocupacional; (*) O EPI é um importante instrumento para a prevenção das lesões e das doenças ocupacionais, mas não se constitui em instrumento para o controle das exposições aos fatores de risco ocupacionais, sua utilização deve ter caráter de prevenção e / ou controle “temporário” durante a implementação das medidas de controle de engenharia ou administrativas. Para apoiar esta atividade, a unidade dispõe de um inventário de todos os produtos e matériasprimas críticas manipuladas, que é complementado, quando previsto, pelas respectivas FISPQ’s. . Para apoiar o gerenciamento dos riscos são gerados: • • • 61 Cronograma anual de avaliações; Relatório de avaliação ambiental/exposição ocupacional; Balanço anual do programa (Relatório Anual do PPRA) Cabe ao líder de cada área, de posse dos relatórios de reconhecimento e avaliação, estabelecem plano de ações e metas para a implantação das medidas corretivas para o controle e/ou eliminação dos riscos identificados. Com base nos Riscos Potenciais de Exposição (RPE’s) identificados no PPRA e demandas estabelecidas nos protocolos legais (Portaria 3.214 de 06/1978 – NR09 e NR15) a GSIMAP planeja e executa as atividades de identificação, avaliação e monitoramento previstos, sendo realizados, registrados e acompanhados através: • • • Balanço anual do PPRA; Revisão do processo de identificação e avaliação dos riscos ao menos a cada 5(cinco) anos; Plano de ação das áreas. O acompanhamento da efetiva realização do programa é feito na reunião de análise crítica do sistema (ACS). 6.2. Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional Para os fatores de riscos identificados no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, está prevista a realização pela área médica e de acordo com o procedimento UQP-2-DMO-SO-001– Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – Documento base, avaliações médicas periódicas que constam de exames clínicos e complementares, sendo estes de monitoramento biológico ou de análises clínicas, onde são emitidos / atualizados: • • • • • • Plano de avaliação médica; Avaliação de aptidão para o trabalho; Atestado de saúde ocupacional (ASO); Levantamento da necessidade de treinamento em saúde ocupacional; Prontuário de avaliações médicas individuais (instrumento de acesso restrito); Estatísticas do PCMSO / Balanço anual do Programa. Os itens anteriormente relacionados estão alinhados com o que preconiza o protocolo legal Portaria 3214 de 06/1978 - NR 7 (Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional) Os fatores de riscos para doenças crônico-degenerativas são identificados em entrevistas com os empregados e avaliados por exames complementares. Em complemento, a área Médica executa por ocasião dos exames periódicos estabelecidos pelo PCMSO, uma avaliação de riscos que levam em conta outros fatores de riscos para doenças crônicas – degenerativas e acidentes (histórico pessoal / pressão social / etc) levando assim à definição dos parâmetros a serem considerados no controle médico. Os empregados em processo de retorno ao trabalho, após afastamento por doença ou acidentes, passam por avaliação médica específica de forma a garantir as melhores condições para o trabalho sendo as possíveis restrições comunicadas à liderança. 6.3. Segurança de Processos e das Instalações (Bens) Existentes Para as instalações existentes, a identificação e avaliação dos riscos de segurança do processo e dos bens são realizadas conforme metodologia Rhodia de segurança de processos e as auditorias da seguradora. 62 Com relação às metodologias da Rhodia, são aplicados os documentos DRC-11/nº– Guias de Estudos de Segurança de Processos, o qual alem de estabelecer a melhor ferramenta de avaliação, define que o estudo deve ser realizado por equipe multidisciplinar. Os estudos são revisados de acordo com a sua classificação “Seveso + cenários com Gravidade C” (revisão a cada 3 anos) ou “não Seveso” (revisão a cada 5 anos). O gerenciamento das revisões está no relatório bimensal de segurança de processos. Quanto às avaliações da Seguradora, seu resultado está registrado em relatório especifico, sendo que o gerenciamento é realizado pela área do GSIMAP/CEVIG (Emergências). Para avaliar o risco, utiliza-se a metodologia Rhodia, contida no documento DRC 11-33Avaliação e redução do risco, o qual considera: • • • • Gravidade Probabilidade da ocorrência Confiabilidade das Barreiras Classificação do Risco As avaliações são realizadas para as condições de marcha normal e funcionamentos transitórios e a metodologia estabelecida nos documentos: • • DRC-11/nº– Guias de Estudos de Segurança de Processos UQP-3-SPC-SE-043 - Procedimento para Análise de Risco de Processos através da metodologia “Revisão de segurança sobre esquemas” Desta metodologia obtém-se as fichas riscos com diversas classificações, devendo as fichas risco 1 (red line) e 2 (com gravidade C “desastrosa”) serem resolvidas em 1(um) ano após sua identificação, cujas definições estão nos documentos DRC-10-Procedimento de Segurança de Processos – Análise de Risco e Carta DRC/SP/2010/0092/MTI – Handling level 2 residual risk sheet (Severity C and H) Ranking Guidelines. Especificamente para a UQP, as fichas risco 2, Gravidade H existentes no inventário de 2009, tem como política de redução mínima de 20% ao ano, sendo que as novas fichas risco identificadas a partir de 2010 deverão ter definição de investimentos para sua resolução. O planejamento das ações para redução dos riscos está estabelecido nos planos de ação das áreas, sendo seu acompanhamento de responsabilidade da direção industrial das áreas. Toda implementação de recomendação de Fichas Risco, passa pelo sistema de gerenciamento de modificações, documento UQP-2-SPC-SE-001- Procedimento para Análise de Segurança de Processo em Modificações em Instalações, visando garantir a integridade do sistema e as ações de redução do risco. O relatório bimensal de segurança de processos mostra o acompanhamento deste processo. Os procedimentos que definem as folhas de marcha, controle de produção e processos, limites de segurança das operações, as responsabilidades e os critérios de funcionamento, estão descritos nos documentos operacionais de cada área, a saber: • 63 Manuais de operação • • Diagramas e matrizes de segurança operacional Folhas de Marcha A suspensão temporária de malhas de segurança esta definido no documento UQP-2-GTA-SE059 – Diretrizes para suspensão temporária de Malhas de Segurança, o qual estabelece: • • • As responsabilidades Instruções compensatórias Verificações da aplicação dos procedimentos e definições anteriores a suspensão. 6.4. Preparação e Atendimento a Emergências Detalhes sobre preparação e atendimento a emergências estão descritos no capítulo 1.4.3. Preparação e Atendimento a Emergências Ambientais. 7. Análise das Partes interessadas e Comunidade 7.1. Resultado da Consulta Pública realizada A Ambio realizou uma pesquisa de percepção junto às principais partes interessadas externas, como forma de verificar a percepção atual das partes interessadas sobre as operações da Rhodia em Paulínia. Foram realizadas entrevistas com as principais partes interessadas (“stakeholders”), conforme acordado com o representante do Banco Mundial. As consultas seguiram procedimento padrão, mas não foi possível validar metodologia antes da realização do procedimento de consultas. Como forma de verificar a percepção atual das partes interessadas, foram realizadas entrevistas com os principais partes interessada (“stakeholders”), sem a preocupação de validar uma metodologia, conforme negociado com o representante do Banco Mundial. As questões levantadas foram cuidadosamente selecionadas de forma a não apresentarem qualquer tendência nas respostas das partes interessadas. Assim essas questões consideraram: • • • • • Importância da Rhodia no Cenário Regional Imagem da Rhodia no passado e no presente Percepção das Partes Interessadas com Relação às Questões Ambientais Percepção quanto aos riscos de conviver próximo à Rhodia Questão aberta Entre as partes consultadas está a Secretaria de Meio Ambiente da cidade de Paulínia, que foi representada pelo seu secretário Ricardo Ferro, declarou que a Rhodia é uma empresa de extrema importância para a cidade de Paulínia, como geradora de empregos e em arrecadação de impostos, e que mesmo possuindo alguns problemas relacionados as questões ambientais é uma empresa que se responsabiliza por seus atos e que os trata de maneira que se cumpra as leis, e até além do que a própria lei solicita. Sente totalmente seguro em ter a Rhodia como sua vizinha, por a empresa possuir uma grande responsabilidade nas questões de segurança como as Análises de Risco e os Planos de Contingência atualizados. 64 Ricardo também afirmou que a Rhodia assim como outras empresas da região está agindo mais próxima à comunidade da região quando o assunto é Meio Ambiente. Cada vez mais as empresas querem esclarecer o que fazem e como fazem dentro da sua área de produção, para que a comunidade esteja sempre informada e dessa forma se sinta mais segura. Ricardo finalizou declarando que a Rhodia é uma empresa engajada na questão ambiental, e que tem melhorado a sua atuação quando o assunto é Meio Ambiente. Outra parte que foi ouvida neste parecer foi o professor contratado da Universidade de Campinas – Unicamp, Alexandre Marcos da Silva Amante, que declarou também que a Rhodia é uma companhia extremamente importante para a cidade de Paulínia, como um pilar da cidade, influenciando muito para o desenvolvimento da cidade. Considera que a Rhodia é vista como uma empresa onde os profissionais da área química desejam trabalhar. Sobre a relação da Rhodia com o Meio Ambiente, Amante relatou que a Rhodia possui situações de áreas contaminadas, porém, esta situação é gerenciada dentro da sua área, não ultrapassando os seus limites, além de possuir os Termos de Ajustamentos de Conduta junto ao Ministério Público. Amante também afirmou que não acredita que os diversos casos de mortandade de peixes que já ocorreram no Rio Atibaia, estejam relacionados, de fato, com algum tipo de contaminação proveniente da Rhodia, e que muitas vezes este fato pode ter ocorrido por poluição do córrego Anhumas, o qual recebe esgoto não tratado do Município de Campinas. Diminuindo a quantidade de oxigênio da água e por sua vez causando a mortandade dos peixes. Lembrou também que o Rio Anhumas faz junção com o Rio Atibaia dentro da área onde a Rhodia está localizada. Alexandre quando questionado se sentiria seguro em ser vizinho próximo de uma empresa química como a Rhodia, afirmou que não gostaria de estar em uma situação como esta, pois acredita que não seria um local seguro para se morar, e indicou alguns dos motivos como: consideração de odor, citou a Rhodia, que possui uma grande concentração de produtos químicos como Amônia, e que caso viesse a ocorrer algum tipo de acidente as conseqüências para os moradores vizinhos da Rhodia seriam extremamente prejudicados, podendo haver mortes e outros problemas de saúde como conseqüência. Deixou claro que isso não é uma característica da Rhodia, mas sim da grande maioria das Usinas Químicas. Mas , como morador de Paulínia ele se sente seguro. Ele acredita que é uma empresa que não deixa de ser um vitrine para os jovens que estão entrando na área e que é uma empresa engajada com a sociedade e responsável com o meio ambiente. O presidente da ONG ASPAPA, Henrique Padovani, da cidade de Paulínia também foi entrevistado. Padovani considera a Rhodia como uma empresa fundamental para a cidade de Paulínia, uma vez que, segundo ele, a empresa, devido a sua grande arrecadação fiscal foi uma das responsáveis pela emancipação do Distrito de José Paulino que hoje é a cidade de Paulínia. No ponto de vista de Padovani a Rhodia foi construída em um local impróprio, onde ocorrem inundações sazonais, fato este que prejudica de maneira significante o mezoecossistema da região. E que mesmo a cidade de Paulínia evoluindo com a grande arrecadação de impostos com as empresas do Pólo Petroquímico da região, as administrações se esqueceram de evoluir 65 na área ambiental, e que a população de Paulínia paga um preço muito alto por isso, com a contaminação das suas águas, do ar e do próprio solo. Para Padovani a Rhodia possui vários pontos onde ainda deve se desenvolver, tanto na questão de Meio Ambiente quanto na questão Social com os seus atuais colaboradores e excolaboradores. Ele acredita que a Rhodia deve se moldar para produzir os seus produtos sem contaminar o meio ambiente. Questionado sobre a segurança de se viver próximo ao Pólo Petroquímico da cidade de Paulínia, Padovani afirmou que não se sente seguro, mesmo morando a uma distância de aproximadamente 11 quilômetros do local. Na opinião do presidente da ONG, grandes empresas como a Rhodia, deveriam incentivar outras indústrias menores, atuantes na região, a cumprirem as leis ambientais vigentes. Foram entrevistados também dois vereadores da Câmara Municipal de Vereadores da cidade de Paulínia. O vereador Bonavita do PMDB, afirmou que a Rhodia nas questões ambientais é uma das empresas mais engajadas, servindo de exemplo quando se trata deste assunto, além de ser uma empresa modelo para se trabalhar. Com relação a segurança de se ter a Rhodia como uma vizinha de sua residência o vereador afirmou que se sente seguro em relação a isso, uma vez que a empresa está sempre se aprimorando nas questões ambientais. O vereador Custódio Campos do PT, declarou considerar a Rhodia uma das empresas mais importantes no município como geradora de empregos e de renda, e que sempre estabeleceu uma relação comunitária com os moradores da cidade de Paulínia. O fato de a Rhodia estar envolvida com a preservação do Meio Ambiente somente agregará fatores positivos perante a comunidade da cidade. O vereador também citou que por algumas vezes, como líder sindical, teve algumas divergências com a empresa, mas nos dias atuais acredita que houve uma mudança de comportamento e política da empresa com relação aos seus colaboradores e comunidade, uma mudança para melhor segundo ele. Na questão segurança, o vereador Custódio não enxerga nenhum tipo de problema em ter um Pólo Petroquímico na cidade,uma vez que acredita que os órgãos fiscalizadores responsáveis por fazer que se cumpram as leis estão sempre fazendo a sua parte, porém considera que existe um risco de acidente por conta disto, comum para um pólo dessa natureza. A CETESB foi procurada, porém, decidiu não se pronunciar formalmente a respeito do assunto. A Comunicóloga Leila, Colaboradora da CETESB, apenas alegou que a situação de licenciamento ambiental da Rhodia e cumprimento dos requisitos legais estão OK. O DAE do Município de Sumaré, que capta água no Rio Atibaia, à jusante do lançamento da Rhodia, não quis se pronunciar, alegando a necessidade de agendamento formal e com prazo a ser definido. Entrevista com Alexandre Vilella Engenheiro do Consórcio PCJ – Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí A entrevista teve como objetivo avaliar a percepção do Consórcio PCJ com respeito às questões ambientais referentes à Bacia do Rio Atibaia que, junto com o Rio Jaguari, formam o Rio Piracicaba. 66 Importância do Rio Atibaia no Consórcio PCJ Segundo Vilella, o Rio Atibaia é de fundamental importância para o abastecimento de água da Região Metropolitana de Campinas, que contribui com o abastecimento de, aproximadamente, 5.000.000 de pessoas, e para o Complexo Cantareira, que contribui com o abastecimento de, aproximadamente, 9.000.000, da Região Metropolitana de São Paulo. Ainda, segundo Vilella, 7% do PIB brasileiro é influenciado pelo Rio Atibaia. A Evolução Ambiental do Rio Atibaia Vilella expõe que, no final da Década de 80, somente 3% dos esgotos direcionados ao PCJ eram tratados. Atualmente 85% do esgoto da região são coletados e 50% desse esgoto são tratados. Diante da realidade brasileira o resultado é considerado bom. Os planos do PCJ são de que em 2014 o percentual de coleta alcance a 90% e 90% desses sejam tratados, com uma eficiência de 80% na redução da carga orgânica. A Importância da Rhodia Segundo Vilella, a Rhodia é atualmente exemplo de gerenciamento dos recursos hídricos / uso racional, inclusive é referência nacional no gerenciamento de lodo das ETE´s e ETA´s, sem disponibilizá-lo no corpo receptor. No inicio da Década captava, do Rio Atibaia, próximo a 4,0 m3 por Segundo e, através de técnicas para o uso racional, passou a captar atualmente um volume próximo a 2,4 m3 por segundo. Mesmo assim, a Rhodia é o maior usuário privado da Bacia do Rio Atibaia. Alexandre Vilella conclui que a Rhodia é importante parceira no Consórcio PCJ e tem participado assiduamente das reuniões e decisões tomadas pelo Consórcio. Concluindo, as opiniões com relação à Rhodia são positivas. Foi relatado de que a mesma é uma empresa ambientalmente engajada, cumpre as exigências legais e compromissos assumidos em conformidade com o programa de sustentabilidade (Rhodia Way). Percebe-se que a Rhodia deve trabalhar o “stakeholder” comunidade de forma que a percepção das pessoas seja sensibilizada pelos bons programas que a empresa desenvolve no seu processo de gestão ambiental, tal qual mostram os seus indicadores. 7.2. Sistema de Comunicação com as Partes Interessadas Externas A Rhodia mantém um mecanismo para proporcionar uma comunicação adequada e pró-ativa com a comunidade. Este mecanismo tem como objetivo criar um canal de comunicação entre a empresa e o público externo (Comunidade, Clientes, Fornecedores, Imprensa, Órgãos Oficiais, Entidades Educacionais e de Formação Profissional, ONG’s, etc.) para: • • • • • 67 Integrar a Empresa ao cenário onde está inserida; Divulgar as políticas SSMA; Divulgar seus produtos e aplicações; Incentivar os empregados para que exerçam o cargo de “porta-voz” da empresa frente à Comunidade; Atender reclamações/sugestões/solicitações externas (procedimento UQP-3MAM-MA-006); • • • Transferir as tecnologias SSMA; Fomentar os programas de visitas, portas abertas para a Comunidade / Escolas / Universidades, e Antecipar-se à fatos sensíveis de interesse da Empresa. 7.3. Programa de Comunicação Externa O Programa de Comunicação Externa tem um planejamento anual aprovado no Comitê do site e está integrado ao Planejamento da área, sendo estruturado com base nos aspectos significativos identificados em: • • • • • • • Procedimento UQP-3-CVG-SE-017 – Procedimento em Caso de Crise; Procedimento UQP-3-MAM-MA-006- Procedimento para atender e tratar as reclamações e sugestões da Comunidade; Procedimento UQP-2-COM-NM-002– Programas de Visitas no Conjunto; Cenários criados em simulados de crises; Contexto sócio-político-econômico do momento; Avaliações de respostas positivas ou negativas da Empresa diante do público externo, e Ações de desenvolvimento sustentável para o stakeholder Comunidades Rhodia Way. Considerando que a credibilidade da organização está intimamente ligada à transparência e veracidade da informação, a Rhodia definiu as seguintes prioridades dentro do Programa de Comunicação Externa: • • • • • • • • • • • O pronto atendimento e tratamento das sugestões e reclamações da Comunidade (Procedimento UQP-3-MAM-MA-006); A acessibilidade à imprensa; A transferência das tecnologias SSMA por meio de palestras; A contribuição na formação educacional e profissional por meio de palestras e visitas; A responsabilidade social por meio de projetos sociais; O programa de visitas e portas abertas para a Comunidade (Procedimento UQP2-COM-NM-002); O programa de educação ambiental no Dia Mundial do Meio Ambiente; Os programas e ações de preservação ambientais; Atualização semestral do banco de dados (mailing list) da Comunidade local; Definir canais preferenciais de comunicação; Missão da UQP em alinhar suas ações locais ao programa de desenvolvimento sustentável da empresa - Rhodia Way. 7.4. Demanda de Informações O sistema para tratar a comunicação externa define as responsabilidades, documentação, interpretação e retorno de informação para os aspectos significativos SSMA está estruturado nos seguintes procedimentos: • • 68 UQP-2-GRI-DC-002- Descrição e perfil do cargo de Assessor de Relações Externas; PIP-DC-CSE-007 – Descrição e perfil do cargo de Coordenador de Comunicação Social; • • Procedimento UQP-3-MAM-MA-006 - Procedimento para atender e tratar as reclamações e sugestões da Comunidade; Procedimento UQP-2-COM-NM-002– Programas de Visitas no Conjunto; 7.5. Divulgação de Informações A comunidade externa pode avaliar positiva ou negativamente uma empresa pela forma como essa interage com ela e essa percepção pode influenciar fortemente o relacionamento entre ambos. As informações do Complexo Industrial Rhodia de Paulínia são claras, para ter credibilidade junto à Comunidade, e evita o tecnicismo e palavras de difícil entendimento. Leva em consideração, que “Comunicação não é o que você diz e sim o que o outro entende”. O Complexo Industrial Rhodia de Paulínia divulga suas informações à Comunidade através do banco de dados dos formadores de opinião (mailing list), sendo elaborado e atualizado semestralmente, pelas áreas de Comunicação e Relações Externas. As principais informações/ações são divulgadas através do: • • • Ambiente Rhodia, boletim informativo semestral sobre nossos produtos, suas aplicações e assuntos relacionados a SSMA, com periodicidade semestral destinado à Comunidade objetivando, além de criar um canal de comunicação, estreitar o relacionamento através de uma política de boa vizinhança, por meio de informações sobre as ações de desenvolvimento sustentável. Eventuais Palestras ativas e receptivas para escolas/universidades, programa destinado a estudantes de nível médio, técnicos e universitários, objetivando uma maior sensibilização nas questões de SSMA e informações sobre a atuação de determinadas profissionais no mercado de trabalho. Portas Abertas, programa anual de visitas para empregados e seus familiares, objetivando a divulgação das políticas da empresa, bem como seus produtos e aplicações e assuntos relacionados a SSMA. Além desse público, o programa também é realizado para estudantes ao longo do ano e para outras associações circunvizinhas ao site. 7.6. Atividades de Promoção Externa O Complexo Industrial Rhodia de Paulínia promove regularmente atividades voltadas para o público externo, através de programas, campanhas e eventos tais como: • • • • • • Portas Abertas para a Comunidade; Semana do Dia Internacional do Meio Ambiente: Visitas de alunos de escolas e universidades da região; Patrocínios ligados aos eventos de meio ambiente e de cunho científico / acadêmico; Painel Olfativo; Ciclo de palestras em escolas e universidades; Anualmente é realizado um balanço das ações de Comunicação junto à direção da empresa, objetivando verificar sua eficácia junto aos diversos públicos. Os desvios detectados são usados para a correção e planejamento das ações futuras. 7.7. Manutenção de Registros 69 Todas as atividades deste de Comunicação Externa são registradas conforme definem os procedimentos, ou através de arquivo da listas de presença, avaliações e comunicados ou convites, na área de Comunicação. A Rhodia trata sua relação com os stakeholders através de uma metodologia desenvolvida internamente denominada “Rhodia Way”. A metodologia se baseia em 21 compromissos para os seis principais stakeholders listados a baixo: Clientes • Expressar nossos compromissos de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) no relacionamento com os clientes. • Inovar durante a incorporação da RSC. • Controlar os riscos relacionados ao produto. Empregados • Garantir a saúde e a segurança dos empregados. • Garantir os direitos sociais dos empregados. • Assegurar um excelente diálogo com os empregados. • Desenvolver a empregabilidade. • Buscar o engajamento dos empregados. Meio Ambiente • Promover o gerenciamento ambiental. • Conservar os recursos naturais. • Limitar os impactos no meio ambiente, protegendo a biodiversidade. Acionistas • Criar valor de forma responsável. • Assegurar o gerenciamento de risco. • Assegurar que o bom gerenciamento e as práticas de governança sejam observado se comunicados. • Comunicar de forma transparente. Fornecedores • Definir os pré-requisitos e incorporá-los ao procedimento de seleção dos fornecedores. • Avaliar o desempenho dos compradores em termos de RSC. • Gerenciar e avaliar fornecedores, otimizando os relacionamentos. Comunidade • Integrar as unidades dentro de suas áreas locais (região, país). • Controlar os riscos relacionados à presença das unidades da Rhodia em suas áreas locais. • Controlar os riscos relacionados à logística,prevenindo acidentes. 70 Os compromissos foram traduzidos em44 práticas – representação de cada compromisso em práticas operacionais já implementadas ou a implementar nas unidades. Essas práticas são acompanhadas por auto-avaliações anuais, que situam as práticas em quatro níveis ou estágios: 1. 2. 3. 4. Introdução (a prática é formalizada) Implementação (a prática é implementada) Maturidade (a prática é medida) Desempenho (a unidade é reconhecida pelo seu desempenho, o processo de aprimoramento é constante e os resultados mostram melhorias permanentes) Toda essa análise é feita por equipe interna multidisciplinar além de seis funcionários dedicados,visando sempre a evolução contínua de cada prática, a fim de atingir as metas previamente estabelecidas pelas unidades em relação a cada stakeholder. Figura21: Ciclo do PDCA A Ambio teve acesso à metodologia do Rhodia Way, assim como a planilha do ano de 2010 de modo a comprovar sua aplicação e eficácia. A equipe ligada a unidade de Paulínia cuida de 27 praticas relacionadas aos stakeholders que a ela se relacionam diretamente: Funcionários, Meio ambiente e Comunidade. O escritório de São Paulo da Rhodia lida com Fornecedores e Acionistas. Foi constatado que para casa pratica existe uma meta previamente estabelecida. A autoavaliação gera uma pontuação feita pela equipe responsável, que é comparado à meta. Esses dados entram numa planilha que é comentada, e geram ações. Após isso as práticas são pontuadas de acordo com impacto e complexidade e geram assim uma lista de prioridades com responsáveis e datas. Além do Rhodia Way o sistema SIMSER+ engloba alguns desses itens e é alvo de auditorias. A última auditoria do SIMSER+ foi em 2010, mas o relatório não estava pronto até o momento da elaboração desse documento. A Ambio pode constatar, em entrevista, que o Rhodia Way é tratado do ponto de vista estratégico- empresarial e fica sob a responsabilidade do diretor do Complexo Industrial Rhodia de Paulinia. 71 7.8. Programas Sociais: A Rhodia possui um instituto chamado: Instituto Rhodia. Ele foi criado em 2007 com o objetivo de desenvolver projetos sociais para as localidades onde a Rhodia possui plantas industriais e comerciais. A Rhodia destinou cerca de US$ 1 milhão ao instituto em 2007. Com foco em crianças e jovens na faixa de 12 a 24 anos de idade, onde o Brasil poderá chegar em 2010 com cerca de 50 milhões: (http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1453899-5598,00POPULACAO+JOVEM+DE+A+ANOS+TERA+MAIOR+PICO+EM+DIZ+IPEA.htm l). O instituto tem objetivo educacional, e complementa a educação formal, integrando o jovem a sociedade. Segundo a Rhodia o foco em educação veio de levantamento de pesquisa junto à comunidade. Alquimia Jovem: O primeiro programa que foi resultado do instituto se chama Alquimia Jovem. O programa foi iniciado em março de 2008 para atender 80 jovens entre 12 e 16 anos. O projeto consiste na complementação da educação com atividades físicas e culturais na sede do clube da Rhodia próximo ao complexo industrial Rhodia em Paulínia. Até dezembro de 2010 mais de 170 adolescentes já se beneficiaram do programa que dedica cerca de 240 horas por ano de atividades por adolescente. Como resultado desse trabalho, 645 dos adolescentes foram avaliados como mais engajados na escola e com melhor comportamento junto ás famílias. A metodologia do Alquimia Jovem consiste em duas turmas, manhã e tarde. O projeto conta com um conselho consultivo que acompanha o desenvolvimento e contribui com as diretrizes do projeto. A equipe do Alquimia Jovem se reúne também com a escola e com os pais dos integrantes, a fim de acompanhar a evolução. Os encontros com as famílias são semestrais e visam também melhorar a compreensão dos pais e responsáveis sobre os adolescentes. Resultados: • 42.5% dos parentes atenderam as reuniões; • 43.5% dos parentes viram melhorias na valorização do esporte; • 38.5% tiveram melhoria na auto-estima; • 38% repararam melhoria na saúde dos adolescentes; • 34.5% dos parentes se sentiram mais próximos da relação com seus familiares; • 32% dos parentes sentiram que o projeto possui impacto positive na escolaridade Memória Local na Escola: Projeto executado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. A Rhodia patrocinou o projeto que foi elaborado com técnica do instituto Avisa Lá (http://avisala.org.br/novo/) e do Museu da Pessoa (http://www.museudapessoa.net/). 72 O projeto que teve início no município de Santo André em 2009 foi estendido para Paulínia em 2010 e atendeu 56 escolas, 80 educadores e 1900 alunos nos dois municípios. A metodologia do Memória Local na Escola consiste em os educadores participarem de nove formações com os instrutores do Instituto Avisa Lá e do Museu da Pessoa, em que debatem temas ligados à memória e à comunicação oral, valorização da história local e linguagem visual (desenho). Depois, eles iniciam o projeto com os estudantes em suas escolas, escolhem uma personagem que contará sua história e da comunidade para os jovens e os orientam a pesquisar, ler e registrar a memória da personagem, seja por meio da escrita, fotografia ou desenho. Dessa forma, as salas de aulas são divididas em grupos de trabalho que pesquisam, entrevistam, transcrevem, fotografam, desenham e incluem todo o material realizado na internet. Depois de todo o conteúdo pronto, é promovida uma exposição itinerante dos trabalhos em local público a fim de disseminar a cultura da memória oral e o registro da memória das comunidades. Todo o material também é disponibilizado na página do Museu da Pessoa na internet do site do Museu da Pessoa e, por fim, cada classe cria um livro para registro da ação. Resultados: • Uso da memória oral pela comunidade escolar como fator de valorização pessoal, cultural e comunitária; • Desenvolvimento da comunicação oral, leitura e escrita dos alunos; • Desenvolvimento da prática e do uso da Informática e da Internet na formação de professores e alunos; • Desenvolvimento da linguagem visual (desenho); • Uso da metodologia de organização da prática do professor; • Valorização de práticas de preservação e uso da memória produzida na escola. 7.9. Reclamações da comunidade e ações da Rhodia Data Hora 2008 2008 2008 73 Descrição Cond. Paineiras-Odores variável. Adocicado, esgoto e inceticida. Sitio Malaquias - Reclamou de ruído muito alto. ==> Trata-se de corte de EE pela CPFL. Não há ação Rhodia Condominio Lagoa Serena"Barulho por várias horas como se fosse pressão saindo de Caldeira." ==> Trata-se de corte de EE pela CPFL. Não há ação Tipo Proced ente Origem Tratamento odor N - Sem ação. Odor percebido por funcionário da Rhodia não foi associado com as atividades do site. Ruíd o S Corte de energia CPFL Ruíd o S Corte de energia CPFL Sem ação. Ruído provocado por abertura de valvulas de segurança das caldeiras por consequência de pane no fornecimento de energia elétrica pela concessionária CPFL. Rhodia Ruído: Sem ação. Foi provocado por abertura de valvulas de segurança das caldeiras por consequencia de pane no fornecimento de energia elétrica pela concessionária CPFL. 2008 Condominio Lagoa Serena informou: - ruído forte das 09:00h até 11:00h; - a partir das 11:00h cheiro de enxofre; Ruíd - a partir das 13:00h, odor oe de produtos químicos. Odor ==> Para Ruído trata-se de corte de EE pela CPFL. Não há ação Rhodia; ==> Odor de Enxofre não procede. S Ruído: Corte de energia CPFL Odor: Fenol/TRATAR 2009 Condominio Paineiras -"2ª vez que empresa realiza limpeza e joga cheiro horrivel para cima". Não quiz associar odor percebido. N - N Trata-se de procedimento de empresa "não Rhodia" instalada no conjunto para espantar pombos da plantação experimental Sem ação da Rhodia. Segundo o reclamante o objetivo da ligação foi de apenas ter informação sobre a ocorrencia de detonações de bombas. N Trata-se de odor gerado por empresa "não Rhodia" instalada no conjunto gerado devido polimerização de produtos em carreta estacionada. 1) CETESB foi informada sobre a operação e a ocorrência de odor; 2) Interrompida reação dos produtos com uso de inibidores. ==> Sem ação especifica da Rhodia. N Ruído tem origem no Sem ação da Rhodia. Fonte externa corte de cana na ao site. proximidade 2009 2009 2009 Industria Panda - Solicita informação sobre bombas que estão sendo detonadas a 3 dias e informa que não é uma reclamação. odor Ruíd o Operador do fenol e morador no Jardim S. Francisco (proximo ao Jardim Fortaleza) informa que sentiu forte odor semelhante a ácido acético em sua casa. Odor 21:49 hs, vigilante da portaria da Merial ligou na sala de controle CEVIG acusando cheiro forte no local. Vila Holandia: Funcionario Rhodia morador no bairro Ruíd informa que tem vizinhos o reclamando de ruído provavelmente da Rhodia 2009 Associação condominio Paineiras: Odor nos ultimos 5 meses e associcação com piscina da ETE- Fenolados 2010 Condominio Paineiras Queria saber se o cheiro forte seria algum vazamento na Rhodia. Odor N 2010 Condominio Paineiras: Informou que sentiu um cheiro forte de Ácido Odor N 2010 Morador de sitio proximo ao Condominio Paineira: Barulho muito alto desde antes das 6:00 hs. Parece avião, sei que é da Rhodia. Ruíd o N 74 Odor N Carta generaliza ocorrencias dos ultimos 5 meses e associa a piscina da ETE Odor: Com o corte de energia o procedimento normal de retomada da operação do sistema de tratamento do off-gas do fenol (TRATAR) não permitiu seu retorno em curto periodo de tempo. Foi revisto o procedimento operacional de forma a retornar à operação em 5 minutos. Sem ação. Vento no sentido de Paulínia ao condominio (vindo de Oeste). Enviada resposta por carta em 22/12/09 e solicitado que os moradores do condominio registrem as reclamações no momento da constatação e atraves do " telefone verde" nº 19 3874 8404; Segundo CETESB o odor teve origem em industria vizinha ao Condominio Segundo CETESB o odor teve origem em Sem ação da Rhodia. Fonte externa industria vizinha ao ao site. Condominio Abertura de PSV de outra industria do polo industrial que ligou para reclamante e assumiu o ruído Vou caçar ISSO 18000 da Rhodia. Estou gravando tudo... Sou seu vizinho. ==> não quis se indentificar e mandou E-mail para Gerencia de Comunicação, CETESB, Jornal O Estado de São Paulo e Correio do Povo de Campinas. 7.10. Processo de consulta as Partes do MDL A consulta às partes interessadas é uma etapa necessária para a submissão de um projeto de MDL à CIMGC (comissão interministerial da mudança global do clima). Esta consulta segue procedimentos pré-estabelecidos na resolução nº1, Artigo 3, de 2003, que consiste obrigatoriamente no envio de cartas convites e analise das respectivas respostas recebidas num prazo de 30 dias, as seguintes partes interessadas: • • • • • • Prefeitura Câmara dos vereadores Órgãos Ambientais Estaduais e Municipais Fórum Brasileiro de ONG’s e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, http://www.fboms.org.br Associações comunitárias Ministério Público Para a submissão do Projeto de Redução de N2O em Paulínia, SP, a Rhodia Paulínia seguiu os procedimentos acima descritos e outros procedimentos na comunicação do projeto a tais partes e ao público em geral, como a utilização da mídia e realização de programas sociais. A Rhodia submeteu cartas convidando a Prefeitura Municipal de Paulínia, a Câmara dos Vereadores de Paulínia, os órgãos ambientais, o Fórum Brasileiro de ONG´s e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento e para as Associações Comunitárias afetadas e o Ministério Público, do dia 19 de julho a 18 de agosto de 2005, a responderem perguntas e realizarem comentários sobre a atividade de projeto. As cartas descreviam a importância da opinião das partes afetadas, envolvidas e/ou interessadas. Em anexo se encontrava uma breve descrição do projeto e um questionário. As cartas tratam de uma pesquisa de opinião pública na qual a Rhodia expõe a intenção de realizar um projeto de MDL. Ao fazer isso, enfatiza o seu compromisso social e ambiental e enfatiza a importância da opinião das partes interessadas, afetadas e/ou envolvidas. Além disso, descreve resumidamente a problemática do Efeito Estufa e suas causas. A Rhodia explica como a implementação deste projeto contribui para o cumprimento do Protocolo de Kyoto e consequente mitigação do Aquecimento Global, 75 além de contribuir para condições sócio-ambientais e qualidade do ar da região através da destruição do óxido nitroso (N2O). Realça também que o projeto está em conformidade com a legislação ambiental. A CIMGC só exige que as cartas convidem as partes a fazerem comentários, no entanto, além do convite aos comentários a Rhodia acrescenta um questionário sobre a opinião das entidades em relação à contribuição do projeto para a sustentabilidade. O questionário apresentava as seguintes questões: 1- Você acredita que o Projeto de Abatimento de N2O no Complexo Industrial Rhodia em Paulínia para a redução de gases do efeito estufa contribui para o desenvolvimento sustentável do Brasil ( o projeto atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades)? 2- Na sua opinião, o projeto contribui para ajudar o Brasil a se desenvolver, através da utilização de tecnologia vinda de fora? 3- No seu entendimento, a implantação desse projeto trará benefícios sociais e ambientais para a região (melhoria na situação sócio-ambiental)? 4- Você tem comentários/sugestões adicionais a fazer? Além dessas questões a Rhodia oferece a oportunidade da entidade receber mais informações sobre o projeto. De acordo com o relatório de validação, de todos os convites enviados, somente 6 entidades responderam, foram estas: a Secretaria de Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente, a Associação do Bairro de Vila Holândia – Campinas, Associação do Bairro de Santa Terezinha, Associação do Bairro Vila Bressani, a Universidade de Campinas (Unicamp) e a Prefeitura do Município de Paulínia. As respostas destas partes apresentaram uma visão positiva do projeto de forma geral. A SEDDEMA respondeu a primeira questão do questionário acima descrito positivamente e salientou que a redução das emissões de óxido nitroso é benéfica para o meio ambiente. Também acredita na contribuição do projeto para o desenvolvimento do país, principalmente por se tratar da redução de poluentes de uma fonte estacionária e na melhoria da qualidade de vida da população. Acrescenta ainda que apóia toda alternativa referente ao controle e diminuição de poluentes. A prefeitura apresenta a importância do projeto citando que este servirá de exemplo para outras empresas e realça os benefícios globais que este proporcionará ao meio ambiente. Ademais, cita a melhoria da qualidade de vida de a população e a geração de novos empregos proporcionada pela implementação da atividade de projeto e apoia a evolução científica e empresarial da Rhodia. A Unicamp acredita que o projeto colabora para o desenvolvimento sustentável do Brasil, mas ressalta que os benefícios ao meio ambiente são mais globais do que 76 regionais. Além disso, acredita do desenvolvimento tecnológico proporcionado ao país à medida que se disponha de capacidade técnica para absorver e até mesmo desenvolver esta tecnologia. As associações dos bairros Vila Holândia, Vila Bressani e Santa Terezinha acreditam que o projeto contribuirá para o desenvolvimento sustentável sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Elas colocam os benefícios ao meio ambiente acima do fato da tecnologia ser estrangeira e acreditam no desenvolvimento tecnológico proporcionado ao país e desenvolvimento sócio-ambiental da região. Para aprovação da CIMGC também é necessária a entrega do Anexo III, onde a empresa defende a contribuição do projeto para a sustentabilidade local, para o desenvolvimento das condições de trabalho e geração de empregos, para a distribuição de renda, para a capacitação e desenvolvimento tecnológico e para a integração regional e articulação com outros setores. A Rhodia introduz o Anexo III descrevendo sua política de Desenvolvimento Sustentável que se baseia em vertentes como saúde, segurança humana, meio ambiente, economia que determina o crescimento sustentável e questões sociais, acrescentando que a implementação do projeto reforça os ideais da empresa e descreve de forma clara e resumida a atividade de projeto. Para justificar a contribuição do projeto para a sustentabilidade ambiental local a Rhodia comenta sobre o processo de industrialização do Município de Paulínia e suas consequências negativas ao meio ambiente. Reforça também que dentro dos padrões de qualidade do ar estabelecida pelo CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), somente o Ozônio Troposférico se encontra em nível superior ao aceitável no local e que com a atividade de projeto de abatimento N2O, será feito um complemento do processo e projeto visando também o abatimento do NO e NO2 (formadores do Ozônio Troposférico) reduzindo a emissão destes gases em 30% a 50% em relação aos níveis atuais com benefícios diretos à qualidade do ar da região. Além da melhoria da qualidade os outros impactos ambientais causados pelo projeto seriam positivos pela planta tratar apenas os fluxos de gases e ter como resultado do processo uma redução significativa de gases de efeito estufa (GEE), não gerar efluentes líquidos no procedimento de purga do fundo do balão da caldeira de recuperação de calor do forno de decomposição do N2O. O único resíduo sólido que poderia ser gerado viria da troca do catalisador da unidade DeNOx, qua acabou não ocorrendo tendo em vista que se utilizou a tecnologia da injeção controlada de amônia para redução do NOx a Nitrogênio e Oxigênio gasosos. Relata também que o impacto ambiental negativo causado pela água da purga da caldeira será parcialmente balanceado pela redução de vapor produzido nas caldeiras já 77 existentes. A planta da Rhodia se encontra em conformidade com as leis ambientais brasileiras (Licença de operação número 37000122, de 08/01/2002). A Rhodia no Complexo Industrial Rhodia em Paulínia deixa claro também a contribuição do projeto para a geração líquida de empregos explicitando os números da contratação de um total de 155 homens, 5 na área de engenharia por 8 meses, 7 na coordenação das obras por 4 meses, 97 homens nas montagens eletro-mecênicas por 4 meses também e 46 por 3 meses na obra civil. Ainda acrescenta que 98% dos equipamentos serão obtidos no mercado brasileiro. A Rhodia declara o investimento de US$1 Milhão (um milhão de dólares americanos) do valor arrecadado com a venda dos créditos de carbono para projetos socioambientais na região na qual o projeto será implantado. Além de planejar mais investimentos em projetos que contribuam para uma melhor distribuição de renda na região do Projeto. A implementação de tecnologias sofisticadas ainda não existentes no Brasil justificam a demanda de assistência técnica especializada e a contribuição para o desenvolvimento tecnológico, além de possibilitar a reprodução desta tecnologia em outras unidades produtivas. Como o projeto se trata de emissões gasosas inerentes ao processo interno da empresa, a atividade de projeto não contribui significantemente para a interação com outros setores que não sejam as articulações inerentes a instalação das plantas. Resultados: Todo processo de consulta às partes interessadas, envolvidas e/ou afetadas e comunicação a respeito das contribuições do projeto para a sustentabilidade ambiental, desenvolvimento econômico e tecnológico e geração de empregos na região foi realizado de acordo com as exigências da CIMGC (resolução nº1) de forma clara e explicativa. Os resultados foram considerados satisfatórios e a Ambio pode comprovar isso através da documentação fornecida. Conclusão: Pode se concluir que o projeto de N2O da Rhodia atende a todos os quesitos legais não apresentando nenhuma não conformidade. Os órgãos fiscalizadores competentes estão cientes e de acordo com a operação da Rhodia. A Rhodia como um todo tem uma estratégia eficaz em relação ao meio ambiente e demais stakeholders, com plano de ações e metas eficiente. Pelos dados analisados e documentação disponível é possível concluir um parecer positivo em relação ao projeto. 7.11. Pontos de contato: Ambio - [email protected] 78 79