UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Talita Rodrigues de Alcantara TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Manual de Procedimentos: sistematização do processo de importação da empresa JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. Organização, Sistemas e Métodos ITAJAÍ (SC) 2011 TALITA RODRIGUES DE ALCANTARA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO MANUAL DE PROCEDIMENTOS: SISTEMATIZAÇÃO DO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO DA EMPRESA JPIERRE CONSULTORIA ADUANEIRA LTDA. Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí. ITAJAÍ – SC, 2011 Agradecimentos especiais: Ao meu marido pelo incentivo, esforço e amor sempre demonstrados para que eu pudesse concluir esta etapa; À empresa JPierre Consultoria Aduaneira Ltda., representada pelos seus sócios, pela oportunidade concedida e apoio para a realização desse trabalho; Ao professor Dr. Luiz Carlos da Silva Flores, pelos seus conhecimentos e dedicação ao orientar-me. Por fim, a todos aqueles que contribuíram diretamente ou indiretamente para a elaboração desse trabalho. “É melhor tentar e falhar, que preocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar ainda em vão, que sentar-se, fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver”. (Martin Luther King) EQUIPE TÉCNICA a) Nome do estagiário Talita Rodrigues de Alcantara b) Área de estágio Organização, Sistemas e Métodos c) Supervisor de campo Julian Pierre da Silva d) Orientador de estágio Prof. Luiz Carlos da Silva Flores, Dr. Eng. Prod. e) Responsável pelos Estágios em Administração Prof. Eduardo Krieger, MSc DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA a) Razão Social JPierre Consultoria e Serviços Aduaneiros Ltda. b) Endereço Rua Joinville, nº 513, sala 01 c) Setor de desenvolvimento do estágio Importação / Documentação d) Duração do estágio 240 horas e) Nome e cargo do supervisor Julian Pierre da Silva f) Carimbo e visto da empresa RESUMO Dentro das mudanças no mundo corporativo e competitividade crescente, demandam organizações que ofereçam serviços com qualidade. Assim, o desenvolvimento de processos delineados e pessoas orientadas no planejamento e organização dos procedimentos necessitam de métodos eficientes. Nesta pesquisa, delimitou-se à elaboração do manual do processo de importação para a empresa JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. Teve como principais objetivos descrever o perfil da empresa, levantar o processo e as atividades de importação, desenhar os fluxogramas do processo e padronizar o processo pelo manual de procedimentos. Para o levantamento dos dados foram utilizados dois instrumentos: a entrevista, com os clientes internos; e a observação direta, fazendo-se anotações das informações sobre os processos e suas atividades do começo ao fim. Pelo tipo de pesquisa e por seu delineamento, as entrevistas foram analisadas qualitativamente. Da mesma forma, as observações registradas pelo proponente. Os resultados obtidos foram satisfatórios, pois permitiram a caracterização da empresa; o desenho do macroprocesso e do processo de importação, detalhando as diversas rotinas no fluxograma. Assim, estas atividades permitiram a elaboração do manual do processo. Constata-se que o manual deve ser revisado e atualizado, pois como em todas as áreas e ao que se refere ao serviço de Despacho Aduaneiro, a precisão das informações são imprescindíveis. Concluindo, os resultados nos permitem ter uma visão maior da descrição dos processos, o que possibilitará uma orientação ao analista da empresa e funcionários envolvidos na execução dos procedimentos, demonstrando a melhor prática de execução para a garantia da qualidade nos serviços e entrega ao cliente. PALAVRAS-CHAVE: OSM; Gerenciamento de Processos; Manual. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1. Relação de participantes ................................................................................ 18 Figura 1. Etapas para a realização da pesquisa ............................................................. 21 Quadro 2. Trabalhos desenvolvidos pela área de OSM ................................................. 27 Quadro 3. Dimensões da qualidade em serviços ............................................................ 32 Figura 2. Representação esquemática de um processo ................................................. 34 Quadro 4. Exemplo de macroprocesso ........................................................................... 35 Quadro 5. Simbologia usada para elaboração de fluxogramas ...................................... 37 Figura 2. O ciclo PDCA ................................................................................................... 38 Figura 3. Dinâmica da construção de conhecimento ...................................................... 43 Quadro 6. Lista de clientes .............................................................................................. 47 Figura 4. Organograma da empresa ............................................................................... 48 Quadro 7. Fatores internos da empresa JPierre Consultoria Aduaneira Ltda ................ 50 Quadro 8. Processo macro de importação ...................................................................... 51 Gráfico 1. Fluxograma da Rotina 1 – Pré-embarque da carga ....................................... 54 Gráfico 2. Fluxograma da Rotina 2 – Pós-embarque da carga ....................................... 57 Gráfico 3. Fluxograma da Rotina 2 – Pós-embarque da carga – MAPA ......................... 58 Gráfico 4. Fluxograma da Rotina 2 – Pós-embarque da carga – Numerário .................. 59 Gráfico 5. Fluxograma da Rotina 2 – Pós-embarque da carga – Transferência ............. 60 Gráfico 6. Fluxograma da Rotina 3 – Pós-chegada da carga ......................................... 62 Gráfico 7. Fluxograma da Rotina 3 – Pós-chegada da carga – ICMS ............................ 63 Gráfico 8. Fluxograma da Rotina 3 – Pós-chegada da carga – DB ................................ 65 Gráfico 9. Fluxograma da Rotina 3 – Pós-chegada da carga – Agência ........................ 67 Gráfico 10. Fluxograma da Rotina 3 – Pós-chegada da carga- Parametrização ............ 70 Gráfico 11. Fluxograma da Rotina 4 – Fechamento ....................................................... 72 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AEB – Associação de Comércio Exterior do Brasil AFRMM - Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante BL – Bill of Lading, ou seja Conhecimento de Embarque CD – Comprovante de Débito DB – Drawback, ou seja Ato concessório D.D.E. – Declaração de Desembaraço de Exportação DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior da SECEX D.I. – Declaração de Importação D.M.M. – Departamento da Marinha Mercante EADI – Entreposto Aduaneiro de Importação, hoje denominado Porto Seco IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ISO – International Standard Organization, organização internacional dedicada à padronização L.I. – Licença de Importação MAPA – Ministério da Agricultura de Produtos Agrícolas MERCANTE – Sistema Eletrônico de Controle da Arrecadação do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante MERCOSUL – Mercado Comum do Sul NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul, nomenclatura de classificação de mercadorias, comum a todos os países membros do Mercosul NVE – Nomenclatura de Valor Aduaneiro e Estatística OSM – Organização, Sistemas e Métodos P.I. – Proforma Invoice, ou Fatura Proforma P.O. – Purchase Order, ou Ordem de Compra R.E. – Registro de Exportação SECEX – Secretária de Comércio Exterior SICAP – Sistema de Acompanhamento de Processos de AFRMM SISCARGA – Sistema Eletrônico on-line de cargas integrado aos diversos módulos do Siscomex SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior TUM – Taxa de Utilização da Marinha SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 12 1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa .................................................. 14 1.2 Objetivos do Trabalho .......................................................................... 15 1.3 Aspectos Metodológicos ...................................................................... 16 1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio .................................................... 16 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ...................................................... 17 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados ................................. 18 1.3.4 Tratamento e análise de dados ............................................................... 20 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................... 22 2.1 Administração: conceitos gerais ......................................................... 22 2.1.1 OSM – Atividade de Consultoria .............................................................. 26 2.2 Administração de serviços ................................................................... 28 2.3 Serviços de Comércio Exterior.............................................................. 30 2.4 Qualidade ................................................................................................ 31 2.5 Gestão de processos ............................................................................. 33 2.6 Ferramentas de Qualidade e do Processo ........................................... 36 2.7 Manualização .......................................................................................... 39 2.8 Gestão do Conhecimento ...................................................................... 41 3 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DE CAMPO ............................. 45 3.1 Caracterização da empresa – JPierre Consultoria Aduaneira ........... 45 3.2 Diagnóstico da Gestão da Empresa ..................................................... 49 3.3 Análise do Processo de Importação ..................................................... 51 3.3.1 Processos de Importação ......................................................................... 52 3.3.1.1 Pré-embarque da carga ........................................................................... 52 3.3.1.2 Pós-embarque da carga ........................................................................... 55 3.3.1.3 Pós-chegada da carga ............................................................................. 61 3.3.1.4 Fechamento ............................................................................................. 71 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 74 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 76 APÊNDICES .......................................................................................................... 79 APÊNDICE 1 – FOLHA DE OBSERVAÇÃO ........................................................ 80 APÊNDICE 2 – MANUAL DE PROCEDIMENTOS ............................................... 82 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ................................................................. 107 12 1 INTRODUÇÃO Diante das mudanças no mundo corporativo e competitividade crescente, num contexto mundial, a agilidade aliada à eficiência e qualidade nos serviços prestados coloca a frente qualquer organização. Assim, decorrente a essa demanda de mercado, verifica-se a necessidade das empresas em oferecerem um serviço de qualidade, o que as fazem buscar instrumentos que visam a auxiliar e atender os objetivos da organização. O êxito almejado de uma gestão empresarial eficaz consiste no aperfeiçoamento de suas técnicas operacionais, transformando as tendências mundiais em conhecimento por meio do gestor, de acordo com sua realidade, que permita facilitar a administração da organização e a gestão de pessoas. Com a abertura de novos mercados, o comércio internacional intensificou-se oportunizando a importação e exportação. A facilidade trouxe a redução de barreiras nesse setor proporcionando um novo ambiente de negócios crescente e competitivo entre as empresas que em meio a outros fatores buscam maior participação de mercado, maior qualidade dos serviços, menores custos e novas parcerias. Compete ressaltar que os mercados externos são o alvo para as empresas nacionais, o que estimula o comércio internacional. De acordo com dados da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) (2010), são identificadas até 2008 no mercado brasileiro 20.408 empresas exportadoras e 33.132 empresas importadoras. É notável que perante os resquícios da crise dos Estados Unidos e atualmente com a da Europa, as projeções feitas em dezembro de 2009 pela AEB para o ano de 2010 foram revistas e favoravelmente prevendo-se que as exportações e importações refletiriam superávit comercial. Assim, mesmo que a crise tenha afetado muitas empresas no Brasil, as expectativas são boas para esse mercado. Neste contexto na cidade de Itajaí/SC, diante de informações do Porto de Itajaí (2010), há empresas prestadoras de serviços ligadas ao Comércio Exterior participantes das intermediações internacionais, destacando-se as tradings companies e os despachantes aduaneiros, sendo que estes últimos possuem cinqüenta e oito empresas no mercado local. 13 A trading company é uma expressão inglesa que se refere a uma empresa especializada em comércio exterior e que possui certos privilégios fiscais no Brasil (LUNA, 2002). Assim, uma empresa que exporta ou importa seus produtos utiliza a trading company para obter essas vantagens. Quanto aos despachantes aduaneiros, de acordo com o Sindicato de Despachante Aduaneiro do Rio de Janeiro (2010), estes profissionais preparam e assinam os documentos necessários para o despacho aduaneiro na importação e exportação, tendo em vista o enquadramento tarifário da mercadoria e providenciando o pagamento dos impostos que venham a incidir eventualmente na operação. Em uma empresa de despacho aduaneiro, o planejamento, a organização e o controle dos processos são fatores críticos para a eficiência de seus colaboradores na realização das rotinas que exigem a execução exata. Para isso, é necessário que os funcionários estejam capacitados e informados a respeito dos procedimentos internos de execução das rotinas aduaneiras, pois estas envolvem os relacionamentos com parceiros, tais como fabricante/importador, agência marítima, portos, entre outros, procurando assim, minimizar erros e prejuízos nos processos, tanto para o cliente quanto para a empresa. Na percepção de Cruz (2000), Organização e Métodos ou Organização, Sistemas e Métodos é o estudo das organizações pela análise de cada uma de suas atividades, com a aplicação de ferramentas da qualidade, com o propósito da criação de procedimentos que possam interligá-los de forma sistêmica. A JPierre Consultoria Aduaneira é uma empresa que desde a sua abertura vem crescendo em número de clientes e de processos, e que busca parcerias competentes que agreguem, como também está em busca da padronização de seus processos. A empresa está há quase três anos no mercado situado na cidade de Itajaí, e até o presente momento não possui procedimento padrão do processo operacional, o que afeta a execução das atividades rotineiras do setor de importação. Os problemas decorrentes da falta de padronização dos processos destacam-se na necessidade de relatar os procedimentos passo a passo, desde seu início, com clareza, porque o atraso nas correções dos documentos como também na emissão poderá acarretar demoras na execução dos processos, do início ao fim, 14 gerando prejuízos financeiros ao cliente tanto no quesito moral, quanto na desconfiança dos clientes. Desse modo, com o presente trabalho de estágio pretendeu-se conhecer os processos, identificar suas fragilidades, indicar correções e a padronização dos mesmos pela técnica de elaboração de manuais, criando-se também critérios e controle para a manutenção dos mesmos. 1.1 Problema de Pesquisa / Justificativa O problema de pesquisa é o ponto de partida e parafraseando Roesch (2007), um problema pode ser uma situação não resolvida, mas também a identificação de oportunidades até então não percebidas pela organização. Nota-se que as circunstâncias das empresas de despacho aduaneiro, com relação a seus processos operacionais não possuem sistematizados os procedimentos para execução das atividades internas e a utilização de métodos administrativos é descartada. Diante do exposto, o problema de pesquisa que orientou este estudo foi: até que ponto o manual de procedimentos pode ajudar na garantia da qualidade do processo de importação da JPierre Consultoria Aduaneira Ltda.? Sendo assim, este trabalho exprime argumentos que justificam o estudo proposto apontando reflexões sobre o tema escolhido pela análise de uma situaçãoproblema e o que originou o tema dessa pesquisa. Justificar é apresentar razões a própria existência do projeto! Esta seção é importante porque, por um lado, obriga o autor a refletir sua proposta de maneira abrangente e, por outro, o faz situar-se na problemática. Em termos gerais, é possível justificar um projeto através de sua importância, oportunidade e viabilidade. Estas dimensões muitas vezes estão interligadas; entretanto, é possível fazer algumas distinções (ROESCH, 2007, p. 319). Este trabalhou justificou-se por três aspectos. Primeiro, por possibilitar à organização verificar a probabilidade de melhoria da qualidade de serviço pelo estudo do processo e da manualização dos procedimentos, oferecendo aos funcionários, novos ou antigos, a aprendizagem do expediente interno, ajudando assim, a JPierre Consultoria Aduaneira na organização e administração de seus 15 processos internos. Assim, com este trabalho de estágio, acreditou-se na oportunidade para a empresa JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. em melhorar a sua competitividade e qualidade dos serviços. Oferecer oportunidade para a acadêmica aplicar na prática, ainda estando na universidade, o que aprendeu durante o curso na instituição de ensino como a vivência com os professores, atingindo crescimento profissional através do conhecimento obtido no curso de Administração. Agregar à universidade conhecimento na área da ciência da Administração através do estudo de caso realizado em uma empresa da região. Propor um plano de implementação na empresa estudada, tendo em vista que se sentia a necessidade por parte do gestor para obter um nível de qualidade maior na execução nos processos de rotina do setor de importação, mas até o momento este trabalho não havia sido estudado e conseqüentemente proposto. A realização desta pesquisa foi viável, pelo acesso que a pesquisadora teve aos dados da organização, facilitando com o objetivo de contribuir com um trabalho e estudo prático, no qual a organização poderá utilizar para melhoramento dos métodos internos. 1.2 Objetivos do Trabalho O objetivo geral visa orientar o caminho que deve ser tomado ao longo do trabalho, podendo muitas vezes encaminhar a uma reflexão dos dados utilizados. Para exemplificar essa ideia Roesch (2007, p. 94), expõe o seguinte: Um objetivo é definido como “alvo ou desígnio que se pretende atingir” (Novo Dicionário Aurélio, 1986). Esta definição tem duas implicações importantes. A primeira é que, ao formular objetivos, o autor do projeto está fixando padrões de sucesso pelos quais seu trabalho será avaliado; a segunda é que a formulação de objetivos leva o autor do projeto a perceber as etapas contidas em seu trabalho, isto é, os objetivos orientam a revisão da literatura e a metodologia do projeto. Este Trabalho de Estágio tem como objetivo geral elaborar o manual do processo de importação para a empresa JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. Para atender o que foi apresentado acima, definiu-se os objetivos específicos: 16 - Descrever o perfil da empresa; - Levantar o processo e as atividades de importação; - Desenhar os fluxogramas do processo; - Padronizar o processo pelo manual de procedimentos. 1.3 Aspectos Metodológicos A metodologia deste trabalho de pesquisa é apresentada nos itens a seguir e tem como finalidade “avaliar, analisar e estudar os vários métodos disponíveis pela emissão e aprovação das técnicas, as quais serão aplicadas futuramente, oferecendo algumas formas de divulgação que orientem outras aplicabilidades” (VIEIRA, 1995, p.57). 1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio A tipologia caracterizada neste trabalho de estágio foi a proposição de planos, que visa buscar recomendações para o melhoramento do processo (ALVES, 2003). Contextualizando Roesch (2007), a proposição de planos aponta à apresentação de um plano (processo) ou sistema voltado à solução de problemas organizacionais. Também foi utilizada neste trabalho de estágio a tipologia de pesquisa exploratória e descritiva. Com a pesquisa exploratória o pesquisador tende ao aumento do conhecimento sobre o objeto ou problema pesquisado (MATTAR, 2005). Quanto ao estudo descritivo o objetivo foi delinear “[...] o fenômeno que está sendo pesquisado” (MATTAR, 2005, p. 84). Assim, as pesquisas descritivas não procuram explicar algo ou mostrar relações causais, podendo-se parafrasear Roesch (2007, p.137), que diz: “Pesquisas descritivas não respondem bem ao por que, embora possam associar certos resultados a grupos de respondentes”. Sendo assim, os conhecimentos obtidos com os estudos exploratórios e descritivos permitem elaborar 17 suposições sobre o que foi observada a razão dos fatos, e o que foi descrito (MATTAR, 2005). Este trabalho de estágio com foco no estudo de processo caracterizou-se pelo método predominante qualitativo. Neste sentido, Richardson (2007), sugere que o método qualitativo caracteriza-se pela tentativa da compreensão de maneira detalhada dos fatos e situações características demonstradas pelos entrevistados. Seguindo essa linha de raciocínio, Roesch (2007, p. 126) acrescenta que na pesquisa: [...] é comum que na fase exploratória se utilize a postura própria do método qualitativo de ouvir o que as pessoas têm a dizer e participar de eventos sem a preocupação de que isto possa influenciar os respondentes ou processos em andamento. Como estratégia de pesquisa, foi utilizado o estudo de caso que procurou conhecer o funcionamento do processo de importação. A realização de um estudo de caso pode começar com a definição dos problemas ou temas que possam ser estudados, levando ao desenvolvimento de projeto de estudo de caso (YIN, 2005). O autor comenta que é adequado quando se tem uma pesquisa do tipo “como” ou “por que” utilizar o estudo de caso, porque não exige controle sobre acontecimentos comportamentais e focaliza acontecimentos contemporâneos. Por meio dos procedimentos utilizados nessa pesquisa foi possível examinar as rotinas utilizadas pelo setor de importação, tal como a execução de suas tarefas, a fim de avaliar os dados e pessoas responsáveis pelos documentos de cada processo, com o uso de coleta de informações da JPierre Consultoria Aduaneira. 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa Neste item, são descritas as pessoas envolvidas na elaboração deste trabalho de estágio, sendo os colaboradores da empresa envolvidos nos processos, que contribuirão para a coleta de dados, conforme demonstrado no Quadro 1 abaixo. 18 Cargos Diretores ADM/Financeiro Assistente ADM/Financeiro Importação Exportação Analista de Importação Despachante Aduaneiro Ajudante de Despachante Funções Atuam nas gerências, tem contato direto com os clientes e possuem o poder de decisão. Supervisionar os setores financeiros: contábil e faturamento. E também todo o fluxo de caixa e o faturamento dos processos. Responsável pelas atribuições de Recursos Humanos no que se refere à seleção, entrevista e contratação. Elaborar planilhas para controle dos saldos em aberto, aguardando o pagamento dos clientes. Em caso de pagamentos em aberto, contatar clientes por meio de ligações, enviar boletos vencidos para protesto. Emitir nota fiscal de serviços prestados e boletos para pagamento. Atua juntamente com o Administrativo/Financeiro na contratação de novos funcionários e na parte operacional junto aos setores de Despacho Aduaneiro. Da mesma forma que na importação, o responsável pelo setor de exportação atua juntamente com o Administrativo/Financeiro na contratação de novos funcionários e na parte operacional junto aos setores de Despacho Aduaneiro. Registrar as DI’s; faz classificação fiscal de mercadorias, solicita numerário, pesquisa a legislação especifica e instrui o assistente de importação. Registrar os documentos junto a Receita Federal e assinar esses documentos, representar o cliente perante aos órgãos anuentes quando necessário; acompanhar a carga em vistorias e instruir o ajudante. Assistir o despachante aduaneiro em suas funções, como assinar alguns documentos e acompanhar as vistorias. Quadro 1. Relação de participantes. Fonte: Elaborado pela acadêmica. Para este tipo de pesquisa de estudo de processo utilizou-se uma amostra não-aleatória ou intencional, envolvendo as pessoas que operam na área que possuem conhecimento e potencial para contribuir com o estudo. Para Richardson (2007), a amostra intencional é caracterizada como aquela que utiliza elementos que vão formar a amostra, possuindo certas características criadas no plano e nas hipóteses estabelecidas pelo pesquisador. 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados Após a definição da descrição do contexto e participantes desse trabalho de estágio, ou seja, apontando quem são as pessoas e as coisas envolvidas como fornecedores de dados assim, também o critério que foram utilizados para a 19 definição dos sujeitos de pesquisa partiu-se para o terceiro ponto que consistiu em delinear os procedimentos e instrumentos de coleta de dados. Neste item descreveu-se as fontes de dados que se dividem em primária e secundária. Os dados primários são aqueles que nunca foram coletados e estão em posse dos pesquisados tendo o objetivo ser coletado especificamente para atender a pesquisa em andamento (MATTAR, 2005). O autor descreve que os dados secundários: [...] são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, às vezes, até analisados, com propósitos outros ao de atender às necessidades da pesquisa em andamento, e que estão catalogados à disposição dos interessados (MATTAR, 2005, p. 142). As fontes primárias são levantadas por meio dos instrumentos de coleta de dados observação direta e entrevista. A observação é uma técnica importante para coleta de dados. Richardson (2007, p. 259), aponta que a observação “é imprescindível em qualquer processo de pesquisa científica, pois ela tanto pode conjugar-se a outras técnicas de coleta de dados como pode ser empregada de forma independente e/ou exclusiva”. Sendo assim, foi utilizada a observação participante, que tem o observador como expectador do fato estudado que se coloca em igual posição e nível dos participantes humanos que compõem o fato a ser analisado (RICHARDSON, 2007). A entrevista é uma das principais técnicas para coletas de dados permitindo a interação entre o entrevistador e o entrevistado, porque leva a um volume maior de informações podendo até aprofundar-se nos dados fornecidos, e fazer correções sobre dados levantados (RICHARDSON, 2007). Dentro das técnicas de levantamento de dados foi utilizada a análise documental, fonte secundária, que permite a coleta de dados em documentos, papel ou mídia eletrônica, tais como relatórios, manuais e normas da organização, políticas, procedimentos, declaração da missão, visão e valores, sites, e-mails entre outros. A análise documental compõe uma seqüência de operações objetivando o estudo e análise de um ou mais documentos para encontrar as situações sociais e econômicas com as quais podem estar relacionadas (RICHARDSON, 2007). Assim, após levantamento dos documentos disponíveis na organização foi feita a análise documental. “Normalmente, tais fontes são utilizadas para 20 complementar entrevistas ou outros métodos de coleta de dados” (ROESCH, 2007, p.165). 1.3.4 Tratamento e análise dos dados Nesta etapa do trabalho a análise de dados permitiu interpretar e explicar os resultados e os objetivos, por meio das fontes utilizadas, proporcionando um melhor entendimento do objetivo, que foi a elaboração do manual de processos para a empresa JPierre Consultoria Aduaneira. Sendo assim, por meio da bibliografia foi realizada a análise metodológica que teve a coleta de dados usada, como fonte os clientes internos e os documentos. Esses dados foram coletados através de entrevistas e documentos. Após passar por essas etapas, foram desenhados os processos, o que facilitou a elaboração do manual. A partir disso, Yin (2005, p. 137), afirma que: “A análise de dados consiste em examinar, categorizar, classificar em tabelas, testar ou, do contrário, recombinar as evidências quantitativas e qualitativas para tratar as proposições iniciais de um estudo”. Os dados analisados ajudaram na definição de quais os procedimentos a serem seguidos para o registro do processo de execução, a fim de que os problemas enfrentados na importação sejam diminuídos, porque o setor terá os procedimentos pré-definidos, o que auxiliará a execução. A Figura 1 a seguir demonstra as etapas descritas anteriormente e que foram utilizadas para realização deste trabalho de estágio. 21 Figura 1. Etapas para realização da pesquisa. Fonte: Elaborado pela acadêmica. Observa-se na figura que, o trabalho teve o início no objetivo, direcionou para as demais etapas de coleta de dados, análise, desenho do processo e elaboração do manual. 22 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste capítulo para discorrer sobre o tema do projeto, a revisão iniciou-se com a administração geral até chegar ao conteúdo pertinente do trabalho, sendo os assuntos relacionados com o objetivo proposto. 2.1 Administração: conceitos gerais A Administração, desde os primórdios do tempo, tem seus conceitos e técnicas utilizadas, consciente ou inconscientemente (MEGGINSON, 1998). Conforme o autor, é identificado ao longo do tempo personagens e civilizações que usavam os princípios de administração e suas práticas. Maximiano (2010) complementa que há um período da administração baseada na história das cidades, governos, exércitos e organizações religiosas chamado de Revolução Urbana. Nos últimos 200 anos a partir da Revolução Industrial, o cenário das organizações e das idéias administrativas tem espaço dominante da empresa industrial. Assim, influenciada pela Revolução Industrial a administração passa a ser desenvolvida por pensadores ingleses, franceses e norte-americanos começando a adquirir o status de ciência (MEGGINSON, 1998). Por meio de Frederick W. Taylor é conhecida a Administração Científica, que enfatizava as tarefas (atividades executadas pelos operários em uma fábrica), e enquanto o movimento era discutido, elogiado e criticado nos Estados Unidos, na Europa outro estudioso ampliava o pensamento administrativo. Henry Fayol estava preocupado com a estrutura e desenvolveu dois conceitos considerados importantes e que contribuem hoje para a Administração; os princípios básicos e as funções básicas de administração (MEGGINSON, 1998). De acordo com as constatações de Maximiano (2010) e Megginson (1998), Max Weber propõe a teoria da burocracia dentro das organizações. Analisando-se mais aspectos de uma organização, surge mais uma teoria: a das relações humanas, aperfeiçoada mais tarde e originando a teoria comportamental que vem 23 seguida pela teoria do desenvolvimento organizacional. Notou-se que era necessário enfatizar o ambiente, com isso surgiu à teoria dos sistemas, sendo completada pela teoria da contingência, voltada para a tecnologia, adotando uma visão geral de tarefas; estrutura; pessoas; ambiente e tecnologia. As experiências vividas no passado trouxeram outros interesses e modificações na história da administração. Atualmente alguns dos princípios e idéias do passado sobre administração são utilizados de alguma forma e tem influência nos conceitos que dispomos hoje. Afirma Megginson (1998), que o desenvolvimento da administração foi gradual e lento durante os séculos, entretanto há conceitos que são utilizados até hoje. Parafraseando Maximiano (2010, p. 6), “a administração é importante em qualquer escala de utilização de recursos para realizar objetivos – individual, familiar, grupal, organizacional ou social”. Para o autor a administração é o principal processo de desenvolvimento e sucesso de uma organização, pois é responsável pelo seu desempenho. A palavra administração surgiu do latim e significa subordinação e obediência executada por aquele que tem a função abaixo do comando de outrem, aquele que presta serviço a outro (CHIAVENATO, 2002). Os autores Robbins e Decenzo (2004, p. 6), conceituam administração como o “processo de fazer com que as coisas sejam executadas, com eficácia e eficiência, por meio de outras pessoas e com elas”. De acordo com os autores, a eficiência e a eficácia caracterizam a tarefa que é realizada e a maneira como está sendo feita. Eficiência é a execução correta de uma tarefa e a eficácia significa fazer uma tarefa atingindo assim, a meta desejada pela organização. O administrador tem como função direcionar o trabalho para atingir os objetivos da organização. A tarefa da administração é atingir os objetivos propostos pela organização através de planejamento, organização, direção e controle, então administrar significa planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos (CHIAVENATO, 2002), sendo estas descritas a seguir. Com o planejamento, a função do administrador é o estabelecimento da missão da organização, propósito e objetivos, determinando as diretrizes indispensáveis para atingí-los. Assim, as outras funções dependem dela, pois sem um planejamento e uma tomada de decisão concisa não serão bem sucedidas e, 24 com isso, um bom planejamento mantém uma execução eficaz (MEGGINSON,1998). A função organização consiste na definição de recursos, tarefas e suas responsabilidades aos grupos e membros (MEGGINSON, 1998). Nessa função o administrador após apresentar e explicar o planejamento aos colaboradores, ele os direciona a fim de alcançarem os objetivos propostos. Propõe Megginson (1998, p. 18), que o administrador tem como função “[...] influenciar os funcionários para alcançar os objetivos, o que envolve a qualidade, o estilo e o poder do líder, e também suas atividades relacionadas à comunicação, motivação e disciplina”. Assim, delineados o planejamento, a organização e a liderança, é importante destacar que sem o controle os anteriores serão ineficazes, porque esta função permite determinar meios para que o desempenho proposto seja atingido (MEGGINSON, 1998). Conforme o autor, o controle condiciona maneiras para um aproveitamento eficaz, pois permite a verificação, ou seja, se a atividade deve ser alterada ou não. Para Robbins e Decenzo (2004), administração geral envolve variadas atividades que compreendem as áreas específicas como financeira, recursos humanos entre outras, concentradas em ações globais, sendo necessário que o administrador esteja preparado para atuar como um líder-gestor possuidor de um extenso conhecimento com capacidade de posicionamento diante de suas atitudes, participando e se envolvendo na solução de problemas da organização. Assim, destaca Robbins e Decenzo (2004, p. 4), que “uma organização é um arranjo sistemático de pessoas reunidas para alcançar algum propósito específico”. É através desse ramo especializado da administração que se oportuniza a seleção e recrutamento de colaboradores com o perfil desejado pela organização. De acordo com Gil (1994), “a administração de recursos humanos é o ramo especializado da Ciência da Administração que envolve todas as ações que tem como objetivo a integração do trabalhador no contexto da organização e o aumento da sua produtividade”. Assim, é perceptível que o trunfo das organizações é o investimento feito nos indivíduos ou funcionários e é a forma para alavancar e potencializar seu mercado e atuação (QUEL, 2006). A maioria das organizações visa obter lucro, a partir disso fica evidente a necessidade de uma área especializada para gerenciar esse setor. A administração 25 financeira é responsável por este setor, ou seja, pelas entradas e saídas de dinheiro da empresa. Então, conforme o tamanho da empresa o papel da administração financeira irá variar. Assim, as funções financeiras podem ser: [...] atribuída à contabilidade ou a um departamento financeiro separado, mas precisa existir, de alguma forma, para fornecer técnicas e habilidades necessárias que possibilitem à empresa maximizar seus retornos dadas a amplitude de suas operações (GITMAN, 2001, p.7). Denota-se que após a organização definir o conjunto de indivíduos que possuem variadas funções com objetivos comuns estabelecidos relacionados com a produção de produtos (bens ou serviços). Juran (1993) nos diz que a empresa que decide oferecer serviço aos seus clientes deve estar preparada para atendê-los em qualquer horário com eficiência, atingindo a satisfação das necessidades dos mesmos. Assim, administração de marketing complementa todas as outras atividades exercidas em uma organização. Como uma ferramenta essencial na manutenção e busca da competitividade na atualidade, faz o papel da administração dos bens e serviços do ponto de vista do cliente. Para complementar Las Casas (1991, p. 12), define marketing como: A área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes as relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização ou indivíduo. Na visão de Dias (1993), a administração de materiais é vista como mais uma área dentro da organização que complementa as outras existentes, pois tem participação total ou parcial das atividades desempenhadas nos departamentos como compras, recebimento, planejamento e controle da produção, expedição, tráfego e estoque. O autor complementa que a administração de materiais é responsável pelo ajuntamento dos materiais de diferentes procedências, a coordenação dessa atividade e a demanda de produtos ou serviços oferecidos pela empresa. Como descrito por Dias (1993, p.12), “a logística compõe-se de dois subsistemas de atividades: administração de materiais e distribuição física, cada qual envolvendo o controle da movimentação e a coordenação demandasuprimento”. Ou seja, todas as funções de logística fazem parte da administração de materiais. 26 Jacobsen (2003) aponta que o objetivo fundamental da logística é atender o seu consumidor final com qualidade, administrando os serviços da empresa e de seus terceiros através de um processo cooperativo e harmonioso que envolve toda a cadeia de demanda e suprimento. 2.1.1 OSM – Atividade de Consultoria As organizações que definem os objetivos a serem alcançados e com o sincronismo das áreas atuantes da administração necessitam procurar por métodos e sistemas para execução de seus serviços com qualidade e agilidade, independente de sua dimensão. Como uma área especializada da administração, a organização, sistemas e métodos visam atender a necessidade da organização de modelagem e a definição e/ou redefinição dos processos e métodos. Organização e métodos (O&M) é uma das funções especializadas de administração e uma das principais responsáveis pela modelagem da empresa, envolvendo, primeiramente, a institucionalização de uma infraestrutura compatível com os propósitos do empreendimento (= O) e, complementarmente, a definição e/ou redefinição dos processos e métodos de trabalho, mecanizados ou não, indispensáveis à efetividade organizacional (= M). A função de O & M, assim, tem como objetivo final a renovação organizacional (CURY, 2005, p. 122) A incorporação da palavra sistemas, ao termo O e M, deu-se pela importância em contemplar nas atividades administrativas, os sistemas de informação pelos fluxos de dados e documentos que são importantes para a tomada de decisão (OLIVEIRA, 2005). Alvarez (1991) define organização, sistemas e métodos como a possibilidade do planejamento e organização utilizando a estrutura de recursos e de operações, delineando procedimentos, rotinas ou métodos a serem seguidos pela a empresa. Assim, podem ser desenvolvidos diversos tipos de trabalhos, dependendo do tamanho da organização representados no Quadro 2 a seguir. 27 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL - acompanhar a criação ou eliminação das unidades; - definir os objetivos de cada unidade, bem como descrever suas funções; - monitorar in loco os trabalhos desenvolvidos sobre a estrutura organizacional; - elaborar, institucionalizar as normas, regulamentos e manuais internos. RACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO - definir o fluxo de documentos e de decisões dos sistemas; - desenvolver estudos dos sistemas e dos processos internos; - melhorar os métodos de trabalho, analisando e criando alternativas; - desenvolver novas opções tecnológicas para os processos internos. - acompanhar e definir os ciclos organizacionais; - analisar as alternativas que possibilitam um crescimento DESENVOLVIMENTO organizacional; ORGANIZACIONAL - avaliar impactos ou desgastes gerados pelas ações e pelos ciclos organizacionais; - analisar a viabilidade econômica para criação de sistemas; - elaborar cronogramas para desenvolvimento organizacional; CONTROLE DE SISTEMAS - avaliar os equipamentos, instrumentos e ferramentas disponibilizadas para desenvolvimento dos processos. - definir e estruturar os dados a nível operacional das informações transacionais; SISTEMAS DE - definir e estruturar as atividades dos sistemas de informações para INFORMAÇÃO integração das informações gerenciais; - definir as informações para auxiliar a organização na tomada de decisão. - participar dos contratos com consultores/analistas externos; CONSULTORIA EXTERNA - monitorar os serviços prestados por terceiros. Quadro 2. Trabalhos desenvolvidos pela área da OSM Fonte: Adaptado de Alvarez (1991) Atualmente, devido as transformações provocadas nas estruturas organizacionais pelo downsizing, reengenharia, qualidade total, as atividades de OSM são tratadas como consultoria organizacional ou consultoria empresarial, ou seja, as empresas preferem contratar uma consultoria externa do que ter uma área estabelecida de OSM em seu organograma. Segundo o Institute of Management Consultants (apud CROCCO; GUTTMANN, 2005, p. 7), consultoria empresarial apresenta-se como: O serviço prestado por uma pessoa ou grupo de pessoas, independentes e qualificadas para a identificação e investigação de problemas que digam respeito à política, organização, procedimentos e métodos, de forma a recomendarem a ação adequada e proporcionarem auxílio na implementação dessas recomendações. Assim, a atividade de consultoria é definida como “um processo interativo de um agente de mudanças externo à empresa, que assume a responsabilidade de auxiliar as pessoas nas tomadas de decisão, não tendo, entretanto o controle direto da situação” (OLIVEIRA, 2005, p. 19). 28 O consultor exerce sua atividade como profissional autônomo, sócio da empresa, funcionário de uma consultoria ou, por vezes, relacionando-se com instituições de ensino e/ou pesquisa. O trabalho se desenvolve também com outros consultores ou firmas de consultoria, devido suas limitações do conhecimento especializado exigido pelo contrato e pelo caráter temporário de sua atividade, que dura o tempo do projeto contratado (CROCCO; GUTTMAN, 2005). Dessa forma, no trabalho do consultor diante das metodologias na consultoria a coleta de dados é uma atividade que convém ou não ampliar, aprofundar, esclarecer, comprovar ou confirmar algumas hipóteses e apontar alternativas e caminhos que devem seguir. Assim, os autores indicam que as maneiras e formas de acumulação desses dados são a entrevista, questionários, análise de documentos e a observação direta. 2.2 Administração de Serviços Juran (1993) salienta que a empresa que decide oferecer serviço aos seus clientes deve estar preparada para atendê-los em qualquer horário com eficiência, atingindo a satisfação das necessidades dos mesmos. De tal modo o autor esclarece que “serviço é o trabalho desempenhado por alguém. O trabalho pode ser dirigido a um consumidor, por exemplo, corte de cabelo, a uma instituição como leasing de computador, ou a ambos como serviços de energia” (JURAN,1993, p. 304). Na percepção de Kotler (2000), o serviço é como qualquer ato ou execução, necessariamente intangível, que um ofereça ao outro e que não resulta na propriedade de nada, ou seja, algo que não se toca. Os serviços caracterizam-se por quatro aspectos principais que os distinguem dos bens físicos: intangibilidade, variabilidade, inseparabilidade e perecibilidade. A intangibilidade faz com que os serviços não possam ser vistos, ouvidos, cheirados ou provados sem antes adquiri-los. Para diminuição das incertezas, os compradores procuram evidências ou sinais na qualidade dos serviços baseando-se nas instalações existentes, nos funcionários, nos equipamentos, no material de 29 comunicação, como nos símbolos e nos preços percebidos (HOFFMAN; BATESON, 2003). Quanto à variabilidade, como os serviços são realizados por seres humanos, nunca serão os mesmos (BITNER, 2003). Então, para o controle da qualidade dos serviços prestados é imprescindível a contratação e o treinamento, assim, padronizando todos os processos e acompanhando a satisfação do cliente. A inseparabilidade caracteriza-se por algo feito ao mesmo tempo, porque os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente. Com esse consumo simultâneo, denota-se que como não há possibilidades da produção em massa, a qualidade dos serviços e a satisfação dos clientes apontam o tempo de execução como fatores decisivos como as ações dos colaboradores e comunicação com a clientela (HOFFMAN; BATESON, 2003). Outra característica dos serviços é a perecibilidade, que na visão dos autores Hoffman e Bateson (2003), é a impossibilidade de armazenar, guardar ou reutilizar excedentes dos serviços. Como o serviço é avaliado principalmente pela sua qualidade, há um momento quando o cliente entra em contato com qualquer setor da empresa e terá nesse instante, baseado no contato, a formação de sua opinião. Esse instante é definido por Albrecht e Bradford (1992); Gianesi e Corrêa (1994), como o momento da verdade, ou seja, é a maneira pelo qual vai ser encarado e se tornará uma experiência positiva ou negativa para o cliente. Este fato, não acontece de forma aleatória e sim com uma sequência lógica e mensurável que o gestor e funcionários podem identificar exatamente por quais pontos são responsáveis. Neste sentido, Albrecht e Bradford (1992), sugerem que um ciclo de serviços deve ser criado. Os autores apontam que um ciclo de serviços é um mapa dos momentos da verdade, logo que vivenciado pelos clientes e é ativado cada vez que um comprador entra em contato com a empresa. O mapeamento dos ciclos de serviços para os vários aspectos da organização é importante, uma vez que a partir dessa técnica pode-se enxergar a empresa pelo ângulo do cliente. 30 2.3 Serviços de Comércio Exterior Os serviços de comércio exterior envolvem uma quantidade de áreas disponíveis para atuação. Algumas dessas atividades são as de trades ou tradings companies, de transportes e logística e a prestação de serviços de despachos aduaneiro (GUIA MARÍTIMO, 2011; KEEDI, 2007). Os trades atuam na importação e exportação, sendo assim, os responsáveis pela compra e venda internacionais da empresa. Nesta atividade é necessário ter conhecimentos em variadas áreas para o exercício adequado da função. Isto envolve conhecer diversos idiomas estrangeiros, a familiarização com os “hábitos, gostos, costumes, símbolos, religiões, leis, etc., do país com o qual está negociando, a fim de poder realizar o melhor trabalho possível” (KEEDI, 2007, p. 92). O autor aponta que é necessário ter conhecimentos técnicos amplos sobre os Termos de Comércio Internacional, conhecidos como Incoterms da CCI – Câmara de Comércio Internacional de Paris, que são ferramentas de venda, entrega e pagamentos internacionais, acrescentando a sua atividade a necessidade de conhecer bem o produto com o qual está lidando. Outra atividade que pode ser exercida na área do comércio exterior trata-se de transportes e logística. O trabalho integrado e conjunto estão cada vez maiores e exige conhecimento do Incoterms. Sob esse prisma, a atuação “pode ser numa empresa exportadora ou importadora, fazendo a parte de contratação de transporte e entrega da mercadoria” (KEEDI, 2007, p. 92). É possível a atuação ainda em empresas de transporte, tendo vários modos disponíveis. Como afirma Keedi (2007, p. 93), “armadores, que podem ser operadores de navios ou não, transportadores rodoviários, ferroviários, aéreos, operador de transporte multimodal, etc.”. O agenciamento de cargas como as de transportes, torna possível a atividade de exportação e importação ao comerciante. Nesse sentido, o profissional vende o serviço, não estando envolvido diretamente com a comercialização de mercadorias. Aqui, tem como função transportar ou auxiliar, realizar operações logísticas, etc. Keedi (2007, p.93) complementa que há mais alguns serviços que podem ser oferecidos como “[...] trabalhar em agências marítimas, agentes de carga 31 aérea, agenciamento de cargas em geral, brokers de carga ou de navios, transitórios de cargas, operadores logísticos, etc.”. Por fim, a outra atividade é a do despacho aduaneiro. O despachante aduaneiro tem como prestador de serviços, a função de representar “a ação nos trâmites legais da entrada e saída de mercadoria num país” (KEEDI, 2007, p. 93). Diante desse fato, o autor demonstra a necessidade de um conhecimento profundo das normas regentes no comércio exterior do país, como os documentos envolvidos para o despacho da mercadoria e os sistemas de registro e controle, sejam manuais ou eletrônicos. Este profissional pode trabalhar numa comissária de despachos ou em empresa de prestação de serviços de comércio exterior. E por fim, outra atividade importante envolve a análise documental de exportação e importação “necessários à saída de mercadoria de um país e sua entrada em outro, cobrança, transporte, etc., como fatura comercial, romaneio, documento de transporte, apólice de seguro, certificado diversos” (KEEDI, 2007, p. 95). O autor sugere a importância para o profissional em ter conhecimento dos documentos que serão legalizados como os trâmites, a localização dos órgãos competentes ou entidades e seus horários de funcionamento e a entrada e liberação dos documentos. 2.4 Qualidade No contexto socioeconômico existente, aqueles que atuam no setor de serviços têm a necessidade de buscar alternativas concretas para a melhoria da qualidade como da produtividade das organizações onde o trabalho é desempenhado, o que garante assim, sobrevivência para “[...] as empresas capazes de oferecer um diferencial [...]” (ARAUJO, 2006, p. 209). Essa visão trouxe as organizações uma grande concorrência ao ponto que no mercado as empresas se mostravam cada vez mais preocupadas e aptas a investir em algo antes ignorado: os clientes (ARAUJO, 2006). Então seguindo essa linha Paladini (1995, p. 13) acrescenta que “a qualidade começa e termina no cliente”. 32 Deste modo pode-se notar que a qualidade consiste na eliminação do retrabalho, ou seja, refazer o que já foi feito devido a impropriedades ou erros e o desejo incontrolável pelo “defeito zero” e ressaltando conforme Araujo (2006, p. 211) “que são regras inafastáveis para as organizações que desejem permanência e lucro”. Mas, Barros (apud ARAUJO, 2006, p. 211) ressalta que: [...] é preciso diferenciar o conceito de qualidade. [...] existem dois pontos de vista por meio dos quais a qualidade pode ser visualizada: a qualidade do ponto de vista de quem produz e a qualidade do ponto de vista de quem consome. A primeira, a que o autor denomina visão objetiva, diz respeito a normas e procedimentos de fabricação. Nesse sentido, qualidade seria estar em conformidade com especificações determinadas para a produção ou para a chamada “garantia técnica de bom desempenho do produto”. A segunda, [...] constitui a visão subjetiva da qualidade e concerne ao que o cliente espera do produto em suas mãos. Assim, a qualidade seria adequarse às expectativas dos clientes. E para definirmos os critérios utilizados pelos consumidores é a sua preferência pela compra de seu produto no lugar do produto de seu concorrente (CROSBY, 1994). Por meio de pesquisas realizadas ao longo dos anos por pesquisadores de marketing foram identificadas as dimensões da qualidade em serviços. Essas dimensões são encontradas no Quadro 3 abaixo. DIMENSÕES DA QUALIDADE EM SERVIÇOS DEFINIÇÕES - Envolve a capacidade de oferecer o serviço prometido com confiança e exatidão. O desempenho de um serviço confiável é uma expectativa Confiabilidade do cliente sendo identificado por ser um serviço dentro do prazo, sem modificações e sem erros. Responsabilidade - Disposição em auxiliar os clientes e dispor o serviço prontamente - É o conhecimento e a afabilidade dos funcionários como sua capacidade de transmitir confiança e confidencialidade. A segurança envolve mais características como: competência para executar o Segurança serviço, cortesia e respeito ao cliente, comunicação com o cliente e demonstração de que o funcionário está interessado no melhor para o cliente. - A demonstração de interesse e atendimento personalizado aos Empatia clientes. Tem como características agregadas: a acessibilidade, sensibilidade e esforço para atender as necessidades dos clientes. - É a aparência das instalações físicas, equipamentos, pessoal e Tangibilidade materiais para comunicação. Quadro 3. Dimensões da qualidade em serviços Fonte: Adaptado de Fitzsimmons e Fitzsimmons (2003) A qualidade total não é produzir produtos sem nenhum defeito, mas sim, de acordo com Lacombe e Heilborn (2003), um sistema de administração com o 33 objetivo de atingir a qualidade em todas as suas áreas de atuação. O foco no cliente, no mercado, e a qualidade no produto ou serviço oferecido deve ser o objetivo a ser atingido pela organização. Assim, a gerência da qualidade garante que as atividades sejam desenvolvidas de acordo com o planejado pela organização evitando problemas futuros (CROSBY, 1994). Outra contribuição relevante é a de Cordeiro (2004), que ressalta que a gestão da qualidade só é total por dois motivos: primeiro não deverão existir lacunas e sim clientes totalmente satisfeitos e segundo todos os departamentos e funcionários devem trabalhar de maneira integrada para preencher essas lacunas que ficam ao longo do tempo. Desta maneira, toda organização procura atingir a qualidade, por meio de seus métodos administrativos, objetivando aumentar sua produtividade, ou seja, produzir cada vez mais e/ou melhor. 2.5 Gestão de Processos O processo é a forma pela qual um conjunto de atividades cria, trabalha e transforma insumos com a finalidade de produzir bens ou serviços, que tenham qualidade assegurada, para serem adquiridos pelos clientes (CRUZ, 1997). A ISO 9000 (apud MELLO, 2007, p. 43), aponta que não existe produto ou serviço sem que exista um processo. Definindo assim, que processo envolve qualquer atividade, ou conjunto de atividades que usa recursos para transformar uma entrada (input) em uma saída (output). Complementando sobre as entradas e saídas Mello (2007, p. 51), afirma: As entradas e saídas de um processo podem ser tangíveis ou intangíveis. Exemplos de entradas e saídas podem incluir equipamentos, materiais, informação, [...], entre outros. Para desempenhar as atividades dentro de um processo devem ser alocados os recursos apropriados. Um sistema de medição pode ser usado para coletar informações e dados a fim de analisar o desempenho do processo, bem como as características das entradas e saídas. 34 Ilustrando o que o autor expõe segue abaixo a Figura 2. Roteiro (“Maneira especificada de realizar um processo” - pode ou não ser documentado) Entrada (Inclui recursos) Processo (“Conjunto de atividades inter-relacionadas e interativas”) Saída Produto (Resultado de um processo) Oportunidades de medição e monitoramento (Antes, durante e depois do processo) Figura 2. Representação esquemática de um processo. Fonte: ISO (apud MELLO, 2007, p.52) Ainda devem-se ressaltar as ideias de Harrington (apud MELLO, 2007, p. 44), que processo é uma das atividades-chaves para o funcionamento de uma organização, fundamentais na sua administração e/ou operação. Assim, a identificação dos principais processos de uma organização deve responder a duas perguntas: “O que fazemos como empresa?” e “Como fazemos isto?”. Cabe complementar que processo visa atingir um ou mais objetivos predefinidos (SORDI, 2008). E essas atividades podem ser executadas manualmente ou com ajuda tecnológica. Nos ambientes em que os funcionários desconhecem os processos de trabalho, há probabilidade de ocorrerem erros, atrasos na entrega e equívoco de informações, a insatisfação do cliente é bem maior. Isto ocorre porque os colaboradores conhecem somente a sua função, como dizem “fazem a sua parte”, desconhecendo as outras fases, pelas quais um produto ou serviço passa até chegar ao seu destino final: o consumidor. Sendo assim, a organização deve definir padrões para a execução dos processos com a finalidade de melhorar o fluxo do trabalho, auxiliando também os funcionários no desempenho de suas tarefas com confiança, responsabilidade e conquistando uma excelente execução (CAMPOS, 1994). Com o intuito de alcançar as metas traçadas, utiliza-se o macroprocesso. Este é a “representação esquemática da seqüência de processos que levam a um resultado esperado (efeito desejado)” (MELLO, 2007, p. 36). Geralmente, é 35 representado por uma tabela, que expõe os principais processos referentes às unidades de negócios. É escrito de maneira resumida Consiste em escrever de maneira concisa o trabalho feito pelo setor. A seguir, representa-se um exemplo no Quadro 4, de um macroprocesso de uma unidade de negócios. Fornecedores • Inspeção de Recebimento • Processo • Estoque de matéria-prima • Fornecedor Externo Insumos • Peças semiprontas • Programas • Dispositivos • Desenhos • Matéria-prima • Ordem de produção ( OP) • Instrumento de medição e calibres • Energia • Aessul • Rener • Tinta • Inspeção de Recebimento • Peças compradas • Peças tratadas superficialmente • OP montagem • Instruções operacionais de Montagem • Instruções operacionais de teste • Embalagem •PCP Macroprocessos Produto • Peças para Tratamento Superficial Cliente • Expedição • OP usinagem e Montagem • Válvulas embaladas • Engenharia de Aplicação • Engenharia de Produto • Recebimento Quadro 4. Exemplo de Macroprocesso Fonte: Mello, 2007, p. 46 Portanto, “a gestão por processos é a metodologia para contínua avaliação, análise e melhoria do desempenho dos processos-chaves da unidade de negócio” (MELLO, 2007, p. 55), ou seja, satisfazendo as partes interessadas, como os colaboradores, os clientes, os fornecedores entre outros e redução de custos e tempo pela diminuição de retrabalho. 36 2.6 Ferramentas de Qualidade e do Processo Uma organização que almeja melhorar continuamente a eficácia de seus processos com a qualidade inclusa utiliza meios para que possa auxiliá-la nesse quesito. Para atingir esse resultado, são utilizadas ferramentas de qualidade e do processo (CURY, 2005; MELLO, 2007). Algumas ferramentas de qualidade e processo usadas para o auxilio são fluxograma, 5W e 2H e PDCA. A ferramenta de qualidade e processo mais utilizada nas organizações é o fluxograma. Esta técnica visa à representação gráfica apresentando a seqüência de um trabalho, delineando as operações, os responsáveis e/ou unidades organizacionais que possuem envolvimento no processo (OLIVEIRA, 2005). Ainda de acordo com esse autor, tem-se nessa ferramenta a expressão de racionalidade, lógica, clareza e síntese nas rotinas ou procedimentos em que documentos estão envolvidos, informações recebidas, processadas e emitidas, assim, respectivamente como seus responsáveis e/ou unidades organizacionais. Diante deste fato, ela é um indicador de qualidade interna, pois é feita pela padronização e o fluxograma é o instrumento ideal para viabilizá-la, porque auxilia a organização a definir quais são os processos e as tarefas que tem prioridade e é utilizado para aumento da produtividade (CAMPOS, 1994). Com isso os fluxogramas tendem a mostrar a maneira como são feitas as coisas, não possuindo interferência ou opiniões de outros, referente ao modo pelo qual se diz que as façam, mas como “uma fotografia exata de uma situação real em foco” (OLIVEIRA, 2005, p. 253). Isso remete à visualização da circulação de papéis e formulários entre as unidades da organização e até mesmo entre as pessoas. Conseqüentemente é possível identificar os movimentos contraditórios e desperdícios de recursos materiais e humanos. Então seguindo a mesma lógica, Oliveira (2005, p. 253), expõe que: Por meio de uma completa, ordenada, detalhada e fidedigna disposição de fatores pertinentes ao funcionamento de uma empresa, os fluxogramas auxiliam a descobrir os pontos que, representando falhas de naturezas diversas, podem responder pelas deficiências constatadas na execução dos trabalhos. Um fluxograma pronto abrange grande número de operações, em um espaço relativamente pequeno. 37 Para a elaboração dos fluxogramas para mapeamento dos processos, são utilizados alguns símbolos para representar cada etapa e cada atividade, como representado no Quadro 5 Nº Símbolo Significado 1 Identifica o início e o fim do processo. 2 Identifica cada atividade (ação) do processo. 3 Identifica uma decisão. 4 Identifica um documento ou registro gerado ou usado na ação. 5 Identifica uma conexão. 6 Identifica o armazenamento de um documento. 7 Identifica o arquivamento de um documento. 8 Identifica um sistema. 9 Indica o sentido do fluxo do processo. Quadro 5. Simbologia usada na elaboração de fluxogramas. Fonte: adaptado de Mello (2007, p. 56) A ferramenta da qualidade “5W2H” funciona como um plano de ação simplificado. É um método poderoso, que está à disposição de todos os colaboradores da organização. Desta maneira são utilizadas as seguintes perguntas para verificação: O que fazer (What), Onde (Where), Por que (Why), Quando (When), Quem (Who) e Como (How) (CAMPOS, 1994). Já, ciclo de PDCA está presente em todas as áreas, profissional ou particular, usada conscientemente ou inconscientemente, formal ou informalmente, em tudo que se faz. “Quando atividade, não importa o quão simples ou complexa ela seja, pode ser gerenciada por meio deste conceito” (MELLO, 2007, p. 53). Essa é mais uma ferramenta de qualidade e processo. Assim, na gestão de qualidade o PDCA, “é um ciclo dinâmico que está associado com planejamento, implementação, controle e melhoria contínua dos processos de realização do produto e do sistema de gestão de qualidade” (MELLO, 2007, p. 53). De acordo com a Figura 2, o ciclo PDCA é composto de quatro fases. 38 Figura 2. O ciclo PDCA Fonte: CAMPOS, 2004, p. 34 Por meio desse ciclo, Mello (2007), apresenta as quatro etapas do ciclo PDCA. A primeira etapa consiste no planejamento. Pode ser definido como a etapa que estabelece os objetivos e os processos necessários para atingir os resultados conforme os requisitos dos clientes e políticas da organização. A segunda etapa é a de execução. Nesse momento os processos são executados. A terceira etapa denominada de verificação envolve o monitoramento e medição dos processos e produtos relacionados às políticas, objetivos e requisitos para o produto e deve ser registrado o resultado. Na quarta etapa é o momento para atuar corretivamente. A partir dessa etapa são tomadas ações para o melhoramento do desempenho do processo. Quando se refere a ciclo PDCA, na mesma linha de pensamento, Araujo (2006, p.211), afirma que: Representa um processo cíclico direcionado à melhoria, em que a primeira etapa consiste em planejar (plan), seguida pela etapa de ação ou execução do planejado (do), pela etapa de verificação dos resultados até então obtidos com as ações planejadas e executadas (check) e pela etapa de implementação final do idealizado como mudança, após as considerações sobre eventuais acertos (act). Essa é a técnica mais famosa e usada em gestão pela qualidade total. Com a aplicação dessa ferramenta a manutenção e melhoria contínua do processo têm a possibilidade de serem atingidas em todos os níveis da organização (MELLO, 2007). 39 2.7 Manualização As ferramentas de qualidade e processo auxiliam a manualização dos procedimentos, pois através dessas ferramentas é possível estruturar a padronização delineando as rotinas de trabalho de maneira eficaz, fornecer suporte aos funcionários com um plano de ação simplificado e acompanhar para garantir a excelência desde o planejamento, implementação e controle. A partir deste contexto, os manuais são documentos elaborados dentro de uma empresa com a finalidade de uniformizar os procedimentos, sendo um ótimo instrumento de racionalização de métodos e aperfeiçoamento do sistema de comunicações, favorecendo assim, a integração dos diversos subsistemas organizacionais (CURY, 2005). Assim, Araujo (2001, p. 107), aponta que: “O objetivo da manualização é permitir que a reunião de informações dispostas de forma sistematizada, criteriosa e segmentada atue como instrumento facilitador do funcionamento da organização”. Complementando o autor afirma que o manual é um instrumento de permanente consulta e deve ser elaborado de maneira que não limite a criatividade dos usuários. Nesse conceito os manuais são instrumento do sistema de comunicação empresarial. Robbins (apud PINHO, 2006, p. 29), diz que comunicação organizacional tem como funções dentro de uma organização, o controle, a motivação, expressão emocional e informação. Afirma ainda que para que os grupos tenham um bom desempenho, é necessário algum tipo de controle sobre os envolvidos, estimulando-os ao esforço, oferecendo meios para que se expressem emocionalmente e tomem decisões. Estes autores Richmond e McCroskey (apud PINHO, 2006, p. 29), reconhecem mais funções dentro do contexto empresarial como informação, regulação, integração, gerenciamento, persuasão e socialização. Assim, explicam que a comunicação focada nas pessoas que trabalham juntas e que possuem tarefas coordenadas com precisão, o faça para que todos saibam quais as responsabilidades de cada um. A partir desse contexto, os manuais tornam-se parte da comunicação, sendo um dos canais e instrumento (PINHO, 2006). 40 Na percepção de Oliveira (2006), os manuais devem atender alguns requisitos: as necessidades reais da empresa; diagramação estruturada para suas finalidades; redação simples, eficiente e clara, e com um bom índice; instruções necessárias e suficientes; de fácil acesso para todos os funcionários que dele necessitam; utilização correta pelos usuários dos sistemas abordados; flexibilidade; e um processo contínuo de atualização. Para atender as várias necessidades da empresa existem alguns tipos de manuais, tais como: manual de processos, manual de organização, de normas e procedimentos, de políticas e diretrizes, de instruções especializadas, do empregado e de finalidade múltipla (OLIVEIRA, 2006). De acordo com D’Ascenção (2001), define-se manual de processos como um conjunto de normas, diretrizes, objetivos, instruções e orientação para todos os funcionários da organização indicando o que deve ser feito, como, onde, quando, quem deve fazer e por que é feito. Para Oliveira (2006, p. 357), o manual de normas e procedimentos objetiva “descrever as atividades que envolvem as diversas unidades organizacionais da empresa, bem como detalhar como elas devem ser desenvolvidas”. Abaixo estão algumas de suas finalidades: a) veicular instrução corretas aos preparadores das informações para serem processadas por um centro de serviços; b) proporcionar, por intermédio de uma ou mais unidades organizacionais, métodos que possibilitam a execução uniforme dos serviços; c) atribuir às unidades organizacionais competência para definição das informações que são incluídas no manual e; d) coordenar as atividades das unidades organizacionais, permitindo a consecução racional dos propósitos da empresa. O autor ainda descreve os principais elementos que fazem parte do manual de normas e procedimentos: - Normas: é a indicação de quem executa ou pode executar – pessoa ou unidade organizacional – os diversos trabalhos do processo administrativo. - Procedimentos: é a indicação de como são executados os trabalhos dentro do processo administrativo. - Formulários: é a indicação dos documentos que circulam no processo administrativo, bem como da forma de manipulação. - Fluxogramas: é a indicação dos gráficos representativos dos diversos procedimentos descritos. 41 Conforme Oliveira (2006, p. 362), os manuais, normalmente, possui as seguintes partes básicas: “índice numérico ou sumário, apresentação, instruções para uso, conteúdo básico, apêndice ou anexo, glossário, índice temático e bibliografia”. De acordo com Campos (1994), a organização deve estar atenta para que também os funcionários procurem seguir os procedimentos, não é porque nada está acontecendo de errado faz algum tempo que os mesmos devem ser abandonados. Depois de algum tempo muitos funcionários por fazerem uso do mesmo método, acreditam estar preparados para desempenharem a sua função sem o auxílio de manuais. Complementando, Cury (2005), afirma que essa relativa duração dos documentos incutidos nos manuais não os eterniza e sim pelo contrário, os manuais devem ser encarados como um instrumento executivo-normativo que tem a utilidade para a organização a sua flexibilidade e rapidez em se adaptar às mudanças que ocorrem em qualquer matéria que os integram. 2.8 Gestão do conhecimento É notável que o manual de procedimentos seja baseado no conhecimento dos envolvidos no processo. Como descreve Stewart (1998), existe uma percentagem que cresce de trabalhadores que usam a informação e o conhecimento como fontes de matéria-prima e produto de seu trabalho. E a manualização é o conhecimento delineado por estes e o resultado do uso dessa fonte. Assim, a elaboração do manual de instruções utiliza o capital intelectual para descrever os processos, porque é por meio do conhecimento que surge essa possibilidade de expansão, transformação e/ou criação desse documento. O conhecimento é definido por Davenport e Prusak (apud BURNHAM; ALVES; MORAES; MORAES, 2003, p. 9), como: [...] uma mistura fluída de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele 42 costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais. Quel (2006, p. 18), parece corroborar quando expõe “uma linha inspirada nas inferências” baseada na junção de conceitos de outros autores afirmando que o conhecimento: [...] é um estado provisório de aceitação e percepção da realidade de um objeto ou evento, estado este articulado em uma estrutura cognitiva própria, gerada pela experimentação e interação do indivíduo com o ambiente no qual ele e o objeto/evento estão inseridos. Assim, o autor conclui que o conhecimento é uma riqueza do indivíduo que existe até o momento que a retém. Partindo desse pressuposto o capital intelectual tem em sua composição os conhecimentos tácitos (adquiridos pela experiência vivida pela pessoa, está na sua mente) e explícitos (estruturados, já está escrito em alguma forma de informação, e pode ser adquirido por quem tiver interesse) (SORDI, 2008). Nonaka e Takeushi (1997) parecem corroborar quando afirma que dentro do processo do conhecimento pode-se dividi-lo em quatro maneiras de conversão: a socialização, a combinação, internalização e externalização. A socialização envolve a geração de conhecimento tácito a partir do tácito, ou seja, de uma pessoa a outra. Isso ocorre pelo compartilhamento de experiências entre pessoas. Com a combinação acontece a conversão do conhecimento explícito adquirido por um indivíduo agregando ao conhecimento explícito da organização. Na internalização temos a transformação do conhecimento explícito em tácito. Entretanto, para que se torne tácito é indispensável a verbalização e diagramação sob a forma de manuais, documentos ou práticas. Isto ajuda os envolvidos a internalizarem as experiências dos outros. Por fim, temos a externalização que consiste no conhecimento tácito convertido em explícito por meio de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. Assim, representa-se na Figura 3 a seguir, sinteticamente como funciona a dinâmica da construção de conhecimento e os resultados que proporcionam no meio organizacional, por Nonaka e Takeushi (1997). 43 Figura 3. Dinâmica da construção de conhecimento Fonte: Adaptado de Nonaka e Takeushi (1997) Observa-se na figura que por meio da construção do conhecimento se faz necessário o gerenciamento desse principio ativo no cotidiano das empresas. Assim, “a gestão do conhecimento é o conjunto de estratégias para criar, adquirir, compartilhar e utilizar ativos de conhecimento, bem como estabelecer fluxos que garantam a informação de qualidade a fim de auxiliar a geração de ideias” (VALENTIM, 2004, p.1). Possuindo como foco o capital intelectual. Na percepção dos autores Davenport e Prusak (apud BURNHAM; ALVES; MORAES; MORAES, 2003, p. 2), a experiência e o know-how dos funcionários nas organizações passam a ser valorizadas. Seus conhecimentos tácitos são construídos pelas rotinas e práticas a produção de bens e serviços como o relacionamento com os clientes e fornecedores da organização. Nisso implica, como descrito por McGee e Prusak (apud BURNHAM; ALVES; MORAES; MORAES, 2003, p. 2), em um desafiante processo de criação e implantação de procedimentos que gerem, armazenem, organizem, disseminem e apliquem o conhecimento desenvolvido e usado na empresa de modo metódico, explícito, confiável e acessível a todos dentro da organização. Diante do exposto, pode-se concluir que a manualização e o conhecimento se complementam no cenário da organização. O uso desses conceitos tornam possível a identificação e mapeamento dos ativos intelectuais ligados à empresa; 44 geram novos conhecimentos oferecendo vantagens competitivas no mercado; tornam acessível uma gama de informações corporativas e compartilha as melhores práticas associando uma tecnologia que torna tudo isso possível (BARROSO; GOMES, 2000 apud BURNHAM; ALVES; MORAES; MORAES, 2003, p. 2). 45 3 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DE CAMPO Este capítulo apresenta no primeiro momento a história da empresa, apresentando os seus principais clientes, concorrentes, a missão, visão e valores, assim como seu organograma, número de funcionários e suas funções. No segundo momento, são relatados os resultados desta pesquisa, decorrentes dos métodos escolhidos como a observação participante e entrevistas, com as pessoas que realizam as atividades na empresa. 3.1 Caracterização da Empresa – JPierre Consultoria Aduaneira A JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. iniciou suas atividades com um único cliente e seu fundador como funcionário, em 29 de outubro de 2008. A organização está estabelecida na Rua Joinville, número 513, sala 01, no Centro da cidade de Itajaí – Santa Catarina. Foi fundado pelo empreendedor Julian Pierre da Silva que ambicionava abrir sua própria organização, atuando na área de comércio exterior, nos principais setores de despacho aduaneiro, aproximadamente há 10 anos. No começo das atividades a empresa prestava apenas os serviços de despacho aduaneiro no setor de importação. Atendendo as necessidades de mercado e assim com o aumento da carteira de clientes passou a oferecer mais serviços. A empresa está localizada na cidade portuária de Itajaí, que possui um dos maiores portos do sul do Brasil – Porto de Itajaí, e tem proximidade também com a Portonave, localizado na cidade vizinha Navegantes, ambos de suma importância para o desenvolvimento econômico do MERCOSUL. Para o andamento das atividades da empresa, atualmente conta com a participação de 06 colaboradores, que desempenham as funções designadas no processo organizacional da empresa. No seu quadro, possui um único responsável pela parte comercial como no setor de importação e outro no setor de exportação. No setor administrativo e 46 financeiro conta com o apoio de dois colaboradores e os demais atuam na importação. Apesar de ser uma empresa nova no mercado, seu fundador apresenta grande experiência comercial e técnica na área, decorrente de seu conhecimento conforme citado anteriormente. A JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. presta serviços nos principais portos e aeroportos do território brasileiro juntamente com parceiros, tendo destaque no despacho aduaneiro e assessoria para exportação e importação. O desembaraço aduaneiro na importação caracteriza-se pela agilidade na liberação de cargas de importação e exportação em seus mais amplos aspectos através de importação e exportação com o apoio de profissionais experientes e atualizados com toda a complexa legislação aduaneira atual. Esta etapa tem como atividade, acompanhar as desovas quando necessário, acompanhar separações de carga, verificar mercadoria antes da conferência física, efetuar as conferências físicas junto do fiscal e por fim retirar a documentação desembaraçada com a Receita Federal. Na importação a empresa analisa todas as etapas dos processos de importação. Sendo compostas por duas equipes que possui dois a três integrantes. Cada equipe tem por objetivo, classificar produtos (NCM) quando necessário; e seus tratamentos administrativos; analisar documentos; controlar chegadas das mercadorias; registrar DI’s e LI’s; enviar follow ups para clientes diariamente; solicitar remoções, desovas, assim, como acompanhar todos os procedimentos necessários para a carga seja transferida e desovada; emitir notas fiscais; solicitar numerário e encaminhar pedido de anuência de LI, como o acompanhamento da liberação da carga e sua entrega até o cliente. O departamento de exportação oferece o envio de cargas ao exterior via marítima. Coordena as seguintes etapas: análise documental, planejamento, emissão de documentos, desembaraço aduaneiro e follow up diário para o exportador. Além das etapas suas atividades caracterizam-se por emitir faturas (Invoice) e romaneios (Packing list); emitir RE (Registro de Exportação), DDE (Declaração de Desembaraço de Exportação), DRAFT de BL (espelho de Conhecimento de Embarque); emitir para cartas para IBAMA; acompanhar vistorias junto ao terminal; presença de carga; recepcionar documentos junto à Receita Federal; acompanhar emissão de certificados de origem, fumigação e fitossanitário; 47 enviar documentos originais ao importador; pagar fretes, demurrage; acompanhar a saída da carga da empresa do cliente desde a chegada no terminal de ovação para o Porto; acompanhar averbação de embarques e emitir comprovante de exportação. A orientação estratégica de uma organização deve ter como base as suas definições de visão, missão e filosofia (FERREL et all, 2000). De acordo com o planejamento estratégico da JPierre Consultoria, a visão da empresa é “estar presente em todos os principais portos, aeroportos e fronteiras do país e do exterior, tornando-se referência internacional de consultoria, assessoria e logística em comércio exterior”. A sua missão é “tornar os procedimentos do comércio exterior acessíveis, práticos e lucrativos a todos os nossos clientes, priorizando a aquisição e domínio do conhecimento e a conexão da informação”. Por fim, seus valores são a transparência e honestidade; cortesia e satisfação; empenho e persistência; humildade e reconhecimento e aperfeiçoamento e aptidão. A JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. através de suas parcerias está presente nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, e vem buscando oportunidades de novos clientes. Na cidade de Itajaí e Navegantes, possui como principais parceiros que são prestadores de serviços eficientes, auxiliando no bom andamento dos processos: Grubba, Multilog S/A (EADI), TC Port Transportes Logísticos, Speed Boy – Entregas Rápidas, Infocomex entre outros. No momento, a empresa realiza o desembaraço de importação de vários produtos tais como: artigos escolares, artigos de 1,99, cabelos humanos, carros, matéria-prima têxtil, peças e partes de cinema, peças para containers reefers, entre outros. No entanto, uma parte dessa variedade de produtos, ocorre principalmente devido a parceria com duas trades companies. No Quadro 6 a seguir, mostra os clientes que são mais freqüentes no faturamento da empresa. APM TERMINALS BRAZILLIAN NEG. INTERNACIONAIS BRILLIANCE IMP. E EXP. LTDA EBONY FANTASTIC HAIR FULLCOMEX IMP. E EXP. GOLDEN TRADE Quadro 6. Lista de Clientes. Fonte: JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. INDUSTRIAL MADEIREIRA S/A MAERSK BRASIL (BRASMAR) SAFETRADING SCE WORLD COMERCIAL SG TECHONOLOGY TAKATA-PETRI 48 Ao que se refere à conversação com o cliente é constante o contato. Dentre todo o processo de importação, o diálogo é o meio pelo qual se levanta as informações necessárias decorrentes das atividades realizadas como após a entrega da carga verifica-se as condições que chegou a mercadoria até o cliente. Com os fornecedores não é diferente, a comunicação ocorre também por meio do telefone, via rádio ou e-mail para que haja entendimento quanto ao que são requeridas de ambas as partes na prestação de um serviço ágil e de qualidade. A JPierre Consultoria Aduaneira encontra-se num mercado competitivo, visto que há numa cidade portuária grandes oportunidades para atuar nessa área, ou seja, existe uma gama de empresas atuando, fazendo com que todos sejam concorrentes diretos. A empresa possui uma estrutura organizacional do tipo funcional, dividida em três áreas: Importação, Exportação, Administrativo-financeira, com atribuições de Recursos Humanos e Comercial, conforme pode ser observado na Figura 4 abaixo. DIRETORIA ADMINISTRATIVO/ FINANCEIRO ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/ FINANCEIRO IMPORTAÇÃO ANALISTA DE IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO DESPACHANTE ADUANEIRO DESPACHANTE ADUANEIRO AJUDANTE DESPACHANTE ADUANEIRO Figura 4.Organograma da Empresa. Fonte: Elaborado pela estagiária. O organograma apresentado na Figura 4 foi elaborado pela estagiária, resultante de entrevista com os membros da diretoria e da observação dos processos da empresa. 49 Também foram elaboradas as descrições dos cargos e respectivas funções representado no Quadro 1, página 18. É relevante apontar que, pelo tamanho da empresa e o número de funcionários reduzidos, algumas funções e atividades são acumuladas. A partir disso, pode-se complementar que os integrantes da Diretoria são os donos da organização, acumulando cargos no Administrativo/Financeiro, na Importação, no Comercial e, também é o responsável pelo despacho aduaneiro. O Gerente de Exportação, funcionário contratado, atua também como Despachante Aduaneiro. Já o analista de importação cumpre além de suas funções a do assistente de importação. O ajudante de despachante auxilia o despachante designados para a importação como o da exportação. 3.2 Diagnóstico da Gestão da Empresa Neste item, apresentou-se a pesquisa obtida com os funcionários da empresa JPierre Consultoria Aduaneira Ltda, que executam as atividades de importação, realizada no período de 29/11/2010 a 28/01/2011, utilizando a observação participante e entrevista. Por meio da observação participante foi possível levantar questões dentro dos fatores internos da empresa JPierre Consultoria em quatro aspectos: gestão, Sistema JPierre, pessoas, documentos instrucionais e novos funcionários. Assim, identificou-se dentre essas questões, fatores de sucesso e fragilidades no ambiente organizacional desta empresa, representado no Quadro 7. 50 Fatores Internos Gestão PFR X Justificativa Ações Gerenciais Gestão não profissionalizada, os Desenvolver manual gestores não sentem necessidade processo de de instrui um manual de processos importação Sistema X Desenvolvido internamente, não é Atualizar o sistema; JPierre atualizado, não possui instruções elaborar manual do internas de preenchimento processo Pessoa Acumulam muitas funções e Reorganização e atividades organizações Documentos X Não existe. Os funcionários Padronizar instrucionais possuem registro em caderno próprio Novos São instruídos pelos funcionários funcionários mais antigos, absorvendo a coisa boa bem como vícios. Quadro 7. Fatores internos da empresa JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. Fonte: Elaborado pela acadêmica. Implicações Reduzir erros, garantir o processo A Tabela 6 possibilitou a visualização dos pontos que apontam ações gerenciais. Mas a fragilidade identificada é a não definição do fluxo dos processos de despacho. É notório o fato de não haver uma ordem para a execução das tarefas. A empresa disponibiliza um “caderno” para cada funcionário da área de despacho de importação para descreva suas atividades – o que fazer e como. Isto gera confusão e falta de padrão nos procedimentos, pois são escritos de maneira como cada acha que tem que fazer e que é certo, e não aquilo que a empresa tem como padrão de trabalho. Dessa forma demonstra a falta de padrão de trabalho, desorganização no tratamento das etapas do processo, o que muitas vezes gera reprocesso na emissão de documentos, na liberação da carga, em multas por um documento não ser analisado da maneira adequada ou valores não previstos para o cliente decorrentes de atrasos. Principalmente em períodos movimentados, o controle e execução precisos dos procedimentos causaram muitos transtornos tanto ao cliente interno como externo o que reflete na imagem da empresa perante o mercado. No aspecto tecnológico, as estruturas de hardware (parte física) e software (programa) atendem as expectativas. Estes dois pontos são necessários e auxilia o trabalho dando agilidade e rapidez na emissão dos documentos e na comunicação com o uso da Internet. Entretanto a falta de atualização do software da JPierre Consultoria, criado pelo gestor, em algumas momentos apresenta algumas deficiências, que se freqüentemente atualizado facilitaria no desenvolvimento das atividades. 51 Neste trabalho de estágio interessa a ação pontual na padronização do processo de importação que será tratada no item a seguir com o levantamento do processo e com apoio de fluxogramas. 3.3 Análise do Processo de Importação A observação participante permitiu a análise do processo de importação, possibilitando uma maior compreensão. A coleta dos dados foi realizada com entrevistas abertas com os funcionários envolvidos diretamente na execução das atividades e tarefas do processo de importação e pela observação na operação do sistema JPierre e na execução das diversas atividades que a acadêmica realiza na empresa. A seguir apresenta-se o macro-processo de importação e seus desdobramentos, relativo da situação atual da empresa, descrita no Quadro 8. Missão: Tornar os procedimentos do comércio exterior acessíveis, práticos e lucrativos a todos os nossos clientes, priorizando a aquisição e domínio do conhecimento e a conexão da informação Fornecedores Cliente - importador Insumos Documentação Macroprocesso Pré-embarque ↓ Produtos Documentos Pós-embarque ↓ Pós-chegada da carga ↓ Fechamento Clientes Porto Transportes Liberação da carga Armazém Clientes Quadro 8. Processo Macro de Importação. Fonte: Elaborado pela estagiária. De uma forma sintética o macroprocesso de importação começa com o cliente, que enviando os documentos para o responsável, o analista de importação, processam as informações e as executam, dando origem aos documentos e liberação da carga. De maneira, a visualizar o processo de importação como um todo, mas de forma sintética, observou-se que compreende em: analisar os documentos enviados pelo cliente, lançar no sistema, acompanhar liberação junto aos órgãos anuentes, 52 fornecedores (porto, transportadora, armazém) e cliente, fazer e solicitar pagamentos, saída da carga, entrega ao cliente e fechamento do processo. Com o propósito de alçar todas as informações cabíveis, a observação do processo pode ser mais detalhada. Assim, percebe-se que a descrição dos processos do inicio ao fim possibilitaria uma visualização das etapas de execução dos procedimentos. Demonstrando a melhor maneira de execução os métodos a serem adotados para garantir qualidade nos serviços prestados como agilidade na entrega ao cliente. Para melhoria, o processo de importação devido à complexidade, será dividido em quatro fases: Pré-embarque, Pós-embarque, Pós-chegada da Carga e Fechamento. 3.3.1 Processos de Importação Neste item, foram descritos as quatro fases delineadas no processo de importação e demonstrado por meio do fluxograma de maneira mais ampla e detalhada, permitindo uma visualização mais pontual. 3.3.1.1 Pré-embarque da carga A primeira fase num processo de importação dentro do despacho aduaneiro é o Pré-embarque. Assim, um processo inicia quando o importador envia as cópias dos documentos para o analista por email. É enviado a Proforma Invoice (Fatura Proforma) e em alguns casos o Purchase Order – P.O. (Ordem de Compra). Os documentos são impressos para o analista e é aberta uma pasta física e criado um processo no Sistema da JPierre preenchendo ambas com os dados disponíveis nos documentos. Com esses documentos o analista irá analisar a Fatura Proforma. Deverão ser observados os seguintes pontos: Tratamento administrativo (L.I. – Licença de 53 Importação) (se é necessário o registro da L.I.) e Tratamento tributário (Integral, Suspenso, Isento). Com o procedimento confirmado e com as informações fornecidas pelo Importador, a L.I. deverá ser preenchida no Siscomex com os dados da Fatura Proforma e observando os procedimentos do órgão anuente DECEX e Banco do Brasil (BB). Após salvar é necessária a conferência da LI confrontado as informações que constam nos documentos com o que foi inserido no sistema para evitar erros, ou seja a Fatura Proforma e a P.O. Com a checagem realizada, o registro da L.I. deverá ser feito. Por meio disso será gerado um número que deverá ser anotado na pasta física e inserido no sistema JPierre. O arquivo da L.I. será gerado e deverá ser salvo numa pasta aberta no servidor com a referência do programa JPierre criado para o cliente específico. O documento deverá ser impresso duas cópias. A partir disso, o analista enviará a solicitação de anuência ao órgão anuente preenchendo os formulários padrões e anexando os documentos necessários (DECEX/BB). Esta informação deverá ser formalizada ao importador por e-mail, segundo os procedimentos de cada importador. O acompanhamento é necessário nesta fase. Assim, deve-se consultar o andamento da análise por parte do órgão anuente, no Siscomex, para ser dada a anuência no L.I. que tem prazo de três a cinco dias para serem analisadas. Dado a anuência pelo BB/DECEX, caso o valor da anuência seja debitado diretamente da conta da JPierre, imprimir três vias do comprovante de débito, (2 vias para o processo e 1 via para o setor financeiro com a referência do processo interno). Com a confirmação da “situação” da L.I. que estiver com “Embarque Autorizado” ou “Deferido”, informar ao importador a data de anuência do L.I. e a data de validade do embarque. Esta informação deverá ser formalizada ao importador por e-mail ou segundo os procedimentos de cada importador. O sistema JPierre deverá ser alimentado com a informação do deferimento da L.I. Assim, deve-se aguardar até a confirmação do embarque da carga. O processo de Pré-embarque da carga está representado no Gráfico 1, a seguir. 54 2 Rotina 1- Préembarque Importador LI PO Emitir solicitação de anuência - SA FP Pasta Processo Cliente Imprimir documentos Abrir pasta Processo Abrir processo SJP Sistema JP SA Órgão Anuente Analisar FP Necessita de tratamento administrativo Tratamento administ.? Informa importador N Rotina 2 - Pósembarque Acompanhar processo SISCOMEX Siscomex S Verificar tratamento tributário Emitir Licença de Importação - LI Siscomex S Site do Banco Brasil Verifica débito Imprimir comprovante LI 1 N Anuência concedida? 3 2 Comprovante de Débito - CD Conferir LI x FP x PO N Dados conferem? Pasta Processo Cliente Financeiro S Efetuar registro LI no SISCOMEX Anotar nº LI na Pasta Cliente e Sistema JP Gerar arquivo LI no servidor JP pasta cliente Informar o importador e alimentar Sistema JP Aguardar confirmação do embarque da carga Rotina 2 Pós embarque da carga Gráfico 1. Rotina 1 – Pré-embarque da carga Fonte: Elaborado pela acadêmica Sistema JP 55 3.3.1.2 Pós-Embarque da carga Nesta segunda fase, inicia-se com o embarque da mercadoria. O importador ou seu agente de carga informa o analista por meio do e-mail a data de embarque e envia os documentos para conferência. Com os documentos que foram enviados impressos e colocados na pasta física do processo, sendo estes compostos de Commercial Invoice (Fatura Comercial), Packing List (Romaneio de Carga), Bill of Lading (Conhecimento de Embarque), o analista confrontará com a L.I. emitida se o embarque da mercadoria ocorreu após a data de autorização de embarque e antes da validade do embarque, como também o valor e as quantidades embarcadas. Caso estas estejam diferentes das quantidades autorizadas, essas divergências encontradas na documentação deverão ser informadas pelo analista ao importador, por e-mail, para que este providencie a correção junto ao exportador ou ao agente marítimo. Confirmado pelo importador que o valor e as quantidades embarcadas são diferentes das quantidades autorizadas, o analista poderá proceder com o registro do L.I. Substitutivo ou uma nova L.I. Entretanto, deverá ser observado se a L.I. foi registrada com ou sem Drawback. Nos casos sem Drawback, pode-se proceder com o registro da L.I. substitutiva. Já a L.I. com Drawback, a mesma deverá ser cancelada e ser registrada uma nova. Os procedimentos serão os mesmos adotados anteriormente no Préembarque da carga: o envio da solicitação de deferimento ao órgão anuente preenchendo os formulários padrões e anexando os documentos necessários e acompanhamento da análise por parte do órgão anuente, no Siscomex, para ser dado a anuência no L.I. Após estes procedimentos, desde o embarque da carga, com o envio do BL por e-mail que confirma a data de embarque, é possível verificar a previsão de chegada do navio através do site do PORTO, armador ou contato com o agente marítimo e fazer acompanhamento. 56 Com isto, já é possível ao analista cadastrar o navio e previsão de atracação vinculando ao processo no sistema JPierre e complementando com essa informação na pasta física. O preenchimento, a partir dos documentos originais, deve ocorrer referente ao processo com as informações que já estarão em posse do analista. Assim, já é possível passar essas informações ao Siscomex, para quando chegar o momento do registro da Declaração de Importação (DI) ser necessário somente completar alguns campos dando agilidade ao processo. O sistema JPierre permite que haja uma integração com o programa da Receita, ou seja, a maioria das informações que são alimentadas no sistema são passadas ao Siscomex. Assim, o analista pode enviar o processo “para análise” no Siscomex, onde todas as divergências apontadas pelo sistema devem ser analisadas. Com isto, é possível fazer a correção no Siscomex e corrigir as discrepâncias. Caso os dados não estejam certos fazer a confrontação dos documentos novamente, corrigindo os campos e enviando novamente o processo “para análise” no Siscomex. Deve ser observado que os campos que estão faltando preencher deverão ser anotados e conforme o caso solicitar ao cliente. Dentre as informações que podem faltar, os mais comuns são: contrato de câmbio, aplicação da mercadoria, NVE, dados do fabricante/origem. Entretanto, os documentos vêm com as informações completas. Neste momento, o analista deverá monitorar a chegada do navio no site do Porto de Itajaí; o lançamento do CE - Mercante no site da Marinha Mercante. No site é possível consultar dentro do período de sete dias antes da atracação do navio. Quando for gerado o CE Mercante imprimir para conferir os dados com o B/L, havendo divergências entrar em contato com o agente de carga para verificar se haverá alterações no “sistema” ou no “documento (B/L)”. O número referente a este documento deverá ser anotado na pasta do processo e no sistema JPierre. O Gráfico 2 abaixo, permite visualizar o que foi descrito anteriormente. 57 Rotina 2 - Pósembarque Importador ou Agente de Carga Transmissão de dados BL RC FC Pasta Processo Cliente Siscomex Imprimir documentos Incluir dados Pasta Processo Cliente Enviar dados para análise 2 BL FC Confrontar dados com os documentos N Dados conferem? S Análise FCxBLxLI RC FC Dados conferem? Corrigir Tem drawback? Alimentar Sistema JP N Cancelar LI S BL RC Acompanhar chegada da carga Site do Porto e Site do DMM 2 Emitir LI substitutiva N CE lançado? Emitir nova LI S FC Site Porto ou Agência Monitorar chegada da carga Verificar Drawback N S Sistema JP BL 1 Imprimir 1 via CE Mercante Rotina 1 – Préembarque Análise BL x CE Mercante Confirmada data e navio de atracação N Pasta Processo Cliente Dados conferem? Cadastro navio no Sistema JP Sistema JP S Pasta Processo Cliente Alimentar o SJP e Pasta Processo Informar o agente de carga Solicitar correção Sistema JP Rotina 2 – Pós embarque MAPA Gráfico 2. Rotina 2 – Pós-embarque da carga Fonte: Elaborado pela acadêmica Informada a data de previsão de atracação de navio e estando próximo do previsto a atracação pode-se dar entrada na Carta ao Ministério da Agricultura e Produtos Agrícolas (MAPA). O analista preenche o formulário padrão (2 vias) e anexando o documento BL, este que é carimbado e assinado pelo despachante e entregue ao órgão pelo ajudante de despachante. O documento é analisado pelo fiscal e é liberado de vistoria ou posto em pendência para vistoria da carga que será marcada quando a carga já estiver no Recinto. O requerimento liberado será entregue pelo despachante ao analista que arquivará na Pasta do Processo do 58 Cliente até o momento em que será utilizada novamente. Assim, deve-se aguardar a chegada da carga. Nesta fase do Pós-embarque da carga, o Gráfico 3, demonstrado a seguir, permite visualizar os procedimentos. Rotina 2 Pósembarque da carga - MAPA Requerimento MAPA conforme BL Conferir Requerimento MAPA x BL N Aguardar análise do Fiscal do MAPA Despachante ou ajudante verifica no MAPA Analisado pelo fiscal MAPA Dados conferem? S Imprimir duas vias MAPA Liberado de vistoria? N Aguardar chegada da carga para marcar vistoria S Solicita ao despachante ou ajudante carimbo e assinatura Retirar Requerimento MAPA Anexa BL com o Requerimento MAPA Entrega ao analista Duas vias Requerimento MAPA BL Despachante entregar MAPA Gráfico 3. Rotina 2 – Pós-embarque da carga - MAPA Fonte: Elaborado pela acadêmica Pasta Processo Cliente Rotina 2 - Pósembarque da carga - Numerário 59 O analista, dois dias antes da data de atracação do navio deverá encaminhar ao financeiro a solicitação de numerário ao importador, os valores levantados pelo mesmo, que envolvem os custos da agência marítima e do terminal portuário ou armazém, onde a carga ficará armazenada. Isto é necessário, pois no momento da confirmação da presença da carga, os pagamentos começarão a ser feitos. O setor Financeiro por sua vez, encaminha os valores do numerário ao cliente e assim, quando tiver a confirmação do depósito, informa o analista. Esta etapa está descrita no Gráfico 4 a seguir. Rotina 2 Pósembarque da carga Numerário Solicita valores a agência de carga ou armador Encaminha solicitação de numerário ao Financeiro JP Financeiro JP Envia solicitação numerário ao cliente Cliente Efetua depósito na C/C JP Financeiro JP identifica o pagamento Informa analista Rotina 2 – Pós-embarque da carga Gráfico 4. Rotina 2 – Pós-embarque da carga - Numerário Fonte: Elaborado pela acadêmica 60 Também é notável que a carga possa ser transferida. Assim deve-se verificar com o importador com antecedência se a carga será transferida para outro Recinto Alfandegado ou se permanecerá no Porto de chegada. Caso seja solicitado pelo importador que seja feita a transferência, averiguar com o Recinto indicado, qual o procedimento para a solicitação da transferência. Independente da transferência ou permanência da carga, neste momento deve-se aguardar a chegada da carga. Assim, como representado no Gráfico 5 a seguir, encerra-se esta etapa. Rotina 2 Pósembarque da carga Transferência Verifica transferência da carga Solicitada transf.? N Aguardar chegada da carga S Verificar com o Recinto Documentos e Procedimentos RECINTO Aguardar chegada da carga Rotina 3 PósChegada da Carga Gráfico 5. Rotina 2 – Pós-embarque da carga - Transferência Fonte: Elaborado pela acadêmica 61 3.3.1.3 Pós-chegada da carga Confirmado pela agência a chegada da mercadoria no navio ao analista, confirmar no sistema JPierre a atracação do navio e informar por e-mail ao importador. A confirmação de embarque poderá ser informada assim com uma anotação na Pasta do Processo do Cliente. A operação do navio no Porto ocorre num prazo de 24 horas. Após a descarga do container, consultar a presença de carga no site da Receita Federal. Verificar no site do Recinto Alfandegado se foi identificado avarias deverão averiguar os procedimentos de acordo com o local que a carga está armazenada. Com a presença de carga confirmada, o analista poderá preparar o registro da D.I. Assim, deve-se precaver quanto a atualização da Taxa do dólar do dia no Siscomex e no Sistema JPierre. Os valores deverão ser calculados novamente devido à atualização da taxa do dólar. Assim, os dados do sistema da JPierre deverão ser transferidos para o Siscomex. A última revisão deverá ser feito pelo analista. Após conferência, enviar a D.I. para análise para apontar algum erro despercebido. Se for apontado o erro este devera ser retificado. Em caso de D.I. pronta para registro, esta deverá ser enviada para registro. O registro da DI gerará um número que deverá ser anotado na pasta física e repassado ao sistema JPierre, como ser salvo e impresso em três vias o arquivo gerado. Informar os valores debitados da conta corrente do importador, por ocasião do registro da D.I. conforme os procedimentos de cada importador. Com isto, deve-se aguardar a parametrização. Assim, a seguir o Gráfico 6, representa este momento no processo. 62 Rotina 3 - Póschegada da carga Importador ou Agente de Carga Revisar D.I. no Siscomex Confirmar chegada da carga ao importador Enviar D.I. para análise Confirmar e registrar a chegada do navio Pasta Processo Cliente Sistema JP N Dados conferem? S Aguardar a presença de carga Averiguar com o Recinto Alf. os procedimentos Enviar D.I. para registro Confirmada presença de carga através do site da Receita Federal Site da Receita Federal Consultar avarias no site do Recinto Alfandegário Site do Recinto Alfangário D.I. registrada S 3 Há avarias? 2 N Atualizar a taxa do dia no Siscomex e no Sistema JP Sistema JP D.I. Preparar a D.I. para registro Sistema JP Anotar o número da D.I. na Pasta Cliente e alimentar Sistema JP Imprimir a D.I. e colocar na Pasta Cliente Pasta Processo Cliente SISCOMEX Informar ao Importador o registro da D.I. e os débitos Aguardar parametrização Rotina 3 - Póschegada da carga Recalcular os valores no Sistema JPierre Transferir os dados para o Siscomex SISCOMEX Gráfico 6. Rotina 3 – Pós-chegada da carga Fonte: Elaborado pela acadêmica Até a parametrização o analista poderá verificar outros pontos dentro da Rotina 3 – Pós-chegada da carga. Uma delas é o pagamento ou isenção e/ou deferimento do ICMS. Caso o ICMS for deferido ou isento, pode-se após o registro fazer a declaração no Siscomex 63 e anotar a informação na pasta. Quando for integral é necessário esperar a parametrização. A seguir, representa-se com o Gráfico 7. Rotina 3 - Póschegada da carga - ICMS Verificar se ICMS é integral, diferido ou isento 3 Aguardar parametrização para efetuar pagamento S ICMS integral? N Diferido ou isento SISCOMEX Registrar isenção no Siscomex e anotar na Pasta Processo Pasta Processo Cliente Rotina 3 – Póschegada da carga Gráfico 7. Rotina 3 – Pós-chegada da carga – ICMS Fonte: Elaborado pela acadêmica Dentro da Rotina 3 – Pós-chegada da carga, segue-se para o pagamento das taxas da Marinha Mercante. Para os casos que o importador tenha o beneficio do drawback, é necessário solicitar ao DMM (Departamento da Marinha Mercante) a isenção do AFRMM (Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante). Preenchendo os formulários com as informações que constam nos documentos solicitados e os mesmos anexados. Os documentos que compõem os dois jogos são uma via do BL original e uma cópia, uma fatura comercial original e uma cópia, a D.I. registrada, a L.I. deferida, o ato concessório – drawback impresso do site do Decex e o CE Mercante atualizado. 64 Entregues os documentos assinados pelo despachante ao DMM é recebido um número de protocolo para acompanhamento. Assim, deve-se monitorar a liberação do AFRMM junto ao Departamento da Marinha Mercante, conforme protocolo gerado pelo site do SICAP. O prazo é 24 horas para liberação. Ao que ficar pendente será informado o que é necessário para liberar e deverão ser seguidos os mesmos procedimentos. Em alguns casos, pode ser novamente o preenchimento dos formulários anexando novos documentos. Entretanto, nesses casos a probabilidade desse acontecimento ocorrerá numa conferência e confrontamento dos documentos realizados desatentamente. Quanto ao que é liberado, o analista deve pagar no site da Marinha Mercante a TUM (Taxa de Utilização da Marinha Mercante). Realizado pagamento imprimir comprovante para arquivar na Pasta Processo Cliente (2 duas vias) e entregar uma via com a referência para o financeiro. Aos que não se aplicam ao que foi citado anteriormente, o analista efetuará da mesma maneira o pagamento do AFRMM incluindo a TUM. As vias de pagamento deverão ser impressas para arquivamento na Pasta Processo Cliente e entregue para o financeiro, assim como descrito anteriormente. Desta maneira, representa-se a seguir o Gráfico 8. 65 Rotina 3 - Póschegada da carga - DB Verificar Drawback Há drawback? N Efetuar pagamento do AFRMM e TUM no site do DMM Site DMM S Solicitar suspensão ao DMM do pagto AFRMM Imprimir três vias do comprovante de débito Preencher os formulários de solicitação 3 2 Comprovante de Débito – CD Solicita ao despachante carimbo e assinatura Pasta Cliente Processo Formulários DMM Docs anexos Financeiro Rotina 3 Póschegada da carga Despachante entregar DMM Protocolo DMM Acompanhar liberação no site SICAP Atender a pendência N AFRMM liberado? Site SICAP S Efetuar pagamento TUM no site do DMM Gráfico 8. Rotina 3 – Pós-chegada da carga – DB Fonte: Elaborado pela acadêmica O pagamento das taxas para liberação do B/L, é o próximo passo. Deverá ser encaminhado ao financeiro com a guia de solicitação de pagamento preenchida com os valores da agência descriminados. 66 Após realizar o pagamento, o setor financeiro salvará o comprovante e imprimir três vias das quais duas são devolvidas ao analista para arquivamento na Pasta Processo Cliente. Este enviará o comprovante de pagamento ao analista para que este envie via e-mail à agência para que ocorra a liberação. Para algumas agências, além do comprovante por meio eletrônico, ou seja, via e-mail deve ser entregue o termo de responsabilidade e termo Siscomex juntamente com uma via do BL original e procuração do importador ao despachante. Estes devem ser entregues pelo despachante ou ajudante de despachante à agência, sendo devolvido o BL original que foi levado à agência. O documento devolvido, o BL, será novamente colocado na Pasta Processo Cliente. A partir disso, a antecedência do pagamento e a entrega dos termos é imprescindível porque o tempo de liberação no sistema da Receita, o Siscarga, por parte da agência é 24 horas a contar da apresentação do comprovante e documentos necessários. A seguir, a representação no Gráfico 9. 67 Rotina 3 - Pós-chegada da carga - Agência Despachante ou ajudante entrega os docs na agência Encaminhar os valores para pagamento BL original VAD Guia de solicitação de pagamento Colocar o BL na Pasta do cliente Financeiro efetua pagamento Salva comp Imprime três vias 3 Acompanhar pelo site Siscarga a liberação 2 Comprovante de Depósito – CD1 Pasta Processo Cliente Site Siscarga Colocar duas vias na Pasta Processo Encaminhar comprovante de pagamento para agência Termos da agência conforme BL Anexa BL juntamente com os termos da agência BL Termos da agência Gráfico 9. Rotina 3 – Pós-chegada da carga – Agência Fonte: Elaborado pela acadêmica Liberado no Siscarga dentro de 24 horas Rotina 3 – Póschegada da carga Pasta Processo Cliente 68 O analista deve estar atento a consulta da parametrização (canal) e o desembaraço no Siscomex que dependendo do Recinto ocorrem em dois horários do dia diferentes. As D.I.´s parametrizadas nos canais amarelo e vermelho, deverão ser consultados diariamente nos dois períodos para que se possa acompanhar. Mas, no primeiro momento devem-se entregar os documentos declarados na DI: Commercial Invoice (Fatura Comercial), Packing List (Romaneio de Carga) e Bill of Lading – BL (Conhecimento de Carga) juntamente com a D.I., dentro de um envelope com as informações solicitadas pela Receita. Este que será entregue pelo analista ao despachante ou ajudante para ser entregue na Receita Federal para a Recepção de documentos. Esta fase divide-se em: Recepção dos documentos; Distribuição para o fiscal designado; Parecer da análise; agendamento de vistorias. O acompanhamento dessas etapas é feito através do Siscomex. Quando solicitado vistoria de canal vermelho, a Receita Federal encaminha ao Recinto a programação da vistoria. O analista deverá verificar junto ao local que está à carga qual o procedimento para efetivar a data e hora da vistoria. As vistorias são acompanhadas de um fiscal da Receita e é necessário que o despachante ou ajudante esteja no local e na data indicados. Com as informações necessárias o analista deverá informá-los. O fato das vistorias serem acompanhadas de um fiscal da Receita e o despachante ou ajudante no local, em caso de solicitações de retificações e aplicação de multas por parte do fiscal, pode-se informar ao analista o que será necessário para atender a exigência para a liberação da carga. Em canal amarelo, somente os documentos são analisados e o fiscal pode solicitar uma retificação ou aplicação de multa. Isso dependerá da análise do fiscal. No canal verde a carga é liberada sem vistoria física ou documental e sem aplicação de penas e multas. Após as liberações seja no canal vermelho, amarelo ou verde, é emitido o C.I. (Comprovante de Importação). Da mesma maneira o documento deverá ser salvo, anotada a liberação na pasta física e impresso três vias para o processo. Nesta fase o ICMS e Siscarga (liberação da agência) já deverão estar liberados caso isto não ocorra deverão ser tomadas ações para que a liberação ocorra, pois sem essas não há como programar o carregamento da mercadoria. 69 Quando o ICMS é integral depois da parametrização da carga pode-se emitir o boleto pelo site da Fazenda, encaminhar juntamente com a guia de solicitação de pagamento ao financeiro que salvará três cópias do comprovante de pagamento que serão colocados na Pasta Processo Cliente como anotado para depois declarar no Siscomex o valor e a data de pagamento. Assim, o analista deverá passar ao importador sobre a liberação da carga para que este informe a data em que deseja que sua carga seja entregue e a transportadora que efetuará o carregamento. Isto torna possível fazer a liberação no Recinto Alfandegado para carregamento. O analista deverá atentar qual o local que está armazenada a carga, pois cada Recinto tem suas particularidades para que ocorra o carregamento. Basicamente a liberação ocorre no faturamento, com os pagamentos das taxas e no setor de COMEX. Estes valores devem ser repassados para o financeiro efetuar o pagamento ou o importador, o analista informa os valores e com o comprovante de pagamento envia ao Recinto. Os documentos a serem entregues dependerão do procedimento de cada Recinto assim, como a ordem do faturamento e liberação no Comex. Há recintos que solicitam dois jogos de documentos ou somente um jogo; ou que sejam pagos os valores do faturamento antes do carregamento da carga como podem ser faturados após a saída da carga do Recinto. Com isso, o analista envia por e-mail a transportadora os documentos: C.I., D.I., nota fiscal de entrada e a planilha de carregamento com as informações que são necessárias para que seja providenciado o transporte adequado. A nota fiscal de entrada poderá ser emitida pelo próprio importador ou pelo analista, isso varia de acordo com o cliente. O analista aguarda as informações da transportadora para fazer a programação de carregamento, junto ao Recinto Alfandegado, de acordo com os procedimentos de cada local de armazenamento. Por fim, o analista deverá confirmar a entrega ao importador e a devolução do container vazio ao terminal do armador, verificando se houve ou não Demurrage. Com isto, representa-se a seguir, o Gráfico 10. 70 Rotina 3 - Póschegada da carga – Parametrização PL NF D.I. C.I. D.I. registrada Programa o carregamento Aguarda Canal parametrização Confirma a chegada da carga no cliente e se o cntr foi devolvido Informa o canal de parametrização Entrega documentos para o despachante entregar na RF N É verde? S Rotina 4 Fechamento SISCOMEX Desembaraço do processo no Siscomex Site da Fazenda ICMS Integral Emitir boleto no site da Fazenda Encaminhar boleto com guia de solicitação de pagamento 4 BL RC FC D.I. Imprimir o C.I. e colocar na Pasta Cliente 3 Recepção dos documentos pela RF 3 2 Pasta Processo Cliente Boleto ICMS Guia de solicitação de pagamento C.I. Aguarda distribuição para conferência documental Informar cliente Programação do carregamento Financeiro efetua pagamento Salva comp Imprime três vias Distribui o processo para o fiscal escolhido Verificar os procedimentos para carregamento 3 2 Comprovante de Depósito – CD1 Analisa os documentos Entrega documentos para o despachante entregar no REC Registrar no Siscomex e anotar na Pasta Processo Pasta Processo Cliente SISCOMEX 4 N 4 É vermelho? S Providencia o faturamento da carga Fiscal solicita conferência física Envia os documentos para a transportadora Aguardar data da vistoria física 4 Data marcada Vistoria acompanhada pelo despachante Gráfico 10. Rotina 3 – Pós-chegada da carga – Parametrização Fonte: Elaborado pela acadêmica Assim, com a confirmação da chegada da carga ao importador e a devolução do container, encerra-se a Rotina 3 e dá-se prosseguimento ao a Rotina 4 denominada de Fechamento. 71 3.3.1.4 Fechamento Nesta etapa, o analista enviará todos os documentos via e-mail ao importador, conforme procedimentos dos mesmos. O analista atualizará a pasta física com as informações do carregamento e no sistema da JPierre. Para finalizar o processo e enviar ao financeiro, o analista fará a separação dos documentos originais para o cliente e as cópias que ficarão arquivadas no processo. Os documentos que deverão ser separados para envio ao cliente são: C.I., D.I., Commercial Invoice, Packing List, B.L.e nota fiscal de entrada. Os comprovantes e recibos ou notas fiscais referentes aos pagamentos que foram feitos devem constar para comprovar o que foi pago. Para ficar na pasta, as cópias dos documentos acima como e-mails relevantes dentro do processo. Assim, o analista pode enviar a pasta do processo ao Setor Financeiro com todas as anotações na capa do processo e principalmente informando se houve alguma despesa extra que não foi solicitada no numerário. O setor financeiro faz os lançamentos e verifica se há saldo a restituir ao cliente ou se terá valores em aberto devido a despesas extras ou valor inferior depositado do que foi pedido no numerário. Após estes lançamentos e verificações, são enviados os documentos separados pelo analista ao cliente e o processo é arquivado. Apresenta-se a seguir, o Gráfico 11, que encerra com o fechamento, representado no fluxograma, conforme descrito anteriormente. 72 Rotina 4Fechamento Entrega da carga confirmada Enviar documentos ao importador via e-mail Pasta Cliente Processo Fechar a Pasta Cliente e Sistema JP com últimos dados Sistema JP Separar os documentos originais e cópias Envia Pasta Cliente para o Fechamento Financeiro Documentos originais enviados ao cliente Envia Pasta Cliente para o arquivo Pasta Cliente Processo Gráfico 11. Rotina 4 – Fechamento Fonte: Elaborado pela acadêmica Por fim, com a fase Fechamento o fluxo do processo de importação é concluído. 73 O processo de importação representa nos fluxogramas, demonstram todas as atividades do analista como o responsável, desde a entrada de documentos, processamento das informações e emissão, até a saída. Sob sua supervisão tem como apoio o despachante aduaneiro, o ajudante e o financeiro, além dos parceiros envolvidos em todo o processo desde a chegada carga até a entrega ao cliente final. É notório ressaltar que o despachante aduaneiro poderá atuar da mesma maneira que o analista, visto que o mesmo tem condições de desenvolver as mesmas atividades. O manual de procedimentos foi elaborado com base no levantamento das informações e dos processos representados anteriormente e está apresentado no Apêndice 2 deste relatório, incluindo ainda os seguintes tópicos: 1. Identificação do manual 2. Objetivos e abrangência 3. Políticas gerais da empresa quanto ao sistema de importação 4. Definição de autoridades/responsabilidades do sistema 5. Operações (fluxogramas) 6. Indicadores de desempenho 7. Registro das revisões/manutenções do manual 74 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este capítulo tem por finalidade proporcionar os aspectos referentes aos objetivos propostos, aos metodológicos, a revisão bibliográfica, resultados, conclusões e sugestões. Os objetivos foram alcançados, sendo que para isso foi utilizado o esquema da figura 01, apresentada no item 1.3.4 deste trabalho. Com isto, tornou-se possível analisar até que ponto o manual de procedimentos pode ajudar na garantia da qualidade do processo de importação da JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. Os aspectos metodológicos foram adequados para a realização do trabalho, pois permitiu por meio do estudo de caso, de forma qualitativa, examinar as rotinas do setor de importação como a execução das tarefas, avaliando os colaboradores e suas responsabilidades dentro do processo e o andamento do inicio ao fim, no dia a dia da JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. Quanto à revisão bibliográfica para o desenvolvimento deste trabalho, permitiu de maneira atual aliar a realidade empresarial e a carência dos clientes internos da empresa estudada, visto que muitas informações foram extraídas de sites, revistas e artigos. A viabilidade da pesquisa foi constatada visto que em todos os momentos a organização facilitou o desenvolvimento e o levantamento dos dados e o acompanhamento dos processos de importação. Os resultados obtidos foram válidos, pois permitiram a caracterização da empresa; o desenho do macro processo e do processo de importação, detalhando as diversas rotinas no fluxograma. Assim, estas atividades permitiram a elaboração do manual do processo anexo a este relatório. É notório destacar que o manual que será proposto como modelo padrão a ser seguido, deve passar por atualização conforme as mudanças e necessidades que surgirem. As empresas de serviços especializados, tendo como características: alto grau de interação, customização e intensidade de trabalho, estão sujeitas ao conhecimento e ação dos funcionários para realização das operações com os clientes e fornecedores, sendo assim, devem demonstrar maior segurança e 75 garantia dos serviços, e isto será possível com a adoção de boas práticas corporativas e gestão profissional. Considerando ainda que a atividade do despachante aduaneiro é uma atividade que o profissional deve atender muitas leis, normas e regulamentos dos órgãos intervenientes, a organização e, principalmente, a atenção com a documentação é um fator-chave de sucesso e qualquer erro na preparação do processo e dos encaminhamentos, pode levar a prejuízos financeiros para a cliente e para a imagem da empresa de despacho aduaneiro. Concluindo, sugere-se para empresa a implementação deste manual, estender o processo de documentação (padronização) para os demais setores/atividades; estabeleça critérios para revisão e manutenção dos manuais. Assim, percebe-se que a descrição dos processos possibilitará uma orientação ao analista da empresa e funcionários envolvidos na execução dos procedimentos, demonstrando a melhor prática de execução para a garantia da qualidade nos serviços e entrega ao cliente. 76 Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO DE COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL. Comércio Exterior brasileiro: quantidade de empresas, 2009. Disponível em: <http://www.aeb.org.br/estatisticas.html>. Acesso em 30 out. 2010. ALBRECHT, K; BRADFORD, L. J. Serviços com qualidade: a vantagem competitiva. São Paulo : Makron Books, 1992. ALVAREZ, M.E.B. Organização, sistemas e métodos: abordagem e pressupostos pragmáticos. São Paulo: Makron, 1991. ALVES, Magda. Como escrever teses e monografias: um roteiro passo a passo. 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Hora: Responsável: Etapa: Descrição: 82 APÊNDICE 2 – MANUAL DE PROCEDIMENTOS 83 MANUAL DE PROCEDIMENTOS a Data da 1 Versão: 16/06/2011 Data da última revisão: 00/00/00 o o Versão atual Elaborado por:n : 01 Nome: Talita Rodrigues de Alcantara Ass.: Data: Código: Revisão n : 00 MP-001/01 Aprovado por: Nome: Ass.: Homologado por: Nome: Ass.: Data: Página 1/24 Data: TITULO: Procedimentos de importação 1. OBJETIVO Descrever o processo de importação e as responsabilidades em cada fase do processo até a entrega do serviço ao cliente. 2. ABRANGÊNCIA Aplicam-se as áreas envolvidas nos procedimentos relativos à importação. 3. POLÍTICAS A negociação com o cliente envolve as particularidades do processo de cada um. Nesta etapa é definido em que momento será prestado o serviço, a definição dos valores que serão depositados para o andamento dos procedimentos e as formas de pagamento dos serviços prestados pela JPierre Consultoria Aduaneira Ltda. A formalização ocorre no contrato de serviços constando o que foi acordado entre as partes. 4. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 4.1 Procedimentos Todo processo realizado pelo setor de importação da JPierre deverá ser aberto uma Pasta do Processo do Cliente e no Sistema JPierre, no qual deverão ser feitos todos os registros das operações de importação, andamento do processo, contatos com os órgãos intervenientes, arquivamento de documentos e e-mails relevantes. 4.2 Autoridade e Responsabilidade O quadro de autoridade e responsabilidade define a participação com autoridade e responsabilidade das pessoas nas funções em cada etapa de um processo de importação. Ajudante Importador Abrir pasta do cliente X Manutenção da pasta do cliente X Alimentação do sistema JPierre X Alimentação do sistema SISCOMEX X Acompanhamento do trâmite do processo Encaminhamento de documento para órgão interveniente Pré-embarque da carga X Y Y Y X X X Emissão da LI X Emissão SA X Informar importador dos trâmites do processo X Pagamentos de débitos Controle de pagamentos dos débitos do importador Pós-embarque da carga X Recebe documentos originais X Análise LI x BL x FC X Emissão ou cancelamento LI X Acompanhamento chegada da carga X Transmissão de dados para SISCOMEX X Cadastro navio e data de atracação X Emissão Requerimento MAPA X Requisitos do Processo X Entrega no MAPA Liberado ou pendente de vistoria Solicitação de valores ao armador ou agente de carga Solicitação depósito do numerário Depósito numerário Controle de pagamentos dos débitos do importador Transferência de carga X Financeiro Despachante Analista de Importação 84 Y X X X X X X Y X X X X X Pós-chegada da carga Confirmação chegada da carga X Emissão DI X Informar importador dos trâmites do processo X Registro ICMS diferido ou isento X Y 85 Drawback – Efetuar pagamento AFRMM e TUM Sem drawback – Emissão formulário para suspensão do pagamento de AFRMM Entrega formulários no DMM X Efetuar pagamento TUM Controle de pagamentos dos débitos do importador Encaminhar valores para pagamento X Emissão comprovante de pagamento Y X Envio comprovante de pagamento à agência X Y Emissão termo de liberação BL X Y Y Entrega termo de liberação BL Y X X Acompanhamento da liberação no site X Parametrização DI X Canal Verde - Emissão do C.I. X ICMS integral – Emissão boleto X Solicitação de pagamento X Emissão comprovante pagamento ICMS Y Registro do pagamento no SISCOMEX X Canal amarelo – Entrega documentos Receita Y Monitorar no SISCOMEX status X Desembaraço – Emissão CI X Canal vermelho – Entrega documentos Receita Y Monitorar no SISCOMEX status X Vistoria Física Y Desembaraço – emissão CI X Informar importador X Programar carregamento X Faturamento no Recinto X Y Y Liberação da carga X Y Y Confirmação chegada da carga no importador X Devolução do container X X Y X X X X X X X X X X X X X Y Fechamento Envio documentos por e-mail ao importador X Separação dos documentos originais e cópias X Entrega pasta física para o financeiro X Envio dos documentos originais ao importador X Envio da pasta física para o arquivo LEGENDA: X – Responsabilidade total; Y – Responsabilidade parcial X 4.2 Fluxograma O processo de Importação está representado nos fluxogramas a seguir. Foram delineadas quatro fases: Pré-embarque, Pós-embarque, Pós-chegada da Carga e Fechamento. 86 Pré-embarque da carga Esta rotina tem como objetivo mostrar os procedimentos antes do embarque da carga, que inicia com o envio dos documentos Fatura Proforma e Purchase Order por e-mail ao analista. Deve-se ter atenção em emitir a Licença de Importação corretamente e enviar a Solicitação de Anuência ao Banco do Brasil e informar o importador sobre a emissão. 2 Rotina 1- Préembarque Importador LI PO Emitir solicitação de anuência - SA FP Pasta Processo Cliente Imprimir documentos Abrir pasta Processo Abrir processo SJP Sistema JP SA Órgão Anuente Analisar FP Necessita de tratamento administrativo Tratamento administ.? N Rotina 2 - Pósembarque Acompanhar processo SISCOMEX Siscomex S Verificar tratamento tributário Emitir Licença de Importação - LI Siscomex N Anuência concedida? S Site do Banco Brasil Verifica débito Imprimir comprovante LI 1 Legenda: FP – Fatura Proforma PO – Purchase Order JP – JPierre LI – Licença de Importação SA – Solicitação de Anuência CD – Comprovante de débito Informa importador 3 2 Comprovante de Débito - CD Conferir LI x FP x PO N Dados conferem? Pasta Processo Cliente Financeiro S Efetuar registro LI no SISCOMEX Anotar nº LI na Pasta Cliente e Sistema JP Gerar arquivo LI no servidor JP pasta cliente Informar o importador e alimentar Sistema JP Aguardar confirmação do embarque da carga Rotina 2 Pós embarque da carga Sistema JP 87 Pós-Embarque da carga Esta rotina tem como objetivo mostrar os procedimentos do pós-embarque da carga, que inicia com o envio dos documentos pelo agente de carga ou importador por e-mail. Deve-se ter atenção em analisar os documentos recebidos com a L.I. emitida, caso seja necessário deverá ser emitida novamente; fazer o acompanhamento da carga; a transmissão de dados para SISCOMEX e o cadastro do navio. Rotina 2 - Pósembarque Importador ou Agente de Carga Transmissão de dados BL RC FC Pasta Processo Cliente Siscomex Imprimir documentos Incluir dados Pasta Processo Cliente Enviar dados para análise 2 BL FC Confrontar dados com os documentos N Dados conferem? S Análise FCxBLxLI RC FC Dados conferem? Corrigir Tem drawback? Alimentar Sistema JP N Cancelar LI S BL RC Acompanhar chegada da carga Site do Porto e Site do DMM 2 Emitir LI substitutiva N CE lançado? Emitir nova LI S FC Site Porto ou Agência Monitorar chegada da carga Verificar Drawback N S Sistema JP BL 1 Imprimir 1 via CE Mercante Rotina 1 – Préembarque Análise BL x CE Mercante Confirmada data e navio de atracação N Pasta Processo Cliente Dados conferem? Cadastro navio no Sistema JP Sistema JP S Pasta Processo Cliente Alimentar o SJP e Pasta Processo Rotina 2 – Pós embarque MAPA Legenda: FC – Fatura Comercial RC – Romaneio de Carga BL – Bill of Lading (Conhecimento de embarque) LI – Licença de Importação Sistema JP – JPierre ou SJP – Sistema JPierre DMM – Departamento da Marinha Mercante CE Mercante – Conhecimento Eletrônico Mercante MAPA - Ministério da Agricultura de Produtos Agrícolas Informar o agente de carga Solicitar correção Sistema JP 88 Pós-Embarque da carga – MAPA Esta rotina tem como objetivo de mostrar os procedimentos para a liberação junto ao MAPA – Ministério da Agricultura de Produtos Agrícolas, e inicia com o preenchimento do formulário do órgão. Deve-se ter atenção em enviar o requerimento com o BL anexo; preencher corretamente o formulário e acompanhar a liberação. Rotina 2 Pósembarque da carga - MAPA Requerimento MAPA conforme BL Conferir Requerimento MAPA x BL N Aguardar análise do Fiscal do MAPA Despachante ou ajudante verifica no MAPA Legenda: MAPA - Ministério da Agricultura de Produtos Agrícolas BL – Bill of Lading (Conhecimento de embarque) Analisado pelo fiscal MAPA Dados conferem? S Imprimir duas vias MAPA Liberado de vistoria? N Aguardar chegada da carga para marcar vistoria S Solicita ao despachante ou ajudante carimbo e assinatura Retirar Requerimento MAPA Anexa BL com o Requerimento MAPA Entrega ao analista Duas vias Requerimento MAPA Despachante entregar MAPA BL Pasta Processo Cliente Rotina 2 - Pósembarque da carga - Numerário 89 Pós-Embarque da carga – Numerário Esta rotina tem como objetivo de solicitar ao cliente os valores para andamento do processo, e inicia com a solicitação a agência de carga ou armador os custos decorrentes da importação. Deve-se ter atenção em elencar os custos do processo para repassar ao financeiro que enviará para o cliente e a monitoração do depósito na conta da JPierre. Rotina 2 Pósembarque da carga Numerário Solicita valores a agência de carga ou armador Encaminha solicitação de numerário ao Financeiro JP Financeiro JP Envia solicitação numerário ao cliente Cliente Efetua depósito na C/C JP Financeiro JP identifica o pagamento Informa analista Rotina 2 – Pós-embarque da carga Legenda: Sistema JP – JPierre ou SJP – Sistema JPierre C/C – Conta Corrente do Banco 90 Pós-embarque da carga – Transferência Esta rotina tem como objetivo de verificar a necessidade de transferência da carga, e inicia com a confirmação da troca de Recinto. Deve-se ter atenção em ter a confirmação de que a carga deverá ser transferida. Rotina 2 Pósembarque da carga Transferência Verifica transferência da carga Solicitada transf.? S Verificar com o Recinto Documentos e Procedimentos RECINTO Aguardar chegada da carga Rotina 3 PósChegada da Carga N Aguardar chegada da carga 91 Pós-chegada da carga Esta rotina tem como objetivo de mostrar os procedimentos após chegada da carga, e inicia com a confirmação da chegada da carga no Porto. Deve-se ter atenção em acompanhar a presença de carga para o registro da D.I.; conferência dos documentos com os lançamentos dos dados no SISCOMEX e informar o importador quando acontecer o registro. Rotina 3 - Póschegada da carga Importador ou Agente de Carga Revisar D.I. no Siscomex Confirmar chegada da carga ao importador Enviar D.I. para análise Confirmar e registrar a chegada do navio Pasta Processo Cliente Sistema JP N Dados conferem? S Aguardar a presença de carga Averiguar com o Recinto Alf. os procedimentos Enviar D.I. para registro Confirmada presença de carga através do site da Receita Federal Site da Receita Federal Consultar avarias no site do Recinto Alfandegário Site do Recinto Alfangário D.I. registrada S 3 Há avarias? 2 N Atualizar a taxa do dia no Siscomex e no Sistema JP Pasta Processo Cliente SISCOMEX Recalcular os valores no Sistema JPierre Transferir os dados para o Siscomex Legenda: Sistema JP – JPierre ou SJP – Sistema JPierre DI – Declaração de Importação Sistema JP D.I. Preparar a D.I. para registro Sistema JP Anotar o número da D.I. na Pasta Cliente e alimentar Sistema JP Imprimir a D.I. e colocar na Pasta Cliente SISCOMEX Informar ao Importador o registro da D.I. e os débitos Aguardar parametrização Rotina 3 - Póschegada da carga 92 Pós-chegada da carga – ICMS Esta rotina tem como objetivo de mostrar os procedimentos nos casos de ICMS integral, diferido ou isento, e inicia com a verificação dos mesmos. Deve-se ter atenção em qual modalidade o ICMS se enquadra e o lançamento no SISCOMEX. Rotina 3 - Póschegada da carga - ICMS Verificar se ICMS é integral, diferido ou isento 3 Aguardar parametrização para efetuar pagamento S ICMS integral? N Legenda: ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços Diferido ou isento SISCOMEX Registrar isenção no Siscomex e anotar na Pasta Processo Rotina 3 – Póschegada da carga Pasta Processo Cliente 93 Pós-chegada da carga – DB Esta rotina tem como objetivo de mostrar os procedimentos referentes ao AFRMM e TUM, e inicia com a verificação do drawback. Deve-se ter atenção em se há drawback; procedimentos para liberação do pagamento da taxa do AFRMM; preenchimento do formulário do DMM; lançamento dos dados; pagamento da TUM e controle de pagamento. Rotina 3 - Póschegada da carga - DB Verificar Drawback Há drawback? N Efetuar pagamento do AFRMM e TUM no site do DMM Site DMM S Solicitar suspensão ao DMM do pagto AFRMM Imprimir três vias do comprovante de débito Preencher os formulários de solicitação 3 2 Comprovante de Débito – CD Solicita ao despachante carimbo e assinatura Pasta Cliente Processo Formulários DMM Docs anexos Rotina 3 Póschegada da carga Despachante entregar DMM Protocolo DMM Acompanhar liberação no site SICAP Atender a pendência N AFRMM liberado? Site SICAP S Efetuar pagamento TUM no site do DMM Legenda: DB – Drawback (Ato concessório) AFRMM - Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante TUM – Taxa de Utilização da Marinha DMM – Departamento da Marinha Mercante SICAP – Sistema de Acompanhamento de Processos de AFRMM CD – Comprovante de débito Financeiro 94 Rotina: Pós-chegada da carga – Agência Esta rotina tem como objetivo de efetuar o pagamento dos valores da agência como a liberação do BL, e inicia com o encaminhamento dos valores agência para o pagamento ser realizado pelo financeiro da JPierre. Deve-se ter atenção em efetuar o pagamento; apresentar comprovante de pagamento a agência; preencher o termo de BL corretamente. Rotina 3 - Pós-chegada da carga - Agência Despachante ou ajudante entrega os docs na agência Encaminhar os valores para pagamento BL original VAD Guia de solicitação de pagamento Colocar o BL na Pasta do cliente Financeiro efetua pagamento Salva comp Imprime três vias 3 Acompanhar pelo site Siscarga a liberação 2 Comprovante de Depósito – CD1 Pasta Processo Cliente Site Siscarga Colocar duas vias na Pasta Processo Encaminhar comprovante de pagamento para agência Termos da agência conforme BL Anexa BL juntamente com os termos da agência BL Termos da agência Liberado no Siscarga dentro de 24 horas Rotina 3 – Póschegada da carga Pasta Processo Cliente Legenda: VAD – Valores da agência discriminados DB – Drawback (Ato concessório) CD – Comprovante de depósito BL – Bill of Lading (Conhecimento de embarque) 95 Pós-chegada da carga – Parametrização Uma vez registrada a declaração de importação e iniciado o procedimento de despacho aduaneiro, a DI é submetida a análise fiscal e selecionada para um dos canais de conferência. Tal procedimento de seleção recebe o nome de parametrização. Esta rotina tem como objetivo de mostrar os procedimentos para cada canal de conferência, e inicia com o canal de parametrização. Deve-se ter atenção em acompanhar os horários de parametrização; qual canal de parametrização será determinado pela Receita e a pontualidade dos procedimentos de cada canal. Rotina 3 - Póschegada da carga – Parametrização PL NF D.I. C.I. D.I. registrada Programa o carregamento Aguarda Canal parametrização Confirma a chegada da carga no cliente e se o cntr foi devolvido Informa o canal de parametrização Entrega documentos para o despachante entregar na RF N É verde? S Rotina 4 Fechamento SISCOMEX Desembaraço do processo no Siscomex Site da Fazenda Encaminhar boleto com guia de solicitação de pagamento ICMS Integral Emitir boleto no site da Fazenda 4 BL RC FC D.I. Imprimir o C.I. e colocar na Pasta Cliente 3 Recepção dos documentos pela RF 3 2 Pasta Processo Cliente Boleto ICMS Guia de solicitação de pagamento C.I. Aguarda distribuição para conferência documental Informar cliente Programação do carregamento Financeiro efetua pagamento Salva comp Imprime três vias Distribui o processo para o fiscal escolhido Verificar os procedimentos para carregamento 3 2 Comprovante de Depósito – CD1 Analisa os documentos Entrega documentos para o despachante entregar no REC Registrar no Siscomex e anotar na Pasta Processo Pasta Processo Cliente SISCOMEX 4 Legenda: DI – Declaração de Importação ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços CD – Comprovante de Depósito CI – Comprovante de Importação REC – Recinto N 4 É vermelho? S Providencia o faturamento da carga Fiscal solicita conferência física Envia os documentos para a transportadora Aguardar data da vistoria física 4 Data marcada Vistoria acompanhada pelo despachante NF – Nota Fiscal PL – Planilha de carregamento RF – Receita Federal FC – Fatura Comercial RC – Romaneio de Carga CNTR - Container 96 Rotina: Fechamento A rotina de fechamento trata da organização da documentação na pasta física e separação dos documentos. Inicia com a entrega da carga confirmada e encerra com os documentos e arquivados na pasta do cliente e o encerramento na pasta eletrônica. Deve se ter atenção em separar os documentos corretamente conforme procedimento de cada cliente. Rotina 4Fechamento Entrega da carga confirmada Enviar documentos ao importador via e-mail Pasta Cliente Processo Fechar a Pasta Cliente e Sistema JP com últimos dados Separar os documentos originais e cópias Envia Pasta Cliente para o Fechamento Financeiro Documentos originais enviados ao cliente Envia Pasta Cliente para o arquivo Pasta Cliente Processo Sistema JP Legenda: Sistema JP – JPierre ou SJP – Sistema JPierre 97 6. INDICADORES Os indicadores utilizados para medir o desempenho do processo de importação são controlados pelo sistema JPierre e estão apresentados a seguir. - Satisfação do cliente; - Quantidade de processos nos canais: verde, amarelo e vermelho; - Tempo de liberação da carga; - Redução de erros na emissão de documentos. 7. HISTÓRICO DAS REVISÕES Neste item deve-se indicar a revisão do documento, o número da versão, data e o(s) motivo(s) da revisão do procedimento. Revisão nº Versão Data: Alteração efetuada: 8. ANEXOS Pasta Processo Formulário Solicitação Anuência Formulário MAPA Formulário Requisição de Pagamento Formulário Solicitação de Numerário Formulário Solicitação de Suspensão do Pagamento do AFRMM Formulário Termo de Responsabilidade do Regime Aduaneiro Especial do Drawback Termo liberação BL Responsável: 98 99 100 101 REQUERIMENTO PARA FISCALIZAÇÃO DE EMBALAGENS E SUPORTES DE MADEIRA PROTOCOLO Nº _______________________ Sr. Chefe do SVA/UVAGRO/(CIDADE), com base na Instrução Normativa SDA nº 04/2004, vimos requerer à Vossa Senhoria a inspeção do material discriminado abaixo: X IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO 1) Informações sobre o importador/exportador: Importador/exportador:______________________. Cadastro n. ______________ CNPJ: ___.___.___/____-__ Endereço: ___________, nº ____, Bairro _____________ Tel/fax (__) ____-____ (Cidade:___________/Estado. ) 2) Informações sobre a partida importada ou a ser exportada: Tipo de mercadoria(s) constante(s) da partida e acondicionada(s) em embalagem sem madeira: CONTENDO (QUANTIDADE DO PRODUTO E NOME DO PRODUTO) Pais de origem/destino, ______/______. Meio de transporte: AQUAVIARIO, (NOME DO NAVIO) Local de armazenagem: __________________ Bancada: (NUMERAÇÃO DO(S) CONTAINER(S) 3) Características das embalagens: Caixa/engradado de madeira bruta Suporte de madeira para transporte (paletes) e outros Madeira de Estiva Possui a MARCA INTERNACIONAL de Tratamento Madeira Processada x Outros (Sem Madeira) MB HT KDHT 4) Documentos anexados: X Cópia do BL / AWB / MIC-DTA nº / CRTC n° ___________________ Original do Certificado de Tratamento (chancelado pela ONPF – importação), se requerido. Original do Certificado Fitossanitário (com Declaração Adicional de tratamento), se requerido. Outros: CARIMBO E ASSINATURA DO DESPACHANTE OU AJUDANTE ___________________________________ CIDADE, DIA/MÊS/ANO ÁREA EXCLUSIVA DA FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA DO MAPA Condições de enquadramento: Liberada da Inspeção Embalagem sujeita à Inspeção Parecer da Fiscalização: PRESCRIÇÃO DE TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO ELIMINAÇÃO (DESTRUIÇÃO) DA EMBALAGEM RECHAÇO DA PARTIDA (PROIBIÇÃO DE DESPACHO) LIBERADO Observações: CIDADE/ESTADO________/________/__________ Carimbo da Repartição _________________________________ Fiscal Federal Agropecuária 102 REQUISIÇÃO DE PAGAMENTO Nº PROCESSO: DATA SOLICITAÇÃO: DATA PAGTO: VALOR TOTAL: DESTINATÁRIO: DADOS COMPLEMENTARES: Banco: C/C: Agência: CNPJ: Cód. Identificador: SOLICITANTE: Autenticação Financeiro: 103 REQUISIÇÃO DE NUMERÁRIO CÓD. INTERNO: CÓD. CLIENTE: AGÊNCIA DATA SOLICITAÇÃO: LI EMITIDA: VALOR CIF: AFRMM: II: IPI: PIS: COFINS: ICMS: SISCOMEX: ARMAZENAGEM: CONTAINER: VALORES DA AGÊNCIA TAXAS CÓDIGO GERADO PELO SISTEMA JPIERRE CÓDIGO DE REFERÊNCIA DO CLIENTE R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 VALOR CALCULADO PELO FINANCEIRO - INFORMAR LOCAL ONDE ESTÁ ARMAZENADO QUANTIDADE DE CONTAINERS E O TIPO TAXA PRATICADA VALOR UNITÁRIO LIBERAÇÃO BL: DESCONSOLIDAÇÃO: OCEAN FREIGHT: THC/CAPATAZIA: R$0,00 R$0,00 $0,00 R$0,00 OUTR. TAXAS ARMADOR: ISPS ACESSORY CHARGES LAVAÇÃO DE CONTAINER $,00 $0,00 R$0,00 TOTAL VALORES AGÊNCIA: SOLICITANTE: 1,65912 VALOR TOTAL R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 R$0,00 RESPONSÁVEL PELO PROCESSO 104 LOGO DO CLIENTE - IMPORTADOR ANEXO IV Ao Sr.(a) Diretor (a) do DEPARTAMENTO DO FUNDO DA MARINHA MERCANTEDEFMM/SFAT/MT. SERVIÇO DE ARRECADAÇÃO DO DEFMM de (CIDADE) SOLICITAÇÃO DE SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DO AFRMM Solicitamos a concessão da SUSPENSÃO do pagamento do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM, em conformidade com o que estabelece a Lei nº 10.893, de 13 de julho de 2004, DOU 14.07.2004, o Decreto nº 5.543, de 20 de setembro de 2005, DOU de 21.09.2005 e a Norma Complementar nº 001/2008 aprovada pela Portaria nº 72, de 18 de março de 2008, do Ministro de Estado dos Transportes. Na oportunidade, anexamos documentação básica, conforme indicado no Anexo VI da referida Norma Nº CE-MERCANTE: TIPO DE SUSPENSÃO: DRAWBACK SUSPENSÃO Fundamento Legal: Art. 15 da Lei nº. 10.893/04 Suspensão Total (x) Suspensão Parcial () Peso/volume suspenso: Frete suspenso: Nº DI/DSI/DTA: Identificação do documento: (NÚMERO DRAWBACK) Prazo de vencimento: __/__/____ RESERVADO AO SERARR Nº DO PROCESSO DEFMM: CNPJ/CPF DO CONSIGNATÁRIO: (CNPJ DO IMPORTADOR) NOME DO CONSIGNATÁRIO: (NOME DO IMPORTADOR) CPF DO REPRESENTANTE LEGAL: (CPF DO DESPACHANTE) LOCAL, DIA, MÊS E ANO: CIDADE, __/__/____ CONSIGNATÁRIO/REPRESENTANTE LEGAL: (NOME DO DESPACHANTE) CARIMBO E ASSINATURA DO DESPACHANTE OU AJUDANTE 105 LOGO DO CLIENTE - IMPORTADOR TERMO DE RESPONSABILIDADE DO REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DO e DRAWBACK Aos (DATA) dias de (MÊS) do ano de ______, no Departamento do Fundo da Marinha Mercante - DEFMM, compareceu (NOME DO IMPORTADOR), estabelecida na (ENDEREÇO, NÚMERO, BAIRRO), na cidade de ________ – (ESTADO), inscrita no CNPJ sob o n ________________, e declarou ter importado as mercadorias relacionadas no anexo, embarcadas no porto de (CIDADE), (PAÍS) no navio ________, com transbordo no navio ___________ (PREENCHER COM O NAVIO DE TRANSBORDO SOMENTE SE HOUVER), sendo o inicio da operação de desembarque no porto de _______, BRAZIL em ___/___/____, com frete no valor de U$ _____, conforme conhecimento de embarque nº. ________datado de __/__/____ DI NR ____________, CE-MERCANTE nº. _________. As mercadorias relacionadas estão sujeitas ao Regime Aduaneiro Especial de Drawback Suspensão, previsto na lei 10893 de 13 de julho de 2004, DOU de 14/07/2004, do Decreto n 5543 de 20 de setembro de 2005. DOU de 21/09/2005 e Norma Complementar n 001/2008, aprovada pela portaria n 72 de 18 de março de 2008, conforme Ato Concessório n __________ do Departamento de Operações de Comercio Exterior – DECEX e deverá ser exportada ate o dia ________. Em caso de prorrogação do Ato Concessório, informado pelo interessado, a comprovação será na nova data fixada pela DECEX. Considerando o disposto no Art. 15 da lei n 10.893, publicada no DOU do dia 14/07/004, a comprovação junto ao DFMM do processo de Concessão do Regime Aduaneiro Especial de Drawback, se dará de acordo com o disposto nos comunicados DECEX n 21 de 11/06/97, n2 de 31/01/2000 e n5 de 01/11/2001. O não pagamento do AFRMM por ocasião da nacionalização parcial ou total da mercadoria, findo o prazo de suspensão estabelecido no presente termo, implicara na cobrança do AFRMM com acréscimos mencionados no art. 16 da lei n 10893, publicada no DOU do dia 14/07/2004, e da portaria Interministerial n 754 de 30/11/1978 dos Ministérios do Transporte e da Fazenda, sob pena de inscrição de debito na Divida Ativa da União e no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal – CADIN. Cidade, (dia) de (mês) de (ano). CARIMBO E ASSINATURA DO DESPACHANTE OU AJUDANTE 106 TERMO DE RESPONSABILIDADE DE SOBRE-ESTADIA E OU REPARO DE CONTAINER(S) Agente........: NOME DO AGENTE C.N.P.J./M.F. sob o nº Endereço___________, nº___ – Bairro ______ – Cidade/Estado – CEP: _____-___ Armador.....: NOME DO ARMADOR Importador.: C.N.P.J...........: Inscrição Estadual..: Endereço…: Bairro.....................: Cidade/UF..: CEP........................: Objeto........: O(s) Container(s) amparado(s) pelo conhecimento marítimo cujos dados seguem abaixo: Navio........................; Vg..................: Porto.........................: Entrada..........: B/L Nº.......................: Container(s)..: Cheque Garantia Nº..: Valor..............: Pelo presente termo de responsabilidade que ora firmamos perante o Armador e/ou Agente marítimo acima nomeados, assumimos o compromisso irrevogável de devolver o(s) container(s) acima identificado(s), comprometendo-nos a pagar, pelo tempo que ultrapassar a franquia, uma sobre-estadia diária por container, bem como a indenizar, em caso de avarias ou perdas, convertidos tais valores em reais pelo câmbio do dia do pagamento. Declaramos ainda que, estamos cientes de que o Agente marítimo está autorizado pelo armador e/ou arrendatário do(s) container(s) a efetuar a cobrança da(s) sobre-estadia(s) devida(s), inclusive pela via bancária, bem como a tomar as medidas legais cabíveis decorrentes da não devolução do(s) equipamento(s) e do não pagamento da(s) sobre-estadia(s), avarias ou perdas. Estamos também cientes de que, com o recebimento da(s) unidade(s) de carga acima especificada(s), tornamonos seu(s) fiel(éis) depositário(s), com todas as implicações e responsabilidades previstas em Lei. Fica aqui estabelecida a entrega de um cheque em garantia contendo a mera previsão das possíveis despesas de Sobre-estadia de container, a saber: A) Para Container de 20’ = U$ 500,00 B) Para Container de 40’ = U$ 1.000,00 *Valores convertidos pela cotação do dia oferecida pelo Agente Após 60 (sessenta) dias da entrega do cheque garantia acima, se o Container ainda não tiver sido devolvido, o cheque converter-se-á em depósito caução, de modo que o Agente irá depositar o título logo após transcorrido o prazo retro referido, sem prévio aviso, ficando como reembolso pelas despesas incorridas. Por ocasião da firmatura do presente documento, o Agente oferece tabela informativa do custo diário cobrado pelo Armador com relação à sobre-estadia, bem como o período livre oferecido. Caso o Armador e/ou o Agente tenham que tomar alguma medida Judicial concernente a este Termo de Responsabilidade, fica eleito como competente o foro desta cidade e Comarca de Itajaí. Formalizando sua anuência quanto ao que acima se estipulou, o Armador e/ou Agente mencionado assinam o presente Termo, na presença de duas testemunhas. Cidade, dia/mês/ano CARIMBO E ASSINATURA DO DESPACHANTE OU AJUDANTE ______________________________ IMPORTADOR/REPRESENTANTE _________________________ TESTEMUNHA DO AGENTE ______________________________ ARMADOR / AGENTE _________________________ TESTEMUNHA DO AGENTE 107 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS Nome do estagiário Talita Rodrigues de Alcantara Orientador de conteúdo Prof. Luiz Carlos da Silva Flores, Dr. Eng. Prod. Supervisor de campo Julian Pierre da Silva Responsável pelo Estágio Prof. Eduardo Krieger, MSc