SNPTEE
SEMINÁRIO NACIONAL
DE PRODUÇÃO E
TRANSMISSÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
GMI-27
19 a 24 Outubro de 2003
Uberlândia - Minas Gerais
GRUPO XII
GRUPO DE ESTUDO DE ASPECTOS TÉCNICOS E GERENCIAIS DE MANUTENÇÃO EM INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS – GMI
CHAVE SECCIONADORA MÓVEL ISOLADA COM ACIONAMENTO MECÂNICO À DISTÂNCIA PARA
ENERGIZAÇÃO E DESENERGIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE SEs EM LINHA VIVA
Adilson A. da Silva*
Cemig
Rooney C. F. Souza
Cemig
RESUMO.
O objetivo deste trabalho é apresentar a “Chave
Seccionadora Móvel com Acionamento Mecânico à
Distância” desenvolvida e aprimorada com a finalidade
de se evitar desligamentos e aumentar a segurança
dos eletricistas e técnicos, na atividade de energização
e desenergização de equipamentos em Subestações
(TC, TP, TPC, Pára-raios), com tensão de 34,5 a 161
kV, cuja execução era realizada com Linha Viva,
utilizando-se bastões ou com desligamento.
Everaldo J. C. Pereira
Cemig
Silas Taets
Cemig
o apoio do então Departamento de Engenharia –
MN/TM3, uma chave seccionadora móvel com
acionamento mecânico (Fotos 1 e 2).
PALAVRAS-CHAVE.
Acionamento Mecânico. Chave Seccionadora.
Desenergização. Energização. Linha Viva.
FOTO 1.
1.0 - HISTÓRICO.
No ano de 1985 iniciaram-se os trabalhos de linha viva
em Subestações, efetuando energização e
desenergização de equipamentos, sendo que essas
tarefas eram executadas sem uma padronização.
Nestas tarefas utilizava-se o método de linha viva à
distância (trabalho com bastões). Dentre as tarefas
executadas, a considerada mais crítica, era a de
energização de equipamentos como TPC e PARARAIOS, uma vez que os equipamentos a serem
energizados poderiam vir a explodir, colocando em
risco, dentre outras coisas, a integridade física dos
eletricistas e técnicos. A partir daí iniciaram-se os
estudos para o desenvolvimento de um
equipamento/metodologia, que viesse minimizar ou até
mesmo eliminar essa condição de risco.
1.1-Desenvolvimento da primeira chave.
No ano de 1994 foi desenvolvida pela Equipe de
Manutenção de Linha de Transmissão de Passos, com
FOTO 2.
1.1.1-Vantagens:
(1). Energização e desenergização utilizando a
chave como bay-pass;
* Avenida JK, 5555 - CEP 37550-000 – Pouso Alegre - MG - BRASIL
Tel: (035) 3449-5229 - Fax: (035) 3449-5251 - E-MAIL: [email protected]
2
(2). Proteção do eletricista/técnico feito pelo
biombo da chave móvel contra os estilhaços
em caso de explosão.
1.1.2-Desvantagens:
(1). Transporte e manuseio (peso excessivo),
necessitavam de um veículo equipado com
guindauto para o seu transporte;
(2). Estabilidade (estaiamento), necessitava de
cabos de aço flexíveis, piquetões e catracas
para o intertravamento do conjunto da chave
móvel.
(1). Indução (queima da fiação, dos fusíveis e do
motor);
(2). Choque elétrico (presença de tensão de até 1
kV na botoeira de acionamento);
(3). Velocidade de abertura e fechamento
(lentidão no movimento de fechamento e
abertura – 7 segundos, podendo provocar
arco elétrico).
1.2-Desenvolvimento da segunda chave.
No ano de 1996 foi aprimorada pelas Equipes de
Manutenção de Linha de Transmissão de Barbacena e
Divinópolis, com o apoio do então Departamento de
Engenharia da Distribuição – EG/MN, uma chave
seccionadora móvel com acionamento elétrico à
distância montada no andaime modular isolado (Fotos
3 e 4).
Esse equipamento apresentou também vantagens e
desvantagens:
1.2.1-Vantagens:
(1). Transporte e manuseio (pode ser transportado
em camioneta);
(2). Isolamento (toda a sua estrutura é montada
sobre o andaime modular isolado);
(3). Acionamento (o acionamento é à distância,
proporcionando segurança ao operador em
caso de explosão).
FOTO 4.
2.0 - OBJETIVO.
No ano de 2001, as equipes de manutenção de linhas
e técnicos de manutenção de Pouso Alegre e de Belo
H o r i z o n t e , com a participação da Gerência de
Engenharia de Subestações – ER/SE, iniciaram o
desenvolvimento de um dispositivo de acionamento
mecânico à distância, que possibilitasse a abertura e
fechamento da chave com velocidade abaixo de 4
segundos, com o objetivo de solucionar os problemas
da queima do motor, fiação e dos fusíveis, causados
por indução.
Surgiu então, na Gerência de Manutenção da
Distribuição Sudoeste – OM/MD-SU, a idéia de se
utilizar um mecanismo semelhante ao das chaves de
aterramento em subestações, com carregamento
manual da mola espiral, com uma autonomia de até 12
operações, o que seria suficiente para os comandos de
abertura e fechamento da chave. O trabalho teve o
apoio da Empresa Minas Máquinas que desenvolveu o
dispositivo de acionamento mecânico.
Foram feitos dois protótipos (Fotos 5 e 6) até chegar à
concepção final (Fotos 7, 8, 9 e 10).
FOTO 3.
1.2.2-Desvantagens:
3
FOTO 8 – DISPOSITIVO FINAL.
FOTO 5 - PROTÓTIPO.
FOTO 9 - CORDA PARA ACIONAMENTO
DO DISPOSITIVO À DISTÂNCIA.
FOTO 6 - PROTÓTIPO.
FOTO 7 – DISPOSITIVO FINAL.
FOTO 10 - DISPOSITIVO FINAL MONTADO NO
ANDAIME E COM A CORDA PARA
ACIONAMENTO.
4
3.0-ESQUEMA DE MONTAGEM DO DISPOSITIVO.
FIGURA 1 – DISPOSITIVO VISTO DE FRENTE E DE
LADO E SUA DISPOSIÇÃO NO
ANDAIME MODULAR ISOLADO.
FIGURA 5 – A CHAVE É FECHADA À DISTÂNCIA
ATRAVÉS DA CORDA DO DISPOSITIVO
DE ACIONAMENTO, SEM QUE HAJA
NENHUM RISCO DE EXPLOSÃO ÀS
PESSOAS QUE ESTÃO PRÓXIMAS,
PELA FALHA DO EQUIPAMENTO QUE
ESTÁ SENDO ENERGIZADO.
3.1-ENERGIZAÇÃO DE NOVOS EQUIPAMENTOS.
FIGURA 2 – EQUIPAMENTO A SER ENERGIZADO.
FIGURA 6 – O EQUIPAMENTO É INTERLIGADO
DEFINITIVAMENTE, JÁ QUE ESTE
ESTÁ ENERGIZADO.
FIGURA 3 – MONTAGEM DA CHAVE
SECCIONADORA MÓVEL PRÓXIMO AO
EQUIPAMENTO.
FIGURA 7 – A CHAVE É ABERTA.
FIGURA 4 – INTERLIGAÇÃO DOS CONTATOS FIXO
E MÓVEL À PARTE ENERGIZADA E AO
EQUIPAMENTO, SEMPRE COM A
CHAVE ABERTA.
FIGURA 8 – É RETIRADA AS CONEXÕES DA
CHAVE.
5
3.2-DESENERGIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS.
FIGURA 9 – EQUIPAMENTO À SER
DESENERGIZADO.
FIGURA 10 - MONTAGEM DA CHAVE
SECCIONADORA MÓVEL PRÓXIMO
AO EQUIPAMENTO.
FIGURA 13 – É RETIRADA A INTERLIGAÇÃO
DEFINITIVA DO EQUIPAMENTO, MAS
ELE CONTINUA ENERGIZADO
ATRAVÉS DA CHAVE.
FIGURA 14 - A CHAVE É ABERTA À DISTÂNCIA
ATRAVÉS DA CORDA DO
DISPOSITIVO DE ACIONAMENTO, SEM
QUE HAJA NENHUM RISCO ÀS
PESSOAS QUE ESTÃO PRÓXIMAS,
PELA FALHA DO EQUIPAMENTO QUE
ESTÁ SENDO DESENERGIZADO.
4.0-CONCLUSÃO.
FIGURA 11 - INTERLIGAÇÃO DOS CONTATOS FIXO
E MÓVEL À PARTE ENERGIZADA E AO
EQUIPAMENTO, SEMPRE COM A
CHAVE ABERTA.
Após exaustivos testes de campo, verificamos que
para o propósito inicial, que era de se desenvolver um
dispositivo de acionamento mecânico à distância e com
velocidade de abertura e fechamento abaixo de 4
segundos, concluímos que o equipamento
desenvolvido atingiu todos os objetivos e com
possíveis adaptações conforme relacionado abaixo:
(1). Efetua a abertura e fechamento da lâmina em
menos de 4 segundos (aproximadamente 1
segundo);
(2). Elimina a condição de indução no mecanismo
de acionamento; pois o mesmo é acionado
por uma corda isolada;
(3). Dispositivo de acionamento todo mecânico;
(4). Poderá ser utilizado também um temporizador
para o acionamento da chave em substituição
a corda (atividade esta em teste e
desenvolvimento).
5.0-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
FIGURA 12 - A CHAVE É FECHADA À DISTÂNCIA
ATRAVÉS DA CORDA DO
DISPOSITIVO DE ACIONAMENTO.
(1) Recomendações Técnicas para Realização de
Serviços de Linha Viva ao Potencial em
Subestações, 30000-MN/TM3-18 - CEMIG.
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(2) Orientações Básicas Para Serviços de Linha Viva
ao Potencial em Subestações Energizadas, 01000RH/FA-192 - CEMIG;
(3) Distâncias de Segurança para Trabalhos em Linha
Viva em LT e Subestações Energizadas, 30000MN/TM3-21 - CEMIG.
(4) Montagem do Andaime Modular Isolado, 30000MN/TM3-19 - CEMIG.
(5) Serviço de Linha Viva em Equipamentos de
Subestação, memorando: MN/TM5-095/94 CEMIG.
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* Avenida JK, 5555 - CEP 37550-000 – Pouso Alegre - MG