S E M A N A
Porto Alegre / 3 de agosto de 2007 / nº 31 / Ano XII / www.fiergs.org.br
E D I T O R I A L
Já vivemos no Brasil o
racionamento de energia
elétrica. E por incrível que
possa parecer, temos um
cenário de ameaça constante nesse insumo essencial que integra a vida de
todas as famílias e a matriz
produtiva de todos os agentes econômicos.
Em vez de arriscar, a
FIERGS mais uma vez escolhe
a prevenção. A entidade está
lançando um novo Programa
de Eficiência Energética, que
na prática detecta desperdícios, melhora o aproveitamento da energia consumida pelas fábricas, diminui a
conta com as distribuidoras
e, pela menor demanda, favorece o equilíbrio do mercado de energia.
Temos hoje o exemplo
da Argentina; e pela frente
o verão 2007/2008 precisa
ser equacionado junto com
o aquecimento da economia brasileira. É nesse quadro que a FIERGS se insere
buscando contribuir para a
normalidade do suprimento de energia no País.
Mas, não podemos parar. É preciso resolver esse
gargalo que pode limitar
drasticamente o nosso desenvolvimento. Os investimentos levam tempo nesse
setor, tornando urgente
que medidas sejam adotadas desde já, para prevenir
e não remediar. Ou melhor:
prevenir para não racionar.
Paulo Fernandes Tigre,
presidente da
Federação e do Centro
das Indústrias do
Rio Grande do Sul
Entidade lança programa
para economizar energia
A FIERGS está lançando o Programa de
Eficiência Energética para reduzir os gastos
com energia, através da aplicação de métodos
eficazes que diminuam o consumo das fábricas.
Em decorrência da economia geral que será
buscada no setor, haverá uma menor demanda,
prevenindo dificuldades no suprimento de eletricidade em função do crescimento econômico verificado no País, cujo período mais agudo
se dará no verão 2007/2008. "Estamos trabalhando na prevenção, em vez do pronto-socorro ou de eventuais restrições que possam
afetar duramente o setor industrial. Ao sermos
mais eficientes no consumo energético, também reduzimos os custos de fabricação, e a
demanda global cai, favorecendo o equilíbrio
na questão do suprimento de eletricidade",
afirma o presidente da FIERGS, Paulo Tigre.
A FIERGS, por meio do Conselho de InfraEstrutura, firmou um convênio com a Eletrobrás para implementar as medidas de eficiência
energética. A partir desta semana, os sindicatos industriais estarão recebendo uma pesquisa para ser distribuída junto aos seus associados. O objetivo, nesta primeira etapa, é identificar os segmentos com maior potencial de
economia para participar do programa, que
contempla um conjunto de ações para minimizar o consumo de energia nos sistemas motrizes já instalados.
A iniciativa é resultado de um estudo elaborado, no início do ano, pela FIERGS para verificar as
condições de atendimento a demanda por energia elétrica no Estado, levando em consideração
que o crescimento da atividade econômica produz junto ao setor industrial um maior consumo.
No atual momento, onde é verificada uma sobrevalorização da moeda frente ao dólar, aliada a
especificidade da economia gaúcha de ter uma
tendência exportadora muito forte, a implementação da eficientização tem fatores positivos que
podem se traduzir em um menor custo no insumo
energia elétrica, bem como uma otimização no
volume consumido. Desta forma, o setor produtivo passa a ser também um indutor no fortalecimento do sistema elétrico do Rio Grande do Sul
pela racionalização a ser implantada.
Programa Procel Indústria
Depois de finalizada a pesquisa e verificados os segmentos com maior gasto energético, os colaboradores das empresas participantes serão capacitados na área de eficiência energética, de forma gratuita. Especialistas (agentes) do projeto desenvolverão diagnóstico da linha de produção de cada indústria. As empresas que integrarem o trabalho
poderão ser utilizadas pela Eletrobrás/Procel, como casos de sucesso na disseminação
do tema no Brasil.
Foto:Divulgação
Prevenir para
não racionar
Revista da
FIERGS destaca
Logística Reversa
A revista Indústria em Ação, produzida pela Unidade de Comunicação
do Sistema FIERGS, já circula em sua
nona edição. O destaque de capa da
publicação mensal de 48 páginas é a
Logística Reversa. A reportagem aborda a redução de custos que começa
pelas embalagens e incentiva a indústria a utilizar produtos retornáveis.
A edição apresenta ainda uma
entrevista com o presidente da ApexBrasil, Alessandro Teixeira, que revela a estratégia para fazer crescer as
exportações no País. A revista traz
também uma reportagem sobre o excesso de impostos que as empresas e
os cidadãos brasileiros pagam, além
de abordar as ações que buscam
reverter as altas estatísticas de acidentes de trabalho no Estado. A publicação está disponível no portal
www.fiergs.org.br.
Aumenta confiança
dos industriais gaúchos
O Índice de Confiança do Empresário
Industrial (ICEI-RS), medido pela FIERGS,
registrou 59 pontos em julho, três a mais do
que a última pesquisa, realizada em abril.
Esse resultado indica um maior ritmo de
crescimento da indústria para os próximos
meses. O ICEI-RS varia de 0 a 100, sendo que
valores abaixo de 50 mostram pessimismo e,
acima disso, apontam confiança.
Na comparação com o último levantamento, o resultado se deve à melhora nas
expectativas dos industriais com relação
aos próximos seis meses, com aumento de
59 para 62. As avaliações sobre as condições atuais atingiram 54 pontos, quatro a
mais do que a sondagem anterior, sugerindo uma melhora na conjuntura econômica.
A pesquisa foi divulgada no dia 29 de
julho pelo presidente da FIERGS, Paulo
Tigre. “O desempenho sinaliza um crescimento da atividade industrial nos próximos
meses”, avalia Tigre, lembrando que “tratase de uma retomada da atividade, já que as
perdas dos últimos anos ainda estão longe
da recuperação”. Ele explica que a ascensão ocorre pela baixa base de comparação
dos anos anteriores e cita como exemplo os
meses de julho de 2005 e 2006. No primeiro,
a confiança empresarial ficou em apenas 44
pontos e, no ano seguinte, atingiu 51.
“Apesar do cenário ainda continuar desfavorável, existem alguns pequenos avanços,
entre eles a boa safra agrícola, a queda da
taxa de juros, o crescimento do emprego
e da renda”, explica o dirigente.
Nos resultados da Sondagem Industrial no segundo trimestre, a percepção dos
industriais gaúchos também é positiva,
esperando um aumento na demanda nos
próximos seis meses (59 pontos), e acreditam ainda que o emprego terá um pequeno aumento (51,5 pontos). Na opinião
dos empresários, a produção (57,2 pontos) e o número de empregados (55,2
pontos) cresceram no segundo trimestre
com relação ao primeiro.
ÍNDICES DA PESQUISA
Fonte: UEE/FIERGS
Crescimento da economia do RS
As perspectivas para economia gaúcha na segunda metade
do ano são positivas, de acordo com a FIERGS. Com base nos
resultados do primeiro semestre, que registrou aumento em
relação a 2006 – de janeiro a maio, o crescimento foi de 4,5% no
desempenho industrial –, a entidade elevou as projeções de
crescimento no Estado para 2007 (ver tabela abaixo). O presidente Paulo Tigre destaca que a indústria do Rio Grande do Sul
apresenta uma sazonalidade média que aponta um melhor
resultado entre os meses de julho e outubro.
Além disso, a confiança do empresário industrial para os
próximos seis meses está no maior nível desde 2004. Sobre as
exportações, a expectativa é para um incremento em torno de
10% em dólares, porém, em reais, deve ficar constante.
Previsões para a economia do
Rio Grande do Sul no ano de 2007 (var.%)
Anterior
Atual
Agropecuária
3,4
3,8
Indústria
5,8
5,7
Serviços
1,1
3,8
PIB Total
3,5
4,6
G
E
N
D
A
Lei Geral
A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e sua Implantação será debatida no
seminário realizado pela FIERGS, através do Conselho da Pequena e Micro
Indústria (Copemi), no dia 6, a partir
das 9h. A proposta do evento é discutir
a lei complementar número 123/06,
vigente desde 1º de julho, que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Exportação
A FIERGS, através do Centro Internacional de Negócios, promove no dia 9, às
9h, o Treinamento Exportação, na sede
da entidade. O evento é uma parceria
com o Banco do Brasil e vai abordar a
política brasileira de exportação, nomenclatura e classificação de mercadorias; entre outros temas. Informações: (51) 3347.8675
Segurança no Trabalho
O Conselho de Relações do Trabalho e
Previdência Social (Contrab) promove
no dia 16 o Circuito Gestão em Saúde
e Segurança no Trabalho com um seminário técnico, às 16h, no Centro das
Indústrias de Pelotas (Av. Bento Gonçalves, 4.825, junto ao parque do Sesi).
Informações: (51) 3347-8871.
Moda e Design
O Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai-RS), por meio da unidade de Moda e Design, estará nos dias
21, 22 e 23 em Caxias do Sul para
participar do “Integra Moda Serra
Gaúcha”, na CIC (Ítalo Victor Bersani,
1.134). A participação do Senai-RS será
através da exposição do trabalho “Gaia”
e da palestra “Design Influenciado pelo
Ambiente”, proferida pelo técnico do
Senai Marcos Antônio Hamerski, no dia
22, às 17h30min.
Supersimples precisa
ser aprimorado
A FIERGS propõe ajustes no Simples
Nacional (ou Supersimples), que unificará nove impostos e contribuições, e
cujo prazo para adesão dos empresários
foi prorrogado até 15 de agosto. O
presidente da entidade, Paulo Tigre,
defende uma ampliação do leque de
empresas beneficiadas com a medida.
“Temos que ajudar as micro e pequenas
empresas para que não voltem à informalidade. Mas entendemos que é preciso abrir essa base e incluir também as
médias indústrias, que formam um forte
alicerce da economia nacional”, afirma
o industrial.
Segundo Tigre, outra preocupação é
com o fim do Simples estadual, que o
Governo não renovou após entrar em
vigor o programa federal. “Isso acirrará
ainda mais a guerra fiscal entre os estados, pois outros mantiveram seus incentivos regionais. Sendo assim, as indústrias
gaúchas serão prejudicadas na concorrência”, explica. O industrial lembra que
apesar das micro e pequenas empresas
responderem por apenas por 3% do que o
Estado arrecada, elas geram 50% dos empregos no Rio Grande do Sul. “Desta
forma, todo o esforço que vem sendo
feito pelos governos Estadual e Federal
para evitar a informalidade não terá os
resultados esperados”, alerta o presidente da FIERGS. Paraná, Bahia, Amazonas e Alagoas possuem o Simples regional
e outros estados estão em fase de implantação do benefício.
Para esclarecer dúvidas e melhor orientar sobre o assunto, a FIERGS, em
parceria com o Serviço de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas (Sebrae/RS), oferece um simulador para que a empresa
avalie a opção ou não pelo novo regime de
tributação, disponível no endereço eletrônico www.fiergs.org.br/snacional.
Pelas regras determinadas pela nova regulamentação, poderão aderir ao Supersimples as microempresas com receita
bruta anual de até R$ 240 mil ou aquelas
de pequeno porte com receita bruta
anual de até R$ 2,4 milhões. Pelo Simples
anterior, que vigorou até junho, o teto
era de R$ 1,2 milhão.
Federasul faz homenagem
aos 70 anos da FIERGS
A FIERGS foi homenageada pela Federasul na quinta-feira (dia 1º), durante a
tradicional reunião-almoço Tá na Mesa. Representada pelo vice-presidente Humberto
Busnello, a entidade recebeu do presidente em exercício da Federasul, José Américo
da Silva, uma placa comemorativa. “Estamos construindo um mapa que nos levará ao
ano de 2020 tendo transformado o Rio Grande do Sul no melhor Estado para se viver
e trabalhar. Com seus 70 anos de experiência, a FIERGS aposta nesse caminho rumo
ao futuro que almejamos para a nossa sociedade”, disse Busnello, no evento.
Foto:Valmoci Vasconcelos
A
Avicultura
O XX Congresso Latino-Americano de
Avicultura, que será realizado de 25 a
28 de setembro, receberá 54 conferencistas do Brasil, Europa, América
Latina, Estados Unidos, Canadá e Tailândia. É uma promoção da Associação
Latino-americana de Avicultura (ALA) e
FIERGS. O evento será no Centro de
Eventos da Federação das Indústrias
do Rio Grande do Sul. Informações:
www.avicultura2007.com.br.
Humberto Busnello (E) recebe placa pelos 70 anos de atuação da FIERGS
Sistema FIERGS participa
de feira da Construção Civil
RS, está com um estande na 10ª Construsul, com participação da escola Nilo
Bettanin, Senai Mauá e do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL). O público encontra no espaço demonstração
de painel de eletricidade e apresentação
dos cursos realizados pelas unidades para
o setor da construção. Além disso, o
CNTL promoveu a palestra "Gerenciamento de Resíduos e Produção mais Limpa na
Construção Civil", com a engenheira Liana
Goron.
Foto:Dudu Leal
“Estamos convictos de que qualquer
processo de crescimento econômico do
Rio Grande do Sul e do Brasil passa pelo
setor da indústria da construção”, disse
o presidente da FIERGS, Paulo Tigre, na
abertura da 10ª Construsul, que se realiza
até este sábado (dia 4), no Centro de
Exposições da entidade. Tigre salientou
que há a necessidade de colocar a construção como setor estratégico do desenvolvimento nacional, além da questão do
aporte de recursos para os financiamentos e investimentos setoriais. Lembrou
que o futuro industrial brasileiro será
definido pela inovação e a tecnologia e
que isto vale também para a cadeia produtiva da construção.
A Construsul apresenta novidades do
setor, entre as 14h e às 22h. Também são
realizadas palestras e painéis com temas
técnicos e específicos. No ano passado,
a feira recebeu um público de 65 mil
pessoas e esta edição conta com 456
expositores. Também está acontecendo
a Expo Máquinas – Feira de Máquinas para
Construção, Reflorestamento e Mineração, em sua segunda edição, com a
presença de grandes investidores em
infra-estrutura como incorporadoras,
terraplanagens, concessionárias de rodovias, pavimentadoras, engenheiros e
técnicos.
O Sistema FIERGS, por meio do Senai-
Paulo Tigre (D) destaca a importância do setor para o crescimento do País
Empresas investem pouco
no registro de marcas
De cada 100 empresas que são criadas no Rio Grande do
Sul e registradas nas juntas comerciais, apenas 6% têm suas
marcas protegidas no Instituto Nacional da Propriedade
Intelectual (INPI), em torno de 50% abaixo da média nacional.
O alerta foi dado pelo especialista no assunto, Paulo Afonso
Pereira, da empresa PAP Marcas e Patentes Ltda, durante
reunião de diretorias da FIERGS/CIERGS, na terça-feira (dia
31). “Infelizmente, não temos a cultura da propriedade
industrial. Nem nas áreas econômicas, nem no Judiciário e
pouco se conhece disso no Legislativo. Na maioria das
empresas o tema está no fim da lista das prioridades”, afirma
Pereira.
De acordo com o especialista, marca é fundamental e
deve ser protegida, pois é através dela que a indústria vende
e que os consumidores compram. “Marca representa tudo
aquilo que está por trás do negócio, ou seja, capacitação,
tecnologia, matéria-prima, recursos humanos e logística”,
explica. Conforme Pereira, normalmente as empresas se
preocupam com o assunto apenas em dois momentos: quando estão perdendo suas marcas por falta de proteção e ao
sofrer prejuízos pelo uso indevido de terceiros.
Em relação à pirataria, Pereira explica que a defesa é
complicada, tanto no Brasil quanto em outros países. Mas,
garante que o registro no INPI é o primeiro passo para
estancar um acesso de pirataria ou concorrência parasitária.
“Se não tivermos as nossas marcas e as nossas tecnologias
protegidas, não poderemos nos defender porque estaremos
sem base legal”, conclui.
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Entidade lança programa para economizar energia