TRANSPORTES E OBRAS DE TERRA Movimento de Terra e Pavimentação NOTAS DE AULA – MECÂNICA DOS SOLOS Prof. Edson de Moura Aula 02 – Preparo de Amostras de Solos para Ensaios de Caracterização 2011 8 PREPARO DE AMOSTRAS DE SOLOS Após o solo ter sido coletado (sondagem) e devidamente identificado em campo, é levado ao laboratório para que sejam providenciados os devidos ensaios. 1 - Ensaio de caracterização Para esses ensaios a norma DNER ME 41/94 Solo – preparação de amostras para ensaios de caracterização e ABNT NBR-6457 Amostras de solo - Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização, preconiza os procedimentos necessários para preparo das amostras de solo que serão conduzidas aos ensaios de caracterização (ensaios preliminares). A amostra ao chegar ao laboratório é novamente identificada, conforme procedimentos internos do laboratório, em seguida a amostra é esparramada em local coberto e deixa-se a amostra secar até atingir um teor de umidade (quantidade de água) bastante baixa, denominado de umidade higroscópica. A secagem pode também ser feita com auxílio de fonte de calor desde que essa fonte não exceda a 60oC. Após a secagem a amostra é destorroada com o auxílio do almofariz e a mão de gral recoberta com borracha de maneira a reduzir o tamanho dos grãos de grumos do solo. Passa o solo pelo quarteador de solos até se obter um quantidade de: • • 1.500 g (sens. 5g) para solos argilosos e siltosos e, 2.000g (sens. 5g) para solos arenosos Passa essa amostra pela peneira n. 10 (# 2,00mm de abertura) tomando-se o cuidado, caso necessário, de submeter a mostra novamente ao almofariz com a mão de gral, nessa operação somente os grumos de solos serão destorroados e deve-se tomar o cuidado de não quebrar grãos de areia ou pedregulhos, isso altera a granulometria da amostra. 1.2 - Ensaios 1.2.1 – Granulometria com sedimentação, umidade higroscópica e densidade dos solos Da fração retida da amostra passada pela peneira n. 10 é lavada afim de ser removido todo material eventualmente aderido aos grãos, seco em estufa com temperatura entre 105oC e 110oC até constância de peso. Após secagem o material é submetido ao peneiramento grosso. Da fração que passa na peneira n. 10 é novamente quarteada a fim de ser obter uma quantidade de cerda de 250g distribuídas para os seguintes ensaios: • • 50g para determinação da umidade higroscópica 70g ou 120g, conforme o tipo de solo se: argiloso/siltoso ou arenoso para o ensaios de granulometria, e, 1.2.2 – Ensaios de limites de liquidez, plasticidade e fator de contração. 9 Da quantidade que sobrou do item 1.2.1 passa o solo pela peneira n. 40 (# 0,42mm de abertura) com auxílio do almofariz e mão de gral até se obter uma quantidade de cerca de 200g destinado aos seguintes ensaios: • • • 70g para o ensaio de limite de liquidez, 50g para o ensaio de limite de plasticidade, e, 50g para os fatores de contração Esta apresentado na figura 01 esquematicamente o roteiro do preparo de amostras de solo para os ensaios de caracterização: granulometria, densidade real e limites de Atterberg. Gramulometria das frações > 2,0 mm Umidade Higroscópica 50g Amostra do campo Secagem da amostra ao ar Almofariz e mão de gral Quateador de Amostras Massa 1.500g ou 2.000g retido # 2,0 mm passado 70g ou 120g Gramulometria das frações < 2,0 mm 250g Densidade real 10g rejeito retido # 0,42mm passado 200g 70g Limite de Liquidez 50g Limite de Plasticidade 50g Fatores de Contração Figura 01 – Roteiro esquemático de preparo de amostras de solo. Questionário 1) O que é umidade higroscópica 2) Se uma amostra de solo permanecer exposta ao ar em temperatura ambiente, ela ira secar 3) Porque se deve destorroar os grumos de solos com auxílio de uma mão de gral revestida com borracha 10