FAQ – Faculdade XV de Agosto
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE
CONTRATOS REFERENTES A PROCESSOS
DE LICITAÇÃO PARA A AQUISIÇÃO DE
MERENDA ESCOLAR.
William dos Santos Guilherme
SOCORRO/2005
FAQ – Faculdade XV de Agosto
SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE
CONTRATOS REFERENTES A PROCESSOS
DE LICITAÇÃO PARA A AQUISIÇÃO DE
MERENDA ESCOLAR.
Aluno: William dos Santos Guilherme
Orientador: Prof. José Benedito Ferreira
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
à Faculdade XV de Agosto, curso de
Administração
SOCORRO/2005
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus pelas oportunidades concedidas, bem como por toda a ajuda e
inspiração nos momentos difíceis. Agradeço, especialmente, a minha querida esposa, Diana, que
sempre esteve ao meu lado, me apoiando, auxiliando e incentivando a continuar, mesmo quando
parecia que não era mais possível suportar.
Aos professores que foram mestres e amigos, que exigiam sempre mais dedicação,
que criticavam, mas também nos auxiliaram e incentivaram a nunca desistir, a lutar pela
realização deste sonho, e superar as barreiras mais difíceis, sem esquecer do que realmente
somos.
Aos familiares, minha mãe, meu pai, irmãos, tios, sobrinhos, aos meus amigos
Natalina e Cláudio, meus afilhados, Jayme, Thuany, Lucas, Rodrigo e Raufi, que fazem os meus
dias mais felizes, e me deram força e desejo de continuar, de vencer e de ter motivos para seguir
em frente.
Não poderia deixar de agradecer aos colegas de turma, pelos inesquecíveis momentos
de felicidade, alegria e extrema satisfação que uma pessoa pode sentir. Ao Jaime
(amigo/filho/camarada), Priscilla Ferragutti, Priscilinha, Elaine, Rafaela, Luciana, os irmãos
Bruno e Jair, Oscar, Waguinho, ao Leandro, que foram e são muito mais que simples colegas de
turma, são meus amigos, uma família, que em todos os momentos estiveram ao meu lado e são os
responsáveis pelos anos mais felizes da minha vida.
Aos colegas de trabalho Dida, Ana Lúcia, Filomena, e Giuliana que me deram total
apoio nos momentos em que tudo parecia dar errado, estiveram sempre ao meu lado. Ao Dr. José
Mario e Dra. Cacilda pelas oportunidades concedidas e apoio, sem os quais também não teria
conseguido chegar ao final.
E, por fim, aos responsáveis pela direção da Faculdade que também foram mais que
simples funcionários, foram pessoas sinceras e sempre dispostas a nos ajudar quando
precisávamos. A todos o meu muito obrigado e minha imensa gratidão.
RESUMO
O objetivo do presente trabalho foi o desenvolvimento de um sistema de informações
que pudesse ao mesmo tempo, fornecer dados mais concisos e confiáveis para o desenvolvimento
de projetos adequados às normas e regulamentos exigidos ao Poder Público, para a aquisição e
controle de produtos e serviços, bem como proporcionar aos departamentos envolvidos uma
ferramenta capaz de lhes dar o suporte necessário para a tomada de decisões, controle e
planejamento de suas atividades correlatas e cotidianas.
A finalidade do referido sistema foi a de auxiliar no cumprimento das metas que a
Prefeitura Municipal da Estância de Socorro se propôs a realizar, com o fornecimento de
informações necessárias para as normas estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, pela
Lei de Licitações e Contratos Administrativos e pela legislação que regulamenta os projetos da
área de Educação em nosso país.
Por fim, a implantação desse novo sistema trouxe maior rapidez e eficiência no
controle e gerenciamento dos contratos de aquisição de gêneros alimentícios na merenda escolar
do município, produzindo maior economicidade aos cofres públicos.
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO......................................................................................................
06
1.1 – Órgão Público Analisado..........................................................................
08
2 – REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................
10
2.1 – Conceito sobre Administração Pública.....................................................
10
2.2 – Definições de Estoque...............................................................................
15
2.3 – Conceitos sobre Sistema de Informações..................................................
17
2.4 – Conceito de Planilhas do Excel.................................................................
18
3 – METODOLOGIA....................................................................................................
21
3.1 – Descrição pormenorizada das planilhas do sistema..................................
27
3.2 – Planilha utilizada para Menu Inicial (Página Inicial)...............................
27
3.3 – Planilha de controle de estoques...............................................................
29
3.4 – Planilha de divisão de produtos................................................................
32
3.5 – Planilha para calculo de pedidos...............................................................
34
3.6 – Sistema para controle de Hortifrutigranjeiros...........................................
35
3.7 – Planilha de Menu de Acesso.....................................................................
37
3.8 – Planilha de lançamento de dados (Tabela Ceagesp).................................
38
3.9 – Planilha de controle de gastos...................................................................
39
3.10 – Planilha de Lançamento de Entradas......................................................
42
3.11 – Planilha de Controle de Valores..............................................................
43
3.12 - Planilha de Divisão entre Ensino Fundamental e Creche.........................
44
4 – ANÁLISE DOS RESULTADOS.............................................................................
47
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................
49
6 – BIBLIOGRAFIA......................................................................................................
50
6
1 - INTRODUÇÃO
Atualmente a aplicação das normas de qualidade, eficiência, agilidade, entre
outras, deixou de ser atribuições exclusivas e inerentes ao Setor Privado, que diante da
globalização e da acirrada concorrência, tem que se demonstrar cada vez mais competitivo
para sobreviver no mercado.
Diante desta nova realidade coube aos Administradores Públicos investir na
capacitação e qualificação do funcionalismo, a fim de oferecer cada vez mais serviços que
satisfaçam as exigências dos munícipes, demonstrando estar atento e preparado para
administrar uma cidade, um estado ou um país.
Cabe ressaltar que para que se possam atingir tais objetivos, ou seja, proporcionar
a satisfação da necessidade do cliente do Poder Público, existe uma infinita gama de fatores e
procedimentos que devem ser observados pelo administrador público, visto que são enormes
os desafios que devem ser encarados, e muitas vezes controversos os interesses que regem tais
questões, devendo-se, sempre ter em mente, que o objetivo final a ser alcançado é, e, sempre
será o de satisfazer o interesse público coletivo, sabendo-se que nenhuma atitude agradará a
todos ao mesmo tempo, portanto, deve-se buscar o atendimento aos anseios da maioria, em
detrimento do interesse próprio ou particular.
Como é sabido, é patente a diferença entre o Setor Público e o Setor Privado,
especialmente no que diz respeito à forma de se administrar, gerenciar e comandar a empresa.
Apesar de tais diferenças, é também sabido que algumas normas e técnicas que usualmente
são utilizadas por um ou outro setor, podem ser aplicadas no outro a fim de se aperfeiçoar,
desenvolver ou implementar um setor ou serviço.
No setor público são pontos fortes as projeções orçamentárias, a captação de
recursos e a especialização de funcionários (no que diz respeito ao fato de que uma pessoa
pode passar muitos anos realizando uma determinada função e adquirir grande experiência
sobre o assunto), já por outro lado, existe uma profunda carência por remuneração,
atendimento qualificado e planejamento adequado, o que, devido aos fatos acima expostos,
tem mudado, haja vista a necessidade que os órgãos públicos tiveram de se adequar às normas
atuais, especialmente à Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000), que
7
tem revolucionado a forma de agir, o modo de administrar e o proceder do Administrador
Público.
A partir deste enfoque ao problema da necessidade de discutir sobre a implantação
de sistemas de informação nos diversos setores da Administração Pública, em busca de
atender as necessidades da sociedade como um todo, bem como cumprir com as normas
legais, a fim de produzir serviços mais qualificados, eficientes e transparentes para todos.
Para deixar esta pesquisa menos genérica e mais específica, optou-se pela análise
dos problemas de controle e gerenciamento de estoques, referentes aos contratos para a
aquisição de gêneros alimentícios para o Setor de Merenda Escolar.
O problema inicial verificado junto ao Setor de Merenda Escolar da Prefeitura
Municipal da Estância de Socorro foi o de inadequação do sistema de controle de estoque
existente, sendo que o mesmo era realizado através de controles manuais em fichas e
caderneta de anotações, o que vez por outra causava erro no controle das quantidades a serem
adquiridas, e por sua vez ocasionavam problemas em outros setores, como o Departamento de
Finanças e na Divisão de Licitações, gerando a necessidade de aquisições emergenciais para
suprir o setor e não ocasionar o desabastecimento das unidades escolares do município.
Portanto, nefasto este trabalho de pesquisa tem por objetivo discutir o seguinte
problema:
Quais as ferramentas necessárias para se desenvolver um sistema de controle de
estoque e gerenciamento dos contratos para a aquisição de merenda escolar?
O objetivo de tal pesquisa foi o de solucionar os problemas acima descritos, e
proporcionar aos departamentos envolvidos maior eficiência no controle e gerenciamento dos
estoques, dos contratos e das reservas orçamentárias, através de um sistema de informações,
que fosse ao mesmo tempo eficiente no controle e de simples manuseio, a fim de facilitar o
entendimento do usuário final e reduzir circunstancialmente os problemas em tela.
8
1.1 – O Órgão Público analisado
O Órgão Público analisado foi a Prefeitura Municipal da Estância de Socorro,
localizada à Rua Campos Sales, nº 177, centro, órgão sede do Poder Executivo Municipal,
pessoa jurídica de direito público interno, possuindo atualmente aproximadamente 730
funcionários, distribuídos nos mais diversos setores e departamentos municipais.
A história da Prefeitura Municipal da Estância de Socorro remonta o início do
século XVIII, e as conquistas dos desbravadores da época, tanto que sua fundação é datada de
09 de agosto de 1829, contudo há de se constar que em meados do século XVI eram os índios
Carajás que habitavam a Bacia do Rio do Peixe, sendo os mesmos expulsos pelos
bandeirantes.
Porém a sua emancipação e conseqüente elevação à categoria de cidade ocorreram
apenas em 17/03/1883, através da lei provincial nº 20, após árdua luta entre os políticos
Amparenses e Bragantinos, sendo que os últimos lutavam para que a até então Vila de
Socorro, continuasse em sua comarca.
Contudo a cidade de Socorro, somente seria considerada Prefeitura Sanitária
apenas a partir de 1945, sendo conhecida posteriormente como Estância Sanitária e,
finalmente, em 1978 recebendo o título de Estância Turística.
Atualmente a cidade de Socorro é considerada uma Estância Hidromineral e faz
parte do conjunto de cidades da região conhecido como Circuito das Águas Paulista. Sendo
que entre suas atribuições está o de fornecer às crianças e adolescentes do município uma
educação adequada às suas necessidades, contando para isso com profissionais capacitados,
estrutura apropriada, material didático adequado, e evidentemente, com uma merenda escolar
balanceada e de primeira qualidade, a fim de proporcionar aos estudantes todas as condições
necessárias para o completo aproveitamento educacional.
O Departamento de Educação possui toda estrutura necessária para realizar as
atribuições que a lei e o bom senso lhe recomendam, inclusive contando com um setor
específico de controle, recebimento, armazenamento e distribuição de gêneros alimentícios
para o preparo da merenda escolar, sendo o mesmo dirigido por uma nutricionista, que
seleciona e orienta os cardápios em busca de uma alimentação nutritiva e equilibrada, de
9
acordo com as diversas faixas etárias das crianças locadas em creches, escolas e unidades
especiais.
Neste setor são armazenados os diversos tipos de gêneros alimentícios utilizados
no preparo da merenda escolar, e também de onde é, anualmente, realizado o pedido de
aquisição, que pode ser semestral ou anual, para a realização dos processos licitatórios e
posterior compra dos produtos.
A gama de produtos armazenados (estocados) no local é grande, e o controle
exige muito cuidado, uma vez que existem produtos industrializados (arroz/feijão/extrato de
tomate/etc), que têm um prazo de validade e condições de armazenamento mais prolongado e
de melhor controle, e outros perecíveis (carnes/hortifrutigranjeiros/etc) que possuem validade
mais curta e devem ser requisitados semanalmente, a fim de manterem suas qualidades
nutricionais.
A Divisão de Licitações é uma seção ligada diretamente ao Departamento de
Administração. Faz parte da Divisão de Licitações a Comissão Municipal de Licitações,
formada por funcionários públicos municipais, pertencentes em sua maioria ao quadro
permanente da municipalidade, sendo constituída por 03 (três) titulares e 02 (dois) suplentes,
onde os últimos podem substituir os primeiros em caso de impedimento (doença/férias/etc).
A Função da Comissão é julgar os processos licitatórios e classificar as propostas
dos concorrentes, apontando as empresas vencedoras dos certames, a fim de que o Prefeito
possa adjudicar/homologar o resultado do processo, para que sejam realizadas as contratações.
10
2 – Referencial Teórico
A seguir será apresentado o referencial teórico a ser utilizado nesse trabalho
através de pesquisas em livros, artigos, periódicos, dicionários e internet.
2.1. – Conceito sobre Administração Pública
Para uma melhor análise do presente trabalho denomina-se Administração
Pública1 a administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, abrangendo inclusive as entidades com personalidade jurídica de direito privado
sob controle do Poder Público e das fundações por ele instituídas ou mantidas.
Resumidamente, podemos dizer que a Administração é o órgão, entidade ou
unidade administrativa pela qual a Administração Pública opera e atua concretamente.
Segundo Meirelles2 (1989 – p. 55),
Administração Pública, em sentido formal, é o conjunto de
órgãos instituídos para a consecução dos objetivos do
Governo3; em sentido material, é o conjunto das funções
necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção
operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e
técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos
em benefício da coletividade.
Cabe ressaltar que conforme seu ensinamento, “O Governo e a Administração,
como criações abstratas da Constituição e das leis, atuam por intermédio de suas entidades
(pessoas jurídicas), de seus órgãos (centros de decisão), e de seus agentes (pessoas físicas
investidas em cargos e funções).”
Segundo ainda o mesmo autor, a conduta dos responsáveis pela gestão pública é
disciplinada pela lei e pelo interesse da comunidade, quer seja, o administrador público é
investido de poderes para a tomada de decisões que visam à satisfação dos interesses e
necessidades da coletividade, e cada agente público é “investido da necessária parcela do
1
Conforme disposto no art. 6º, inciso XI, da Lei Federal de Licitações nº 8.666/93 e demais alterações
posteriores.
2
Hely Lopes Meirelles (1917-1991) é até hoje considerado o maior mestre em Direito Administrativo no Brasil,
sua inconfundível maneira de dissertar sobre o direito têm servido de modelo para juristas, palestrantes e
estudiosos durante décadas.
3
Governo é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais, é o complexo de funções estatais básicas, quer seja é
a expressão política de comando de um Município, Estado ou País. Meirelles, Hely Lopes – Direito
Administrativo Brasileiro. 1989 – 14ª edição. – São Paulo - Ed. Revista dos Tribunais. p. 55.
11
poder público para desempenho de suas atribuições. Esse poder é de ser usado normalmente,
como atributo do cargo ou função, e não como privilégio da pessoa que o exerce. É esse
poder que empresta autoridade ao agente público, quando recebe da lei competência
decisória e força para impor suas decisões aos administrados.” (MEIRELLES, 1989 – p. 84)
Para Mello4 (1998), o Direito Administrativo refere-se em suma, a supremacia do
interesse da coletividade sobre o interesse particular, a fim de preservar a satisfação das
necessidades comuns da sociedade, estando esta acima dos interesses particulares, a saber:
“Partindo do universal para o particular, diríamos que o
Direito Administrativo, entroncado que está no Direito
Público, reproduz, no geral, as características do regime de
Direito Público, acrescidas àquelas que o especificam dentro
dele.
Aquele resulta da caracterização normativa de determinados
interesses como pertinentes à sociedade e não aos
particulares.
Juridicamente esta caracterização consiste, no Direito
Administrativo, segundo nosso modo de ver, na atribuição de
uma disciplina normativa peculiar que, fundamentalmente, se
delineia em função da consagração de dois princípios:
a) supremacia do interesse público sobre o privado;
b) indisponibilidade, pela Administração, dos interesses
públicos.” (MELLO – 1998 – p.26)
Isto significa dizer que o administrador da ‘coisa pública’, deve entender que o
interesse da coletividade está acima de interesses particulares, inclusive os seus próprios, ou
seja, para se realizar determinada ação (política/governamental) ele precisa, antes de qualquer
coisa, verificar se a coletividade será beneficiada, ou se é do desejo da comunidade (pelos
menos da maior parte dela) a realização de tal ação. E acima de tudo, tem de saber que o
interesse público (da coletividade) não pode ser ‘barquanhado’ ou trocado por outros favores,
ele deve ser respeitado e cumprido, por isso é denominado de indisponível, quer seja, não
pode ser substituído pelo desejo próprio.
Para Filho5 (2000) é o fim e não a vontade que deve dominar as ações da
administração pública, sendo que para a realização de suas funções recorre constantemente à
colaboração de terceiros, valendo-se dos serviços e dos bens dos particulares para melhor
cumprir suas finalidades.
4
Celso Bandeira de Mello é um dos mais respeitáveis doutrinadores da atualidade no Direito Brasileiro, com
inúmeras publicações, especialmente no ramo do Direito Administrativo.
5
Marçal Justen Filho é Doutor em Direito pela PUC e professor titular da Universidade Federal do Paraná, e
atualmente é um dos mais respeitáveis juristas na matéria de Licitações e Contratos.
12
Segundo sua interpretação o artigo 3º da Lei de Licitações sintetiza o conteúdo da
Lei, sendo que os dispositivos restantes, desdobram os princípios do art. 3º, que funciona
como norteador da aplicação da Lei.
Para Filho a finalidade da licitação é, a vantajosidade, quer seja dizer:
“A licitação destina-se a selecionar a proposta mais
vantajosa para a Administração Pública (com observância do
princípio da isonomia). A vantagem se caracteriza em face da
adequação e satisfação do interesse público por via da
execução do contrato.” (FILHO – 2000. p.58)
Destarte, e como estamos falando de Administração Municipal, cabe ressaltar que
o Prefeito e os vereadores são responsáveis pelo fiel cumprimento das necessidades da
coletividade, e, evidentemente, que a merenda escolar faz parte do imenso número de
necessidades imperativas de um município que precisam ser satisfeitas.
Para Meirelles (1989 – p.85), o agente público deve nortear-se pelas suas
obrigações para com a comunidade, ou seja,
“o poder tem para o agente público o significado de dever
para com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido
de quem o detém está sempre na obrigação de exercitálo”[...][ ...] “O poder do administrador público, revestindo ao
mesmo tempo o caráter do dever para a comunidade, é
insuscetível de renúncia pelo seu titular. Tal atitude
importaria fazer liberalidades, com o direito alheio, e o Poder
Público não é, nem pode ser, instrumento de cortesias
administrativas”[...][...] “Se para o particular o poder de
agir é uma faculdade, para o administrador público é uma
obrigação de atuar, desde que se apresente o ensejo de
exercitá-lo em benefício da comunidade.”
Para exercitar tal poder de atuação, bem como na busca das melhores condutas
administrativas é que surgiu em junho de 1993 à Lei Federal de Licitações e contratos, Lei Nº
8.666/93, em substituição ao Decreto nº 2300, visando dar maior eficiência e transparência
nas compras e contratações governamentais.
A Lei de Licitações estabelece as normas gerais sobre as licitações e contratos
administrativos referentes a obras, serviços, compras, alienações (vendas) e locações no
âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, inclusive para as autarquias,
fundações e sociedades de economia mista, que sejam controladas direta ou indiretamente
pelo governo.
13
Conforme art. 3º, “caput”, a licitação destina-se a garantir a observância do
princípio constitucional da isonomia (igualdade) e a selecionar a proposta mais vantajosa
para a administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios
básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade
administrativa, entre outros. Sendo que a mesma é de caráter obrigatório a todos os órgãos
públicos, conforme disposto no art. 37 “caput”, e inciso XXI da Constituição Federal de 1988,
a saber:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:
...Omissis...
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as
obras, serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualificação
técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações”.
Além do ordenamento jurídico acima transcrito, disposto em nossa Lei Maior, é
válido ressaltar o que entendem os famosos juristas e doutrinadores, sobre o tema em tela.
Segundo o mestre Meirelles (1989 – p. 246),
“a licitação, em princípio, é obrigatória para todas as
entidades públicas (estatais e autárquicas) e também para as
parestatais que não tenham regulamento próprio,
devidamente publicado. Agora, essa exigência de licitação é
da Constituição da República, para obras, serviços, compras
e alienações. Justifica-se essa diversidade de tratamento
porque as pessoas jurídicas de direito público estão
submetidas a normas de operatividade mais rígidas que as
pessoas jurídicas de direito privado que colaboram com o
Poder Público”.
Outra relevante opinião é a de Mello (1998 – p. 331), onde o mesmo conceitua
licitação da seguinte forma:
“Ao contrário dos particulares, que dispõem de ampla
liberdade quando pretendem adquirir, alienar, locar bens,
contratar a execução de obras ou serviços, o Poder Público,
para fazê-lo, necessita adotar um procedimento preliminar
rigorosamente
determinado
e
preestabelecido
na
conformidade da lei. Tal procedimento denomina-se
licitação”.
14
Mas o que significa exatamente licitação. No dicionário6 encontramos as seguintes
definições:
“licitar - v. 1. Intr. Oferecer uma quantia no ato de
arrematação, adjudicação, hasta pública ou partilha judicial.
2. Tr. dir. Pôr em leilão: Licitar a massa falida. 3. Tr. dir.
Cobrir (o lanço) em praça pública ou partilha judicial.”
Licitação, em suma, “é à busca da proposta mais vantajosa pela Administração
para atender as necessidades comuns dos cidadãos”. (Divisão de Licitações – Prefeitura
Municipal da Estância de Socorro – 2003).
Conforme Mello (1998), Licitação é um certame que as entidades governamentais
devem promover e no qual abrem disputa entre os interessados em com elas travar
determinadas relações de conteúdo patrimonial, para escolher a proposta mais vantajosa às
conveniências públicas, sendo que a competição deve ser travada de forma igualitária entre os
concorrentes que possuam as atribuições e aptidões necessárias ao cumprimento do objeto a
ser contratado.
Para ele, a mesma se divide em duas fases fundamentais: habilitação – onde se
verificará se o concorrente possui os atributos7 necessários para contratar com a
administração; e a fase de julgamento – onde é realizada a apuração da melhor proposta.
Já para Meirelles (1989 – p. 241), “Licitação é o procedimento administrativo
mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o
contrato de seu interesse.” Entende ainda, que este procedimento deve se desenvolver de
forma ordenada pela sucessão de atos que vinculam a Administração e os licitantes,
proporcionando igual oportunidade a todos, atuando ainda, como fator de eficiência e
moralidade dos negócios administrativos.
Desta forma, e depois de conceituarmos as principais diferenças entre o Poder
Público e o Privado, no tocante às aquisições e contratações, passemos a definição dos demais
itens que compõe o presente trabalho.
6
Conforme Dicionário Eletrônico Michaelis (Português/Inglês/Espanhol) – DIC Michaelis UOL/CD Interativo.
Entende-se por “atributos” as certidões ou documentos que comprovem se a concorrente possui certas
qualificações para fornecer ao órgão público, tais documentos devem comprovar a boa situação da empresa no
que diz respeito a sua condição jurídica, qualificação técnica, situação fiscal e financeira, a fim de se verificar se
a mesma poderá manter o fornecimento dos bens ou serviços durante a vigência do contrato.
7
15
2.2 – Definições de Estoque:
Conforme Ballou (2001) estoques são pilhas de matérias-primas, insumos,
componentes, produtos em processo e produtos acabados que aparecem em inúmeros pontos
por todos os canais logísticos e de produção da empresa. Sendo que os mesmos são
freqüentemente encontrados em lugares como armazéns, pátios, chão de fábrica etc.
Para ele existem 05 (cinco) tipos de estoques, que são caracterizados da seguinte
forma:
•
Estoques no Canal – São os estoques que estão em trânsito entre os pontos de
estocagem ou de produção porque o movimento não é instantâneo.
•
Estoques mantidos para especulação – São estoques mantidos para a
especulação de preços ou para a satisfação de exigências operacionais.
•
Estoques de natureza regular ou cíclica – São os necessários para satisfazer a
demanda média durante o tempo entre reabastecimentos sucessivos.
•
Estoques de segurança – São estoques gerados como uma proteção da
variabilidade na demanda para o estoque e no tempo de reabastecimento. São
adicionais ao estoque regular que é necessário para satisfazer a demanda
média e as condições de prazo de entrega. A quantidade de estoque de
segurança depende da variação da demanda e do nível de disponibilidade.
•
Estoque obsoleto, morto ou reduzido – Ocorre quando uma parte do estoque
deteriora-se, tem a sua validade vencida ou é roubada ou perdida quando
mantida por um período de tempo.
Segundo Slack, et al (1999) estoque pode ser definido como “acumulação
armazenada de recursos materiais de um sistema de transformação”. Sendo que algumas
vezes o termo estoque é utilizado para se descrever qualquer recurso armazenado.
Em sua concepção existem 04 (quatro) tipos básicos de estoque:
a) Estoque Isolador, também chamado de estoque de segurança, que visa
compensar os problemas entre o fornecimento e a demanda, a fim de evitar,
especialmente, que a empresa fique sem matéria-prima.
16
b) Estoque de ciclo que ocorrerá quando se deve atender uma demanda de um
ou mais produtos que dependam de um mesmo tipo de processo, ou seja,
quando se possui produtos diferentes, com demandas regulares ou não, mas
que utilizem operações de produção semelhante.
c) Estoque de antecipação, quando se produzem quantias para estocagem
mesmo quando a demanda é menor, a fim de se manter estoques para
períodos de aumento nos fornecimentos, especialmente, quando existe
sazonalidade nas vendas dos produtos.
d) Estoques no canal de distribuição – Existem porque o material não pode ser
transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de
demanda. Isto significa que são os fornecedores que mantém o estoque em
seus próprios armazéns.
Slack, et al (1999) fornece a seguinte figura para ilustrar a relação entre estoque,
fornecimento e demanda.
Taxa de Fornecimento do processo de entrada.
Estoque
Processo
De
Entrada
Estoque
Taxa de Demanda do
Processo de Saída
Processo
De
Saída
Figura 1 . O estoque é criado para compensar diferenças de ritmo entre fornecimento e demanda.
17
Segundo Lourenço8 (2004), estoque é “o centro nervoso do processo, afeta todas
as partes envolvidas na produção e na distribuição”... “...Tudo o que a empresa compra,
produz e vende passa por aqui.”.
Para ela a automação é fundamental no controle eficiente do estoque, visto que
“tornou-se indispensável nas compras e nas entregas, e até para avaliar a eficiência dos
serviços contratados”.
Como veremos a seguir, nos parece que cada vez mais o conceito de sistema de
informações, está se interligando a informática, não que isto seja necessariamente verdadeiro,
contudo e com a aprimoração do setor público, bem como as exigências legais para o controle
eficiente de suas práticas, este conceito ganha força.
2.3 – Conceitos sobre Sistema de Informações
Primeiramente devemos definir o que é um sistema de informação e qual a sua
importância para a tomada de decisões gerenciais, especialmente nos órgãos públicos.
De acordo com O’Brien (2004), sistema de informação é um conjunto organizado
de pessoas, hardwares, softwares, redes de comunicação e recursos de dados que coleta,
transforma e dissemina informação em uma organização .
Ou ainda, pode ser definido simplesmente como um grupo de elementos interrelacionados ou em interação que formam um todo unificado. Sendo que para ele um sistema
é um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham juntos, rumo a um objetivo
comum recebendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado de
transformação.
Para Fernandes9 (apud SANCHES – 2000), sistemas de informação é o conjunto
de componentes que coletam, processam, armazenam e distribuem informações para apoiar o
controle e tomada de decisões em uma organização.
Já Oliveira (2004) diz que a teoria de sistemas tem sofrido inúmeras evoluções ao
longo do tempo e, podemos considerar que o moderno enfoque de sistemas procura
8
Fátima Lourenço – colunista da Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, na reportagem “O Fim do
Improviso nas Manobras”, Edição 181 – Fevereiro de 2004. GLOBO. p. 63.
9
Prof. Luis Antonio Fernandes. Faculdades XV de Agosto. Apostila de Sistema de Informações, p. 4.
18
desenvolver técnicas para lidar com a amplitude e complexidade das empresas,
proporcionando uma visão interativa do todo, em virtude das intrincadas relações das partes
entre si e com o todo, que não podem ser tratadas fora do contexto do todo.
Ele define sistema como “um conjunto de partes interagentes e interdependentes
que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam
determinada função.”
Conforme Oliveira (2004) os componentes de um sistema podem ser visualizados
na Figura 2, a seguir:
Objetivos
Processo de
Transformação
Retroalimentação
Saída
Controle e
Avaliação
Entradas
Figura 2 – Componentes de um sistema.
2.4 – Conceito de Planilhas do Excel
Segundo o Departamento de Informática da Universidade Federal de São Paulo10
o Excel é um aplicativo Windows - uma planilha eletrônica - que fornece ferramentas para
efetuar cálculos através de fórmulas e funções e para a análise desses dados. As cinco
principais funções do Excel são:
Planilhas: Você pode armazenar, manipular, calcular e analisar dados tais
como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar gráficos diretamente
em sua planilha, elementos gráficos, tais como retângulos, linhas, caixas
de texto e botões. É possível utilizar formatos pré-definidos em tabelas.
Bancos de dados: você pode classificar, pesquisar e administrar
facilmente uma grande quantidade de informações utilizando operações
de bancos de dados padronizadas.
10
UNIFESP – Escola Paulista de Medicina, através do site: www.virtual.epm.br.
19
Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual seus dados.
Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você pode personalizar
qualquer gráfico da maneira desejada.
Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramentas de
desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar apresentações
de alta qualidade.
Macros: as tarefas que são freqüentemente utilizadas podem ser
automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias macros.
Segundo a referida Universidade, podemos visualizar a janela do Excel, conforme
figura abaixo.
Conhecendo a Janela Excel
Figura 3 – Janela do Excel para Windows versão 97. Fonte: www.virtual.epm.br . UNIFESP
20
Para Gonçalves11 (2004), podemos definir o Excel da seguinte maneira:
“O Excel usa basicamente diversas matrizes superpostas. Ele
trabalha com tabelas cujas células são identificadas por linhas
numeradas e colunas identificadas por letras. Quando você
clica sobre uma célula, seu endereço aparece no canto superior
esquerdo da tela”
Em sua opinião o Excel permite maior flexibilidade de trabalho, sendo que
considera que a sua vocação principal é a de “automatizar tarefas que incluem operações
matemáticas repetitivas numa tabela de números, bem como de facilitar a apresentação de
diversos tipos de gráficos.” Considera ainda que, também pode ser utilizado como um editor
de tabelas de texto, sendo mais flexível do que o Word, para esse fim.
Para Santiago12 (2004), o Excel oferece recursos ilimitados, sendo uma ferramenta
muito útil para o nosso dia a dia. Ele também demonstra a utilidade de algumas das funções
do Excel, evidenciando a necessidade de se ter um bom raciocínio lógico, pois a utilização de
planilhas do Excel facilita a realização dos trabalhos.
Uma vez descritos os conceitos que foram aplicados no presente trabalho,
passaremos a discutir a metodologia aplicada ao caso.
11
Professor Willi de Barros Gonçalves, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Unicentro Izabela Hendrix,
conforme tutorial básico do Excel 2000, contido no CD-ROOM da Revista PC Brasil Especial Excel, ano II, nº
8, da Editora Digerati Comunicação e Tecnologia Ltda. 2004. São Paulo.
12
José Pires Santiago, desenvolveu o texto denominado Polígrafo Excel Avançado, contido no CD-ROOM da
Revista PC Brasil Especial Excel, ano II, nº 8, da Editora Digerati Comunicação e Tecnologia Ltda. 2004. São
Paulo.
21
3 – Metodologia
Neste capítulo será discutida a forma de realização do trabalho, bem como os
métodos e os motivos que deram origem ao sistema desenvolvido.
Trata-se de realização de pesquisa exploratória, que conforme Oliveira (1999) é o
estudo que têm por objetivo a formulação de um problema para efeito de uma pesquisa mais
precisa ou, ainda, para elaboração de hipóteses.
Segundo o mesmo autor, os estudos exploratórios podem ter outros aspectos, tais
como o de possibilitar ao pesquisador fazer um levantamento provisório do fenômeno que
deseja estudar.
Para Lakatos e Marconi (1991) pesquisa é um procedimento formal, com
método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no
caminho para conhecer a realidade ou para descobrir realidades parciais.
Como vimos anteriormente, por se tratar de Órgão Público, a Prefeitura, para a
tomada de decisões, deve se ater aos pormenores exigidos pelas normas e dispositivos legais
que regulamentam suas atividades e ações de governo.
E que muito embora os processos de controle e planejamento estejam cada vez
mais sofisticados e aprimorados, conforme e tanto quanto em empresas particulares, ainda
existem enormes diferenças que tornam a tomada de decisões em Administração Pública
muito peculiar.
Podemos aqui citar o rigor no cumprimento orçamentário13 e o procedimento para
a aquisição de produtos ou serviços, denominado de licitação14, que são obrigatórios para os
órgãos públicos em geral.
13
O orçamento em órgãos públicos e delimitado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), pela Lei
Orçamentária Anual (LOA) e pelo Plano Purianual (PPA), que formam o regramento básico para o planejamento
orçamentário na Administração Pública, os quais determinam a distribuição das “verbas” (receitas) para os
diversos setores da Administração Pública (Folha de Pagamento/ Educação/Saúde, etc), para um período de 04
(quatro) anos (PPA e LDO) e períodos anuais (LOA), sendo que alterações nos mesmos têm que ser aprovadas
pelo Poder Legislativo, após a devida comprovação legal de necessidade.
14
Cf. Conceituação descrita no Referencial Teórico, p. 14.
22
Para melhor elucidar tal questionamento recorremos, mais uma vez, aos grandes
mestres do Direito Administrativo e do Direito Público, a fim de, à luz das normas e regras
legais, conceituar estas responsabilidades dos governantes e de seus auxiliares.
Para Ferreira15 (1992 – p.11),
“por questão de ordem moral, ética e jurídica, as pessoas a
quem se confiou a administração de bens públicos, são
obrigadas a um extremo cuidado com o manuseio da coisa
pública. Não podem fazer como seus, os bens e haveres da
comunidade.”
Tal comentário se reflete ante a magnitude que a corrupção tomou ante a
administração pública brasileira, sendo que mesmo com as advertências constitucionais e do
Código Penal, ainda não foram suficientes para erradicá-las, como opina o mestre
(infelizmente as palavras do mestre continuam a soar na atualidade com a mesma força e
exatidão da época – 1992), in fine:
“Entretanto, o mal é antigo e, nem as normas penais ou
administrativas conseguiram erradicá-lo.”
“Inclusive um dos alicerces da Revolução Brasileira de 1964
foi a luta contra a corrupção[...]”
“[...]Assumiu a corrupção, na administração pública
brasileira, tal vulto que, inclusive a Constituição passou a
enfocá-la.”
“A corrupção administrativa passou a ser preocupação
constitucional. Porém, nem o Código Penal, nem a disposição
contida no texto da Lei Maior parece que foram suficientes
para dar seriedade à Administração Pública.”(FERREIRA –
p.12)
Contudo, devemos ressaltar que o anseio da população brasileira por um país mais
justo, sem corrupção e com governantes que cumpram com os seus deveres, tem modificado
tal conduta, uma vez que mais normas são criadas para coibir a corrupção, bem como a
conscientização dos novos governantes da representatividade de suas funções para a
comunidade, tem ajudado na alteração deste quadro.
Diante do acima exposto, e com o objetivo de proporcionar maior eficiência ao
controle dos estoques e quantitativos dos gêneros alimentícios, e conseqüentemente, aos
contratos de merenda escolar, o primeiro passo foi o de reunir os interessados no controle do
processo e os possíveis usuários finais, a fim de determinar quais os pontos que poderiam ser
abordados na pesquisa, bem como quais os fatores a serem analisados, os indicadores e tipos
15
Wolgran Junqueira Ferreira, é Advogado e escritor de diversas obras sobre a Responsabilidade de Prefeitos e
Vereadores, a Constituição Federal, entre outros.
23
de dados necessários para o manuseio diário, e que pudessem fornecer as informações
essenciais de forma mais rápida, porém com uma linguagem acessível a todos os envolvidos
no processo.
Deste primeiro contato foram levantados os seguintes dados, que serviram de base
para a continuidade da pesquisa e posterior desenvolvimento do sistema de informação.
Necessidade de informatização do sistema de controle de estoques, para
facilitar o fluxo de informações entre os setores da Prefeitura.
O sistema deveria possuir linguagem simples e objetiva, a fim de facilitar
a utilização e lançamento de dados, por qualquer dos usuários.
Ele deveria conter informações sobre todos os produtos adquiridos e
controlados pelo setor, mas também de forma independente identificar os
produtos pelo tipo, ou seja, se industrializados, perecíveis ou
hortifrutigranjeiros.
Informar sobre as especificações (descrição dos produtos), quantidade
adquirida para o período (entre 06 (seis) e 12 (doze) meses), valor unitário
e total, data das aquisições, quantidades adquiridas, dados do fornecedor,
saldo final em quantidade e em valores, possibilidade de reajuste de
preços.
E
deveria
ser
desenvolvido
um
controle
especial
para
os
hortifrutigranjeiros, devido ao fato de que os mesmos seriam adquiridos
de forma semanal, e que os valores variavam muito de acordo com a
época (safra/entressafra), e o principal problema era a necessidade de se
adequar às quantias necessárias aos parâmetros utilizados nas tabelas de
medidas da CEAGESP16, a fim de se possuir os dados corretos entre
valor, preço, peso e volume adequados.
16
CEAGESP – A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo surgiu em maio de 1969,
resultado da fusão de duas empresas mantidas pelo Governo de São Paulo: o Centro Estadual de Abastecimento CEASA- e a Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo -CAGESP. Em 1997 a empresa foi
federalizada e seu controle passou para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Fonte:
www.ceagesp.gov.br/histórico (04/10/2005).
24
A pesquisa ainda revelou que o sistema utilizado até a data em questão fazia
análise e controle apenas dos estoques armazenados no local (prédio da merenda escolar), sem
considerar os quantitativos que ficavam armazenados nas empresas contratadas, sendo que
por vezes perdia-se o controle do saldo disponível, o que gerava a descontinuidade no
abastecimento ou a aquisição emergencial dos produtos, até que se realizasse novo
procedimento licitatório para a aquisição das quantias necessárias a fim de que o
abastecimento fosse normalizado nas unidades educacionais.
Durante este período iniciaram-se os processos licitatórios para a aquisição dos
gêneros alimentícios, para o ano letivo de 2005, sendo elaborado pela responsável pelo setor
de Merenda Escolar da Prefeitura a solicitação de compra, contendo as quantidades, unidades
e especificações dos produtos que deveriam ser licitados
Cabe ressaltar que antes de se colocar qualquer sistema de controle em
funcionamento foi necessária à realização dos processos licitatórios que indicariam os valores
e as empresas que iriam fornecer os produtos solicitados.
Como anteriormente mencionado, diferentemente do particular, a Prefeitura (os
Órgãos Públicos em geral) somente podem adquirir seus produtos depois de realizados os
pertinentes processos licitatórios, que para efeitos de nossa pesquisa foram realizados entre o
mês de dezembro/2004 e março/2005.
Os processos licitatórios são procedimentos realizados pela Prefeitura, nos termos
da Lei Federal nº 8.666/93, e a princípio são determinados pelo valor e complexidade da
operação, podendo ser classificados nas seguintes modalidades:
a)
Convite: que é a modalidade mais simples de licitação, e, portanto com o
menor nível de exigência documental, devendo a Administração, convidar a
participar do processo no mínimo 03 (três) empresas. O valor limite para as
compras nessa modalidade é de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b)
Tomada de Preços: É uma modalidade um pouco mais complexa, e exige a
apresentação de uma série de documentos, bem como a realização de um
cadastramento prévio das empresas participantes, ou seja, o interessado deve
apresentar toda documentação solicitada em até 03 (três) dias antes da
entrega dos envelopes de licitação. Neste caso, a municipalidade tem que
25
publicar um resumo do Edital de licitação, fornecendo as informações
necessárias para que todos possam participar da licitação. O limite para
compras nessa modalidade é de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil
reais).
c)
Concorrência: É a modalidade mais complexa de licitação, e é somente
exigida quando o valor para compra ultrapassar à R$ 650.000,00 (seiscentos
e cinqüenta mil reais).
Após a análise da solicitação de compras, é realizada uma cotação de preços ou
pesquisa de preços de mercado, a fim de averiguar qual a modalidade de licitação que deverá
ser utilizada, o que em nosso caso, foi a Tomada de Preços, devido aos valores orçados para
cada tipo de produto, ou seja, uma para Gêneros Perecíveis, uma para Gêneros
Industrializados e uma para Hortifrutigranjeiros.
Cabe ressaltar que no caso dos hortifrutigranjeiros a aquisição obedeceu a regras
especiais, uma vez que devido a sazonalidade destes produtos, a municipalidade neste caso
não trabalha com preços fixos, ao invés disto e para evitar perda de qualidade ou
desabastecimento devido a alta de preços, optou-se por realizar um processo de licitação em
que o vencedor seria a empresa que ofertasse o maior desconto percentual sobre os valores
constantes da tabela de preços da CEAGESP, obedecidos os pré-requisitos de qualidade dos
produtos solicitados.
Somente após a realização dos pertinentes processos licitatórios é que foi possível
o término dos protótipos e sua apresentação aos usuários para análise, comentários, alterações,
se necessário, e posterior aprovação.
Embora as necessidades dos setores de controle (Merenda Escolar, Almoxarifado
e Divisão de Licitações) fossem até certo ponto complexas, as medidas a serem tomadas eram
urgentes, mais precisavam ser também objetivas e as mais simples possíveis, o que foi
determinante para a escolha de planilhas de cálculos do Excel, por ser de fácil acesso e conter
a estrutura adequada para o desenvolvimento do sistema proposto.
Foram desenvolvidos três sistemas diferentes para atender a necessidade dos
departamentos em relação aos tipos de pedidos conforme as nomenclaturas usuais dos
mesmos, bem como com a finalidade de facilitar o controle e o fluxo de informações, uma vez
26
também que para cada tipo (industrializados/perecíveis/hortifrutigranjeiros) foram realizados
processos de licitação e contratos de fornecimento distintos, com números de controle
particulares.
Cada sistema deveria conter informações quanto aos dados do fornecedor, a
descrição do produto, forma de apresentação (kg, unidade, peça, etc), sobre o estoque de
segurança, que no caso em tela deveria indicar qual o quantitativo limite de saldo restante no
estoque do fornecedor, dados sobre as datas de lançamentos das notas fiscais, número da nota
fiscal, quantidade adquirida no período, valor unitário, valor total, saldo quantitativo e saldo
em valor.
O sistema possui uma planilha de dados para cada fornecedor, além de uma
planilha de cálculo dos pedidos a serem realizados, bem como uma planilha de dados
separando os quantitativos em dois pólos de despesas orçamentárias, ou seja, das quantias
solicitadas qual a porcentagem que seria encaminhada às creches e qual a que seria
encaminhada às escolas de ensino fundamental, uma vez que para registros fiscais e legais do
orçamento municipal esta é uma informação prioritária e de extrema relevância, devido
especialmente às exigências legais e constitucionais de aplicação de verbas públicas na área
de educação.
Para fins de preservação da identidade dos fornecedores as planilhas de dados não
conterão a identificação dos fornecedores, os quais serão substituídos pela nomenclatura
“empresa nº 01”, “empresa nº 02”, e assim sucessivamente, bem como os valores e
quantitativos dispostos no presente trabalho serão fictícios, uma vez que não interferirão na
compreensão e utilização do próprio sistema.
Para elaboração do sistema e a simplificação de sua utilização optou-se pela
criação de fórmulas padronizadas, bem como a realização de proteção destas células e
liberação apenas das células que poderiam ser utilizadas, sendo que para todos os efeitos o
acesso a determinadas funções seria restrito através de senha personalizada, com o intuito de
evitar com que o usuário, acidentalmente, digitasse valores ou dados em linhas ou colunas
equivocadas, e acabasse por ‘prejudicar’ a funcionabilidade do sistema, ou obter, ou enviar
informações incorretas, o que traria prejuízos ao controle e monitoramento dos estoques, dos
processos licitatórios e ao sistema orçamentário da Prefeitura.
27
Para elaboração do sistema, também foram utilizados os conceitos de estoque
mínimo ou estoque de segurança17, baseados no estoque no canal de distribuição, uma vez que
a maneira mais eficiente de controle dos contratos licitatórios era a dos saldos quantitativos
existentes no estoque do fornecedor e não os armazenados no setor de merenda escolar.
3.1 – Descrição pormenorizada das planilhas do sistema
O protótipo do sistema de controle e gerenciamento de dados apresentados aos
departamentos foi considerado satisfatório, uma vez que preenchia os requisitos básicos
necessários para o aperfeiçoamento do controle dos estoques, das notas fiscais e dos contratos,
porém, o mesmo possuía muitas planilhas de dados, o que gerava certo desconforto ao usuário
final, quando o mesmo queria localizar determinado fornecedor, e se perdia algum tempo
acessando as paletas das planilhas, sendo então criada uma página de acesso instantâneo às
demais planilhas do sistema, conforme veremos a seguir.
3.2 – Planilha utilizada para Menu Inicial (Página Inicial)
A página de acesso às planilhas do banco de dados foi denominada de “Menu
Inicial” ou “Página Inicial”, e sua finalidade é a de facilitar a localização e acesso aos dados
necessários para o controle de entradas/saídas de mercadorias do estoque de Gêneros
Alimentícios, bem como agilizar o processo de lançamento de dados e busca de informações,
para a conferência das notas fiscais e navegação entre as planilhas de forma instantânea.
Ela é na verdade o último item a ser criado no sistema, uma vez que para se
realizar os efeitos nela esperados será necessário que as demais planilhas já estejam prontas.
Além das finalidades já mencionadas, a idéia de um menu de acesso visa deixar o sistema
com aparência mais profissional e visualmente mais atraente ao usuário.
Conforme podemos visualizar na figura nº 04, o menu de acesso além de facilitar
a utilização do sistema para o usuário, deve proporcionar uma aparência profissional ao
sistema.
17
Cf. conceitos descritos no referencial teórico, p. 15.
28
Logotipo, Razão Social e dados referentes ao local de implantação do projeto piloto.
DIVISÃO CRECHE
FUNDAMENTAL
EMPRESA
Nº 01
DIVISÃO POR
FORNECEDOR
EMPRESA
Nº 03
Botões de comando (hyper link)
para acessar planilha de banco
de dados com informações sobre
as quantias e produtos divididos
por fornecedor ou por setor
especifico.
EMPRESA
Nº 02
EMPRESA
Nº 04
PLANILHA
DE
CÁLCULO
Botões de acesso às
planilhas de controle de
entrada/saída, estoque de
produtos por fornecedor.
Botão de acesso à
planilha de cálculo,
para formalização de
pedido de compra e
divisão de valores
por setor.
Figura nº 04 – Planilha denominada Menu de Acesso – Planilha Inicial. Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
Os botões de comando foram criados a partir de uma barra de ferramentas
denominada ‘caixa de ferramentas de controle’ que proporciona a inserção de diversos tipos
de formas, que facilitam a utilização do menu e permitem padronizar o menu, conforme
podemos exemplificar:
-
Botão de comando, cuja finalidade é a criar uma função imperativa, como por
exemplo, fechar uma tela, ou executar uma ação.
No desenvolvimento do sistema foram utilizados botões de comando e recursos da
ferramenta AutoFormas, que fornece formas geométricas pré-elaboradas (retângulos,
triângulos, etc), que associados à ferramenta hiperlink, que é a capacidade de se vincular
documentos, planilhas, desenhos a uma palavra ou forma, desde que estejam dentro da mesma
mídia. Tal procedimento agiliza sobremaneira a utilização das planilhas de dados, bem como
a navegação do usuário no sistema, proporcionando maior comodidade e eficiência na
execução das rotinas de trabalho.
29
Para exemplificar melhor o conceito do hiperlink, podemos verificar sua
utilização maciça nas páginas da Internet, quando ‘clicamos’ em ícones ou palavras-chaves
que nos remetem instantaneamente a outras páginas e até mesmo a outros sites, sem que
precisemos digitar o endereço na caixa de diálogo. Desta forma o usuário pode navegar no
sistema de forma eficiente e rápida, para localizar a planilha de dados que necessita, apenas
‘clicando’ em um botão.
3.3 – Planilha de Controle de Estoques
Desta forma ao ‘clicar’ no botão denominado empresa nº 01, o usuário irá acessar
a planilha de dados para lançamento e controle dos produtos e quantidades a serem entregues
pelo fornecedor quando solicitados pela Prefeitura, conforme planilha (Figura nº 05) a seguir:
(1)
(3)
(2)
PÁGINA
INICIAL
(5) Razão Social:
Endereço:
Telefone:
CNPJ Nº:
CONTROLE DE ESTOQUE DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS POR
FORNECEDOR - MERENDA ESCOLAR - 2005.
(4)
Empresa nº 01
xxxxxx
CEP:
VALOR EM R$ (10)
Item
(6)
3
(12)
Quant.
(7)
18.000
NOTA
FISCAL
Unid.
(8)
KG
DATA
(13)
222 09/03/05
353 23/03/05
456 02/04/05
Especificações (9)
Unitário
CARNE DE FRANGO RESFRIADO FILÉ DE COXA E SOBRECOXA,
SEM PELE E SEM OSSO.
R$ 4,38
QUANT
(14)
5000
5000
5000
UNID
(15)
KG
KG
KG
VALOR (16)
UNIT.
TOTAL
Total
R$ 78.840,00
R$ 21.900,00
R$ 21.900,00
R$ 21.900,00
3000
SALDO (17)
QUANT
R$ 4,38
R$ 4,38
R$ 4,38
ESTOQUE DE
SEGURANÇA
(11)
VALOR
13.000 R$ 56.940,00
8.000 R$ 35.040,00
3.000 R$ 13.140,00
Quando o saldo se equipara ou fica menor que o estoque
de segurança o sistema automaticamente avisa o usuário
mudando a cor da célula e formato da letra.
Figura nº 05 – Planilha denominada Controle de Estoque.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
30
Após a realização de algumas reuniões junto aos prováveis usuários do sistema, a
planilha de dados para controle e gerenciamento dos estoques ficou configurada no formato
acima sendo que para a utilização da mesma o usuário estaria autorizado a efetuar
lançamentos de dados apenas nas células 12, 13 e 14, porquanto que nas demais os dados
estavam automaticamente vinculados a outro banco de dados, ou então estariam programados
para efetuar os cálculos de multiplicação, subtração e autoformatação necessários para o
desenvolvimento do sistema.
Para um melhor manuseio do sistema foi identificada a seguinte legenda,
conforme itens acima relacionados:
(1) e (2) – Logotipo e especificação da entidade e setor de aplicação do sistema.
(3) Botão de comando, com hiperlink para acesso rápido a pagina inicial.
(4) Identificação do tipo de produto a ser controlado.
(5) Dados da empresa, tais como, razão social, endereço, CNPJ, telefone, etc.
(6), (7), (8) e (9) Identificação do item, quantidade e unidade constantes do
contrato, bem como a especificação do produto a ser adquirido.
(10) Identificação do valor unitário e total do produto a ser adquirido durante a
vigência do contrato.
(11) Identificação da margem de segurança do estoque, descrita em quantidade.
(12) Descrição do número da nota fiscal, (13) identificação da data de emissão da
nota fiscal, (14) especificação da quantidade fornecida na nota fiscal.
(15) Descrição da unidade de medida do produto (kg, peça, unid, etc..).
(16) Especificação dos valores unitários e totais referentes à quantidade descrita
no campo (14), sendo que para o valor total existe uma fórmula fixa que
determina no instante do lançamento da quantidade o valor correto, através da
multiplicação da quantidade pelo valor unitário. Ex: Figura nº 06.
31
QUANT UNID
(14)
(15)
5000
KG
UNIT.
(a)
R$ 4,38
O Valor Total é igual à quantidade
(14) vezes o preço unitário (a). Onde
E21 refere-se à coluna e linha da
planilha do Excel que representa a
quantidade e G21 refere-se a que
representa o valor unitário, ou seja,
(5000 x R$ 4,38).
TOTAL
= E21*G21
Figura nº 06 – Planilha de Controle de Estoque. Itens 14/16.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
(17) Campo de verificação do saldo restante. Composto de duas colunas, sendo
uma na cor amarela identificando a quantidade restante e outra na cor azul
identificando o valor ou resíduo contratual restante, para fins de controle do
estoque. Estes dois campos possuem a seguinte fórmula.
Na primeira linha o valor
entre cifrões é o da
quantidade inicial do
contrato (7), subtraindo-se
a quantidade descrita na
nota fiscal (14).
QUANT
Nesta linha do valor a fórmula inicial
subtrai do valor total do contrato (10) ,
o valor total da compra (16).
SALDO
VALOR
=$C$16-E21
=I21-E22
=J16-H21
=J21-H22
Nas demais linhas obtêm-se o resultado
através da subtração do valor do saldo
constante na linha imediatamente
superior, da quantia ou do valor do
pedido atual.
Figura nº 07 – Planilha de Controle de Estoque. Item 17.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
Porém o atributo mais importante destas células está no fato de que as mesmas
encontram-se condicionalmente formatadas para obedecer ao seguinte comando, caso o saldo
restante seja igual ou inferior ao estoque de segurança, as células automaticamente mudarão
de cor e fonte, para alertar o usuário, que verificará se existe ou não a necessidade de se
solicitar um aditamento ao contrato, ou se existe a necessidade de se proceder a uma aquisição
maior e, portanto, a realização de um novo procedimento licitatório. Tal situação está
caracterizada na planilha de amostra, identificada pelo item (18).
VALOR EM R$ (10)
Item (6)
3
(12)
Quant. (7)
18.000
Unid. (8)
KG
NOTA
FISCAL
DATA (13)
Especificações (9)
Unitário
CARNE DE FRANGO RESFRIADO - FILÉ DE COXA E
SOBRECOXA, SEM PELE E SEM OSSO.
QUANT
(14)
UNID
(15)
VALOR (16)
UNIT.
TOTAL
Total
R$ 4,38
R$ 78.840,00
SALDO (17)
QUANT
VALOR
222 09/03/05
5000
KG
R$ 4,38
R$ 21.900,00
13.000
R$ 56.940,00
353 23/03/05
456 02/04/05
5000
5000
KG
KG
R$ 4,38
R$ 4,38
R$ 21.900,00
R$ 21.900,00
8.000
3.000
R$ 35.040,00
R$ 13.140,00
Figura nº 08 – Planilha de Controle de Estoque. Item 18.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
ESTOQUE DE
SEGURANÇA
(11)
3000
Saldo
em
estoque igual
ao estoque de
segurança,
mudança
do
estilo e cor de
preenchimento
das células.
32
Esta planilha foi desenvolvida para servir de base para a entrada de informações
das empresas fornecedoras, as quantidades a serem fornecidas, bem como período de
fornecimento, com a finalidade de melhoria na forma de controle e gerenciamento dos
contratos de licitação, por fornecedor e por tipo de produto, sendo que foram utilizados os
mesmos critérios para o desenvolvimento dos sistemas de controle dos Gêneros Perecíveis e
Industrializados, apenas para o controle de hortifrutigranjeiros o sistema funcionará de
maneira diferenciada, como veremos mais a diante.
3.4 – Planilha de Divisão de produtos
Para suprir a necessidade dos setores de Almoxarifado e Contabilidade, em
relação à separação das quantidades e valores constantes nas notas fiscais, entre as despesas
orçamentárias dos setores de Ensino Fundamental e Ensino Infantil (creches) foi idealizada a
seguinte planilha:
AQUISIÇÃO DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS PERECÍVEIS PARA MERENDA ESCOLA ESTIMATIVA DE CUSTOS EXERCÍCIO DE 2005.
DIVISÃO ENSINO FUNDAMENTAL E CRECHES.
QUANTIDADE (3)
Item
(1)
1
2
Unid. INICIAL
(2)
(A)
LITRO
16.000
UNID.
50G
KG
FUNDAM.
(B)
4.800
CRECHE Especificações (4)
(C)
11.200
LEITE PASTEURIZADO
150.000
51.000
99.000
PÃO FRANCES
18.000
15.480
2.520
CARNE
DE
FRANGO
RESFRIADO - FILÉ DE
COXA E SOBRECOXA,
SEM PELE E SEM OSSO.
3
KG
10.000
9.000
TOTAL GERAL
PÁGINA
INICIAL
FUNDAMENTAL (6)
CRECHE (7)
Total
(B)
Unitário
(I)
Total
(II)
Unitário Total
(a)
(b)
R$ 0,85
R$ 13.600,00
R$ 0,85
R$ 4.080,00
R$ 0,85
R$ 0,14
R$ 21.000,00
R$ 0,14
R$ 7.140,00
R$ 0,14
R$ 9.520,00
R$
13.860,00
R$ 4,38
R$ 78.840,00
R$ 4,38
R$ 67.802,40
R$ 4,38
R$
11.037,60
R$ 4,25
R$ 42.500,00
R$ 4,25
R$ 38.250,00
R$ 4,25
R$ 4.250,00
1.000
CARNE BOVINA DE 1ª
QUALIDADE - EM CUBOS
- PATINHO.
4
MENOR PREÇO (5)
Unitário
(A)
R$ 155.940,00
Botão para retorno
rápido ao menu inicial.
Figura nº 09 – Planilha de Controle de Divisão de Centro de Custos.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
R$ 117.272,40
R$ 38.667,60
33
Para facilitar a compreensão da planilha acima ficou decidido que o usuário não
poderia alterar os valores e quantitativos constantes na mesma, uma vez que ela serviria de
banco de dados para as demais planilhas do sistema.
A legenda a seguir, representa o método e fórmulas utilizadas para elaborar a
presente planilha, a saber:
(1) Inserção do número do item; (2) descrição da unidade (kg, peça, litro,
unidade), (3) Quantidades relativas ao total previsto para a aquisição do produto durante a
vigência do contrato, dividida em (A) quantidade inicial (total) do contrato, (B) quantidade
destinada às Escolas de Ensino Fundamental e (C) quantidade destinada às Creches
Municipais, para tanto foi inserida a seguinte fórmula, baseada na porcentagem de produtos
que deveriam ser encaminhados para cada setor, conforme previsão da nutricionista
responsável pela distribuição da merenda escolar.
QUANTIDADE (3)
Item
(1)
1
2
Unid.
(2)
LITRO
INICIAL (A)
16.000
UNID. 50G
150.000
FUNDAM.
(B)
4.800
51.000
Para o item 3B a fórmula utilizada foi a seguinte
=ARREDONDAR.PARA.BAIXO(C12*0,3;0,5) sendo que tal
fórmula significa que a quantidade inicial (A) deverá ser
multiplicada (*) pelo fator percentual (0,3 = 30%), e para se
evitar que aconteça valores quebrados, incluiu-se o fator de
arredondamento para baixo (0,5).
CRECHE
(C)
11.200
99.000
Especificações (4)
LEITE PASTEURIZADO
PÃO FRANCES
Para o item 3C é determinado pela fórmula =C-D,
onde C indica a célula em que está a quantidade
inicial (A) e D onde se encontra a quantidade
destinada as unidades de ensino fundamental (B).
A diferença entre ambas define a quantidade
destinada para as creches (C).
Figura nº 10 – Planilha de Controle de Divisão de Centro de Custos. Itens (1)/(2)/(3) e (4).
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
O item (4) indica a descrição da especificação do produto de forma sucinta apenas
para facilitar a localização do item.
(5) Indicação do Menor Preço (valor ofertado pela empresa contratada), sendo (A)
o valor unitário do produto e (B) o valor total referente à quantidade (3A) vezes o valor
unitário (5A).
MENOR PREÇO (5)
Especificações (4)
LEITE PASTEURIZADO
Unitário Total
(A)
(B)
R$ 0,85
R$ 13.600,00
O item 5B é determinado pela seguinte fórmula:
=C*G, onde C é a célula que indica a
quantidade inicial (3A), multiplicada (*) por G
que indica o valor unitário (5A).
Figura nº 11 – Planilha de Controle de Divisão de Centro de Custos. Item (5)
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
34
Os itens (6) e (7) o valor total destinado para cada departamento, conforme
percentual de distribuição informado pela responsável pelo Serviço de Merenda Escolar, que
considera para tanto o número de educandos em cada unidade educacional, a idade e tipo de
alimentação adequada.
FUNDAMENTAL (6)
Unitário
(I)
R$ 0,85
Para a determinação dos valores unitários (6 I e 7a) é suficiente vincular as
células em questão pelo valor constante na célula referente ao item 5A, em
conformidade com o produto que representam.
CRECHE (7)
Total
(II)
Unitário
(a)
Total
(b)
R$ 4.080,00
R$ 0,85
R$ 9.520,00
Para a determinação dos valores totais (6 II e 7b) é necessária a aplicação
da seguinte fórmula =I11*C11, onde I representa o valor unitário (R$ 0,85)
e C representa a quantidade da divisão para 6II, ou seja, (4.800 litros) e
para o item 7b a seguinte fórmula: =K11*D11, onde K é o valor unitário e
D a quantidade para creche.
Figura nº 12 – Planilha de Controle de Divisão de Centro de Custos.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
3.5 – Planilha para cálculo de pedidos
A planilha seguinte foi denominada de planilha de cálculo, uma vez que sua
função prioritária é a de calcular a quantidade de produtos, o valor de cada item e o valor
global do pedido a ser efetuado, visando evitar erros na digitação, bem como proporcionar
maior confiabilidade na conferência das notas fiscais emitidas pelo fornecedor.
PLANILHA DE CALCULO PARA DIVISÃO ENTRE CRECHE E
ENSINO FUNDAMENTAL
PAGINA
INICIAL.
DIVISÃO POR
FORNECEDOR.
Botões de acesso rápido a outras planilhas,
através de hyperlink.
MENOR PREÇO
Item
1
Quant.
Fund.
-
Creche
KG
-
Espaço
para
se
digitar a quantidade
referente ao pedido.
Unid.
Especificações
Macarrão de sêmola com
ovos - tipo Ave Maria Embalados em pacotes de
500g ou 1 Kg.
unitário
R$ 1,83
Células formatadas com fórmulas para
automatizar o sistema e processar a divisão
percentual dos produtos entre os setores de
creche e ensino fundamental.
Figura nº 13 – Planilha de Cálculo.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
FUNDAMENTAL
valor total
unitário
valor total
R$
R$ 1,83
R$
-
CRECHE
-
unitário
valor total
R$ 1,83
R$
-
Células formatadas com fórmulas para processar o
valor dos produtos dos setores de creche e ensino
fundamental, bem como para a conferência dos
valores constantes na nota fiscal.
35
Nas colunas referentes à especificação dos produtos, unidade e valor unitário, foi
utilizado o conceito de fórmulas de procura e referência do Excel (PROCV), de modo que
pela simples digitação do nº referente ao item os demais campos são automaticamente
preenchidos, extraindo-se os dados de outra planilha, denominada de Banco de Dados, que em
nosso caso é a planilha de divisão entre creches e ensino fundamental.
Para melhor exemplificar tal conceito, segue abaixo planilha com a visualização
da fórmula utilizada.
Item
Quant.
Fund.
3.000
3.000
Creche
Unid. Especificações
MENOR PREÇO
unitário valor total
=PROCV($A7;'DIV FUND CRECHE -
KG
INDUST'!$A$11:$H$31;6)
R$ 8,19
R$
24.570,00
Para o funcionamento do processo, conforme a fórmula
inserida, basta ao usuário digitar o item que procura.
Figura nº 14 – Planilha de Cálculo. Demonstração de Função Procura e Referência.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
Com relação aos sistemas para controle de gêneros perecíveis e industrializados
ambos seguiram a mesma metodologia de trabalho, tendo em vista que as necessidades de
informações e controle dos referidos processos são similares.
3.6 – Sistema para o controle de Hortifrutigranjeiros
Quanto ao controle de hortifrutigranjeiros foi desenvolvido um sistema
diferenciado, devido às particularidades de controle exigidas no processo, especialmente
quanto à adequação dos pedidos e quantitativos necessários ao setor de merenda para a
distribuição semanal, e os descritos nas tabelas do CEAGESP, conforme demonstram as
figuras abaixo.
Item
Unid.
1.
2
3
4
5
6
Caixa
Saco
Saco
Caixa
Caixa
Dúzias
Quant.
Até
30
50
150
160
80
1.500
Especificações
Alho tipo 5/6, caixa com 10 Kg
Cebola Graúda saco com 20 Kg
Batata beneficiada Lisa Especial. Saco com 50 Kg
Cenoura extra AA - Caixa com 20 Kg
Mandioquinha amarela extra AAA - Caixa com 20 Kg
Ovos brancos extras Caixa com 30 Dúzias
Figura nº 15 – Modelo de Tabela de Solicitação da Empresa.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
36
Conforme indicado acima, o modelo de solicitação da empresa não era compatível
com a tabela de preços divulgada pela CEAGESP, como poderemos observar na figura nº 16,
a seguir, sendo que desta diferença é que surgiu a necessidade de desenvolvimento de duas
das planilhas do sistema de controle de hortifrutigranjeiros.
Categoria: Legumes Data: 13/10/2005
Produto
Classificação
Uni/Peso
Menor
Comun
Maior
Quilo
BERINJELA
EXTRA A
12/CX K
4.84
5.84
6.84
0.49
BERINJELA
EXTRA AA
12/CX K
7.38
8.38
9.38
0.70
BERINJELA
ESPECIAL
12/CX K
10
12
14
1.00
BERINJELA
EXTRA
12/CX K
15
18
20
1.50
BERINJELA
PRIMEIRA
12/CX K
6
8
10
0.67
BERINJELA
ESPECIAL
12/CX K
10
12
14
1.00
BERINJELA
EXTRA
12/CX K
15
17
20
1.42
BERINJELA
PRIMEIRA
12/CX K
6
7
8
0.58
BETERRABA
EXTRA
20/CX K
4.62
5.02
6.02
0.25
BETERRABA
EXTRA A
20/CX K
6.62
7.62
8.62
0.38
BETERRABA
EXTRA AA
20/CX K
9.31
10.4
11.49
0.52
CARA
EXTRA
22/CX K
12
13
14
0.59
CARA
EXTRA A
22/CX K
16
17
18
0.77
CENOURA
EXTRA
1/KG
0.4
0.46
0.54
0.46
CENOURA
EXTRA A
1/KG
0.54
0.64
0.74
0.64
CENOURA
EXTRA AA
1/KG
0.75
0.85
0.94
0.85
CHUCHU
EXTRA
22/CX K
4
5
5.44
0.23
CHUCHU
EXTRA A
22/CX K
6.08
7.08
8.08
0.32
CHUCHU
EXTRA AA
22/CX K
9.12
10.12
11.12
0.46
0.25/PCT
1.8
2.2
2.5
8.80
COGUMELO
Figura nº 16 – Tabela de Preços da CEAGESP - Legumes.
Fonte: Site www.ceagesp.gov.br/cotacao/
Categoria: Diversos Data: 13/10/2005
Produto
Classificação
Uni/Peso
Menor
Comun
Maior
Quilo
ALHO
TIPO 5
1/KG
3.98
4.17
4.45
4.17
ALHO
TIPO 6
1/KG
4.45
4.77
5
4.77
ALHO
TIPO 7
1/KG
5
5.39
5.81
5.39
AMENDOIM
25/SC
41.62
42.62
44.43
1.70
AMENDOIM
25/SC
51.4
52.65
54.88
2.11
1/KG
0.21
0.25
0.3
0.25
BATATA
1a./2a.
37
BATATA
ESPECIAL
1/KG
0.38
0.46
0.54
0.46
BATATA
ESPECIALZINHA
1/KG
0.22
0.27
0.3
0.27
BATATA
1a./2a.
1/KG
0.22
0.27
0.29
0.27
BATATA
ESPECIAL
1/KG
0.43
0.49
0.56
0.49
BATATA
ESPECIALZINHA
1/KG
0.22
0.26
0.29
0.26
1/KG
0.91
0.95
1
0.95
CANJICA
CEBOLA
GRAUDA
1/KG
1.08
1.14
1.21
1.14
CEBOLA
MEDIA
1/KG
1.08
1.14
1.21
1.14
CEBOLA
MIUDA
1/KG
0.94
0.99
1.04
0.99
CEBOLA
GRAUDA
1/KG
0.73
0.78
0.83
0.78
CEBOLA
MEDIA
1/KG
0.72
0.77
0.82
0.77
CEBOLA
MIUDA
1/KG
0.62
0.67
0.73
0.67
COCO SECO
20/SC
18.03
18.57
19.57
0.93
M.PIPOCA ESTRAN
22.6/SC
30.29
31.29
32.29
1.38
Figura nº 17 – Tabela de Preços da CEAGESP - Diversos.
Fonte: Site www.ceagesp.gov.br/cotacao/
3.7 – Planilha de Menu de Acesso
Após a realização do pertinente processo de licitação e conhecido o fornecedor
dos produtos da relação de hortifrutigranjeiros, o qual apresentou o maior percentual de
desconto sobre o valor da tabela de preços da CEAGESP, foi possível o término do
desenvolvimento do sistema de controle para hortifrutigranjeiros.
A Figura nº 18 demonstra a planilha de abertura do sistema, denominada de
página inicial ou Menu Inicial, sendo que a mesma seguiu os princípios e conceitos
anteriormente explicados.
TABELA
CEAGESP
Botões de acesso
rápido as demais
planilhas
do
sistema, através
de hyperlink.
CONTROLE DE
GASTOS
CONTROLE DE
VALORES
Planilha de
Cálculo
Divisão Creche
Fundamental
ENTRADAS
ACUMULADO
38
Figura nº 18 – Planilha de acesso rápido, denominada Página Inicial ou Menu Inicial.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
Como já mencionado anteriormente, a função primordial da página inicial é
proporcionar ao usuário acesso rápido e simples às demais planilhas, permitindo maior
agilidade no processo de controle e lançamento de dados no sistema, e maior economia de
tempo na busca das planilhas que deverá utilizar.
3.8 – Planilha de lançamento de dados (Tabela Ceagesp)
A planilha seguinte foi denominada de ‘Tabela Ceagesp’, sendo que sua função é
a de servir como banco de dados para o fornecimento de informações importantes para as
demais planilhas do sistema, especialmente quanto aos valores que deverão ser transformados
pelo sistema, a fim de adequarem-se as necessidades do setor e servir de base para
conferência das notas fiscais com as solicitações de compra.
A figura a seguir demonstra a forma de apresentação da planilha para o usuário.
PAGINA
INICIAL
Divisão Creche
Fundamental
FEVEREIRO
21/2/05
(4)
1/03/05
Valor
Unitário
Valor
(5)
Unitário
MARÇO
8/03/05
14/3/05
22/03/05
Valor
Unitário
Valor
Unitário
Valor
Unitário
Item
(1)
Unid.
(2)
Especificações
(3)
1.
Caixa
Alho tipo 5/6, caixa com 10 Kg
R$ 5,65
R$
5,70
R$
7,46
2
Saco
Cebola Graúda saco com 20 Kg
R$ 0,75
R$
0,89
R$
0,87
Saco
Batata beneficiada Lisa Especial
Saco com 50 Kg
R$ 1,50
R$
1,70
R$
1,50
Caixa
Cenoura extra AA - Caixa com
20 Kg
Mandioquinha amarela extra
AAA - Caixa com 20 Kg
R$ 1,71
R$
1,77
R$
1,77
R$ 1,85
R$
2,11
R$
2,39
R$ 50,81
R$ 49,26
3
4
Caixa
5
Dúzias
6
Ovos brancos extras Caixa com
30 Dúzias
R$ 52,78
Figura nº 19 – Planilha de Banco de Dados . Tabela Ceagesp.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
Para melhor compreensão dos itens da planilha de Banco de Dados – ‘Tabela
Ceagesp’, identificaremos a seguir a legenda dos campos contidos na mesma.
39
(1) Campo denominado de item, que se refere ao número do item solicitado pela
empresa quando da elaboração do pedido de compra.
(2) Unidade, que se refere à unidade de medida que o usuário espera interpretar
para realização do pedido de compra.
(3) O campo especificações determina a denominação do produto, nos termos
especialmente determinados pelo usuário e que são comuns à sua rotina de trabalho.
(4) Campo que deverá conter a data de verificação da tabela de preços da
CEAGESP, obtida pela Internet ou em publicação em jornal.
(5) Valor Unitário descrito na Tabela de Preços da CEAGESP, obedecendo à
unidade disposta na tabela de preços, que servirá de base para a conversão de valores e
medidas para satisfazer as necessidades do setor de merenda.
3.9 – Planilha de controle de gastos
A planilha de controle de gastos foi desenvolvida a partir da necessidade de se
controlar as quantidades restantes do contrato, uma vez que os produtos seriam adquiridos
semanalmente, havendo ainda a necessidade de se estabelecer um parâmetro de verificação de
preços, visto que estes produtos, por sua própria natureza, têm variação de preços muito
constante, sofrendo alterações quase que semanais, devido às intempéries e outros fatores, que
determinam seu preço no mercado.
Para uma melhor identificação dos recursos utilizados nesta planilha, foi
necessário dividi-la em duas figuras, como veremos a seguir:
Botão de Retorno à
página inicial.
PAGINA INICIAL
Item
(1)
Unid.
(2)
1
2
3
4
5
Caixa
Saco
Saco
Caixa
Caixa
Quant.
Inicial
(3)
30
50
150
160
80
Data de entrega
dos produtos.
Saldo em
Saldo em
Saldo em
Saldo em
Saldo em
1/03/05
(4)
8/03/05
14/3/05
22/03/05
29/03/05
(5)
29
46
145
150
79
26
42
140
150
78
25
39
135
141
77
24
35
130
141
76
24
31
120
130
75
Saldo
remanescente
após
cada
semana
de
entrega
dos
produtos.
40
Figura nº 20 – Planilha de Controle de Gastos. Parte 1.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
Para melhor orientação da presente planilha foi elaborada a seguinte legenda que
indica a função de cada célula, a saber:
(1) Representa numericamente o item da planilha de solicitação de produtos
descritos na mesma ordem do Edital de Licitações; (2) Representa a descrição da unidade (kg,
caixa, peça, etc) nos moldes da solicitação do setor de merenda escolar; (3) Indica a
quantidade que se pretende adquirir durante a vigência do instrumento contratual; (4) Esta
célula (linha) indica a data em que o produto foi ou será adquirido e o item (5) demonstra o
saldo remanescente do produto na data indicada na célula (4), ou seja, naquela data resta “x”
quantidade de produto para ser comprada.
Porém esta célula contém uma fórmula para automatizar o processo e realizar o
cálculo de forma que não seja necessária a intervenção do usuário nesta planilha, que lhe
servirá de acompanhamento e controle de gastos e saldos dos produtos, como veremos na
figura a seguir:
Quant.
Inicial
Saldo em
1/03/05
30
Saldo em
= 'LANÇAMENTO DE ENTRADAS'!G10
Visualização das fórmulas
utilizadas nos campos de
data e saldo numérico.
29 =D12-'LANÇAMENTO DE ENTRADAS'!F12
Figura nº 21 – Planilha de Controle de Gastos. Parte 1. Fórmulas utilizadas
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
Podemos
observar
que
a
fórmula
em
questão
(=´LANÇAMENTODEENTRADAS´!G10) nos remete a uma outra planilha, que é, na
verdade, a que será utilizada pelo usuário para realizar os lançamentos das quantias adquiridas
semanalmente pelo setor de merenda escolar dos hortifrutigranjeiros, sendo que suas funções
serão abordadas mais adiante.
21/2/2005
Especificações (6)
Alho tipo 5/6, caixa com 10 Kg
Cebola Graúda saco com 20 Kg
Batata beneficiada Lisa Especial
Saco com 50 Kg
unitário
1/03/05 (7)
8/03/05
valor total
Unitário (8)
valor total (9)
unitário
valor total
R$
R$
-
R$
R$
-
R$
R$
46,61
12,38
R$ 1.351,76
R$ 569,25
R$ 47,03
R$ 14,69
R$ 1.222,65
R$ 616,77
R$
-
R$
-
R$
61,88
R$ 8.971,88
R$ 71,88
R$ 10.062,50
Figura nº 22 – Planilha de Controle de Gastos. Parte 2.
41
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
A legenda indica as seguintes funções: (6) Inserir as especificações dos produtos,
obedecidas às normas de solicitação do setor de merenda escolar; (7) Data de aquisição dos
produtos, que deve ser igual à registrada no item (4); (8) Indica o valor unitário do produto, já
transformado o preço contido na tabela da CEAGESP na unidade determinada pelo setor
requisitante.
Para melhor elucidar tal informação é válido lembrar que o padrão de unidade da
tabela de preços da CEAGESP, não é igual ao padrão utilizado pela Prefeitura, onde por
exemplo, no caso do produto Alho tipo 5/6, na tabela da CEAGESP (Figura nº 19) temos
como unidade o kg (quilo), enquanto para o setor de merenda da Prefeitura o padrão de
medida mais adequado é o da caixa com 10 kg. Diante deste impasse é que surgiu a
necessidade de implantar fórmulas que pudessem adequar o padrão da CEAGESP às
necessidades da Prefeitura.
A próxima figura proporcionará melhor entendimento aos conceitos acima
descritos.
21/2/2005
Especificações
(6)
Alho tipo 5/6,
caixa com 10 Kg
Cebola Graúda
saco com 20 Kg
unitário
valor total
=('TABELA CEAGESP'!D11*10)-(('TABELA CEAGESP'!D11*10)*0,175)
=AT12*C12
=('TABELA CEAGESP'!D12*20)-(('TABELA CEAGESP'!D12*20)*0,175)
=AT13*C13
Para se obter o valor unitário a fórmula inserida, busca o valor especificado
para o item desejado na Planilha denominada de Tabela Ceagesp (=(‘TABELA
CEAGESP’!D11)), sendo que este valor deverá ser adequado, caso haja
necessidade, à unidade solicitada, ou seja, se a unidade na Tabela da Ceagesp
for kg e na solicitação da Prefeitura, for caixa com 10kg, o valor deverá ser
corrigido. Para tanto ele poderá ser multiplicado (*) ou dividido (/), conforme
o caso. Neste exemplo deverá ser multiplicado por 10, para o item 1 (Alho) e
por 20, para o item 2 (Cebola).
E por fim, ainda será necessário, subtrair (-) do valor do produto, o percentual
de desconto oferecido pela empresa vencedora do certame licitatório, que no
presente caso foi 17,5%, ou seja, 0,175. Deste modo se obterá o valor unitário
do item.
Para se obter o valor total deve-se
multiplicar (*) o valor unitário
pela quantidade disposta no item
(5) da Figura nº 20, lembrando-se
que o valor aqui representado
indicará o saldo em Reais (R$)
referentes ao contrato.
A planilha deverá ser preenchida
com quantas colunas forem
necessárias, de acordo com as
aquisições
realizadas
semanalmente, sendo que as
quantias e valores deverão estar
vinculados às datas de compras.
42
Figura nº 23 – Planilha de Controle de Gastos. Parte 2.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
3.10 – Planilha de Lançamento de Entradas
A planilha de lançamento de entradas originou-se da necessidade de se estabelecer
um banco de dados exclusivo para o lançamento das quantias descritas nas notas fiscais de
remessa de produtos, uma vez que devido às diferenças nos padrões de medidas adotados pela
Prefeitura, era impossível a conferência das notas fiscais.
Para solucionar tal problema foi desenvolvida a planilha de lançamento de
entradas, conforme figura abaixo:
PAGINA INICIAL
A data de entrega dos produtos será sempre
equivalente à data indicada na planilha Tabela
Ceagesp, referente à semana de entrega.
Quant.
Inicial
Item
Unid.
Especificações
Alho tipo 5/6, caixa
1 Caixa com 10 Kg
Cebola Graúda saco
2 Saco com 20 Kg
Batata beneficiada
Lisa Especial
3 Saco Saco com 50 Kg
Cenoura extra AA 4 Caixa Caixa com 20 Kg
Data das Entregas dos produtos
1/03/05
8/03/05
14/3/05
22/03/05
30
1
3
1
1
50
4
4
3
4
150
5
5
5
5
160
10
0
9
0
Campo de lançamento dos quantitativos
adquiridos por semana, conforme notas
fiscais de compras, emitida pelo fornecedor.
Figura nº 24 – Planilha de Lançamento de Entradas. Parte 1.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
Também é parte da presente planilha, as colunas de preço unitário e total, a fim de
proporcionar ao usuário o valor unitário e total de cada produto adquirido e qual a variação de
preço sofrida durante a semana, ou durante o mês, a fim de possibilitar um melhor controle
orçamentário evitando assim que as diferenças nos preços possam trazer problemas de ordem
econômica e causar maior impacto no controle orçamentário, isto porque através desta
43
planilha, em combinação com a de ‘CONTROLE DE VALORES’, é possível antever a
necessidade de suplementação das verbas destinadas à aquisição de gêneros alimentícios, se,
por ventura, a previsão inicial não for suficiente, conforme figura nº 25, a seguir.
Quant. Data das Entregas dos
Inicial produtos
Item
Unid.
Especificações
Alho tipo 5/6, caixa
1 Caixa com 10 Kg
Cebola Graúda saco
2 Saco com 20 Kg
Batata beneficiada
Lisa Especial
3 Saco Saco com 50 Kg
1/03/05
8/03/05
1/03/05
8/03/05
(A)
Unitário
(B)
30
1
3
50
4
4
150
5
5
R$ 46,61
R$ 12,38
R$ 60,13
Valor Total (C) obtido através
da multiplicação (*) da quantia
(A) pelo preço unitário (B).
valor total
(C)
unitário
valor total
R$
46,61
R$ 47,03
R$ 141,08
R$
49,50
R$ 14,69
R$
R$ 300,63
R$ 70,13
R$ 350,63
58,74
Valores Unitários referentes à
data de aquisição e tabela de
preços da CEAGESP, já
adequados aos padrões de
medidas da Prefeitura.
Figura nº 25 – Planilha de Lançamento de Entradas. Parte 2.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
3.11 – Planilha de Controle de Valores
A planilha de controle de valores foi desenvolvida a partir da necessidade do
Departamento de Finanças da Prefeitura, em obter informações sobre o saldo em valores (R$)
das contas referentes ao contrato de aquisição de hortifrutigranjeiros, devido especialmente ao
problema de sazonalidade constante destes itens, que como se pode observar têm mudanças
quase que semanais em suas cotações de preços, podendo variar de preços de forma muito
abrupta, dificultando assim o controle orçamentário, como podemos verificar nos valores
constantes da figura nº 25, entre as datas de 01/03/05 e 08/03/05. Nota-se que no espaço de
apenas uma semana os três itens apontados como exemplo, tiveram aumento nos preços.
Tal planilha foi desenvolvida, visando amenizar os desvios de custos, a fim de
proporcionar aos usuários condições de verificar se as alterações de preços nos produtos
exigiriam a tomada de providências, como a realização de créditos adicionais às verbas
referentes aos centros de custos para a aquisição de hortifrutigranjeiros, bem como impedindo
44
que, devido a estas alterações de preços, houvesse atraso nos pagamentos e conseqüente
desabastecimento do setor, o que traria prejuízos incalculáveis, visto que muitos alunos
dependem exclusivamente da alimentação fornecida nas unidades educacionais.
Para evitar tais problemas foi desenvolvida a planilha de CONTROLE DE
VALORES, representada a seguir pela Figura nº 26.
Valores
Totais
dos
produtos, considerando o
contrato
de
aquisição
anual.
PAGINA INICIAL
Item
1
2
3
4
Unid.
Caixa
Saco
Saco
Caixa
Quant.
Inicial
VALOR INICIAL
UNITÁRIO TOTAL
30
50
150
160
Valor total de
compras no mês
de referência.
R$
R$
R$
R$
46,61
12,38
60,13
28,22
R$ 1.398,30
R$ 619,00
R$ 9.045,00
R$ 4.515,20
O Saldo é obtido através da
multiplicação da quantidade restante
pelo valor atual do produto.
FEVEREIRO
TOTAL
R$
R$
R$
R$
46,61
123,80
601,30
282,20
SALDO
R$ 1.363,00
R$
504,00
R$ 8.400,00
R$ 4.500,00
DIFERENÇA
ADITAMENTO
R$
R$
R$
R$
R$ 11,31
R$ 80,8
R$ (47,30)
R$ 267,00
(11,31)
(8,08)
47,30
(267,00)
A diferença é obtida através da subtração do
valor do total inicial, do valor obtido pela
soma do total de compras e o saldo.
Figura nº 26 – Planilha de Controle de Valores.
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
O conceito para elaboração da planilha é bem simples, visto que o objetivo é o de
verificar pela soma dos valores totais gastos no mês, se existe a necessidade de realização de
um aditamento ao contrato original, projetando-se o saldo atual, e verificando-se a diferença
entre o valor total orçado na data de assinatura do termo de contrato, subtraindo-se o valor
total gasto no mês, a fim de averiguar se o saldo remanescente será suficiente para manter a
aquisição dos produtos, ou se as variações de preços dentro do mês produziram a necessidade
de realização de ajustes no orçamento. Tais variações podem ser para mais ou para menos.
3.12 – Planilha de Divisão entre Ensino Fundamental e Creche
A presente planilha dispensa maiores explicações, uma vez que segue os mesmos
conceitos utilizados nos sistemas apresentados anteriormente, e sua função principal é a
fornecer ao usuário informações sobre a quantia de produtos que devem ser destinados a cada
unidade educacional.
45
A planilha de divisão entre fundamental e creche foi desenvolvida a partir da
necessidade do setor de finanças em determinar com maior precisão os valores destinados a
cada centro de custos, de forma a alocar os recursos da maneira mais adequada às reais
condições e necessidades orçamentárias por tipo de setor, a fim de evitar que sobra-se
recursos em um departamento, enquanto houvesse falta em outro.
Podemos observar a referida planilha na figura a seguir:
PLANILHA DE HORTIFRUTIGRANJEIROS
EXERCÍCIO DE 2005 - DIVISÃO ENSINO FUNDAMENTAL E CRECHES.
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Tabela Ceagesp
Quantidade
Item
1.
2
21/2/2005
Unid.
Inicial
Fundam.
Creche
Caixa
30
27
3
Alho tipo 5/6, caixa com 10 Kg
Saco
50
47
3
Cebola Graúda saco com 20 Kg
Saco
150
144
6
Batata beneficiada Lisa Especial
Saco com 50 Kg
3
Especificações
unitario
valor total
R$
47,19
R$
1.415,70
R$
12,38
R$
618,75
R$
57,75
R$
8.662,50
Figura nº 27 – Planilha de Divisão Fundamental e Creche. Parte 1
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
FUNDAMENTAL
unitario
CRECHE
valor total
unitario
valor total
R$
47,19
R$
1.274,13
R$
47,19
R$
141,57
R$
12,38
R$
581,63
R$
12,38
R$
37,13
R$
57,75
R$
8.316,00
R$
57,75
R$
346,50
Figura nº 28 – Planilha de Divisão Fundamental e Creche. Parte 2
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
A fórmula aplicada é simples, se trata de verificar o percentual que cada produto
representa para as unidades educacionais, como por exemplo:
Quantidade
Item
1.
Unid.
Inicial
Fundam.
Creche
Caixa
30
27
3
No exemplo acima foi utilizada a seguinte fórmula
=ARREDONDAR.PARA.BAIXO(C11*0,9;0,5), onde
C1 equivale a quantidade inicial, multiplicada (*) por
0,9, que representa a porcentagem (90%) do produto
destinada ao setor, e 0,5 é o critério de arredondamento
para baixo, a fim de evitar valores fracionados.
Especificações
Alho tipo 5/6, caixa com 10 Kg
Para calcular a quantia do setor
remanescente (E11) basta subtrair (-) da
quantidade inicial (C11) o valor destinado
ao 1º departamento (D11), ou seja,
=C11-D11
46
Figura nº 29 – Planilha de Divisão Fundamental e Creche. Parte 2
Fonte: Dados de Pesquisa do Autor.
Como se pode notar, através da automação da planilha, é preciso apenas que o
usuário lance na planilha as quantidades iniciais desejadas, que o programa fará o calcula da
divisão dos produtos destinados às unidades de ensino fundamental e para as creches,
agilizando o trabalho e evitando erros de cálculo, e proporcionando maior eficácia no controle
dos lançamentos contábeis do setor.
Com esta última explicação, encerramos a parte de metodologia do presente
trabalho, e a partir deste ponto iniciaremos a análise dos resultados obtidos com a implantação
e desenvolvimento do sistema de controle.
47
4 – Análise dos Resultados
A priori o principal resultado obtido com a implantação do sistema foi a
agilização do processo de fornecimento de informações, tendo em vista que no sistema
anterior, de lançamento de informações de forma manual, levavam-se dias para se apresentar
um relatório sobre as quantias já adquiridas, o valor da compra e o saldo existente.
Com a implantação do sistema informatizado foi possível agilizar esse relatório
para algumas horas, uma vez que os cálculos mais complexos são realizados pelo próprio
programa, sendo ainda que foi possível a elaboração de um relatório mais completo e com
maior número de informações relevantes para o processo, inclusive otimizando o
planejamento de controle de gastos para os Departamentos de Finanças e Licitações.
Devido ainda as planilhas especialmente desenvolvidas para cada tipo de produto,
para suprir cada tipo de informação que a Prefeitura necessitava, houve significativa melhoria
na eficácia do controle dos contratos licitatórios, dos estoques e dos custos envolvidos para o
orçamento destinado ao setor, uma vez que as informações poderiam ser colhidas a qualquer
momento, bastando acessar o programa no setor de merenda.
No que diz respeito às funções de controle, o sistema se mostrou adequado à
maioria das necessidades, contudo e evidentemente, que com o surgimento de novas
necessidades legais ou complementares, houve a necessidade de aperfeiçoamento do sistema,
e novo treinamento dos usuários para a pronta utilização dos novos recursos.
Cabe ressaltar que o principal inconveniente encontrado na implantação e
desenvolvimento do sistema, foi o da falta de tempo para o treinamento adequado e para
utilização de todos os recursos oferecidos pelo sistema, o que é fator primordial para a
maximização e otimização na utilização de qualquer sistema de informações, especialmente
em questões que envolvem a tomada de decisões, que devem ser eficazes, ágeis e qualitativas,
a fim de proporcionar ao órgão público um controle satisfatório de seus processos de
aquisição de produtos.
De um modo geral o sistema implantado demonstrou-se eficaz, sendo aprovado
para utilização nos setores de controle e distribuição da merenda escolar, no gerenciamento
dos contratos licitatórios e no planejamento orçamentário municipal, sendo que no exercício
de 2005, conforme modelo apresentado na metodologia do presente trabalho, encontrava-se
48
na 2ª geração, com alguns aperfeiçoamentos como a navegação por páginas e planilhas
através do sistema de hiperlink.
Contudo, mesmo sendo considerado satisfatório, o sistema deixou de ser utilizado
a partir de meados de setembro/2005, devido à terceirização do serviço de merenda escolar no
município de Socorro.
Cabe ressaltar que outro resultado obtido com a implantação do sistema foi a
economia, uma vez que com a maior eficiência no controle não foram necessárias a tomada de
medidas emergenciais para sanar a falta de produtos, bem como foi possível realizar uma
previsão mais realista na aquisição de produtos, o que proporcionou contratos mais ‘enxutos’,
com valores e quantitativos mais precisos e, portanto, menores custos para a municipalidade.
Mesmo assim, em uma análise global do sistema e de suas funções, podemos
afirmar que enquanto utilizado, o sistema cumpriu com o esperado, proporcionando melhores
condições de análise, gerenciamento e controle, tanto dos estoques existentes, como dos
valores distribuídos por centro de custos, agilizando e tornando mais eficaz a tomada de
decisões para a aquisição de gêneros alimentícios pela Prefeitura Municipal da Estância de
Socorro.
Verificou-se ainda que com os devidos ajustes o sistema pode ser utilizado por
outros setores da municipalidade, proporcionando maior agilidade e eficiência no controle de
estoques e gastos de materiais, bem como alocação de recursos financeiros.
49
5 – Considerações Finais
A realização de mudanças, com ou sem a aplicação de novas tecnologias, por si só
é fruto de desconfiança e muitas vezes causa incertezas, conduzindo os funcionários e/ou
usuários do novo sistema de trabalho a se sentir meio que desconfortáveis, o que diminuía
probabilidade de sucesso na implantação e desenvolvimento do novo programa.
Para evitar tal situação, cabe ao Administrador o papel de conciliar os interesses
da empresa ou órgão público com os dos funcionários, para que a transição seja efetuada de
maneira a proporcionar a todos a satisfação de suas necessidades, a fim de que se produzam
os resultados esperados. Neste contexto, podemos observar que no caso da Prefeitura
Municipal da Estância de Socorro, houve um consenso entre as partes envolvidas, que se
dispuseram prontamente a aceitar as mudanças e buscar as soluções mais adequadas as suas
necessidades, sendo que desta forma foi possível à implantação do sistema informatizado de
controle dos estoques de maneira produtiva.
Contudo, deve-se ressaltar que embora tenha ocorrido o envolvimento dos
usuários finais na elaboração do sistema, e a interação dos interessados com o projeto de
forma integral, o sistema apresentou alguns problemas que poderiam ter sido sanados mais
eficientemente se houvesse maior disponibilidade de tempo para seu desenvolvimento e
aplicação de melhorias.
Entretanto, devido à urgência na realização do projeto e sua implantação, o
sistema necessitou de inúmeras intervenções para adequação as necessidades dos setores, que
somente eram descobertas durante a utilização e alimentação do sistema com os dados e
informações necessárias, sendo estes os fatores que trouxeram maiores desafios à utilização
mais eficiente do sistema.
Considerando os benefícios e dificuldades encontradas durante todo o
desenvolvimento do processo, ficou evidenciado que os resultados foram satisfatórios, pois
produziram a eficiência desejada, possibilitaram um manejo simples para o usuário e
cumpriram com seu papel de fornecer informações precisas para o controle e gerenciamento
dos contratos licitatórios referentes à aquisição de Gêneros Alimentícios para a Merenda
Escolar municipal.
50
6 – Bibliografia
BALLOW, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento,
organização e logística empresarial. 4ª Edição – Porto Alegre: Bookman, 2001. p.249/253.
BARBÃO, Marcelo, et al. Revista PC Brasil Especial – Excel. Ano II, nº 8. São Paulo:
Digerati Comunicações e Tecnologia Ltda, 2004. CD-ROM Interativo.
Estância de Socorro. História da cidade de Socorro.
www.estanciadesocorro.com.br/historia/ . Acesso em 20/09/2005.
Disponível
em
FERNANDES, Luis Antonio. Apostila de Sistema de Informações. Faculdade XV de
Agosto, Curso de Administração de Empresas. Socorro, 2003. p.4
FERREIRA, Wolgran Junqueira. Responsabilidades dos Prefeitos e Vereadores. 2ª Edição
– São Paulo: Edipro, 1992. p. 11/12.
FILHO, Marçal Justen. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 8ª
Edição – São Paulo: Dialética, 2000. p. 11/60.
GONÇALVES, Willi de Barros. Tutorial Básico Excel 2000. Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo – Unicentro Izabela Hendrix. Revista PC Brasil Especial – Excel. Ano II, nº 8.
São Paulo: Digerati Comunicações e Tecnologia Ltda, 2004. CD-ROM Interativo
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
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LICITAÇÕES, concessões e permissões na administração pública.Coleção de Leis e
Estatutos Brasileiros – São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (IMESP), 2004.
LOURENÇO, Fátima. O Fim do Improviso nas Manobras. Revista Pequenas Empresas
Grandes Negócios. Edição nº 181. – São Paulo: Editora Globo, fevereiro de 2004. p. 63.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 14ª Edição – São Paulo:
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MELLO, Celso Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 10ª Edição – São Paulo:
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O´BRIEN, James A. Sistema de Informação e as decisões gerenciais na era da Internet;
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OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de Informações Gerenciais. 9ª Edição
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OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica: projetos de pesquisas,
TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2004. p. 135/142.
51
PINTO, Antonio Luiz de Toledo; WINDT, Márcia Cristina Vaz dos Santos; SIQUEIRA, Luiz
Eduardo Alves de. Constituição da República Federativa do Brasil – 25ª edição – São
Paulo: Saraiva, 2000. p. 35/37.
SANTIAGO, José Pires. Polígrafo Excel Avançado. Revista PC Brasil Especial Excel, ano
II, nº 8 – São Paulo: Editora Digerati Comunicação e Tecnologia Ltda, 2004. CD-ROM
Interativo.
SLACK, Nigel, et al – Administração da Produção. 1ª Edição – São Paulo: Atlas, 1999. p.
278/282.
SURANI, Massaro Rogério. Excel 97. 2ª Edição – São Paulo: SENAC, 1999. CD-ROM
interativo.
UNIFESP, Universidade Federal de São Paulo – Departamento de Informática. Tutorial
sobre Excel Básico. Disponível em www.virtual.epm.br . Acessado em 05/10/2005.