Seja dono de sua própria ENERGIA! Conheça seu potencial hidráulico: Um córrego, riacho ou igarapé aliado a um desnível topográfico constitui um potencial hidráulico. Para o correto dimensionamento da turbina a ser empregada preliminarmente precisamos conhecê-lo. Seguindo nossas orientações será muito simples e fácil calcularmos sua vazão (litros por segundo) e queda (altura vertical). Altura Vertical Altura vertical ou desnível topográfico é a diferença entre os níveis da lâmina d’água superior (local mais alto da caixa onde iremos captar a água para nutrir a turbina, tecnicamente conhecida por câmara de carga) e o local mais baixo onde será instalada a Micro Turbina (vide projeto da instalação de turbina). Uma das formas de medir a altura vertical é pegando duas varas, coloque-as em esquadria, uma partindo da ponta a outra (é bom colocar um prumo na vara que fica na vertical e um nível na vara que fica na horizontal). Em seguida meça a altura da vara que ficou na vertical e na horizontal. Se a altura ou desnível for maior que as varas utilizadas basta repetir a operação tantas vezes quanto for necessário e somar as medidas obtidas que ficaram na vertical (veja ilustração abaixo). Exemplificaremos uma medida de altura vertical em duas etapas devido estar trabalhando com varas de três metros e a altura ser maior. Colocamos as varas em esquadria e medimos a que se encontrava na vertical (encontramos três metros). Faremos então outra medida a partir do ponto que havíamos medido (final da vara que ficou na horizontal). Na segunda medição encontramos dois metros que somados aos três já encontrados tornam-se cinco metros. Outro processo de medir a altura vertical é a seguinte: Pegue uma vara comprida e uma mangueira comum. Amarre a ponta da mangueira na extremidade da vara e coloque a outra ponta (da mangueira) no nível mais alto do riacho permitindo que a água passe por ela. Depois vá levantando a vara aos poucos até que a água pare de entornar na ponta que está amarrada na vara, (encontramos o nível). Agora é só medir o comprimento da vara até a ponta da mangueira para conhecer a altura vertical (ilustração abaixo). Senergam - Solução Energéticas e Ambientais [email protected] Fixo (63)4101-2955 Tim (63)8475-3550 Oi (63) 8466-0830 Seja dono de sua própria ENERGIA! Exemplo Apanhamos uma vara comprida e amarramos na ponta (da mesma) uma mangueira de menos de meia polegada. Colocamos a outra ponta da mangueira no córrego de maneira que a água entre por um lado e saia pelo que está amarrado na vara. Levantamos a vara vagarosamente até que a água pare de sair. Medimos então a distância da vara até chão onde a “boca” da mangueira estava amarrada (encontramos 5 metros). Vazão Agora vamos nos ater ao cálculo da vazão. Vazão é a quantidade de litros d'água que escoa por segundo. Um processo simples geralmente usado para calcular pequenas vazões são os seguintes: Exemplo 1 Pegamos um tambor de 20, 50, 100 ou 200 litros. Faz-se uma calha ou canalizamos a água para que a mesma jorre diretamente dentro dele. Com o auxílio de um relógio ou cronômetro verificamos quantos segundos foram gastos para enchê-lo, dividimos então a quantidade de litros (do tambor) pelos segundos gastos. Está aí a vazão (veja ilustração abaixo). 1 - Pegamos um tambor de 40 litros, que gastou 10 segundos para encher. 2 - Cálculo: 40/10 = 4. 3 - Vazão encontrado igual a 4 litros de água por segundo Senergam - Solução Energéticas e Ambientais [email protected] Fixo (63)4101-2955 Tim (63)8475-3550 Oi (63) 8466-0830 Seja dono de sua própria ENERGIA! Exemplo 2 Outro processo para medir a vazão é: Primeiro pegamos uma enxada ou enxadão para acertamos as margens do córrego, riacho ou igarapé a fim de que a largura fique bem uniforme (pelo menos 1 metro de comprimento ou linear). É necessário que o leito também fique o mais uniforme possível (no mesmo local onde acertaremos as margens e profundidade (veja ilustração acima). Seguindo nossa linha de raciocínio suponhamos que a largura encontrada tenha sido de 60 centímetros e a profundidade de 20 centímetros (que são as mesmas da ilustração acima). Obs.: Vejam bem, estas medidas são meramente exemplificativas e as que os senhores encontrarão em sua propriedade serão totalmente diferentes. Depois de encontrarmos a largura e profundidade uniformes com segmento linear de 1 metro teremos que calcular a velocidade da água. Coloca-se no córrego, riacho ou igarapé uma rolha, pedaço de isopor ou qualquer objeto que flutue objetivando verificar quantos segundos serão gastos pelo objeto para percorrer a distância de 1 metro no local preparado. Obs.: O comprimento no qual se mede a velocidade é sempre 1 metro linear. Suponhamos que a rolha percorreu a distância em 4 segundos. Agora que temos a largura, profundidade e velocidade conhecidos aplicaremos a fórmula para descobrir a vazão. Senergam - Solução Energéticas e Ambientais [email protected] Fixo (63)4101-2955 Tim (63)8475-3550 Oi (63) 8466-0830 Seja dono de sua própria ENERGIA! Largura (L) x Profundidade (P) x Velocidade (V). Faremos então o cálculo de acordo com os dados citados acima: LARGURA = 60 cm PROFUNDIDADE = 20 cm VELOCIDADE = 4 segs. então termos: 60 x 20 = 1200 / 4 = 300 Cortamos SEMPRE o último algarismo da direita devido à conversão de medidas. A vazão encontrada de acordo com o exemplo (ilustrações) foi de 30 litros d'água por segundo. ALTURA: 5 metros LITROS POR SEGUNDO: 30 litros Este é o potencial hidráulico encontrado no exemplo supra mencionado. Fonte (texto, tabelas e figuras): Alterima Senergam - Solução Energéticas e Ambientais [email protected] Fixo (63)4101-2955 Tim (63)8475-3550 Oi (63) 8466-0830