ATA DA TERCEIRA REUNIÃO DO COMITÊ TEMÁTICO COMÉRCIO EXTERIOR E INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL Aos cinco e seis dias do mês de fevereiro de dois mil e um, reuniram-se no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, situado na Esplanada dos Ministérios Bloco J sala 700, em Brasília, os integrantes do Comitê Temático Comércio Exterior e Integração Internacional do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, conforme lista de presença em anexo. A reunião foi aberta pelos coordenadores da iniciativa privada e do governo do referido Comitê Temático, com a aprovação da ata da segunda reunião, tendo sido feitas algumas alterações que foram incorporadas pela Secretaria Técnica ao documento (ver, no anexo I, ata da segunda reunião com as alterações sugeridas pelos coordenadores), para posterior assinatura dos Coordenadores no último dia do encontro, dia seis de fevereiro de 2001. O sub-tema 2 - CULTURA EXPORTADORA: SENSIBILIZAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E ESTÍMULO À PERMANÊNCIA NO MERCADO – a reunião se iniciou com a discussão do tema da cultura exportadora. Com vistas a se evitar duplicidades e se definir principais focos de atuação para uma mais rápida obtenção de resultados, havia sido solicitado ao grupo levantar as ações implementadas ou em implementação objetivando qualificação e capacitação de pessoal em comércio exterior, basicamente informações sobre: (1) nome do programa e/ou da ação; (2) descrição dos tipos de atividades que contempla; (3) qual o público-alvo; (4) mapa de atuação: local e/ou nacional; (5) recursos envolvidos. Tais informações ainda estão sendo aguardadas; ao longo da reunião, entretanto, concluiu-se pela necessidade de se iniciar divulgação maciça dos instrumentos recentemente criados em apoio à exportação (Exporte Fácil, PROGEX, etc...). O coordenador de Governo propôs que todos os eventos organizados pelas entidades representadas passassem a divulgar os instrumentos recentemente criados, dispondo-se a coletar tais novas ferramentas de apoio para que haja uma padronização mínima das informações no processo de sensibilização para a exportação, tal tema foi aprofundado na discussão do sub-tema 3 em seguida. O sub-tema 3 - PROMOÇÃO COMERCIAL: “SHOWROOM, COMÉRCIO ELETRÔNICO, EXPLORAÇÃO DE MERCADOS E PROGRAMAS SETORIAIS INTEGRADOS - a proposta básica do grupo é a de se aprofundar a discussão sobre a forma de apoio institucional à formação de consórcios, bem como acerca da necessidade de criação de legislação específica, respaldando esse tipo de associação. Ficou acertado que a primeira tarefa desse sub-tema 3, acordada na segunda reunião, seria fazer o levantamento de consórcios no Brasil, bem como das formas de apoio existentes, trabalho sob a responsabilidade da APEX (Sr. Maurício Borges); e que tais informações deveriam conter a descrição das atividades e dos parceiros envolvidos no trabalho de apoio aos consórcios. A discussão desse sub-tema englobou: (1) uma breve introdução do coordenador da iniciativa privada, Sr. Antônio Gonçalves, sobre a importância do trabalho de promoção da cultura exportadora das ME; (2) discussão e apresentação, por parte do Coordenador de Governo, de minuta de texto alterando a Lei 5.764/71 – Lei das Cooperativas. Sobre o item 1, o Sr. Antônio Gonçalves argumentou que o trabalho para estimular e/ou incrementar a cultura exportadora das ME e EPP não pode ter um caráter impositivo, mas deve sim estar em sintonia com a sinalização de mudanças trazidas nos comportamentos das empresas. Ademais, esse trabalho de estímulo e/ou incremento da cultura exportadora das ME e EPP deve estar orientado pelo mesmo espírito de um trabalho de incentivo à constituição de formas associativas de ME e EPP para atuarem no comércio exterior. Sobre o item 2, no que diz respeito ao tema consórcio, foi levantado pelo representante do Sebrae/Nacional, Sr. José Mauro de Morais, que o projeto de alteração à Lei 5.764/71 conta com o apoio do Sebrae, consistindo na adição do artigo 4 º-, que prevê a criação de cooperativas de exportação, com número mínimo de cinco associados, além de alteração da redação do parágrafo 4º do artigo 29, vedando o ingresso no quadro de cooperativas os agentes de comércio e empresários que exerçam as mesmas atividades das cooperativas de exportação (ver proposta de alteração na Lei nº 5.764/71 no anexo II). A presente proposta pretende dar um arcabouço jurídico para a instituição e funcionamento dos consórcios de exportação, sem fins lucrativos, que existem atualmente. O coordenador de Governo concordou que a proposta de alteração da Lei nº 5.764/71 é uma inovação que pode vir a sofrer algumas resistências, mas ressaltou sua importância para que os consórcios se estruturem, viabilizando-se dessa forma, inclusive, o acesso a financiamento PROEX, etc... A proposta do Comitê de Comércio Exterior e Integração Internacional é a de elaborar uma minuta com exposição de motivos em apoio à proposta de alteração, tendo sido designada esta tarefa ao coordenador do governo, Sr. Aloísio Tupinambá. Ainda sobre a questão da capacitação, foram apresentados alguns programas bem como o apontamento de lacunas de pessoal especializado na área de comércio exterior em determinadas localidades do País. (2.1). O Sr. Antônio Humberto discorreu sobre o Programa de Capacitação do Uso do Poder de Compra, constante do Programa Brasileiro de Produtividade e Qualidade – PBQP, que contempla uma visão sistêmica da capacitação, orientada pelas três dimensões da competitividade: aquela relacionada à microeconomia das organizações - custos, outra relacionada ao ambiente em que está inserida – setor e/ou cadeia produtiva; bem como ao ambiente macroeconômico – região, estado e nível nacional. O programa do uso do poder de compra é uma das atividades contempladas nos Fóruns de Competitividade Estadual. Estão sendo instalados 17 Fóruns de Competitividade Estadual no Brasil. Em seguida, o Coordenador de Governo deu a palavra à Sr.ª Mari Katayama (IPT), que apresentou aos demais participantes informações sobre o Programa PROGEX, que objetiva a adequação tecnológica dos produtos de empresas com potencial exportador. Recordou o lançamento recente do PROGEX Nacional, e as mudanças em curso, a cargo do SEBRAE, no PATME. O problema, contudo, é a adequação do PATME à linha de trabalho introduzida pelo PROGEX, que prima pela agilidade da resposta ao pleito do interessado (menos burocracia) e padrão no atendimento (enquanto o atendimento do PATME é o do tipo balcão; não há foco). A Sra. Mari Katayama ficou de encaminhar, por meio da Secretaria Técnica, e-mail [email protected], ao Coordenador do Governo, Sr. Aloísio Tupinambá, material sobre o PROGEX (histórico, entidades envolvidas) e proposta de enquadramento do PATME ao PROGEX. A idéia é elaborar uma minuta sobre proposta de metodologia de trabalho PROGEX-PATME com a possibilidade de se trabalhar empresas com potencial exportador integradas em setores, região e/ou arranjos produtivos. Em seguida, voltando-se ao sub-tema 2, de Cultura Exportadora, foi apresentado pelo Sr. Fernando Cruz (SECEX/MDIC) o Programa Redes de Agentes da Secretaria do Comércio Exterior - SECEX, que tem como objetivo formar agentes de comércio exterior que irão atuar no apoio ao comércio exterior em todo o País. A proposta no ano 2000 foi a de se disponibilizar tais agentes a um número grande de órgãos de Governo que tenham algumas atividades voltadas para o comércio internacional, no segundo ano (2001), pretende-se ampliar esse serviço para instituições do setor privado, como as entidades de representação das micro e pequenas empresas. De acordo com o Sr. Fernando Cruz, foram treinados no primeiro ano 810 agentes, sendo previsto o treinamento de mais 1.000 agentes no segundo ano do programa. Vai ser implantado, ainda, no site da Rede de Agentes, um módulo direcionado ao empresário que deseja exportar. Trata-se de um módulo de ensino à distância denominado “Aprendendo a Exportar”. (2.4) Foi apresentado, também, pelo Sr. Fernando Cruz, o resultado de diálogo que ele e o coordenador do governo tiveram no MEC, oportunidade em que foi tratada a questão da formação de pessoal na área de comércio exterior. A idéia é difundir a cultura exportadora a partir do ensino médio profissionalizante, com a formação de técnicos em comércio exterior. Nesse sentido, vão ser implantados no 2º semestre de 2001 projetos pilotos nas redes federais, com um módulo sobre o tema comércio exterior. Ademais, foi entregue pelo Sr. Fernando Cruz um mapa dos cursos, por Estado, que existentes na área de comércio exterior, em todo o País (ver Relação dos Cursos do Comércio Exterior, no anexo III). (2.5) Foi colocada a urgência de ser levantado um mapeamento sobre os projetos de exportação, por Estado, especificamente aqueles que se encontram no âmbito da APEX. O Sr. Maurício Borges (APEX) ficou de encaminhar à Secretaria Técnica, para repasse aos coordenadores, as referidas informações. Na oportunidade, o Sr. Maurício Borges (APEX), comentou que as regiões Norte e Nordeste apresentam dificuldade na oferta de pessoal qualificado em comércio exterior; e que, por sua vez, os projetos da APEX carecem dessa rede de suporte. Ficou claro para o grupo que: (2.5.1) é preciso fazer um estudo de demanda sobre as lacunas dessa rede de suporte (de pessoal qualificado), com foco naquelas lacunas apontadas pelos projetos da APEX, bem como na possibilidade de se adequar a oferta de capacitação existente na área de comércio exterior; (2.5.2) que o processo de cultura exportadora passa por três fases: a primeira etapa, que objetiva aumentar a base exportadora, na qual o foco é a sensibilização dos potenciais exportadores (perguntas a serem respondidas nessa fase: você quer exportar? o que é exportar?); a segunda etapa, que objetiva incrementar a exportação daquelas empresas que têm potencial exportador e em que o foco é a adequação do universo heterogêneo das empresas ao mercado de exportação; e a terceira etapa, que complementa o objetivo da segunda, tem como foco o treinamento e/ou capacitação das empresas para explorar novos mercados internacionais. 2.6) Ficou acordado que será feita, pelo coordenador do governo, uma minuta de estratégias de longo e médio/curto prazo para o tema capacitação, ou seja, as fases 2 e 3 do processo de promoção da cultura exportadora. Na estratégia de longo prazo, o foco seria a formação dos técnicos em comércio exterior e a parceria seria feita com o MEC. Na estratégia de médio/curto prazo, o foco seria o treinamento dos empresários com potencial exportador, tendo sido escolhido aquele universo de empresários que, de alguma forma, fizessem parte de algum projeto APEX. O treinamento seria o daquelas instituições que oferecem cursos não–acadêmicos de comércio exterior, como o BB, o BNB, a SECEX/Rede de Agentes, a APEX, a Aduaneiras, o SEBRAE, entre outros; com a possibilidade de se fazer parceria entre essas instituições, como foi mencionado no caso da SECEX/Rede de Negócios e o BB, o primeiro oferecendo os multiplicadores e o segundo o apoio logístico. Sobre o item 3, foi tratada a questão da primeira fase do processo de promoção da cultura exportadora, a sensibilização. A idéia é a de que esse trabalho de sensibilização seja feito em duas frentes: na divulgação mais sistematizada das informações a serem divulgadas pelas instituições que ofertam produtos e/ou prestam serviços na área do comércio exterior, e na sensibilização itinerante. No primeiro caso, foi sugerida uma cartilha padrão com informações sobre os produtos e/ou serviços voltados para o comércio exterior e que tomaria como base a Cartilha do Exportador do Programa de Agentes de Comércio Exterior da SECEX/MDIC, sendo feita uma atualização das informações. Tal Cartilha seria distribuída entre todas as instituições que ofertam produtos e/ou prestam serviços na área do comércio exterior, além daqueles referentes aos produtos e /ou serviços oferecidos pela própria instituição. No segundo caso, foi discutida a necessidade de dar maior capilaridade aos encontros sobre o comércio exterior, aproximando-os do seu público-alvo, os empresários, no que diz respeito, inclusive, aos assuntos tratados. Nesse sentido, a proposta é promover melhorias nos encontros sobre o comércio exterior existentes, como: o ENCOMEX, aqueles promovidos pelo SEBRAE, como os Encontros de Prefeitos, e os Seminários da APEX. Sobre o ENCOMEX, foi sugerido que eles passassem a abordar os casos de sucessos de empresários que incorporaram em suas estratégias de negócio o mercado internacional. No caso do Seminário da APEX, trata-se de um Projeto Piloto de Seminário com foco em setores, a se realizar em São Paulo na segunda quinzena de março. Para tanto, a coordenação da iniciativa privada colaboraria na mobilização das entidades empresariais para participar do evento. Fechando as discussões do período da manhã do dia cinco de fevereiro de 2001, ficou acordado que os trabalhos referentes às minutas - exposição de motivos – alteração da Lei das Cooperativas, estratégias de longo e médio/curto prazo das últimas fases do processo de promoção da cultura exportadora e proposta de metodologia de trabalho PATME-PROGEX, bem como a atualização da Cartilha do Exportador, terão a colaboração do Sr. Fernando Cruz, no tema cultura exportadora, e do Sr. Maurício Borges, no tema promoção comercial. O sub-tema 1 - PARTICIPAÇÃO DA MPE NOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO ECONÕMICA: MERCOSUL, ALCA E OMC – debatido à tarde, teve como questão principal o aprofundamento da discussão do tratamento dispensado às micro e pequenas empresas nos acordos internacionais atualmente existentes, e, em particular, naqueles em que o Brasil participe; assim como a possibilidade, sugerida pelo Coordenador do Governo, de se introduzir texto específico relativo a essas empresas nos Acordos em negociação. Ficaram pendentes informações anteriormente solicitadas relativas a: (1) tratamento do tema no âmbito de alguns fóruns internacionais de maior interesse - Nafta, Alca e Mercosul - bem como acerca da eventual participação das associações das microempresas e das empresas de pequeno porte nos fóruns negociais em que o Brasil participe; (2) tipos de tratamento diferenciado dado às microempresas e empresas de pequeno porte; (3) legislações de compras governamentais dos países-membros do Mercosul e dos Estados Unidos. O representante do MRE recordou já haver, no que diz respeito ao Fórum do Mercosul, uma Comissão Técnica que trata de ME e EPP no âmbito do sub-grupo 7 – Indústria, do Grupo Mercado Comum –Mercosul. A proposta apresentada pelo Coordenador de Governo foi a de se verificar a possibilidade de se ter um representante do Comitê Temático de Comércio Exterior e Integração Internacional no sub-grupo 7 para participar dos trabalhos da Comissão Técnica de ME e EPP. O grupo foi informado que a Secretária Técnica do Fórum, Sra. Márcia Martins Alves, tem assento nesse sub-grupo e que seria verificado com ela acerca da viabilidade dessa proposta. O sub-tema 4 - TECNOLOGIA, INFRA-ESTRUTURA E LOGÍSTICA - teve como questão principal a ser abordada pelo grupo discutir o PATME e o PROGEX como instrumentos de apoio às microempresas e empresas de pequeno porte, e a superação das barreiras técnicas e tecnológicas às suas exportações. Esse tema já havia sido iniciado na parte da manhã, à tarde, deu-se seguimento com a apresentação do Sr. Reinaldo Ferraz, do MCT, que ressaltou a debilidade da infra-estrutura de institutos tecnológicos do País e o reflexo desse problema na defesa e/ou proteção do mercado nacional. Enfatizou, contudo, a importância do Programa PROGEX, em reposta a essa fragilidade da infra-estrutura tecnológica do País, dada a agilidade e o enfoque prático deste Programa, acrescentando que este deve manter esse trabalho de levar a inovação tecnológica de forma a buscar soluções práticas aos problemas apresentados pelos empresários. Após a apresentação, foram encerrados os trabalhos do primeiro dia de reunião. Os trabalhos foram retomados no dia 6/2. O sub-tema 5 – LEGISLAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR: TRIBUTAÇÃO, CRÉDITO/FINANCIAMENTO, PROCEDIMENTOS ADUANEIROS E DESBUROCRATIZAÇÃO teve como questão principal a ser abordada pelo grupo o aprofundamento da discussão sobre instrumentos financeiros e tributários voltados prioritariamente para as PME exportadoras. Ficara acertado, na reunião anterior, que seriam levantadas a regulamentação do FAMPEX e o estado atual do instrumento (número de empresas atendidas, entre outras), sob a responsabilidade do SEBRAE/SP (Sr. Geraldo Chaves), bem como o levantamento do estado atual dos seguintes instrumentos: SIMPLEX e Exportações via cartão de crédito, sob a responsabilidade do BACEN (Sr. Arnaldo Costa); e FGPC voltado para exportação, sob a responsabilidade do BNDES (Sr. Guilherme Accioly e Sra. Maria Helena Oliveira). Tais informações ainda estão sendo aguardadas. O Coordenador do Governo orientou a discussão nos seguintes termos: (1) as micro e pequenas empresas, basicamente, de forma direta, podem ter acesso ao mercado internacional das seguintes formas: por meio do comércio eletrônico ou via consórcio. Uma outra alternativa, sendo essa de forma indireta, seria como fornecedoras de grandes empresas exportadoras; (2) no tocante aos consórcios, a mudança na Lei de Cooperativas pode contribuir para a solução do problema de acesso – via possibilidade de uso do Seguro de Crédito à Exportação, ou ainda do FGPC --, o comércio eletrônico se vê atendido, em linhas gerais, pela possibilidade de pagamento via cartão de crédito por exemplo, portanto, seria conveniente se estudar forma de facilitação do crédito para empresas de pequeno porte participantes da chamada exportação indireta (fornecedoras das empresas exportadoras). Na oportunidade, o representante do BACEN informou que existem quatro formas de acesso aos serviços de crédito voltado para o comércio exterior: 1) o Contrato de Câmbio; 2) Vales Postais do Correio; 3) Cartões de Crédito e 4) o Sistema SIMPLEX. No caso do SIMPLEX, explicou que tal instrumento promove a desburocratização no processo de operação de contrato de câmbio para valores até US$ 10.000,00. Numa operação de contrato de câmbio normal são exigidos, no mínimo, 20 tipos diferentes de documentos. Com o SIMPLEX, essa exigência de informação se reduz a 5 documentos. Atualmente, o BACEN está fazendo um trabalho junto aos bancos no sentido de diminuir os custos desse serviço, atraindo, assim, novos bancos para atuar nesse mercado. O BB, o Bradesco e o Itaú, informa o representante do BACEN, já conseguiram diminuir suas tarifas. Para aumentar a concorrência nesse mercado, o BACEN está permitindo que os corretores de câmbio, credenciados por aquela instituição, também possam prestar esse serviço. No caso do cartão de crédito, é preciso fazer uma divulgação mais adequada do produto de forma que a informação possa chegar até o seu público-alvo, o potencial exportador. A representante do BNDES, Sra. Maria Helena de Oliveira, argumentou que a instituição vem promovendo mudanças em seus produtos, em suas linhas de crédito, de forma a torná-los mais atraentes para o mercado, seja com relação a seus parceiros a rede de instituições bancárias - seja para o público-alvo de suas linhas, particularmente para o grupo das pequenas e médias empresas exportadoras. Nesse caso, a representante do BNDES comentou sobre a as linhas de crédito voltadas para o capital de giro, as linhas de pré-embarque e de pré-embarque especial com base na TJLP, que passaram a ser um serviço exclusivo para as pequenas e médias empresas. A proposta do coordenador da iniciativa privada foi a de se estabelecer um ranking dos bancos que vêm trabalhando com as ME e EPP. Foi apresentada, ainda, proposta do coordenador do governo, no sentido de se criar instrumentos que possam tornar atraente as linhas do tipo ACC-Indireto, por meio de uma forma de garantia complementar à garantia dada pelo exportador final que se utiliza do ACC. Dessa forma talvez fosse possível se elevar o teto do financiamento para esse exportador final, sendo que a garantia suplementar poderia ser a do FGPC e/ou do FAMPEX. A representante do BNDES ficou de levar essa sugestão para discussão interna à instituição. Como resultado dessa discussão, o Grupo resolveu nomear o Sr. Arnaldo Castro Costa, representante do BACEN, para colaborar no estudo do assunto. O representante do BACEN ficou responsável por encaminhar as Normas do BACEN sobre o ACC-Indireto para a Secretaria Técnica do Fórum. Essas informações serão material para a discussão do sub-tema 5, com foco no financiamento, na próxima reunião do Comitê. No que diz respeito à questão tributária, foi acordado que, uma vez não estando presentes representantes da Secretaria da Receita Federal, a discussão foi adiada para a próxima reunião do Comitê. O Coordenador do Governo ficou responsável por conversar com a SRF, particularmente com a Coordenação-Geral de Estudos, por sugestão do Sr. José Mauro do Morais, representante do SEBRAE/Nacional, para a Secretaria da Receita participar da próxima reunião do Comitê. A idéia é que o representante possa dar uma explicação sobre a questão do possível viés-antiexportador do SIMPLES. Os trabalhos foram concluídos com a definição da próxima reunião do comitê, possivelmente a se realizar no dia dezenove de fevereiro de dois mil e um, no MDIC. A reunião manterá a discussão por sub-temas, tendo sido suprimido o sub-tema 4, por ser ele tema de discussão contemplado no sub-tema 3. Encerrados os trabalhos, nós, Aloísio Tupinambá, representante do MDIC, e Antônio Gonçalves, representante da ASSIMPI, assinamos a presente ata. ________________________ __________________________________ ANTÔNIO GONÇALVES ALOÍSIO TUPINAMBÁ GOMES NETO