IMPRESSÕES SOBRE O DOCUMENTÁRIO Babel Hajjar 19/06/2012 Reel Bad Arabs • Documentário baseado no livro do Dr. Jack Shaheen que denuncia um grande movimento do cinema hollywoodiano em deturpar a imagem do árabe • Foram analisados, segundo o autor, mais de 1000 filmes • Figura do árabe disseminada pelo cinema foi herdada da imagem que a Europa colonial tinha do árabe • Figura do árabe fortemente associada com violência, fanatismo religioso, sexismo, incompetência, manipulação • Autor tenta compreender tais constatações pelo o vínculo entre hollywood e o governo dos EUA, encontrando as raízes de tal ação nas crises políticas do Oriente Médio e a crise do petróleo da década de 1970. Vilify = Vilipendiar 1.tratar com desprezo 2.considerar vil 3.amesquinhar; degradar PIADA pós 11/9/2001... • Todo o resto do mundo se pergunta porque, para os terroristas árabes, é tão fácil se suicidar. Eis as razões É proibido: 1º) Sexo antes do casamento 2º) Tomar bebidas alcoólicas 3º) Ir a bares 4º) Ver televisão 5º) Usar a Internet 6º) Esportes, estádios, festas 7º) Tocar buzina 8º) Comer carne de porco (nem lingüiça) 9º) Música não religiosa 10º) Ouvir rádio 11º) Barbear-se Além disso: 12º) Tem areia por todos os lados e nenhum buggy para se divertir 13º) Farrapos em lugar de roupas 14º) Come-se carne de burro cozida sobre bosta seca de camelo (pra acender e manter o fogo) 15º) As mulheres usam burka e não dá para ver nem a cor dos olhos. 16º) Sua esposa é escolhida pelos outros e o rosto é visto só na procriação. 17º) Sexo depois de casado só para procriar e feito no escuro com a mulher vestida com a burka. 18º) Reza-se para Alah, às 6:00, 9:00,12:00, 15:00 e 18:00, no pôr do sol, 21:00 e 00:00. 19º) A temperatura básica nos países árabes é entre 45º e 58º (em alguns lugares até mais). 20º) Para economia de água, banho apenas uma vez por mês, e nas partes mais sujas. E Finalmente: 21º) Ensinam que, quando morrer, vai para o paraíso e terá tudo aquilo com que sonha! Fale a verdade... Você também não se mataria? Jack Shahreen menciona o termo usado por alemães nazistas, UNTERMENSHEN Aqueles que são diferentes de nós ETNOCENTRISMO Quando determinado grupo social, com traços culturais característicos e uma visão de mundo própria, entra em contato com outro grupo social, que apresenta práticas culturais distintas, o estranhamento e o medo são as reações mais comuns. O etnocentrismo nasce quando a diferença é compreendida em termos de ameaça à identidade cultural. O indivíduo etnocêntrico julga e atribui valor à cultura do outro a partir de sua própria cultura. Tal situação dá margem a vários equívocos, preconceitos e hierarquias, que levam o indivíduo a considerar sua cultura a melhor ou superior. Nesse sentido, a diferença cultural percebida rapidamente se transforma em hierarquia. O outro, só compreendido de maneira superficial, é então usualmente designado como "selvagem", "bárbaro" ou não humano. ETNOCENTRISMO Não Humanos? “Russians”, Sting - The Police, 1985 ETNOCENTRISMO • “Povos etnocêntricos, em geral, apresentam um comportamento caracterizado por formas extremas de xenofobia e de nacionalismo” •Russia do final do séc XVIII – Unificação •Turquia – 1915 – genocídio de 1 milhão de Armênios •Alemanha Nazista – Judeus, Eslavos, Ciganos... •Sob o discurso de uma “aldeia global”, onde a comunicação acabaria com as diferenças culturais, a chamada civilização ocidental capitalista vem, na verdade, acirrando conflitos e radicalismos no mundo. Os valores da civilização ocidental, ao se pretenderem globais, desrespeitam identidades culturais tradicionais. Entrincheirados na defesa de tradições, alguns grupos se tornam radicais e, por sua vez, também etnocêntricos, como forma de responder à imposição da cultura ocidental globalizada. Caricatura de Maomé, pelo cartunista sueco Lars Vilks (2005) A maioria dos muçulmanos acham ofensivas quaisquer representações gráficas de Maomé Narcisismo? Narciso e Eco Segundo a mitologia existia uma ninfa bela e graciosa tão jovem quanto Narciso,chamada Eco e que amava o rapaz em vão. A beleza de Narciso era tão incomparável que ele pensava que era semelhante a um deus, comparável à beleza de Dionísio e Apolo. Como resultado disso, Narciso rejeitou a afeição de Eco até que esta, desesperada, definhou, deixando apenas um sussurro débil e melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis condenou Narciso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. As ninfas construíram-lhe uma pira, mas quando foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no seu lugar: o narciso; e então dai o nome narciso a flor. Narcisismo e Narciso têm seus nomes derivados da palavra Grega narke, "entorpecido" de onde também vem a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, visto que ele era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se apaixonaram pela sua beleza. : "o mito de Narciso representa, para nós, o drama da individualidade"; (adapt - Spinelli, Miguel, p.99 in http://pt.wikipedia.org/wiki/Narciso ). EUA: Potência Imperial Hegemônica no Séc XX 1899-1902 Guerra EUA-Filipinas. As Filipinas lutam pela independência do país, dominado pelos EUA 1913 Durante a Revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas em apoio aos revolucionários. 1915 Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país num virtual protetorado americano. 1916 Os EUA estabelecem um governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro. 1927 Cerca de mil "marines" desembarcam na China durante a guerra civil local. 1914-1918 Primeira Guerra Mundial. Em 6 de abril de 1917, declaram guerra à Alemanha. 1939-1945 Segunda Guerra Mundial O ataque japonês à base militar norte-americana de Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, ocasiona a entrada do país na guerra jun.1950 Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Os Estados Unidos são um dos principais participantes, através das Nações Unidas, ao lado dos sulcoreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-ocidente ao sul. 1955-1975 Guerra do Vietnã. Aliados aos sul-vietnamitas, os americanos tentam impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente, participação americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, após ataques nortevietnamitas ao destróier americano Maddox, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. 1961 Exilados cubanos anticastristas, apoiados pelo governo norte-americano de John Kennedy, invadem a baía dos Porcos, em Cuba, em uma tentativa fracassada de derrubar o governo de Fidel Castro. 1980 Uma operação -resgate dos reféns na embaixada americana em Teerã, capturados por estudantes muçulmanos, fracassa out.1983 Em meio a uma onda de intervenções em países da América Central, como a Nicarágua, Honduras, El Salvador e Guatemala, numa luta de forças entre a esquerda e a direita, na qual os Estados Unidos insistem em se envolver militarmente, o presidente Ronald Reagan envia tropas à ilha caribenha de Granada, em outubro, com o objetivo de impedir a expansão do comunismo na América Latina. Os EUA derrotam com facilidade a resistência cubana na ilha, derrubando o governo local. mar.1986 Aviões americanos atacam uma base aérea Líbia em Sirte, cidade de Muammar Gaddafi, líder líbio abr.1986 Washington adota represálias contra Gaddafi, acusado de liderar o terrorismo internacional. Bases militares, em Trípoli e Bengasi, são atacadas, mas civis também são atingidos dez.1986 Em dezembro, no Panamá, após fracassadas tentativas de depor Manuel Noriega, o presidente dos EUA, George Bush, envia 24 mil soldados para invadir o país, derruba o governo e empossa Guillermo Endara, eleito em pleito anulado por Noriega 1990-1991 Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, a OTAN e os Estados Unidos decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão antiIraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuait. 1992 Em dezembro, forças militares norte-americanas chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib jun.1993 No início do governo Clinton, é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas, em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait. Set.1994 Tropas norte-americanas fortemente armadas chegam ao Haiti por ar e mar e, com um acordo firmado de última hora, o general Raoul Cédras promete deixar o governo. Assim, o presidente eleito, o exilado Jean-Bertrand Aristide, poderá tomar posse. 1995 Os EUA enviam tropas militares para Tuzla (norte da Bósnia), com o objetivo de garantir a assinatura formal do acordo de paz entre Sérvia, Croácia e Bósnia EUA Após Globalização... Os Medos disseminados na sociedade estadunidense como justificativa para a propaganda anti-árabe • O Árabe “roubando” o que é “nosso”: – Nossos Homens e Mulheres – pela sedução – Nossa Terra – Pelo dinheiro do petróleo – Nossa Vida – Pela “Loucura em destruir e matar” Motivos Políticos para a propaganda anti-árabe “Washington e Hollywood partilham do mesmo DNA” – Jack Valentti, Assoc. Cinematográfica dos EUA Motivos Alegados: • Criação de Israel, na contramão dos desejos árabes • OPEP e a alta do petróleo na década de 1970 • Revolução islâmica do Irã (1979) servindo de modelo para outros países E não apenas com os Árabes... Pôsters dos EUA da década de 40, vilipendiando a figura do japonês, ao mesmo tempo que convida à reação E não apenas com os Árabes... Russia invades America and its central-America allies (1984). The Captain of an advanced Russian Submarine wants to defect to America but he told the Russian Navy about his plans. So, he needs the help of Jack Ryan and an American submarine to get the crew off his ship and convince the Russians that the Red October was destroyed when it was captured by the Americans (1990). A hard-working american kicks the ass of a monsterous cheating soviet, even the the russian fans have to admit that the american is the best and cheer him (1985). Propaganda anti-comunista Americana, em filmes da década de 1980 E não apenas com os Árabes... Enemies are often accused of being mass rapists, often without valid proof (book cover – 1960) In this 1961 Time cover, Khrushchev presented as a war monger, and he’s pointing at the reader to make the whole thing scarier. A Christian comic-book educating youth against the dangers of Communism (1961). Propaganda anti-comunista Americana na mídia impressa (década de 60) Cinema: Palco do imaginário O cinema é uma ferramenta criadora de imaginários sociais. imaginário-fonte é a faculdade de criação de formas/figuras/símbolos, tanto psíquico quanto socialhistóricos, que se exprimem no representar/dizer dos homens. Do artigo “CINEMA E CONSTRUÇÃO DE IMAGINÁRIOS SOCIAIS: VISÕES SOBRE O MUNDO ÁRABE” - Léa Conceição et al Mais de 1.000 blockbusters exibindo, um após o outro uma imagem de um árabe vilão: 62.400 repetições fazem uma verdade A. Huxley, “Admirável Mundo Novo” Quem é o Árabe vilipendiado em “Reel Bad Arabs”? • Povos que falam o idioma árabe? • Islâmicos? Cristãos? • Islâmicos árabes ou persas ou turcos ou...? • Onde ficam os países árabes? Imigração Árabe nos EUA • EUA – porcentagem de população de origem árabe – Censo 2002 Arab American Population (%) - 2002 15% 31% 14% 3% 3% 5% 3% 10% 6% 10% Lebanese Egyptian Syrian Chaldean/Assyrian/Syriac Palestinian Iraqi* Moroccan Jordanian Arab Other Arab** *Excludes those who identify as Chaldeans, Assyrians or other Christian minorities in Iraq. **Includes those from Algeria, Bahrain, Comors Islans, Djibouti, Kuwait, Libya, Oman, Qatar, Saudi Arabia, Tunisia, The United Arab Emirates, and Yemen. Does not include person from Sudan, Somalia, or Mauritania. Países Árabes e Islamismo pelo Mundo Origem dos Árabes - MESOPOTÂMIA – Os árabes são mencionados pela primeira vez em uma inscrição assíria de 853 a.C., onde Shalmaneser III menciona um rei Gindibu de matu arbaai (terra árabe) como estando entre as pessoas que ele derrotou na batalha de Karkar. – A língua árabe , assim como o hebraico, deriva do Aramaico, do ramo das línguas semitas. – As etnias que originaram o povo semita são várias, destacando-se os caldeus (Babilônia), Arameus, Hititas, Acádios, Filisteus e outros povos. – A Mesopotâmia é considerado o berço da nossa civilização. A Escrita, o primeiro código de leis, a álgebra, os aquedutos, a astronomia, já eram bastante desenvolvidos entre 5000 a. C (Era Suméria) e 2000 a.C (Era babilônica). – A Cidade de Damasco, na Síria atual, é a de mais longa ocupação contínua no planeta – data de +ou- 2400 a.C. – A primeira menção do mito da arca de noé está contida num trecho de “A Epopeia de Gilgamesh” Árabes surgem na MESOPOTÂMIA – A primeira menção do mito da arca de noé está contida num trecho de “A Epopeia de Gilgamesh”, escrito em tábuas de argila, entre 3000 e 1500 a.C : –“Oh, homem de Shurrupak, filho de Ubara-Tutu, põe abaixo tua casa e constrói um barco. Abandona tuas posses e busca tua vida preservar; despreza os bens materiais e busca tua alma salvar. Põe abaixo tua casa, eu te digo, e constrói um barco. Eis as medidas da embarcação que deveras construir: que a boca extrema da nave tenha o mesmo tamanho que seu comprimento, que seu convés seja coberto, tal como a abóbada celeste cobre o abismo; leva então para o barco a semente de todas as criaturas vivas.” Antigüidade: MESOPOTÂMIA A civilização mesopotâmica dividese em três etapas: Sumeriana (5.000a.C.) Babilônica (2.000 a.C.) Assírios (800 a.C.) Na Mesopotâmia, a planície entre os rios Tigre e Eufrates, o excedente se concentra nas mãos dos governantes das cidades, representantes do deus local. Recebem os rendimentos das terras comuns, a maior parte dos despojos de guerra e administram estas riquezas acumulando as provisões alimentares para toda a população, fabricando os utensílios de pedra e metal para o trabalho e para a guerra, registrando as informações e os números que dirigem a vida da comunidade. Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.) O primeiro povo que se fixou na Mesopotâmia (derrotando os nômades e dedicando-se à agricultura) foram os sumérios. Vindos da Ásia central, esse povo dominou a região entre 3500 a.C e 2000 a.C e se destacou por seus grandes feitos na engenharia, que lhe permitiram irrigar pântanos e regiões secas, tornando possível o trabalho agrícola. O nome sumérios vem de “ sumer” palavra que na língua desse povo quer dizer “sul” e refere-se à região da mesopotâmia habitada por ele. Durante séculos o sumérios construíram diques e canais para irrigar e fertilizar a terra, onde eles cultivavam árvores frutíferas (como tamareiras) e cereais (como a cevada). Plantava-se também cânhamo, cujas fibras eram usadas para fazer roupas. Animais eram criados nos campos, e peixes nos diques. O campo é transformado pelo homem: em lugar do pântano e do deserto, encontramos pastagens e pomares, e canais de irrigação. O terreno da cidade já é dividido em propriedades individuais entre os cidadãos, ao passo que o campo é administrado em comum. Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.) As cidades sumerianas (2000 a.C.) já são relativamente grandes (100 ha) e abrigam dezenas de milhares de habitantes. São circundadas por um muro e um fosso. Que as defendem e que, pela primeira vez, excluem o ambiente aberto natural do ambiente fechado da cidade. Até meados do III milênio, as cidades da Mesopotâmia formam estados independentes, que lutam entre si para repartir a planície irrigada pelos dois rios. Estes conflitos limitam o desenvolvimento e só terminam quando o chefe de uma cidade adquire tal poder que impõe seu domínio sobre toda a região. Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.) PERÍODO ACÁDIO (2470-2200 a.C.) Já fazia mais de mil anos que os sumérios prosperavam em sua terra, quando toda a Mesopotâmia foi invadida por Sargão I , rei dos semitas (acádios), povo que viera do deserto sírio e se fixara no norte da Mesopotâmia (Akkad), transferindo-se depois para a Mesopotâmia central, que passou a ser o principal reino semita, em constante guerra com os sumérios do sul. Por volta de 2470 a.C., Sargão I lançou as bases do primeiro império da história, que se estendia do Mar Mediterrâneo ao Golfo Pérsico. Esse império durou três séculos e não alterou as características da civilização construída pelos sumérios. Com a conquista de Sargão I, os semitas tornaram-se os novos “donos” da Mesopotâmia e o acádico passou a ser a língua mais difundida. Mas toda cultura suméria passou a fazer parte desta nova civilização mesopotâmica. Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.) Zigurate de Ur (2.150 a 2.050 a.C; reconstrução) O imponente Zigurate de Ur deve o seu bom estado de conservação à fachada de tijolos que recobre toda a torre em degraus. Provavelmente encimado por um templo dedicado ao deus da Lua, Nanna, foi construído no reinado de Ur-Nammu, fundador da Terceira Dinastia. Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.) Zigurate de Ur (2.150 a 2.050 a.C; reconstrução) Três escadas dão acesso aos muros inclinados, entrecortados por articulações pouco profundas. O Zigurate de Ur, de cerca de 2.150 a 2.050 a.C., bem conservado devido à fachada de tijolos que recobre toda a torre em degraus. Podem ser vistos na foto os orifícios no revestimento de tijolos, que teriam sido feitos para evitar que os tijolos de barro se rachassem durante a estação chuvosa. Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.) Escadaria do Zigurate de Ur (2000 a.C; reconstrução) Civilização Sumeriana (5.000 a 2000 a.C.) Sala de banquetes, (Iraque,550 d.C) Algumas criações sumérias influenciaram os vários períodos da arquitetura mesopotâmica: o emprego da abóbada, o uso do tijolo cru como único material pra as edificações e o zigurate. Civilização Babilônica (2000 a.C.) O traço mais característico da civilização babilônica é o uso de uma língua semítica, enriquecida por palavras sumerianas. A religião permaneceu mesopotâmica, apesar de alguns deuses receberem nomes semitas. O idioma religioso era o sumeriano, bem como sumeriano era o nome do deus nacional da Babilônia, Marduk. O verdadeiro predomínio semita só se efetuou como resultado da invasão dos amoritas. Apesar de terem trazido varias contribuições culturais incidentais, de modo geral, assimilaram a civilização já existente. Portão de Ishtar. Babilônia; Reinado de Nabucodonosor II (604 – 562 a .C.) reconstruído no Vorderstaatische Museen, Berlim. Faiança: 14,30m. Civilização Babilônica (2000 a.C.) Arquitetonicamente, pouca coisa resta deste período. Em Tell Harmal, perto de Bagdá, os arqueólogos descobriram as ruínas de uma cidade com ruas regulares e casas grandes, talvez do tipo semipalaciano. Em Ishchali, no Tigre médio, o mais importante monumento é o templo de Ishtar Kititum, um grande conjunto de planta retangular, incluindo três diferentes santuários. Templo de Ishtar (Babilônia:Nabucodonosor– 604/ 562 a. C.) desaparece a distinção entre os monumentos e as zonas habitadas pelas pessoas comuns. As casas particulares reproduzem em menor escala a forma dos templos e palácios, com pátios internos e muralhas. Civilização Babilônica (2000 a.C.) Os portões principais da Babilônia e as paredes laterais da via Processional eram revestidas de faiança (tijolos vitrificados). Portão de IshtarBabilônia; Reinado de Nabucodonosor II (604 – 562 .C) reconstruído no Vorderstaatische Museen, Berlim. Faiança: 14,30m. Civilização Babilônica (2000 a.C.) Zigurate de Choga Zambil (séc XIII a.C) Construído provavelmente pelo rei UntashKhuban. Sua capital Untash ficava no Irã Ocidental. Este zigurate é um dos exemplos mais bem conservados; restam 3 das 5 escadarias originais. Civilização Assíria (800 a.C.) Penetrava-se na cidade através de uma entrada ladeada por um par de touros com cabeças humanas. No centro do primeiro plano situa-se a escadaria que levava à sala de audiências de Dario I, da qual ainda restam as colunas. Na Mesopotâmia, apesar do maior desenvolvimento do comércio, o artista parece estar ainda mais restrito do que no Egito aos interesses da Corte e dos Sacerdotes. É uma arte mais estática do que a egípcia, restrita aos interesses estéticos da nobreza. É menor ainda a preocupação naturalista. São freqüentes as representações de animais com cabeça de homens, ou vice versa, temas geométricos e outros. Assim como no Egito, as obras não se oferecem para a cidade. Estão dentro dos templos, túmulos palácios, etc. Há uma certa contradição entre o avanço comercial, econômico da sociedade e a menor liberdade do artista. Persépolis: Entrada de Xerxes (518 -460 a.C) Civilização Assíria (800 a.C.) Vista Geral de Persépolis (518 -460 a.C) Persépolis foi erigida durante os reinados de três reis sucessivos. Dario I, Xerxes e Artaxerxes, sobre uma plataforma artificial, flanqueada por montes a norte e a leste. Nesta vista, a sala do trono de Xerxes (o Palácio das 100 Colunas) situa-se a meia distância; à esquerda vêem-se as colunas da sala de Audiências por trás do palácio de Dario. Civilização Assíria (800 a.C.) Palácio de Dario (Persépolis) A porta maciça e as guarnições das janelas acham-se bem conservadas. Não são formadas por 4 peças distintas, como no Egito ou na Grécia, mas eram as vezes trabalhadas em um único bloco de pedra ou mesmo de partes desiguais, sendo 3 quartos da guarnição retangular constituídos de uma única peça, completada por mais um bloco. As paredes de tijolos agora desapareceram. Civilização Assíria (800 a.C.) Inteiramente ladeada de relevos, representando longas fileiras de imortais, vassalos estrangeiros, cortesãos e outros dignatários. A decoração buscava demonstrar o poder do Rei e, por outro lado, indicar a diversidade dos povos que constituíam o Império. Dario utilizou artesãos jônicos para esculpir os pisos de Persépolis, que adquiriram entretanto a rigidez oriental. Deles estão ausentes as cenas narrativas dos frisos assírios e as figuras parecem quase congeladas em sua imobilidade. Escadaria da sala de audiências de Dario (518 – 460 a.C.) Civilização Assíria (800 a.C.) Muralhas de Nínive (séc.VII a.C; reconstrução) Perímetro: 15km Alto Relevo: Exército assírio sitiando uma fortaleza (alabastro) 883 / 859 a.C. / 2.05m (Londres – Museu Britânico). A figura mostra os detalhes de um ataque a uma fortaleza, com os engenhos de sítio em ação, os defensores tombando, e no alto de uma torre uma mulher lamentando-se em vão. O modo como essas cenas são representadas é muito semelhante aos métodos egípcios, mas talvez um pouco menos ordenado e menos rígido. Tudo parece muito real e convincente. Mas, se observarmos com mais atenção, descobriremos um fato curioso: é grande a profusão de mortos e feridos nessas guerras horríveis... mas nenhum deles é assírio. A arte da propaganda já estava bem avançada nessa época. É possível que ainda fossem dominados pela antiga superstição com tanta freqüência repetida nesta história: a de que numa pintura, num relevo, numa estátua, existe algo mais que uma simples pintura, relevo ou estátua. Em todos os monumentos que glorificam os senhores da guerra no passado, a guerra não chega a ser um problema. Basta o herói aparecer e o inimigo é dispersado como palha ao vento. ISLAMISMO ISLAMISMO • É a religião com maior número de seguidores e é a religião que mais cresce no mundo. • “ Noite do Destino “ : Maomé recebe a revelação do anjo Gabriel. • “Só há um Deus, que é Alá, e Maomé é seu profeta”. ISLAMISMO Preceitos da religião • Deus não tem filhos , pois não seria coerente com sua unicidade. • Maomé não é filho de Alá. • Corão : livro sagrado , contém as revelações recebidas por Maomé, foi escrito por Otman, terceiro sucessor do profeta, em 652. • Islã se divide em várias seitas : sunita e xiita são as mais importantes. ISLAMISMO O Corão • Sintetiza as leis da vida religiosa, política e social do povo islâmico. • Tem 6226 versículos agrupados em 114 capítulos. • Não estão organizados em ordem cronológica mas em ordem de tamanho, do maior para o menor . • Contém a fátiha, que é a oração básica dos islâmicos. ISLAMISMO O Corão • PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS : – As orações devem ser feitas cinco vezes ao dia ,com o fiel voltado para a cidade de Meca. – O Ramadã –o nono mês do calendário muçulmano – é reverenciado como mês sagrado do Islamismo. Nesse período o jejum é obrigatório (do nascer ao pôr-do-sol), e as relações sexuais são proibidas. – O consumo de bebida alcoólica e fumo é expressamente proibido. A caridade é um dever , e as doações devem ser proporcionais à renda dos seguidores . – Todos os muçulmanos , pelo menos uma vez na vida , devem fazer uma peregrinação a Meca. – A peregrinação a Meca é o acontecimento mais importante do anos : expressa a unidade dos fiéis e é uma oportunidade para o troca de notícias e idéias trazidas de todas as partes do mundo. ISLAMISMO ISLAMISMO Cidade de Meca – Arábia Saudita ISLAMISMO Caaba ISLAMISMO Divisão da religião : • A religião é dividida em dois grupos diferentes principais: Sunitas e Xiitas. • A divergência começou com a necessidade da escolha do Califa, o sucessor de Maomé. • Califa :Chefe da comunidade islâmica , também chamado imã. São considerados sábios religiosos. ISLAMISMO SUNITAS • Os sunitas não encaram o califa como profeta e nem como interprete infalível da fé. Ele deve ser um chefe com a tarefa de manter a paz e a justiça na comunidade e possuir profundos conhecimentos da lei religiosa. • Sunitas: acreditam que o califa pode ser qualquer líder da religião Islâmica e são maioria dos islâmicos até hoje. • Os sunitas acreditam que o comportamento do profeta, contido na Suna, deve ser tomado como exemplo de conduta para os fiéis, principalmente quando se deparam com uma situação não prevista pelo Corão. • Suna : coletânea de normas extraídas das práticas e costumes de Maomé e dos 4 primeiros califas ISLAMISMO Xiitas • Os xiitas acreditam que só os membros do clã de Maomé podem liderar os muçulmanos: um descendente do profeta certamente é uma pessoa especial , fonte de conhecimento e sabedoria. • Os xiitas exigem a instauração de uma sociedade regida pela lei do Corão, excluindo qualquer referência estranha ao livro sagrado. • Buscam a criação do que consideram os Estados Islâmicos “puros”, sob o comando dos aiatolás , doutores da lei muçulmana. • Aiatolá: aquele que exerce o papel de maior importância na hierarquia religiosa muçulmana. • Em menor número Dominação Árabe na Europa Conquista Árabe da Europa Conquista Árabe da Europa • • • ocorreu a partir de 711 com a travessia das tropas moçoárabes pelo canal de Gibraltar. Foram ocupadas várias regiões da Espanha, Portugal e parte da França. A cabeça de ponte do império maometano perdurou por cerca de 800 anos, com sucessivos avanços e recuos, e, entre estes, períodos de paz e concórdia entre invasores e nativos. Somente às portas do século 15 é que os mouros foram rechaçados do território europeu. Segundo Muniz (2000): – No ano de 711, Tarik ibn Ziyad, um general liberto e governador da faixa ocidental do Magrebe (atual norte do Marrocos), venceu o visigodo Rodrigo, rei de Espanha. Chefiando um exército de 7.000 homens, e contando com o auxílio de convertidos bérberes, ele atravessou o Estreito e desembarcou junto a um enorme rochedo, que tomou o nome de Jabal-i-Tariq (Monte de Tariq), mais tarde ocidentalizado para Gibraltar. – Em 712, uma nova leva de árabes chegou à região, quando grande parte da Espanha central, Portugal e partes da Itália já tinham sido ocupadas. Seguiram-se as conquistas de Medina, Sidônia, Sevilha e Mérida. Os árabes estabeleceram uma nova capital em Córdoba, às margens do rio Guadalquivir, o que garantia água suficiente para a produção agrícola, que se desenvolveu graças às novas técnicas introduzidas por eles. http://www.webartigos.com/artigos/influencia-arabe-na-europa-medieval/4785/#ixzz1yEzqOpVw Conquista Árabe da Europa • • • • Após oito séculos de presença moura no continente europeu, especificamente na Península Ibérica, as culturas muçulmana e européia - cristã fundiram-se parcialmente e por conseqüente fomentou o intercâmbio cultural - científico. Os europeus tiveram os primeiros contatos com o cientificismo maometano; matemática, astronomia, alquimia, engenharia, arquitetura, agricultura e medicina. Na agricultura projetos e engenhos outrora, abandonados para cultura organizada e irrigada, encontrados em manuscritos e tratados romanos de autoria de Varrão e Columela foram revitalizados e aperfeiçoados pelos moçoárabes, promovendo a autossuficiência, sendo que o excedente abasteceria outras comunidades desprovidas de solo afável para a prática da agricultura. Os alquimistas, precursores dos químicos atuais, evidenciaram a descoberta de várias substâncias como álcool etílico, a amônia, o ácido nítrico e tantas outras substâncias farmacêuticas. A medicina apresentava contornos da praxis atual, compêndios da época comprovam descrições médicas perfeitamente aplicáveis aos dias de hoje. segundo Farah (2001): – No século 10, a cidade de Córdoba, na Península Ibérica, possuía 50 estabelecimentos hospitalares. Ao contrário dos hospitais europeus, onde era oferecido conforto religioso mais que tratamento médico, os do mundo islâmico eram vistos como um lugar em que os doentes podiam talvez ser curados. Escolas de medicina e bibliotecas se ligavam aos hospitais. Os alunos aplicavam o que tinham aprendido na sala de aula no atendimento aos doentes, na ala masculina ou na feminina. No século 11, já havia clínicas móveis, que levavam assistência médica aos que moravam longe ou estavam enfermos demais para ir ao hospital. http://www.webartigos.com/artigos/influencia-arabe-na-europa-medieval/4785/#ixzz1yEzqOpVw Conquista Árabe da Europa • As contribuições do "Iluminismo" islâmico permearam o avanço científico da Idade Moderna e, podem ser observados hoje. – A matemática com a introdução do número zero possibilitou os cálculos com números inteiros (Z). – A mecânica celeste possibilitou a invenção do astrolábio e o primeiro esboço aplicável à gravidade. – A lingüística contribuiu com mais de 600 vocábulos, incorporados as línguas européias, em especial as Ibéricas, dentre outros exemplos da influência islâmica na ciências européias. – Talvez o êxito do islamismo esteja na interpretação do divino, a possibilidade de explorar os recursos naturais e aproveitar as benesses oferecidas. No mundo muçulmano caso tenha ocorrido à dicotomia ciência e religião foi menos intervencionista e mais associativa a ponto de libertar o pensamento. http://www.webartigos.com/artigos/influencia-arabe-na-europa-medieval/4785/#ixzz1yEzqOpVw CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 1 – O ORIENTE MÉDIO: • Outros envolvidos nas questões do Oriente Médio: Paquistão, norte e nordeste da África (Egito, Líbia, Tunísia, Marrocos, Argélia, Etiópia, Somália, Djibuti e Sudão) e ex-repúblicas soviéticas islamizadas (Turcomenistão, Azerbajão, Tadjiquistão, Usbequistão, Quirguistão e Casaquistão). CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 2 – IMPORTÂNCIA DA REGIÃO: • Maiores reservas de petróleo do mundo. • Origem das primeiras grandes civilizações. • Berço das três maiores religiões monoteístas do mundo: judaísmo, cristianismo e islamismo. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 3 - O SIONISMO: • • • • Movimento nacionalista judaico. Theodor Herzl (1897) Criação do Estado para os judeus. Situação dos judeus: – Dispersos desde a tomada da Palestina pelos romanos em 70 d.C. • Sionistas de esquerda compram terras na Palestina e instalam primeiros Kibutzim (comunidades agrícolas onde a propriedade da terra é coletiva). • O movimento de compras de terras se seguiu no entreguerras, bem como o estímulo à migração dos judeus para a Palestina, culminando em 1948 com a formação do Estado de Israel 4 - ORIGENS DOS CONFLITOS TERRITORIAIS RECENTES: • Desmembramento do Império Turco Otomano (que lutou ao lado da Alemanha na I Guerra Mundial). Séc. XVII CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO • Postura da ING: – Apoio aos árabes – Estado livre e unificado – luta contra os turcos na I Guerra. – Apoio aos judeus – Lar nacional judaico – apoio financeiro na I Guerra. • Partilha do Império Turco entre França (Síria e Líbano) e Inglaterra (Palestina, Transjordânia e Iraque). • Frustração de árabes e judeus que passam a agredir ingleses e agredir-se mutuamente na região. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 5 - A CRIAÇÃO DE ISRAEL (1948): • Massacres nazistas para com os judeus (comoção internacional). • Enfraquecimento das antigas potências colonialistas européias (França e Inglaterra). • Apoio das novas potências à criação de Israel (posição estratégica). • 1947: ONU partilha a Palestina entre árabes e judeus. • 14/5/1948: David Ben Gurion proclama a criação do Estado de Israel. A área de Jerusalém seria internacionalizada. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO Partilha da Palestina CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 6 - A GUERRA DE INDEPENDÊNCIA (1948): • Após a criação do Estado de Israel: – EGT + SIR + LIB + IRQ + JOR X ISR* desunião das tropas árabes . apoio dos EUA e da URSS - embargo econômico aos árabes. BEN GURION: Proclamação de Independência. Soldados israelenses na Guerra de Independência CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO • Conseqüências: – ISR anexou grande parte dos territórios destinados ao Estado Palestino (77% da região). – EGT encampou a Faixa de Gaza; – Trasjordânia (atual Jordânia) anexou Cisjordânia e parte de Jerusalém. – Palestinos sem país, dispersos sob a administração do Egito e Trasjordânia. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 7 - A GUERRA DO SUEZ (1956): • Lideranças nacionalistas árabes chegam ao poder. • Gamal Abdel Nasser (EGT) principal. • Reformas de Nasser: – Nacionalização de empresas e serviço bancário. – Facilidades para o acesso a terra. – Proposta de construção da represa de Assuã, – Nacionalização do Canal de Suez (administrado por uma coligação francobritânica). CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO • ING + FRA + ISR invadem a península do Sinai e o Egito. • EUA e URSS, exigem a retirada das tropas invasoras. • Conseqüências: – Derrota militar de Nasser; – Vitória política de Nasser (ING + FRA + ISR retiraram-se do país, o Canal de Suez passa definitivamente para o controle do Egito, com a condição deste permitir a livre navegação tanto no canal quanto no Mar Vermelho) – Nasser transforma-se na maior liderança do mundo Árabe. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 8 - A GUERRA DOS SEIS DIAS (1967): • 1967: Nasser interdita o Golfo de Akaba aos navios israelenses. • Israel ataca de surpresa e antecipadamente seus principais inimigos (Síria, Jordânia e Egito). • Força aérea israelense ataca a aviação egípcia ainda no chão. • Vitória fulminante de Israel. • Conseqüências: – ISR anexa a Faixa de Gaza, Península do Sinai (EGT), Cisjordânia (JOR) e as Colinas de Golã (SIR) - origem dos atuais problemas territoriais com os palestinos. – Enfraquecimento de lideranças árabes – Prestígio político e militar para Israel. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO OS TERRITÓRIOS OCUPADOS EM 67: COLINAS DE GOLÃ FAIXA DE GAZA – PENÍNSULA DO SINAI CISJORDÂNIA 11 de dezembro 1948.- Resolução 194 (Assembleia Geral).- Estabelece que os refugiados têm direito a retornar a suas casas, agora em território de Israel, ou a receber uma indenização caso não desejarem voltar. – 22 de novembro 1967.- Resolução 242 (Conselho de Segurança). Pede a retirada de Israel dos territórios ocupados na Guerra dos Seis Dias e "o reconhecimento da soberania, integridade territorial e independência política de todos os Estados da região e seu direito a viver em paz". CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 9 - SITUAÇÃO DOS PALESTINOS: • Abandonados por lideranças árabes. • Dispersos entre os territórios ocupados por Israel em 1967 ou Jordânia, Síria e Líbano. • OLP (Organização pela Libertação da Palestina), criada em 1964 se desvincula da interferência de outros países árabes passando a agir de forma autônoma a partir de 1969. Yasser Arafat CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO • Palestinos desconsiderados e perseguidos por lideranças árabes. • Setembro de 1970: governo jordaniano massacra 4 mil palestinos e fere outros 11 mil (Setembro Negro). • 1971: palestinos são definitivamente expulsos da Jordânia pelo rei Hussein, dirigindo-se para o sul do Líbano. Campos de refugiados palestinos Rei Hussein 10 - A GUERRA DO YOM KIPPUR (1973): • Yom Kippur = Dia do Perdão em Israel (mais importante feriado religioso do país). • EGT + SIR + JOR atacam Israel. • Inicialmente vitória árabe. • Israel consegue expulsar os invasores com muitas baixas os invasores. Prisioneiros egípcios na Guerra do Yom Kippur CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO • Conseqüências: – Israel mostra fragilidade. – OPEP utiliza petróleo como arma política, quadruplicando o preço do barril, provocando uma crise mundial inédita (Crise do Petróleo). OBJ: pressionar a comunidade internacional para que Israel devolvesse os territórios ocupados em 1967; – resolução da ONU de 1974 que equiparava o SIONISMO a RACISMO (posteriormente revogada). CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 11 - A GUERRA CIVIL DO LÍBANO: • Líbano: norte de Israel. – Vários povos e culturas – Principais: cristãos maronitas, muçulmanos sunitas, muçulmanos xiitas, drusos e palestinos. • Até a metade da década de 70: prosperidade. • Composição de governo: – pacto nacional (1943), com base na proporção demográfica de cada etnia. – presidente = cristão. – primeiro ministro = sunita. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO ÁREAS DE INFLUÊNCIA NO LÍBANO: –Controle do exército sírio –Muçulmanos xiitas –Cristãos maronitas –Muçulmanos drusos –Muçulmanos sunitas –Exército do Sul do Líbano* –Bases da OLP * Cristão e apoiado por Israel. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO – presidente da câmara um xiita – demais etnias representadas por uma bancada definida conforme sua representatividade demográfica. – Palestinos não tinham representação. • Década de 70: a população muçulmana havia crescido muito mais que a cristã, e exigia maior representatividade. • Os cristãos negavam-se a fazer um novo recenseamento. • Interesses externos: – Síria contestava autonomia libanesa e fez várias intervenções no país, tendo ocupado-o militarmente a partir de 1976. – Israel, invadia o sul do Líbano, área dos refugiados palestinos que praticavam atentados contra o país. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO • Etnias se organizam em milícias que ao longo de mais de duas décadas arrasam por completo o país. Normalmente os muçulmanos sunitas contaram com o apoio das tropas sírias, enquanto que os cristãos maronitas valeram-se do auxílio israelense. • Episódio marcante: – Operação de paz na Galiléia (1982) - tropas israelenses invadem o sul do Líbano para garantir a segurança de Israel. – Líder da operação: Ariel Sharon (ex-primeiro ministro de Israel) – Avanço de tropas até Beirute. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO – Grande parte das milícias palestinas retiram-se do Líbano às pressas, rumando para a Tunísia. – Sharon permitiu a entrada de milícias cristãs (Falange) nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, promovendo um imenso massacre. – Opinião pública internacional posiciona-se contra Israel e o governo de Menachem Beguin cai. • 1983: tropas israelenses se retiram parcialmente do país, preservando apenas uma faixa de segurança, entregue ao Exército do Sul do Líbano (organização militar cristã autônoma). • Os conflitos no Líbano só diminuíram no final da década de 80 com a formação de um governo de maioria cristã próSíria. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO OPERAÇÃO “PAZ NA GALILÉIA”: Massacre de Sabra e Chatila CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 12 - OS ACORDOS DE CAMP DAVID (1978): • Primeiro acordo de paz firmado entre uma liderança árabe e Israel. • Anuar Sadat (Egito) e Menachem Begin (Israel) firmaram um acordo definitivo de paz. • Termos: o Egito reconhecia a soberania de Israel; Israel devolveria ao Egito a Península do Sinai. O acordo foi cumprido de ambas as partes. CARTER SADAT BEGIN CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO • 1981: Sadat é assassinado por extremistas muçulmanos contrários ao acordo. • 1982: Israel retira suas últimas tropas do Sinai, que passa definitivamente ao Egito. Atentado terrorista mata o presidente egípcio Anuar Sadat. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO 13 - A REVOLUÇÃO ISLÂMICA (IRÃ – 1979): • Até 1979: o Irã era governado pelo xá (rei) Reza Pahlevi (governo autoritário disposto a modernizar o país em termos econômicos e aliado dos EUA no Oriente Pahlevi Médio). • Transformação dos costumes (cada vez mais próxima dos ocidentais) desagradando setores religiosos (o Irã é um país de maioria xiita). • 1979: forças xiitas leais ao aiatolá (maior liderança religiosa xiita) Ruhollah Khomeini depuseram o governo do xá e criaram o primeiro governo xiita da história. CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO • Governo nasce enfraquecido politicamente: – Repressão da oposição interna gerando guerra civil de dois anos. – Hostilidade às grandes potências (EUA e URSS). – Vizinhos (com populações xiitas), temiam revoluções do mesmo caráter em seus territórios. 15 - A GUERRA IRÃ X IRAQUE (1980 – 1988): • 1979: Saddam Hussein toma o poder no Iraque. • Causas: – Temor de que uma revolução semelhante a iraniana se espalhasse pelo Iraque (60% da população xiita). – Controle do Chatt Al Arab (única saída marítima do Iraque ao Golfo Pérsico). • Vantagem inicial do Iraque. • Iranianos emparelham o conflito (maior população e fervor religioso). • 1988: Irã e Iraque firmam a paz (sem vitoriosos e com um milhão de mortos no total). A GUERRA IRÃ X IRAQUE EM IMAGENS: Prisioneiros iraquianos 16 - A INTIFADA (1987): • Movimento espontâneo dos palestinos que refletia sua falta de perspectiva quanto a resolução de seus problemas. • Protestos e apedrejamentos contra as tropas israelenses nos territórios ocupados. • Intifada (“sobressalto” em árabe): – Apoio do Hamas (organização terrorista apoiada pelo Irã e pela Síria), e da OLP de Yasser Arafat (prestígio político junto aos palestinos). • Conseqüência: opinião pública internacional favorável a causa palestina, revertendo a imagem de Israel como a nação oprimida. 17 - A GUERRA DO GOLFO (1991): • Causas: – Iraque endividado pela guerra longa com o Irã e dono de um imenso arsenal militar. – Alegação de que Kwait havia sido criado por interesses colonialistas europeus. • Agosto de 1990: Iraque invade o Kwait. • EUA conclama o mundo a se empenhar numa tarefa de libertação do Kwait (manutenção do preço do pertróleo). • ONU aprova resolução que obrigava o Iraque a se retirar do Kwait, endossando uma possível invasão dos EUA. • EUA lideram embargo econômico ao Iraque. • Apoio ao Iraque: Iêmen, a Jordânia e a OLP (Yasser Arafat). • Iraque derrotado pela coalizão internacional liderada pelos EUA (Operação Tempestade no Deserto). • Saddam Hussein é mantido no poder (possibilidade de uma revolta xiita nos moldes iranianos amedrontava os EUA). • Yasser Arafat: credibilidade abalada. • EUA: esforços para produzir acordo de paz entre judeus e palestinos. 18 - A QUASE PAZ DE 1993: • 13 de setembro de 1993: – judeus e palestinos assinam um acordo de paz. – Itzhak Rabin (ISR), e Yasser Arafat (OLP), selam um acordo de autonomia gradativa para as áreas de Gaza e Cisjordânia. CLINTON RABIN ARAFAT Quase amigos... • Grupos radicais de ambos os lados não aceitam o acordo. • Hamas patrocinava atentados terroristas em Israel. • 4 de novembro de 1995: Itzhak Rabin é assassinado por estudante extremista judeu de 27 anos, Ygal Amir, contrário ao acordo. • Problemas entre Israel e os palestinos não conseguiram mais encontrar uma solução pacífica. 19 - CRONOLOGIA RECENTE: • 1996: – Partido Likud (direita conservadora de Israel) vence eleições para o parlamento. O primeiro ministro passa a ser Benjamin Netanyahu. – Talibãs afegãos implantam regime fundamentalista no Afeganistão. Mohamed Omar – líder talibã • 1999: – Morre o Rei Houssein, da Jordânia. – Partido Trabalhista (esquerda de Israel) vence eleições para o parlamento. O primeiro ministro passa a ser Ehud Barak. REI HUSSEIN • 2000: – General israelense Ariel Sharon (responsável pela campanha que provocou os massacres dos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila no Líbano em 1982) visita a esplanada das mesquitas, em Jerusalém, Israel. SHARON – Início de uma segunda e violenta Intifada, em Israel. • 2001: – Atentados ao WTC e Pentágono, nos EUA, pelos quais são responsabilizados o regime Talibã do Afeganistão e o líder saudita supostamente lá refugiado Osama Bin Laden. – Operação “Liberdade Duradoura” como resposta aos atentados do WTC tem início no Afeganistão. Bin Laden Atentado ao WTC – Cai o regime Talibã no Afeganistão. – Partido Likud vence eleições para o parlamento. O primeiro ministro passa a ser Ariel Sharon. • 2002: –George Bush cita como representantes do “Eixo do Mal” os seguintes países: Iraque, Irã, Líbia e Coréia do Norte. –ONU aprova resolução de apoio a criação do Estado Palestino. –Síria retira-se da região central do Líbano. – Israel começa a construção de muro para separar israelenses e palestinos na Cisjordânia. – Iniciam inspeções da ONU no Iraque para verificar a produção de armas químicas. • 2003: – EUA invade o Iraque com auxílio da Inglaterra sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU. • 2004: – Morre o líder palestino Yasser Arafat. • 2005: – Síria retira-se definitivamente do Líbano. – Israel desocupa colônias judaicas na Faixa de Gaza e inicia desocupação também na Cisjordânia. Conclusões • Reel Bad Arabs é um documetário notável em alertar-nos sobre o simplismo, descaso, preconceito e injustiça com que vem sendo tradados os árabes, não apenas nos filmes, mas também na sociedade ocidental como um todo. • A cultura árabe é rica e complexa, mas a política que vem sendo adotada pelo ocidente, em especial EUA e seus aliados, no trato com os países árabes, tem gerado consequências desastrosas para aquelas populações. • Àqueles que dedicarão suas vidas à construção de novos imaginários, na forma de cinema e outros meios de comunicação, eu recomendo sempre uma postura crítica: Avaliem os roteiros que lerem não apenas no âmbito da satisfação profissional ou da remuneração, mas pelas consequências que esses enredos, essas mitologias, produzirão, no decorrer do tempo. • Embora pessoalmente eu julgue que os exemplos citados no final do documentário sejam muito escassos para reverter o que já foi feito, não há outro caminho para o cinema, senão valorizar os roteiros justos e os atores e demais profissionais que se incumbirem da missão de produzir um ângulo novo e revigorado sobre um tema tido como “certo”.