A GRANDE RECLUSA EMILY DICKINSON 10/12/1810 15/05/1886 Emily era proveniente de uma família rica. Dickinson nasceu em 10 de dezembro de 1830, na pequena cidade de Amherst, perto de Boston, no estado de Massachusetts, uma das regiões de raízes mais puritanas e conservadoras dos Estados Unidos. Solteira por convicção e autoexilada dentro de casa por mais de vinte anos, Emily Dickinson não chegou a publicar os seus versos, por não se submeter aos rígidos padrões de discrição e singeleza que se esperava então de uma mulher. Era conhecida como a “Grande Reclusa”. É importante que se diga, que este comportamento de Emily coadunava-se com o modelo de conduta feminina que era apregoado no Massachusetts de Oitocentos. Teve formação escolar irrepreensível, chegando a cursar durante um ano o South Hadley Female Seminary. Abandonou o seminário após se recusar, publicamente, a declarar sua fé. Quase tudo que se sabe sobre a vida de Emily Dickinson tem como fonte as correspondências que ela manteve com algumas pessoas. Ao arrumar o quarto de Emily depois que ela morreu, a sua irmã Lavinia encontrou uma gaveta cheia de papéis em desordem. Eram cadernos e folhas soltas com uma grande quantidade de poemas inéditos. Foi somente em torno do ano de 1858 que Emily deu início a confecção dos «fascicles»(livros manuscritos com suas composições), produzidos e encadernados à mão. É intensa a sua produção de 1860 até 1870, quando compôs centenas de poemas por ano. A partir de 1864, surpreendida por problemas de visão, arrefece um pouco o ritmo de sua escrita. Uma curiosidade na obra de Emily Dickinson é que apesar de ter escrito em torno de 1800 poemas e quase 1000 cartas, ela não chegou a publicar nenhum livro de versos, enquanto viveu. Os registros que se tem, é que apenas anonimamente, publicou alguns poemas. Os registros que se tem, é que apenas anonimamente, publicou alguns poemas. Toda a sua obra foi editada postumamente, sendo reconhecida e aclamada pelos críticos. Emily faleceu em 15 de maio de 1886 em Amherst, Massachusetts. POEMAS It was not Death, for I stood up, And all the Dead, lie down -It was not Night, for all the Bells Put out their Tongues, for Noon. It was not Frost, for on my Flesh I felt Siroccos -- crawl -Nor Fire -- for just my Marble feet Could keep a Chancel, cool -- And yet, it tasted, like them all, The Figures I have seen Set orderly, for Burial, Reminded me, of mine -- As if my life were shaven, And fitted to a frame, And could not breathe without a key, And 'twas like Midnight, some When everything that ticked -- has stopped -And Space stares all around -Or Grisly frosts -- first Autumn morns, Repeal the Beating Ground -- But, most, like Chaos - Stopless -- cool -Without a Change, or Spar -Or even a Report of Land -To justify -- Despair. Não era a Morte, pois eu estava de pé E todos os Mortos estão deitados – Não era a Noite, pois todos os Sinos, De Língua ao vento, tocavam ao Meio-Dia. Como se me tivessem cortado a vida E feito à medida de moldura, E eu não pudesse respirar sem chave, E foi um pouco como a Meia-Noite – Não era a Geada, pois na minha Carne Sentia Sirocos – rastejarem – Nem Fogo – pois só por si os meus pés de Mármore Podiam manter frio um Presbitério – Quando todos os relógios – pararam – E o Espaço olha à volta – Ou Terríveis geadas – nas primeiras manhãs de Outono, Revogam o Palpitante Solo – E contudo sabia a tudo isso ao mesmo tempo; As Figuras que eu vi, Preparadas para o Funeral, Faziam-me lembrar a minha – Mas foi sobretudo com o Caos – frio – Sem- Fim – Sem Ensejo nem Mastro – Nem mesmo Novas de Terra -. A justificar – o Desespero. Bloom -- is Result -- to meet a Flower And casually glance Would scarcely cause one to suspect The minor Circumstance Assisting in the Bright Affair So intricately done Then offered as a Butterfly To the Meridian -To pack the Bud -- oppose the Worm -Obtain its right of Dew -Adjust the Heat -- elude the Wind -Escape the prowling Bee Great Nature not to disappoint Awaiting Her that Day -To be a Flower, is profound Responsibility -- Florescer – é Resultar – quem encontra uma flor E a olha descuidadamente Mal pode imaginar O pequeno Pormenor Que ajudou ao Incidente Brilhante e complicado, E depois oferecido, tal Borboleta, Ao Meridiano – Encher o Botão – opor-se ao Verme – Obter o que de Orvalho tem direito – Regular o Calor – escapar ao Vento – Evitar a abelha que anda à espreita, Não decepcionar a Grande Natureza Que A espera nesse Dia – Ser Flor é uma profunda Responsabilidade - CARACTERÍSTICAS DO TRANSCEDENTALISMO * Sentimentalismo * Busca por um estilo de vida solitário e crítico * Apreciação pela natureza, pelo seu simbolismo * Vida em ambientes rurais *Ter paixão pelo extraordinário * Felicidade, afeição, suscetível a ser amado * Exigência com a natureza * Desapontamento com a humanidade * Sociável * Idealismo *Admitir as limitações dos sentidos *Rejeição a rotina, pois não há muita virtude nela *Estar constantemente esperando ordens divinas *Desdém pela educação organizada (burocracia acadêmica etc). * Abolicionismo(alguns autores) FIM