ROTEIRO PARA LEITURA BÍBLICA (35ª SEMANA) (Deuteronômio 31-34) Com o roteiro desta semana estaremos encerrando o livro de Deuteronômio. Após o registro dos discursos de Moisés, o livro encerra-se relatando algumas recomendações finais e o registro do último dia de vida de Moisés. Vamos à nossa leitura, portanto. Em suas providências finais, Moisés cuida em estabelecer formalmente seu sucessor na liderança do povo e outras providências, principalmente litúrgicas a serem tomadas por Israel. Josué já havia sido indicado pelo próprio Deus para ser o sucessor de Moisés na entrada e conquista da terra de Canaã. Obedientemente, e agora formalmente, Moisés confere oficialmente a liderança a Josué lembrando-o da missão para a qual Deus o chamou e assegurando-lhe que Ele estaria a seu lado. Mais que isso: na verdade, Deus estaria à frente do povo para entregar-lhe nas mãos seus adversários. A declaração dessa verdade visava prevenir Israel contra o erro de atribuir as conquistas à seus próprios esforços ou à capacidade militarista de seus líderes. Era das mãos, das ações, e da pessoa de Deus que viriam as vitórias; isso jamais deveria ser esquecido. Para facilitar essa percepção, a lei deveria ser periodicamente lida a todo o povo para que, lembrando-se este dos atos e dos preceitos de Deus, pudesse temê-lo durante toda a sua existência. Como parte do testemunho de que Josué era o líder escolhido por Deus para conduzir seu povo na entrada e conquista de Canaã, Moisés e ele se apresentam diante de Deus e este lhes fala na tenda da congregação, dentre outras coisas, predizendo-lhes o futuro, mas garantindo que a conquista se efetivaria, apesar das inclinações pecaminosas presentes no coração do povo. Deus prediz que no futuro o Israel o trocaria por outros deuses quebrando, assim, a aliança. “A idolatria era comparada à prostituição, porque era uma infidelidade ao Senhor, Deus e esposo de Israel”1. Para mostrar que Ele é o Deus que sabe todas as coisas, aqui O vemos mostrando que Ele vê o íntimo do coração e vê também o futuro, apresentando-se, assim, como o Deus onisciente. O cântico exortativo e didático que Ele ordena a Moisés ensinar ao povo e que serviria como testemunho contra este é o que se encontra no capítulo 32.1-43. Este cântico mostra que as repreensões também podem servir como fator preventivo regulador de nossas escolhas e procedimentos (32.46). Finalmente, chega-se a um momento comovente: o registro dos últimos momentos de vida de Moisés (32.48 a 33.8). Antes de subir ao Monte Nebo, Moisés pronuncia, como despedida, bênção sobre o povo de Israel. O costume de abençoar os filhos pouco antes de morrer é bem conhecido no Antigo Testamento. As bênçãos propriamente ditas estão precedidas de um hino ou cântico de louvor, no qual o Senhor é celebrado como um rei vitorioso que ama e instrui o seu povo. E foi assim que Deus realmente se revelou a seu povo através do seu servo Moisés: libertando, conduzindo, instruindo, e concedendo vitória àqueles aos quais escolheu para fazer aliança como Deus. Era assim que Moisés queria que fosse guardada a imagem de Deus no coração do seu povo. Deus, mesmo sendo o Todo-Poderoso, sempre se agrada em executar seus atos através dos seus servos. Deus tem prazer em usar seus filhos. Na história de Moisés, vemos quão dramática mas também quão maravilhosa pode ser a caminhada com Deus, pois Ele sempre conduzirá seu povo em triunfo e o abençoará, desde que este mantenha-se fiel ao amor e à aliança com aquele que é o Senhor de todas as coisas. Uma grande etapa na história do povo de Israel estava encerrando-se aqui. No entanto, outra grandiosa haveria de começar quando aquele povo cruzasse o rio Jordão. Esse novo período é o conteúdo do livro de Josué, cuja leitura começaremos na semana que vem. Até lá. 1 Bíblia de Estudo Almeida, pág. 235, nota h. EXPRESSÃO-CHAVE Fidelidade e justiça divina. PARA PENSAR - Que importância pode ter para a vida do cristão saber que Deus conhece todas as coisas, inclusive aquelas que estão no coração? Como reagir diante disso? - Mesmo sabendo que o povo no futuro o rejeitaria como Deus, Ele manteve sua promessa. O que isso nos revela sobre graça e misericórdia? - Em Dt 34.9 diz-se que Josué tinha espírito de sabedoria porque Moisés lhe havia imposto as nãos. O que isto nos diz sobre a importância da liderança ungida? Que Deus abençoe a todos. Pr. Scyllas