A Semana no Congresso Nacional Brasília, 20/07/2015 SENADO Senado prossegue na reforma dos principais códigos legais em vigor no país Renan afirma que Congresso quer contribuir para a estabilidade do país Sete projetos da reforma política foram aprovados pelo Senado Ajuste fiscal caminha 'celeremente para ser um desajuste social', alerta Renan CÂMARA Eduardo Cunha cria CPIs para investigar BNDES e fundos de pensão das estatais Presidente da Câmara anuncia rompimento pessoal com o governo Proposta regulamenta perda de bens com origem ilícita Informação importante: O Congresso Nacional estará em recesso (branco) entre os dias 20 e 31/07. Os trabalhos serão retomados em 03/08. Nesse período, não haverá atividade parlamentar nas Casas Legislativas. Senado SENADO PROSSEGUE NA REFORMA DOS PRINCIPAIS CÓDIGOS LEGAIS EM VIGOR NO PAÍS No primeiro semestre de 2015, quando o Senado deu início à reforma do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), também ficou pronto o primeiro dos trabalhos iniciados há cinco anos pela Casa com a finalidade de atualizar os principais códigos legais do país. Em março, foi sancionado o novo Código de Processo Civil (CPC), que normatiza a tramitação de questões relativas ao Direito de Família, do Trabalho, do Consumidor, a conflitos de caráter empresarial e ações de indenização, entre outras. O novo CPC, que passa a vigorar em 17 de março de 2016, cria mecanismos que vão simplificar os processos judiciais, inclusive restringindo o uso de recursos utilizados apenas para atrasar as decisões finais dos juízes. Uma das inovações é a valorização da conciliação entre as partes, de modo a evitar o permanente congestionamento do Poder Judiciário, que afeta tanto o reconhecimento de direitos de pessoas e empresas quanto a produtividade do país. Outra novidade é a adoção da ordem cronológica de julgamento das ações. A modernização do CPC foi iniciada pelo então presidente do Senado José Sarney, que instituiu em 2009 uma comissão de juristas para elaborar o anteprojeto. Depois de passar pela Câmara dos Deputados, a proposta voltou em 2014 ao Senado - onde teve como relator o ex-senador Vital do Rêgo, atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) - para decisão final. Agora, para completar o ciclo legislativo, o Congresso precisa analisar os sete vetos feitos pela presidente Dilma, pendência que não impede o início de aplicação, no ano que vem, das regras sancionadas. Navegação aérea Reformar os códigos legais brasileiros, de maneira a atualizá-los à presente realidade social e tecnológica, também é uma das prioridades do presidente do Senado, Renan Calheiros. Por ato dele, foi instalada uma comissão de especialistas que fará a reforma do CBA, em discussão desde maio. Foram criados quatro subgrupos dentro da comissão para tratar de temas como navegação aérea, sistema de aviação civil e transporte aéreo. Formada por 24 membros, a comissão tem até 14 de dezembro para apresentar um anteprojeto de reforma. O presidente do colegiado é Georges de Moura Ferreira, que é advogado, aviador e consultor em aviação civil. - O objetivo da comissão é colocar a aviação brasileira dentro do século 21, de forma que amplie os direitos do passageiro e dos operadores da aviação – afirmou ele na instalação dos trabalhos. Código Penal Outra reforma muito aguardada é a do Código Penal (CP), cujo texto vigente data de 1940. O projeto em exame (PLS 236/2012), que se originou de anteprojeto elaborado por juristas e já passou por comissão especial de senadores, amplia a pena mínima para o crime de homicídio, torna a corrupção crime hediondo e tipifica os crimes de terrorismo e caixa dois. A expectativa era de que a proposta em exame na Casa fosse votada em Plenário ainda no primeiro semestre deste ano, indo logo para revisão na Câmara. Com esse objetivo, chegou a ser aprovada urgência para a matéria (PLS 236/2012). Assim, o projeto saiu da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para exame diretamente em Plenário. Porém, devido à complexidade dos temas, os líderes partidários optaram pelo retorno da matéria à CCJ. Para que o exame prossiga, o presidente da CCJ, senador José Maranhão (PMDB-PB), deverá indicar um novo relator. O anterior, Vital do Rêgo, deixou o Senado para assumir cargo de ministro do TCU. O novo Código Penal também amplia penas para os crimes contra os animais e aumenta o rigor para crimes contra a administração pública. Algumas inovações sugeridas pelos juristas acabaram suprimidas pela comissão especial de senadores, como a permissão do aborto até a 12ª semana de gravidez, caso a mãe não se sinta capaz de levar adiante a gravidez, e a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Defesa do consumidor Um dos instrumentos mais importantes para o funcionamento da economia, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), instituído em 1990, também se tornou objeto de reformas. Dois projetos tramitam em conjunto (PLS 281/2012 e 283/2012), um deles originário de comissão de juristas. Em março de 2014, o exame foi concluído na comissão especial de senadores designada. As propostas estão atualmente em tramitação na CCJ. O comércio eletrônico, o superendividamento e o fortalecimento dos Procons estão entre os pontos principais em análise. A reforma pode resultar ainda em aumento da responsabilidade ambiental da empresa, da restrição a spams, da ampliação dos direitos de devolução de bens e de mais proteção para o consumidor no comércio eletrônico internacional. Houve até aqui intensa participação, nos debates, de representantes do governo, do setor empresarial e de entidades que representam os consumidores. O relator na comissão especial, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), também foi indicado para a função na CCJ. Ele apresentou novo relatório à CCJ no primeiro semestre. Porém, a matéria não entrou em pauta porque foram apresentadas novas emendas, que foram encaminhadas a Ferraço para análise. Código Eleitoral Ainda em fase de anteprojeto, analisado por comissão de juristas presidida pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), o novo Código Eleitoral disciplina o financiamento de campanhas eleitorais e a prestação de contas pelos candidatos. Segundo o ministro, um dos objetivos é promover maior racionalização dos processos eleitorais, por meio de sua unificação. Criado em 2010, a comissão tem como relator Carlos Velloso, que já foi presidente tanto do Supremo Tribunal Federal (STF) como do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A pedido do presidente Toffoli, Renan Calheiros autorizou a prorrogação do prazo para realização dos trabalhos da Comissão de Reforma do Código Eleitoral até o dia 19 de junho de 2015. A expectativa é de seja examinada nova prorrogação. Código Comercial A comissão de juristas responsável pela elaboração do anteprojeto de lei do novo Código Comercial, presidida pelo ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concluiu seus trabalhos ao fim de 2013. Entregue ao presidente Renan Calheiros, o texto aborda temas como legalização e registro das empresas, títulos empresariais, princípio geral da boa-fé e ética na interpretação dos contratos, comércio eletrônico, função social da empresa e regulação da atividade dos shoppings. O andamento requer agora a conversão do texto dos juristas em projeto de lei, com indicação de comissão especial de senadores para análise da proposta. RENAN AFIRMA QUE CONGRESSO QUER CONTRIBUIR PARA A ESTABILIDADE DO PAÍS O Congresso Nacional não quer e nem será agente de instabilidade. Ao contrário, quer contribuir para proporcionar a tranquilidade e a estabilidade de que o país precisa. A declaração é do presidente do Senado, Renan Calheiros, em pronunciamento transmitido pela TV Senado nesta sexta-feira (17). - A disposição do Congresso Nacional é de colaboração. Esse sentimento, entretanto, não pode ser confundido com submissão ou omissão do Parlamento - afirmou. Renan disse que o país passa por uma crise política e econômica. Para ele, o segmento político acabou contaminado pelos insucessos da economia. - Estamos na escuridão, assistindo a um filme de terror sem fim e precisamos de uma luz indicando que o horror terá fim. O país pede isso todos os dias - disse o senador. "Meses nebulosos" Renan, que como presidente do Sendo também preside a Mesa do Congresso Nacional, reconheceu que o Legislativo terá um semestre difícil, concentrando agendas sensíveis. Ele citou entre os temas delicados as dificuldades na economia, a análise de vetos presidenciais, as CPIs, o projeto da Lei de Responsabilidade das Estatais. - Não diria que será um agosto ou setembro negro, mas serão meses nebulosos, com a concentração de uma agenda muito pesada. Cabe a todos nós resolvê-la - conclamou. “Boquinha do apadrinhamento” Para o presidente do Senado, o governo federal precisa dar o exemplo para alcançar o ajuste fiscal. - É preciso cortar, cortar ministérios, cortar cargos comissionados, enxugar a máquina pública e ultrapassar, de uma vez por todas, a prática superada da 'boquinha e do apadrinhamento' - aconselhou. Renan afirmou que a maioria do Congresso é contrária à aprovação de novos tributos ou ao aumento de impostos Ele lembrou que a sociedade já está no limite de sua contribuição com impostos, tarifaços, inflação e juros. Eduardo Cunha Renan elogiou a atuação de Eduardo Cunha à frente da Câmara dos Deputados. Para ele, Cunha tem sido um bom presidente, implementando um ritmo de votações. - Acho que a atuação dele, sua independência, colaborou muito para este novo momento do Congresso Nacional - afirmou. O presidente afirmou que a independência do Congresso é um caminho sem volta. Segundo Renan, cada vez mais as relações entre poderes, independentemente de associações eleitorais ou partidárias, será institucional. PMDB Em relação à recusa do PMDB de ser coadjuvante e de ir em busca do protagonismo político, Renan disse que vê com felicidade essa postura. - A razão de ser de qualquer agremiação partidária é conquistar o poder pelo voto em nome das teses e programas que defende. O PMDB não pode sucumbir ao aparelhamento. Não é inteligente fazer isso - disse. Legitimidade O presidente do Senado disse que não é defensor de soluções marginais, que estejam à margem da legalidade. Ele explicou que o poder é conquistado nas urnas, no convencimento do eleitor, na credibilidade que passam as propostas e os programas de governo. - A legitimidade é um conceito inafastável do poder. Democracia, como forma superior de governo, não se confunde com vassalagem à autoridade. Pelo contrário, é o governo de iguais que passa pelo respeito ao indivíduo - ressaltou. Para ele, o governo deve temer a sociedade e não contrário. - Não praticamos comportamentos políticos ambíguos, mas também não silenciamos diante de erros e injustiças. Soubemos e saberemos apontá-las quando for o caso - completou. Articulação política Ao comentar o trabalho que tem sido feito pelo vice-presidente da República, Michel Temer, no comando da articulação política do governo, Renan disse que Temer tem as virtudes da paciência e da perseverança. - Ele é um homem prudente, da conciliação, do diálogo, que está sendo importante para este momento de instabilidade do país - afirmou. Denúncias Renan reiterou que os homens públicos devem responder às demandas da Justiça. - A diferença está na qualidade das respostas e as que me cabem prestarei todas as vezes em que a Justiça me solicitar, à luz do dia, democraticamente, no processo legal - disse. Ele afirmou que não há fato novo envolvendo o seu nome. Disse que a acusação que lhe é feita é “um disco arranhado, um ventilador repetitivo”. Sobre a alegação de que uma terceira pessoa foi apontada como intermediário, o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), ele afirmou que nunca autorizou ou credenciou qualquer pessoa a falar em nome dele em qualquer lugar. Acrescentou que o próprio deputado desmentiu, em várias oportunidades, declarações que lhe foram atribuídas. Renan também disse que suas relações com os diretores e presidentes de empresas públicas nunca ultrapassaram o limite institucional. - A investigação técnica, isenta vai mostrar tudo que venho reiterando desde o primeiro dia. Não tenho nenhuma relação com o que está sendo investigado - afirmou. SETE PROJETOS DA REFORMA POLÍTICA FORAM APROVADOS PELO SENADO Os senadores encerraram os trabalhos do primeiro semestre do ano aprovando sete projetos apresentados pela Comissão Temporária da Reforma Política. Além disso, começaram a discutir a emenda constitucional que reforça a participação feminina na política. Outras cinco propostas tiveram a votação adiada para agosto. Isso aconteceu para que os textos sejam comparados com o projeto (PLC 71/2015) de mudanças nas regras da política aprovado na Câmara dos Deputados e que chegou recentemente ao Senado. Os projetos aprovados pelos senadores nos dias 15 e 16 de julho tratam dos mais diversos temas da vida política. O primeiro deles (PLS 430/2015) trouxe novas regras para as eleições proporcionais – para vereadores, deputados distritais, estaduais e federais. Se virar lei, a distribuição de vagas deve ser feita respeitando o quociente eleitoral na votação obtida pela agremiação, mesmo quando há coligações. Assim, os partidos que não alcançarem o quociente não podem disputar as sobras de vagas. O relator da comissão, Romero Jucá (PMDB-RR), esclareceu que o objetivo é acabar com a figura de puxador de votos, quando os muito bem votados elegem os que tiveram desempenho pífio. Além disso, acredita que a proposta fortalece os partidos sérios e inibe a proliferação de legendas. — Estamos fazendo com que cada partido procure se fortalecer para ter, efetivamente, um processo eleitoral que contribua com o país — disse Jucá. Também na linha de fortalecimento dos partidos está a proposta (PLS 477/2015) que permite que dois ou mais partidos formem uma federação que poderá atuar como se fosse uma agremiação única, sujeita a todas as normas que regem o funcionamento parlamentar e a fidelidade partidária. Algo como uma fusão temporária de partidos. As federações, no entanto, deverão cumprir algumas exigências: só poderão integrá-las os partidos com registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); as legendas reunidas em federação deverão permanecer a ela filiados, no mínimo, por quatro anos. Além disso, a federação poderá ser constituída até a data final do período de realização das convenções partidárias; as federações terão abrangência nacional e seu registro será encaminhado ao TSE. O projeto, que foi sugerido pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) estabelece ainda que perderá o mandato o detentor de cargo eletivo majoritário que se desfiliar, sem justa causa, do partido que integra a federação. E veda a formação de federações de partidos após o prazo das convenções partidárias. O partido que sair da federação durante esses quatro anos também ficará sujeito a penalidades. A federação de partidos é, portanto, diferente das coligações, como esclareceu a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). — O que vem a ser a federação? Vem a ser uma coligação mais permanente, mais duradoura, feita em cima de princípios, em cima de ideias, em cima de propostas. Eu considero e eu acho legal isso, do ponto de vista da legislação. Acho que isso é um passo importante que fortalece as estruturas partidárias e a própria democracia, explicou a senadora. Fundo partidário O Plenário do Senado também aprovou aprovou o projeto que limita a distribuição dos recursos do Fundo Partidário e o tempo destinado aos partidos nos programas de rádio e TV às agremiações que tenham diretórios permanentes em 10% dos municípios (557), distribuídos em pelo menos 14 estados. Segundo o PLS 441/2015, somente participará do rateio dos recursos do fundo o partido que constituir diretórios permanentes em 10% dos municípios brasileiros, distribuídos em pelo menos 14 estados até 2018. Ou ainda aquele partido que tiver diretórios em 20% dos municípios de pelo menos 18 estados até 2022. Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) a medida assegura que os partidos não fiquem eternamente provisórios. — É uma cláusula de desempenho para que os partidos não funcionem apenas cartorialmente no Brasil. Eles precisam funcionar permanentemente, democratizar as suas instâncias internas. Essa é uma grande medida — elogiou Renan. Pesquisas Os veículos de comunicação podem ficar impedidos de contratar empresas de pesquisas sobre eleições ou candidatos que, nos 12 meses anteriores ao pleito, tenham prestado serviços a partidos políticos, candidatos e a órgãos da administração pública direta e indireta dos poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. Essa vedação está em mais um projeto da Reforma Política aprovado pelo Senado. O PLS 473/2015 determina também que a proibição se aplica somente às empresas que prestam serviço na mesma região onde vai ser feita a pesquisa eleitoral. O relator da comissão, Romero Jucá (PMDB-RR) justificou que, nos últimos anos, as pesquisas de intenção de voto têm servido para orientar a decisão de eleitores sobre a escolha de seu candidato, assim como direcionar ou redirecionar as campanhas eleitorais. — Você não pode ter um instituto fazendo uma pesquisa e publicando o resultado como se fosse para uma rede de comunicação em um estado e, ao mesmo tempo, esse instituto ser contratado por um partido político, pelo governo estadual ou pela prefeitura. O instituto de pesquisa vai ter que escolher para quem trabalhar — afirmou Jucá. O PLS 475/2015, por sua vez, muda as normas para o afastamento de prefeitos de seus cargos. Altera a Lei de Improbidade Administrativa e extingue a regra que permitia que juízes de primeira instância determinassem sozinhos o afastamento de governantes municipais. Essa decisão, segundo o projeto, só poderá ser tomada por órgão colegiado judicial. Já os magistrados e integrantes do Ministério Público que quiserem concorrer a cargos eletivos poderão ter que se afastar do cargo dois anos antes das eleições. A norma está prevista no PLS 476/2015, que altera a Lei de Inelegibilidade (Lei Complementar 64/1990), aprovada pelos senadores. O relator da Reforma Política, Romero Jucá, informou que o projeto é sugestão do senador Fernando Collor (PTB-AL) e foi tratado até com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Propaganda antecipada A Lei 9.504/1997 que estabelece as normas para as eleições determina que a propaganda eleitoral só pode acontecer após o dia 5 de julho do ano do pleito. Quem fizer a divulgação da candidatura antes disso pode pagar multa de até R$ 25 mil. A mesma legislação esclarece o que não é considerado propaganda antecipada. O PLS 483/2015 torna essas regras ainda mais claras. A proposta da Comissão Temporária da Reforma Política estabelece que não é propaganda antecipada a divulgação do posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais. Também não podem ser punidas as participações em reuniões de iniciativa da sociedade civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias. Mulher na política A participação feminina na política pode ganhar um reforço. Começou a ser discutida ocorreu a primeira sessão de discussão, de uma série de cinco - a Proposta de Emenda à Constituição PEC 98/2015, que reserva um percentual mínimo de cadeiras nas representações legislativas em todos os níveis federativos. Assim, a medida atinge o próprio Senado Federal, a Câmara dos Deputados, assembleias legislativas, Câmara Legislativa do Distrito Federal e câmaras municipais. A PEC assegura a cada gênero percentual mínimo de representação nas três próximas legislaturas: 10% das cadeiras na primeira legislatura, 12% na segunda legislatura; e 16% na terceira. Adiados Por falta de acordo entre os senadores, a análise da proposta (PLS 482/2015) da Reforma Política que regulamenta regulamenta a contratação de pessoas pelos partidos políticos e pelas campanhas eleitorais ficou para agosto. Também foram adiadas as discussões de cinco projetos aprovados pela Comissão Temporária da Reforma Política, mas que também fazem parte da reforma política aprovada pela Câmara dos Deputados. São estes os projetos nessa condição: - PLS 440/2015 - Distribui o tempo semestral de propaganda partidária em cadeia de rádio e TV de acordo com o tamanho da bancada do partido na Câmara dos Deputados. - PLS 442/2015 - Prevê novas eleições se o eleito em cargo majoritário (prefeito, governador, senador e presidente) for cassado ou perder o mandato por qualquer outro motivo, independentemente do número de votos anulados. - PLS 464/2015 - Altera o calendário das eleições adiando escolha e registro de candidatos, retardando o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, reduzindo o tempo diário de propaganda e diminuindo o período de campanha. Também limita gastos de campanha com pessoal e restringe o conteúdo das propagandas a imagens apenas dos próprios candidatos. - PLS 474/2015 - Confere efeito suspensivo aos recursos contra sentença de juiz eleitoral que casse o diploma de prefeito, vice-prefeito e vereador. Hoje, esse efeito, que permite o não cumprimento imediato da decisão, é possível, mas apenas se expressamente pedido e condicionado à concordância do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A mudança tornaria-o automático, o que garantiria os políticos eleitos no cargo, pelo menos até a confirmação da sentença. - PLS 481/2015 – Determina que o tempo de propaganda eleitoral de rádio e TV para candidatos a cargos do Executivo (presidente, governadores e prefeitos) será apenas o tempo a quem têm direito os partidos do candidato e do vice. Atualmente, o tempo corresponde à soma dos tempos de todos os partidos que formam a coligação. AJUSTE FISCAL CAMINHA 'CELEREMENTE PARA SER UM DESAJUSTE SOCIAL', ALERTA RENAN O ajuste fiscal caminha “celeremente para ser um desajuste social", alertou o presidente do Senado, Renan Calheiros, ao apresentar um balanço das atividades do Senado no primeiro semestre. Em sua opinião, existe atualmente uma "explosiva combinação de recessão, inflação alta, desemprego e juros pornográficos”. Até aqui só o trabalhador pagou a conta, advertiu o senador, e não há ainda horizonte após o ajuste. — A realidade econômica é conhecida de todos, e as dificuldades inegáveis. Em um sistema presidencialista, o chefe do governo pediu a autorização do Parlamento a fim de implementar medidas apontadas como imprescindíveis para fazer face à crise. Aprimorando-as, como é de sua atribuição, o Congresso, no seu limite, forneceu essas ferramentas, mas os resultados, como alertamos, são muito modestos — analisou. O presidente disse ainda que o Congresso é composto de “homens responsáveis e patriotas” e não é um agente de instabilidade. Segundo ele, as dificuldades enfrentadas pelo país não foram criadas no Parlamento. Além disso, não é a política que contamina a economia, mas o que alimenta a crise política é a crise econômica. Para Renan Calheiros, o Congresso tem feito a sua parte. — Aqui procuramos ajudar, contribuir e aperfeiçoar medidas para recolocar a nação no rumo do crescimento e da distribuição de riquezas e, quando necessário, frear a sanha arrecadadora, como o fizemos na devolução de uma medida provisória juridicamente equivocada que teria agravado a recessão e o desemprego — lembrou. Protagonismo As considerações sobre o momento econômico do país foram feitas quando o presidente abordou o protagonismo do Congresso Nacional. Segundo ele, não se trata de fato atrelado às circunstâncias, mas um processo que vem evoluindo há algum tempo, “com o resgate das prerrogativas dos parlamentares e a independência dos poderes”. — Este protagonismo não é de agora. Lembro que quebramos o monopólio da União e avançamos no orçamento impositivo; inovamos ao fixar um prazo mínimo para a chegada de medidas provisórias; no Supremo, provamos não ser admissível o controle preventivo da constitucionalidade. Também devolvemos aos parlamentares a palavra final sobre o processo legislativo, com a apreciação periódica de vetos presidenciais — enumerou. Na opinião de Renan, o Parlamento não se aproveita de nenhuma circunstância para se afirmar, mas se ampara em suas prerrogativas constitucionais de fiscalizar e legislar. O presidente também afirmou que o Poder Legislativo vai ajudar a achar os melhores rumos para o país, mas mantendo a independência e a altivez. Todavia, acrescentou, é um equívoco confundir colaboração com submissão: — Estamos apenas no meio do ano e os desafios, notadamente na economia, são monumentais. Há uma crise recorrente e é desnecessário reiterar que não há mais espaço para soluções de força e fora da lei. É também um equívoco achar que colaboração possa ser confundida com genuflexão, submissão ou leniência. O Brasil espera o melhor de cada um de seus representantes para superarmos este momento difícil — concluiu. Câmara EDUARDO CUNHA CRIA CPIS PARA INVESTIGAR BNDES E FUNDOS DE PENSÃO DAS ESTATAIS O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, criou hoje três novas comissões parlamentares de inquérito (CPIs): a primeira delas irá investigar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); a segunda vai apurar maus-tratos contra animais; e a terceira investigará crimes cibernéticos no País. O presidente também autorizou a criação de uma quarta CPI, destinada a apurar supostas irregularidades nos fundos de pensão das estatais, o que só deverá ocorrer no dia 7 de agosto, quando se encerrará a CPI do Sistema Carcerário. Apenas cinco CPIs podem funcionar ao mesmo tempo. Além dessas quatro, já está em funcionamento a CPI da Petrobras. Os líderes partidários terão 48 horas para indicar os membros das comissões. Após esse prazo, o presidente da Câmara poderá indicar os membros de ofício. O prazo se encerra na terça-feira (21). Outras três CPIs que tinham sido apresentadas antes da dos fundos de pensão, última autorizada, foram rejeitadas por falta de fato determinado. Uma queria investigar as operadoras de telefonia por possível lucro indevido; outra buscava analisar as causas do desabastecimento de água no Sudeste; e a última, investigar denúncias no atendimento de mulheres em situação de violência. CPI do BNDES O pedido de criação dessa CPI, feito pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), requer a investigação de empréstimos considerados suspeitos pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, concedidos tanto a empresas de fachada como a empreiteiras investigadas. Para as nove empreiteiras citadas na operação, o BNDES concedeu, entre 2003 e 2014, financiamentos de R$ 2,4 bilhões. O requerimento também pede a apuração de empréstimos classificados como secretos, concedidos a países como Angola e Cuba. Por fim, o deputado pede a investigação de empréstimos questionáveis do ponto de vista do interesse público, como as operações de crédito e concessão de garantia em favor de empresas do empresário Eike Batista e do setor frigorífico. "As dificuldades financeiras enfrentadas por essas companhias e o questionável retorno do investimento trazem a necessidade de investigar tais casos", diz Bueno. CPI dos Fundos de Pensão Rubens Bueno também é o autor do pedido dessa CPI. Ele pede a investigação da gestão dos seguintes fundos: − − − − Fundação dos Economiários Federais (Funcef); Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros); Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ); e Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis). A CPI vai investigar a suposta manipulação na gestão dos fundos, a administração fraudulenta de seus recursos e indícios de ramificações em sua gestão do esquema do doleiro Alberto Yousseff, preso pela Operação Lava Jato. Outras CPIs A CPI para investigar maus-tratos de animais foi solicitada pelo deputado Ricardo Izar (PSDSP) e quer analisar ações em diferentes locais do País, como a matança de cães abandonados na Ilha do Marajó (PA) e maus-tratos no centro de zoonoses de Poços de Caldas (MG). Já a CPI dos crimes cibernéticos, do deputado Sibá Machado (PT-AC), vai apurar ações como a operação IBK2 da Polícia Federal, que desarticulou quadrilha suspeita de desviar pela internet mais de R$ 2 milhões de correntistas de vários bancos. PRESIDENTE DA CÂMARA ANUNCIA ROMPIMENTO PESSOAL COM O GOVERNO O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anunciou nesta sexta-feira (17) o seu rompimento pessoal com o governo da presidente Dilma Rousseff. Porém, ele disse que esse rompimento não altera a sua posição institucional na condução dos trabalhos da Casa. “Continuarei com o mesmo posicionamento de independência”, afirmou, em entrevista coletiva à imprensa no fim da manhã, no Salão Verde. Segundo o presidente, as matérias de interesse do Executivo “serão pautadas normalmente, para garantir a governabilidade”. Porém, como deputado da oposição, ele pregará que o seu partido, o PMDB, se retire do governo, no congresso partidário em setembro. Conforme Cunha, o seu rompimento com o Executivo já foi anunciado ao vice-presidente da República, o também peemedebista Michel Temer, que respeitaria sua decisão. Em nota à imprensa, a assessoria do PMDB confirmou que a manifestação de Cunha é uma posição pessoal, e que toda e qualquer decisão partidária só poderá ser tomada após consulta às instâncias decisórias do partido. O presidente da Câmara reiterou que os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff em análise na Casa serão tratados sob a ótica constitucional. “Impeachment não pode ser recurso eleitoral”, destacou. De acordo com Eduardo Cunha, o seu rompimento é motivado pela convicção de que há uma “orquestração do Ministério Público, com participação do governo”, para incriminá-lo no esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal: “O governo quer me arrastar para a lama da corrupção da Petrobras. Eu não vou aceitar estar junto dessa lama.” Cunha também acusou o governo de fazer uma “devassa fiscal” contra ele na Receita Federal. Para o presidente, há uma atuação seletiva do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na condução do processo. “O procurador está a serviço do governo, que é responsável pela recondução dele”, disse. “Existe um bando de aloprados no Palácio do Planalto que precisam ser investigados”, acrescentou, sem citar nomes. “Prefiro que o procurador faça logo a denúncia [ao Supremo Tribunal Federal] para que eu passe para a esfera do Judiciário, que tem isenção para julgar.” Cunha acredita que a denúncia não será aceita pelo Supremo. Ele negou as acusações do ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo de que Cunha lhe teria pedido propina de 5 milhões de dólares para negociar contratos com navios-sonda da Petrobras. As acusações foram feitas em depoimento de Camargo à Justiça Federal do Paraná. Cunha lembrou que Camargo já havia dado quatro depoimentos, nos quais não havia confirmado qualquer fato referente a ele, e agora teria mudado de posição. Segundo Cunha, a mudança teria ocorrido por pressão de Janot. O presidente da Câmara informou que vai entrar com uma reclamação no Supremo para que o processo que tramita na Justiça do Paraná, no qual foi citado, seja remetido ao STF, já que ele, como parlamentar, tem foro privilegiado. Novas CPIs Cunha observou que, com o encerramento dos trabalhos das atuais comissões parlamentares de inquérito, novas CPIs serão instaladas na Câmara, incluindo uma para investigar irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ocorridas entre 2003 e 2015; e outra sobre indícios de irregularidades na gestão de fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e de servidores públicos, ocorridas entre 2003 e 2015. Ambas as comissões foram requeridas pelo líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). Os pedidos de CPI devem, conforme o Regimento Interno da Câmara, ser analisados na ordem cronológica de apresentação. Antes dos pedidos de Bueno, foram apresentadas e devem receber deliberação da Mesa Diretora outros seis requerimentos de CPI. Hoje, estão em funcionamento quatro CPIs: a da Petrobras; a do Sistema Carcerário Brasileiro; a da Violência contra Jovens Negros e Pobres; e a da Máfia das Órteses e Próteses no Brasil. Porém, as duas últimas já aprovaram os seus relatórios finais e serão encerradas. A CPI do Sistema Carcerário votará o relatório final no início de agosto, abrindo espaço para o funcionamento de mais quatro CPIs. Pronunciamento Eduardo Cunha informou que o seu pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão está mantido para a noite desta sexta-feira. “Não farei uso institucional do cargo como palanque pessoal ou ataque a quem quer que seja”, garantiu. A fala de cinco minutos ocorrerá entre 20h25 e 20h30. Afastamento Após a coletiva de Eduardo Cunha, o deputado Silvio Costa (PSC-PE) anunciou que vai pedir o afastamento temporário de Cunha da Presidência da Casa até a conclusão das investigações da Operação Lava Jato. Para Costa, Cunha ainda dispõe de presunção de inocência, mas, “do ponto de vista moral, perdeu a condição de estar na Presidência da Câmara”. Silvio Costa falou em seu próprio nome, sem representar nessas declarações o governo, do qual é um dos vice-líderes na Câmara. Por sua vez, a Presidência da República, por meio da Secretaria de Comunicação Social, emitiu nota na qual ressalta que o PMDB continua tendo um papel importante no governo e que a posição de Eduardo Cunha é estritamente pessoal. De acordo com a nota da Presidência, o governo tem atuado com "total isenção" em relação às investigações realizadas pelas autoridades competentes, "só intervindo quando há indícios de abuso ou desvio de poder praticados por agentes que atuam no campo das suas atribuições". PROPOSTA REGULAMENTA PERDA DE BENS COM ORIGEM ILÍCITA A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 246/15, do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que regulamenta a declaração de perda de patrimônio decorrente de atividades ilícitas e a ação civil pública de extinção de domínio. Pelo texto, os bens declarados perdidos serão transferidos para a União, os estados, o Distrito Federal ou os municípios, sem direito à indenização. A proposta tem o mesmo teor do PL 5681/13, de autoria do ex-deputado Vieira da Cunha, que foi arquivado ao fim da legislatura passada. Segundo Pompeo de Mattos, o projeto mantém-se oportuno e atual. “O Brasil está atrasado, em relação a vários países, na tarefa de dotar sua legislação de um instrumento eficaz para a recuperação de bens, direitos e valores frutos de atividades criminosas”, diz. O parlamentar explica que a legislação brasileira já prevê o confisco criminal. “Mas, para obter a efetividade da medida civil, necessário se faz editar uma lei federal específica que disponha sobre a apreensão cautelar de bens, a administração judicial das coisas apreendidas e a destinação à União, aos estados-membros e municípios dos bens recuperados”, completa. Hipóteses de perda Conforme a proposta, a apuração da origem ilícita de bens, direitos, valores, patrimônios e incrementos decorrentes de ilícitos poderá ser feita pela polícia, pelo Ministério Público ou por outro órgão público no exercício de suas atribuições. A Justiça declarará a perda de patrimônio nas seguintes hipóteses, em que o valor: − − − − de − proceda, direta ou indiretamente, de atividade ilícita; seja utilizado como meio ou instrumento para realização de atividade ilícita; esteja relacionado ou destinado à prática de atividade ilícita; seja utilizado para ocultar, encobrir ou dificultar a identificação ou a localização de bens procedência ilícita; não tenha comprovação de origem lícita. Pelo texto, a transmissão dos bens por meio de herança, legado ou doação não prejudica a declaração de perda civil de bens. Se houver razões fundadas para supor a origem ilícita, caberá ao proprietário ou possuidor o ônus da prova da licitude. Crimes no exterior Ainda que a atividade ilícita tenha sido praticada no exterior, continua cabendo a perda de bens situados no Brasil. Nesse caso, o patrimônio apreendido será dividido igualmente entre o Brasil e o país onde o delito foi praticado. Antes da repartição, serão deduzidas as despesas efetuadas com a guarda e a manutenção dos bens, assim como aquelas decorrentes dos custos necessários à venda ou à devolução. Ainda conforme o projeto, a ação será proposta contra o titular dos bens. No caso de o proprietário não ser identificado, os detentores, possuidores ou administradores responderão ao processo. Caso não seja possível identificar nenhum desses, a ação poderá ser interposta contra réu incerto, para quem será nomeado curador especial, que será citado por edital. Destino dos bens Declarada a perda dos bens, eles serão avaliados e o juiz homologará o valor atribuído a eles e determinará que sejam vendidos em leilão ou pregão por valor não inferior a 75% da avaliação. A quantia apurada será depositada em conta judicial remunerada. Os depósitos serão processados por instituição financeira oficial para a Conta Única do Tesouro Nacional. Após o trânsito em julgado da sentença, o valor do depósito será colocado à disposição do réu, no caso de improcedência da ação, acrescido de juros de 6% ao ano. Caso o réu seja considerado culpado, os valores serão incorporados definitivamente ao patrimônio da União, do estado ou do município. Tramitação A proposta foi apensada ao Projeto de Lei 7907/10, que classifica como ato de improbidade administrativa o aumento do patrimônio de um agente público de forma desproporcional a seus vencimentos. Os projetos serão analisados pelas comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, serão votadas pelo Plenário. Informativo A Semana no Congresso Nacional” é um informativo semanal elaborado pela equipe de Relações Governamentais e Institucionais de Pinheiro Neto Advogados em Brasília. Contatos: Carlos Vilhena ([email protected]) ([email protected]) / Anna Beatriz Almeida “As informações aqui contidas têm caráter apenas informativo e não refletem a opinião do Escritório. O uso indevido ou não autorizado de tais informações é proibido e está sujeito às penalidades descritas em Lei.”