Amostragem e Preparação de Amostras para Análises Ambientais. Palestrantes: Enga. Quím. Marina Gracinda Modesto Msc. Quím. Ind. Stefan Klaus Lins e Silva Programa z z z z z z z z z Objetivos da Amostragem Levantamento de informações para a coleta Infra-estrutura requerida Cuidados para amostragem Metodologias gerais Técnicas de coleta e preservação Pré-Tratamentos Principais Interferentes Atendendo a ISO/IEC 17025 Objetivos da Amostragem Caracterizar um efluente, corpo d’água ou parte de um processo produtivo. z Obter uma amostra representativa em número suficiente para atingir os objetivos. z Reduzir a pequenos volumes para serem tratados em laboratório. z Voltar Levantamento de Informações Definir claramente os objetivos z Selecionar os parâmetros e os locais da amostragem z Número, freqüência e duração da amostragem z Determinar técnicas de coleta e amostragem z Levantamento de Informações Uso da amostra z Concentração mínima de interesse dos constituintes z Incerteza dos resultados gerados z Variabilidade das características da amostra z Voltar Infra-estrutura requerida z z z z Transporte : veículos, barcos, motos, carrinho de amostras. (tempo) Armazenamento: armários, geladeiras. Materiais de apoio: medidores de campo, preservantes, fichas de coleta. Capacidade do laboratório, recursos humanos e financeiros: limite de detecção ou quantificação, padrões, cronograma para atendimento, coletores treinados. Voltar Cuidados Gerais para a amostragem. Não incluir partículas grandes, detritos, folhas, sujeiras ou material acidental z Coletar a amostra contra a corrente, minimizando a contaminação. z Volume suficiente para realizar pelo menos duas análises do parâmetro. z Realizar todos os testes de campo em amostras separadas das enviadas ao laboratório. z Cuidados Gerais para a amostragem. Utilizar apenas os tipos de frascos e preservações recomendados z Não tocar a parte interna dos frascos nem deixá-los expostos a pó. z Não fumar durante a amostragem. z Imediatamente após a coleta, coloca-las ao abrigo da luz solar. z Manter registro de todas as informações relevantes de campo, preenchendo uma ficha de coleta. z Voltar Metodologias para Águas Tratadas Estações de Tratamento. z Caracterização da qualidade da água produzida: escolher no decorrer do processo (entrada, decantação, filtração e desinfecção). z Principais parâmetros: cloro residual, cor, turbidez, pH, alumínio (sistemas que usam o sulfato como coagulante), DBO, Ferro, fluoreto (quando a fluoretação), coliformes totais e fecais e fitoplâncton. Metodologia para Águas Tratadas Sistemas de Distribuição z Caracterização da qualidade da água produzida: Amostrar saídas de tanques e pontos no decorrer das linhas. z Principais parâmetros: cor, turbidez, alumínio, odor, ferro, cloro residual, coliformes totais e fecais, ferrobactérias e contagem de bactérias heterotróficas. Metodologia para Águas Tratadas 1 - Verificar se o ponto de coleta recebe água diretamente do sistema de distribuição e não de caixas, reservatórios ou cisternas; 2 - A torneira não deverá ter aeradores ou filtros, nem apresentar vazamentos de água; 3 - Inicialmente abrir a torneira e deixar escoar a água por 2 a 3 minutos, ou o tempo suficiente para eliminar impurezas e água acumulada na canalização; 4 - Caso seja necessário, utilizar uma solução de hipoclorito para eliminar qualquer tipo de contaminação externa; 5 - Remover completamente o hipoclorito antes da coleta; 6 - Abrir a torneira a meia secção (fluxo pequeno e sem respingos) por 2 minutos; 7 - Remover a tampa do frasco conjuntamente com o papel protetor, com todos os cuidados de assepsia, evitando contaminação da amostra pelos dedos, luvas ou outro material; 8 - Segurar o frasco verticalmente, próximo à base e efetuar o enchimento, deixando um espaço vazio de aproximadamente 2,5 a 5,0 centímetros do topo, possibilitando a homogeneização; 9 - Fechar o frasco imediatamente após a coleta, fixando bem o papel protetor ao redor do gargalo e trazer ao laboratório sob refrigeração. Metodologia para Águas Superficiais z z Rios, Lagos e Barragens Evitar coletas em áreas estagnadas, próximas a curvas, coletar a montante e a jusante de cargas poluidoras, inclusive tributários. Determinar pontos de coleta no efluente do reservatório, nos principais contribuintes, e ao longo do mesmo em geral quando ocorrerem diferenças de condutividade superiores a 50mS/cm Metodologia para Águas Superficiais Amostras coletadas diretamente de um corpo receptor: 1 - Procurar evitar a coleta de amostras em áreas estagnadas ou em locais próximos às margens; 2 - Com todos os cuidados de assepsia, remover a tampa do frasco juntamente com o papel protetor; 3 - Com uma das mãos, segurar o frasco pela base, mergulhar rapidamente o frasco com a boca para baixo, de 15 a 30 centímetros abaixo da superfície da água, para evitar a introdução de contaminantes superficiais; 4 - Direcionar o frasco de modo que a boca fique em sentido contrário à correnteza; 5 - Se o corpo de água for estático, deverá ser criada uma corrente superficial, através da movimentação do frasco na direção horizontal (sempre para frente); 6 - Inclinar o frasco lentamente para cima, a fim de permitir a saída de ar e subseqüente enchimento do mesmo; 7 - Retirar o frasco do corpo d'água, desprezar uma pequena porção da amostra, deixando um espaço vazio suficiente que permita a homogeneização da amostra para análise; 8 - Fechar o frasco imediatamente, fixando o papel protetor ao redor do gargalo e trazer ao laboratório sob refrigeração. Metodologia para Águas Subterrâneas z z Aquíferos, Lençóis Freáticos Cuidados na Perfuração dos poços, sistemas de esgotamento, material das bombas, efetuar brancos de campo, profundidade x Objetivos, etc. Determinar pontos de coleta a montante e a jusante dos contaminantes, observando estudos geológicos para a determinação da direção dos fluidos. Amostragem em Águas Subterrâneas Poços Freáticos 1 - Em poços equipados com bombas manuais ou mecânicas, bombear a água durante aproximadamente 5 minutos; 2 - Realizar desinfecção da saída da bomba com hipoclorito; 3 - Deixar a água escorrer novamente antes da coleta de amostra; 4 - Remover a tampa do frasco conjuntamente com o papel protetor, com todos os cuidados de assepsia, evitando contaminação da amostra pelos dedos, luvas ou outro material; 5 - Segurar o frasco verticalmente, próximo à base e efetuar o enchimento, deixando um espaço vazio de aproximadamente 2,5 a 5,0 centímetros do topo, possibilitando a homogeneização; 6 - Fechar o frasco imediatamente após a coleta, fixando bem o papel protetor ao redor do gargalo e trazer ao laboratório sob refrigeração. 7 - Em poços sem bomba, a amostragem deixa de ser feita diretamente no poço, utilizando um recipiente esterilizado (passar álcool em baldes); 8 - Não retirar amostras da camada superficial da água, evitando a contaminação com espuma ou com outro material das paredes do poço. Voltar Técnicas de Coleta e Preservação z z z Adição Química – objetivo é estabilizar as espécies químicas por períodos mais longos de tempo. Congelamento – Não serve para análise de resíduos e para análises microbiológicas. Refrigeração – Embora não mantenha completa integridade para todos os parâmetros, diminui drasticamente as alterações químicas e biológicas da amostra. Técnicas de Coleta e Preservação Frascos de coleta Material – Vidro ou plástico? z Cor – Transparente ou âmbar z Tratamento – Lavagem? Esterilização? z Lavagem adequada para diversas análises. z Técnicas de Coleta e Preservação Preservação e Armazenamento Consultar as normas analíticas referentes ao parâmetro de interesse. z Guardar ou não contra-prova? z Prazo de validade da amostra? z Voltar Pré-Tratamentos mais aplicados Destilação com absorção do analito em solução apropriada z Filtração (membranas, pré-filtros, analítica) z Digestão (ácida, oxidante) z Adição química (precipitação ou complexação de interferentes) z Voltar Interferentes x Preparo de Amostras Análise Volume Preservação Tipo de e validade da Interferentes frasco amostra amostra pH polietileno, vidro pirex 200 ml Cor polietileno, vidro pirex 250 ml Turbidez Oxigênio dissolvido polietileno, vidro pirex polietileno, vidro pirex 250 ml 1000 ml Observação Óleos e graxas Manter o frasco tampado após a Refrigeração por interferem, amostragem. E efetuar a análise até 6 horas causando resposta imediatamente. lenta. Este método não se aplica à águas de Águas de Refrigeração por coloração incomum coloração incomum. Ex, coloração até 24 horas conferida por efluentes industriais. ou com turbidez. Óleos e graxas, Refrigeração por materiais flutuantes até 24 horas e particulas sedimentaveis Refrigeração por 24 dias Nitritos:a interferência é eliminada pela adição de azida sódica. Evitar a exposição da amostra a luminosidade Interferentes x Preparo de Amostras Análise DQO Tipo frasco polietileno, vidro pirex Volume Preservação de e validade da amostra amostra 200 ml pH<2 e refrigeração DBO Vidro(âmbar) 2000 ml semente: aeração de 24 - 30 horas Nitrito polietileno, vidro pirex 200 ml refrigeração por até 48 h Nitrato polietileno, vidro pirex 200 ml pH<2 e refrigeração por até 24 horas Interferentes Observação Cloretos :É reduzida pela reação dos cloretos com sulfato de mercúrio. Para efluentes contendo óleos vegetais ou gelatinas não acidular. Após a titulação coletar os resíduos para tratamento específico. Temperatura de incubação(deve ser de 20ºC), pH elevado, presença de Amostras que contenham substâncias tóxicas aos microrganismos, luz.Cloro:eliminá-lo deixando a produzem resultados falsos. amostra em repouso por 1 a 2 horas antes de processá-lo. Presença de Nitritos quando é utilizado o método de redução de Cd. Realizar a análise de Nitritos e descontar o valor. Interferentes x Preparo de Amostras Análise Tipo frasco Condutividade polietileno, vidro pirex Cromo hexavalente polietileno, vidro pirex Nitrogênio amoniacal Vidraria prétratada Fenois Vidro(âmbar) Volume Preservação de e validade da amostra amostra Interferentes 100 ml Refrigeração por até 24 horas 250 ml Refrigeração por até 24 horas A forma hexavalente pode reduzir para a trivalente espécies redutoras e em meio ácido. 1000 ml Armazenar amostra em frasco de vidro ou plástico. pH<2 Quantidade de nitrogênio que contamina a vidraria. Efetuar a destilação em ambiente separado. 1000 ml 1 g de CuSO4 por litro de amostra. Ajustar pH p/ menor que 2 Temperatura Observação Antes da extração ajustar o pH para 2 com ácido Sulfúrico. Interferentes x Preparo de Amostras Análise Óleos e graxas Fosfato total e ortofosfato Volume Tipo frasco de amostra Preparação e validade da amostra Interferentes Observação Frasco de vidro,boca larga e tampa de teflon ou vidro 1000 ml Refrigeração por até 24 horas. pH<2 pela adição de HCl Óleos e graxas saponificadas;acidifica-se a amostra até pH=1, Tomar somente amostras simples evitando perdas de óleo sobrenadante 200 ml Preservar com acido súlfurico pH<2 e refrigeração Contaminaçao da água, reagentes, preservação e concentração de ferro. Após a coleta filtrar a amostra. 250 ml Refrigeração por 24 horas Interferência positiva de orgânicas,sulfonatos,carboxilas e fenol,inorgânica,cianetos,nitratos: Estas removem interferências. 1000 ml Amostra válida por 24 horas O método não inclui o material flutuante que possa separar-se durante a sedimentação polietileno, vidro pirex Surfactantes polietileno, vidro pirex Resíduo sedimentavel polietileno, vidro pirex Interferentes x Preparo de Amostras Análise Tipo frasco Fluoretos polietileno Volume Preservação e de validade da amostra amostra 100 ml Cloretos 200 ml amostra válida por 14 dias s/ preservação Dureza polietileno, vidro pirex 200 ml Amostra válida por 7 dias Vidro pirex 300 ml Metais polietileno, vidro pirex 1000 ml Observação Brometos,iodetos e cianetos reagem com a concentraçao equivalente do cloreto.Sulfetos,tiossulfato e íons sulfato também interferem, mas podem ser removidos com o tratamento com peróxido de hidrogênio. Amostras coloridas dificultam a quantificação por titulometria Refrigeração polietileno, vidro pirex Oxigênio dissolvido Interferentes Amostras coloridas dificultam a quantificação por titulometria Conservar com O método elimina a interferência de nitritos, pela adição da azida sódica. Caso a amostra sulfato A amostra deve preencher todo o contenha sulfito, tiossulfato, politionato, cloro manganoso, e frasco, não deve haver bolhas de ar. libre hipoclorito, emprega- se o método solução de alcálieletrométrico. iodeto azida 180 dias, a amostra deve ser congelada Elevação da temperatura. Voltar ISO/IEC 17025 Amostragem z O laboratório deve ter um plano e procedimentos para amostragem, quando ele realiza amostragem. Tanto o plano como o procedimento deve estar disponível no local onde a amostragem é realizada. O processo de amostragem deve abranger os fatores a serem controlados de forma a assegurar a validade dos resultados. ISO/IEC 17025 Amostragem z Quando o cliente solicitar desvios, adições ou exclusões do procedimento estes devem ser registrados e incluídos nos resultados. ISO/IEC 17025 Amostragem z Devem ser registrados os dados e as operações relevantes relacionadas com a amostragem, estes registros devem incluir o procedimento de amostragem, as condições ambientais, identificação do amostrador, diagramas para indicar o local da amostragem ISO/IEC 17025 z z z z z Documentos Pop’s de coleta específicos para cada tipo de amostra Pop’s de recebimento de amostra pelo laboratório Planilhas ou protocolos de controle de parâmetros na coleta e no recebimento Etiquetas padronizadas com controle de emissão Relatórios de não-conformidade Bibliografia Guia de coleta e preservação de amostras CETESB z Análise Química Quantitativa – Daniel C. Harris z NBR ISO/IEC 17025 – ABNT z Standard Methods for Examination of water and waste water – 20th edition - APHA z Muito Obrigado!!!! Eng. Química Marina Gracinda Modesto Msc. Stefan Klaus Lins e Silva Centro Senai de Metrologia Química E-mail: [email protected]