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CRATEUS, UM POVO UMA IGREJA
Yolanda B. Thomé
Em 1982, D. Fragoso publicava, nas
Edições Layala O ROSTO DE UMA
IGREJA. Era um retraro dos 16 anos de
caminhada da Diocese de Crateús.
Agora aparece na mesma Edições
Layala CRATEÚS, UM POVO UMA
IGREJA, que é o retrato dos 30 anos
de caminhada da mesma Diocese.
Partindo da realidade concreta da
experiência local, a Autora descreve
o caminho percorrido pelo povo dessa
Diocese durante 30 anos.
Não se trata de impressões da autora,
mas de um livro que reflete a vida de um
povo contada pelo próprio povo.
Através de depoimentos de pessoas e
grupos, vão se desenhando aos poucos
a fisionomia da região e os traços
característicos de seu povo e de sua
Igreja. Trata-se de uma Teologia Pastoral escrita a partir da práxis. Assim
poderia ser definido o conteúdo deste
livro. Embora ele descreva uma
experiência local situada num contexto
socioeconômico bastante peculiar, as
linhas pastorais que dela emergem não
deixam de ter um sentido mais amplo,
na medida em que apontam para uma
prática mais abrangente e para uma
visão teológica "com os pés no chão".
o livro está dividido em cinco capítulos:
1. UM POUCO DE HISTÓRIA
2. SITUAÇÃO E CAMINHADA DO POVO: raízes indígenas e
negras - sertão: terra de gado e de algodão - o fantasma da seca
- os conflitos da terra - um sindicato enraizado em sua região problemas de saúde, escola etc...
3. A IGREJA DE ROSTO NOVO: os passos da caminhada - as
comunidades eclesiais de base - os projetos comunitários - a
irmandade do Servo Sofredor etc...
4. ITINERÁRIOS: são retratos concretos de agentes destacados
dessa caminhada. As vidas e as motivações dessas pessoas que
poderíamos chamar de profetas modernos. Pessoas que se
encarnaram na vida de seu povo, que compartem a mesma
pobreza e as mesmas lutas. Pessoas que fazem história e levam
o nome de "Maristela", "Uno", "Paco", "Helena", "José Bonfim
Júnior'.
5. CONCLUSÕES: forças e fragilidades.
Ao terminar o prefácio do livro, Fr. Clodovis M. Boft escreve as
seguintes considerações que são um convite a acompanhar esta
história através deste livro que comemora os 30 anos de trabalho
pastoral de D. Fragoso e de seus muitos colaboradores: "É preciso
reconhecer que o significado mais profundo da caminhada da
Igreja de Crateús permanece em grande parte escondido, como
esses imensos lençóis de água que dizem jazer no subsolo
daquele sertão."
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