COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MÉTODOS UTILIZADOS NA PESQUISA DE ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO (PSA) Ana Caroline MACHADO Orientadora: Profa. Dra. Ednéia Casagranda Bueno Defesa em: Outubro de 2012 Resumo: O câncer de próstata ocupa o sexto lugar dentre os tumores malignos do mundo e, entre os homens, é o que apresenta a segunda maior taxa de prevalência e o segundo com maior taxa de mortalidade no país. A triagem na detecção de câncer de próstata deve incluir o exame de toque retal e a dosagem de antígeno prostático específico (PSA) sérico, cujo valor de referência é 4,0 ng/mL, embora alguns autores recomendem um valor de corte sugestivo de investigação de 2,5 ng/mL. Considerando a disponibilidade de diversas metodologias laboratoriais para a pesquisa de PSA sérico com eficiência diagnóstica diferenciada, a presente pesquisa objetivou comparar a pesquisa de PSA empregando duas metodologias, uma quantitativa automatizada e outra qualitativa manual point-of-care. As amostras foram cedidas por laboratórios de Análises Clínicas de Itajaí/SC e que empregam a mesma metodologia na detecção do PSA. Foram estudadas amostras de soro de 100 pacientes das quais haviam sido dosadas quantitativamente o PSA por quimiluminescência. Foram formados 4 grupos de 25 amostras: Grupo I (<2,5 ng/mL); Grupo II (2,5 a 3,9 ng/mL); Grupo III (4 a 10 ng/mL) e Grupo IV (>10 ng/mL). Posteriormente foi realizada a pesquisa de PSA das amostras pelo método manual point-of-care (imunocromatografia, Imuno-Rápido PSA, WAMA). Segundo a bula do teste imunocromatográfico, a sua sensibilidade é de 98% e a especificidade de 100% para um ponto de corte de 2,5 ng/mL, portanto todas as amostras com valor abaixo desta concentração foram consideradas normais, e aquelas com valor acima foram consideradas alteradas. Os resultados individuais obtidos foram analisados quanto aos parâmetros de sensibilidade, especificidade e eficiência diagnóstica para avaliar o desempenho do teste nos 4 grupos estudados. A idade média dos pacientes foi de 66,39±11,06 anos, sendo que apenas a faixa etária de 40-49 anos mostrou valores médios de PSA considerados normais. Na população estudada, o aumento dos valores de PSA total foi proporcional ao aumento da faixa etária. Considerando o ponto de corte determinado pelo fabricante do teste imunocromatográfico, todas as 25 amostras normais (<2,5 ng/mL) pelo método de quimiluminescência foram não reagentes no teste imunocromatográfico (especificidade 100%), enquanto que das 75 amostras com valores de PSA alterados (>2,5 ng/ml) na quimiluminescência, 69 foram reagentes no teste imunocromatográfico (sensibilidade 92%), conferindo eficiência diagnóstica de 94%. Estes dados sugerem que o teste imunocromatográfico comercial deve ser utilizado com ponto de corte de 4,0 ng/mL, apresentando assim uma sensibilidade de 98% equivalente à determinada pelo fabricante na padronização da metodologia. Contudo, neste ponto de corte a especificidade diminui para 60%.