Roberto Pedro Michelena O último dos signatários do Pacto Áureo, desencarnou no dia 5 de fevereiro de 2001, seis meses antes de completar 100 anos de idade. Nasceu no dia 4 de agosto de 1901, em Porto Alegre, onde ocorreu o óbito. Foi casado com D. Maria Michelena (D. Ceci), que lhe precedeu à Espiritualidade. Tiveram 3 filhos: Maria Tereza, Paulo e Isolda, esta última já desencarnada. Roberto Michelena foi destacado seareiro espírita. Em 1930, ainda no posto de Primeiro Tenente, cursava o Instituto Militar, no Rio de Janeiro, quando conheceu Manoel Quintão, vice-presidente da FEB, nascendo entre ambos uma grande amizade. Retornando a Porto Alegre, filiou-se à Sociedade Espírita Allan Kardec. Em 1937, pela portaria governamental, foi fechada a Federação Espírita Brasileira. A mediunidade, os passes e as consultas mediúnicas estavam proibidos. Uma plêiade de grandes nomes do Espiritismo saíram a campo em defesa da causa. Diversos diretores da FEB, entre eles o presidente Dr. Guillon Ribeiro e Manoel Quintão, aproveitaram a estada do então Capitão Roberto Michelena no Rio de Janeiro, delegando-lhe a missão de procurar o chefe de Polícia, juntamente com Rocha Garcia. Quatro dias depois a FEB estava liberada. Fez brilhante carreira militar até 1952, quando foi transferido para a Reserva, no posto de General de Divisão. Como espírita, prestou os mais edificantes serviços: foi presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, de 1941 a 1947; grande trabalhador na Cruzada dos Militares Espíritas de Porto Alegre; e por muitos anos, Presidente da Sociedade Espírita Allan Kardec, uma das mais antigas do Estado. Em 1967, ele prestou valioso depoimento sobre a atividade mediúnica de Francisco C. Xavier, publicado no jornal Correio do Povo (Porto Alegre, RS, 13/6/1967), que foi transcrito, posteriormente, no livro Presença de Chico Xavier (Elias Barbosa, Ed. IDE, cap. 8). Fonte: Anuário Espírita 2002 - IDE