Nº4 • Ano 1 • 1ª quinzena de março de 2008
INFORMATIVO SOBRE O MERCADO DE SUCATAS DE ALUMÍNIO
Associação Brasileira do Alumínio - ABAL
Cadeia de reciclagem reivindica benefícios fiscais
“O setor é recordista em reciclagem, porém não possui qualquer tipo de incentivo”,
diz presidente da Aleris Reciclagem
Em todas as etapas do processo, da coleta da sucata à
O executivo defende também o diferimento do imposto
transformação, a cadeia de reciclagem de alumínio é altamente
sobre circulação de mercadorias e serviços - ICMS das operações
sustentável; promove a inclusão social, gerando emprego e
interestaduais, deslocando o imposto da etapa da coleta para o
renda a todas as camadas sociais; e ainda contribui com a
final da cadeia, na transformação. “Não se trata de isenção e
preservação do meio ambiente, pois poupa energia, economiza
sim de uma postergação do tributo, que iria diminuir a
recursos naturais e ainda reduz a quantidade de resíduos na
sonegação fiscal e o uso de créditos fictícios como vantagem
natureza. Todas essas vantagens econômicas e ambientais à
competitiva, por empresas não idôneas”, esclarece.
sociedade, no entanto, não foram suficientes para que a cadeia
conquistasse algum benefício fiscal.
De acordo com Corrêa, a possibilidade de envio de emendas
à proposta de reforma tributária que está tramitando no
“Há diversos Projetos de Lei tramitando no Congresso, mas
Congresso é uma oportunidade para que esses antigos pleitos
nenhum avançou até o momento”, comenta Paulo Geraldo
finalmente sejam atendidos. Para ele, essas conquistas só
Corrêa, presidente da Aleris Reciclagem, empresa que produz
trariam benefícios à cadeia de reciclagem. “O diferimento do
cerca de 100 mil toneladas/ano de alumínio secundário, a partir
ICMS faria as empresas competirem em igualdade de condições,
da sucata proveniente de 12 centros de coletas distribuídos em
retirando do mercado as empresas que se valem de uma
oito estados do país. “o setor é recordista em reciclagem, porém
vantagem ilegal”. Já a concessão de incentivos fiscais, conclui,
não possui qualquer tipo de incentivo fiscal”.
aumentaria a capacidade de investimento da indústria,
aumentando o número de empregos e a qualificação
Uma das reivindicações tributárias do setor é o direito a um
profissional.
crédito presumido na comercialização de metal secundário, pois
essa matéria-prima já recolheu impostos antes de se tornar
sucata. “A latinha de bebida já foi tributada na sua venda como
embalagem, mas quando esse material é reciclado é tributado
mais uma vez”, explica Corrêa. Segundo ele, uma alternativa
para essa “bi-tributação” seria o direito ao crédito do imposto
sobre produtos industrializados (IPI), no momento da aquisição
da matéria prima.
Palavra da Fundação Getulio Vargas
A qualidade dos dados levantados e apurados pela FGV
depende diretamente da participação contínua das
empresas recicladoras.
Seja um informante da pesquisa de preços de sucata de
alumínio da Fundação Getulio Vargas (FGV). Mais detalhes
pelo telefone: (21) 2559-6087.
Nº4 • Ano 1 • 1ª quinzena de março de 2008
Resultados
Na seqüência, os resultados da pesquisa de preços de sucata de alumínio realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) relativos a primeira
e segunda quinzenas de fevereiro de 2008.
1ª Quinzena - FEV 2008
Bloco
Chaparia
Estamparia
Latas Prensadas
Latas Soltas ou Enfardadas
Panela
Perfil Branco
Perfil Misto
3,30
3,54
4,02
3,40
3,28
4,43
5,23
4,00
5,2
4,1
-3,2
5,4
0,3
0,5
-3,1
(X)
7,1
-1,3
-3,3
1,0
-0,1
-0,7
2,2
2,4
0,4
5,2
-0,5
-1,6
12,2
5,1
4,0
-17,0
-23,0
-19,0
-20,8
-21,9
-20,4
-16,3
-13,9
1ª Quinzena - FEV 2008
Importante:
1. Preço coletado junto aos compradores de sucata, conhecidos por Indústrias Recicladoras, na condição à vista, com frete, sem impostos.
2. Refere-se às negociações realizadas pelas Indústrias Recicladoras, informantes da pesquisa, localizadas nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Bloco
Chaparia
Estamparia
Latas Prensadas
Latas Soltas ou Enfardadas
Panela
Perfil Branco
Perfil Misto
3,21
3,59
4,11
3,42
3,31
4,46
5,24
(X)
-2,7
1,4
2,0
0,5
1,1
0,6
0,1
(X)
2,3
5,5
-1,2
6,0
1,4
1,1
-3,0
(X)
-0,4
1,8
7,4
0,0
-0,6
12,9
5,2
(X)
-19,6
-20,9
-17,1
-20,8
-21,1
-21,8
-14,4
(X)
Notas:
1. Os campos assinalados com “(X)” possuem menos de (3) três cotações, no período de referência ou no período anterior; por isso foram removidos
de sua posição original a fim de preservar o sigilo estatístico.
2. Os campos assinalados com “-“ não apresentaram nenhuma cotação para o período de referência.
3. As descrições completas dos tipos de sucatas de alumínio podem ser consultadas na publicação “Tabela de Classificação de Sucatas de Alumínio”,
disponível no site da ABAL - www.abal.org.br
4. A íntegra da metodologia adotada pela FGV está no site da ABAL - www.abal.org.br.
Fonte: Fundação Getulio Vargas - FGV.
2007
2008
Dezembro
Janeiro(r)
Fevereiro
2.381,69
2.436,33
2.564,83
2.625,00
2.445,52
2.492,30
2.604,00
2.655,41
2.776,93
2.816,45
2.866,38
2.876,81
Cotações LME - Alumínio Primário
À vista
Três meses
Quinze meses
Vinte e sete meses
US$/t
US$/t
US$/t
US$/t
Estoque LME - Alumínio Primário
Mil toneladas
929
957
947
R$/US$
1,79
1,77
1,73
Taxa de câmbio - média do período
Produção de autoveículos
Acumulado no ano
Mil unidades
Mil unidades
220,8
2.970,8
245,1
245,1
n.d.
n.d.
Produção de aço bruto
Acumulado no ano
Mil toneladas
Mil toneladas
3.010,9
37.784,3
2.971,0
2.971,0
n.d.
n.d.
Notas:
(A) Bolsa de Metais de Londres (London Metal Exchange) para Alumínio Primário com 99,7% de pureza; cotações cash (settlement).
(B) Bolsa de Metais de Londres (London Metal Exchange) para Alumínio Primário com 99,7% de pureza; referente ao último dia do mês.
(C) Taxa de venda diária divulgada pelo Banco Central e cálculo da média mensal realizado pela ABAL.
(D) Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
(E) IBS - Instituto Brasileiro de Siderurgia.
n.d. não disponível
r - revisado
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BOLETIM SUCATA é um informativo quinzenal da ABAL • Supervisão: Comissão de Reciclagem e G.S. Secundários • Redação e Edição: Assessoria de Imprensa ABAL
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