Política de Internacionalização da UFSJ
Reconhecendo a importância da cooperação internacional no contexto educacional,
econômico, social e político do século XXI, a UFSJ elege a internacionalização como uma das
áreas de enfoque de seu planejamento estratégico e.
A UFSJ entende a cooperação internacional, fundamentada na solidariedade e na igualdade,
como um instrumento de superação de assimetrias entre povos, sistemas e instituições, bem
como de construção de uma sociedade melhor e mais justa, sendo fundamental para a
consolidação e a expansão da Universidade e para o desenvolvimento sustentável do País no
cenário global.
Para o período de 2012 a 2016, a UFSJ cria uma política de internacionalização, denominada
“UFSJ Participativa; Plural e Internacional”, que tem como meta a transição de um processo de
internacionalização passiva para um processo de internacionalização ativa (LIMA, M.C.;
MARANHÃO, C.M.S.A., 2009).
A internacionalização passiva se refere à mera mobilidade acadêmica discente e qualificação
de docentes em instituições de reconhecido prestígio acadêmico no exterior, visando o
desenvolvimento de uma elite intelectual. Já a internacionalização ativa se refere à implantação
de políticas de Estado e institucionais voltadas para a atração e acolhimento de acadêmicos; à
oferta de serviços educacionais no próprio país e no exterior; ao envolvimento com a
mobilidade de experts – docentes e técnicos- e de discentes em áreas de interesse estratégico;
à exportação de programas e instalação de instituições ou campi no exterior; à criação de
programas e projetos de pesquisa em colaboração com instituições estrangeiras de
reconhecido prestígio acadêmico; à participação em redes internacionais e ao desenvolvimento
de políticas públicas e institucionais que visem o trabalho colaborativo entre instituições
nacionais e internacionais.
Nesse sentido, a UFSJ tem trabalhado no desenvolvimento de políticas institucionais que vão
além da mera mobilidade discente para abranger outras ações de internacionalização que têm
impacto direto sobre a qualidade de seus cursos de Graduação e Pós-Graduação.
Uma dessas ações se refere à adesão a programas governamentais de incentivo à
internacionalização da educação superior em áreas estratégicas, tais como, os programas
Ciência Sem Fronteiras; Inglês Sem Fronteiras; Programas BRAFITEC; BRANETEC e PLI,
além da participação em editais que fomentam a internacionalização, abertos pelas agências
FAPEMIG, CAPES e CNPq.
Com a missão de promover a inserção internacional da UFSJ e implementar o processo de
internacionalização ativa, a UFSJ estabelece as seguintes metas em sua Política de
Internacionalização:

Sensibilizar a comunidade acadêmica para as relações internacionais;

Mapear as relações internacionais na UFSJ;

Incrementar e fomentar as relações internacionais na UFSJ;

Divulgar oportunidades e eventos de âmbito internacional;

Participar em instâncias de fomento à internacionalização e capacitação em gestão
de assuntos internacionais;

Desenvolver acordos e parcerias com instituições internacionais de reconhecido
prestígio acadêmico, em todos os continentes;

Melhorar
a
condição
de
preparo
dos
alunos
para
um
mundo
globalizado/internacionalizado;

Internacionalizar a grade curricular dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação;

Desenvolver ações de Extensão em parceria com instituições internacionais

Aprimorar o perfil institucional no cenário global.
Para alcançar essas metas, a UFSJ desenvolve oito eixos de ação estratégica de fomento à
internacionalização ativa:
1. Ampliação dos acordos de cooperação internacional com instituições de reconhecido
prestígio acadêmico
Dentro deste eixo, prioriza-se o desenvolvimento de acordos internacionais com instituições de
diferentes países, em todos os continentes do mundo. Atualmente a UFSJ conta com 45
acordos internacionais com instituições da Europa, Américas: do Norte, Central e do Sul; África
e Coréia do Sul. No entanto, este número cresce cotidianamente com novas assinaturas de
acordos e parcerias internacionais. O objetivo é ampliar e consolidar os acordos com os países
com os quais já trabalhamos e desenvolver outros, prioritariamente em países e continentes
com os quais a UFSJ ainda não tem convênios. Nessa direção, estão sendo negociados, no
momento, convênios com a China, Japão, Austrália, Turquia, incluindo assim, países do
continente asiático, da Oceania e do oriente.
Participação em Programas Nacionais e Internacionais de fomento à internacionalização
A UFSJ, através de sua Assessoria para Assuntos Internacionais, procura estar atenta aos
programas e editais de internacionalização abertos pelo governo, através das agências de
fomento. Atualmente, a UFSJ participa do Programa Ciência Sem Fronteiras e Inglês Sem
Fronteiras (esses programas serão detalhados a seguir); do BRANETEC (programa voltado às
Engenharias e áreas tecnológicas, financiado pela CAPES e governo Holandês); do PLI
(Programa de Licenciaturas Internacionais, financiado pela CAPES e governo português) e
BRAFITEC (programa voltado às Engenharias e áreas tecnológicas, financiado pela CAPES e
governo Francês). Esses programas financiam visitas técnicas de professores da UFSJ a
instituições estrangeiras e fomentam a graduação sanduíche para alunos das instituições
envolvidas.
3. Aumento da participação ativa dos alunos da UFSJ em instituições estrangeiras de
reconhecido prestígio acadêmico:
Dois programas contribuem para o intercâmbio estudantil. O primeiro deles é o PAINT –
Programa Acadêmico de Intercâmbio Internacional, que conta com recursos destinados pela
Reitoria para oferecer bolsas e passagens aéreas a alunos da UFSJ, provenientes das
diversas áreas do conhecimento, que estudarão, gratuitamente, nas universidades estrangeiras
parceiras. Os alunos são selecionados pela Assessoria Internacional a partir de princípios de
meritocracia que envolvem o desempenho acadêmico dos alunos e a participação em
programas institucionais de pesquisa, extensão e iniciação tecnológica e à docência. O apoio
financeiro é concedido através de bolsas oferecidas pela instituição, após avaliação
socioeconômica desenvolvida pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAE).
No ano de 2013, como resultado do objetivo estratégico da Reitoria de investir na
internacionalização, o número de selecionados duplicou, passando de 9 (nove) bolsas que
foram oferecidas em 2012 para 18 bolsas, distribuídas em 2013. Esse aumento do auxílio
financeiro destinado aos discentes garantiu a participação de 18 alunos da UFSJ no ano de
2013 em experiências acadêmicas internacionais, estudando em instituições reconhecidas de
Portugal, Holanda, Alemanha, França, Chile e México.
O segundo grande programa de fomento à mobilidade discente é o Programa “Ciência sem
Fronteiras”, lançado pelo Governo Federal em 2011. Como resultado da qualidade dos cursos
de Graduação da UFSJ e do trabalho estratégico no âmbito da internacionalização, o número
de alunos da instituição que participam do programa Ciência Sem Fronteiras tem aumentado a
cada nova chamada pública e, atualmente, a UFSJ se orgulha de ter trezentos e oitenta e dois
(382) alunos participando do referido programa, de acordo com informações publicadas na
página oficial do programa. O gráfico do Programa Ciência Sem Fronteiras, disponível em:
http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/painel-de-controle, posiciona a UFSJ entre as
“15 mais” de Minas Gerais, sendo a UFSJ a oitava instituição de Ensino Superior de Minas
Gerais que mais envia alunos ao exterior no âmbito do programa Ciência Sem Fronteiras.
As metas para os próximos anos é aumentar ainda mais a participação dos alunos no
programa Ciência Sem Fronteiras e no PAINT. Para tanto algumas ações são previstas:
. aumentar o número de bolsas do programa PAINT;
. ampliar o número de convênios internacionais;
. oferecer cursos de línguas, através do Projeto Expressions, para os alunos de todos os campi
da universidade;
. tornar-se centro aplicador credenciado do TOEFL IbT (é importante observar que a UFSJ,
através da sua Assessoria Internacional já se credenciou como centro aplicador autorizado do
TOEFL ITP e aplica, no âmbito do Programa Inglês Sem Fronteiras, esse exame gratuitamente
aos alunos da UFSJ e aos alunos de outras instituições de ensino superior, localizadas nas
comunidades nas quais a UFSJ está inserida);
. Manter a oferta de aulas de língua inglesa e cursos preparatórios para o TOEFL,
gratuitamente, aos alunos da instituição, no âmbito do Programa Inglês Sem Fronteiras. Essas
aulas já são ofertadas através do NUCLI-UFSJ, criado no âmbito do Programa Inglês Sem
Fronteiras). Além disso, ainda pelo ISF, a UFSJ recebeu em 2014 e receberá em 2015 English
Teaching Assistants (ETAs) para auxiliarem no preparo linguístico e cultural dos alunos da
UFSJ para participarem da vida acadêmica em instituições estrangeiras;
. ampliar e criar novas possibilidades de estágio internacional para as áreas de Ciências
Humanas, Artes e Ciências Sociais Aplicadas, além dos estágios internacionais que já são
realizados na área das Engenharias.
4. Aumento da participação de alunos estrangeiros na UFSJ
Se a participação dos alunos da UFSJ em universidades do exterior tem sido crescente, o
oposto não é verdadeiro. A UFSJ não recebe o mesmo número de alunos estrangeiros na
instituição, como envia. Um dos grandes fatores que impossibilitam a vinda de alunos
estrangeiros para a UFSJ é a oferta majoritária de cursos em português. Diante disso, o
desafio para os próximos anos é internacionalizar os currículos dos cursos de graduação e
pós-graduação, através das seguintes ações:
. diagnosticar potenciais servidores para a oferta de disciplinas em língua estrangeira;
. fortalecer o ensino de línguas estrangeiras para a comunidade acadêmica (através do projeto
Expressions, Aliança Francesa, curso M.E.O – My English Online e Nucli/UFSJ);
. criar catálogo de oferta de disciplinas internacionais em inglês, prioritariamente;
.criar programas de dupla diplomação;
. criar programas de pós-graduação interinstitucionais com universidades estrangeiras;
. oferecer aulas de Português para estrangeiros em todos os campi da UFSJ, para atender os
alunos intercambistas;
.ampliar as possibilidades de estágio para alunos estrangeiros, através de negociações com as
prefeituras, companhias e indústrias das cidades onde a UFSJ está inserida;
. aumentar o número de convênios com países de línguas latinas;
. mapear instituições estrangeiras que ofertam língua portuguesa, no intuito de estabelecer
parcerias institucionais. Nessa direção, a UFSJ está desenvolvendo uma sólida parceria com a
Universidade da Geórgia e passará a integrar o “Flagship Program”. Este programa do governo
norte-americado, é coordenado nos Estados Unidos pela Universidade da Geórgia e visa
capacitar cidadãos estadunidenses, desde a infância até a idade adulta, a falar o português e
conhecer a cultura latino-americana. No âmbito da universidade, os alunos norte-americanos,
participantes do programa, atenderão a semestres acadêmicos na UFSJ, enquanto
desenvolvem estágios em suas áreas de atuação aqui no Brasil. Além disso, alunos de Letras
da UFSJ farão estágio internacional, em escolas conveniadas à UGA e participarão de
semestres acadêmicos naquela universidade.
5. Envolvimento de docentes e técnicos com o processo de internacionalização
Embora diversos docentes já tenham parcerias acadêmicas e trabalhos sendo desenvolvidos,
colaborativamente, com instituições estrangeiras, essas ações desses professores ainda têm
sido resultado de esforços isolados e individuais e não resultado de uma política institucional.
Com o plano de internacionalização estabelecido a partir de julho de 2012, busca-se a criação
de mecanismos institucionais que motivem o envolvimento dos docentes e técnicosadministrativos no processo de internacionalização. Algumas ações a serem propostas para a
efetivação dessa estratégia são:
. reformulação da resolução que rege o programa PAINT, com o intuito de incluir auxílio
financeiro a servidores em missão acadêmico-científica em instituições estrangeiras;
. criação de núcleos de pesquisa interdisciplinares da UFSJ e divulgação internacional dos
mesmos;
. participação de professores visitantes e técnicos de instituições estrangeiras nos cursos de
Graduação e pós-graduação da UFSJ;
. criação de formas de financiamento institucional para a ida de professores da UFSJ e demais
servidores para instituições estrangeiras e vinda de professores estrangeiros visitantes e
técnicos estrangeiros para a UFSJ, preferencialmente por um período correspondente a um
semestre acadêmico.
. incentivo, com possibilidade de fomento, à participação de docentes e técnicosadministrativos em cursos de qualificação no exterior em suas respectivas áreas de atuação;
em visitas técnicas a instituições e institutos de pesquisa internacionais e em cursos de línguas
estrangeiras para aprimoramento da proficiência linguística e conhecimento cultural. Esse
último é um aspecto fundamental para a preparação dos servidores da UFSJ para o
recebimento de discentes, docentes e demais servidores provenientes de instituições
estrangeiras na UFSJ e, principalmente, para a internacionalização dos cursos de Graduação e
Pós-Graduação da instituição.
6. Participação em fóruns e redes interinstitucionais e internacionais
Em um mundo de relações globais o trabalho em redes é importante para o desenvolvimento
estratégico da internacionalização. A UFSJ, através de sua Assessoria Internacional, participa
das seguintes redes e fóruns de cunho internacional:
FORGRIFES: Fórum de Gestores de Relações Internacionais das Instituições Federais de
Ensino Superior;
FAUBAI: Fórum dos Assessores das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais;
GCUB: Grupo Coimbra das Universidades Brasileiras;
AULP: Associação das Universidades de Língua Portuguesa.
Grupo Tordesillas;
Rede Uniminas: Rede de Universidades de Minas Gerais, quer reúne a Assessoria para
Assuntos Internacionais da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas
Gerais (SECTES) e mais 15 Instituições de Ensino Superior de Minas Gerais que atuam
colaborativamente para assuntos internacionais.
7. Participação em eventos de internacionalização
A participação em eventos de internacionalização é importante por dar visibilidade nacional e
internacional à instituição, além de viabilizar a assinatura de novos convênios de cooperação
acadêmica e consolidar aqueles que já estão em andamento. No ano de 2013, a UFSJ, através
de sua Assessoria Internacional, e com o apoio da FAPEMIG, esteve presente nos seguintes
eventos de internacionalização:
NAFSA: Feira de Internacionalização da Associação de Educadores Internacionais dos
Estados Unidos, que em sua 65ª conferência anual, ocorrida em maio de 2013, em St. Louis,
no estado de Missouri, reuniu mais de 400 instituições e organizações internacionais de
diversos países. Esta feira é considerada a maior feira de internacionalização do mundo.
EAIE: Feira de Internacionalização e 25ª Conferência Anual da Associação Européia de
Educação Internacional para o Ensino Superior, considerada como o maior evento de
internacionalização universitária da Europa. Esse evento, ocorrido em Istanbul, Turquia, reuniu
cerca de 4.800 agentes de internacionalização de 90 países.
Missão à França: desenvolvida em Paris, Toulouse e Reims Champagne-Ardenne, em março
de 2013, com a presença da SECTES e mais 12 universidades mineiras.
BMI Fair: The Brazil Higher Education Workshop 2013, ocorrida em outubro, na cidade de São
Paulo. A participação nesse encontro possibilitou a negociação de diversos acordos de
cooperação, principalmente com universidades irlandesas.
Participação nas conferências anuais do FAUBAI e do Grupo Coimbra de Universidades
Brasileiras.
Para os próximos anos, a meta é participar dos mesmos eventos e de outras missões de
trabalho em países com os quais a UFSJ tem acordos de cooperação, de preferência em
delegações compostas pelos demais gestores institucionais.
8. Ampliação da estrutura de internacionalização na UFSJ
Além das metas descritas nos itens anteriores, outras ações são propostas para consolidar o
processo de internacionalização da UFSJ. São elas:
. ampliar a estrutura física e administrativa da Assessoria Internacional;
. preparar material atualizado de divulgação da UFSJ em versão multilíngue (português, inglês,
espanhol, francês);
. legendar em versão multilíngue os vídeos institucionais da UFSJ;
. criar sinalização e mapas dos campi da UFSJ em versão multilíngue;
. dotar a UFSJ de recursos tecnológicos para tradução simultânea;
. dotar a Assessoria Internacional de recursos financeiros destinados a apoiar a participação de
discentes, docente e técnicos em programas de mobilidade internacional;
. capacitar os servidores da Assessoria Internacional para o trato dos processos de
internacionalização inerentes à sua função;
. ampliar a estrutura de recepção de alunos estrangeiros com a criação de um sistema de
tutoria internacional que envolverá professores, alunos, psicólogos e assistentes sociais.
Internacionalizar é um desafio do cenário contemporâneo globalizado. As parcerias, em
qualquer nível, permitem a troca de conhecimentos e o fortalecimento das partes envolvidas.
Paradoxalmente, através das relações internacionais, há um fortalecimento dos valores locais a
partir das trocas globais. Buscando o desafio de ampliar sua atuação e propondo as ações
propostas nos oito eixos estratégicos mencionados anteriormente, a UFSJ assume o
compromisso com a internacionalização e procura desenvolvê-la de forma ativa, participativa e
plural.
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