Seminário URBFAVELAS 2014 São Bernardo do Campo - SP - Brasil CRITÉRIOS SOCIAIS DE PROJETO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O SELO CASA AZUL E O MODELO DE TRABALHO TÉCNICO SOCIAL PROPOSTO PELO MINISTÉRIO DAS CIDADES André Araújo Almeida (UNIFOR - Universidade de Fortaleza) - [email protected] Arquiteto Urbanista pela Universidade Federal do Ceará e pela Politecnico di Torino; Especialista em Gestão de Negócios Imobiliários pela UNIFOR – Universidade de Fortaleza; Mestrando em Arquitetura e Urbanismo pelo MINTER Mackenzie ∕ UNIFOR; Flavio Gondim Viana (UNIFOR - Universidade de Fortaleza) - [email protected] Arquiteto Urbanista pela UFC - Universidade Federal do Ceará; Especialista em Administração Hoteleira pela UNIFOR – Universidade de Fortaleza; Mestrando em Arquitetura e Urbanismo pelo MINTER Mackenzie ∕ UNIFOR; Maria Augusta Justi Pisani (Universidade Presbiteriana Mackenzie) - [email protected] Arquiteta Urbanista pela FAU Farias Brito, Especialista em patrimônio histórico e em obras de restauro pela FAUUSP, Mestre e Doutora em engenharia civil e urbana pela Escola Politécnica da USP. Coordenadora acadêmica do MINTER Mackenzie ∕ UNIFOR; 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP lavioGRUPO TEMÁTICO: GT1. Programa, projeto e obra para favela GT2. Tratamento e gestão de risco nos projetos de urbanização de favela GT3. Reassentamento e a dimensão social dos projetos de urbanização de favelas O papel do trabalho social no projeto de urbanização de favelas e as políticas sociais. Reassentamento: estratégias e condicionantes. Consolidação X reassentamento: custos, benefícios e impactos. Articulação dos programas de urbanização de favelas com outros programas sociais: avaliação, limitações e possibilidades. Interdisciplinaridade e ação intersetorial. CRITÉRIOS SOCIAIS DE PROJETO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O SELO CASA AZUL E O MODELO DE TRABALHO TÉCNICO SOCIAL PROPOSTO PELO MINISTÉRIO DAS CIDADES ALMEIDA, André Araújo 1 VIANA, Flavio Gondim2 PISANI, Maria Augusta Justi3 RESUMO Este artigo pretende observar a contribuição de certificações de sustentabilidade para a inclusão social, através de uma análise comparativa entre o Selo Casa Azul, certificação brasileira atribuída pela Caixa Econômica Federal às obras de habitação, urbanização e saneamento, a partir do seu critério de análise 6 – práticas sociais, e os critérios exigidos pelo Ministério das Cidades para os PTTS – Projetos de Trabalho Técnico Social de projetos realizados com recursos federais. Na comparação feita, identificou-se uma maior abrangência do Selo Casa Azul, ao se sugerir ações não apenas com os futuros moradores, mas também com os trabalhadores da construção civil envolvidos na obra. Por outro lado, os critérios do selo Casa Azul são apenas sugestivos, sendo apenas 3 critérios sociais obrigatórios, cabendo ao construtor a decisão pela aplicação dos demais, dependendo do nível de classificação que se almeje. Contudo, tanto o Selo Casa Azul como os critérios obrigatórios para os PTTS são instrumentos positivos de promoção de boas práticas na construção civil, bem como no combate à segregação sócio-territorial como parte integrante do conceito amplo de sustentabilidade. PALAVRAS-CHAVE: inclusão social; sustentabilidade; certificação ambiental. 1 Arquiteto Urbanista pela UFC - Universidade Federal do Ceará e pela Politecnico di Torino; Especialista em Gestão de Negócios Imobiliários pela UNIFOR – Universidade de Fortaleza; Mestrando em Arquitetura e Urbanismo pelo Mestrado Interinstitucional em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie ⁄ UNIFOR; Fortaleza, Brasil; [email protected] 2 Arquiteto Urbanista pela UFC - Universidade Federal do Ceará; Especialista em Administração Hoteleira pela UNIFOR – Universidade de Fortaleza; Mestrando em Arquitetura e Urbanismo pelo Mestrado Interinstitucional em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie ⁄ UNIFOR; Fortaleza, Brasil; [email protected] 3 Arquiteta Urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Farias Brito, Especialista em patrimônio histórico e em obras de restauro pela FAUUSP – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Mestre e Doutora em engenharia civil e urbana pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Professora de período integral da Universidade Presbiteriana Mackenzie, coordenadora acadêmica do Mestrado Interinstitucional em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie ⁄ UNIFOR; São Paulo; Brasil. [email protected] 1 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP PRINCIPAIS QUESTÕES O desequilíbrio social observado no Brasil tem atingido níveis alarmantes, o qual pode ser constatado nas visíveis irregularidades, na precariedade da infraestrutura urbana e dos serviços públicos, no baixo nível técnico e educacional de sua população, na forte presença da economia informal, nos altos índices de violência, entre outros. Esse panorama interfere diretamente no equilíbrio ambiental das cidades, em virtude da estreita relação existente entre o território e seus habitantes. Sendo assim, o tema da sustentabilidade hoje é mais abrangente, contemplando também questões sociourbanas. Ambientes urbano, natural e social estão intimamente ligados.O homem interfere diretamente no equilíbrio ambiental a partir da intervenção física e da expansão urbana; diante disso, a natureza busca seu reequilíbrio, gerando efeitos sobre os assentamentos humanos, em muitos casos negativos, gerando sérios acidentes ou mesmo desastres, e consequentemente “aumentando a pobreza e a vulnerabilidade das populações atingidas” (BRUNA e PISANI, 2010). Contudo, nos processos de desenvolvimento urbano, os quais boa parte são promovidos por ações da construção civil, já existem práticas conscientes que minimizam vários impactos dessa atividade no meio ambiente. Tais práticas têm recebido certificações que comprovam sua contribuição para o desenvolvimento sustentável. Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo analisar a certificação aplicada no Brasil pela CAIXA - Caixa Econômica Federal, denominado Selo Casa Azul, cuja categoria 6 de análise trata das práticas sociais que colaboram para a melhoria das condições de vida e do bem-estar da população. Para observação dessa inter-relação entre os critérios do Selo Casa Azul e os conceitos e métodos comumente aplicados para a inclusão sócio-territorial, será feito o cruzamento entre os critérios sociais para certificação Casa Azul e os critérios para aprovação dos PTTSs (Projetos de Trabalho Técnico-Social) definidos pelo Ministério das Cidades para aprovação de projetos financiados com recursos federais sob sua gestão. Dessa forma, passamos a ter parâmetros comparados de identificação da abrangência da certificação Casa Azul e dos PTTSs não apenas na promoção de boas práticas na construção civil, mas também no combate à segregação sócioespacial como parte integrante do conceito amplo de sustentabilidade. CONTEXTUALIZAÇÃO E REFERENCIAL – O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A RESPONSABILIDADE SOCIAL O conceito de “desenvolvimento sustentável” mais aceito atualmente foi formulado em 1987 pela Comissão Brundtland, ou Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas - ONU e apresentado na publicação Nosso Futuro Comum (OSEKI e PELLEGRINO, 2004). O conceito entende que o desenvolvimento sustentável “satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem suas próprias 2 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP necessidades” (BRUNO e URSINI, 2005).Trata-se de um conceito diferente dos até então formulados, pois conecta desenvolvimento socioeconômico à questão ambiental, dando atenção à produção agrícola e ao crescimento populacional, ao impacto das atividades econômicas no ambiente natural, à preservação da biodiversidade e dos ecossistemas, entre outros. Sendo assim, não apenas os governos, mas os cidadãos e as empresas devem também preocupar-se com o desenvolvimento sustentável, conscientizando-se para sua responsabilidade social. Assim, hoje o chamado “tripé da sustentabilidade” inclui no conceito de desenvolvimento, além da vertente econômica, também a ambiental e social. Hoje, busca-se reforçar o entendimento de que “as sociedades e os ecossistemas constituem-se em conjuntos vivos e interativos” (OSEKI e PELLEGRINO, 2004) e portanto, entender que as práticas sociais possuem altíssimo grau de relação com o meio ambiente em que se insere, não como um elemento externo, mas sim como parte deste. Dessa forma, Oseki e Pellegrino afirmam que “se na construção dos espaços pudesse ser estabelecido, simultaneamente, um processo de aprendizado ambiental, de modo a alterar as condições de percepção que as comunidades têm do espaço em que vivem, seria possível esperar uma transformação nas técnicas de intervenção (utilização e apropriação) dessas comunidades sobre sua paisagem.” Dessa forma, as práticas de educação ambiental são importantíssimas para a conscientização da população, e devem incluir também noções de cidade, urbanidade e de cidadania, conceitos perdidos ao longo dos anos na sociedade brasileira. A CERTIFICAÇÃO SELO CASA AZUL O Selo Casa Azul é uma certificação ambiental brasileira desenvolvida pelo banco Caixa Econômica Federal para obras de habitação, urbanização e saneamento sob a sua gerência financeira. Tem como fundamentação a necessidade de garantir que tais projetos contribuam para o desenvolvimento sustentável e o bem estar das cidades e seus cidadãos. O Selo, além de fomentar boas práticas ligadas à sustentabilidade na construção civil brasileira, também incentiva uma nova cultura no país, a do desenvolvimento sustentável, ao induzir um equilíbrio, através das obras públicas ou privadas, entre proteção ambiental, justiça social e viabilidade econômica. A certificação analisa cada projeto, verificando aspectos ligados à sustentabilidade ambiental nos projetos a serem financiados pelo banco, como por exemplo novos sistemas construtivos (construir mais usando menos materiais, utilização de resíduos em substituição à matérias primas naturais, maior adaptação do ambiente construído ao seu entorno); novos sistemas de aproveitamento das águas ( potável e de dejetos); bem como novos sistemas de geração de energia. Em virtude da amplitude que o tema SUSTENTABILIDADE possui, e na necessidade de se estruturar a análise dos projetos, a metodologia para certificação Casa Azul define 6 categorias, a saber: 1 – Qualidade urbana (5 critérios); 2 – 3 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP Projeto e conforto (11 critérios); 3 – Eficiência energética (8 critérios); 4 – Conservação de recursos materiais (10 critérios); 5 – Gestão da água (8 critérios); 6 – Práticas sociais (11 critérios). O selo de certificação é, então, obtido por meio da verificação dos critérios, que podem ser livres ou obrigatórios, definidos para cada categoria, podendo alcançar as seguintes certificações: Selo Bronze, obtido para empreendimentos que atendam aos 19 critérios obrigatórios; Selo Prata, obtido com mais 6 critérios livres além dos 19 critérios obrigatórios; Selo Ouro, com mais 12 critérios livres além dos 19 critérios obrigatórios; Para esse trabalho, focamos nossa atenção na categoria 6, por tratar as práticas sociais evidenciadas nos empreendimentos que possuem as seguintes preocupações: • consciência quanto ao conhecimento da comunidade sobre a realidade local, seus valores e cultura; • implementação de metodologias participativas; • valorização do potencial produtivo da comunidade beneficiária; • Interdisciplinaridade e integração entre equipes técnicas social e físico territorial; • Integração interinstitucional e busca de parcerias; • preocupação com a inclusão social e com as questões de gênero; • respeito ao meio ambiente e ações voltadas para a sustentabilidade. Para isso, o selo determina 11 itens a serem analisados, a saber (em negrito os critérios obrigatórios): 6.1. Educação para a Gestão de RCD (Resíduos de Construção e Demolição); 6.2. Educação ambiental dos empregados; 6.3. Desenvolvimento pessoal dos empregados; 6.4. Capacitação profissional dos empregados 6.5. Inclusão de trabalhadores locais; 6.6. Participação da comunidade na elaboração do projeto; 6.7. Orientação aos moradores; 6.8. Educação ambiental dos moradores; 6.9. Capacitação para gestão do empreendimento; 6.10. Ações para mitigação de riscos sociais; 6.11. Ações para a geração de emprego e renda. De forma a se conhecer de maneira clara os objetivos, justificativa e benefícios de cada critério, elaborou-se o quadro explicativo abaixo: SELO CASA AZUL - CATEGORIA 6 – PRÁTICAS SOCIAIS CRITÉRIOS OBRIGATÓRIOS Critério Objetivos Exigências 6.1 Educação Os resíduos de obra geram Elaborar e executar o para a Gestão de impactos extremamente negativos Plano Educativo sobre a RCD (Resíduos no meio ambiente. Por esse Gestão RCD. de Construção e motivo, o CONAMA definiu as 4 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP Demolição) 6.2 Educação ambiental dos empregados Informar e orientar trabalhadores quanto ao uso dos itens de sustentabilidade do empreendimento, a partir de um plano de atividades educativas. 6.7 Orientação aos moradores Informar e orientar moradores quanto ao uso e manutenção do imóvel, através de uma ou mais atividades informativas e a inclusão dos conceitos de sustentabilidade no Manual do Proprietário. CRITÉRIOS DE LIVRE ESCOLHA Critério Objetivos 6.3. Desenvolvimento pessoal dos empregados Proporcionar atividades educativas aos trabalhadores, visando à melhoria das suas condições de vida. 5 diretrizes e procedimentos para a gestão desses resíduos. Dessa forma, através da resolução nº 307/2002, a empresa construtora passa a ser responsável pela elaboração do PGRCC – Plano de Gestão de Resíduos da Construção Civil, ou Plano de Gestão de RCD A resolução nº 307/2002, entende que o PGRCC visa, antes de tudo, criar condições para a redução da produção dos resíduos, levando ao menor consumo de recursos e assim causando menores impactos ao meio. Assim, os trabalhadores devem ser educados sobre os métodos diferenciais de sustentabilidade adotados. Os impactos de construção e uso das edificações contemporâneas é bastante forte, e por esse motivo devem ser minimizados com aplicação prática dos princípios e conceitos da sustentabilidade. Os principios e conceitos utilizados em cada empreendimento devem ser apresentados de maneira clara aos usuários da edificação, não apenas para orientá-los quando ao seu uso e manutenção, mas contribuindo para reflexão e mudanças de comportamento. Exigências Possuir pelo menos um plano entre: educação complementar (alfabetização, idioma estrangeiro, inclusão digital) para 20 % dos trabalhadores; educação para cidadania (programas de segurança, saúde e higiene, economia doméstica, educação 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP 6.4. Capacitação profissional dos empregados 6.5. Inclusão de trabalhadores locais 6.6. Participação da comunidade na elaboração do projeto 6.8. Educação ambiental dos moradores Prover os trabalhadores de capacitação profissional, visando à melhoria de seu desempenho e das suas condições socioeconômicas. Promover a ampliação da capacidade econômica dos moradores da área de intervenção e seu entorno ou de futuros moradores do empreendimento por meio de contratação dessa população, estabelecendo uma relação positiva dos mesmos com o empreendimento Promover a participação e o envolvimento da população alvo na implementação do empreendimento e na consolidação deste como sustentável, desde a sua concepção, como forma de estimular a permanência dos moradores no imóvel e a valorização da benfeitoria. Prestar informações e orientar os trabalhadores sobre as questões 6 financeira, etc.) para 50% dos trabalhadores. Utilizar como técnicas de ensino dinâmicas de grupo ou acompanhamento individual do trabalhador. Verificar plano de capacitação profissional dos empregados da construção civil com carga mínima de 30 horas e que atenda no mínimo 30% dessa equipe, mesmo através de parcerias. Recomendações: transmissão de conhecimento; desenvolvimento de habilidades; experiência supervisionada; avaliação do profissional. Para comunidades com riscos sociais ou por vontade do proponente. Deve-se a explicitação, em documento, do número de vagas (maior que 20%) para a contratação de mão de obra local ou de futuros moradores. Recomendações: aproximação com entidades já atuantes no local. Existência de plano que contenha ações voltadas para a promoção do envolvimento dos futuros moradores com o empreendimento e que demonstre a participação da população alvo nas discussões para a elaboração do projeto. A participação da comunidade contribui para a construção de uma nova cultura democráticas. Existência comprovada por documentos, de um plano de educação ambiental voltado para 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP ambientais e os demais conceitos que compõem a sustentabilidade 6.9. Capacitação para gestão do empreendimento Fomentar a organização social dos moradores e capacitá-los para a gestão do empreendimento. 6.10. Ações para mitigação de riscos sociais Proporcionar a inclusão social da população em situação de vulnerabilidade social, bem como desenvolver ações socioeducativas para os demais moradores da área e do entorno, com vistas a reduzir o impacto do empreendimento em suas adjacências, e favorecer a resolução de possíveis conflitos gerados pela construção e inserção de novos habitantes na 7 os moradores (80% dos moradores e carga horária mínima de quatro horas) que contemple uso racional dos recursos naturais, coletas seletivas, biodiversidade, transportes, reflorestamento,etc. O grande desafio desses planos é educar uma grande parte da população, mudando sua mentalidade para questões básicas inclusive a sustentabilidade. Existência comprovada por documentos, de um plano que contemple ações de desenvolvimento ou capacitação dos moradores para a gestão do empreendimento (condominial ou em associações), com carga horária de mais de 12 horas e com no mínimo 30% da população moradora. Recomendações: capacitação sobre a gestão do convívio comum, e do edifício como espaço físico; manutenção das instalações físicas, das atividades de apoio e do edifício como patrimônio imobiliário. Existência comprovada de plano de mitigação de riscos sociais, com pelo menos uma atividade focada na alfabetização ou na inclusão digital ou na profissionalização, ou em atividades esportivas e culturais. 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP comunidade já instalada. 6.11 Ações para a geração de emprego e renda Existência comprovada de plano de geração de trabalho e renda que contemple atividades de profissionalização para inserção no mercado de trabalho ou voltadas para o associativismo / cooperativismo, que fomentem o aumento da renda familiar. Deve ter no mínimo 80 % dos moradores sem atividade e ações com carga horária mínima de 16 horas. Recomendações: programas de capacitação profissional. Promover o desenvolvimento socioeconômico dos moradores Fonte: Selo Casa Azul Com o Selo Casa Azul, paulatinamente, as empresas e órgãos públicos que trabalham com recursos financeiros geridos pela CAIXA deverão adotar esses novos princípios, promovendo um entendimento quanto a importância não só do lucro financeiro mas também social social dos empreendimentos. Promover a responsabilidade socioambiental implica em promover o desenvolvimento sustentável, utilizando os recursos disponíveis do meio ambiente de forma consciente, compartilhando e auxiliando o desenvolvimento positivo das questões sociais. OS PROJETOS DE TRABALHO TÉCNICO-SOCIAL (PTTSs) As políticas públicas são importantes instrumentos da gestão pública para condução dos processos necessários à melhoria constante das condições de vida da população. São operacionalizadas a partir dos programas instituídos pelos governos, compostos por princípios e diretrizes gerais, diversos planos, projetos e ações. Os programas sob a gestão do Ministério das Cidades, operacionalizados pela CAIXA, possuem um cuidadoso acompanhamento dos seus trabalhos sociais, intitulados TTS – Trabalho Técnico Social. O Trabalho Técnico Social consiste nas ações de promoção social das comunidades contempladas com projetos e intervenções públicas, de forma a dar-lhes autonomia e posicionar-lhes como protagonistas das intervenções. Esse protagonismo é entendido como participação direta nos processos de decisão, implantação e manutenção dos bens e serviços oriundos do investimento, bem como um incentivo à gestão participativa e democrática, que além de promoverem o definido pelo Estatuto da Cidade, servem também como base para a própria sustentabilidade do empreendimento. O PTTS – Projeto de Trabalho Técnico Social, por sua vez, é o documento produzido pelo proponente do projeto que conduzirá o trabalho, sistematizando todas as informações necessárias à essa ação, a qual deve ser desenvolvida de maneira multidisciplinar e fundamentada nos princípios de participação comunitária, 8 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP sustentabilidade dos empreendimentos e preservação ambiental. Têm como objetivo principal garantir o alcance das metas sociais do programa, buscando garantir, antes de tudo, o desenvolvimento social dos beneficiários. O PTTS é estruturado em 3 fases de ação: • PLANEJAMENTO - fase de elaboração do PTTS, consistindo na sistematização do diagnóstico, com caracterização da área, definição dos problemas e potencialidades desta, identificação das demandas e das estratégias de intervenção que influenciarão nas tomadas de decisão de projeto. Os produtos principais dessa fase são: o projeto propriamente dito, sua metodologia, seu acompanhamento e avaliação, orçamento e cronograma; • IMPLEMENTAÇÃO – consiste na efetivação do PTTS aprovado, com execução das ações previstas segundo o cronograma aprovado; no caso de PTTS inseridos em projetos que contempla obras públicas, devem contemplar atividades antes, durante e após as referidas obras; • AVALIAÇÃO – atividade constante promovida por todos os agentes envolvidos, a partir da visão dos beneficiários, ocorrendo em todas as etapas do projeto, de forma a se monitorar e avaliar as ações, a implementação segundo o PTTS aprovado, ou redirecionamento das ações (quando necessário), e seus resultados. Como agente operador dos recursos dos programas do Ministério das Cidades, à CAIXA compete ainda o acompanhamento (através dos Relatórios de Acompanhamento e do Relatório Final), a identificação e a avaliação dos resultados alcançados pela comunidade e pela equipe técnica, com emissão do ateste final da execução do referido plano, de forma a se garantir a liberação dos recursos vinculados. Para apoiar as equipes técnicas dos Estados, Distrito Federal, Municípios, Entidades Organizadoras no desenvolvimento dos TTSs, a CAIXA disponibiliza o COTS – Caderno de Orientação Técnico Social, documento onde estão descritas as orientações para a elaboração, implantação e avaliação, desde a concepção do projeto até a etapa posterior à conclusão das obras e serviços. Seu conteúdo consiste de sugestões e de especificações normativas do Ministério das Cidades necessárias à aprovação do projeto, competência da equipe técnica da CAIXA (GIDUR⁄REDUR), podendo ser adequados para atendimento das especificidades de cada projeto de intervenção e das características locais. O Ministério entende que as ações presentes no PTTS deem se inserir nos 3 eixos estruturantes elencados a seguir: • MOC – Mobilização e Organização Comunitária; • GTR – Geração de Trabalho e Renda • ESA – Educação Sanitária e Ambiental Cada eixo de trabalho possui um grupo de ações propostas pelo Ministério, os quais estão descritos a seguir: 9 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP PTTS – EXIGÊNCIAS E ORIENTAÇÕES Eixos estruturantes Ações Formação e consolidação das organizações representativas da população e das comissões para assuntos comuns (acompanhamento de obra, comissão de jovens, comissão de mulheres, etc) Capacitação de lideranças e de grupos representativos sobre processos de gestão comunitária - papel das associações e dos grupos representativos, formalização e legalização das entidades representativas; Estímulo aos processos de informação e de mobilização comunitária e à promoção de atitudes e condutas sociais vinculadas à melhoria da qualidade de vida; Estabelecimento e formalização de parcerias envolvendo Poder Público e sociedade civil para a realização de ações integradas, visando fortalecer as potencialidades locais, promover a articulação e contribuir com a continuidade das ações; Integração com o entorno, em termos de relações MOC – Mobilização e funcionais; Organização Convivência com o meio ambiente; Comunitária Estímulo à inserção da organização comunitária da área em movimentos sociais mais amplos e em instâncias de controle e gestão social; Promoção de atitudes e condutas ligadas ao zelo e ao bom funcionamento dos equipamentos sociais e comunitários disponibilizados; Estabelecimento de parcerias e integração com as demais políticas e programas do município; Nos casos de verticalização das habitações, os princípios de gestão condominial (legislação, objetivos, organização e funcionamento); e a convivência das famílias em condomínios; Nas intervenções de saneamento, planejamento do processo de mobilização por meio do desenvolvimento de ações como: constituição ou fortalecimento dos conselhos existentes, reuniões de planejamento comunitário, palestras, assembleias, audiências públicas, campanhas educativas, entre outros. Ações para a redução do analfabetismo; Capacitação e requalificação profissional, planejadas de GTR – Geração de acordo com a realidade socioeconômica dos beneficiários Trabalho e Renda e vocação econômica local; Estímulo à produção alternativa e à organização de grupos de produção e cooperativismo, respeitadas as 10 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP ESA – Educação Sanitária e Ambiental particularidades da população beneficiada; Estímulo a processos cooperativos de produção, tendo como referência os conceitos de Economia Solidária; Fomento e implementação de atividades educativas ligadas à separação e reciclagem de resíduos sólidos; Empreendimentos para gestão dos resíduos sólidos que envolvam catadores, priorizando o atendimento nas ações de assistência social para garantir a inclusão social e emancipação econômica, formação e capacitação dos catadores para atuação no mercado de recicláveis e, programas de ressocialização de crianças e adolescentes envolvidas. Promoção do processo educativo que esclareça e valorize a infraestrutura implantada e busque mudanças de atitudes em relação ao meio ambiente e à vida saudável, na redução de doenças e melhoria dos níveis de saúde da população; Preparação da comunidade para a correta utilização das habitações, especialmente no que diz respeito às unidades sanitárias e à rede de esgoto; Demonstração das responsabilidades dos beneficiários na correta utilização e preservação dos serviços implantados, tanto os individuais como os coletivos; Promoção de campanhas educativas para promoção da saúde, correta utilização e preservação dos serviços implantados e uso racional da água e da energia elétrica; Estimulo à busca de parcerias para promoção, em caráter permanente, das ações de educação ambiental; Divulgação de informações, programas e projetos de natureza ambiental de para ampliação da consciência ecológica das populações. Fonte: COTS – Caderno de Orientações Técnico Social, Brasília: CAIXA, Maio 2013 ANÁLISE COMPARATIVA A partir do agrupamento dos eixos com suas respectivas ações e da sua compatibilidade com os critérios obrigatórios e de livre escolha do Casa Azul, pudemos compor o seguinte quadro comparativo: QUADRO COMPARATIVO CASA AZUL CRITÉRIOS OBRIGATÓRIOS 6.1 Educação para a Gestão de RCD (Resíduos de Construção e Demolição) Objetivo: Elaborar e executar o Plano Educativo sobre a Gestão RCD ESA 11 PTTS EIXOS E AÇÕES Fomento e implementação de atividades educativas ligadas à separação e reciclagem de resíduos sólidos; 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP 6.2 Educação ambiental dos empregados Objetivo: Informar e orientar trabalhadores quanto ao uso dos itens de sustentabilidade do empreendimento, a partir de um plano de atividades educativas N⁄A 6.7 Orientação aos moradores Objetivo: Informar e orientar moradores quanto ao uso e manutenção do imóvel, através de uma ou mais MOC atividades informativas e a inclusão dos conceitos de sustentabilidade no Manual do Proprietário CASA AZUL CRITÉRIOS DE LIVRE ESCOLHA 6.3. Desenvolvimento pessoal dos empregados Objetivo: Proporcionar atividades educativas aos trabalhadores, visando à melhoria das suas condições de vida 6.4. Capacitação profissional dos empregados Objetivo: prover os trabalhadores de capacitação profissional, visando à melhoria de seu desempenho e das condições suas condições socioeconômicas. 6.5. Inclusão de trabalhadores locais Objetivo: promover a ampliação da capacidade econômica dos moradores da área de intervenção e seu entorno ou de futuros moradores do empreendimento por meio de contratação dessa população, MOC N⁄A – não se aplica, pois não possui item equivalente Promoção de atitudes e condutas ligadas ao zelo e ao bom funcionamento dos equipamentos sociais e comunitários disponibilizados; Preparação da comunidade para a correta utilização das habitações, especialmente no que diz respeito às unidades sanitárias e à rede de esgoto; Demonstração das responsabilidades dos beneficiários na correta utilização e preservação dos serviços implantados, tanto os individuais como os coletivos; PTTS EIXOS E AÇÕES Estímulo aos processos de informação e de mobilização comunitária e à promoção de atitudes e condutas sociais vinculadas à melhoria da qualidade de vida; GTR Estímulo à produção alternativa e à organização de grupos de produção e cooperativismo, respeitadas as particularidades da população beneficiada; N⁄A N⁄A – não se aplica, pois não possui item equivalente 12 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP estabelecendo uma relação positiva dos mesmos com o empreendimento 6.6. Participação da comunidade na elaboração do projeto Objetivo: promover a participação e o envolvimento da população alvo na implementação do empreendimento e na consolidação deste como sustentável, desde a sua concepção, como forma de estimular a permanência dos moradores no imóvel e a valorização da benfeitoria. MOC 6.8. Educação ambiental dos moradores Objetivo: prestar informações e orientar os trabalhadores sobre as questões ambientais e os demais eixos que compõem a sustentabilidade ESA 13 Formação e consolidação das organizações representativas da população e das comissões para assuntos comuns (acompanhamento de obra, comissão de jovens, comissão de mulheres, etc) Nas intervenções de saneamento, planejamento do processo de mobilização por meio do desenvolvimento de ações como: constituição ou fortalecimento dos conselhos existentes, reuniões de planejamento comunitário, palestras, assembléias, audiências públicas, campanhas educativas, entre outros. Convivência com o meio ambiente; Promoção do processo educativo que esclareça e valorize a infraestrutura implantada e busque mudanças de atitudes em relação ao meio ambiente e à vida saudável, na redução de doenças e melhoria dos níveis de saúde da população; Promoção de campanhas educativas para promoção da saúde, correta utilização e preservação dos serviços implantados e uso racional da água e da energia elétrica; Estimulo à busca de parcerias para promoção, em caráter permanente, das ações de educação ambiental; Divulgação de informações, programas e projetos de natureza ambiental de para ampliação da consciência ecológica das populações. 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP 6.9. Capacitação para gestão do empreendimento Objetivo: fomentar a organização social dos moradores e capacitá-los para a gestão do empreendimento. MOC MOC 6.10. Ações para mitigação de riscos sociais Objetivo: proporcionar a inclusão social da população em situação de vulnerabilidade social, bem como desenvolver ações socioeducativas para os demais moradores da área e do entorno, com vistas a reduzir o impacto do empreendimento em suas adjacências, e favorecer a resolução de possiveis conflitos gerados pela construção e inserção de novos habitantes na comunidade já instalada. GTR 6.11 Ações para a geração de emprego e renda Objetivo: promover o desenvolvimento socioeconômico dos moradores GTR 14 Nos casos de verticalização das habitações, os princípios de gestão condominial (legislação, objetivos, organização e funcionamento); e a convivência das famílias em condomínios; Estabelecimento de parcerias e integração com as demais políticas e programas do município; Estímulo à inserção da organização comunitária da área em movimentos sociais mais amplos e em instâncias de controle e gestão social; Estabelecimento e formalização de parcerias envolvendo Poder Público e sociedade civil para a realização de ações integradas, visando fortalecer as potencialidades locais, promover a articulação e contribuir com a continuidade das ações; Integração com o entorno, em termos de relações funcionais; Empreendimentos para gestão dos resíduos sólidos que envolvam catadores, priorizando o atendimento nas ações de assistência social para garantir a inclusão social e emancipação econômica, formação e capacitação dos catadores para atuação no mercado de recicláveis e, programas de ressocialização de crianças e adolescentes envolvidas. Ações para a redução do analfabetismo; Capacitação e requalificação profissional, planejadas de acordo com a realidade socioeconômica dos beneficiários e vocação econômica local;] 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP Estímulo a processos cooperativos de produção, tendo como referência os conceitos de Economia Solidária; O que podemos observar, de um modo geral, é que o Selo Casa Azul possui uma abordagem múltipla, contemplando tanto os futuros moradores (sejam famílias beneficiárias do projeto ou clientes dos projetos de construção) como os trabalhadores da construção civil envolvidos no processo. Dessa forma, dentre os critérios da certificação, há aqueles voltados exclusivamente para os trabalhadores e seu contexto formativo e organizacional, marcadamente o item que trata da educação ambiental dos empregados de obra. Os PTTS, por sua vez, possui foco nas famílias beneficiárias das intervenções, buscando promover os objetivos gerais do Ministério das Cidades, presentes em todos os seus programas, de promoção do bem estar e do desenvolvimento social. Porém, diferente do Selo Casa Azul, o PTTS não contempla ações que envolvam também os trabalhadores de obra. Sendo assim, compreende-se a ausência de equivalente no PTTS do critério 6.2 (educação ambiental dos empregados) presentes no Selo Casa Azul CAIXA, já que este trata exclusivamente da educação ambiental voltada aos empregados das empresas de construção envolvidas. Também o critério 6.5 (inclusão de trabalhadores locais) não possui equivalente entre os eixos ministeriais, apesar de tal prática ser comumente considerada como uma das estratégias de geração de trabalho e renda a partir do aproveitamento das potencialidades e conhecimentos existentes nas comunidades beneficiadas. Essa ação, porém, por não ser exigida para o PTTS, está oficialmente descoberta, ficando a critério do proponente. Quanto a conteúdo, é importante ressaltar que as equivalências observadas nem sempre são diretas e perfeitas, já que apesar das abordagens serem semelhantes, há casos em que o público-alvo não é o mesmo. Nessa situação temos os seguintes itens: • No item 6.1 o Selo Casa Azul, que trata da gestão dos resíduos, o Selo é mais abrangente, enquanto o PTTS cita apenas da atividade de reciclagem de resíduos sólidos, sem orientar para elaboração e execução de um plano educativo sobre gestão desses resíduos; • O item 6.3 do Selo, que trata do desenvolvimento pessoal, possui atividades semelhantes no PTTS, porém o primeiro destinado a trabalhadores, e o segundo apenas aos moradores; • O item 6.4, que trata da capacitação profissional dos empregados, também não possui equivalente no PTTS, o qual cita apenas ação de estímulo ao cooperativismo; • No item 6.9, de capacitação para gestão do empreendimento, o PTTS possui equivalente mas cita apenas que se aplica nos casos de verticalização das habitações, pela necessidade de gestão condominial; • O item 6.10, o Selo Casa Azul apresenta uma descrição generalista, enquanto o PTTS desenvolve uma série de ações em dois eixos estratégicos (MOC e GTR); 15 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP • Do mesmo modo o item 6.11 do Selo Casa Azul exige ações de geração e renda sem especificar quais e como seriam essa ações, como acontece no documento de orientação para o PTTS. Assim, podemos ainda observar a existência de dois níveis de abordagem diferentes nos documentos escolhidos para análise. O Selo Azul apresenta critérios mais amplos, porém sem descrição das ações específicas necessárias à sua implementação. Ao contrário, o PTTS possui descrição das ações necessárias em cada eixo, tornando-se mais específico e direto na maioria dos itens tratados. Além disso, o Selo Casa Azul considera apenas três dos onze critérios como obrigatórios, sendo os restantes de livre escolha do construtor. Dentre os três itens obrigatórios, não há nenhum que trate do tema da geração de trabalho e renda. Esse fato, bem como a livre escolha dos itens complementares, pode comprometer a contribuição na inclusão social em virtude da escolha de ações descasadas ou desconectadas com a realidade social existente. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Selo Azul tem se consolidado no cenário nacional como referencia não apenas para a certificação para a sustentabilidade, mas também como parâmetro na elaboração de projetos e realização de empreendimentos minimamente sustentáveis. Espera-se que, com essa certificação, a cultura da sustentabilidade ganhe uma maior importância entre empreendedores, não apenas para constar em imagens publicitárias, mas como preocupação efetiva, difundindo-se também entre os órgãos do poder publico e das empresas, e posteriormente como preocupação individual, através de cada cidadão. Consideramos, por fim, que a promoção da sustentabilidade efetivamente engloba relações com o contexto social em que cada empreendimento se insere, e assim deve ser visto. Para isso, ao se contemplar os diversos agentes envolvidos na elaboração do projeto, na construção e na ocupação das edificações, colabora-se também com a difusão do conceito de responsabilidade sócio ambiental dos agentes, e tem como consequência a ampliação da consciência ambiental e com a redução das desigualdades sociais. 16 13 a 15 de novembro de 2014 | São Bernardo do Campo - SP REFERÊNCIAS BRUNA, Gilda C., PISANI, Maria Augusta J. Mudanças climáticas e pobreza: reflexões. Revista Brasileira de Ciências Ambientais, nº 18, dez.⁄2010. Disponível em: <http://www.rbciamb.com.br/images/online/RBCIAMB-N18-Dez-2010Materia06_artigos261.pdf>. Acesso em: 18.maio.2013. BRUNO, Giuliana O.; URSINI, Tarcila R. A gestão para a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável. Revista trimestral da FAT – Fundação de Apoio à Tecnologia, mar.⁄abr.⁄mai., 2005. Disponível em: <http://www.ethos.org.br/_Uniethos/Documents/RevistaFAT03_ethos.pdf>. Acesso em: 14.abr.2013. CAIXA, COTS – Caderno de Orientação Técnico Social. Brasília: CAIXA, Maio 2013, disponível em: <http://www1.caixa.gov.br/download/asp/download.asp?subCategId=306&CategId =86&subCateglayout=Manuais%20de%20Orienta%C3%A7%C3%B5es%20T%C3 %A9cnicas&Categlayout=Trabalho%20T%C3%A9cnico%20Social> acessado em 13 jun.2013 JOHN, Vanderley M., PRADO, Racine T. A. CASA AZUL CAIXA Construção Sustentável - Boas Práticas para habitação mais sustentável. São Paulo: Páginas & Letras, 2010. Disponível em <http://www.cbcs.org.br/userfiles/download/Guia_Selo_Casa_Azul_CAIXA.pdf>. Acessado em 09.mar.2013 OSEKI, Jorge H.; PELLEGRINO, Paulo R. M. Paisagem, sociedade e ambiente. In BRUNA, Gilda C.; PHILIPPI JR., Arlindo; ROMÉRO, Marcelo de A. (editores) Curso de Gestão Ambiental. Barueri-SP: Manole, 2004. WEBSITES: Downloads CAIXA Disponível em <http://downloads.caixa.gov.br>. Acessado em 10.abr.2013 17