Encontros para os Grupos Bíblicos em Família Tempo Comum – 2010 EIS QUE ESTOU À PORTA E BATO! (Ap 3,20) Arquidiocese de Florianópolis SUMÁRIO Apresentação...................................................................................... 3 Orientações para os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família.......................................... 4 Celebração inicial: IGREJA NAS CASAS......................................... 6 Rumo à Concentração (1º bloco) 1º Encontro: IGREJA SEGUIDORA DE JESUS CRISTO................ 12 2º Encontro: ESPIRITUALIDADE DOS GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA................................................................ 19 3º Encontro: GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA E COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE................................ 25 Iniciação Cristã (2º bloco) 4º Encontro: INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ – COMPROMISSO PERMANENTE DE FÉ................................................ 31 5º Encontro: CHAMADOS A SER DISCÍPULOS............................. 36 6º Encontro: CHAMADOS A SER MISSIONÁRIOS......................... 41 7º Encontro: “AI DE MIM SE EU NÃO EVANGELIZAR”.................. 47 Rumo a um catolicismo bíblico (3º bloco) 8º Encontro: A PALAVRA DE DEUS NA VIDA E NA MISSÃO DA IGREJA.................................................................. 52 9º Encontro: JONAS E A EVANGELIZAÇÃO NA CIDADE.............. 59 10º Encontro: JONAS E A MISERICÓRDIA UNIVERSAL DE DEUS . .. 65 11º Encontro: A FESTA DA DEMOCRACIA ...................................... 71 A casa comum – ecologia (4º bloco) 12º Encontro: CUIDANDO DA VIDA ................................................. 77 13º Encontro: A CASA COMUM QUE DEUS PREPAROU PARA NÓS.................................................................. 83 14º Encontro: SOMOS A FAMÍLIA DE DEUS.................................... 90 Sujeitos da evangelização (5º bloco) 15º Encontro: FAMÍLIA – PROJETO DE DEUS................................. 96 16º Encontro: JOVENS EM MISSÃO............................................... 102 17º Encontro: MULHER – PROTAGONISTA DA HISTÓRIA............ 109 Anexo 1: Carta de Dom Murilo às crianças......................................115 Anexo 2: Hino dos GBF....................................................................118 Anexo 3: Oração dos GBF...............................................................119 2 APRESENTAÇÃO Jesus está à porta e bate O estilo de vida, hoje, é muito desgastante e dispersivo. Nota-se isso não só nas cidades mais populosas, mas até em pequenos municípios do interior. Talvez seja esse um dos motivos da multiplicação de Grupos Bíblicos em Família, de grupos de reflexão e de reuniões de movimentos e associações. A experiência comunitária, contudo, antes de ser uma resposta aos problemas atuais, é da essência mesma do Evangelho. Jesus Cristo, que com os apóstolos formou uma comunidade, prometeu estar presente quando duas ou mais pessoas se reunirem em seu nome. Sua presença ilumina as reflexões e os trabalhos, possibilita a descoberta de novos caminhos e é incentivo na hora da ação. Neste ano da graça de 2010, Jesus Cristo dirige a você o que falou “ao anjo da igreja que está em Laodicéia”: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20). Se, tendo ouvido sua voz, você lhe abrir a porta de seu coração, terá uma surpresa: receberá sua visita para uma refeição – isto é, para um momento de comunhão. Como ele pode muito bem vir na pessoa de um irmão, ou de muitos irmãos e irmãs, é necessário que você amplie sua mesa – isto é, o espaço de seu coração. Em outras palavras: para construir a comunhão, é necessário que você ame cada irmão e todos os irmãos. O amor gera comunhão, e é pelo amor que você será reconhecido como discípulo de Jesus Cristo (cf. Jo 13,35). Concretamente, como seu amor poderá se manifestar hoje? Para responder a essa pergunta, a equipe dos Grupos Bíblicos em Família coloca em suas mãos este conjunto de encontros. Ouvindo a Palavra de Deus, refletindo e rezando com seus irmãos e irmãs, você perceberá mais facilmente a presença do SENHOR à porta de seu coração. Dom Murilo S. R. Krieger, scj Arcebispo de Florianópolis 3 ORIENTAÇÕES PARA OS ANIMADORES E ANIMADORAS DOS GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA Com o objetivo de colaborar com a paróquia na divulgação e organização da prioridade da Ação Pastoral Evangelizadora em nossa Arquidiocese, que são os Grupos Bíblicos em Família, os animadores e animadoras exercem um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidiocesana. As presentes orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão de dinamizar o funcionamento dos Grupos: 1. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Reunir os vários grupos da comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum. 2. AMBIENTE: É muito importante usar a criatividade, preparando bem o ambiente, com alguns símbolos que ilustrem a ideia central do encontro. – A Bíblia não pode faltar, porque é a fonte inspiradora de toda oração, reflexão e proposta de ação do grupo. É importante que todos os participantes a levem sempre, e que se acostumem a ler com antecedência o texto proposto para cada encontro. – Símbolo forte, que deveria estar sempre presente, é a casinha, porque identifica os Grupos Bíblicos em Família como “Igreja nas casas”, lembrando as primeiras comunidades cristãs. 3. CANTOS: Quando não são conhecidos, poderão ser rezados, ou substituídos por outros que o grupo conhece. 4. TAREFAS DO GRUPO: Envolver todos os participantes, distribuindo responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças. Apresentar os novos membros ao grupo. Promover um clima de acolhida e bem-estar para todos. 5. GRUPOS GRANDES: Se o grupo se tornar muito grande, a ponto de dificultar a participação ativa de todos, a saída seria propor que alguns membros, já bem familiarizados com a vida dos grupos, se disponham a iniciar novos grupos, colaborando com a propagação desta prioridade da arquidiocese na sua paróquia ou comunidade. 6. QUESTÕES DA COMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, conversar sobre elas. Lembrar as necessidades materiais e espirituais da comunidade (água, esgoto, lixo, calçamento, policiamento, controle do tráfico e uso de drogas, violência, locais para celebrações e de lazer, etc.), a fim de que o 4 grupo esteja sempre atento, valorizando a vida e colaborando com o bemestar da comunidade. 7. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade. Se o compromisso sugerido para um encontro for difícil de ser executado, escolha-se outro. O importante é ligar sempre oração, reflexão e ação. 8. CONTINUIDADE: Manter o grupo bem unido e articulado, motivando-o a dar continuidade aos encontros durante todo o ano. A equipe de redação prepara um livreto para os encontros de cada tempo litúrgico do ano, ou seja: Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; Tempo Comum. 9. PLANEJAMENTO PAROQUIAL: Para o bom funcionamento dos GBF em nível paroquial é necessário que o nosso planejamento esteja contemplado no planejamento paroquial. – É importante que os coordenadores(as) e animadores(as) se reúnam e tracem um planejamento para todo o ano, com reuniões periódicas na comunidade e em nível paroquial; formação para animadores e animadoras; temas de estudos; celebrações e lançamento dos livretos, conforme o tempo litúrgico. 10. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livreto. Avaliando é que se aprende a melhorar a qualidade do nosso trabalho de evangelização. Após o último encontro, provoque o grupo a fazer a avaliação em conjunto, seguindo o questionário que está no final do livreto, e envie para: Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família Rua Esteves Junior, 447 – Centro CEP: 88015-130 – Florianópolis/SC E-mail: [email protected] Obrigado pela sua valiosa colaboração e bom trabalho! 5 Celebração inicial IGREJA NAS CASAS “Eis que estou à porta e bato!” (Ap 3,20). Ambiente: Bíblia, casinha, vela, livreto “Igreja nas casas”, cartazes e banner dos GBF, se possível; os três livretos do ano: Advento/Natal, Quaresma/Páscoa e Tempo Comum, flores, retratos ou recortes de figuras de famílias reunidas... Acolhida: Animadoras(es) dos GBF Motivação e oração inicial Animador(a) 1: Irmãos e irmãs, mais uma vez estamos aqui reunidos na alegria de reiniciar uma caminhada comum, na presença de Deus. Iniciemos em seu santo nome: Todos(as): Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém. A 2: Nessa presença de Deus, e em seu nome, vamos acolher-nos mutua mente, dando um cordial abraço a quem está ao nosso lado. Canto: Seja bem-vindo, olêlê! Seja bem-vinda, olalá! Paz e bem pra você que veio participar! (Tempo para os abraços.) A 1: Estamos iniciando a última etapa do ano litúrgico, chamada o Tempo Comum. Como Grupos Bíblicos em Família, rezamos, refletimos e celebramos o tempo do Advento e Natal, quando levamos ao presépio as nossas árvores enfeitadas com as boas ações que então nos propusemos. Fazer memória é sempre um gesto de gratidão. Canto: /: No Advento a tua vinda nós queremos preparar. Vem, Senhor, que é teu Natal. Vem nascer em nosso lar. :/ (Entra o livreto do Advento/Natal e o cartaz. Tempo para lembrar.) A 2: Há poucos dias terminamos de refletir, rezar e celebrar o tempo litúrgico da Quaresma, culminando com a maior festa cristã – a Páscoa, prolongada por todo o tempo pascal, até a festa de Pentecostes. 6 Procuramos viver intensamente, com toda a Igreja no Brasil, em comunhão ecumênica, a Campanha da Fraternidade. Lembrando os nossos propósitos para um uso mais responsável dos bens materiais, cantemos, acolhendo o respectivo livreto. (Entra o livreto.) Canto: Jesus Cristo anunciava por primeiro um novo Reino de justiça e seus valores: /: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro, e muito menos agradar a dois senhores”. :/ A 1: Nesta nova etapa do ano, o Tempo Comum, queremos, de semana em semana, aprofundar a nossa identidade cristã, rezando e refletindo a Palavra de Deus que se faz vida na nossa vida diária, nos nossos ambientes, em meio aos desafios do nosso tempo. Canto: Agora é tempo de ser Igreja. /: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar!:/ 1. Somos povo escolhido e na fronte assinalados com o nome do Senhor, que caminha ao nosso lado. (Entra o livreto do Tempo Comum e o cartaz.) A 2: Num momento singular dessa caminhada, numa grande Concentração Arquidiocesana, queremos celebrar, de modo especial, a nossa razão de ser aquilo que o nosso nome diz: Grupos Bíblicos em Família, isto é: Igreja nas Casas. (Entra o livreto, o banner, e algum material da Concentração...) Canto: Hino dos GBF 1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram / em torno da Bíblia, Palavra de Deus. / Refletem, conversam, e rezam, e cantam, / na prece entrelaçam a terra e os céus. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ A 1: Rezemos em dois coros uma parte da Oração dos Grupos Bíblicos em Família. Lado A: Senhor Jesus, tu nos garantiste: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20). Por isso acreditamos em tua presença, quando nos reunimos nos Grupos Bíblicos em Família. 7 Lado B: Em nossos encontros, Senhor Jesus, somos iluminados por tua Palavra, fortalecidos pela oração comunitária e enriquecidos por tua graça. Somos também confortados pela presença de irmãos e irmãs que, como nós, querem ser discípulos e missionários teus. Canto: Hino dos GBF 1. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade. / Pessoas diversas constroem comunhão. / Partilham suas buscas, seus sonhos, problemas, / e tudo se torna fraterna oração. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ T: Nossos encontros bíblicos nos preparem para o Domingo, Dia do Senhor, quando somos convidados a nos reunir ao redor do teu altar. Ali te ofereces ao Pai por nós e nos alimentas com tua Palavra e com o Pão da Vida; ali aprendemos que amar é assumir a cruz de cada dia. Canto: Hino dos GBF 1. Igreja nas casas! São células vivas / da comunidade em torno a Jesus. / Ninguém é cristão isolado, sozinho. / Amor verdadeiro à unidade conduz. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ Refletindo o tema A 2: Como Grupos Bíblicos em Família, nós nos reunimos nas nossas casas, apartamentos, espaços da vida de cada dia. Essa é a nossa característica, nossa identidade, que se expressa no nosso tema: T: Igreja nas casas! A 1: O nosso lema, nossa palavra-força, fonte de inspiração para abrirmos nossas casas a Jesus, mas também aos nossos irmãos e irmãs reunidos em seu nome, é essa bela frase do Apocalipse: T: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20). Leitor(a) 1: Também é muito significativa a nossa logomarca, uma espécie de distintivo da prioridade pastoral de nossa Igreja: T: No mapa da nossa arquidiocese, uma casa habitada pela Bíblia, a Palavra de Deus. 8 L 2: Quando nos reunimos nas nossas casas, em torno do símbolo – a casinha –, revivemos no século 21, agora no ano de 2010, a tradição dos primeiros grupos cristãos da história da nossa Igreja. Canto: Hino dos GBF 1. Igreja nas casas! Assim foi no início, / aí se encontravam os grupos cristãos. / Por isso, o símbolo é hoje a casinha, / a mística é o grupo de irmãs e irmãos. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ L 3: Para nos orientar em nossas reflexões, para nos ajudar a aprofundar a nossa vivência cristã no dia a dia, em meio aos desafios do nosso ambiente e do mundo, ao longo de todo o ano litúrgico, temos o nosso livreto “Grupos Bíblicos em Família”. L 4: Em nossos encontros, normalmente semanais, somos a Igreja arquidiocesana, que, nos pequenos grupos, espalhados pelas paróquias e comunidades, vive uma forte comunhão eclesial em torno dos mesmos temas, iluminados pela mesma Palavra de Deus. Canto: Hino dos GBF 1. Igreja nas casas! A arquidiocese / nos chama e convida a evangelizar. / Os grupos refletem o rosto da Igreja, / que é graça presente em todo lugar. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ A Palavra de Deus nos ilumina A 2: O centro de nossa espiritualidade como “Igreja nas Casas” é a Palavra de Deus. Nela encontramos a inspiração, a força iluminadora para a nossa caminhada, mesmo quando essa se torna cansativa e monótona. Vamos acolher a Palavra, cantando: Canto: Igreja nas casas! 1. Igreja nas casas! O centro é a Bíblia,/ resposta divina a humanas questões. Assim, a oração, reflexão da Palavra,/ motiva e orienta concretas ações. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ 9 Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Apocalipse de São João, capítulo 3, versículo 20 (Ap 3,20). (Breve silêncio.) A 1: Relendo o texto em nossa Bíblia, prestemos atenção às palavras que acentuam o tema que estamos refletindo: – Como podemos imaginar essa cena, como poderíamos pintá-la ou encená-la? – Quem são os personagens? – Que ações da vida familiar são expressas pelos verbos do texto? (Tempo para conversar.) Aprofundando a Palavra A 2: No texto que lemos, Jesus diz que está à porta e quer entrar, quer sentir-se “em casa”, sentar-se à mesa, participar da refeição, da vida das pessoas. L 1: Essa é a parte de Jesus, o seu desejo. Mas ele também espera a nossa parte, ele espera de nós atenção e ação: T: “Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, ...” (Ap 3,20). L 2: Jesus não força a entrada em nossa casa. Quando estamos atentos e ouvimos a sua voz, o som da sua batida na nossa porta, e a abrimos, então ele entra e partilha conosco o “pão nosso de cada dia”. L 3: Então, com a presença de Jesus, a casa da família se torna “Igreja doméstica”; as casas dos nossos Grupos Bíblicos reunidos são: Igreja nas Casas. A 1: Alguns textos bíblicos dizem que Jesus se faz convidar, outros mostram que ele mesmo toma a iniciativa. L 4: Os discípulos de Emaús veem que ele “faz de conta que vai adiante” e convidam: T: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” (Lc 24,29). L 1: E ele entra, senta à mesa com eles, parte o pão – “e eles o reconheceram”. L 2: Ao homem que Jesus viu entre os galhos de uma árvore, ele diz: T: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa” (Lc 19,5). L 3: Tendo acolhido Jesus ”com alegria” na sua casa, o publicano Zaqueu assume um compromisso: T: “Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres...” (Lc 19,8). Canto: Abre a porta (3x) do teu coração. Abre a porta (3x) que Jesus te abençoará. 10 Assumindo compromissos A 2: Também nos nossos encontros, como Igreja nas Casas, somos convidados a reconhecer melhor o Senhor e a assumir compromissos. Hoje, e para esse próximo tempo, por exemplo: – Habituar-nos a acolher com atenção a quem bate à nossa porta e atender no que for possível. – A exemplo de Jesus, tomar a iniciativa de bater a alguma porta, convidando para participar dos GBF ou da nossa vida paroquial (vizinhos novos...) ou mostrar solidariedade. – Ler, se possível, as páginas 24-26 do Manual Igreja nas Casas (Edição 2009): Por que os GBF acontecem nas casas? – Preparar-nos com alegria para a Concentração Arquidiocesana, no dia 29 de agosto, em Camboriú. Oração e bênção A 1: Agradecendo a presença do Senhor Jesus entre nós, neste encontro celebrativo, rezemos ainda da Oração dos GBF: Lado A: Porque queremos ser teus discípulos, ensina-nos a fazer a vontade do Pai; a estar atentos às necessidades dos que sofrem e a ser “alegres na esperança, fortes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12). Lado B: Porque queremos ser teus missionários, dá-nos um coração generoso e entusiasta, um coração como o teu: incansável no anúncio de que Deus é amor. T: Abençoa-nos, Senhor Deus, nesta caminhada através do Tempo Comum, tu que és Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. Canto: Maria mãe. /: Nossa Senhora da paz, Maria, mãe de Jesus. :/ 1. Maria, mãe da vida, Maria, mãe do amor. 2. Maria, mãe do mundo, Maria, mãe da luz. 3. Maria, mãe da terra, Maria, mãe do céu. 4. Maria, mãe da Igreja, Maria, mãe da fé. 5. Maria, mãe do povo, Maria, nossa mãe. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 11 1º Encontro IGREJA SEGUIDORA DE JESUS CRISTO “Que a palavra de Cristo habite em vós com abundância” (Cl 3,16). Ambiente: Bíblia, casinha, vela, fotos de grupos reunidos (GBF), da comunidade e da Igreja reunida, cartaz com figuras que expressem o tema e o lema de nossa Concentração Arquidiocesana e o padroeiro(a) dos nossos Grupos (se possível). Acolhida: Pela família que acolhe Motivação e oração inicial Animador(a): Irmãos e irmãs, bem-vindos! Reunidos e unidos a Cristo ressuscitado, guiados pelo Espírito Santo, fortalecemos nossa fé vivida em comunidade. Hoje vamos partilhar e refletir o jeito de ser Igreja dos Grupos Bíblicos em Família (GBF), a Igreja nas casas. Com alegria saudamos a Trindade que está presente no meio de nós. Todos(as): Em nome do Pai... A: Acolhidos e animados por nos encontrarmos de novo, vamos recordar os compromissos do último encontro. (Tempo para partilhar o que fizemos de concreto.) A: Igreja nas casas, eis nossa grande missão. Para os Grupos Bíblicos em Família tornarem-se mais visíveis e fortalecidos, queremos, neste ano, encontrar-nos numa grande Concentração Arquidiocesana, no dia 29 de agosto, no Ginásio de Esporte em Camboriú, onde celebraremos com muita alegria e entusiasmo nossa caminhada de Igreja nas casas. Todos(as): Igreja nas casas. “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20). A: Vamos olhar para onde estão os símbolos e contemplá-los, cantando: Canto: /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ 12 A: Rezemos, em dois lados, a Oração dos Grupos Bíblicos em Família. T: Senhor Jesus, tu nos garantiste: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20). Lado A: Por isso, acreditamos em tua presença, quando nos reunimos nos Grupos Bíblicos em Família. Em nossos encontros, Senhor Jesus, somos iluminados por tua Palavra, fortalecidos pela oração comunitária e enriquecidos por tua graça. Lado B: Somos, também, confortados pela presença de irmãos e irmãs que, como nós, querem ser discípulos e missionários teus. Lado A: Porque queremos ser teus discípulos, ensina-nos a fazer a vontade do Pai; a estar atentos às necessidades dos que sofrem e a ser “alegres na esperança, fortes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12). Lado B: Porque queremos ser teus missionários, dá-nos um coração generoso e entusiasta, um coração como o teu: incansável no anúncio de que Deus é amor. Lado A: Nossos encontros bíblicos nos preparem para o domingo, Dia do Senhor, quando somos convidados a nos reunir ao redor de teu Altar. Lado B: Ali te ofereces ao Pai por nós e nos alimentas com tua Palavra e com o Pão da vida; ali aprendemos que amar é assumir a cruz de cada dia. T: Tua Mãe Maria, Nossa Senhora do Desterro, interceda por nossas famílias e nossos grupos, para que saibam imitar a família de Nazaré. Assim estaremos nos preparando para viver um dia com a Santíssima Trindade, numa alegria que não terá fim. Amém. Canto: Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria. Deus espera que os dons de cada um se repartam com amor no dia a dia. A: A identidade de Grupos Bíblicos em Família é ser Igreja nas casas, é viver em comum-unidade, contribuindo para a transformação das pessoas na construção de uma sociedade que promova o bem comum, a solidariedade e a fraternidade. T: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” (Mt 18,20). 13 Leitor(a)1: As primeiras comunidades cristãs nasceram nas casas, em pequenos grupos, formando comunidades seguidoras de Jesus Cristo. E os Grupos Bíblicos em Família, como nascerão? (Tempo para as pessoas se expressarem.) L 2: Os Grupos Bíblicos em Família são pequenos grupos reunidos na comunidade, que olham para além de si, que celebram as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angustias, a fé e a vida das pessoas, favorecendo o encontro com Jesus Cristo e a vivência fraterna entre todos os irmãos e irmãs. T: “Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e na oração” (At 2,42). L 3: O jeito de viver das primeiras comunidades cristãs nos motiva e inspira para enfrentarmos, com mais ousadia e coragem, os desafios que encontramos na nossa caminhada dos Grupos Bíblicos em Família. T: “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, sede corajosos, sede fortes;...” (1Cor 16,13). L 1: Quando nos reunimos para rezar, refletir e partilhar a vida, à luz da Palavra de Deus, nos comprometemos a conhecer a realidade que nos cerca, ir ao encontro dos empobrecidos, dos mais afastados e promover a vida em todas as dimensões. T: “Todos os que abraçaram a fé, viviam unidos e possuíam tudo em comum;...” (At 2,44). A: A verdadeira riqueza dos Grupos Bíblicos em Família é ser comunidade inserida no projeto de Jesus, por meio de sua Palavra, no cumprimento dos seus ensinamentos, tornando a Igreja nas casas mais viva, comprometida e atuante. T: “Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da Ressurreição do Senhor Jesus, e, sobre todos eles, multiplicava-se a graça de Deus” (At 4,33). Canto: Agora é tempo de ser igreja /: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar. :/ 1. Somos povo escolhido, e na fronte assinalados com o nome do Senhor, que caminha ao nosso lado. 2. Somos povo em missão. Já é tempo de partir. É o Senhor que nos envia em seu nome a servir. 14 A Palavra de Deus ilumina A: A Palavra Deus é a bússola da Igreja, é o motor que move nossos grupos, é a rocha, o alicerce de toda a nossa realidade. Quem vive e testemunha a Palavra de Deus é o melhor mestre e doutor do anúncio, como diz o apóstolo Paulo: “a Palavra habite em vós”. Cantemos, acolhendo a Palavra: Canto: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo, que cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos a viver um mundo novo. Leitor(a) da Palavra: Leitura da carta de São Paulo aos Colossenses, capítulo 3, versículos de 12 a 17 (Cl 3,12-17). (Momento para interiorizar a Palavra.) A: Vamos ler novamente o texto bíblico que iremos aprofundar. (Tempo para ler pausadamente...) Aprofundando o tema com a Palavra A: No texto, Paulo diz que somos escolhidos e revestidos de amor, para vivermos uma vida unida a Cristo, que é tudo em todos os irmãos e irmãs. Também ressalta que somos orientados pela sua Palavra e seus ensinamentos. T: “... revesti-vos do amor, que une a todos na perfeição” (Cl 3,14). L 2: Paulo exorta à paz de Cristo. A nossa convivência nos grupos contribui para que a paz de Cristo reine nos corações, nas famílias e na comunidade, criando laços de unidade. T: “Reine em vossos corações a paz de Cristo...” (Cl 3,15). L 3: O texto destaca a rica presença da Palavra de Cristo. Em nossos grupos, a Palavra é o centro que nos leva a descobrir a revelação de Deus no cotidiano de nossa vida. T: “Que a palavra de Cristo habite em vós com abundância. Com toda sabedoria, instruí-vos e aconselhai-vos uns aos outros” (Cl 3,16). 15 L 1: Assim, podemos dizer que os Grupos Bíblicos em Família são a Igreja da Palavra, da partilha, do amor fraterno e da comunhão. Canto: /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ L 2: Paulo aconselha a dar graças e cantar salmos, hinos ao Senhor. Os grupos são graça e dom, que acolhem, evangelizam, anunciam a Palavra de Deus e dão testemunho dos ensinamentos de Jesus. T: “Movidos pela graça, cantai a Deus em vossos corações com salmos, hinos e cânticos inspirados pelo Espírito” (Cl 3,16). L 3: Que graça os Grupos Bíblicos em Família pertencerem à Igreja, povo de Deus, que é a imagem de Deus-Trindade na terra, instrumento e sinal do seu Reino! Canto: /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ A: As palavras de Paulo aos Colossenses também se dirigem a cada um de nós. Somos as pessoas escolhidas por Deus para sermos os discípulos missionários, as discípulas missionárias de Jesus, abertos para o mundo, continuadores de sua missão. T: “... tudo que disserdes ou fizerdes, que seja sempre no nome do Senhor Jesus, por ele dando graças a Deus Pai” (Cl 3,17). L 1: Os Grupos Bíblicos em Família desejam ser a Igreja discípula, missionária, profética, servidora e comprometida com o evangelho de Jesus Cristo. T: “Ide, portanto, e fazei que todas as pessoas se tornem meus discípulos, ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19). L 3: O modo de ser Igreja dos Grupos Bíblicos em Família tem características muito fortes que ligam fé e vida, teoria e prática. Acontecem nas casas, são a Igreja doméstica, o lugar do encontro da comunidade. L 1: A oração, a reflexão e a ação caminham juntas. Ali acontece a formação contínua da vida cristã, que revigora a pessoa e a comunidade no compromisso com o projeto de Jesus. Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida. Que todos tenham vida plenamente. :/ 16 A Palavra de Deus gera compromissos A: Estamos vivendo um tempo de graça, preparando-nos para a nossa grande Concentração Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família. Neste momento, nosso compromisso maior é animar, incentivar e convocar todas as pessoas que participam dos Grupos Bíblicos em Família e motivá-las a convidar, com entusiasmo, o seu vizinho e vizinha, os e as catequistas, e todas as lideranças da comunidade, os padres e diáconos, para, juntos, celebrarmos com alegria a nossa caminhada que acontece desde os anos 70 em nossa Arquidiocese. Sintamo-nos, desde já, bem-vindos. Já estamos nos organizando? Como? Já convidamos as lideranças de nossa paróquia, em particular os/as catequistas? (Tempo para o grupo conversar e confirmar sua presença na Concentração, com compromisso concreto.) Oração e bênção A: Sonhamos com uma Igreja de irmãos e irmãs, onde todos vivam o amor, mutuamente, com total confiança. Que tenhamos consciência da nossa identidade de ser Igreja ao desempenharmos nossa missão que o Senhor Jesus nos confiou. Para isso pedimos ao Pai, dizendo: T: Pai nosso... Glória ao Pai... A: Que Deus nos conceda a paz, nos envie para a missão, ilumine nossos passos, nossos trabalhos, nossos Grupos Bíblicos em Família, nossas famílias e toda a Igreja. T: Que a graça do Senhor Jesus Cristo esteja sempre conosco. Que o Senhor nos dê a sua paz e nos abençoe, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém 17 Canto: Hino dos GBF 1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram / em torno da Bíblia, Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam, / na prece entrelaçam a terra e os céus. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família:/ 2. Igreja nas casas! Assim foi no início,/ aí se encontravam os grupos cristãos. Por isso, o símbolo é hoje a casinha, / a mística é o grupo de irmãs e irmãos. 3. Igreja nas casas! A arquidiocese/ nos chama e convida a evangelizar. Os grupos refletem o rosto da Igreja, / que é graça presente em todo lugar. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 18 2º Encontro ESPIRITUALIDADE DOS GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA “Dai graças em toda e qualquer situação” (1Ts 5,18). Ambiente: Casinha, Bíblia, imagens (devoções), flores, água, pão, foto de pessoas do grupo e da comunidade, ferramentas de trabalho. Acolhida: Pela família que acolhe. Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam todos e todas bem-vindos! Animados por nos encontrarmos novamente, vamos partilhar os compromissos assumidos no último encontro. (Tempo para partilhar nossa ação concreta da semana.) Motivação e oração inicial A: Neste encontro queremos continuar refletindo sobre o valor dos Grupos Bíblicos em Família em nossas comunidades, e, ao mesmo tempo, nos preparar para a grande Concentração Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família. Como cristãos e cristãs, saudemos a Santíssima Trindade. Todas(os): Em nome do Pai... A: O Hino dos Grupos Bíblicos em Família traz, em sua letra, a espiri tualidade que queremos viver. Canto: Igreja nas casas! 1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram / em torno da Bíblia, Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam, / na prece entrelaçam a terra e os céus. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ 19 2. Igreja nas casas! O centro é a Bíblia, / resposta divina a humanas questões. Assim, a oração, reflexão da Palavra, / motiva e orienta concretas ações. A: Hoje somos convidados(as) a refletir sobre um assunto muito importante no dia a dia: a espiritualidade dos Grupos Bíblicos em Família. L 2: Todos nós vivenciamos um jeito próprio de nos relacionarmos com Deus e com os irmãos e irmãs. Podemos dizer que aí está a nossa espiritualidade. A: Como discípulas e discípulos de Jesus Cristo, rezemos a oração que ele nos ensinou. T: Pai nosso... Canto: Igreja nas casas! 1. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade. / Pessoas diversas constroem comunhão. / Partilham suas buscas, seus sonhos, problemas, / e tudo se torna fraterna oração. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/ Aprofundando o tema A: Espiritualidade é intensificar a relação com o que de melhor a pessoa tem dentro de si mesma. É intensificar a relação com as pessoas, com a criação e, de modo especial, com Deus, fonte de todo o amor e ternura. L 1: A espiritualidade cristã é original em relação a qualquer outra mística ou motivação: sua fonte é a experiência de fé em Jesus Cristo e no seu Evangelho. L 2: A espiritualidade cristã consiste em deixar-se envolver por Deus e pela sua presença em nossa vida. L 3: Os Grupos Bíblicos em Família procuram viver esta espiritualidade, privilegiando uma atitude de vida que deve ser construída e cultivada a cada dia, com gestos de partilha, comunhão e fraternidade. L 4: A nossa espiritualidade procura viver o projeto de Jesus Cristo, que gera vida, gera alegria, gera esperança e perseverança no anúncio do Reino de Deus. 20 T: “É viver os mesmos sentimentos que teve o Cristo Jesus, em sua doação pela humanidade” (Fl 2,5 ss). Canto: Nesta mesa da irmandade 1. Nesta mesa da irmandade, a nossa comunidade se oferece a ti, Senhor. Nosso sonho, nossa luta, nossa fé, nossa conduta te entregamos com amor. /: Novo jeito de sermos Igreja nós buscamos, Senhor, na tua mesa! :/ A Palavra de Deus ilumina A: Para vivermos a espiritualidade dos Grupos Bíblicos em Família, encontramos na Palavra de Deus o ânimo, a força, o discernimento, e aprendemos a perceber o que é bom e o que não é: seja dentro da comunidade eclesial, seja na sociedade civil. Com alegria, aclamemos a Palavra de Deus. Canto: Vem, Espírito Santo, vem! /: Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar. :/ 1. Nossos caminhos vem iluminar. Nossas ideias vem iluminar. Nossas angústias vem iluminar. As incertezas vem iluminar. Leitor(a) da Palavra: Leitura da Primeira Carta do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses, capítulo 5, versículos de 12 a 22 (1Ts 5,12-22). (Silêncio. Em seguida, cada participante pode ler o versículo que mais lhe chamou a atenção.) A: Para melhor compreensão do texto: a) Quais as recomendações que Paulo faz aos Tessalonicenses? b) Essas orientações são úteis para nós, hoje? Por quê? c) O que isso tem a ver com a nossa espiritualidade dos Grupos Bíblicos em Família? 21 Aprofundando a Palavra e o tema A: Paulo faz recomendações muito práticas para a vivência cristã no dia a dia: L 1: Respeitar e amar as lideranças da comunidade. L 2: Conservar a paz, ter paciência, animar os tímidos, procurar fazer o bem. L 3: Estar sempre alegre e orar continuamente. L 4: Afastar-se de toda espécie de mal. T: “Não apagueis o espírito, não desprezeis os dons da profecia, mas examinai tudo e guardai o que for bom” (1Ts 5,19-21). A: Nos Grupos Bíblicos em Família aprendemos a viver melhor a fraternidade, a partilha, a entre-ajuda e o cuidado com a criação. L 1: Essa espiritualidade nos permite viver a liberdade e buscar a salvação. Canto: Somos gente da esperança 1. Somos gente da esperança, que caminha rumo ao Pai. Somos povo da aliança, que já sabe aonde vai. /: De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, p’ra cantar um novo hino de unidade, amor e paz. :/ A: O nosso Manual “Igreja nas casas” (p. 56) nos aponta algumas atitudes que expressam a nossa espiritualidade: Lado A: Ter capacidade de escuta e diálogo. Saber relacionar-se e valorizar as pessoas na sua diversidade. Lado B: Acolher a todos sem fazer distinção de pessoas. Cultivar o cuidado, o carinho. Lado A: Ser solidário. Ter uma grande sensibilidade e um forte sentido da justiça e da verdade. Lado B: Ser perseverante, mesmo nos momentos difíceis, sem desistir. T: Ter paciência e esperar. Olhar com esperança para o futuro. Lado A: Cultivar uma relação profunda com Jesus Cristo e, nele, com o Pai e o Espírito Santo. Lado B: Ser uma presença amiga e gratuita. Ser capaz de amar e doar-se, sem esperar recompensa. 22 Lado A: Alimentar a própria fé com a oração diária e na escuta da Palavra de Deus. Lado B: Assumir a cruz. A persistência e a paciência são frutos de uma cruz assumida com alegria. T: Ser coerente. Seguir o exemplo de Jesus, que faz o que diz. A: Quem quiser, pode pegar um dos símbolos, da mesa, ou algum objeto que trouxe consigo e dizer se isto tem alguma coisa a ver com espiritualidade. (Tempo para as pessoas se expressarem.) A Palavra de Deus gera compromissos A: Participar dos Grupos Bíblicos em Família exige uma espiritualidade que integre fé e vida. Algumas ideias para vivermos nossa espiritualidade no concreto da vida, no dia a dia: a) Em nossa comunidade, em nosso bairro, condomínio, quais são as maiores necessidades? E o que podemos fazer? b) Como estamos organizando a nossa participação na Concentração Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família, no dia 29 de agosto? A: A partir da reflexão que fizemos, que compromissos práticos podemos assumir? (Tempo para conversar e assumir compromissos.) Oração e bênção A: Com gratidão e alegria, façamos nossas preces, louvando e agradecendo a Deus pela existência dos Grupos Bíblicos em Família em nosso meio. (Preces espontâneas. Após cada prece, rezemos.) T: Bendito sejais, Senhor, pelos Grupos Bíblicos em Família. 23 A: Encerramos o nosso encontro, pedindo a bênção de Deus. T: O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre nós e tenha misericórdia de nós. O Senhor nos dê a paz. Amém. Canto: Maria do sim /: Maria do sim, ensina-me a viver meu “sim”. Oh, roga por mim, que eu seja fiel até o fim. :/ 1. Um dia Maria deu o seu “sim”: mudou-se a face da terra. Porque pelo “sim” nasceu o Senhor, e veio morar entre nós o amor. 2. Ensina-me a ser fiel como tu, vivendo meu “sim” cada dia. Que eu possa, no mundo, ser um sinal da tua humildade, Maria. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 24 3º Encontro GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA E COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE “Tenham uma só aspiração, um só amor, uma só alma e um só pensamento” (Fl 2,2). Ambiente: Casinha, Bíblia, velas, cartaz com tema e lema da Concentração. Acolhida: Feita pelas pessoas que acolhem o grupo. Animador(a): Antes de começar este encontro, vamos conversar sobre os compromissos assumidos no encontro anterior. (Tempo para partilhar a realização dos compromissos assumidos.) Motivação e oração inicial A: Hoje iremos refletir sobre um assunto importante: falaremos sobre os Grupos Bíblicos em Família (GBF) e as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), rumo à grande Concentração Arquidiocesana, que acontecerá no dia 29 de agosto, em Camboriú. Antes vamos rezar, iniciando com a saudação ao Deus Trindade: Todos(as): Em nome do Pai, ... A: Vamos cantar ou rezar a oração do Oficio Divino das Comunidades: Estes lábios meus vem abrir, Senhor. (bis) Cante esta minha boca sempre o teu Louvor! (bis) Venham, e adoremos nosso Senhor! (bis) Doando sua vida, ele nos salvou. (bis) Venham, exultemos todos no Senhor, (bis) Ele é nosso rochedo, nosso Salvador! (bis) Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito! (bis) Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (bis) 25 Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (bis) Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis) Nossas lutas hoje viemos celebrar! (bis) És o Deus da vida, o libertador. (bis) Aleluia, irmãs, aleluia, irmãos! (bis) Introduzindo o tema A: Vamos refletir: a) Conhecemos a prática dos nossos GBF? b) Sabemos quantos existem em nossa paróquia? c) E as CEBs, conhecemos, sabemos onde estão organizadas? (Tempo para conversar.) Canto: /: Juntos, como irmãos, membros da Igreja, vamos caminhando, vamos caminhando. Juntos, como irmãos, ao encontro do Senhor. :/ A: Grupo Bíblico em Família – Igreja nas casas: a grande graça que o Espírito Santo concede à nossa Arquidiocese. Leitor(a) 1: O Grupo Bíblico em Família faz a Igreja retomar a missão com novo ardor. Faz com que a Igreja se manifeste como Mãe, uma Igreja acolhedora que vai ao encontro, escola permanente de comunhão e missão. T: “Eis que estou à porta e bato”! (Ap 3,20). L 2: Os Grupos Bíblicos em Família têm por objetivo evangelizar, anunciando nas casas o Deus da vida e seu Reino que liberta de toda injustiça e sofrimento. Essa prática dos Grupos Bíblicos em Família forma a comunidade dos discípulos missionários de Jesus Cristo. T: “Ide, portanto, e fazei que todas as pessoas se tornem meus discípulos, ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19). L 3: Participar dos Grupos Bíblicos em Família é resgatar a oração, a valorização da vida familiar, a acolhida e o aconchego, trazendo de volta o costume de rezar juntos, nos lares, nas casas, com os vizinhos, e contar os acontecimentos do dia a dia, celebrando a vida. L 4: A Igreja nas casas começou com as primeiras comunidades, mas não parou por aí. Continuou, ou foi retomada, nas famílias de nossos antepassados, através das rezas do terço, das novenas cantadas 26 em louvor aos santos que se tinha em casa. Às vezes, faziam-se até festas com partilha e cantorias. Canto: /: Juntos, como irmãos, membros da Igreja, vamos caminhando, vamos caminhando. Juntos, como irmãos, ao encontro do Senhor. :/ A: Como os Grupos Bíblicos em Família, as Comunidades Eclesiais de Base são um espaço que responde às exigências atuais da evangelização, juntamente com a comunidade eclesial. L 1: As pessoas que vivem a experiência das Comunidades Eclesiais de Base também participam dos movimentos sociais e se abrem para o mundo, como lugar de encontro com Deus, sempre ligados à vida ameaçada que precisa ser defendida. L 2: “As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), no seguimento missionário de Jesus, têm a Palavra de Deus como fonte de sua espiritualidade, e a orientação de seus pastores, como guias, que assegura a comunhão eclesial” (DAp. 179). T: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei aí no meio deles”! (Mt 18,20) L 3: A Palavra de Deus, a Eucaristia e a Celebração sustentam a vivência da vida eclesial, social e comunitária, praticada nas pequenas comunidades. A: Dois aspectos principais nos dão a certeza do papel assumido pelas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). L 4: O primeiro: a formação cristã, fundada em uma fé libertadora; L 1: O segundo: o compromisso com a justiça social, por meio de uma participação ativa nos meios políticos de decisão descentralizada de forma consciente e solidária, onde os interesses sejam da comunidade e não individuais. Canto: /: CEBs têm um rosto, o rosto é de Deus. Cuidemos da vida, presente que Ele nos deu. :/ A: As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e os Grupos Bíblicos em Família (GBF) têm traços muito semelhantes: L 2: Valorizam, vivem e celebram, com intensidade, a religiosidade popular, resgatando e celebrando a vida do povo, valorizando os símbolos, os costumes, sempre com muita alegria, festa e cantos. 27 L 3: São uma manifestação de resistência profética, construção de cidadania e testemunho de vida cristã. Canto: Igreja é povo que se organiza, gente oprimida buscando a libertação, em Jesus a ressurreição. Iluminando a vida com a Palavra de Deus A: Paulo, o grande missionário e animador das comunidades, nos ajuda a refletir sobre o nosso papel enquanto seguidores e seguidoras de Jesus. Vamos aclamar a Palavra de Deus, cantando. Canto: A Palavra de Deus vai chegando 1. É Jesus quem vem nos falar. É Jesus quem vem nos falar/: /: A Palavra de Deus vai chegando, vai! :/ Leitor(a) da Palavra: Proclamação da Carta de São Paulo aos Filipenses, capítulo 2, versículos de 1 a 5 (Fl 2,1-5). (Silêncio.) A: Vamos ler e reler o texto. Dizer a palavra ou frase que mais chamou atenção. (Tempo para as pessoas se expressarem.) A: Vamos refletir: 1. Quais os conselhos que Paulo dá aos Filipenses? 2. Segundo a indicação de Paulo, como podemos imitar as atitudes dos Filipenses? 3. Os Grupos Bíblicos em Família e as Comunidades Eclesiais de Base têm características semelhantes às da comunidade dos Filipenses? Quais? (Tempo para conversar.) Aprofundando o tema a luz da Palavra A: Paulo, fiel ao Evangelho e grande pregador, preocupa-se com as comunidades pelas quais Ele passa e que evangeliza. L 4: Ele convida as comunidades a evitarem divisões e espírito de competição. 28 T: “Não façam nada por competição e por desejo de receber elogios” (Fl 2,3). L 1: A comunidade deve manter-se firme e unida, testemunhando o verdadeiro Evangelho. L 2: Não se trata apenas de acreditar, mas fazer as coisas para o bem comum e não com a intenção de promover-se. L 3: A comunidade deve zelar pela harmonia do grupo e, para isso, é preciso que haja humildade, ternura e compaixão. L 4: É preciso que haja despojamento de si mesmo, muito amor ao próximo e espírito de liderança, clareza e desejo de bem comum. T: “Tenham uma só aspiração, um só amor, uma só alma e um só pensamento” (Fl 2,3). L 1: Como cristãos e cristãs devemos ser capazes de abrir mão de todo e qualquer privilégio, até mesmo de elogios; estar sempre a serviço do bem comum. Canto: Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria. /: Deus espera que os dons de cada um se repartam com amor no dia a dia. :/ A Palavra de Deus gera compromissos A: Depois de tudo que rezamos e refletimos, que ações concretas vamos assumir? Algumas sugestões: a) Procurar ampliar os relacionamentos de amizade, fidelidade e entreajuda na comunidade. b) Divulgar, com ardor missionário, os GBF, convidando outras pessoas a se juntarem a nós. c) Procurar saber quantos grupos existem na comunidade e na nossa paróquia e encaminhar o número para a coordenação dos GBF da Arquidiocese. d) Conhecer melhor as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs): participar, sempre que for possível, das reuniões e dos encontros das CEBs, que acontecem na Comunidade do Monte Serrat ou conforme está no cronograma da Arquidiocese. e) Organizar-se e convidar outros grupos, pastorais, movimentos e pessoas para participarem da Concentração dos GBF, que acontecerá no dia 29 de agosto, em Camboriú. 29 Oração e bênção A: Tendo presente em nós o espírito comunitário, façamos nossa oração em comunhão com toda a comunidade eclesial, encerrando este encontro. T: Santíssima Trindade, sob vossa proteção caminhamos rumo à Concentração Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família. Lado A: Ajudai-nos a vivenciar esse dia de formação, reflexão, oração, ternura e aconchego. Lado B: Que o encontro seja para nós reabastecimento da fé, do ardor missionário e de comprometimento com o Evangelho. Lado A: Ajudai-nos também a vivenciarmos uma espiritualidade libertadora, de oração, de testemunho, de solidariedade, de partilha e fé. Lado B: Que sejamos seguidoras e seguidores de Jesus, no compromisso com um mundo melhor, justo e fraterno. T: Que Maria, nossa Mãe, seja nossa companheira e nos conduza a seu Filho Jesus. Abençoai-nos, ó Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém! Canto: Ave cheia de graça /: Ave, cheia de graça! Ave, cheia de amor!/ Salve, ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor! :/ 1. Mãe do Criador, rogai! Mãe do Salvador, rogai! Do libertador, rogai por nós! Mãe dos oprimidos, rogai! Mãe dos perseguidos, rogai! Dos desvalidos, rogai por nós! 2. Mãe do boia-fria, rogai! Causa da alegria, rogai! Mãe das mães Maria, rogai por nós! Mãe dos despejados, rogai! Dos abandonados, rogai! Dos desempregados, rogai por nós! 3. Mãe dos pescadores, rogai! Dos agricultores, rogai! Santos e Doutores, rogai por nós! Mãe do céu clemente, rogai! Mãe dos doentes, rogai! Do menor carente, rogai por nós! Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 30 4º Encontro INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ – COMPROMISSO PERMANENTE DE FÉ “A quem iremos, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna”! (Jo 6,68). Ambiente: Casinha, Bíblia, pão, sandálias, uma imagem ou estampa de Jesus. Motivação e oração inicial Animador(a): Que alegria podermos nos abraçar e dizer um ao outro: Seja bemvindo, seja bem-vinda! Vamos lembrar os nossos compromissos assumidos no encontro passado e, mais ainda, vamos dizer o que nos ajuda a manter a nossa fé, identificando-nos como cristãos comprometidos em nossas comunidades. (Tempo para partilhar.) A: Hoje vamos refletir sobre a Iniciação à Vida Cristã. Este tema foi discutido pelos bispos na sua 47ª Assembleia Geral, em 2009. Iniciando nosso encontro, vamos saudar a presença do Deus Trindade. Todos(as): Em nome do Pai... A: Com alegria vamos rezar alguns versículos do Salmo 78, em que se fala que a fé no Deus da vida era transmitida de pai para filho. T: Povo meu, escuta a minha instrução, dá ouvidos às palavras de minha boca. O que nós ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, nós o contaremos à geração futura: os louvores do Senhor, seu poder e as maravilhas que realizou. Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito santo. Amém. (Um breve silêncio, para contemplar os símbolos; em seguida, cantemos.) 31 Canto: Um dia escutei teu chamado 1. Um dia escutei teu chamado, divino recado batendo no coração. Deixei deste mundo as promessas e fui bem depressa no rumo da tua mão. /: Tu és a razão da jornada, tu és minha estrada, meu guia e meu fim. No grito que vem do teu povo te escuto de novo chamando por mim :/ Refletindo o tema A: A palavra “iniciação” significa conduzir alguém para o interior de algo. No sentido religioso, é um mergulho no mistério que está no centro de nossa fé. Ser cristão é participar desse mistério e comprometer-se com ele. T: O grande mistério da fé cristã é: “conhecer, acolher, celebrar e vivenciar Jesus Cristo” (DNC 43). A: A iniciação à vida cristã implica uma meta a alcançar, um caminho a seguir, um guia experiente a orientar e determinação para avançar. Leitor(a) 1: A catequese é elemento importante na iniciação à vida cristã, entendida como um processo permanente, para a vida toda. T: Há muitos séculos, Tertuliano já dizia que “os cristãos se fazem, não nascem”. L 2: Para tornar-se cristão, é preciso muito mais do que conhecer algumas ideias: é preciso aprofundar nossa fé e fazer uma adesão pessoal a Jesus Cristo e a tudo o que Ele revela. T: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). A: A iniciação à vida cristã acontece desde as origens do cristianismo; ela recebeu uma estruturação organizada através do catecumenato, que atendia sobretudo adultos que faziam um caminho prolongado no conhecimento e na vivência da fé. L 3: O mundo mudou, e o entendimento da fé também. Por isso, temos hoje um crescente número de jovens e adultos que não foram batizados, bem como muitos cristãos que receberam os sacramentos, mas não foram evangelizados. 32 L 4: O documento de Aparecida nos diz: A Iniciação à Vida Cristã é um desafio que deveríamos encarar com decisão, com coragem e criatividade. Canto: Agora é tempo de ser Igreja /: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar. :/ 1. Somos povo escolhido, e na fronte assinalados com o nome do Senhor, que caminha ao nosso lado. 2. Somos povo em missão, já é tempo de partir. É o Senhor que nos envia em seu nome a servir! A Palavra de Deus ilumina A: O Sínodo dos Bispos de 2008 fala da voz da Palavra, que é a Revelação; do rosto da Palavra, que é Jesus Cristo; da casa da Palavra, que é a Igreja; dos caminhos da Palavra, que é a missão junto à comunidade. Os primeiros cristãos faziam uma convicta iniciação, sobretudo tendo como alimento a Palavra, a celebração e a missão. Vamos acolher a Palavra, cantando: Canto: /: Escuta, Israel, o Senhor, teu Deus, quer falar. :/ /: Fala, Senhor meu Deus, Israel quer te escutar. :/ Leitor(a) da Palavra: Leitura dos Atos dos Apóstolos escrito por São Lucas, capítulo 2, versículos 42 a 47 (Lc 2,42-47). A: Vamos refletir sobre o texto: 1. Em que os primeiros cristãos eram iniciados? 2. Quem era o fundamento da vida de fé das primeiras comunidades e por quê? (Deixar que as pessoas se manifestem.) Aprofundando a Palavra A: Jesus formou os discípulos devagar. Houve um chamado, um aprendizado e um convívio. Foi nesse convívio que eles foram formando as comunidades e vivendo a proposta de Jesus. 33 T: Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos. L 1: O conteúdo desse ensinamento era a memória do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. T: Eram perseverantes na comunhão fraterna. L 2: É a palavra de Jesus e sobre Jesus que vai indicando como a comunidade deve viver, o que ela deve fazer. A fraternidade e a solidariedade são o distintivo dos membros dessas comunidades. T: Eram perseverantes na fração do pão. L 3: A prática da Eucaristia traz presente a memória do gesto de amor de Jesus, que leva a partilhar, em clima fraterno. A refeição em comum é expressão de uma humanidade reconciliada. T: Eram perseverantes nas orações. L 4: A comunidade cristã continua o costume judaico de rezar. A profissão de fé é perpassada por celebrações de ação de graças. “Louvavam a Deus e eram estimados por todos”. T: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma” (At 4, 32). Canto: Jesus Cristo me deixou inquieto nas palavras que ele proferiu. Nunca mais eu pude olhar o mundo sem sentir aquilo que Jesus sentiu. Assumindo compromissos A: A iniciação à Vida Cristã é uma exigência da missão da Igreja: formar cristãos firmes e conscientes, por escolha e não simplesmente por tradição ou ato social. Jesus Cristo é o centro de nossa fé cristã. Precisamos nos abastecer na Palavra, na celebração, para continuarmos a nossa missão de batizados. Algumas propostas: – Buscar amadurecer a nossa fé com uma participação permanente nos Grupos Bíblicos em Família, estudo bíblico, participação nas celebrações, tríduos, festas, procissões... – Convidar os pais e os catequizandos para reafirmar sua fé, ajudando na comunidade, assumindo com consciência o sentido dos sacramentos de Iniciação: Batismo, Crisma e Eucaristia. 34 – Participar efetivamente das celebrações dominicais e convidar vizinhos, conhecidos, para esse encontro comunitário. (Tempo para conversar e ver que compromisso, além desses, é necessário assumir na comunidade.) Oração e bênção A: O Credo guarda os princípios da fé que professamos, e que a Igreja testemunha e anuncia. Vamos rezar o Credo com convicção, professando a nossa fé. T: Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém. A: Que a bênção do Deus da vida e da bondade desça sobre cada um e cada uma de nós com amor paternal. T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Canto: Pelo batismo recebi uma missão 1. Pelo batismo recebi uma missão. Vou trabalhar pelo reino do Senhor. Vou anunciar o Evangelho para os povos, vou ser profeta, sacerdote, rei, pastor. Vou anunciar a Boa nova de Jesus. Como profeta recebi esta missão. Onde eu for, serei fermento, sal e luz, levando a todos a mensagem de cristão. 2. O Evangelho não pode ficar parado. Vou anunciá-lo, esta é a minha obrigação. A messe é grande e precisa de operários, vou cooperar na evangelização. Onde houver trevas, eu levarei a luz. Também direi a todos que Deus é Pai, anunciando a mensagem de Jesus. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 35 5º Encontro CHAMADOS A SER DISCÍPULOS “Jesus subiu a montanha e chamou os que Ele quis, e foram com Ele” (Mc 3,13). Ambiente: Bíblia, vela, cruz, casinha... Motivação e oração inicial Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam bemvindos e bem-vindas a mais este encontro. Quando recebemos o Batismo, começamos o nosso compromisso de cristãos e cristãs. Vamos lembrar os nossos compromissos assumidos no encontro passado e partilhar. (Tempo para partilhar.) A: Neste encontro, vamos refletir sobre nossas responsabilidades e compromissos batismais, bem alegres, na condição de sermos mais um discípulo, uma discípula de Jesus, atendendo o seu chamado. O mesmo Jesus exige de nós esses compromissos, quando diz: Todos(as): “Ide, portanto, e fazei que todas as pessoas se tornem meus discípulos, ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19). A: Iniciemos o encontro com o sinal do nosso batismo: T: Em nome do Pai... Canto: Um dia escutei teu chamado 1. Um dia escutei teu chamado, divino recado batendo no coração. Deixei desta vida as promessas e fui bem depressa no rumo de tua mão. /: Tu és a razão da jornada, tu és minha estrada, meu guia, meu fim. No grito que vem do teu povo te escuto de novo chamando por mim. :/ 36 2. Os anos passaram ligeiro, me fiz um obreiro do reino de paz e amor. Nos mares do mundo navego e às redes me entrego, tornei-me teu pescador. A: À medida que crescemos no conhecimento de Jesus, vamos amadurecendo na fé, no amor e na adesão completa a Ele, a partir da vivência dos Sacramentos de Iniciação: Batismo, Eucaristia e Crisma. L 2: Para o amadurecimento na fé é necessária, e de fundamental importância, uma catequese permanente, num aprendizado cada vez maior. T: Jesus disse: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de gente”. E imediatamente deixaram tudo e seguiram a Jesus (Mc 1,18). A Palavra de Deus nos ilumina A: Para aprofundar este encontro, que tem como tema “O Chamado”, vamos ouvir um convite de Jesus, narrado pelo Evangelista Marcos: Canto: Dá-me a palavra certa 1. Dá-me a palavra certa, na hora certa e no tempo certo e pra pessoa certa. Dá-me a cantiga certa, na hora certa e no tempo certo, e pra pessoa certa. Palavra é como pedra, preciosa, sim. Quem sabe o valor cuida bem do que diz. /: Palavra é como brasa, queima até o fim. Quem sabe o que diz há de ser mais feliz. :/ Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos, capítulo 3, versículos de 13 a 19 (Mc 3,13-19). (Momento para interiorizar a Palavra.) A: Jesus não quis iniciar sua “catequese” sozinho; precisava de mais alguém para ajudá-lo. O que Ele fez? (Tempo para os participantes falarem.) Refletindo o texto e o tema A: Jesus escolhe pessoas para estarem com Ele na sua missão. Um pequeno grupo de 12 pessoas. Não pergunta o que elas são na vida: 37 Analfabetos, letrados, com formação universitária..., muito menos sua profissão. L 3: Num primeiro momento, o que se observa é Jesus chamando seus discípulos para estarem com Ele, seguirem suas ‘pegadas’, fazerem seu caminho. L 4: Seguir Jesus é caminhar com Ele na construção do Reino. T: É buscar de fato o Reino de Deus e a sua Justiça. L 1: É praticar as obras de caridade com o coração puro e humilde. L 2: É colocar Deus em primeiro lugar, acima das riquezas, das mentiras, hipocrisias, do bem-estar fútil... T: “Buscai, primeiro, o Reino de Deus e a sua Justiça” (Mt 6,33). L 3: Estar com Jesus nos leva a conhecê-lo e amá-lo cada vez mais. L 4: Segui-lo é identificar-se com suas atitudes, com seu Espírito, com seus valores. É imitá-lo em tudo, como diz Paulo: T: Não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E esta vida que agora vivo, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Canto: Quando chamaste os doze primeiros 1. Quando chamaste os doze primeiros pra te seguir, sei que chamavas todos os que haviam de vir. /: Tua voz me fez refletir, deixei tudo pra te seguir, nos teus mares eu quero navegar. :/ 1. Quando pediste aos doze primeiros: Ide e ensinai! Sei que pedias a todos nós: Evangelizai! Compromissos A: Muitas vezes, Jesus está nos chamando através de um convite que a comunidade nos faz. Será que não é este o momento para atender ao seu chamado? Então, vamos colocar nossos serviços à disposição do Senhor, como compromisso na comunidade: – Nos doentes, idosos, pessoas com deficiência, colocando-nos a seu serviço. 38 – Tendo facilidade na leitura, com desembaraço, procurar a equipe litúrgica e colocar à disposição o nosso dom. – Colaborar nas Pastorais, porque elas precisam muito de colaboradores. – (Vamos pensar e decidir que compromissos podemos assumir.) Canto: Me chamaste para caminhar 1. Me chamaste para caminhar na vida contigo. Decidi para sempre seguir-te e não voltar atrás. Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma. É difícil agora viver sem lembrar-me de ti. /: Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor. Eu só encontro a paz e a alegria bem perto de ti. :/ Oração e bênção A: Com fé viva, peçamos que o Senhor da Messe, no seu amor, se manifeste a cada um de nós através do chamado a ser discípulo, discípula e peçamos a cada prece: T: Revelai-nos vossa presença, Senhor. L 1: Como a Maria, quando recebeu o anúncio do projeto de Deus, L 2: Como a João Batista no deserto, quando pregava a conversão do coração, L 3: Como a Pedro, quando, entrando na sua vida, lhe mudastes o nome, L 4: Como a Natanael, reconhecendo nele um homem sem falsidade, L 1: Como aos filhos de Zebedeu, que, chamados, deixaram o pai e vos seguiram, L 2: Como à Samaritana que, ouvindo-vos, deixou-se renovar a partir de dentro, L 3: Como aos dez leprosos, rejeitados entre as colinas da Samaria, L 4: Como à viúva de Naim, fechada na sua dor, L 1: Como ao cego de nascimento que, deitado em sua pobreza, não pede nada, L 2: Como à Cananeia que nos maravilha por sua grandeza de fé, 39 L 3: Como aos discípulos no Cenáculo, quando vos doastes como PÃO da vida, L 4: Como na ressurreição, abrindo a cada um de nós uma vida nova de esperança, L 1: Como a Zilda Arns, favorecendo e curando pobres e miseráveis na Pastoral da Criança, T: Dai-nos o vosso Espírito, para que nos transforme e nos faça ouvir o vosso chamado, na unidade do vosso amor. Por nosso Senhor, Jesus Cristo, que convosco vive no Espírito Santo, agora e para sempre. Amém! A: Pedimos a bênção de Deus T: Deus todo poderoso, por sua bondade infinita, nos abençoe e nos guarde, nos dê a saúde e a paz. Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém. Canto: Maria, mãe dos caminhantes /: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós somos todos viajantes, mas é difícil sempre andar. :/ 1. Fizeste longa caminhada para servir a Isabel, sabendo-te de Deus morada após teu sim a Gabriel. 2. Com fé fizeste a caminhada, levando ao templo teu Jesus. Mas lá ouviste da espada, da longa estrada para a cruz. A: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! T: Para sempre seja louvado. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 40 6º Encontro CHAMADOS A SER MISSIONÁRIOS “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). Ambiente: Bíblia, casinha, cruz, sandálias, vela, noticias de missionários (Jornal Missão Jovem) ou revistas católicas... Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Vamos partilhar os compromissos praticados do encontro passado. (Tempo para lembrar e partilhar.) Motivação e oração inicial A: Hoje vamos refletir sobre nossa missão como seguidores e seguidoras de Jesus Cristo. Iniciemos nosso encontro em nome da Santíssima Trindade, pois Ela é a fonte de nossa Missão. Todos(as): Em nome do Pai... A: Jesus nos ensinou a rezar ao Pai, dizendo: T: Pai nosso... (Num breve silêncio vamos contemplar os símbolos; em seguida, cantemos.) Canto: Pelo batismo recebi uma missão. Vou trabalhar pelo Reino do Senhor. Vou anunciar o Evangelho para os povos. Vou ser Profeta, Sacerdote, Rei, Pastor. Vou anunciar a Boa Nova de Jesus, como profeta recebi esta missão. Onde eu for serei fermento, sal e luz, levando a todos a mensagem de cristão. Refletindo o tema A: A missão da Igreja é evangelizar. Jesus disse aos seus seguidores: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). 41 Leitor(a) 1: A evangelização é o anúncio da Palavra de Deus. Queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Jesus. L 2: A Igreja deve cumprir sua missão, seguindo os passos de Jesus e adotando suas atitudes. T: “Ide, portanto, fazei que todas as nações se tornem meus discípulos” (cf. Mt 28,19). L 3: Ser discípulo é pôr-se no caminho de conversão e do seguimento de Jesus. Canto: Me chamaste para caminhar 1. Me chamaste para caminhar na vida contigo. Decidi para sempre seguir-te não voltar atrás. Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma. É difícil agora viver sem lembrar-me de ti... /: Te amarei, Senhor, te amarei, Senhor. Eu só encontro a paz e alegria bem perto de ti. :/ A: Quem se dispõe a caminhar no caminho de Jesus, muda a sua vida, torna-se mais solidário e fraterno. A Escritura Sagrada nos refere o seguinte sobre a missão: Lado A: “A colheita é grande, mas poucos os operários” (Mt 9,37). Lado B: “Peçam ao dono da colheita que envie trabalhadores para a colheita” (Mt 9,38). Lado A: “Vocês são o sal da terra. Ora, se o sal perde o gosto, com que poderemos salgá-lo?” (Mt 5,13). Lado B: “Não serve para mais nada; serve só para ser jogado fora e ser pisado pelas pessoas” (Mt 5,13). Lado A: “Vocês são a luz do mundo” (Mt 5,14a). Lado B: “Que a luz de vocês brilhe diante das pessoas, para que elas vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu” (Mt 5,16). Lado A: “Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Lado B: Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10,16). Lado A: “Todo aquele que der testemunho de mim diante das pessoas, também eu darei testemunho dele diante do meu Pai que está no céu” (Mt 10,32). 42 Lado B: “Quem procura conservar a própria vida, vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la” (Mt 10,39). A: A origem da missão está na Santíssima Trindade: nasceu da missão do Filho e do Espírito Santo, enviados pelo Pai ao mundo. Iniciou mais precisamente no domingo de Páscoa, quando Madalena foi enviada a anunciar a Ressurreição aos discípulos. Em Pentecostes teve início a missão com o anúncio da salvação a todos os povos, e que continua até hoje. Canto: /: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra. :/ A Palavra de Deus nos ilumina A: Vamos ouvir o que Jesus nos diz no Evangelho de São João. Aclamemos a Palavra, cantando: Canto: Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça. E tudo mais vos será acrescentado. Aleluia, aleluia. 1. Não só de pão a gente viverá, mas de toda palavra que procede da boca de Deus, aleluia, aleluia. Leitor(a): Leitura do Evangelho de São João, capitulo 15, versículos de 1 a 8 (Jo 15,1-8). Refletindo a Palavra 1. Vamos partilhar o que entendemos do Evangelho lido. 2. De que maneira a gente leva à frente a mensagem de Jesus? 3. Qual é o nosso modo de ser missionário? 4. Quando me encontro com as pessoas, elas conseguem perceber em mim o testemunho cristão no meu modo de falar e nas minhas atitudes? A: Nossa fidelidade ao Evangelho exige que assumamos nosso compromisso de batizados. L 1: Todo cristão deve sentir-se corresponsável na missão. L 2: É preciso assumir com maior responsabilidade a identidade cristã. T: Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer (Jo 15, 5). 43 L 3: Faz-se necessário que a pessoa cristã se alimente diariamente da Palavra de Deus e busque a participação frequente da Eucaristia dominical. L 4: Nossa tarefa principal é testemunhar o amor a Deus e ao próximo com gestos concretos, na família, no trabalho, na comunidade. T: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai: em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos” (Jo 15,7-8). L 1: Como cristãos e cristãs, devemos sentir-nos enviados a dar testemunho de nossa fé em Cristo Jesus em qualquer lugar onde estivermos ou para onde formos. L 2: Jesus fez a grande promessa. Estará sempre com aqueles que se comprometerem com Ele. T: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim” (Mt 28,20b). Canto: Senhor, se tu me chamas /: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu te siga, respondo: Eis-me aqui. :/ 1. Profetas te ouviram e seguiram tua voz, andaram mundo afora e pregaram sem temor. Seus passos tu firmaste, sustentando seu vigor. Profeta tu me chamas: Vê, Senhor, aqui estou. Assumindo compromissos A: O Batismo nos compromete a sermos discípulos missionários e a vivermos de acordo com o que Jesus nos ensinou. – Como vou demonstrar o compromisso assumido pelo Batismo? – Como vivenciarei este envio de ser testemunha do Evangelho? (Tempo para conversar e decidir que compromisso assumir, como pessoa e grupo.) 44 Oração e bênção A: Vamos rezar juntos a oração que o Papa Bento XVI fez em vista da Conferência em Aparecida, realizada em maio de 2007: Lado A: Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rosto humano de Deus e rosto divino do ser humano, acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu e a alegria de sermos cristãos. Lado B: Vinde ao nosso encontro e guiai os nossos passos, para seguir-vos e amar-vos na comunhão da vossa Igreja, celebrando e vivendo o dom da Eucaristia, carregando a nossa cruz, e urgidos por vosso envio. Lado A: Dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito, que ilumine as nossas mentes e desperte entre nós o desejo de contemplar-vos; o amor aos irmãos, especialmente aos afligidos, e o ardor por anunciarvos no início deste século. Lado B: Discípulos e missionários vossos, nós queremos remar mar adentro, para que os nossos povos tenham em Vós vida abundante, e construam com solidariedade a fraternidade e a paz. Senhor Jesus, vinde e enviai-nos! Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós. Amém”. A: Jesus é a única autoridade entre Deus e o ser humano. Ele dá apenas uma ordem àqueles que o seguem: T: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,19-20). Canto: Ide por todo universo 1. Ide por todo universo meu Reino anunciar, dizei a todos os povos que eu vim pra salvar! Quero que todos conheçam a luz da verdade, possam trilhar os caminhos da felicidade. /: Ide anunciar minha paz, ide sem olhar para trás! Estarei convosco e serei vossa luz na missão! :/ 45 2. Vós sois os meus mensageiros e meus missionários, ide salvar o meu povo de tantos calvários. Minha verdade liberta e a vida promove, meu Evangelho ilumina e as trevas remove. 3. Eu anunciei o meu Reino na cruz e no templo, dei minha vida por todos, deixei meu exemplo. Quem por amor der a vida, será meu amigo e, na riqueza do Pai, terá parte comigo! Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 46 7º Encontro “AI DE MIM, SE EU NÃO ANUNCIAR O EVANGELHO!” “Anunciar o Evangelho não é para mim motivo de glória” (1Cor 9,16). Atenção: É importante que este encontro seja realizado após a Concentração Arquidiocesana dos GBF, entre 30 de agosto e 10 de setembro. Ambiente: Bíblia, vela, casinha, imagem de Nossa Senhora e flores. Acolhida: Pelas pessoas da casa. Motivação e oração inicial Animador(a): Queridos irmãos e irmãs, bemvindos! Vamos partilhar os compromissos praticados do encontro passado. Lembremos também com alegria os fortes momentos acontecidos na nossa Concentração Arquidiocesana em Camboriú. (Tempo para lembrar e partilhar.) A: Motivados e fortalecidos pelo êxito da Concentração dos GBF, é hora de conversar sobre o Encontro Interdiocesano, atividade regional, que acontecerá no dia 12 de setembro em Criciúma. Na certeza de que Jesus caminha conosco e nos faz irmãos e irmãs de caminhada, façamos nossa oração, saudando a Trindade Santa. Todos(as): Santíssima Trindade, sob vossa proteção caminhamos rumo ao II Interdiocesano dos Grupos Bíblicos em Família e das Comunidades Eclesiais de Base. Lado A: Senhor, que nos chamastes e enviastes a evangelizar, ajudai-nos a vivenciar nesse dia de formação, reflexão, oração, o verdadeiro encontro com Jesus Cristo. 47 Lado B: Concedei-nos alegria, ternura e aconchego ao encontrar-nos com os irmãos e irmãs das dioceses de Criciúma e Tubarão. T: Senhor, fazei-nos discípulos missionários de Jesus comprometidos com os vossos ensinamentos. Lado A: Tornai-nos firmes na fé, dai-nos paciência e perseverança, para que possamos desempenhar com alegria e entusiasmo a nossa missão. Lado B: Que sejamos seguidoras e seguidores de Jesus, no compromisso com um mundo melhor, justo e fraterno. T: Que tudo seja realizado em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. A: Somos chamados a evangelizar pelo contato direto com outras pessoas, a exemplo de Jesus com a Samaritana, com Zaqueu, com Nicodemos e tantas outras pessoas. Quando o coração de uma pessoa é tocado pela palavra que ela recebe diretamente, ela se dispõe também a acolher o envio de Jesus: T: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulas, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19-20). Canto: Hino dos GBF 1. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade./ Pessoas diversas constroem comunhão. Partilham suas buscas, seus sonhos, /problemas, e tudo se torna fraterna oração. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família:/ Refletindo o tema A: O nosso encontro de hoje é uma motivação e preparação baseada no tema e lema, que conduzirá a reflexão no Interdiocesano, com o objetivo de celebrar e fortalecer a caminhada dos Grupos de Reflexão/ Família a das Comunidades Eclesiais de Base em todas as dioceses de Santa Catarina. Leitor(a) 1: O tema do Interdiocesano é: T: A missão dos discípulos missionários de Jesus à luz da Palavra de Deus. L 2: O lema do Interdiocesano é: T: “Ai de mim, se não evangelizar!” (1Cor 9,16). 48 L 3: Jesus Cristo nos chama a evangelizar. Como membros participantes de GBF ou de CEBs, temos o compromisso de anunciar a boa notícia e testemunhar os ensinamentos de Jesus nas casas, ajudando as pessoas a se comprometer em favor dos menos favorecidos. T: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e envioume para anunciar a boa nova...” (Lc 4,18). L 4: Nossa missão é levar ao conhecimento de todas as pessoas a mensagem de Jesus, colaborando na edificação do Reino de Deus. L 1: Como Igreja seguidora de Jesus Cristo, somos chamados a testemunhar o seu amor libertador e a sua misericórdia e continuar o seu projeto de vida. T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). L 2: Tornamo-nos discípulos e missionários autênticos de Jesus a partir do encontro pessoal com ele, vivendo uma vida de comunidade com os irmãos e irmãs na construção de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna. T: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado” (Lc 4,43). L 3: Os nossos Grupos Bíblicos em Família, e as Comunidades Eclesiais de Base, são um modo privilegiado de evangelização pela reflexão e partilha da Palavra de Deus, o testemunho de vida em comunidade e a oração que une fé e vida. T: Igreja nas casas. “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20). A: Nesse Interdiocesano vamos aprofundar a missão dos discípulos missionários de Jesus à luz da Palavra de Deus nos três âmbitos: pessoa, comunidade e sociedade, com o objetivo de: T: Fortalecer o compromisso missionário dos Grupos de Reflexão/ Família e das Comunidades Eclesiais de Base no Regional Sul 4, na Igreja de santa Catarina. Canto: Quero ouvir teu apelo 1. Quero ouvir teu apelo, Senhor, ao teu chamado de amor responder. Na alegria te quero servir, e anunciar teu reino de amor. /: E pelo mundo eu vou, cantando teu amor, pois disponível estou para servir-te, Senhor :/ 49 A Palavra de Deus nos ilumina A: Quando a Palavra de Deus arde em nosso coração, ela gera compromissos. No texto bíblico que vamos ouvir, Paulo se coloca disponível para o anúncio e solidário com todos. Vamos acolher a Palavra, cantando. T: /: Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado, aleluia. :/ Leitor(a) da Palavra: Leitura da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 9, versículos de 14 a 18 (1Cor 9,14-18). A: Acolhamos a Palavra, em silêncio, e partilhemos, depois, o que mais nos chamou atenção. (Tempo para conversar.) Refletindo o tema com a Palavra A: No texto, Paulo se coloca responsável pelo anúncio, renuncia a seus direitos e considera seu ministério uma missão, na qual o Senhor o empenhou pessoalmente. T: “Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!” (1Cor 9,16). L 4: Assim como Paulo, nós também somos evangelizadores no seguimento missionário de Jesus pelo anúncio, tornando-nos disponíveis e solidários para com todos. T: “Anunciar o Evangelho não é para mim motivo de glória...” (1Cor 9,15). L 1: Na vivência da vida em comunidade, tornamo-nos responsáveis uns pelos os outros; por isso, devemos anunciar com gratuidade a mensagem de Jesus, sua vida, morte e ressurreição. L 2: Diante do grande desafio de evangelizar nas casas, as palavras de Paulo são um estímulo para sermos discípulos missionários autênticos de Jesus Cristo. T: “Então, qual é a minha recompensa? Ela está no fato de eu anunciar o Evangelho gratuitamente...” (1Cor 9,18). 50 Compromisso A: Além de agirmos conforme as nossas possibilidades, no momento temos o compromisso de nos organizar por paróquia e comarca para representar a caminhada de Igreja da nossa Arquidiocese no Interdiocesano em Criciúma, onde queremos participar com um grande número de animadores(as) dos Grupos Bíblicos em Família e das Comunidades Eclesiais de Base. Como estamos nos organizando? (Tempo para partilhar sobre o Interdiocesano: quem vai e como vamos. Também, se for possível, ver que compromisso vamos assumir, conforme o que refletimos hoje.) Oração e bênção A: Irmãos e irmãs, apresentemos a Deus nossas preces espontâneas de pedido e agradecimento. (Tempo para preces espontâneas.) T: Senhor, atendei a nossa prece. A: Como discípulos missionários, pedimos a Jesus que nos conduza a sermos firmes e fiéis à missão que ele nos confiou, e rezemos: T: Pai Nosso..., Glória ao Pai... A: Pela intercessão de Maria Santíssima, discípula e missionária, desça sobre cada um de nós e sobre toda a Igreja a bênção de Deus. T: Abençoe-nos o Pai todo poderoso, o Filho misericordioso, que nos chama à missão, e o Espírito Santo, que nos fortalece e nos santifica. Amém! Canto: Vem, Maria, vem /: Vem, Maria, vem, vem nos ajudar neste caminhar tão difícil, rumo ao Pai. :/ 1. Vem, querida Mãe, nos ensinar a ser testemunhas do amor. Que fez do teu corpo sua morada, que se abriu pra receber o Salvador. Nós queremos, ó Mãe, responder ao amor do Cristo Salvador. Cheios de ternura colocamos confiantes em tuas mãos esta oração. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 51 8º Encontro A PALAVRA DE DEUS NA VIDA E MISSÃO DA IGREJA “A Palavra de Deus crescia e se multiplicava” (Atos 12,24). Ambiente: Bíblia, casinha, vela, cartaz do livreto, cruz. Acolhida: Pelos membros da família que acolhe o grupo Motivação e oração inicial Animador(a): Irmãos e irmãs bem-vindos! Vamos partilhar os compromissos praticados do encontro passado. (Tempo para lembrar e partilhar.) A: No encontro de hoje queremos refletir sobre a Palavra de Deus em nossa vida. Somos a Igreja da Palavra. São três os ministérios fundamentais da Igreja e de cada cristão: anunciar a Palavra, celebrar a Liturgia e viver a Caridade. Com os nossos corações voltados para a cruz, onde a Palavra feita carne se deixou crucificar por amor de todos nós e de toda a criação, façamos o sinal da cruz. Canto: Em nome do Pai... A: Como oração inicial, vamos recitar a prece do bem-aventurado Tiago Alberione, grande incentivador do uso dos meios de comunicação na evangelização moderna: Todos(as): Trindade Santíssima, Pai, Filho e Espírito Santo, presente e atuante na Igreja e na profundidade do meu ser, eu Te adoro, Te agradeço, Te amo! Lado A: Pai celeste, a ti me ofereço, me entrego e me consagro como filho(a). Lado B: Jesus Mestre, a ti me ofereço, me entrego e me consagro como irmão(ã) e discípulo(a). Lado A: Divino Espírito Santo, a ti me ofereço, me entrego e me consagro como templo vivo para ser santificado. 52 Lado B: Maria, Mãe da Igreja e minha mãe, tu estás em íntima união com a Santíssima Trindade: ensina-me a viver em comunhão com as três pessoas Divinas, a fim de que toda a minha vida seja um canto de glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. T: Amém. Canto: Ó Trindade, vos louvamos /: Ó Trindade, vos louvamos, vos louvamos pela vossa comunhão! Que esta mesa favoreça, favoreça a nossa comunicação. :/ 1. Contra toda tentação da ganância e do poder, nossas bocas gritem a palavra do viver. Refletindo o tema A: Hoje vamos falar da Palavra. Em 2005, o Sínodo dos Bispos deteve-se sobre a Eucaristia na vida e na missão da Igreja. E em 2008 deteve-se sobre a Palavra, a importância do seu anúncio, do seu estudo, do seu conhecimento, sobre o lugar da Bíblia em nossa vida de fé. Como as primeiras comunidades cristãs, nós também queremos ser Igreja da Palavra. Leitor(a) 1: Quando os primeiros cristãos começam a questionar as práticas judaicas, passam a sofrer perseguições. E quanto mais perseguições sofriam, mais empenhados eram no anúncio da Palavra de Deus. L 2: Tanto que Lucas, o autor dos Atos dos Apóstolos, testemunha que “a Palavra de Deus crescia e se multiplicava” (At 12,24). L 3: Nos Atos dos Apóstolos, muitas vezes o termo Palavra serve de substituto para o Reino anunciado por Jesus. A: Os primeiros cristãos conheciam de cor algumas passagens dos livros do Primeiro Testamento. Na base da comparação entre as promessas e profecias de Deus ao povo de Israel e o que tinham visto e ouvido na companhia de Jesus, os primeiros cristãos foram anunciando que Jesus era o Messias esperado, era a Palavra eterna vinda na carne humana, era a realização dos sonhos humanos mais profundos. T: Assim “a Palavra de Deus crescia e se espalhava cada vez mais” (At 12,24). 53 L 4: O evangelista Lucas, testemunha da vida das primeiras comunidades e grande incentivador do anúncio da Palavra, insiste em mostrar os primeiros cristãos como grandes anunciadores da Palavra. L 1: Lucas testemunha que os apóstolos Pedro e Paulo, à frente de suas comunidades, eram homens da Palavra. São muitas as pregações de ambos em todo o livro dos Atos dos Apóstolos. T: “Cheios do Espírito Santo, anunciavam com coragem a Palavra de Deus” (At 4,31). L 2: Para os primeiros cristãos, é a Palavra que converte. É a Palavra que evangeliza. O que salva é a Palavra. Pois a salvação é dom de Deus. É graça que vem de Deus-Pai por meio de Cristo, sua Palavra anunciada. L 3: A Palavra de Deus fascina e vem responder ao anseio mais profundo do coração humano. L 4: Deus atrai as pessoas para formar comunidade através do nosso anúncio. Por isso, é preciso que nos concentremos na Palavra de Deus para anunciar. L 1: Não devemos anunciar palavras nossas, mas só a Palavra de Deus. L 2: Onde a Palavra era anunciada, acontecia a comunidade. Onde entra a Palavra de Deus, tudo se transforma. T: “Cheios do Espírito Santo, anunciavam com coragem a Palavra de Deus” (At 4,31). L 3: Hoje é hora de nos perguntarmos se a Palavra de Deus, contida na Bíblia, é mesmo o nosso único fundamento. Será que o nosso catolicismo não é muito devocional e sacramental e pouco evangelizador? Não estaria na hora de propormos um catolicismo mais bíblico? Canto: Palavra de salvação somente o céu tem pra dar. Por isso o meu coração se abre para escutar. A Palavra de Deus Ilumina A: Vamos ler um pequeno trecho bíblico que nos ensina como a Palavra de Deus atua em nossa vida de Igreja. Preparemo-nos para ouvir a Palavra de Deus, cantando: Canto: Fala, Senhor, fala, Senhor, palavras de fraternidade. Fala, Senhor, fala, Senhor, és luz da humanidade. 54 Leitor(a) da Palavra: Leitura da Carta aos Hebreus, capitulo 4, versículos de 12 a 13 (Hb 4,12-13). A: Vamos refletir: – O que nos ensina esse pequeno trecho da Carta aos Hebreus? – Onde aparece aí a importância de se ler, ouvir e praticar a Palavra de Deus? – Como podemos pôr em prática os ensinamentos do que lemos e refletimos? (Tempo para partilha.) Aprofundando o tema à luz da Palavra A: Nós somos educados pela palavra. É a palavra de nossos pais e mestres que formou o nosso caráter e marcou a nossa personalidade. Foram palavras de carinho e ternura, quando éramos bebês. Depois palavras de ânimo e incentivo, quando éramos crianças. Depois palavras de correção e ensinamento, quando éramos adolescentes e jovens. L 1: Agora são palavras de encorajamento e esperança que a Bíblia, a Igreja e nossos amigos nos dão para nos mantermos na caminhada da vida. L 2: Mas há muita gente que não ouve mais essas palavras. Muitos adolescentes e jovens são deformados por palavras de violência, pornografia, ilusão. L 3: Muitos adultos e jovens vivem ouvindo apenas as palavras que passam na mídia. Há, aí, muita palavra de informação, ética, solidariedade e cidadania. Mas também, quanta palavra de mentira, preconceito, exclusão e apego às coisas materiais! L 4: Pode valer para esta geração o que São Paulo disse aos judeus habitantes de Roma, no final dos Atos dos Apóstolos. Depois de ouvirem a pregação sobre Jesus Cristo e o Reino de Deus, alguns discordaram de Paulo e foram embora, rejeitando a Palavra da salvação. Paulo lhes disse: T: “Bem que o Espírito Santo falou aos antepassados de vocês por meio do profeta Isaías:” Lado A: ‘Vá ter com esse povo e diga-lhe: vocês vão escutar bem, mas não compreenderão; vocês vão olhar bem, mas não verão. 55 Lado B: O coração desse povo está embotado; ouviram mal com os ouvidos e taparam os olhos, para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, e não entendam com o coração, nem se convertam e eu não os cure!’ T: “Pois então, fiquem sabendo vocês: esta salvação de Deus é enviada aos pagãos, e eles a escutarão” (At 28,25-28). A: Hoje há muita gente que fecha os olhos e ouvidos para a Palavra de Deus. Rejeitam a salvação oferecida por Deus aos corações convertidos. L 1: Até mesmo no meio de nossas comunidades há muita gente que se apega a um catolicismo devocional, vive uma religião interesseira, busca só milagres, reza pra tudo que é santo. Mas não lê e não pratica a Palavra de Deus, a Palavra que converte e salva. L 2: Tem muita gente que vive um catolicismo sacramentalista, só quer saber de batizar e casar na igreja, de missa de formatura e de sétimo dia, de festa de primeira comunhão e de crisma. Mas não lê e não pratica a Palavra de Deus, a Palavra que reúne o povo na verdadeira comunhão e fraternidade. Canto: É como a chuva que lava, é como o fogo que abrasa, tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal. L 3: Nos nossos Grupos Bíblicos em Família vamos aprendendo a ler, meditar e praticar a Palavra. Nós mesmos somos testemunhas de como a Palavra muda a nossa vida. Nós mesmos podemos confirmar o que lemos ainda há pouco e que vamos repetir: Lado A: “A Palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes; Lado B: Ela penetra até o ponto onde a alma e o espírito se encontram, e até onde as juntas e medulas se tocam; ela sonda os sentimentos e pensamentos mais íntimos. Lado A: Não existe criatura que possa esconder-se de Deus; Lado B: Tudo fica nu e descoberto aos olhos dele; e a ele devemos prestar contas” (Hb 4,12-13). A: A Palavra muda a nossa vida, nos torna mais participantes da comunidade, mais corajosos para enfrentar as dificuldades, mais compreensivos com os defeitos das pessoas, mais decididos na correção de nossos vícios. 56 L 4: A Palavra de Deus vai entrando devagarzinho em nosso coração; como a chuva que lava, como o fogo que abrasa, ela vai transformando nossa vida. Como diz o Senhor através do profeta Isaías: T: “Da mesma forma como a chuva e a neve, que caem do céu e para lá não voltam sem antes molhar a terra, tornando-a fecunda e fazendo-a germinar, a fim de produzir semente para o semeador e alimento para quem precisa comer, assim acontece com a minha palavra que sai de minha boca. Ela não volta para mim sem efeito, sem ter realizado o que eu quero e sem ter cumprido com sucesso a missão para a qual eu a mandei” (Is 55,10-11). A Palavra de Deus gera compromisso A: Que gestos concretos podemos assumir, para nos comprometer mais com a leitura e a meditação da Palavra de Deus em nossa família? O que podemos fazer para promover um catolicismo mais bíblico, voltado para a vida? (Tempo para partilha e pacto de compromisso.) Oração e bênção A: Quando pedimos, na oração do pai-nosso, que a vontade de Deus seja feita assim na terra como no céu, nos comprometemos a fazer acontecer sua Palavra aqui e agora, de modo que o nosso mundo se pareça cada vez mais com o reino que Deus projetou para a humanidade. T: Pai nosso... Ave Maria... A: “A graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês” (2Cor 13,13). Que o Senhor nos abençoe e nos ilumine para vivermos bem os seus ensinamentos. T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém! 57 Canto: Maria de Nazaré 1. Maria de Nazaré, Maria me cativou, fez mais forte a minha fé e por filho me adotou. Às vezes eu paro e fico a pensar, e, sem perceber, me vejo a rezar, e meu coração se põe a cantar pra Vigem de Nazaré, Menina que Deus amou e escolheu pra mãe de Jesus, o Filho de Deus, Maria que o povo inteiro elegeu Senhora e Mãe do Céu. /: Ave Maria, ave Maria, ave Maria, Mãe de Jesus!:/ Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 58 9º Encontro JONAS E A EVANGELIZAÇÃO NA CIDADE “Levanta-te, vai a Nínive, a grande cidade, e anuncia...” (Jn 1,2). Ambiente: Bíblia, sandálias, uma vela acesa e outra apagada... Acolhida: Pela família que recebe o grupo. Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos! Iniciando o encontro de hoje, vamos partilhar como vivemos o compromisso que assumimos no encontro passado... (Tempo para conversar.) Motivação e oração inicial A: Hoje vamos refletir sobre o livro de Jonas. Esse livro foi escolhido para ser estudado, neste ano, no mês dedicado à Bíblia. Nesta reflexão, perceberemos como a história de Jonas pode nos ajudar a evangelizar a cidade. T: “Levanta-te, vai a Nínive, a grande cidade, e anuncia...” (Jn 1,2). A: Irmãos e irmãs! Que o amor, a paz e a alegria de Deus estejam sempre conosco. Com profundo respeito, saudamos a Trindade Santa: Todos(as): Em nome do Pai... Canto: Senhor, se tu me chamas /: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu te siga, respondo: Eis-me aqui :/ 1. Profetas te ouviram e seguiram tua voz; andaram mundo afora e pregaram sem temor. Seus passos tu firmaste, sustentando seu vigor. Profeta Tu me chamas: vê, Senhor, aqui estou. A: Deus sempre tem o coração aberto para todas as pessoas. Ele sempre ouve com atenção e amor os nossos pedidos. Rezemos a Oração do Brasil no Projeto de Missão Continental. Rezemos em dois grupos: 59 T: Senhor, Deus da vida e do amor, enviastes o vosso Filho para nos libertar das forças da morte e conduzir-nos no caminho da esperança. Lado A: Movei-nos pelo dom do vosso Espírito! Fazei-nos discípulos e discípulas, comprometidos com o anúncio do Evangelho em nossa Pátria, em comunhão com a Missão Continental. Lado B: Fazei-nos missionários e missionárias, caminhando ao encontro de nossos irmãos e irmãs, acolhendo a todos, sobretudo os jovens, os afastados, os pobres, os excluídos. T: Virgem Mãe Aparecida, intercedei junto ao vosso Filho, para que sejamos fiéis ao nosso compromisso de discípulos missionários. Amém. Glória ao Pai... Canto: Eis-me aqui, Senhor. Eis-me aqui, Senhor, /: pra fazer tua vontade, pra viver o teu amor.:/ Eis-me aqui, Senhor. A Palavra de Deus ilumina A: Na leitura do texto bíblico que vamos ouvir, Jonas foi chamado a anunciar a mensagem de Deus em Nínive, uma grande cidade. Tarefa difícil, mas com a graça de Deus tudo se torna possível. Os resultados positivos vão além do que esperamos. Vamos nos preparar para ouvir a Palavra de Deus. Canto: Fala, Senhor, fala, Senhor, palavra de fraternidade! Fala, Senhor, fala, Senhor, és luz da humanidade! A: Leitura do livro de Jonas, capítulos 1 e 2. Leitor(a) da Palavra 1: Livro de Jonas, capítulo 1. (Momento de silêncio.) Leitor(a) da Palavra 2: Livro de Jonas, capítulo 2. (Momento de silêncio... O grupo pode contar o que ouvimos e destacar algumas frases que chamaram a atenção...) A: Vamos refletir e recordar o que diz o texto: 1. Jonas foi chamado por Deus. Qual a missão que ele recebeu? 60 2. Jonas procura fugir de Deus. Qual a reação de Deus, diante dessa atitude de Jonas? 3. Hoje, também, Deus nos chama a evangelizar a cidade. Como estamos respondendo a este chamado? 4. Quais as dificuldades que encontramos? Como podemos superá-las? (Momento para conversar.) Aprofundar o tema com a Palavra A: O livro de Jonas é uma novela bíblica. Foi escrita ao redor do ano 350 antes de Cristo, sob a inspiração do Espírito Santo, por um grupo de pessoas que não aceitava a discriminação entre povos diversos. T: ... Deus não faz discriminação entre as pessoas. Ele ama a quem o teme e pratica a justiça... (At 10,34-35). Leitor(a) 1: No tempo em que o livro de Jonas foi escrito, uma elite de Judeus organizou um sistema religioso e social, chamado de “Sistema de Pureza”. A pessoa considerada pura devia ser do sexo masculino e pertencer à raça judaica. Devia também possuir saúde e bens materiais. T: Deus não faz distinção de pessoas. Ele ama a quem o teme e pratica a justiça. L 2: As pessoas consideradas impuras eram as mulheres, os doentes, os portadores de deficiências, os estrangeiros, os pobres... L 3: Essas pessoas recebiam, desde pequenas, um ensinamento de que elas carregavam um pecado e, por isso, não podiam ser abençoadas por Deus. T: Quando Jesus veio, ele encontrou essa situação. E mostrou que Deus é bem diferente. L 4: A figura de Jonas representa o grupo da elite de judeus, ligado ao Templo de Jerusalém. Esse grupo inventou esse sistema para dominar o povo. L 1: Para isso, diziam que as coisas são assim mesmo, que é vontade de Deus que haja pessoas abençoadas e outras amaldiçoadas, que algumas sejam ricas e as demais sejam pobres... 61 T: Jesus não aceitou esse tipo de ensinamento. Colocou-se do lado das pessoas consideradas impuras e mostrou que Deus é diferente. L 2: Para Deus, todas as nações formam o “Povo de Deus”. Por isso, Ele chama Jonas para pregar na cidade de Nínive. L 3: Essa cidade era habitada por estrangeiros e considerada a maior inimiga dos judeus. É para lá que Deus envia Jonas. T: Para Deus todos são seus filhos e filhas, e ele quer salvar a todos. L 4: A cidade é o lugar onde se encontra o centro do poder político, econômico, religioso, judiciário... É para lá que Deus envia Jonas. L 1: Na cidade existe muita gente honesta e dedicada, mas também existe muita corrupção, mentira, violência... T: Jesus denunciou os grupos de poder, que vivem na injustiça e exploram as pessoas. A: Assim como Deus enviou Jonas, também nos envia. Somos chamados e enviados por Deus a anunciar o Evangelho em nossa cidade, indo ao encontro das pessoas excluídas, abandonadas, sofredoras, denunciando as injustiças e anunciando a conversão a todos as pessoas. T: “Levanta-te! Vai a Nínive, aquela grande cidade, e denuncia as suas injustiças...” (Jn 1,2). L 2: Jonas resistiu muito frente ao chamado de Deus. Ele não queria contato com seus inimigos e também não queria que se convertessem. Procurou fugir ao chamado que Deus lhe fez. L 3: Deus, porém, através de uma tempestade, mostra que não admite fuga diante da missão que oferece. Como pediu a Jonas, também pede a nós hoje: T: “Levanta-te, vai à cidade e anuncia a mensagem que eu te disser” (Jn 3,2). L 4: Jonas estava acomodado na sua vidinha de “homem puro” e não queria ser incomodado. L 1: Deus, porém, quer que seu amor e sua salvação sejam anunciados a todas as pessoas. T: Para isso, Deus enviou Jonas e também nos envia hoje. L 2: Por fim, Jonas foi e atravessou toda a grande cidade de Nínive, levando a mensagem de Deus. 62 A: O Evangelho deve ser vivido e anunciado por nós em todos os lugares: na nossa casa, na rua, no esporte, no trabalho, nos prédios, nos bairros... Não é só na igreja que evangelizamos. (Enquanto o grupo canta, alguém acende a vela apagada, que será passada de mão em mão.) Canto: Vai, vai missionário do Senhor, vai trabalhar na messe com ardor. Cristo também chegou para anunciar: não tenhas medo de evangelizar. Compromisso A: Acabamos de acender a vela que estava apagada. É a vela do nosso compromisso. O Grupo Bíblico em Família é um dos lugares privilegiados para a evangelização. Por isso, vamos assumir o compromisso de: – Convidar mais vizinhos para participar dos Grupos Bíblicos em Família. – Incentivar outras lideranças para organizar Grupos Bíblicos em Família na sua rua, no edifício onde moram, nas periferias... – Com um ou mais participantes do seu GBF: visitar pessoas solitárias, doentes, presas, acidentadas, idosas, abandonadas... – Procurar contribuir com ações evangelizadoras nas áreas empobrecidas e periferias de bairro ou paróquia. Oração e bênção A: Como aconteceu com Jonas, também nós somos chamados por Deus. Não podemos só pensar em nossa vida. Na medida em que vamos ao encontro dos outros, mais nos tornamos pessoas realizadas e iluminadas. Agora, de coração aberto, vamos fazer nossos agradecimentos e nossos pedidos, de forma espontânea... (Tempo para as preces espontâneas.) A: Vamos concluir nossas preces com a oração do Pai Nosso... T: Pai Nosso... A: Que o Deus da paz, da unidade, da salvação e alegria para todos os povos nos abençoe: 63 T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém. Canto: Ide por todo o universo 1. Ide por todo o universo meu Reino anunciar, dizei a todos os povos que eu vim para salvar. Quero que todos conheçam a luz da verdade, possam trilhar os caminhos da felicidade. /: Ide anunciar minha paz, ide sem olhar para trás. Estarei convosco e serei vossa luz na missão. :/ Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 64 10º Encontro JONAS E A MISERICÓRDIA DE DEUS “Deus viu o que eles fizeram e como voltaram atrás de seus caminhos perversos. Compadecido, desistiu de fazer o mal que havia prometido” (cf. Jn 3,10). Ambiente: Bíblia, cruz, casinha, sandálias. Palavras escritas: LEVANTA-TE, VAI, ANUNCIA, CONVERSÃO, AMOR A DEUS, MISERICÓRDIA. Acolhida: Pela família que acolhe o Grupo Bíblico em Família. Animador(a): Minhas irmãs e irmãos, que bom estarmos juntos mais uma vez. Partilhemos agora nossa ação concreta do compromisso que assumimos na semana anterior. (Tempo para conversar.) Motivação e oração inicial A: No nosso último encontro refletimos sobre as exigências e os desafios da evangelização na grande cidade. Hoje vamos continuar refletindo sobre a missão dada ao profeta Jonas e o resultado dela: anunciar ao povo da cidade de Nínive a necessidade da conversão e a manifestação da misericórdia de Deus a quem atende o seu pedido. Saudemos a Trindade Santa: Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Canto:/:A nós descei, divina luz! (bis) Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus. :/ A: Rezemos, em dois lados, versos do Salmo 25: Lado A: A ti, Senhor, elevo a minha alma, meu Deus, em ti me refugio: que eu não fique decepcionado! Lado B: Não fiquem desiludidos os que em ti esperam; fique confuso quem é infiel por nada. 65 Lado A: Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me tuas veredas. Lado B: Faz-me caminhar na tua verdade e instrui-me, porque és o Deus que me salva, e em ti esperei. Lado A: Lembra-te, Senhor, do teu amor e da tua fidelidade desde sempre. Lado B: Não recordes os pecados da minha juventude, e as minhas transgressões; T: Lembra-te de mim na tua misericórdia, pela tua bondade, Senhor. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo... Refletindo o tema A: Todas as pessoas cristãs são chamadas por Deus a anunciar sua Palavra e mostrar que Deus é amor e misericórdia. Para isto acontecer, muitas vezes é preciso: levantar, sair e ter coragem para enfrentar o desamor, a injustiça, a opressão e a falta de fé no Deus da Vida. Vamos conversar um pouco a respeito disso: Nós já passamos por situação como essa? Como foi? O que sentimos? O que nos ajudou? (Tempo para conversar.) A: Como Grupo Bíblico em Família podemos nos ajudar nesta missão, realizando o que Jesus pediu a seus primeiros seguidores e seguidoras: anunciá-lo a todas as nações, ensinando a observar tudo que Ele ensinou e a ser misericordioso como o Pai é misericordioso. T: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). Leitor(a) 1: O profeta Jonas foi enviado por Deus para anunciar a necessidade de conversão a uma grande cidade: Nínive. L 2: Essa cidade era a capital da Assíria, cujo povo foi considerado pelos hebreus como inimigos, pois eles haviam invadido suas terras e os tinham dominado com a força dos seus exércitos. T: “Levanta-te! Vai a Nínive, a grande cidade, e denuncia suas injustiças, que chegaram à minha presença” (Jn 1,2) L 3: Deus não se preocupa apenas com o seu povo eleito, mas também com todos os seres humanos. Ele deseja que todos tenham uma convivência harmoniosa, com justiça, amor e paz. L 4: Para isso, usa também da sua Palavra de amor e oferece sua misericórdia infinita a quem a escutar e seguir. 66 Canto: /: Lutar e crer, vencer a dor, louvar o Criador. Justiça e Paz hão de reinar, e viva o amor! :/ Iluminando a vida com a Palavra A: Percebemos que o livro de Jonas reafirma a experiência com um Deus de misericórdia e de ternura, lento na ira e rico no amor com o seu povo. Vamos acolher a Palavra de Deus, cantando Canto: /: É como a chuva que lava, é como o fogo que abrasa. Tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal. :/ (Durante o canto, a Bíblia irá passar de mão em mão.) A: Leitura do Livro de Jonas, capítulos 3 e 4. Leitor(a) da Palavra 1: Livro de Jonas, capítulo 3. Leitor(a) da Palavra 2: Livro de Jonas, capítulo 4. A: Podemos contar o que ouvimos e destacar a frase que mais nos chamou atenção. (Tempo para contar o texto.) A: Vamos refletir a Palavra que ouvimos e contamos, olhando também as palavras que estão escritas compondo o ambiente do nosso encontro bíblico. 1. O que Jonas precisa fazer para anunciar a Palavra de Deus? 2. Qual o objetivo de seu anúncio? 3. Como reage o povo de Nínive ? 4. E o que fez o rei da cidade ? 5. Qual foi a reação de Deus ? (Tempo para conversar.) Aprofundando a Palavra A: O texto que acabamos de ler e refletir nos apresenta a necessidade do anúncio corajoso da Palavra de Deus, principalmente aos que mais 67 precisam colocá-la em prática e assim realizarem uma conversão efetiva a Deus. L 1: Deus insiste com Jonas para que ele vá a Nínive realizar a missão de anunciar a sua vontade, e para isso ele precisa se desinstalar, sair de seu mundo e enfrentar a grande cidade. T: A palavra do Senhor veio a Jonas pela segunda vez: “Levanta-te! Vai a Nínive, a grande cidade, e anuncia o que vou te dizer” (Jn 3,1-2). L 2: Jonas caminha o dia inteiro pela cidade, e o seu anúncio causou um grande impacto nos moradores de Nínive. L 3: O anúncio era de uma destruição da cidade e na cidade. E os moradores entenderam que a conduta deles era que precisava ser mudada. T: “Os ninivitas passaram a crer em Deus e proclamaram um dia de penitência, vestindo-se de saco, do maior ao menor” (Jn 3,5). L 4: A mudança acontece a partir das atitudes de conversão a Deus e de penitência de cada pessoa. L 1: Essa atitude das pessoas em conjunto transforma a cidade em um lugar de justiça, o que leva o rei também a se penitenciar e a decretar que era desta forma que deveriam viver a partir daquele dia. T: “Pessoas e animais deverão se vestir de saco, clamando a Deus com força. Cada um deverá voltar atrás de seus caminhos perversos e deixar de praticar todo tipo de opressão” (Jn 3,8). L 2: A misericórdia infinita de Deus se manifesta a todas as pessoas que reconhecem sua transgressão e mudam efetivamente suas atitudes e convertem-se a Deus. L 3: Assim Deus dá sua misericórdia universalmente e não apenas a um povo de uma determinada confissão religiosa. T: “Deus viu o que eles fizeram e como voltaram atrás de seus caminhos perversos. Compadecido, desistiu do mal que tinha ameaçado. Nada fez” (Jn 3,10). L 4: Muitas vezes podemos agir como Jonas, sair, anunciar a Palavra de Deus, e não perceber realmente a vontade de Deus, embora confessemos como Deus é: T: “...pois eu sabia que és um Deus bondoso demais, sentimental, lento para ficar com raiva, de muita misericórdia e tolerante com a injustiça” (Jn 4,2). 68 L 1: A vontade de Deus pelo anúncio de sua Palavra é a conversão de cada pessoa, para assim manifestar a sua misericórdia, pois Deus é o Deus da Vida e não da morte. L 2: A pergunta que Deus faz a Jonas afirma sua opção de vida para todos: T: “Pois eu não terei pena de Nínive, esta enorme cidade onde moram mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem distinguir entre a direita e a esquerda, além de tantos animais?” (Jn 4,11). Canto: Eis o tempo de conversão. /: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão. :/ 1. A Palavra do Senhor é a luz no meu caminho; ela é vida, é alegria; vou guardá-la com carinho. Sua Lei, seu Mandamento é viver a caridade. Caminhemos todos juntos, construindo a unidade. Assumindo compromissos A: No encontro de hoje podemos perceber que a vontade de Deus é a conversão de todas as pessoas, e que Ele oferece sua misericórdia a quem se arrepende e abandona as atitudes de opressão e injustiça. A partir do que refletimos, que compromissos podemos assumir na nossa família, na nossa comunidade e no meio em que trabalhamos? (Tempo para conversar e assumir compromissos.) Oração e bênção A: Peçamos a Deus força e luz em nossa caminhada, para que saibamos anunciar sua vontade e sermos misericordiosos como Ele é misericordioso. T: Pai nosso... T: Que a bênção de Deus pleno de Amor e Misericórdia esteja conosco: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém. 69 Canto: O nosso Deus 1. O nosso Deus, com amor sem medida, chamou-nos à vida, nos deu muitos dons. Nossa resposta de amor será feita, se a nossa colheita mostrar frutos bons. /: Mas é preciso que o fruto se parta, e se reparta na mesa do amor. :/ 2. Participar é criar comunhão, fermento no pão, saber repartir. Comprometer-se com a vida do irmão, viver a missão de se dar e servir. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 70 11º Encontro A FESTA DA DEMOCRACIA “Quem quiser ser o maior entre vós, seja aquele que vos serve” (Mc 10,43). Ambiente: Casinha, bíblia, fotografias ou estampas de homens e mulheres públicas no exercício do seu cargo, fotografias ou manchetes de jornais com imagens de corrupção política, imagens de comunidades pobres e esquecidas pelos poderes públicos, imagens de reuniões comunitárias voltadas à discussão e encaminhamento de questões de interesse do bem comum. Acolhida: Pela família que acolhe o grupo. Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Vamos iniciar o nosso encontro, partilhando a experiência do nosso compromisso assumido na semana passada. (Tempo para conversar.) Motivação e oração Inicial A: Hoje vamos refletir sobre um dos temas mais exigentes da vida cristã: a participação política. Estamos em ano de eleições gerais, e precisamos nos conscientizar da grande responsabilidade que todos nós temos diante dos destinos do nosso Estado e do nosso país. Para tanto, saudemos a Santíssima Trindade, rezando. Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém A: Rezemos, em dois lados, parte do Salmo 27. Lado A: Do Senhor é a terra e o que ela contém, o universo e os que nele habitam. Lado B: Pois foi ele que a estabeleceu sobre os mares e firmou-a sobre os rios. Lado A: Quem vai subir o monte do Senhor, quem vai ficar no seu santuário? 71 Lado B: Quem tem mãos inocentes e coração puro, quem não corre atrás de vaidades, quem não jura para enganar seu próximo. Lado A: Este alcançará do Senhor a bênção e a justiça de Deus, seu Salvador. T: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no principio, agora e para sempre. Amém. Canto: Deus chama 1. Deus chama a gente pra um momento novo, de caminhar junto com seu povo! É hora de transformar o que não dá mais, sozinho, isolado, ninguém é capaz! /: Por isso vem, entra na roda com a gente, também. Você é muito importante. Vem! :/ 2. A força que hoje faz brotar a vida atua em nós pela tua graça. É Deus quem nos convida pra trabalhar, o amor repartir e as forças juntar. Refletindo o tema A: Estamos vivendo mais um ano eleitoral. Dizem os políticos que as eleições são a festa da democracia. Qual será mesmo a verdadeira festa da democracia? Leitor(a) 1: A grande festa da democracia é o bem-estar do povo. A agenda principal dessa festa é a qualidade de vida, que inclui trabalho, saúde, educação para todos. T: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). L 2: Assim, podemos ver como o nosso bem-estar depende, em grande parte, de nós mesmos, quando exercemos o sagrado dever de escolher bem os nossos governantes, através do voto. T: Voto não tem preço, voto tem consequências. L 3: As Palavras do Papa Paulo VI significam que Deus é Pai de todos, e não podemos ficar indiferentes ao que acontece ao nosso redor. T: “A política é uma das mais altas expressões da caridade cristã” (Papa Paulo VI). 72 L 1: A missão da Igreja no campo político não é colocar-se no lugar do Estado, nem exercer militância partidária, mas fornecer critérios justos para as eleições e para a ação política dos governantes; é estimular os cristãos leigos a participar da política como cidadãos do mundo. T: Voto não tem preço, voto tem consequências. L 2: No Brasil, a Igreja se aliou a várias entidades sociais e comunitárias para a aprovação da Lei da Ficha Limpa. Como cidadãos cristãos, devemos colaborar para pôr em prática a Lei da Ficha Limpa. T: “Devolvei, pois, a César o que é de César, e a Deus, o que é de Deus” (Mt 22,21). Canto: Pão em todas as mesas Pão em todas as mesas, da Páscoa a nova certeza: /: a festa haverá e o povo a cantar, aleluia! :/ 1. As forças da morte: a injustiça e a ganância de ter – de ter, agindo naqueles que impedem ao pobre a viver – viver. Sem terra, trabalho e comida, a vida não há – não há. Quem deixa assim e não age, a festa não vai celebrar. A Palavra de Deus nos ilumina A: Vamos aclamar a Palavra de Deus, que agora será proclamada, cantando. Canto: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos, capitulo 10, versículos de 42 a 45 (Mc 10,2-45). (Pausa para interiorização da Palavra.) A: Leiamos, em voz alta, uma frase do texto que nos chamou a atenção. (Tempo para breve releitura.) A: Vamos agora refletir sobre o nosso contexto político, à luz da Palavra de Deus: 73 1. O que Jesus nos fala, nos versículos 42 e 43? 2. Quais são as principais diferenças entre o poder como dominação e o poder como serviço? 3. De que forma alguns políticos impõem seu poder? 4. Por que a prática da fé implica o compromisso de participação política? (Tempo para refletir, conversando.) Canto: O nosso Deus 1. Participar é criar comunhão, fermento no pão, saber repartir. Comprometer-se com a vida do irmão. Viver a missão de se dar e servir. /: Mas é preciso que o fruto se parta e se reparta na mesa do amor. :/ Aprofundando o tema à luz da Palavra A: No texto, Jesus mostra que os discípulos devem seguir os seus ensinamentos. T: Jesus “não veio para ser servido, mas para servir...” (Mc 10,45). L 3: A lei universal que Jesus nos deixou é amar e servir. Para vivermos o seu exemplo, devemos participar sempre da construção do bem comum e da fraternidade. T: “Amai-vos uns aos outros” (Jo 15,12). L 1: Olhando para o contexto político em que vivemos e relacionando-o com o texto bíblico, percebemos que o modo de fazer política é diferente do que Jesus ensina. L 2: Jesus não mandou trabalhar contra a política, nem ignorou a política. Jesus chamou os discípulos e deu-lhes essa lição, dizendo: T: “Sabeis que os que são considerados chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve” (Mc 10 42-23). L 3: Jesus ensina que agir com autoridade não é um exercício de poder, mas uma qualificação para o serviço do bem comum. 74 T: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos” (Mc 10,45). L 1: Uma das formas mais importantes de participação política é o exercício consciente do voto. Não votar ou anular o voto significa estimular a politicagem e facilitar a ação dos politiqueiros. T: “Tenhamos considerações uns com os outros, para estimular no amor e nas boas obras” (Hb 10,24). A: Para votar bem, é preciso escolher com cuidado o seu candidato. A palavra candidato tem origem no adjetivo “cândido”, que significa branco, puro, honesto. Precisamos avaliar bem quais são os candidatos que são de fato suficientemente cândidos para merecerem o nosso voto. T: Voto não tem preço, voto tem consequências. L 2: A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) definiu alguns critérios básicos para escolher um candidato a cargo eletivo. São eles: L 3: posição do candidato com relação à vida, desde a concepção até a morte natural; L 1: honestidade pessoal e história de vida em favor da coletividade; L 2: competência no serviço público. T: “Quem quiser ser o primeiro entre vós, seja o servo de todos” (Mc 10,44). Canto: A mesa tão grande /: Pão em todas as mesas, da Páscoa a nova certeza. /: A festa haverá, e o povo a cantar, aleluia!:/ 1. Irmãos, companheiros na luta, nos demos as mãos- as mãos. Na grande corrente do amor, na feliz comunhão. Irmãos! Unindo a peleja e a certeza, vamos construir – aqui na terra o projeto de Deus: todo o povo a sorrir! Compromisso A: Como cristãos e cristãs, pensemos o que cada um de nós pode fazer para melhorar o exercício da responsabilidade política do nosso povo. 75 – Conversar na família e nos grupos sobre a situação política do Brasil e do nosso Estado; – Prestar atenção àquilo que os candidatos propõem nas suas campanhas e analisar o comportamento dos candidatos e ocupantes de cargos eletivos, para entender melhor suas qualidades e limitações; – Procurar conhecer os programas dos partidos políticos, para ajudar a escolher melhor os candidatos, conforme sua filosofia e prática políticas; – Exercer o sagrado direito/dever do voto e estimular as pessoas a fazerem o mesmo. Oração e bênção A: Ao terminar este encontro do nosso Grupo Bíblico em Família, vamos dar-nos as mãos para rezarmos, como irmãos e irmãs, pelo bem-estar do Brasil e por todos aqueles que têm a missão de construir o seu destino melhor. T: Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... A: O Senhor nos abençoe e nos guarde. T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém. Canto: Maria do sim /: Maria do sim, ensina-me a viver meu sim. Oh, roga por mim, que eu seja fiel até o fim :/ 1. Um dia, Maria deu o seu sim: mudou-se a face da terra, porque pelo sim nasceu o Senhor, e veio morar entre nós o amor. 2. Ensina-me a ser fiel como tu, vivendo meu Sim cada dia. Que eu possa no mundo ser um sinal da tua humildade, Maria. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 76 12º Encontro CUIDANDO DA VIDA “O semeador saiu para semear” (Lc 8,5). Ambiente: Bíblia, casinha, diversos trabalhos artesanais, biscoitos caseiros e pão. Animador(a): Irmãs e irmãos, que bom que estamos aqui. Sejam todos bem-vindos a este encontro. De maneira carinhosa vamos nos acolher cantando, dizendo o nome de cada participante com a canção: Canto: “Amigo”, que bom que você veio, / foi Jesus que te chamou / e você aceitou. / “Amiga” que bom,/ que bom que você veio. Motivação e oração inicial A: Depois dessa calorosa e animada acolhida, saudemos a Trindade Santa que está presente em nosso meio, cantando o sinal da cruz. Todos(as): Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui... A: Partilhemos os compromissos assumidos em nosso último encontro. (Tempo para partilhar.) A: No encontro de hoje vamos dialogar e refletir sobre a possibilidade de vivermos uma economia que cuida da vida em favor de todas as pessoas: os pobres, os ricos, os sãos e os doentes. Canto: Jesus Cristo anunciava por primeiro um novo reino de justiça e seus valores: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro e muito menos agradar a dois senhores”. A: Na oração, o ser humano se volta para Deus, reconhecendo-o como único e absoluto. Cristo bate à nossa porta; Ele nos chama para seguir seu exemplo e nos ensina a rezar ao Pai com simplicidade e humildade, dizendo: T: Pai Nosso... Canto: Baião das comunidades 77 /: Somos gente nova vivendo a união, somos povo semente da nova nação, ê, ê... Somos gente nova vivendo o amor, somos comunidade, povo do Senhor! ê, ê…:/ 1. Vou convidar meus irmãos trabalhadores: operários, lavradores, biscateiros e outros mais. E juntos vamos, reunidos na memória, celebrar uma vitória que vai ter que acontecer, ê, ê… Refletindo o tema A: A Bíblia é um Livro Sagrado que está em grande sintonia com a nossa vida. Por isso, os Grupos Bíblicos em Família e as Comunidades Eclesiais de Base procuram ver a relação dela com o mundo em que vivemos. Leitor(a) 1: Vivemos numa sociedade em que o ser humano busca muito a sua auto-afirmação, esquecendo os valores básicos de convivência e relacionamento com as pessoas, com a criação e com o mundo à sua volta. L 2: Na sociedade de consumo em que vivemos, muitas pessoas se preocupam em adquirir coisas muitas vezes supérfluas, enquanto outras passam fome, sede, frio, sem mesmo ter casa para morar... T: “Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu...” (Mt 6,19). A: Jesus clama por justiça, pelo direito de todos a uma vida digna. L 3: Os meios de comunicação apresentam constantemente o melhor carro, a melhor roupa, o melhor aparelho de som, enquanto muitas crianças estudam numa escola em péssima qualidade de ensino e muitas pessoas sofrem nas filas dos hospitais; L 1: Afinal, que sistema econômico é esse que estamos engolindo de “goela-abaixo”, sem nos indignarmos com as injustiças? Canto: Deus chama a gente pra um momento novo de caminhar junto com o seu povo. É hora de transformar o que não dá mais sozinho, isolado ninguém é capaz. Por isso vem! Entra na roda com a gente, também! Você é muito importante! Vem! 78 A: Uma alternativa contra a lógica do sistema capitalista e individualista que temos é a Economia Solidária, um novo jeito de promover a vida. L 2: Precisamos viver numa economia que privilegie os valores humanos, onde o mais importante é o que a pessoa é e o que ela faz em benefício da comunidade e da vida. T: “Parai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva” (Is 1,16-18). L 3: É na comunidade que podemos unir forças e dons para a organização da luta pelas necessidades coletivas. Jesus não ficou só no discurso. L 1: Ele sempre deu testemunho de simplicidade, de partilha, de solidariedade e de distribuição gratuita dos dons de Deus, sem nenhuma ambição de bens ou glórias mundanas. T: “O Senhor me enviou para proclamar a libertação aos presos, e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos...” (Lc 4,18). L 2: É na comunidade que podemos viver uma economia partilhada, na organização de grupos de trabalho alternativo: confecção de produtos artesanais, biscoito, pão, doce caseiro, móveis, vestuário... L 3: Há também grupos que coletivamente partilham trabalhos de geração de renda na construção civil, na pintura de casas, nas padarias e outros. L 1: Na comunidade podemos iniciar o nosso grito por justiça social, vivenciando no dia a dia o cuidado com o meio ambiente, com a coleta adequada do lixo para a reciclagem; cuidar dos rios, valas, bueiros; reivindicar Saneamento Básico. Canto: Não é possível crer que tudo é fácil; há muita força que produz a morte, gerando dor, tristeza e desolação. É necessário unir o cordão! Por isso vem! Entra na roda com a gente, também! Você é muito importante! Vem!… A Palavra de Deus Ilumina A: Vamos ouvir a Palavra de Deus através da leitura que hoje nos diz que semear é dar bons frutos. Acolhamos com alegria e atenção a mensagem que Jesus vai nos passar. Cantemos. 79 Canto: Tua palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor. /: Lâmpada para os meus pés, Senhor! Luz para o meu caminho. :/ Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de São Lucas, capítulo 8, versículos de 4 a 8 (Lc 8,4-8). (Silêncio para interiorização da Palavra.) A: Vamos refletir o texto: – O que Jesus quis ensinar com esta parábola? – Como podemos relacionar a parábola de Jesus com a economia e a vida? – Qual a mensagem que levaremos para casa, e que terreno devemos ser para a semente dar bons frutos? (Tempo para conversar.) Aprofundando a Palavra A: Na parábola do semeador, Jesus mostra os vários terrenos em que a sua Palavra é semeada. T: “O semeador saiu para semear” (Lc 8,5). L 2: No caminho das nossas comunidades encontramos diversos terrenos. L 3: Em alguns, as sementes brotam, mas morrem. Em outros florescem, mas não dão frutos. L 1: E em outros nascem, crescem, frutificam, deixando, como exemplo de vida, a partilha, a coletividade, a solidariedade e a persistência nos ensinamentos de Jesus. T: A semente que cai em terra boa são aqueles que, ouvindo de coração bom e generoso, conservam a palavra, e dão fruto na perseverança (cf. Lc 8,15). L 2: Na vivência dos Grupos Bíblicos em Família e das Comunidades Eclesiais de Base, muitas sementes estão caindo em terra boa e frutificando a cada semana. L 3: Cada pessoa ouve e entende a Palavra a partir do lugar em que está e das dificuldades que encontra para comprometer-se com a vida comunitária. T: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 8,8). 80 Canto: /: Põe a semente na terra, não será em vão. Não te preocupe a colheita, plantas para o irmão. :/ A Palavra de Deus gera compromisso A: A partir do que refletimos sobre o tema e a Palavra de Deus, que compromissos podemos assumir como grupo para ajudar a transformar a realidade que nos rodeia? Algumas sugestões: a) Reutilizar a água que usamos para lavar roupas e louças; recolher a água da chuva para molhar as plantas... b) Fechar a torneira enquanto se escovam os dentes; gastar água e luz apenas o necessário; (Momento para o grupo discutir o assunto e partilhar ações concretas a serem assumidas.) A: Além das ações assumidas, também podemos aprofundar a temática. Sugestões: a) Informar-se sobre os grupos de Economia Solidária existentes na Arquidiocese, conhecer seus trabalhos, forma de partilha, organização, e procurar consumir seus produtos. b) Ler, refletir e aprofundar o livro dos Atos dos Apóstolos, que nos mostra uma vivência comunitária, fraterna, solidária no exercício de uma economia a serviço do bem comum a partir das primeiras comunidades cristãs; Oração e bênção A: Hoje já estamos colhendo as consequências de uma economia individualista que visa ao ter e transforma as pessoas em simples consumidores. T: Ó Pai, a exemplo das primeiras comunidades cristãs, onde tudo se partilhava para que todos tivessem o necessário para uma vida digna, dános força e coragem para vivenciar teus ensinamentos colaborando com a construção do teu Reino. A: Que o Deus da paz, da partilha e da solidariedade, nos ilumine e nos dê coragem para promovermos uma nova economia a serviço da vida. 81 E consagremos a Maria nossa vida, nossos grupos, nossos trabalho, e todas as famílias, pedindo sua intercessão. T: Ó Senhora minha, ó minha mãe, eu me ofereço... A: Colocando nossa mão no ombro da pessoa ao nosso lado, pedimos: T: Abençoa-nos, ó Deus todo-poderoso e amoroso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. Canto: Vai, vai, missionário /: Vai, vai, missionário do Senhor, vai trabalhar na messe com ardor: Cristo também chegou para anunciar, não tenhas medo de evangelizar. :/ 1. Se és cristão, és também comprometido, chamado foste tu e também foste escolhido. Pra construção do Reino do Senhor: vai, meu irmão, sem reserva, sem temor. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. Grupos de Economia Solidária Nome do Empreendimento APIMAGE Conservas Will Criando e Costurando Localidade O que produz Pinheiral – Major Gercino Mel Ribeirão Veado – Nova Conservas e doces Trento Tapera – Florianópolis Artesanatos e jogos de lençóis Trindade – Florianópolis Confecção e estamparia Estampa Livre Penitenciária Fio Nobre – Justa Trama Cordeiros – Itajaí Linhas e roupas em geral Horta Comunitária São Vicente – Itajaí Hortaliças * Além desses, existem outros grupos de Economia Solidária na Arquidiocese de Florianópolis, que não foram citados. Maiores informações podem ser obtidas com o Fernando, na ASA, Fone: (48) 3224-8776 ou [email protected] 82 13º Encontro A CASA COMUM QUE DEUS PREPAROU PARA NÓS “O Senhor Deus tomou o ser humano e o colocou no Jardim de Éden, para o cultivar e guardar” (Gn 2,15). Ambiente: Bíblia, casinha, vela acesa, flores, frutas, pão, terra, água e ar, folhagens (verdes), e, se for possível, o cartaz da Campanha da Fraternidade Ecumênica, um globo terrestre, ou mapa-mundi. Acolhida: Pela família que acolhe; todos se saúdam e se abraçam com palavras de boas-vindas... Motivação e oração inicial Animador(a): Acolhidos e animados por nos encontrarmos de novo, vamos recordar os compromissos do último encontro. (Tempo para partilhar.) A: Hoje vamos refletir sobre a ECOLOGIA, muito lembrada na Campanha da Fraternidade. Assim como Economia e Ecumenismo, ela inicia com a palavra grega OIKOS, que significa casa. LOGIA é estudo. O planeta terra é a casa que Deus nos deu e mandou guardar. Precisamos saber ler a lógica desse jardim, sentir a vida dessa casa. A esse estudo chamamos ECOLOGIA. Agradecidos a Deus, iniciemos nosso encontro: Todos(as): Em nome do Pai... (Recitado ou cantado.) A: Não somos donos do planeta Terra. Somos apenas criaturas e jardineiros de passagem. Tomemos consciência disso e louvemos a Deus por sua obra de Amor e Bondade. Cantemos o Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis. (Vamos olhar e contemplar os símbolos, enquanto cantamos.) 83 /: Onipotente e bom Senhor, a ti a honra, glória e louvor. Todas as bênçãos de ti nos vêm, e todo o povo te diz: Amém. :/ 1. Louvado sejas nas criaturas, primeiro o sol lá nas alturas. Clareia o dia, grande esplendor, radiante imagem de Ti, Senhor. 2. Louvado sejas pela irmã Lua, no céu criaste, é obra tua! Pelas estrelas, claras e belas. Tu és a fonte do brilho delas! 3. Louvado sejas pelo irmão vento, e pelas nuvens, pelo ar e o tempo; e pelas chuvas que caem no chão, nos dão sustento, Deus da criação. 4. Louvado sejas, meu bom Senhor, pela irmã água e seu valor; preciosa e casta, humilde e boa. Se corre, um canto a ti entoa! 5. Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão fogo e seu calor; clareia a noite, robusto e forte, belo e alegre, bendita sorte. 6. Sejas louvado pela irmã terra, mãe que sustenta e nos governa, produz o fruto, nos dá o pão, com flores e ervas sorri o chão. 7. Louvado sejas, meu bom Senhor, pelas pessoas que, em teu amor, perdoam e sofrem tribulação, felicidade em ti encontrarão. 8. Louvado sejas pela irmã morte, que vem a todos, ao fraco e ao forte; feliz aquele que te amar, a morte eterna não o matará. 9. Bem-aventurado quem guarda a paz, pois o Altíssimo o satisfaz. Vamos louvar e agradecer, com humildade, ao Senhor bendizer. /: Onipotente e bom Senhor, a ti a honra, glória e louvor. Todas as bênçãos de ti nos vêm, e todo o povo te diz: Amém. :/ Refletindo o tema A: Ecologia é assunto muito amplo, e já refletimos sobre esse tema em outros encontros, mas nunca é demais voltar a refletir sobre essa casa comum que Deus preparou para nós. Hoje veremos alguns aspectos que nos ajudarão a repensar nossas atitudes. Leitor(a) 1: Na Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano destacouse a questão ambiental, ou ecológica. L 2: Um olhar ecológico vê o ambiente inteiro, as interações do ser humano com o meio ambiente, os animais, as plantas e todas as formas de vida. 84 L 3: Precisamos pensar e praticar uma economia integrada à ecologia, pois, do contrário, não teremos mais um planeta habitável, nem condições para gastarmos os lucros obtidos com a ganância e o egoísmo do ser humano. L 4: Precisamos olhar a Política, a Economia, a Religião, a Sociedade e as mais diversas áreas da ação e do conhecimento humano, numa ótica ecológica. L 1: O mesmo sistema econômico, político e social que degrada o meio ambiente, em nome de um falso desenvolvimento, também vem oprimindo e marginalizando as pessoas e provocando guerras e conflitos em várias partes do mundo. Canto: /: Ponho, então, à tua frente, dois caminhos diferentes: Vida e morte,e escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o pão, cura as feridas! Sê fraterno e viverás. :/ A: Na natureza, tudo tem a ver com tudo. Mas a humanidade não pensa dessa forma, acredita que a natureza é infinita, com recursos inesgotáveis. E julga que, entre as espécies úteis, os humanos seriam mais úteis que as outras espécies. L 2: A Campanha da Fraternidade Ecumênica nos ajudou a pensar num modelo alcançável de convivência harmônica e partilhada entre nós e a natureza, nossa casa. L 3: A mudança deve ocorrer primeiro em nossa própria consciência. Impõe-se um novo saber, para um fazer mais consciente. L 4: De nada adiantarão campanhas, mobilizações, gritarias, se nós, pessoas do povo, continuarmos indiferentes, acomodados, sem fazer a nossa parte. L 1: Precisamos ter atitude. Fazer “cair a ficha” em nós mesmos e começar a agir, tomar novo ânimo e motivar outras pessoas para a questão ambiental/ecológica. Canto: Senhor, meu Deus 1. Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado, fico a pensar nas obras de tuas mãos, no céu azul, de estrelas pontilhado, o teu poder mostrando a Criação, /: Então minh’alma canta a Ti, Senhor! Quão grande és Tu! Quão grande és Tu! :/ 85 A Palavra de Deus nos ilumina A: A Palavra de Deus é luz, verdade e vida para todas as pessoas. Vamos nos preparar para ouvi-la e acolhê-la. Cantemos com alegria. Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2007 1. Com carinho, desenhei este planeta; com cuidado, aqui plantei o meu jardim. Com alegria, eu sonhei um paraíso, para a vida, dom de amor que não tem fim. /: Ponho, então, à tua frente, dois caminhos diferentes: Vida e morte, escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o pão, cura as feridas! Sê fraterno e viverás. :/ Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Gênesis, capítulo 2, versículos de 4b a 15 (Gn 2,4b-15). A: Palavra do Senhor. T: Graças a Deus! (Silêncio para interiorização.) A: Voltemos nosso olhar ao texto bíblico e vamos destacar alguns versículos, frases que mais chamaram atenção. (Tempo para as pessoas se expressarem.) Refletindo o texto bíblico A: Com carinho, Deus criou o mundo e, nele, formou e modelou o ser humano. a) Como nós sentimos hoje o amor de Deus por nós, por toda a humanidade? b) Deus plantou um jardim e pôs ali o ser humano. Como o grupo imagina esse local? (Tempo para descrever...) c) O que Deus determinou ao ser humano fazer com esse jardim? d) Como relacionar o texto bíblico com o tema ecologia e a nossa realidade, nos dias de hoje? e) Dia 05 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia. Celebramos esse dia? O que fizemos? (Tempo para conversar.) 86 Aprofundando o tema com a Palavra A: O texto nos mostra com que carinho Deus criou o universo e, nele, o ser humano, rodeado de coisas aprazíveis. Vamos aprofundar nossa reflexão, seguindo o Documento de Aparecida. L 2: Deus criou o universo como espaço para a vida e a convivência de todos os seus filhos e filhas, deixou-o como sinal de sua bondade e de sua beleza. T: “O Senhor Deus formou o ser humano com o pó da terra, e soproulhe nas narinas o sopro da vida; e ele tornou-se um ser vivente” (Gn 2,7). L 3: “Nossa irmã, a mãe terra” é nossa casa comum e o lugar da aliança de Deus com os seres humanos e com toda a criação. L 4: A criação também é manifestação do amor providente de Deus; foi-nos entregue para que cuidemos dela e a transformemos em fonte de vida digna para todos. T: “O Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore de aspecto atraente e de fruto saboroso” (Gn 2,9). L 1: Desrespeitar as mútuas relações e o equilíbrio que o próprio Deus estabeleceu entre as realidades criadas é uma ofensa ao Criador, um atentado contra a biodiversidade e, definitivamente, contra a vida. L 2: O destino universal dos bens exige a solidariedade com as gerações presentes e as futuras. L 3: O discípulo missionário, a quem Deus confiou a criação, deve contemplá-la, cuidar dela e utilizá-la, respeitando sempre a ordem dada pelo Criador. T: “O Senhor Deus tomou o ser humano e o colocou no jardim do Éden, para o cultivar e guardar” (Gn 2,15). L 4: A Igreja também tem parte de responsabilidade no cuidado com a criação e, por isso, deve defender em público a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador para todos. T: “Deus viu tudo quanto havia feito, e era muito bom;” (Gn 1,31). Canto: /: Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra. :/ 87 Assumindo compromissos A: Lutamos pela preservação da grande casa comum, o planeta Terra, morada da família humana. Buscamos mudanças na economia, na administração dessa casa comum, em fraterna cooperação entre cristãos e cristãs e todas as pessoas de boa vontade. a) Vamos agir e perseverar em iniciativas domésticas, coletivas e públicas, que visem a recuperar, preservar e melhorar o meio ambiente. b) Além das nossas práticas diárias no cuidado com o meio ambiente e com a criação, também temos o compromisso de orientar outras pessoas a consumir produtos que não agridam a vida da natureza nem a vida das pessoas. A: O tema da Campanha da Fraternidade de 2011 é: Fraternidade e vida no Planeta, com o lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22). Certamente será nova luz e esperança a nos animar em nosso pensar e agir. Serão novos enfoques a tratar do vasto assunto que é a ecologia. Oração e bênção A: Tenhamos maior cuidado e carinho para com a natureza. Sigamos o exemplo de São Francisco, que tanto fez para valorizar a obra da criação de Deus. Reanimados e motivados rezemos: T: Ó Deus Pai e Criador, em vós vivemos, nos movemos e somos! Sois presença viva em nossas vidas, pois nos fizestes à vossa imagem e semelhança. Proclamamos as maravilhas de vosso amor, presentes na criação e na história. Por vosso Espírito, tudo se renova e ganha vida. (A bênção pode ser motivada pelo(a) animador(a), ou pelos donos da casa.) 88 Canto: Canção de esperança e alegria 1. Vibra uma canção de esperança e alegria. Surge, no horizonte, o raiar de um novo dia. /: Canta, dança, entra na festa, sente a alegria de viver. Olha o céu sorrindo, vê a beleza deste renascer. Canta, dança, nesta ciranda, sonha de novo sem temer. Vai à cidade, leva a notícia deste amanhecer. :/ 2. No olhar do povo brincam risos de criança. Mãos se entrelaçam, recriando a confiança. 3. Livre canta o vento, boa-nova de amizade. Brilha a paz na terra, nasce nova humanidade. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 89 14º Encontro SOMOS A FAMÍLIA DE DEUS “Vocês são testemunhas destas coisas” (Lc 24,48). Ambiente: Bíblia, flores e frutos de cores variadas, e folhas de papel, com nomes de Igrejas e Religiões diferentes... Acolhida: Pela família que recebe o grupo. Motivação e oração inicial Animador(a): Irmãos e irmãs, iniciemos nosso encontro partilhando como vivemos o compromisso que assumimos no encontro passado... (Tempo para conversar.) A: Hoje vamos refletir sobre o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso. É o caminho que nos leva a viver, na unidade, com todos os cristãos, e, no diálogo, com todas as religiões. Canto: Tenho irmãos, tenho irmãs aos milhões em outras religiões. Pensamos diferente, oramos diferente, louvamos diferente. Mas numa coisa nós somos iguais: buscamos o mesmo Deus, amamos o mesmo Pai, queremos o mesmo céu, choramos os mesmos ais... A: Deus nos ama com amor infinito. Vamos saudar com alegria o Deus Trindade, que é Amor: Todos(as): Em nome do Pai... Canto: Onde o amor e caridade /: Onde o amor e a caridade, Deus aí está. :/ 1. Todos juntos, num só corpo congregados, pela mente não sejamos separados! Cessem lutas, cessem rixas, dissensões, mas esteja em nosso meio Cristo Deus! A: Vamos rezar a Deus, nosso Pai, e Criador de todas as coisas. Ele faz de nós uma só família. Rezemos em dois grupos: 90 Lado A: Ó Deus de amor e bondade, nós te amamos com todo o nosso ser! Tu és nossa força e nossa salvação. Lado B: Sim, ó Deus de amor e bondade, Tu és nossa fortaleza e nosso libertador. Lado A: Ó Deus de amor e bondade, Tu és o nosso abrigo e a nossa proteção. Lado B: Sim, ó Deus de amor e bondade, Tu és nosso refúgio e nossa segurança. Lado A: Ó Deus de amor e bondade, Tu és nosso Pai, e nos conduzes à unidade entre as Igrejas Cristãs e ao diálogo com todos os povos e religiões. Lado B: Sim, ó Deus de amor e bondade, Tu nos abençoas e fazes que sejamos uma só família. T: Glória ao Pai... A Palavra de Deus ilumina A: No Evangelho que iremos ouvir, Jesus nos explica do que devemos ser testemunhas. Preparemo-nos para ouvir a sua Palavra. Canto: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho escrito pela comunidade de Lucas, capítulo 24, versículos 44-49 (Lc 24,44-49). (Momento de silêncio... Vamos ler o texto novamente... O grupo pode repetir algumas frases que chamaram a atenção...) A: Vamos refletir o que Jesus diz aos discípulos e o que ele quer dizer a nós hoje. a) Quem fala aos discípulos? b) Qual o objetivo de Jesus em abrir a mente dos discípulos? c) Jesus fala: “vocês são testemunhas dessas coisas”. Que coisas são essas, de que Ele fala no texto? d) Qual a nossa missão diante da palavra de Jesus: “vocês são testemunhas disso”? (Tempo para conversar.) 91 Aprofundar o tema com a Palavra A: Jesus abriu a mente dos discípulos para que compreendessem o que estava escrito nas Escrituras. Ele convoca os discípulos, e também a nós, para sermos suas testemunhas de vida, morte e ressurreição. T: “O Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos...” (Lc 24,46). Leitor(a) 1: O testemunho que Jesus nos deixou é de um amor sem limites em favor da vida digna de todos nós. Ele deu a vida para vencer todas as barreiras que separam os povos. T: “Vocês são testemunhas destas coisas” (Lc 24,48). L 2: Os discípulos receberam uma missão de Jesus: continuar a sua obra e anunciar a todos os povos a unidade e a paz. T: Nós somos testemunhas de Jesus, que deu sua vida pela unidade de todos os povos. L 3: Nós somos discípulos e discípulas de Jesus: queremos contribuir para a unidade entre as igrejas e as religiões através do Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso. L 4: Para que aconteça a unidade entre os povos e o diálogo entre as religiões, é necessário que nós mudemos de mentalidade. T: Queremos ser seguidores de Jesus, testemunhas do seu amor sem discriminação. L 1: No mundo somente haverá paz e unidade entre todas as raças, culturas e religiões, se houver respeito mútuo e amor entre as pessoas. Assim formaremos uma só família. T: “Pai, que todos sejam um, para que o mundo creia que tu me enviaste!” (cf. Jo 17,21). L 2: É preciso aprender com Jesus a conviver com pessoas diferentes. Amar e perdoar mutuamente. Jesus veio para o perdão dos pecados de todos os povos. Canto: Amar como Jesus amou. Sonhar como Jesus sonhou. Pensar como Jesus pensou. Viver como Jesus viveu. Sentir o que Jesus sentia. Sorrir como Jesus sorria. E, ao chegar ao fim do dia, eu sei que dormiria muito mais feliz. L 3: É um direito fundamental de cada pessoa seguir uma Religião e pertencer a uma Igreja. 92 L 4: Nenhuma Igreja ou Religião pode considerar-se como único caminho que leva a Deus, nem explorar a fé e a boa vontade do povo. L 1: O amor de Deus nos ensina a acolher e respeitar as pessoas que expressam sua fé de maneiras diferentes. Daí a importância do Diálogo Ecumênico e Inter-Religioso. A: Entendemos por Diálogo Inter-Religioso o relacionamento respeitoso com as religiões e grupos religiosos não cristãos. Respeitar as diferentes religiões e dialogar com elas é contribuir para a unidade e a paz no mundo. T: “Vocês são testemunhas destas coisas” (Lc 24,48). A: O Ecumenismo é uma dimensão muito importante de nossa Igreja. O Ecumenismo acontece pelo esforço sincero de aproximar-se, conhecer, cooperar, construir a fraternidade, superando as divisões entre as diferentes igrejas cristãs: os católicos, os ortodoxos, os protestantes, crentes, evangélicos... L 2: Então, como discípulos missionários de Jesus, nós queremos colocar em prática o pedido que Ele nos faz: T: “Pai, que todos sejam um, para que o mundo creia que tu me enviaste!” (cf. Jo 17,21). Canto: Os irmãos se sentam à mesma mesa 1. Os irmãos se sentam à mesma mesa, sabem dialogar com toda a franqueza. /: São filhos do mesmo Pai, com sangue da mesma cor, herdeiros do mesmo céu, nascidos do mesmo amor. :/ Compromisso A: No Documento de Aparecida, o papa Bento XVI nos alerta: “Não bastam as manifestações de bons sentimentos. Faltam os gestos concretos...”. Indicamos algumas sugestões: a) Rezar sempre em nossos Grupos Bíblicos em Família, e nas celebrações em nossa comunidade, pela unidade entre os cristãos e pelo diálogo entre as religiões. 93 b) Conversar no Conselho Pastoral Paroquial, ou Conselho Pastoral Comunidade, e com o Pároco para ver como organizar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos do próximo ano, para ser vivida com mais intensidade. Lembramos que é importante a participação das pastorais, grupos, movimentos, serviços e outras igrejas cristãs. c) Interessar-nos em conhecer o trabalho da Comissão Arquidiocesana para o Diálogo Ecumênico e Inter-religioso (CADEIR) e participar das celebrações ecumênicas, que são realizadas durante o ano em algumas paróquias da Arquidiocese. A: Jesus nos ensina a viver em unidade com todas as pessoas e toda a criação. Viver os ensinamentos de Jesus requer compromisso? Nós participamos da Campanha da Fraternidade Ecumênica com outras Igrejas Cristãs? Como? O que estamos fazendo de concreto, na família, na comunidade, para bem vivermos o lema da Campanha da Fraternidade Ecumênica: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”? (Mt 6,24). (Tempo para conversar.) Oração e bênção A: A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos aconteceu em maio deste ano. Pedimos a Deus que Ele nos dê a graça da unidade entre todas as Igrejas Cristãs. Que Ele nos fortaleça na missão de anunciar o seu testemunho de amor. T: “Vocês são testemunhas destas coisas” (Lc 24,48). A: Prestemos atenção ao que diz São João: Lado A: Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus, e todo aquele que ama vem de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conheceu a Deus, porque Deus é amor... Lado B: Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso: pois quem não ama o seu irmão a quem vê, não poderá amar 94 a Deus a quem não vê. Este é o mandamento que dele recebemos: aquele que ama a Deus ame também a seu irmão (1Jo 4,7-8.19-20). T: Queremos ser testemunhas destas coisas. A: Seguindo estes conselhos de São João, apresentemos a Deus, nosso Pai de amor e bondade, nossas preces espontâneas. (Tempo para as preces espontâneas.) A: Vamos concluir nossas preces com a oração da unidade que Jesus nos ensinou. Rezemos o Pai Nosso ecumênico: T: Pai Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém! A: Que o Deus da paz, da unidade e da alegria nos abençoe: T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém Canto: Somos gente da esperança 1. Somos gente da esperança, que caminha rumo ao Pai. Somos povo da aliança, que já sabe aonde vai. /: De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar o novo hino de unidade, amor e paz. :/ 2. Para que o mundo creia na justiça e no amor, formaremos um só povo, um só Deus, um só pastor. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 95 15º Encontro FAMÍLIA – PROJETO DE DEUS “Quem teme o Senhor, honra seus pais...” (Eclo 3,8). Ambiente: Bíblia, fotos de família, casinha, e os símbolos usados nos encontros anteriores. Acolhida: pela família que acolhe o grupo Motivação e oração inicial Animador(a): Amigos e amigas, irmanados na fé em Deus nosso Pai, sejamos bem-vindos. É com muita alegria que nos reunimos com nosso grupo. Vamos partilhar como pusemos em prática os compromissos assumidos no último encontro. (Tempo para conversar.) A: O encontro de hoje tem um tema muito importante: a família, que, conforme o Papa Bento XVI diz, “constitui um patrimônio da humanidade”. Saudemos a Santíssima Trindade, cantando. Canto: Em nome do Pai... A: Lembrando-nos de nossa condição de filhos e filhas, invoquemos o Pai, rezando a oração que o Senhor nos ensinou: Todos (as): Pai Nosso... Canto: Ilumina, ilumina 1. Minha prece de pai é que meus filhos vivam felizes. Minha prece de mãe é que meus filhos vivam em paz. Que eles achem os seus caminhos. Amem e sejam amados! Vivam iluminados! Nossas preces de filhos é prece de quem agradece. Nossas preces de filhos que sentem orgulho dos pais. Que eles trilhem os teus caminhos! Louvem e sejam louvados! Sejam recompensados! /: Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas! Ilumina, ilumina cada passo das nossas famílias!:/ (Enquanto se canta, acolhemos os símbolos.) 96 Refletindo o tema A: Reunidos na partilha da vida, da fé e da oração, podemos ver que a Bíblia em diversos momentos apresenta a importância da família, e, como Grupo Bíblico em Família, somos chamados a colaborar para o seu fortalecimento nas diversas formas em que ela se apresenta. T: “Eu serei para vós um pai, e vós sereis meus filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso” (2Cor 6,18). Leitor(a) 1: Olhando o modelo da Sagrada Família – José, Maria e Jesus –, podemos perceber claramente os laços que os unem. L 2: A família é relação de amor: amor conjugal, amor paterno-materno para com os filhos, amor filial para com os pais e amor fraterno entre os irmãos. T: “Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus” (1Jo 4,7). A: Olhando para nossa realidade, percebemos que há outros modelos de famílias, sem ser pai, mãe e filhos. L 3: Famílias onde o pai não está presente, onde a mãe sozinha luta para sustentar o lar e educar os filhos. L 4: Famílias onde a mãe não está presente, e o pai acumula esse papel, assumindo a responsabilidade de educar e sustentar. L 1: Também conhecemos famílias constituídas por avós e netos; mães e pais com filhos de outra união conjugal, formas diversas de grupo familiar, mas que, mesmo assim, vivem com dignidade. Canto: /: Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas! Ilumina, ilumina cada passo das nossas famílias!:/ L 2: Nessas situações, e inúmeras outras, é importante a fé em Deus e o amor mútuo, como forma de enfrentar as dificuldades. L 3: É importante permanecer no amor. Acreditar que Deus nos ama como família, mas nos ama a cada qual como pessoa única e especial. T: “E nós que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus permanece nele” (1Jo 4,16). 97 A: A família precisa ser uma comunidade baseada no amor, onde pai, mãe e filhos devem viver uma vida em comum, agindo em favor uns dos outros e respeitando as particularidades de cada um. T: “Honra teu pai e tua mãe, para que vivas longos anos na terra que o SENHOR teu Deus te dará” (Ex 20,12). A palavra de Deus nos ilumina A: A Leitura do Eclesiástico relata o desejo de Deus de que tenhamos uma relação de amor e respeito com nossa família. Vamos acolher a Palavra de Deus, cantando: Canto: Toda Bíblia é comunicação /: Toda Bíblia é comunicação de um Deus-amor, de um Deus-irmão. É feliz quem crê na revelação, quem tem Deus no coração. :/ 1. Jesus Cristo é a Palavra, pura imagem de Deus Pai. Ele é vida e Verdade, a suprema Caridade. Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Eclesiástico, capítulo 3, versículos de 1a 8 (Eclo 3,1-8). (Breve silêncio para interiorização da Palavra. Cada pessoa, pode reler o texto em sua Bíblia.) A: Após um breve momento para refletir sobre o que ouvimos, podemos conversar um pouco: 1) Qual a frase que mais nos chama a atenção? 2) Que atitudes Deus espera que tenhamos com nossa família? (Tempo para conversar. Depois, ouvir algumas colocações.) Aprofundando o tema com a Palavra A: De acordo com a Comissão Nacional da Pastoral Familiar, uma família se apoia em quatro pilares: comunidade de pessoas, santuário da vida, célula da sociedade, e Igreja doméstica. 98 L 4: A convivência, o relacionamento e a comunicação fazem da família uma comunidade. L 1: Por ser comunidade de pessoas, é necessário o diálogo, o perdão, a oração e a ternura entre seus componentes. T: “Os discípulos da Sabedoria são uma assembleia de justos, e a sua comunidade é marcada pela obediência e o amor” (Eclo 3, 1). L 2: A família, fundamentada no consenso entre um homem e uma mulher, é o berço e o ninho da vida. L 3: Na família acontece o “evangelho da vida”. Pais, filhos, irmãos “são ministros da vida”, da dignidade, inviolabilidade e sacralidade da vida. T: “Quem honra seu pai terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da mãe” (Eclo 3,7). A: A família educa os cidadãos, ensina as virtudes sociais, promove a aprendizagem da responsabilidade social e da solidariedade. L 4: Ela é a célula da sociedade, que tem direito a políticas familiares, como: emprego, habitação, saúde e escola. L 1: É na família, em qualquer forma que se apresente, que são ensinadas as primeiras lições para a vida em comunidade. T: “Ensina o adolescente quanto ao caminho a seguir; e ele não se desviará, mesmo quando envelhecer” (Pr 22,6). L 2: Os pais têm o direito e o dever de transmitir a fé aos filhos. A família é a imagem da Trindade, uma aliança de pessoas, uma Igreja doméstica. T: “Quem honra seu pai intercederá pelos pecados, evitará cair neles e será ouvido na oração quotidiana” (Eclo 3,4). A: É preciso que nos conscientizemos do valor da família, da necessidade de honrarmos nossos pais e nossos avós, de amarmos nossos irmãos, nosso esposo ou esposa, e nossos filhos. Canto: /: Como é bom ter a minha família, como é bom! Vale a pena vender tudo o mais para poder comprar esse campo que esconde um tesouro, que é puro dom, é meu ouro, meu céu, minha paz, minha vida, meu lar.:/ 99 Assumindo compromissos A: A Igreja deve estar consciente de sua grande responsabilidade social, que deve começar no seio das famílias e deve atingir aqueles que mais necessitam de nossa ação. Como sugestão de compromissos que podemos assumir, busquemos, neste tempo comum: – Olhar os membros de nossa família com mais amor, compreensão, buscando a conciliação e o perdão; – Procurar saber se em nossa comunidade há famílias passando por situações difíceis e, com o grupo, buscar uma solução, que resolva ou minimize essas dificuldades. (Tempo para conversar e ouvir outras sugestões do grupo.) Oração e bênção A: Agradeçamos a bondade, a graça de Deus, que se fez um de nós no mistério da Encarnação, para nos relembrar a importância da família. Rezemos em dois coros a Oração da Família: Lado A: Senhor, nós vos louvamos pela nossa família e agradecemos a vossa presença em nosso lar. Iluminai-nos, para que sejamos capazes de assumir nosso compromisso de fé na Igreja e de participar da vida de nossa comunidade. Lado B: Ensinai-nos a viver a vossa palavra e o Vosso mandamento de Amor, a exemplo da Família de Nazaré. Concedei-nos a capacidade de compreendermos nossas diferenças de idade, de sexo, de caráter, para nos ajudarmos mutuamente, perdoarmos nossos erros e vivermos em harmonia. Lado A: Dai-nos, Senhor, saúde, trabalho e um lar onde possamos viver felizes. Ensinai-nos a partilhar o que temos com os mais necessitados e empobrecidos, e dai-nos a graça de aceitar com fé e serenidade a doença e a morte quando se aproximem de nossa família. Lado B: Ajudai-nos a respeitar e incentivar a vocação de nossos filhos, quando os quiserdes chamar ao Vosso serviço. Que em nossa família 100 reine a confiança, a fidelidade, o respeito mútuo, para que o amor se fortifique e nos una cada vez mais. T: Permanecei em nossa família, Senhor, e abençoai nosso lar hoje e sempre. Amém! A: Cantemos, pedindo a bênção de Deus: 1. Que nenhuma família comece em qualquer de repente. Que nenhuma família termine por falta de amor. Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente e que nada no mundo separe um casal sonhador. Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte. Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois. Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte. Que eles vivam do ontem, no hoje e em função de um depois. Que a família comece e termine sabendo aonde vai. E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai. Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor. E que os filhos conheçam a força que brota do amor. /: Abençoa, Senhor, as famílias. Amém. Abençoa, Senhor, a minha também! :/ Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. 101 16º Encontro JOVENS EM MISSÃO “Ninguém te menospreze por seres jovem” (1Tm 4,12). Ambiente: Bíblia, casinha, fotos e recortes de revistas de jovens reunidos, trabalhando, em lazer como esporte... Acolhida: A família que acolhe o grupo convida os jovens a participar e acolher todos e todas. Motivação e oração inicial Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos a esta casa! Vamos iniciar nosso encontro saudando a Santíssima Trindade: Todos(as): Em nome do Pai... Canto: Glória, glória, aleluia /: Glória, glória, aleluia (3x). Louvemos o Senhor. :/ 1. Na beleza do que vemos Deus nos fala ao coração. Tudo canta: Deus é grande, Deus é bom e Deus é Pai. É seu Filho Jesus Cristo que nos une pelo amor. Louvemos o Senhor! 2. Deus nos fez comunidade, pra vivermos como irmãos. Braços dados, todos juntos caminhemos sem parar. Jesus Cristo vai conosco, Ele é jovem como nós. Louvemos o Senhor! A: Recordemos os compromissos do encontro anterior, partilhando nossas experiências. (Tempo para conversar.) A: O tema que vamos refletir hoje é JUVENTUDE. Ser jovem é sentir-se operário em construção de si mesmo, valorizando a parceria com Deus e com os irmãos e irmãs de caminhada. Todos(as): Acorda, Juventude! O mundo necessita da tua liderança. 102 A: Feliz o jovem que crê no amor. Pedindo ao Pai que interceda por nossos jovens, rezemos em dois coros a Oração para o Jovem (Autor desconhecido). Lado A: Senhor, transformai todos os nossos jovens em “José e Maria”, luzes que jamais se apagam, para que verdadeiros lares de Nazaré ressurjam e assim a humanidade se torne o paraíso que planejastes. Lado B: Que nossos jovens não caminhem com os que não vos seguem para que não caiam em suas emboscadas, e todos os seus passos sejam afastados do inimigo para que não andem nunca mais pelo caminho do mal. Lado A: Dai-lhes asas, Senhor, pois assim em vão jogarão a rede sobre eles. E, mesmo em meio a tantas dificuldades e corrupções, não permitais que desistam do bem. Lado B: Em um tempo de tanto materialismo, não se tornem ávidos de riqueza: antes trabalhem para seu sustento, para que nada lhes falte e vos bendigam por todos os verdadeiros presentes que vos lhes concedeis: saúde, harmonia e paz. Lado A: Uma consciência tranquila num coração plenamente voltado a vós, pois essas riquezas são as mais necessárias e por dinheiro algum se consegue adquiri-las. Lado B: Completai vossa obra em mim, em todas as famílias e nos jovens do mundo inteiro, inserindo-nos para sempre dentro do Vosso Santíssimo Coração e no de vossa santa Mãe, Maria Santíssima. T: Amém Canto: Hei Juventude – rosto do mundo 1. Eu vejo que a juventude tem muito amor. Carrega a esperança viva no seu cantar. Conhece caminhos novos. Não tem segredos, anseia pela justiça e deseja a paz. Mas vejo também a dor da insegurança. Que dói quando é hora certa de decidir. Tem medo de deixar tudo e então se cansa, diz não ao caminho certo e não é feliz. /: Hei Juventude – rosto do mundo. Teu dinamismo logo encanta quem te vê, a liberdade aposta tudo. Não perde nada na certeza de vencer. :/ 103 Refletindo o tema A: A juventude, período intermediário entre a infância e a fase adulta, é uma fase determinante na afirmação do “eu” perante si mesmo e perante os outros. Nessa fase, a consciência individual deixa de ser moldada pelos adultos, e começam a emergir as primeiras “opiniões pessoais”, surgem dúvidas, reavaliam-se os valores e desenvolve-se a consciência crítica, que será constantemente alterada ao longo da vida. Leitor(a) 1: É a fase da existência humana mais aberta no sentido de aprendizagem e desenvolvimento. É o período em que todo o nosso sistema, seja físico, mental e social, está receptivo a tudo de construtivo que possamos realizar. T: “És tu, Senhor, a minha esperança, és a minha confiança, desde a minha juventude. Sobre ti me apoiei desde o seio materno, desde o colo de minha mãe és minha proteção;...” (Sl 70,5-6). L 2: Os grupos de jovens são muitos e estão aí. Maior ainda é o número de jovens que não estão participando de nenhuma organização ou movimento, dentro ou fora da Igreja. L 3: Há jovens que se gastam no trabalho e sonham com o impossível que os meios de comunicação e a propaganda colocam em suas cabeças, para que acreditem – e se iludam – que o mundo pode ser feito de “mordomias e luxo”. L 4: Diante disso se percebe o valor de um Grupo de Jovens. São jovens que não se conformam com as coisas do jeito que estão. Sabem que algo está errado e que é preciso juntar-se a outros jovens para mudar. L 1: No bairro, escola, trabalho, comunidade, encontram-se jovens com desejo de fazer algo. São jovens que acreditam na força da amizade e na solidariedade e, por isso, estão dispostos a partilhar seu trabalho e suas forças. Canto: Tenho que gritar, tenho que arriscar. Ai de mim se não o faço! Como escapar de ti. como calar, se tua voz arde em meu peito? Tenho que andar, tenho que lutar, ai de mim se não o faço! Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito? L 2: São estes jovens que a Pastoral da Juventude procura descobrir, ajudando-os a se relacionarem de modo que, progressivamente, vão tendo consciência da necessidade do grupo de jovens. 104 L 3: E é nesses grupos que, muitas vezes, nascem as novas lideranças, capazes de intervir na Igreja e na sociedade, onde cada decisão e atividade é pensada, decidida e realizada. L 4: É bonito ver o jovem que faz uma caminhada, crescendo na fé, no relacionamento com o outro e consigo mesmo, na consciência crítica e na ação prática. A: É preciso dar passos a mais. Descobrir “bandeiras de luta” que sejam cristãs, atraentes e mobilizem os jovens, nas diferentes realidades em que vivem. Canto: Tenho que gritar, tenho que arriscar. Ai de mim se não o faço! Como escapar de ti. como calar, se tua voz arde em meu peito? Tenho que andar, tenho que lutar, ai de mim se não o faço! Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito? A Palavra de Deus ilumina A: Acolhamos no meio de nós a Palavra de Deus que nos ilumina, cantando: Canto: A Bíblia é a Palavra de Deus /: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo, que cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos viver um mundo novo. :/ 1. Deus é bom, nos ensina a viver. Nos revela o caminho a seguir: Só no amor partilhando seus dons, sua presença iremos sentir. Leitor(a) da Palavra: Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo, capítulo 4, versículos de 12 a 16 (1Tm 4,12-16). (Momento de interiorização da Palavra.) A: Vamos refletir o texto bíblico conversando um pouco entre nós: – O que a palavra nos passa como missão? – Qual a melhor forma para o jovem transmitir a Palavra de Deus na comunidade em que vive? – Somos convidados a viver a Palavra de Deus no nosso dia a dia, de forma sadia e sem medo da opinião dos que convivem ao nosso 105 redor. Como o jovem de nossa comunidade vive a Palavra de Deus e quais as formas de repúdio que enfrenta por causa disso? (Tempo para conversar.) Aprofundando a Palavra A: Ao lermos hoje as palavras de Paulo a Timóteo, podemos afirmar que, para sermos “seguidores(as) da palavra de Jesus Cristo”, temos que nos alimentar da Eucaristia e da Palavra de Deus, que nutre e fortifica nossa fé cristã. T: “Ninguém te menospreze por seres jovem. De tua parte, procura ser para os que creem um exemplo, pela palavra, conduta, pelo amor, pela fé, pela caridade” (1Tm 4,12). L 1: Nossos jovens devem travar uma batalha constante entre o que é reto e justo. E não buscar somente o que lhes salta aos olhos, o prazer pelo prazer, o que os tira dos caminhos de Deus. L 2: Devemos fazer o exercício constante de seguimento a Jesus Cristo, deixando que Deus faça em nós segundo a sua vontade; para não vivermos simplesmente uma fé superficial. T: “Não descuide o dom da graça que há em você e que lhe foi dado através da profecia, juntamente com a imposição das mãos do grupo dos presbíteros” (1Tm 4,14). L 3: Que os jovens possam utilizar todo o seu entusiasmo de jovem, e a marca de fé deixada neles pelo batismo como força propulsora de proclamação das maravilhas que Deus faz, e assim, não desanimem. L 4: Que eles sejam porta-vozes da palavra de Deus com sua maneira entusiasmada e diferenciada de ver o mundo, as pessoas e a fé. T: “Cuide bem dessas coisas e persevere nelas, a fim de que o seu progresso fique manifesto diante de todos. Vigie a si mesmo e ao ensinamento, e seja perseverante. Desse modo você salvará a si mesmo e aos seus ouvintes” (1Tm 4,15-16). Canto: Jovem Galileu 1. Um certo dia, à beira-mar, apareceu um jovem Galileu. Ninguém podia imaginar que alguém pudesse amar do jeito que ele amava. Seu jeito simples de conversar tocava o coração de quem o escutava. E seu nome era Jesus de Nazaré, sua fama se 106 espalhou, e todos vinham ver o fenômeno do jovem pregador, que tinha tanto amor. Assumindo compromissos A: É comum ouvirmos nos noticiários sobre jovens desorientados: dependentes de drogas, acidentando-se de carro, saindo de casa, etc. São vistos assim, pela sociedade, como irresponsáveis. Mas há também jovens corretos, maduros e presentes na vida da Igreja. Um exemplo são os Grupos de Jovens e a Pastoral da Juventude em si. São espaços onde eles podem interagir, trocar experiências e opiniões, aprendendo sobre a vida cristã. Vamos ver como podemos auxiliar os jovens da nossa Comunidade: a) Procurar saber se há jovens pertencentes a famílias carentes, identificando se estão ou não matriculados na escola, para que possam estudar, trabalhar e levar mais esperança a suas famílias. b) Visitar Centros de Recuperação de Jovens dependentes de drogas, levando apoio a eles. c) Orientar os jovens de nossas famílias para que respeitem seus pais. Dar apoio sempre que for necessário e chamá-los para junto da Igreja. d) Apoiar a Pastoral da Juventude e os Grupos de Jovens, para que continuem perseverantes na caminhada, convidando outros jovens para participar conosco no seguimento de Jesus Cristo. Oração e bênção A: Que hoje, ao encerrarmos o nosso encontro, possamos agradecer pelo momento de reflexão e possamos pedir especialmente pela nossa juventude. L 1: Peçamos para que os jovens que seguem o caminho da fé perseverem e que dêem o exemplo para os que os seguem, ajudando os que estão perdidos e desamparados, para que na caminhada com Jesus Cristo encontrem a paz e a felicidade. T: “Ninguém te menospreze por seres jovem. De tua parte procura ser para os que creem um exemplo, pela palavra, conduta, pelo amor, pela fé, pela caridade” (1Tm 4,12). A: Que Deus ilumine a nós e nossa juventude, para que possamos servir os necessitados. Rezemos. 107 T: Senhor, que não esqueçamos que só poderemos te encontrar, se o nosso caminhar seguir na direção: L 2: Do nosso próximo, dos pequenos. L 3: Dos necessitados, da solidariedade. L 4: Do amor e da fé. T: Senhor, que não nos esquivemos da tarefa de servir, e que, servindo, encontremos a felicidade que desejas para nós. L 1: Que tua paz nos acompanhe. L 2: Tua bênção nos renove. L 3: E teu amor seja nossa força. T: Amém. Canto: Deixa-me ser jovem /: Deixe-me ser jovem, não me impeça de lutar, pois a vida nos convida a uma missão realizar. :/ 1. Deixe-me ser jovem, ser livre pra sonhar; não reprima, não reprove o meu jeito de amar. 2. Fazer também a história e não ser ignorado; preservar os meus valores e não ser massificado. Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros. Este encontro foi elaborado pelo “Grupo Jovem São Francisco Xavier”, da paróquia São Francisco Xavier, numa ação conjunta com a coordenação da Pastoral da Juventude da Arquidiocese. Além de suas reuniões aos domingos, eles se encontram toda terça-feira nas casas dos jovens, junto com as famílias, para fazer o Grupo Bíblico em Família. Cinco jovens participantes do GBF se reuniram para definir a linha do encontro, o texto bíblico e a parte do encontro que cada um fosse escrever. “Jovem, entre na roda com a gente também...”, incentive o grupo de jovens de sua comunidade a organizar um Grupo Bíblico em Família, ou participar do grupo da sua rua. 108 17º Encontro MULHER – Protagonista da evangelização “Eu lhes declaro que Deus fará justiça para eles, e bem depressa” (Lc 18,8a). Ambiente: Casinha, Bíblia, vela, flores, recortes de revistas ou fotos de mulheres envolvidas com trabalhos sociais na comunidade, e em outros espaços: trabalho, família, Conselhos e outros. Acolhida: Pela família que acolhe o grupo. Motivação e oração inicial Animadora(a): Antes de iniciar a reflexão sobre o tema do encontro de hoje, vamos partilhar nossas ações realizadas nessa semana, com relação aos compromissos assumidos no último encontro. (Tempo para partilhar.) A: Sejam todas e todos bem-vindos ao nosso Grupo Bíblico em Família. Que alegria podermos estar juntos mais uma vez para rezar e cantar e refletir sobre a fé e a vida. Nesse espírito de união que nos motiva, vamos saudar a Santíssima Trindade presente em nosso meio, cantando. Todos(as): Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui... A: Inspirados pela oração de Ana, uma mulher que no sofrimento havia experimentado a bondade do Senhor, como se conta no livro de 1Samuel, capítulo 2, rezemos com ela no início do encontro de hoje. Lado A: Exulta no Senhor meu coração, e se eleva a minha fronte no meu Deus; minha boca desafia os meus rivais, porque me alegro com a vossa salvação. Lado B: Não há santo como é santo o nosso Deus, ninguém é forte à semelhança do Senhor! Não faleis tantas palavras orgulhosas, nem profiram arrogâncias vossos lábios! 109 Lado A: Pois o Senhor é o nosso Deus que tudo sabe. Ele conhece os pensamentos mais ocultos. O arco dos fortes foi dobrado, foi quebrado, mas os fracos se vestiram de vigor. Lado B: As colunas desta terra lhe pertencem, e sobre elas assentou o universo. Ele vela sobre os passos de seus santos, mas os ímpios se extraviam pelas trevas. Canto: /: O Senhor fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome. :/ A: O encontro de hoje é muito especial, pois vamos refletir sobre a mulher, essa presença tão importante na vida da comunidade, da sociedade, da Igreja e da família. Para facilitar nossa reflexão, façamos um momento de cochicho. A partir das seguintes provocações, conversemos: Ao falar sobre a figura da mulher, o que nos vem em mente? Quais mulheres são importantes em nossa vida? (Tempo para cochicho.) Canto: Baião das Comunidades /: Somos gente nova vivendo a união, somos povo semente de nova nação ê, ê! Somos gente nova vivendo o amor, somos comunidades, povo do senhor, ê, ê! :/ 1. Vou convidar Oneide, Rosa e Ana Maria, a mulher que, noite e dia, luta e faz nascer o amor. E reunidos no altar da liberdade, vamos cantar a verdade. Vamos pisar sobre a dor, ê, ê! Refletindo o tema A: Ao refletir sobre o tema mulher, nos deparamos com duas visões que estão muito presentes na sociedade: a primeira, a mulher como objeto do mercado; a segunda, a mulher que é protagonista da sua história, presente em nossas comunidades. Leitor(a) 1: A mídia de maneira geral, sobretudo a internet e muitos canais de televisão, vendem uma falsa imagem da mulher, moldada para os comerciais, motivando para o consumo, para o prazer e para a fantasia. L 2: Na contramão da mídia, vemos milhares de mulheres, diferente do que muitos meios de comunicação apresentam: elas estão nas casas, nos locais de trabalho, nas ruas, na Igreja, nas comunidades e nas praças, lutando dia a dia por outro mundo possível! 110 T: Ester intercede por seu povo, pedindo ao Rei: “Se o senhor quiser fazer-me um favor... o meu desejo é que meu povo tenha vida...” (Ester 7,2-10) L 3: Mundo possível é o mundo em que todos tenham dignidade! Infelizmente, em nossa sociedade, muitas vezes o mercado e o dinheiro é que definem o rumo das coisas e da vida das pessoas. Mulheres: É a partir da forma como somos vistas pelo capital, como mercadoria, que a força de nossa luta ganha dimensões ainda mais expressivas. L 4: São muitas as mulheres engajadas nas nossas comunidades, que, num sistema de tripla jornada, ainda conseguem estar presentes nas grandes lutas sociais e dedicar-se às causas coletivas: L 1: Creches comunitárias para seus filhos; saúde melhor para todos; os direitos humanos garantidos; a valorização da mulher como pessoa humana; e outras reivindicações para atender as necessidades nas comunidades. T: Ester insiste pedindo pela vida do seu povo: “Se o meu pedido lhe parecer justo..., revogue por escrito o decreto que Amã... mandou escrever para exterminar os judeus...” (Ester 8,1-12). L 2: Também é forte a presença das mulheres nos Grupos Bíblicos em Família, nas Comunidades Eclesiais de Base, na Catequese, nas Pastorais Sociais, nos Movimentos, e em outros espaços pastorais, contribuindo com a evangelização de nosso povo. L 3: Lembremos algumas mulheres que marcaram e marcam a história, indignando-se contra as injustiças sociais. T: Irmã Dorothy Stang, Madre Teresa de Calcutá, Margarida Maria Alves, as mães da Praça de Maio (em Buenos Aires), mães da Praça da Sé (em São Paulo), Zilda Arns, e muitas Marias, Anas, Teresas, nossas vizinhas e companheiras de caminhada. L 4: Um sentimento importante que toda mulher, que sonha com um mundo melhor, jamais deverá perder, é o da indignação. T: “Se perdermos a capacidade de nos indignar, perdemos a virtude da sensibilidade humana, e nos identificaremos com as máquinas, que nascem e morrem sem sentimentos e sem coração” (Ademar Bogo, MST). 111 Canto: /:Virá o dia em que todos, ao levantar a vista, veremos nesta terra reinar a liberdade. :/ A Palavra de Deus ilumina A: O Evangelho apresenta sua mensagem de paz e de justiça, que é a proposta de construção do Reino. Vamos aclamar bem alegres essa Palavra de Vida e de Salvação. Canto: Fazei ressoar /: Fazei ressoar, ressoar a Palavra de Deus em todo lugar. :/ 1. Na cultura e na história, vamos expressar, levando a palavra de Deus em todo lugar, vamos lá. Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de São Lucas, capítulo 18, versículos de 1 a 18 (Lc 18,1-8). Aprofundando o tema e a Palavra A: Após ouvir o texto de Lucas, vamos recontar a parábola: 1. Qual o pedido da viúva? 2. Como o juiz reage diante da atitude da mulher? (Tempo para conversar.) A: Jesus se utiliza de parábolas, para explicar as coisas. Nesse caso, usou a parábola da viúva para mostrar que a insistência e perseverança são valores importantes para a conquista dos direitos e da justiça. T: “Na cidade havia uma viúva, que ia à procura do juiz, pedindo...” (Lc 18,2). L 1: Deus atende todos e todas que, através da oração, do testemunho de vida e da fé, buscam o desejo de que seja feito justiça. T: “Faça-me justiça contra meu adversário” (Lc 18,3). L 2: Nos dias de hoje, encontramos muitas “viúvas” em nosso caminho, que não desistem, mesmo quando tudo parece não ter solução. T: “Eu lhes declaro que Deus fará justiça para eles, e bem depressa...” (Lc 18,8a). 112 L 3: Ser mulher implica em atravessar barreiras e romper com preconceitos, como fez a viúva, para vencer a batalha do dia a dia. L 4: Mesmo diante das provocações e ameaças do deus do dinheiro e do sistema capitalista, não podemos esmorecer e nem perder o sentimento de indignação e de justiça. T: “E Deus não faria justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?” (Lc 18,7). L 1: Assim devemos ser e agir, como a viúva: insistentes, perseverantes e fiéis ao Evangelho, seguindo em frente, lutando a cada dia por tempos melhores para todos. L 2: Buscando várias formas de iniciativas de justiça em prol da dignidade humana, nas organizações comunitárias, nos movimentos populares, nas instituições religiosas e em outras instâncias. Canto: A liberdade haverá 1. As mesmas mãos que plantaram a semente aqui estão. O mesmo pão que a mulher preparou aqui está. O vinho novo que a uva sangrou jorrará no nosso altar! /: A liberdade haverá, a igualdade haverá. E nesta festa onde a gente é irmão, o Deus da vida se faz comunhão. :/ Compromissos A: Esse é um momento muito importante de nosso encontro. Motivados e iluminados pela Palavra de Deus, apontemos alguns compromissos concretos que nos ajudarão a conhecer melhor nossa realidade e a construir uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. – Procurar conhecer os movimentos sociais que lutam pela garantia e defesa dos direitos da mulher e das pessoas menos favorecidas; – Buscar informações sobre a lei Maria da Penha, que pune homens que cometem violência contra a mulher; – Procurar orientar mulheres gestantes, viúvas e empobrecidas sobre seus direitos e necessidades especiais; – Para as mulheres: valorizar-se enquanto pessoa humana, sujeito de direitos e de relevância para a comunidade; – Para os homens: valorizar suas esposas, filhas, mães, vizinhas, e mulheres com as quais convive, estabelecendo relações igualitárias de gênero. 113 Oração e bênção A: Peçamos a Maria, nossa mãe, exemplo de mulher lutadora, que interceda por nós. Que possamos estar cada vez mais animados para continuar nossa caminhada na construção de um mundo mais justo e igualitário, que respeite mulheres e homens em sua totalidade. T: Ave-Maria... A: Que o Senhor nos abençoe, nos ilumine e nos proteja. T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém Canto: Vem, Maria mulher /: Vem, Maria mulher, teu canto novo nos ensinar! Um Deus com rosto de mãe vem aos pobres anunciar! :/ 1. Vamos, irmãos e irmãs, um canto de júbilo alegres cantar, ao Deus que faz maravilhas em seu povo que luta pra se libertar. Seu nome é três vezes Santo, e pra todo sempre dura o seu amor. E viva o Deus dos pequenos, parceiro dos pobres, libertador! 2. Vem, Maria dos pobres, vem com teu povo, vem caminhar! Apressa a hora do Reino, que a luta do povo faz germinar. Desperta os que estão cansados, aponta a aurora da Ressurreição, renova a esperança da gente com o vinho novo da libertação. (Enquanto cantamos, pede-se que os homens que estiverem presentes entreguem uma flor para cada mulher. Caso não haja presença masculina, que as mulheres mesmas o façam). Lembrete: – Na espera do novo Livreto do Advento/Natal, propomos que os grupos continuem se encontrando. Dicas importantes: – Fazer os encontros que por acaso foram saltados ou que são interessantes refazer; – Fazer o planejamento de atividades para o próximo ano, incluindo-o no cronograma da Paróquia; – Responder a avaliação que está no final do livreto e encaminhar à Coordenação Arquidiocesana dos GBF. 114 Anexo 1 Querida criança, Este ano a Igreja Católica, à qual pertences, vive um Ano Sacerdotal. O que isso significa? Nós bem conhecemos a importância dos sacerdotes, na vida da igreja: eles nos orientam na fé. Eles têm a missão de nos ensinar o Evangelho. São os responsáveis pelos sacramentos do Batismo, Confissão, Comunhão, Matrimônio. Assistem enfermos e lhes dão o sacramento da Unção dos Enfermos. Incentivam e mantêm obras assistenciais importantes. Também trabalham pela unidade da comunidade. Tudo isso sabemos – mas, às vezes, nos esquecemos de como é difícil para eles serem responsáveis por tanta atividade. Este Ano Sacerdotal é para podermos pensar a respeito e rezar por eles, para que Deus os proteja e lhes dê sempre mais força, a fim de que possam cumprir bem sua missão. É, também, para que os próprios 115 padres se lembrem da graça que Deus lhes concedeu, ao chamá-los para serem seus colaboradores na obra da salvação das pessoas. O Ano Sacerdotal já está bem adiantado e tem trazido bons frutos para a Igreja: são feitas muitas orações pelos sacerdotes e cresceu o número de pais que pedem a Jesus para chamar um filho seu para o sacerdócio. Alguns jovens já estão pensando em dizer sim a Jesus, aceitando seu convite para ser padre, mesmo sabendo que é necessária muita disposição para segui-lo. E as crianças como tu, o que podem fazer, neste Ano Sacerdotal? Respondendo a essa pergunta, eu te apresento uma certeza, lembro um presente que crianças como tu receberam e faço um pedido. Uma certeza Por ser criança, és uma pessoa muito amada por Jesus. Como prova disso, basta lembrar a passagem do Evangelho que se refere ao dia em que os apóstolos repreenderam as pessoas que levavam crianças para que Jesus as tocasse. Jesus disse-lhes: “Deixai as crianças virem a mim. Não as impeçais, porque a pessoas assim é que pertence o Reino de Deus”. Abraçou-as e, “impondo as mãos sobre elas, as abençoava” (Mc 10,13-16). Jesus fez questão de atender aquelas crianças porque as amava. Lembrava-se de seu Pai, que desde toda a eternidade ama cada criança e deseja que viva cercada de muito amor. Além disso, para entrar no Reino de Deus, mesmo os adultos precisam ter um coração como o de uma criança – ou seja, ter um coração simples e confiar no Pai do céu, que é rico de bondade. As crianças não cansavam Jesus, que gostava de tê-las a seu redor. Um presente que receberam Já pensaste alguma vez naqueles sacerdotes que te abençoaram, em diferentes momentos de tua vida? No teu Batismo, em tuas confissões, em tua Primeira Comunhão? Tenha certeza de que cada um deles foi e é um presente especial de Jesus para ti. Já te lembraste de agradecer a Jesus por isso? Se és um garoto, já pensaste em perguntar a ti mesmo: Será que Jesus não me está chamando para ser sacerdote?... Se perguntares a cada padre que encontrar, quando 116 ele pensou pela primeira vez em ser sacerdote, certamente ouvirá de muitos: “Desde pequeno desejava ser padre!” Eu mesmo tinha uns 6 anos quando pensei nisso pela primeira vez. Um pedido Deus, que é Pai, escuta com amor toda oração que lhe é dirigida. Ele gosta de atender a seus filhos e filhas, não importa o nome ou a idade que tenham, nem a cidade em que morem. Não há dúvida alguma, porém, de que o Pai do Céu ouve com atenção especial as orações feitas pelas crianças. Afinal, como bem demonstrou Jesus, elas são as suas preferidas, pois o Reino de Deus é delas. Por causa disso, venho fazer-te um pedido: passa a rezar diariamente pelos sacerdotes. Por aquele que te batizou, pelo que te ouviu a primeira confissão, pelo que te deu a Primeira Comunhão. Por todos os outros padres, também. Eles precisam muito de orações, principalmente das orações de crianças como tu, que são ouvidas com imenso carinho e atenção pelo Pai do Céu. Se todas as crianças começarem a rezar pelos sacerdotes, eles ficarão mais santos. Ficando mais santos, poderão servir melhor ao povo de Deus. Vendo-os assim generosos, dedicados e fiéis ao Senhor, muitas crianças e jovens pensarão: Eu também vou ser padre! Faço-te mais um pedido: reza, também pelos seminaristas – aqueles jovens que estão nos Seminários, preparando-se para o sacerdócio. Com tua oração, eles se tornarão ainda mais amigos de Jesus, que nunca se esquece daqueles que rezam pelos que ele próprio chamou para segui-lo de perto. Com tuas orações certamente a Igreja ficará mais fortalecida – e tu e tua família receberão mais e mais graças de Deus por isso. Posso contar com tuas orações pelos padres e pelos seminaristas? Agradeço a atenção que me deste e peço a Jesus que imponha as mãos sobre ti e te dê a sua bênção. Um abraço do teu amigo Dom Murilo 117 Anexo 2 HINO DOS GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA Letra: Ir. Clea Fuck e Música: Pe. Ney Brasil 1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram em torno da Bíblia, Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam, na prece entrelaçam a terra e os céus. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família :/ 2. Igreja nas casas! Assim foi no início, aí se encontravam os grupos cristãos. Por isso, o símbolo é hoje a casinha, a mística é o grupo de irmãs e irmãos. 3. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade. Pessoas diversas constroem comunhão. Partilham suas buscas, seus sonhos, problemas, e tudo se torna fraterna oração. 4. Igreja nas casas! O centro é a Bíblia, resposta divina a humanas questões. Assim, a oração, reflexão da Palavra, motiva e orienta concretas ações. 5. Igreja nas casas! São células vivas da comunidade em torno a Jesus. Ninguém é cristão isolado, sozinho. Amor verdadeiro à unidade conduz. 6. Igreja nas casas! A arquidiocese nos chama e convida a evangelizar. Os grupos refletem o rosto da Igreja, que é graça presente em todo lugar. /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família :/ 118 Anexo 3 Oração dos Grupos Bíblicos em Família D. Murilo S. R. Krieger Senhor Jesus, tu nos garantiste: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20). Por isso, acreditamos em tua presença, quando nos reunimos nos Grupos Bíblicos em Família. Em nossos encontros, Senhor Jesus, somos iluminados por tua Palavra, fortalecidos pela oração comunitária e enriquecidos por tua graça. Somos, também, confortados pela presença de irmãos e irmãs que, como nós, querem ser discípulos e missionários teus. Porque queremos ser teus discípulos, ensina-nos a fazer a vontade do Pai; a estar atentos às necessidades dos que sofrem e a ser “alegres na esperança, fortes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12). Porque queremos ser teus missionários, dá-nos um coração generoso e entusiasta, um coração como o teu: incansável no anúncio de que Deus é amor. Nossos encontros bíblicos nos preparem para o domingo, Dia do Senhor, quando somos convidados a nos reunir ao redor de teu Altar. Ali te ofereces ao Pai por nós e nos alimentas com tua Palavra e com o Pão da vida; ali aprendemos que amar é assumir a cruz de cada dia. Tua Mãe Maria, Nossa Senhora do Desterro, interceda por nossas famílias e nossos grupos, para que saibam imitar a Família de Nazaré. Assim estaremos nos preparando para viver um dia com a Santíssima Trindade, numa alegria que não terá fim. Amém. 119 Equipe de elaboração e revisão do conteúdo Alzira Steiner Horr Anayara Soares Rovaris Carla Cristiani de Oliveira Guimarães Celso Loraschi Diác. José Antônio Schweitzer Diác.Wilson Fábio de Castro Edison Luiz Mendes Édem Silvana Demari Elâine Bernadete Lopes Elísio Marcelo Finato Fernando da Luz Santana Flávio Müller Martendal Guilherme Pontes Inês Jalcira de Souza Nascimento Ir. Clea Fuck Johnatan Matos Jupira Silva da Costa Larissa Borges Marthendal Maria Angelina da Silva Maria Glória da Silva Pe. Alcides Albony Amaral Pe. Vitor Galdino Feller Silvia Togneri Equipe de Editoração Digitação: Maria Glória da Silva Revisão Redacional: Diác. José Antônio Schweitzer Revisão Teológica: Pe. Vitor Galdino Feller Apresentação: Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger Revisão Final: Ir. Clea Fuck Editoração eletrônica e capa: Atta (José Valmeci de Souza) Coordenação Arquidiocesana de Pastoral Pe. Vitor Galdino Feller Leda Cassol Vendrúscolo 120 Equipes de Articulação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família Coordenação Arquidiocesana Maria Glória da Silva (48) 3224 4799/(48)9634-4667/(48)3033-1091 Rua: Esteves Júnior, 447 – Centro. CEP: 88015-130 – Florianópolis – SC E-mail: [email protected] Equipes de Articulação Comarcal Comarca de Santo Amaro Diác. Bruno João e Anita Steffen Degering – (48) 3252 0164 Diác. Osvaldo Prim – (48) 3245 9020 Comarca de São José Diac. Neri Candido da Silva – (48) 3357 3644 / (48) 9959 1953 Osmarete Terezinha S. Barbosa – (48) 3247 8886 Comarca da Ilha Diác. Pedro Carbonera – (48) 3333 7897 Roberto G. da Costa – (48) 3269 6707 (48) 9618 7962 Volmar de Souza Netto – (48) 3733 4941/ (48) 9998 6800 Comarca do Estreito Margarete Severino Pereira – (48) 8425 4674 / (48) 3258 3802 Alzira Steiner Horr (48) 3346 7896 Elísio Marcelo Finato (48) 3244 0102 / (48) 9983 0102 Comarca de Biguaçu Maria da Glória Agassi – (48) 3246 5945 Ir. Viola Feltrim – (48) 3243 1229 Maria Helena Campos Siqueira – (48) 3243 4600 Comarca de Tijucas Pe. Revelino Seidler – (47) 3369 4062 Lucelaine Souza Loudetti – (48) 3265 0807 Comarca de Itajaí Glória Maria Dal Castel – (47) 3348 5726 Maria da Graça Vicente – (47) 3268 1954 Noêmia Mariana da Silva – (48) 3344 2561 121 Comarca de Brusque Ana Regina Stocker Petermann – (47) 3350 5679/(47) 9914 2782 Regina Martinenghi – (47) 3355 1229 Elza Crepps Bosio – (47) 3355 2673 Maria Luiza Rodrigues (47) 3351 1954 Coordenadores Arquidiocesanos das Comunidades Eclesiais de Base Edison Luiz Mendes (48) 3733 5327 / (48) 9901 9297 Édem Silvana Demari (48) 3733 5327 / (48) 9901 9316 O Manual dos GBFs “Igreja nas Casas” diz: “Nada impede que os outros grupos (Apostolado da Oração, Movimento de Irmãos, RCC, capelinhas de Nossa Senhora...) também entrem na caminhada da Arquidiocese seguindo os roteiros dos Grupos Bíblicos em Família. Com isso, não perderão o seu carisma, mas o enriquecerão com sua inserção na caminhada evangelizadora da Igreja arquidiocesana” (p. 11). Confira adquirindo-o com a coordenação de pastoral na Cúria. 122 AVALIAÇÃO As Equipes de Redação e de Articulação dos Grupos Bíblicos em Família pedem que você colabore com o sucesso dessa Prioridade Pastoral de nossa Arquidiocese, respondendo ao seguinte questionário e enviando a resposta, até o dia 20 de dezembro de 2010, endereçado à Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família ou E-mail: [email protected] 1) Quanto aos grupos: – Quantos grupos há na sua comunidade? 2) Quantas pessoas costumam participar das reuniões do seu grupo? – Todas as pessoas colaboram com a leitura, reflexões e sugestões? Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ). – Existe a preocupação de convidar outras pessoas, principalmente as que se encontram afastadas da Igreja? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ). 3) O conteúdo do livreto: – Os assuntos tratados nos encontros são importantes para a Igreja, para a sua paróquia, para a sua comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ). – As ideias e compromissos propostos são assumidos pelos grupos? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ). – Ajudam a transformar a vida das pessoas e da comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ). 4) A linguagem do livreto: – Dá para entender bem tudo o que está escrito? Tudo ( ) A maior parte ( ) Muito pouco ( ). 123 – Se não dá para entender tudo, qual é a principal dificuldade? 5) Os cantos: – Os cantos estão de acordo com os temas tratados? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ). – Os cantos são conhecidos pelo seu grupo? Todos ( ) A maioria ( ) Alguns ( ) Nenhum ( ). 6) Como é elaborado o planejamento dos Grupos Bíblicos em Família na sua Paróquia? 7) Avalie a caminhada dos Grupos Bíblicos em Família na sua comunidade e na sua paróquia. – Três pontos positivos: – O que e como poderia ser melhor: 8) Há algum testemunho que o grupo queira contar? Narre em seguida. 124 125 126 127 128