SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Pró-Reitoria de Graduação Diretoria de Processos Seletivos PROCESSO SELETIVO 2015-2 EDITAL UFU/PROGRAD/DIRPS Nº 03/2015 SEGUNDA FASE RESPOSTAS ÀS CONTESTAÇÕES AO GABARITO OFICIAL PRELIMINAR DA PROVA DE SOCIOLOGIA • QUESTÃO 1: CONTESTAÇÕES: “A justificativa do gabarito diz: "Sim. Para que o estudante possa justificar a IMPOSSIBILIDADE de hierarquizar manifestações musicais [...]", conclui-se: é impossível hierarquizar os estilos musicais de acordo com a antropologia. Contudo, a pergunta é a seguinte: "É possível hierarquizar estilos musicais, de acordo com a concepção antropológica de cultura?".Sendo que consta na resposta "Sim", e que é "impossível hierarquizar", e que portanto, é ambígua” “Por muito tempo, os antropólogos acreditaram (com argumentos muito parecidos com aqueles utilizados pela teoria apocalítica da indústria cultural) que o mundo caminha para a homogeneização definitiva. Por isso a pressa de estudar as outras culturas antes que elas desapareçam, antes que tudo fique igual para sempre. O estudo de fenômenos como o mundo funk carioca mostra que novas diferenças podem ser criadas a qualquer momento, mesmo dentro de uma realidade „controlada‟ pelas multinacionais do disco e da televisão. VIANNA, Hermano. Funk e cultura popular carioca. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 3, n. 6, 1990, p. 244-253. A) De acordo com o texto, o movimento funk pode ser considerado uma expressão cultural criada pelos jovens brasileiros? Cite duas razões que justifiquem a resposta. B) A PARTIR DA CONCEPçãOANTROPOLóGICA DE CULTURA, HAVERIA UMA FORMA DE HIERARQUIZAR ESTILOS MUSICAIS? EXPLIQUE. Uma rápida interpretação de texto permite identificar o que a pergunta pede. A RESPOSTA DO GABARITO FOI A SEGUINTE: Sim. Para que o estudante possa justificar a impossibilidade de hierarquizar manifestações musicais, é fundamental que ele aborde o conceito antropológico de cultura e, na sequência, valha-se dele para defender o relativismo cultural. SE O ALUNO DEVE JUSTIFICAR A IMPOSSIBILIDADE DE HIERARQUIZAR MANIFESTAçõES MUSICAIS A PARTIR DO CONCEITO ANTROPOLóGICO DE CULTURA, NãOHAVERá UMA FORMA DE HIERARQUIZAR ESTILOS MUSICAIS, LOGO A RESPOSTA DA PERGUNTA é: _NãO._ PARA QUE O ESTUDANTE POSSA JUSTIFICAR A IMPOSSIBILIDADE DE HIERARQUIZAR MANIFESTAçõES MUSICAIS, é FUNDAMENTAL QUE ELE ABORDE O CONCEITO ANTROPOLóGICO DE CULTURA E, NA SEQUêNCIA, VALHA-SE DELE PARA DEFENDER O RELATIVISMO CULTURAL. O RELATIVISMO CULTURAL NãO DEVE SER UMA FORMA DE HIERARQUIZAR E SIM UMA MANEIRA DE EXPLICAR A NãOHIERARQUIZAçãO, POR ISSO O SENTIDO CONTRADITóRIO DA QUESTãO. COM A RESPOSTA DADA PELO GABARITO PRELIMINAR "SIM" FICA-SE SUBENTENDIDO QUE MESMO QUE UMA CULTURA NãO POSSA SER MELHOR QUE A OUTRA ANTROPOLOGICAMENTE POIS AMBAS SURGIRAM SOB CONDIçõES DISTINTAS, Avenida João Naves de Ávila, n° 2121 - Bairro Santa Mônica - 38.408-144 - Uberlândia - MG Campus Santa Mônica – Bloco 1A – Andar Térreo http://www.ingresso.ufu.br SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Pró-Reitoria de Graduação Diretoria de Processos Seletivos HAVERá UMA FORMA DE HIERARQUIZá-LAS, MESMO QUE A CONCEPçãO DO TERMO SEJA JUSTAMENTE O CONTRáRIO.” “Conforme a pergunta feita no item ("A partir da concepção antropológica de cultura, haveria uma forma de hierarquizar estilos musicais?") a resposta para o questionamento deveria ser "Não", ao contrário do que consta no gabarito preliminar, no qual há como resposta "Sim". Considerando a explicação presente na mesma resposta, especificamente, "impossibilidade de hierarquizar manifestações musicais", e a análise da questão segundo os conceitos antropológicos, é um equivoco afirmar a possibilidade de hierarquização de estilos musicais.” “... o gabarito preliminar da letra B traz a possibilidade de hierarquização dos estilos musicais. No entanto, considerando-se o principal conceito antropológico de Cultura como “produção simbólica por meio da qual os homens interpretam a realidade em que vivem”, não haveria uma forma de hierarquizar diferentes estilos musicais. Isso ocorre porque, uma vez que os homens vivem realidades diferentes e, portanto, produzem diferentes interpretações simbólicas para essas realidades, suas produções simbólicas — ou estilos musicais, idiomas, maneiras de ser, agir, pensar ou se vestir, por exemplo —, teriam lógicas internas próprias impossíveis de serem comparadas entre si. Hierarquizar estilos musicais seria cometer uma forma de etnocentrismo, comportamento condenável para a moderna antropologia e que significa uma forma de preconceito e intolerância perante aquele que vive uma realidade simbólica diferente de nós” “A questão pergunta se haveria uma forma de hierarquizar estilos musicais a partir da concepção antropológica, no gabarito está como resposta "sim". Contudo, de acordo com o texto, os antropólogos acreditam que não é possível uma hierarquização, portanto, a resposta deve ser "não".” “... no item "B" é perguntado se há forma de hierarquizar estilos musicais. A resposta para essa questão é, obviamente, que SIM. As músicas podem ser hierarquizadas de diferentes maneiras como: Mainstream e Underground, Erudita ou Popular. Essas classificações traz consigo graus de hierarquização, logo a resposta para o item é "sim". Se essa hierarquização é correta ou não é outra questão a ser trabalhada. A prova questionou se há formas de hierarquizar estilos musicais e não se é correto hierarquizar estilos musicais, logo, reitero que existem formas sim de hierarquização e isso é perceptível na sociedade em que vivemos. Assim, reitero que a resposta para a questão é afirmativa e a explicação é pessoal do candidato.” “... no gabarito do item B da questão 1, temos uma incoerência. De acordo com o gabarito preliminar, haveria uma forma de hierarquizar estilos musicais, ao passo que a justificativa apresentada defende a posição contrária. No gabarito, para o comando "A partir da concepção antropológica de cultura, haveria uma forma de hierarquizar estilos musicais? Explique.", temos a resposta: "Sim. Para que o estudante possa justificar a impossibilidade de hierarquizar manifestações musicais, é fundamental que ele aborde o conceito antropológico de cultura e, na sequência, valha-se dele para defender o relativismo cultural.". Temos, nessa questão, que, considerando-se o principal conceito antropológico de Cultura como “produção simbólica por meio da qual os homens interpretam a realidade em que vivem”, não haveria uma forma de hierarquizar diferentes estilos musicais. o que ocorre pois, como que os homens vivem realidades diferentes e produzem diferentes interpretações simbólicas para essas realidades, suas produções simbólicas teriam lógicas internas próprias impossíveis de serem comparadas entre si. Hierarquizar estilos musicais Avenida João Naves de Ávila, n° 2121 - Bairro Santa Mônica - 38.408-144 - Uberlândia - MG Campus Santa Mônica – Bloco 1A – Andar Térreo http://www.ingresso.ufu.br SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Pró-Reitoria de Graduação Diretoria de Processos Seletivos seria cometer uma forma de etnocentrismo, comportamento condenável para a moderna antropologia, que defende a posição do relativismo cultural.” “... de acordo com a explicação fornecida pelo gabarito o correto seria a resposta de que não haveria uma forma de hierarquizar estilos musicais, por que, uma vez que os homens vivem realdades diferentes e, portanto, produzem diferentes interpretações simbólicas para essas realidades, suas produções simbólicas — ou estilos musicais, idiomas, maneiras de ser, agir, pensar ou se vestir, por exemplo —, teriam lógicas internas próprias impossíveis de serem comparadas entre si. Hierarquizar estilos musicais seria cometer uma forma de etnocentrismo, comportamento condenável para a moderna antropologia e que significa uma forma de preconceito e intolerância perante aquele que vive uma realidade simbólica diferente de nós.” RESPOSTA DA BANCA: Uma vez que as contestações apontavam para a necessidade de substituir a uma única expressão que, por equívoco, foi trocada, reconhecemos a validade da contestação e procedemos à correção do gabarito. Avaliamos, outrossim, que a questão permite ao candidato, a partir do enunciado e de seus conhecimentos, responder adequadamente ao que se pede. CONTESTAÇÃO: “... O enunciado do item claramente expressa que a resposta deve ser dada de acordo com o texto. Dessa maneira, uma vez que os jovens, como criadores do funk carioca, não são mencionados no texto fornecido, não é possível afirmar que sejam eles de fato os criadores. Requisita-se, portanto, a mudança do gabarito.” RESPOSTA DA BANCA: Tal como se pode perceber no gabarito definitivo sugerido, o enunciado produz as pistas para que o discente manifeste os vínculos necessários que unem o funk carioca e a juventude. A natureza, seus espaços, seu conteúdo expressam tais vínculos. CONTESTAÇÃO: “Relativo a primeira questão da matéria Sociologia, presente no segundo dia de provas do vestibular, pode-se dizer que, no que tange a pergunta A, a expressão "jovens brasileiros" engloba a necessidade de abordar a expressão cultural de uma forma bastante ampla, uma vez que o país apresenta um vasto território e, consequentemente, uma gigantesca diversidade cultural. Como a questão abordou o tema do funk carioca, compreende-se que a matéria de fato aborde a criação cultural dos jovens brasileiros, contudo, pertencentes a uma realidade específica. Esta, é diferente da vivenciada por uma jovem baiano ou paraense. Deste modo, embora tratem-se de "jovens brasileiros", a temática trabalhada em cada região varia de acordo com a cultura local, ou seja, mesmo em condições análogas de vida, a realidade é vista de uma perspectiva diferente.” RESPOSTA DA BANCA: A banca sustenta que a generalização oferecida no enunciado não invalida o recorte proposto, uma vez que a particularidade carioca é aquela que necessariamente importa para que se justifique o vínculo com a manifestação cultural em tela. Avenida João Naves de Ávila, n° 2121 - Bairro Santa Mônica - 38.408-144 - Uberlândia - MG Campus Santa Mônica – Bloco 1A – Andar Térreo http://www.ingresso.ufu.br