Cata – Ventos Andava eu meio entediado com a vida, sem nada para fazer em pleno mês de Janeiro. Pensei: O que poderei fazer pra deixar esse dia marcado durante toda a minha vida? O que poderia fazer para que hoje seja diferente de amanhã? O tempo vai passando sem ao menos me dar conta, os dias vão ficando para traz um após o outro todos parecendo iguais. Isso não posso mudar infelizmente. O que posso fazer é tentar descobrir maneiras de ornar cada dia único e inesquecível. Mas como? Por um acaso dessa vida o telefone tocou e um homem muito simpático me fez uma proposta irrecusável de passar dois dias na praia da Taíba. Nem me lembrava que tinha colocado meu nome para o sorteio das casas... Nossa! Não pensei nem uma vez, aceitei sem pestanejar, arrumei as malar e fui o mais rápido possível. Nem acreditava, ele disse que uma pessoa tinha desistido e eu poderia ir no lugar ela. Cheguei lá e me deparei com o mar, gigante e imponente. As dunas emolduravam aquele cartão postal. E os cata-ventos... Eram muitos, girando. A vida ás vezes dá um giro completo, assim como os cata-ventos, pois um dia normal se transforma em um dia especial. Sentir o vento em minhas orelhas, sentir o cheiro da maré, a areia nos dedos do pé, eram sensações que há muito tempo não sentia. Passeei, nadei, corri, dormi, fiz tudo que queria e podia com todo o conforto. É assim que eu vejo a ASSECE, como os cata-ventos, fazendo vez ou outra minha vida girar. Girar para melhor, me proporcionando momentos em que saio da rotina e da mesmice, fazendo esses dias especiais e inesquecíveis. Lua