Bibiana Kaiser Dutra, Caroline Zank, Cristina Hack, Felipe Amorim
Fernandes, Georgina Bond-buckup, Guendalina Turcato Oliveira, Tais
Castro de Souza, Guendalina Turcato Oliveira (orientador) .
( PUCRS, UFRGS. )
Anterior Proximo Indice
Agência Financiadora: CNPq.
Palavras-chave: Fisiologia, Crustacea.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi determinar o perfil de variação sazonal do
metabolismo intermediário em AC e AL que vivem de forma simpátrica no Rio Divisa. MATERIAL E MÉTODOS: As coletas iniciaram em 01/2002 e se estenderão até
07/ 2003. Para o estudo das variações metabólicas sazonais os animais foram amostrados no mês central de cada estação do ano, no Rio Divisa, (São José dos Ausentes,
RS). Em cada coleta foi retirada uma amostra de hemolinfa (H) (anticoagulante= oxalato de potássio), os animais foram pesados, medidos, separados por sexo (Fêmeas=
F e Machos= Ma) e congelados. No laboratório foram retirados o hepatopâncreas
(He), as brânquias (B) e o músculo abdominall (M), onde as amostras foram usadas
para determinação dos nı́veis de Glicose (G), Glicogênio (GG), Lipı́dios (L) e Triglicerı́dios (T). Os dados foram analisados por análise de variância de uma via seguida
do teste complementar de Tukey; para a comparação entre os sexos usou-se o test T de
Student para amostras independentes (p 0,05). RESULTADOS E CONCLUSÕES:
Em AC, tanto Ma como F, apresentaram variações sazonais dos nı́veis de GG tecidual (H, B e M). Os nı́veis de G de AC apresentaram nı́veis máximos na H no inverno
(15,29 1,69), tendo seus valores mais baixos no verão (0,69 0,17). Os Ma e as F
apresentaram no inverno, tanto no M (Ma:1,10 0,005) (F: 2,49 0,005) quanto no He
(Ma:1,55 0,005) (F:1,13 0,005) valores máximos, enquanto que nas B dos Ma os
valores foram estáveis; já nas fêmeas, as B apresentaram valores máximos de GG no
inverno (1,53 0,005) tendo as outras estações valores constantes. Em AL constatamos
variações sazonais nos nı́veis de G na H, em ambos os sexos. Os nı́veis de G na H
apresentaram-se elevados no Inverno (15,15 5,07) e na primavera (7,77 1,10), diminuindo nos meses de verão (0,62 0,13). Nos Ma dessa espécie tanto no M (0,89 0,16)
quanto no He (1,32 0,21) constatamos um pico de GG na primavera com subseq üente
mobilização nos meses de verão (0,220 0,02). Nas F houve variações, desse polissacarı́deo, somente no He com um pico no inverno (1,0 0,03), mobilização na primavera
(0,59 0,06) e elevação nos meses do Outono (0,776 0,01). Não verificamos variações
estacionais em ambos os sexos para os nı́veis de GG nas B. Estes resultados parecem
correlacionar-se com o padrão reprodutivo da espécie, onde se observa um perı́odo para
formação dos gametas nos meses de verão, postura no outono, incubação no inverno e
eclosão na primavera. Serão anexados a este trabalho os resultados da variação estacional de LT e TG nos diferentes tecidos
Efeito das Variações Sazonais no Metabolismo
Intermediário de Aegla Camargoi (ac) e Aegla
Leptodactyla (al) (Crustacea, Decapoda,
Aeglidae)
Quarto Salão de Iniciação Cientı́fica da PUCRS
Ciências Biológicas - Fisiologia