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Trabalho 3159 - 1/4
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA PREVENÇÃO DE DOENÇAS
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NAS ESCOLAS
FERREIRA JÚNIOR, Antonio Rodrigues1
MONTE, Marília Oliveira Quixadá 2
SOUSA, Rosalice Araújo de3
LIMA, Tereza Monica Souza de 4
PEREIRA, Aline Souza5
ALBUQUERQUE, Vera Ligia Montenegro de 6
Resumo
As Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST estão entre os problemas de
Saúde Pública mais freqüentes no mundo, envolvendo as várias etapas do
desenvolvimento humano, especialmente na adolescência. Souza (2004), nos
informa que se faz necessária uma visão mais ampla acerca do adolescente,
considerando principalmente as três etapas que ele está atravessando: a
Adolescência Precoce, quando suas preocupações estão voltadas às modificações
do próprio corpo; a Média, onde eles procuram uma identidade por meio da busca
contínua de grupos de iguais e a Tardia, quando o comportamento de adulto começa
a ser visualizado e torna-se importante a estabilidade social. Geralmente nesta etapa
do ciclo vital ocorrem as primeiras experimentações sexuais e a educação em saúde
constitui uma possibilidade de otimizar o conhecimento das doenças, prevenindo
situações desestabilizadoras do processo saúde-doença, sendo a sala de aula boa
opção para abordar o assunto. Ferreira et al.(2000) e Martins (2000), complementam
assinalando que essa parcela populacional necessita de um olhar diferenciado por
parte dos profissionais de Enfermagem, com o intuito de diminuir riscos biológicos e
Enfermeiro. Aluno do Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Email:
[email protected]. Membro efetivo do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Acidentes e Violência
(NEPAV).
2
Enfermeira.
3
Enfermeira. Aluna do Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza – UNIFOR.
4
Enfermeira.
5
Enfermeira. Aluna do Mestrado em Saúde Coletiva da UNIFOR. Bolsista da Fundação Cearense de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP). Membro efetivo do NEPAV.
6
Enfermeira. Professora da UNIFOR.
1
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emocionais que geralmente acompanham os indivíduos durante a passagem por
esse período do ciclo vital humano. Salienta-se que o cumprimento do papel social e
político do enfermeiro possui como condição essencial o desenvolvimento de ações
propiciadoras de comportamentos saudáveis na sociedade. Ramos, Pereira e Rocha
(2001), nos remetem à organização da assistência desse grupo, pois há necessidade
da multidisciplinaridade e interdisciplinaridade, por ser característico do quadro de
saúde dos adolescentes possuírem inúmeras peculiaridades. Conforme Rocha
(2000), o interesse do trabalho com adolescentes é que o grupo é jovem o bastante
para ser permeável à prevenção, às modificações e construções, e suficientemente
receptivo para ser estimulado à crítica, ao autoconhecimento e reflexão. Bydlowski,
Westphal e Pereira (2004), nos relatam que a saída está em estimular não somente
os profissionais e técnicos para o desenvolvimento de ações promotoras de saúde
coletiva, como também as escolas, preocupadas em construir ambientes saudáveis
em união com a comunidade, sendo peça fundamental para a resolução de
problemas comuns. Portanto o estudo objetivou demonstrar os efeitos da Educação
em Saúde relacionada à prevenção de DST em adolescentes de uma escola de
ensino médio analisando o grau de conhecimento, compreensão e aprovação das
ações desenvolvidas nas escolas. Realizou-se uma ação de educação em saúde
com metodologias ativas em uma escola pública de Fortaleza – CE, no período de
março a abril de 2009, nos turnos da tarde e noite. Os sujeitos foram 190
adolescentes de 15 a 22 anos, tendo sido utilizadas dinâmicas de grupo, roda de
conversa, exposição de slides, álbum seriado, simulações de métodos de prevenção
de doenças sexualmente transmissíveis e avaliação do aprendizado. Observou-se
que os jovens apresentam deficiências em relação ao conteúdo abordado, pois
muitos tiveram uma iniciação sexual precoce, que contribuiu para deixá-los
suscetíveis a adquirirem DST, por não conhecerem o próprio corpo, bem como
também a não utilização do preservativo pelos adolescentes. Embora fique claro pela
experiência vivenciada que eles confirmem sua importância, ocorrendo assim,
incoerência entre conhecimento e prática. Pode-se inferir que há carência de
informações, mas especialmente de ambientes propiciadores de discussões acerca
da temática, possibilitando mudança de práticas, evitando a adoção de condutas
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tidas como impróprias em suas experiência sexuais. Ressaltamos que a
Enfermagem pode exercer papel importante na promoção da saúde dos
adolescentes por meio de elaboração de atividades educativas nas escolas visando
estimular os jovens para a realização de práticas promotoras da saúde, almejando
um comportamento sexual saudável, contribuindo para reduzir a incidência dessas
doenças.
Descritores: Comportamento do Adolescente; Saúde do Adolescente; Enfermagem
em Saúde Pública.
.
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2004
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Disponível
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baseadas em evidências. 3. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2004, p. 305-312.
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