Projeto de linhas flexíveis Dezembro 2004 - Coppe Jean-Paul Ferraz Sumário Documentação de projeto Seqüência de projeto Aplicações Tipos de tubos flexíveis Camada por camada Projeto de flexíveis 2 Projeto de tubos flexíveis - Documentação Documentação de projeto Î Documentação contratual z z z z Carta convite Edital Requisição de Material (RM) Especificações técnicas (ET) Î Especificações técnicas do cliente z z z z z z Das estruturas (diâmetro, aplicação, condições) Dos fluidos escoados Dos dados ambientais (onda, corrente, vento, etc.) De análises globais e locais De análise de fadiga De qualificação (testes) Î Normas aplicáveis z Internacionais: API 17J, API 17B, DNV, ISO z Petrobras: N-2409 3 Projeto de tubos flexíveis – Seqüência de projeto Seqüência de projeto Î Convite, Edital junto com todos os requisitos técnicos do cliente Î Proposta técnico-comercial > estruturas definidas Î Qualificação > realização de testes de qualificação Î Engenharia de detalhe > emissão de relatórios de projeto 4 Projeto de tubos flexíveis Testes de qualificação Î Colapso Î Pressão interna, explosão Î Tração + pressão interna Î Compressão mecânica radial Î Teste de fadiga Projeto de tubos flexíveis – Aplicações Aplicações Î Flowline (aplicação estática) Î Riser dinâmico Î Riser estático 6 Projeto de tubos flexíveis – Aplicações 7 Projeto de tubos flexíveis – Tipos de tubos flexíveis Rough bore: fluido contendo gás (produção de óleo, gás, etc.) Smooth bore: fluido sem gás (injeção de água, etc.) 8 Projeto de tubos flexíveis – Tipos de tubos flexíveis Tubos flexíveis particulares Î Estruturas 55° Î Estruturas com isolamento térmico Î Umbilicais (controle hidráulico, injeção química) Î ISU (Integrated Service Umbilical) Î IPB (Integrated Production Bundle) 9 Projeto de tubos flexíveis – Tipos de tubos flexíveis Estruturas 55° z Sem armadura de pressão z Aplicação limitada a pressões de projeto inferiores a 2500 psi (riser) & 3000 psi (flowline) z Estruturas apropriadas para serem enterradas (problemas de estabilidade, etc.) 10 Projeto de tubos flexíveis – Tipos de tubos flexíveis Estruturas com isolamento térmico Î evitar formação de parafina, hidrátos Î Garantir uma temperatura de chegada na planta de processo Î Favorecer o escoamento 11 Projeto de tubos flexíveis – Tipos de tubos flexíveis Umbilicais 12 Projeto de tubos flexíveis – Tipos de tubos flexíveis ISU® Î Núcleo: tubo flexível comum Î Arranjo: mangueiras de injeção e/ou control, cabos elétricos, etc. 13 Projeto de tubos flexíveis – Tipos de tubos flexíveis IPB Capa externa Isolamento Arranjo de componentes Tubo flexível comum 14 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Carcaça Rough Bore. fabricação Resistência ao colapso 15 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Carcaça Î Função z Resistir ao colapso hidrostático z Resistir às compressões mecâncicas radiais Î Material z Aço inoxidável (304, 304L, 316L, duplex, etc.) Î Os principais parâmetros para a seleção do grau do aço (preocupação com a corrosão): z z z z z z Pressão e temperatura máximas de projeto Teor de CO2 Teor de H2S Presença de água (Water Cut) Teor de cloretos nessa água pH da água ou composição iônica 16 Projeto de tubos flexíveis Tensionadores 17 18 Tensionadores (cotinuação) Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Camada de pressão fabricação Estanqueidade e transmissão do esforço da pressão interna 19 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Camada de pressão Î Função z Assegurar a estanqueidade interna Î Os principais materiais, selecionados em função de temperatura, pressão, fluidos, etc. : z Polietileno (água / gás e óleo dependendo de temperatura e pressão) z Crossflex® (água / gás e óleo dependendo de temperatura e pressão) z Rilsan® (poliamida 11) (gás e óleo, limitações dependendo de temperatura, pressão, presença de água e seu pH) z Coflon® / Gamma-flex® (gás e óleo, altas pressões & temperaturas) 20 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada 21 Camada de pressão (continuação) Î Os principais parâmetros para a seleção dos materiais (preocupações: compatibilidade química, envelhecimento): z Pressão e temperatura de projeto z Pressão e temperatura de operação z Presença de água (Water Cut, vapor, etc.) z Teor de CO2 z Teor de H2S z Composição iônica da água ou pH z Vida útil da linha z Especificação de todos os produtos químicos injetados (álcoois, ácidos, inibidores de corrosão, etc.) estipulando composição química, concentração, freqüência de injeção e temperatura. Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Armadura de pressão fabricação Resistência à pressão interna 22 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Armadura de pressão Î Função z Resistir a pressão interna z Resistir ao colapso hidrostático (smooth bore) z Resistir às compressões mecâncicas radiais Î Material z Aço (vários graus disponíveis) Î Os principais parâmetros para a seleção do grau do aço (preocupação com a corrosão): z z z z z z z Pressão e temperatura de operação Teor de CO2 Teor de H2S Teor de água Composição molar do fluido Temperatura externa Vida útil da linha 23 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Armaduras fabricação Resistência à tração axial 24 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Armaduras Î Função z Resistir aos esforços axiais Î Material z Aço carbono ou liga (vários graus disponíveis) Î Os principais parâmetros (preocupação: corrosão): z Pressão e temperatura de operação z Teor de CO2 z Teor de H2S z Teor de água z Composição molar do fluido z Temperatura externa z Vida útil da linha 25 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Capa externa Estanqueidade externa 26 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Capa externa Î Função z Assegurar a estanqueidade z Proteger as camadas internas (corrosão, etc.) Î Material z Rilsan® (poliamida) ou TP-flex z Polietileno Î Os principais parâmetros para seleção do polímero z Aplicação dinâmica > poliamida ou TP-flex z Aplicação estática > Polietileno 27 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Outras camadas z Anti-desgaste (aplicação dinâmica) > evitar desgaste das camada metálicas z Fitas acima das armaduras > fabricação, resistir a compressão axial devida ao efeito de fundo negativo 28 Projeto de tubos flexíveis – Camada por camada Outras camadas (continuação) z Tubo interno (smooth bore) > estanqueidade interna z Camada anti-colapso (smooth bore) > transmitir a pressão externa para a armadura de pressão 29 Projeto de tubos flexíveis – Fluxograma de projeto 30 Fluxograma de projeto Estrutura preliminar Projeto de enrijecedor preliminar Análises Globais Análise local de tensões redimensionar camadas metálicas N Análise de efeito de fundo inverso Definição das fitas sobre as armaduras critério ok ? S Análise de fadiga N critério ok ? S FIM N Redefinir classes de onda ou enrijecedor Projeto de tubos flexíveis – Estrutura preliminar Estrutura preliminar Î Materiais das camadas compatíveis com os fluidos escoados Î Núcleo (carcaça, zeta, etc.) que atende o critério de colapso Î Zeta/espiral/armaduras que atendem pressão de projeto Î Armaduras compatíveis com tração axial e pressão interna Î Armaduras e fitas que atendem efeito de fundo negativo e flambagem lateral Î Núcleo compatível com esforços de lançamento 31 Projeto de tubos flexíveis - Colapso Colapso Î As camadas que resistem a pressão externa: carcaça, armadura de pressão (zeta, teta, psi, espiral) Î Dois tipo de colapso: ovalização ou coração Î Modelo e correlação com testes 32 Projeto de tubos flexíveis Î Colapso em coração 33 Projeto de tubos flexíveis – Efeito de fundo inverso Efeito de fundo inverso Î Diferencial de pressão > compressão axial Î Se a capa externa estiver danificada, uma “gaiola de passarinho” pode se formar Î Utiliza-se fitas de alta resistência (poliéster, Kevlar®) para manter as armaduras organizadas 34 Projeto de tubos flexíveis Î Gaiola de passarinho 35 Projeto de tubos flexíveis - Instalação 36 Compressão mecânica radial durante a instalação Î Lançamento com tensionadores Î Passagem por rodas ou calhas Î Camadas que resistem: carcaça, armadura de pressão (zeta, teta, psi, espiral) Î Combinação de esforços: aperto do núcleo pelas armaduras em traçao + compressão localizada dos tensionadores / rodas / calhas Î Cálculo com programa PARABAQ (baseado no ABAQUS) Î Critérios: tensões nas camadas, deformação radial (API 17J / N-2409) Projeto de tubos flexíveis Instalação Sistema de lançamento horizontal Passagem na “gutter” ou na roda c/ um determinado raio Passagem nos tensionadores ou num colar hidráulico Tração de lançamento 38 Instalação (continuação) Sistema de lançamento vertical Passagem nos tensionadores Tração de lançamento 39 Instalação (continuação) Î Tensionador 40 Instalação (continuação) Î Roda Projeto de tubos flexíveis Critérios API 41 Projeto de tubos flexíveis – Análises globais Análises globais Î Objetivos z Simular o comportamento estático e dinâmico do tubo flexível z Averiguar a adequação da configuração selecionada (free hanging, pliant wave, etc.) z Determinar os esforços e deformações aos quais será submetido Î Programas de elementos finitos z Deeplines z Flexcom z Orcaflex Î Casos de análise z Análises estáticas: GS z Análises dinâmicas: GD 42 Dinâmico 43 Projeto de tubos flexíveis Algumas configurações de risers dinâmicos Projeto de tubos flexíveis Casos de análises estáticas 45 Projeto de tubos flexíveis Casos de análises dinâmicas 46 Projeto de tubos flexíveis – Análises globais Análises globais (continuação) Î Dados de entrada z z z z Correnteza Onda Deslocamento da plataforma Movimentos dinâmicos do sistema flutuante ou da embarcação de lançamento Î Modelo Î Dados de saída z z z z z z Deformadas (estáticas & dinâmicas) Força de topo Ângulos Compressão no “Touch Down Point” (TDP) Curvaturas Comprimentos suspensos Î Análises de interferência 47 Projeto de tubos flexíveis Perfil de corrente 48 Projeto de tubos flexíveis Onda Î Abordagem onda regular (Airy) z A onda é definida por uma altura máxima (Hmax) e un período associado (Tmax) z A elevação da onda é senoidal, da forma η = η0 cos (ωt) Î Abordagem irregular (mais representativo de um estado de mar real) z A onda é definida por uma altura significativa (Hs) e períodos (Tp ou Tz) e um espectro de energia (por exemplo de Jonswap) z A elevação da onda é representada por uma soma de várias ondas regulares 49 Projeto de tubos flexíveis 50 Projeto de tubos flexíveis Movimentos dinâmicos de um sistema flutuante (plataforma, navio de lançamento, etc.) Î Graus de movimento definido por um RAO (Response Amplitude Operator) Î 3 translações (surge, sway e heave) Î 3 rotações (roll, pitch e yaw) Î Os movimentos são definidos com relação a um ponto determinado (CM: Centro de movimento) Î Cada movimento descrito por ξ = ξ0 cos (ωt + ϕ) z Onde ω = 2π / T, T o período da onda, ϕ a defasagem entre movimento e onda 51 Projeto de tubos flexíveis COM 52 Projeto de tubos flexíveis Modelo Deeplines Deformadas estáticas 54 Deformadas dinâmicas 55 Projeto de tubos flexíveis Força de topo 56 Projeto de tubos flexíveis Ângulos 57 Projeto de tubos flexíveis Curvatura ao longo da linha 58 Análise de interferência 59 Projeto de tubos flexíveis - Enrijecedor Enrijecedor Î Função z Restringir curvaturas no flexível z Assegurar uma transição de rigidez suave Î Construção z Cone de poliuretano z Dimensões definidas em função dos envelopes de forças e ângulos de topo 60 Projeto de tubos flexíveis - Enrijecedor Enrijecedor (continuação) Análise dinâmica ∆θ / T Programa BENDING ∆θ Curvatura T ∆θ F 61 Projeto de tubos flexíveis – Análises locais Análises locais de tensão e deformações Î Análise axi-simétrica Î Programa EFLEX Î Casos LS (RM) Î Dados de entrada z z z z Pressões interna / externa Força axial (tração ou compressão) Torque Rotação Î Dados de saída z Tensões nas camadas z Deformações axiais & radiais 62 Projeto de tubos flexíveis Análises locais de tensão 63 Projeto de tubos flexíveis – Análises de fadiga Análises de fadiga Î Mecanismo z Carregamento cíclico: variações de curvatura e força de topo ⇒ falha por fadiga Î Camadas afetadas z Armadura de pressão (zeta, teta, espiral) z Armaturas de tração Î Programas z Armadura de pressão > SLPM z Armaduras de tração > LIFE 64 Projeto de tubos flexíveis – Análises de fadiga Análise de fadiga (continuação) Classe 1: H = 3.75 T=9.9 N= Soma das ondas Î Ocorrência de ondas individuais Î Divisão em classes de ondas 65 Projeto de tubos flexíveis – Análises de fadiga Análise de fadiga (continuação) Análise dinâmica para encontrar ∆T0, ∆θ0 para cada classe Deeplines ⇒ Determinação da variação de curvatura (∆C 0) dentro do enrijecedor (Bending) ⇓ Cálculo da vida do tubo (LIFE / SLPM) > Vida requerida, ok < Vida requerida, redimensionar estrutura ou enrijecedor 66 Projeto de tubos flexíveis – Análises de fadiga Análise de fadiga (continuação) Î Dados de saída z SLPM z LIFE, diagrama de Haigh 67